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Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial Ipojuca

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

Ramal do Agreste

Ministério da Integração Nacional

CMT Engenharia Eireli

Setembro/2018

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
LISTA DE SIGLAS

ADCT: Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


AFASER: Associação dos Filhos e Amigos de Sertânia
AID: Área de Influência Direta
ANA: Agência Nacional de Águas
ANAC: Agência Nacional de Aviação Civil
ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica
ANM: Agência Nacional de Mineração
APA: Área de Proteção Ambiental
APAC –PE: Agência Pernambucana de Águas e Clima
APES: Associação de Pastores de Sertânia
APP: Área de Preservação Permanente
ARIE: Área de Relevante Interesse Ecológico
CAD: Desenho Assistido por Computador (na sigla em inglês)
CAPS: Centro de Atenção Psicossocial
CAR: Cadastro Ambiental Rural
CAT: Coordenadoria de Atividades Técnicas
CBHSF: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
CBRO: Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos
CDB: Convenção sobre Diversidade Biológica
CEDOCA: Centro de Excelência em Derivados de Carne e Leite de Caprinos e Ovinos
CEO: Centro de Especialida des Odontológicas
CIRETRAN: Circunscrição Regional de Trânsito
CNRH: Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CNIP: Centro Nordestino de Informações sobre Plantas
CODEVASF: Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba
COHAB/PE: Companhia Habitacional de Pernambuco
COMPESA: Companhia Pernambucana de Saneamento
CONABIO: Comissão Nacional de Biodiversidade
CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONSU: Conselho de Usuários
CNSA: Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos
CPRH: Agência Estadual de Meio Ambiente
CPRM: Serviço Geológico do Brasil
CQ: Comunidade Quilombola
CRBio: Conselho Federal de Biologia
CRAS: Centro de Referência da Assistência Social

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
CREA: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
CRQS: Comunidades Remanescentes de Quilombos
DATASUS: Dados do Sistema Único de Saúde
DER/PE: Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco
DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito
DILIC: Diretoria de Licenciamento Ambiental
DNAEE: Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
EBV: Estação de Bombeamento no Trecho V
EIA: Estudo de Impacto Ambiental
EJA: Educação de Jovens e Adultos
EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EMPETUR: Empresa de Turismo de Pernambuco
EMSI: Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena
ESA: Europen Space Agency
ETA: Estação de Tratamento de Água
EUPS: Equação Universal de Perda de Solos
FCP: Fundação Cultural Palmares
FUNAI: Fundação Nacional do Índio
FUNCATE: Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologias Espaciais
I3GEO: Interface Integrada para Internet de Ferramentas de Geoprocessamento
IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBDF: Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
ICMBIO: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IDH: Índice de Desenvolvimento Humano
IDHM: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IET: Índice de Estado Trófico
INAPAS: Instituto Nacional de Arqueologia, Paleontologia e Ambiente do Semiárido do
Nordeste do Brasil.
INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INCT: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
INEP: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira
INMET: Instituto Nacionaç de Meteorologia
INPE: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPHAN: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
INVTUR-PE: Inventário Turístico de Pernambuco
IPA: Instituto Agronômico de Pernambucano
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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
IQA: Índice de Qualidade da Água
ISA: Instituto Socioambiental
IUCN: União Internacional para a Conservação da Natureza (sigla em inglês)
LANDSAT: Land Remote Sensing Satellite
LI: Licença de Instalação
LiDAR: Light Detection and Ranging
MDA: Ministério do Desenvolvimento Agrário
MDT: Modelos Digitais de Terreno
MDR: Ministério do Desenvolvimento Regional
MMA: Ministério do Meio Ambiente
MPPE: Ministério Público de Pernambuco
MTur: Ministério do Turismo
NEMA: Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental
ONGs: Organizações não Governamentais
PAs: Projetos de Assentamentos
PACUERA: Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatórios Artificiais
PARNA: Parque Nacional
PBA: Projeto Básico Ambiental
PBHSF: Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
PE 3D: Programa Pernambuco Tridimensional
PIB: Produto Interno Bruto
PIRS: Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos dlo Estado de Pernambuco
PISF: Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste
Setentrional
PNAP: Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas
PNC: Parque Nacional do Catimbau
PNRS: Política Nacional de Resíduos Sólidos
PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PNUMA: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PROBIO: Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica
Brasileira
PROCON: Programa de Proteção e Defesa do Consumidor
ProRural: Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural
PISF: Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste
Setentrional
PSF: Programa Saúde da Família
QA: Qualidade das Águas
RB: Reserva da Biosfera
RBCA: Reseva Biológica da Caatinga
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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
RD: Região de Desenvolvimento
REBIO: Reserva Biológica
RL: Reserva Legal
RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural
RTID: Relatório Técnico de Identificação e Delimitação
SAD 69: South American Datum
SBH: Sociedade Brasileira de Herpetologia
SRHE – PE: Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos
SIAB: Sistema de Informação da Atenção Básica
SICAR: Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural
SIDRA: Sistema IBGE de Recuperação Automática
SIG: Sistema de Informação Geográfica
SIRGAS: Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
SIH: Sistema de Informação Hidrometeorológica
SIRH: Sistema de Informações de Recursos Hídricos
SNIS: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SNUC: Sistema Nacional de Unidades de Conservação
SPOT: Satellite Pour l’Observation de La Terre
SRH: Secretaria de Recursos Hídricos
SRTM: Shuttle Radar Topography Mission
STR: Sindicato dos Trabalhadores Rurais
TI: Terras Indígenas
UCs: Unidades de Conservação
UHE: Usina Hidrelétrica
UNCCD: Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos
Efeitos da Seca
UNESCO: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (na sigla
em inglês)
UNIVASF: Universidade Federal do Vale do São Francisco
USLE: Universal Soil Loess Erosion
UTM: Universal Transversa de Mercator
VPR: Vilas Rurais Produtivas
ZCU: Zona de Consolidação Urbana
ZEA: Zona de Expansão Aglomerado
ZEPA: Zona Especial de Proteção Ambiental
ZEU: Zona de Expansão Urbana
ZR: Zona Rural
ZUA: Zona Urbana de Aglomerado
ZUP: Zona de Urbanização Prioritária
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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
ÍNDICE

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 8
1. ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS ................................................................................................... 10
1.1. DOCUMENTAÇÃO .................................................................................................................. 10
1.2. IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO INTERESSADO.............................................................. 11
1.3. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PLANO DE
CONSERVAÇÃO E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL (PACUERA) IPOJUCA ............ 12
1.4. IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ...................................................................... 12
1.5. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................................................... 16
1.5.1. Localização, Acessos e Abrangência do Ramal do Agreste ............................................ 16
1.5.2. Delimitação da Área Estudo ........................................................................................... 17
2. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 19
2.1. DELIMITAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DE CONTRIBUIÇÃO AO RESERVATÓRIO IPOJUCA ..... 19
2.2. ELABORAÇÃO DE BASE CARTOGRÁFICA ................................................................................ 19
2.3. LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS .......................................................................... 20
2.4. VISITA TÉCNICA DE CAMPO ................................................................................................... 21
3. RECURSOS HÍDRICOS ............................................................................................................... 24
3.1. BACIA DE CONTRIBUIÇÃO AO RESERVATÓRIO ....................................................................... 24
3.2. QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS .................................................................................. 26
3.2.1. Proposição de Enquadramento dos Corpos D’Água........................................................ 29
3.3. APORTE DE SEDIMENTOS ...................................................................................................... 31
3.4. HIDROGEOLOGIA................................................................................................................... 32
3.5. CARACTERIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO IPOJUCA .................................................................... 33
4. MEIO FÍSICO ............................................................................................................................ 40
4.1. CLIMA .................................................................................................................................... 40
4.2. GEOLOGIA ............................................................................................................................. 41
4.2.1. Unidades Litoestratigráficas ........................................................................................... 42
4.2.1.1. Paleoproterozóico – Orosiriano ................................................................................ 43
4.2.1.2. Neoproterozóico – Toniano ...................................................................................... 43
4.2.1.3. Neoproterozóico – Ediacarano ................................................................................. 44
4.2.1.4. Cenozóico – Neogeno .............................................................................................. 46
4.2.2. Recursos Minerais .......................................................................................................... 46
4.3. GEOMORFOLOGIA ................................................................................................................. 47
4.4. SOLOS ................................................................................................................................... 49
4.4.1. Neossolos Litólicos ......................................................................................................... 49
4.4.2. Neossolos Regolíticos ..................................................................................................... 51
4.4.3. Planossolo Háplico ......................................................................................................... 53
4.4.4. Potencial Agroecológico dos Solos ................................................................................. 54
4.4.5. Suscetibilidade à Erosão dos Solos ................................................................................ 55
4.4.6. Capacidade de Uso das Terras ....................................................................................... 57
5. MEIO BIÓTICO.......................................................................................................................... 62

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
5.1. FLORA ................................................................................................................................... 62
5.1.1. Caracterização Fisionômica e Florística da Região ......................................................... 64
5.1.2. Caracterização Florística do Entorno do Reservatório de Ipojuca .................................. 66
5.2. FAUNA ................................................................................................................................... 77
5.2.1. Ictiofauna ....................................................................................................................... 77
5.2.2. Herpetofauna ................................................................................................................. 82
5.2.3. Ornitofauna .................................................................................................................... 88
5.2.4. Mastofauna .................................................................................................................... 92
5.2.5. Considerações Finais sobre a Fauna no Entorno do Reservatório Ipojuca ...................... 96
5.3. ÁREAS PROTEGIDAS .............................................................................................................. 97
5.3.1. Conservação da Biodiversidade na Caatinga ................................................................. 98
5.3.1.1. Reserva da Biosfera da Caatinga ............................................................................ 99
5.3.1.2. Corredor Ecológico da Caatinga ............................................................................ 100
5.3.2. Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos
Benefícios da Biodiversidade ................................................................................................. 101
5.3.3. Unidades de Conservação ............................................................................................ 103
5.3.4. Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP) .................................... 105
6. MEIO SOCIOECONÔMICO ........................................................................................................ 107
6.1. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA BACIA DO RIO IPOJUCA ................................... 107
6.2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ARCOVERDE .............................................................. 111
7. ASPECTOS LEGAIS ................................................................................................................. 205
7.1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 205
7.2. DA LEGISLAÇÃO EM ESPÉCIE ............................................................................................... 205
7.3. DOS PRINCIPAIS DISPOSITIVOS APLICÁVEIS AOS PACUERAS ................................................ 208
7.4. COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA ....................................................................................... 221
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................... 223

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
APRESENTAÇÃO

O primeiro registro de construção de barragem no território brasileiro, a barragem de


Apipucos, em Pernambuco, data do final do século XVI. Apipucos na língua tupi significa
onde os caminhos se encontram (CBDB, 2011). Em uma região de alto déficit hídrico,
como o semiárido nordestino, a construção de reservatórios está intrinsicamente
associada à necessidade do homem sertanejo resistir às condições naturais. Desta forma,
foi uma política pública chave para a permanência da sociedade em seu ambiente
natural, amenizando os processos migratórios para a região sudeste do país.

A transposição de águas para a região do semiárido foi proposta pela primeira vez em
1848, sugerindo-se transpor as águas do Rio São Francisco a partir de Cabrobó, em
Pernambuco, para a bacia do rio Jaguaribe, no Ceará (FIORAVANTI, 2016). Mais de um
século depois, o Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do
Nordeste Setentrional - PISF tornou-se a maior obra de infraestrutura hídrica do país,
atualmente em fase de pré-operação.

Ao integrar grandes açudes e reservatórios já construídos no nordeste brasileiro com uma


fonte perene de grande volume abastecida com chuvas mais regulares de fora da região
semiárida, como é o caso do rio São Francisco, regulado pelo reservatório de Sobradinho,
o PISF busca estabelecer uma sinergia hídrica e garantir o suprimento perene de água,
principalmente para abastecimento humano e dessedentação de animais. Com 477
quilômetros de extensão, distribuídos em dois eixos (Leste e Norte), o PISF garantirá a
segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios nordestinos (MI, s.d).

O Trecho VII do PISF, denominado Ramal do Agreste, é uma derivação do Eixo Leste que
também tem como objetivo integrar açudes já construídos com uma fonte perene de
recursos hídricos, potencializando a oferta hídrica local e assegurando a garantia de
abastecimento de água à população do agreste pernambucano. A partir do reservatório
Barro Branco (Eixo Leste), a água será conduzida até o futuro Reservatório Negros, e
mais adiante, será implantada uma estação de bombeamento para permitir o cruzamento
do divisor de águas entre as bacias dos rios Moxotó e Ipojuca, para o Reservatório
Ipojuca. Deste último reservatório partirá o Sistema Adutor do Agreste de
Pernambuco, o qual se encontra também em implantação pela Companhia
Pernambucana de Saneamento - COMPESA, por meio de convênio celebrado entre o
Estado de Pernambuco e o antigo Ministério da Integração Nacional (atual Ministério
do Desenvolvimento Regional - MDR).

A legislação ambiental brasileira determina que reservatórios artificiais, assim como


lagos, rios e demais corpos hídricos naturais, devem ter suas margens protegidas, em
faixas com larguras variáveis conforme critérios normativos. Essas faixas marginais de

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
corpos hídricos fazem parte do conjunto de Áreas de Preservação Permanente (APPs),
que têm as funções de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o
bem-estar das populações humanas.

É nesse contexto que se justifica a elaboração do Plano Ambiental de Conservação e Uso


do Reservatório Artificial (PACUERA) Ipojuca, que através de atividades de diagnóstico e
planejamento, busca estabelecer mecanismos para viabilizar o uso ambientalmente
equilibrado do reservatório e de seu entorno, atendendo aos preceitos da legislação.

A implantação de reservatórios artificiais causa impactos significativos nos meios físico,


biótico e socioeconômico e traz a tona uma série de questões relativas a ações de
planejamento e gestão. As alterações de uso do solo podem influir de forma decisiva
sobre a qualidade da água e o aporte de sedimentos, comprometendo a vida útil dos
reservatórios e, muitas vezes, prejudicando a finalidade que levou à sua construção.
Desta forma, o futuro do Reservatório Ipojuca dependerá das suas características iniciais
(áreas preservadas, solos degradados, qualidade da água e biodiversidade) e da forma
como ocorrerão os múltiplos usos da água e do seu entorno. Deve-se considerar, ainda,
que, de forma geral, os reservatórios artificiais atraem o desenvolvimento econômico e
promovem uma reorganização nos sistemas locais e regionais que, por sua vez, trazem
também maiores riscos de degradação do solo e da qualidade da água (TUNDISI, 2008).

No que se refere ao Reservatório Ipojuca, é de se esperar que seja indutor de mudanças


significativas no uso e ocupação do solo e na qualidade de vida das populações locais,
até por fazer parte de um complexo sistema de infraestrutura hídrica. No entanto, vale
ressaltar que, de forma a suprir a demanda hídrica para abastecimento humano e
dessedentação animal, as ações de gerenciamento e controle deverão, necessariamente,
ter como objetivo preservar a melhor qualidade possível da água e a vida útil do
reservatório.

O presente documento apresenta o Diagnóstico Ambiental que, junto com o zoneamento


ambiental, compõem o Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Ipojuca.
Inicialmente são apresentados os elementos introdutórios (Capítulo 1) e a metodologia
utilizada para realização do diagnóstico (Capítulo 2). A seguir, são apresentadas as
informações sobre a hidrologia (Capítulo 3) e o meio físico (Capítulo 4). O Capítulo 5
apresenta as informações sobre o meio biótico, incluindo a flora, a fauna e uma análise
da importância da área em estudo para a conservação do bioma Caatinga. Por fim, são
apresentadas as informações relativas ao meio socioeconomico (Capítulo 6) e os
aspectos legais (Capítulo 7) que tenham pertinência para a implantação do Plano.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
1. ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS

1.1. DOCUMENTAÇÃO

A elaboração do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório


Artificial (PACUERA) para o reservatório Ipojuca, que será formado pelo empreendimento
Ramal do Agreste, Trecho VII do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias
Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF), consta como diretriz do Programa de Uso e
Conservação do Entorno e das Águas dos Reservatórios, um dos Programas Ambientais
Compensatórios, que compõem o Projeto Básico Ambiental (PBA) do empreendimento, o
qual deve ser elaborado em sua fase de instalação, conforme estabelecido na Licença de
Instalação - LI no 01.16.11.005096-2, emitida pela Agência Estadual de Meio Ambiente –
CPRH/PE, com validade até 22/11/2020.

O presente PACUERA está pautado nas seguintes normas e diretrizes: i) na Lei No


12.651/2012, que dispõe sobre a vegetação nativa e, em seu Art. 5 o, torna obrigatória a
elaboração dos Planos de Uso e Conservação do Entorno de Reservatórios Artificiais; ii)
na Resolução CONAMA no 302/2002, que o conceitua como um “conjunto de diretrizes e
proposições com o objetivo de disciplinar a conservação, recuperação, o uso e ocupação
do entorno do reservatório artificial”; iii) nas diretrizes propostas pelo Programa de Uso e
Conservação do Entorno e das Águas dos Reservatórios, item 12 do Projeto Básico
Ambiental – PBA do Ramal do Agreste; e iv) e no Termo de Referência acertado com a
CPRH.

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
1.2. IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO INTERESSADO

Nome/Razão Social
Ministério do Desenvolvimento Regional - MDR
CPF/CNPJ RG Órgão expedidor/UF
03.353.358/0001-96 - -
Inscrição Estadual

Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco E, 9º andar, CEP


Sala 917. 70.067-901
Nº Complemento Bairro Cidade
s/nº - - Brasília - DF
Fone Celular
(61) 2034.5568 -
Representante:
Elianeiva de Queiroz Viana Odísio
Formação:
Engenheira Agrônoma
Função:
Coordenadora-Geral de Programas Ambientais (CGPA/MDR)
E-mail:
elianeiva.odisio@mdr.gov.br
Assinatura do Interessado

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
1.3. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PLANO DE
CONSERVAÇÃO E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL (PACUERA) IPOJUCA

Nome/Razão Social
CMT Engenharia Eireli
CNPJ Nome fantasia
17.194.077.0001/42 CMT Engenharia
Nome do Conselho e Nº do Registro Profissional
CREA no 17.594/D - DF
Endereço CEP
SAUS Quadra 5, Bloco N, 7o andar 70.070-913
Nº Complemento Bairro
s/nº Ed. OAB Asa Sul
Cidade Caixa Postal
Brasília
Nome do (a) Profissional para contato
Marcos da Silva Ramos
Fone Celular
(61) 2107-0701
E-mail
marcos@cmtengenharia.com.br
Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de
Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (CTF- 278011
IBAMA)

1.4. IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Nome: Pedro Luiz Aleixo Lustosa de Andrade

Formação/Especialidade: Engenheiro Agronômo, Ms

Função desempenhada na elaboração do Plano


Supervisão
Nº do Registro Profissional: CREA: 200280683-7

E-mail: pedro@agrar.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 350564

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Nome: Rafael Brant de Almeida Castro

Formação/Especialidade: Engenheiro Ambiental

Função desempenhada na elaboração do Plano:


Coordenação Setorial
Nº do Registro Profissional: CREA: 240479106-0

E-mail: rafael.castro@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de 348.338


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA)

Assinatura do Profissional

Nome: Isabel de Andrade Pinto

Formação/Especialidade: Bióloga, Ms

Função desempenhada na elaboração do Plano


Coordenação
Nº do Registro Profissional: CRBio: 76115/04-D

E-mail: isabel.andrade@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 4758949
Assinatura do profissional

Nome: Marizete Chaves de Cerqueira

Formação/Especialidade: Gestora Ambiental, Ms

Função desempenhada na elaboração do Plano


Especialista em Meio Físico
Nº do Registro Profissional

E-mail: marizete.cerqueira@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 6339085
Assinatura do profissional

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Nome: Keila Cristina Fernandes de Oliveira

Formação/Especialidade: Engenheira Hídrica, Ms

Função desempenhada na elaboração do Plano


Especialista em Meio Físico – Hidrologia
Nº do Registro Profissional: CREA: 0400000149150

E-mail: keila.oliveira@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 6190874
Assinatura do profissional

Nome: Getúlio A. Gurgel

Formação/Especialidade: Biólogo, Esp.

Função desempenhada na elaboração do Plano


Especialista Meio Biótico – Fauna
Nº do Registro Profissional: CRBio: 57574/04-D

E-mail: getulio.gurgel@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 2456909
Assinatura do profissional

Nome: Frederico Soares Vieira

Formação/Especialidade: Engenheiro Florestal

Função desempenhada na elaboração do Plano


Especialista Meio Biótico – Flora
Nº do Registro Profissional: CREA: 070524519-5

E-mail: frederico.vieira@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 5695214
Assinatura do profissional

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Nome: Clarice de Carvalho Lino

Formação/Especialidade: Bióloga

Função desempenhada na elaboração do Plano


Especialista Meio Socioeconômico
Nº do Registro Profissional: CRBIO: 1178764

E-mail: clarice.lino@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 4936090
Assinatura do profissional

Nome: Audrey Oliveira de Lima

Formação/Especialidade: Geógrafo, Ms

Função desempenhada na elaboração do Plano


Análises Físico Territoriais, Cartografia e Geoprocessamento
Nº do Registro Profissional: CREA: 180539853-9

E-mail: audrey.lima@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 1630332

Nome: Camilla Lemos e Pinheiro

Formação/Especialidade: Engenheira Florestal

Função desempenhada na elaboração do Plano


Assistente Técnica
Nº do Registro Profissional: CREA: 0712922911

E-mail: camilla.pinheiro@cmtengenharia.com.br

Número do Registro no Cadastro Técnico Federal de


Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (IBAMA) 6281815
Assinatura do profissional

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
1.5. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Ramal do Agreste é um empreendimento de infraestrutura hídrica com captação de


água no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias
Hidrográficas do Nordeste Setentrional - PISF, destinado a suprir especificamente o déficit
hídrico da região do Agreste de Pernambuco.

O PISF é um empreendimento do Governo Federal sob a responsabilidade do Ministério


do Desenvolvimento Regional - MDR. Tem objetivo de assegurar oferta de água para 12
milhões de habitantes de 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e
Rio Grande do Norte (MI, s.d).

O PISF compreende dois eixos de adução denominados de Eixos Norte e Leste. O Eixo
Norte, com extensão de 260 km, tem sua captação no rio São Francisco, após o
reservatório de Sobradinho e a montante da Ilha Assunção, próximo à cidade de Cabrobó
– PE, e é formado pelos Trechos I e II, de onde, posteriormente, serão derivados os
Trechos III, IV e VI. O Eixo Leste, com extensão de 217 km, tem início no reservatório de
Itaparica, no rio São Francisco, entre as cidades de Floresta - PE e Petrolândia - PE, e é
formado pelo Trecho V, de onde derivará, a partir do Reservatório Barro Branco, o Trecho
VII, denominado Ramal do Agreste.

Conforme consta na Licença de Instalação No 01.16.11.005096-2, emitida em 23/11/2016,


o Ramal do Agreste enquadra-se na Tipologia de Empreendimentos de Utilização de
Recursos Hídricos, Código 11.6 - I do Anexo I, da Lei Estadual n°14.249/2010 e suas
alterações, cuja atividade consistirá na implantação do Sistema Adutor do Ramal do
Agreste, com um canal com 8 m³/s de capacidade e estações elevatórias, com 200 m de
desnível, captando água no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco e
lançando as águas num novo reservatório a ser construído nas cabeceiras do Rio Ipojuca.

O escoamento se dará por gravidade desde a tomada d’água do reservatório Barro


Branco até o reservatório Negros, onde será implantada uma estação de bombeamento
para permitir o cruzamento do divisor de águas entre as bacias dos rios Moxotó e Ipojuca,
para finalmente chegar ao Reservatório Ipojuca, que receberá as águas transpostas para
distribuição aos municípios do Agreste Pernambucano.

1.5.1. Localização, Acessos e Abrangência do Ramal do Agreste

O Ramal do Agreste está integralmente localizado no estado de Pernambuco, na porção


setentrional do estado, atravessando os municípios de Sertânia e Arcoverde, nos
domínios das bacias hidrográficas dos rios Moxotó e Ipojuca. Está localizado numa área
de contato entre o Semiárido e o Agreste Pernambucano.

O traçado do Ramal do Agreste desenvolve-se a partir do reservatório de Barro Branco,


integrante das obras constituintes do Eixo Leste do PISF, no município de Sertânia - PE,
16
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
na altura das coordenadas SIRGAS 2000, UTM, 24L: 9.111.672N / 691.6979.111.672 N e
691.697E. Cruzando os municípios de Sertânia e Arcoverde, o Ramal termina depois de
atravessar a serra do Pau d’Arco, no vale do rio Ipojuca, no futuro reservatório de Ipojuca,
situado entre as coordenadas SIRGAS 2000, UTM, 24L 9.080.630N e 726.502E.

O Mapa 1.1, em anexo, apresenta a localização do empreendimento.

1.5.2. Delimitação da Área Estudo

Conforme já salientado, os PACUERAs estão fundamentados na Lei Federal no 12.651/12,


que estabelece parâmetros, definições e limites para as Áreas de Preservação
Permanente (APP) de Reservatórios Artificiais, em uma faixa variável de 30 a 100 m. Em
consonância com esta lei, a APP do Reservatório Ipojuca foi delimitada inicialmente em
uma faixa 100 m, uma vez que seu objetivo é o abastecimento público.

Visando o adequado entendimento dos componentes socioambientais que subsidiarão o


zoneamento e influenciarão a implantação das medidas de conservação e uso, o
Diagnóstico Ambiental do Reservatório Ipojuca foi realizado considerando não somente a
Área de Preservação Permanente, mas uma área maior. A análise documental de
informações já existentes considerou a bacia do rio Ipojuca e o município de Arcoverde
como objeto de estudo.

Já para realização dos estudos de campo, foi considerada a bacia de contribuição do


reservatório até o limite do município de Arcoverde como indicado no Projeto Básico
Ambiental do Ramal do Agreste. Assim, foram considerados aspectos ambientais ou de
ocupação antrópica a jusante que podem ser afetados pela existência dos reservatórios.
Especificamente no caso de núcleos populacionais foram levantadas as localidades que
de alguma forma podem influenciar ou ser impactadas pelos reservatórios tais como
localidades que podem apresentar possíveis demandas de uso ou aquelas localizadas a
jusante das barragens, respectivamente.

Vale ressaltar que, ao longo de todo o sistema do PISF foi desapropriada uma faixa de
100 m de cada lado do canal. Já no caso dos reservatórios, foi desapropriada uma faixa
um pouco maior que 100 m da cita de nível máximo.

Os Mapas 1.2 e 1.3 ilustram os elementos adotados e anteriormente mencionados para


delimitação da área de estudo do Reservatório Ipojuca.

No Quadro 1.1 a seguir são apresentadas a área total inundada, a área da microbacia e a
área de aporte de sedimentos dos reservatórios objetos deste estudo.

17
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Quadro 1.1. Área do reservatório, área da microbacia de contribuição e área de estudo do Reservatório
Ipojuca.
Área do Reservatório Área da Microbacia de Contribuição Área de Estudo
(ha) (C – 01 Reservatório Ipojuca) (ha) (ha)
67,88 6.304,14 9.538,12

18
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
2. METODOLOGIA

2.1. DELIMITAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DE CONTRIBUIÇÃO AO RESERVATÓRIO


IPOJUCA

A delimitação da bacia hidrográfica do Reservatório Ipojuca foi realizada inicialmente de


forma manual, através da base de dados em formato shapefile do Atlas de Bacias
Hidrográficas de Pernambuco (PERNAMBUCO, 2002), e finalizada em modelo matemático
digital, utilizando o Sistema de Informação Geográfica - SIG, com o auxílio da extensão
ArcHydro do software Arcgis 10.

Para o processo de delimitação automática da área de contribuição do Reservatório


Ipojuca, foram obtidas como base para o processamento, imagens do Shuttle Radar
Topography Mission – SRTM e os modelos digitais de terreno – MDT gerados a partir de
varredura a laser, disponibilizado pelo programa Pernambuco Tridimensional (PE 3D).

Os dados da imagem SRTM e MDT foram processadas através da extensão ArcHydro, a


partir do qual foram obtidas informações das direções de escoamento, área de
drenagem, rede de drenagem, definição de trechos de rios, finalizando com a definição
da bacia de contribuição do Reservatório Ipojuca.

2.2. ELABORAÇÃO DE BASE CARTOGRÁFICA

Para elaboração da base cartográfica, foi realizada a pesquisa de informações disponíveis


no banco de dados do Ministério do Desenvolvimento Regional – MDR e a obtenção de
dados de outras instituições, tais como: ANA, IBGE, MMA, INPE, CPRM, APAC-PE, SRHE-PE,
SICAR dentre outras. Os dados disponíveis no banco de dados do MDR foram os mais
utilizados por estarem atualizados, focados na área de estudo e sincronizados com os
dados de outros agentes envolvidos nos Programas Ambientais do Ramal do Agreste.
Esta fonte forneceu os dados vetoriais em formato shapefile e DWG que foram
selecionados e incorporados nas áreas de trabalho dos SIG.

As principais informações utilizadas foram de geologia, geomorfologia, uso do solo,


pedologia, potencial de irrigação, potencial agroecológico, erosão e áreas prioritárias de
conservação, além dos arquivos contendo os reservatórios, as áreas de desapropriação,
os territórios quilombolas e indígenas, os projetos de assentamento e os limites políticos
e geográficos. Em alguns casos houve a necessidade de associar os dados nos formatos
DWG e SHP em um mesmo aplicativo (SIG ou CAD). Os processamentos desses dados
envolveram basicamente correções topológicas, mapa de distâncias e sobreposição de
informações.

Com relação às análises ambientais e classificação do uso do solo, foram usadas imagens
dos satélites Sentinel-2 e do programa Pernambuco Tridimensional (PE 3D) que realizou a
captura de dados por sensores e câmeras instalados aviões.
19
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
O satélite Sentinel-2 faz parte da missão da European Space Agency (ESA) desenvolvido
no quadro do programa da União Europeia Copernicus. As informações da Sentinel-2 são
complementares às missões existentes, incluindo LANDSAT e SPOT. Os dados são
projetados para serem modificados e adaptados conforme interesse em áreas temáticas,
tais como: ordenamento do território, monitoramento agroambiental, monitoramento da
água, monitoramento florestal e da vegetação, monitoramento do carbono terrestre,
monitoramento de recursos naturais e monitoramento global de culturas.

Já o programa Pernambuco Tridimensional (PE 3D), realizou a varredura a laser com o


objetivo de obter ortoimagens de alta resolução de toda a superfície territorial
pernambucana, cuja área é de 98.148km². A tecnologia utilizada foi a LiDAR (Light
Detection And Ranging), com captura de dados realizada por sensores e câmeras
instalados em oito aviões.

Os aplicativos utilizados foram o ArcGIS 10.0, AutoCAD 2018, Google Earth Pro e GPS
TrackMaker devidamente licenciados e registrados. As informações geradas foram
agrupadas em um desses aplicativos para gerar os mapas e figuras. Procurou-se
padronizar o sistema de coordenadas em UTM-SIRGAS2000.

A estruturação e geração do mapa de susceptibilidade à erosão dos solos foram


efetuadas utilizando o software ArcGIS 10 da ESRI. A determinação dos pesos levou em
consideração a suscetibilidade à erosão conforme tipos de solos, forma e grau de
dissecação do relevo, declividade do terreno, cobertura vegetal do solo e hidrografia.

2.3. LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS

Na análise documental e levantamento de dados secundários foram utilizadas


principalmente as seguintes fontes:

 Plano Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca (SRHE, 2010);

 EIA do Ramal do Agreste Pernambucano (Ministério da Integração Nacional,


2008);

 Inventário Florestal, Florístico, Fitossociológico e Faunístico do Ramal do


Agreste, (Ministério da Integração Nacional, 2009);

 Diagnóstico Socioambiental da Sub-Bacia Moxotó do Plano Ambiental de


Conservação e Uso do Entorno de Reservatórios Artificiais - PACUERA
(Ministério da Integração Nacional, 2016);

 Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco


- PBHSF (2004-2013), elaborado pela Agência Nacional das Águas;

20
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
 Banco de documentos do Ministério da Integração Nacional, atuaL Ministério
do Desenvolvimento Regional e Instituições Parceiras onde foram analisadas
em especial as informações contidas na execução dos Programas do Projeto
Básico Ambiental do PISF: Apoio técnico para Implantação de Infraestrutura de
Abastecimento de Água ao Longo dos Canais (Programa 15); Monitoramento
da Qualidade da Água (Programa 22), Conservação da Fauna e Flora
(Programa 23) e Monitoramento de Processos Erosivos (Programa 27);

 Relatórios Anuais de Execução dos Programas Ambientais do PBA do PISF;

 Fontes geradoras de informações e indicadores socioeconômicos, tais como o


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o Banco de Dados
Estadual de Pernambuco, o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde
(DATASUS) e Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil;

 Normais Climatológicas do Brasil - Instituto Nacional de Meteorologia – INMET;

 Interface Integrada para Internet de Ferramentas de Geoprocessamento -


I3GEO da Fundação Nacional do Índio - FUNAI;

 Lista das Certidões Expedidas às Comunidades Remanescentes de Quilombos


(CRQs) disponível na plataforma de consulta da Fundação Cultural Palmares;

 Interface de pesquisa digital do Instituto Nacional de Colonização e Reforma


Agrária – INCRA, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes –
DNIT, da Empresa de Turismo de Pernambuco – EMPETUR, do Ministério do
Turismo – MTur, da Agência Nacional de Águas – ANA e do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP.

2.4. VISITA TÉCNICA DE CAMPO

No período de 06 a 15 de agosto de 2018 realizou-se visita técnica em campo, para


reconhecimento e checagem do panorama construído através do levantamento de dados
secundários e elaboração de base cartográfica. O trabalho foi realizado na sede municipal
de Arcoverde - PE, na faixa da Área de Preservação Permanente e na Área de Estudo do
Reservatório Ipojuca.

Visando levantar dados mais específicos acerca do município de Arcoverde - PE, bem
como subsidiar a compreensão dos principais atores envolvidos na gestão dos
reservatórios, potenciais conflitos e tendências para utilização, realizou-se reunião com
gestores municipais. Com esse público, a técnica de entrevista semiestruturada foi
utilizada para a coleta dos dados qualitativos, utilizando-se como instrumento de
pesquisa um roteiro orientado das temáticas relevantes. Vale ressaltar que foram

21
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
disponibilizados, pela secretaria municipal de Saúde, dados cadastrais e dados
epidemiológicos de destaque no município.

Também foram entrevistadas as famílias pertencentes às comunidades localizadas nas


proximidades dos Reservatórios. Ao todo foram abordadas 57 famílias que responderam
prontamente aos questionários estruturados. As informações obtidas por meio desse
levantamento estão explicitadas ao longo do Capítulo 6 – Meio Socioeconômico, inseridas
de acordo com os temas específicos.

Para caracterização da fauna percorreu-se a área do futuro Reservatório Ipojuca e seu


entorno, realizando transectos aleatórios assistemáticos, buscando registrar todos os
ambientes, característicos das principais fitofisionomias presentes no local, evidenciando
o maior número de espécies da fauna ocorrente na região através de observações diretas
(encontros visuais e zoofonia) e indiretas (rastros, fezes, ninhos, mudas, vestígios, entre
outros). Também foram realizadas entrevistas informais e não estruturadas com
moradores e transeuntes da localidade, visando enriquecer o conhecimento a respeito da
fauna local.

Para caracterização da biota vegetal das áreas em questão, as visitas de campo tiveram
objetivo de avaliar o status de conservação do ambiente, classificar e mapear as
fitofisionomias da Caatinga ocorrentes no local de estudo, visando a elaboração do mapa
de cobertura vegetal e uso do solo, a realização de identificação botânica, com listagem
das espécies vegetais presentes, e a identificação das pressões antrópicas sobre a
vegetação de forma a propor medidas de conservação e/ou recuperação.

Com relação ao meio físico, a área de influência direta dos reservatórios foi percorrida
por completo para analisar os pontos identificados durante a fotointerpretação visual das
imagens de satélite. Os locais avaliados foram identificados com o auxílio de GPS e
imagens do Google Earth-Pro. Nesta fase foram observadas as variações e inter-relações
entre o substrato rochoso, o tipo de relevo, solo, vegetação e uso e ocupação da terra e
os perfis de solo representativos. Realizou-se também o reconhecimento e identificação
das fontes de poluição, além da ocorrência de processos de erosão dos solos. A junção
dos dados secundários com os dados levantados em campo serviu de base para a
preparação do mapa de cobertura vegetal, uso da terra, mapa pedológico e mapa de
suscetibilidade à erosão da área de abrangência do reservatório.

Para a avaliação da capacidade de uso das terras, a área do entorno do reservatório foi
separada em 3 classes de capacidade de acordo com as propriedades do solo e do relevo
que influenciam na qualidade e quantidade da água. Desta forma, a classificação das
unidades de capacidade e restrição de uso das terras considerou a relação entre a
cobertura vegetal, solos e a declividade. O grau de limitações dos solos foi avaliado
segundo os critérios de avaliação da aptidão agrícola das terras descritas por IBGE

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
(1995). A capacidade de uso diminui da classe I para a classe III e o grau de restrição de
uso das terras é inversamente proporcional a sua capacidade de uso. As unidades foram
agrupadas em função do tipo de solo, das restrições ou limitações ao manejo e dos
fatores que influenciam as atividades agrícolas.

23
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
3. RECURSOS HÍDRICOS

3.1. BACIA DE CONTRIBUIÇÃO AO RESERVATÓRIO

O Ramal do Agreste está nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Moxotó e Ipojuca.
De acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH nº 32, de
15 de outubro de 2003, que estabeleceu a Divisão Hidrográfica Nacional, a sub-bacia do
Moxotó faz parte da Região Hidrográfica do São Francisco e a bacia do rio Ipojuca
pertence à Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental.

De acordo com o Plano Hidroambiental do Rio Ipojuca, elaborado pela Secretaria de


Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco (SRHE, 2010), a localização da bacia do rio
Ipojuca se dá entre os paralelos 08°09’50” e 08°40’20” de latitude sul e os meridianos
34°57’52” e 37°02’48” de longitude oeste de Greenwich e cobre uma superfície total de
3.435,34 km², ou seja, 3,49% do território de Pernambuco. Constitui a unidade de
planejamento hídrico UP3 do Plano Estadual de Recursos Hídricos de Pernambuco (SRHE,
1998). Limita-se ao norte, com a bacia do rio Capibaribe (UP2) e o estado da Paraíba; ao
sul, com as bacias dos rios Una (UP3) e Sirinhaém (UP4); a leste, com os grupos de bacias
de pequenos rios litorâneos 2 e 3 – GL2 (UP15) e GL3 (UP16) e o Oceano Atlântico; e, a
oeste, com as bacias dos rios Ipanema (UP7) e Moxotó (UP8) e com o estado da Paraíba.

O rio Ipojuca apresenta extensão de cerca de 320 km, cortando as regiões fisiográficas do
agreste, mata sul e metropolitana de Pernambuco, tendo sua nascente na Serra do Pau
D’arco, no município de Arcoverde. É intermitente desde a sua nascente até as
proximidades de Caruaru e daí em diante torna-se perene. É um rio estadual e seus
principais afluentes, pela margem direita, são: riacho Liberal, riacho Papagaio, riacho
Tacaimbó, riacho Taquara, riacho Cipó, riacho do Vasco, riacho Pau Santo, riacho Mocó,
riacho das Pedras, riacho Verde, riacho Caruá, riacho Barriguda, riacho Machado, riacho
do Mel, riacho Continente, riacho Titara, riacho Vertentes, riacho Macaco Grande, riacho
Rocha Grande, riacho Prata, riacho Cotegi, riacho Piedade e riacho Minas e pela margem
esquerda: riacho Poção, riacho Mutuca, riacho Taboquinha, riacho Maniçoba, riacho Bituri,
riacho Coutinho, riacho dos Mocós, riacho Salgado, riacho Várzea do Cedro, riacho Jacaré,
riacho Sotero, riacho Cacimba de Gado, riachos da Queimada, riacho Manuino, riacho do
Serrote, riacho Bichinho, riacho Muxoxo, riacho São João Novo, riacho Cueiro de
Suassuna, riacho Pata Choca, riacho Cabromena, riacho Sapocaji e riacho Urubu (APAC,
sd).

Estão parcialmente inseridos na bacia do rio Ipojuca um total de 25 municípios, dentre os


quais 12 possuem suas sedes inseridas na bacia (Belo Jardim, Bezerros, Caruaru, Chã
Grande, Escada, Gravatá, Ipojuca, Poção, Primavera, Sanharó, São Caetano e Tacaimbó);
e 13 com sede inseridas em outras bacias (Agrestina, Alagoinha, Altinho, Amaraji,

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Arcoverde, Cachoeirinha, Pesqueira, Pombos, Riacho das Almas, Sairé, São Bento do Una,
Venturosa e Vitória de Santo Antão) (SRHE, 2010).

As atividades industriais nesta bacia hidrográfica estão associadas a produtos


alimentares, minerais não metálicos, indústria sucroalcooleira, química, têxtil,
metalúrgica, vestuário, artefatos, tecidos, couros, bebidas, produtos farmacêuticos e
veterinários, perfumes, sabões, velas, material elétrico e de comunicação, calçados,
matéria plástica, agropecuária e borracha. O rio Ipojuca encontra-se hoje poluído por
resíduos sólidos e líquidos, orgânicos e inorgânicos, apresentando altas taxas de
assoreamento, embora ainda tenha potencial para usos diversos (SRHE, 2010).

Neste contexto, estará inserido o reservatório Ipojuca, localizado na parte da bacia


relacionada à região do Agreste, correspondendo ao trecho superior do rio Ipojuca, com
barragem localizada nas coordenadas 08°18’42.26” S e 36° 56’ 37.99” O. Conforme
apresentado no item 1.5.2, a área de estudo da sub-bacia é de 95,38 km² e o
comprimento do talvegue desde a nascente até o limite do município de Arcoverde é de
17,3 km. Dentro da área de estudo, o rio Ipojuca caracteriza-se por ser intermitente e
possui 9 afluentes principais pela margem direita e 5 pela margem esquerda. O Mapa 3.1
ilustra a bacia do rio Ipojuca, dando destaque para área onde será formado o reservatório
Ipojuca.

3.1.1. Caracterização Histórica do Rio Ipojuca

De acordo com Souza (2017), o nome Ipojuca tem origem na antiga língua Tupi, sendo
formado a partir da junção das palavras ‘y (água), apó (raiz) e îuka (podre), significando
“água das raízes podres” ou até mesmo água turva ou barrenta. Os antigos indígenas
tiveram suas próprias razões para dar esse nome ao rio e, tragicamente, a história só fez
por confirmar o acerto na escolha do nome: o Ipojuca é hoje o terceiro rio mais poluído do
Brasil, segundo classificação do IBGE (2010), apresentando águas muito turvas e,
literalmente, podres em alguns trechos.

A triste sina do rio Ipojuca tem origem na história da cultura da cana-de açúcar no litoral
de Pernambuco. Os primeiros três séculos da história do Brasil foram concentrados na
produção e exportação do açúcar para os mercados externos, consumindo, para isso,
todo o trecho da Mata Atlântica e removendo quaisquer obstáculos que pudessem
prejudicar as plantações de cana. Nessa época, as boiadas criadas nas cercanias dos
grandes canaviais passaram a ser vistas como um grande risco pelos senhores das casas-
grandes: os suculentos e adocicados brotos de cana despertavam a gula dos inocentes
bois e vacas que, desrespeitando os limites estabelecidos, invadiam as plantações e
dizimavam os brotos das canas. A ira dos senhores dos engenhos contra os criadores de
gado levou a edição de uma Carta Régia que proibia a criação de gado a menos de 15
léguas do litoral.

25
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Sem espaço no litoral, boiadeiros e boiadas seguiram rumo ao sertão, acompanhando o
curso dos grandes rios como o Capibaribe, o Ipojuca, o Sirinhaém, o Una e o São
Francisco – foi assim que surgiram as primeiras fazendas de criação de bois no sertão, as
estradas boiadeiras e, enfim, as cidades. Nesta extensa rede de estradas que cortavam o
sertão surgiram alguns cruzamentos importantes, onde nasceram algumas cidades
diferenciadas com suas “feiras”. Gentes de todos os cantos dos sertões passaram a
frequentar estas “feiras” para comprar, vender ou trocar produtos ou, simplesmente,
para passear e respirar outros ares. Foi assim que importantes cidades interioranas foram
surgindo, entre elas Feira de Santana na Bahia, Campina Grande na Paraíba e Caruaru
em Pernambuco.

A cidade de Caruaru tem sua origem numa antiga fazenda às margens do rio Ipojuca, que
funcionava como ponto de pernoite para os boiadeiros, tropeiros e mascates que
viajavam pelo agreste pernambucano. A presença de um curso de água perene, o rio
Ipojuca, era fundamental para a dessedentação das grandes boiadas, o que tornava a
localidade um ponto de parada obrigatória. No local surgiu um pequeno comércio de
produtos e serviços ligados à lida com o gado, transformado com o passar do tempo na
famosa Feira de Caruaru – a cidade foi surgindo aos poucos ao redor da feira.

Com a construção da Linha do Centro da Rede de Ferrovias do Nordeste, ligando a cidade


do Recife a Afogados da Ingazeira e com uma estação em Caruaru, a cidade ganhou uma
maior visibilidade e acessibilidade, se transformando num importante polo comercial
regional. Essa importância aumentou ainda mais com a construção de diversas rodovias
estaduais e federais na região. Infelizmente, todo esse crescimento econômico e
populacional de Caruaru não foi acompanhado de uma infraestrutura de saneamento
básico – o importante rio Ipojuca, que foi uma das razões para o nascimento da cidade,
acabou segregado da população e foi transformado em uma grande valeta de esgotos a
céu aberto. Esse mesmo descaso se repetiu em todas as cidades ao longo do rio Ipojuca.

3.2. QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

A qualidade das águas dos corpos hídricos que compõem uma bacia hidrográfica é
resultante da interação de dois fatores principais: condições naturais e a interferência do
homem (fatores antrópicos). Em outras palavras, pode-se resumir como sendo
consequência do uso e da ocupação do solo na bacia hidrográfica.

Em bacias hidrográficas preservadas em condições naturais, a qualidade das águas é


afetada pelo escoamento superficial e pela infiltração no solo, resultante da precipitação
atmosférica. O impacto é dependente do contato da água, seja por escoamento ou
infiltração, com as partículas, substâncias e impurezas no solo. Assim, a incorporação de
sólidos em suspensão ou dissolvidos ocorre mesmo que a bacia hidrográfica esteja

26
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
totalmente preservada em suas condições naturais. A maior influência, neste caso, é a
cobertura vegetal e a composição do solo.

A interferência do homem, seja de forma concentrada, como na geração de despejos


domésticos e/ou industriais, ou de uma forma dispersa, como na aplicação de defensivos
agrícolas no solo, contribui na introdução de compostos na água, afetando a sua
qualidade. Deste modo, o uso e ocupação do solo, pelo homem, tem implicação direta na
qualidade da água.

O controle da qualidade da água está associado a um planejamento global no nível de


toda a bacia hidrográfica, e não individualmente por agente alterador. Contrapondo a
qualidade existente de uma determinada água, têm-se a qualidade desejável para esta
água. Em resumo: a qualidade de uma água existente é função das condições naturais e
do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica e a qualidade desejável para uma água é
função do uso previsto para essa água.

Sendo assim, o estudo da qualidade da água é fundamental, tanto para se caracterizar as


consequências de uma determinada atividade poluidora, quanto para se estabelecer os
meios para que se satisfaça determinado uso da água.

A Lei Estadual nº 12.984/05 criou a Política Estadual de Recursos do Estado de


Pernambuco, da qual o Sistema de Informações de Recursos Hídricos (SIRH/PE) é um dos
instrumentos. O SIRH/PE é um sistema público de planejamento, coleta, tratamento,
armazenamento, recuperação e difusão de informações sobre recursos hídricos e fatores
intervenientes em sua gestão.

A responsável pela operação da rede Hidrometeorológica do Estado de Pernambuco é a


Agência Pernambucana de Água e Clima (APAC), conforme explicitado no inciso VII do
Art. 6º da Lei nº 14.028/2010 e, conta com 17 estações de Qualidade das Águas, sendo
14 localizadas em cursos d’água e 3 em reservatórios, cuja frequência de amostragem
definida é trimestral para todas as estações.Em nível Federal, a Agência Nacional das
Águas - ANA é responsável pela administração da Rede Básica Hidrometeorológica
Nacional, que abrange as estações fluviométricas, pluviométricas, sedimentométricas e
de qualidade das águas. Na bacia do rio Ipojuca, a ANA possui apenas uma estação de
Qualidade da Água instalada que é operada pela CPRM.

A Figura 3.1 apresenta a localização das estações de monitoramento de Qualidade da


Água na bacia do rio Ipojuca. Das 24 estações existentes, apenas duas encontram-se
dentro da área de estudo, uma a montante e uma a jusante do futuro reservatório
Ipojuca.

No âmbito do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Limnologia, item 16


do PBA do Ramal do Agreste, que tem como objetivo o acompanhamento sistemático dos

27
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
parâmetros necessários à manutenção dos níveis adequados de qualidade dos recursos
hídricos superficiais, de acordo com seus usos preponderantes, há previsão de 19
estações amostrais existentes ao longo do traçado do Ramal do Agreste, as quais
atenderão as diversas fases do projeto. Quais sejam: anterior ao início da obra, na
implantação e na operação do empreendimento; considerando-se a necessidade de
monitoramento das águas aduzidas pelo projeto até o rio Ipojuca.

Dentre as 19 estações amostrais duas encontram-se na área de estudo, sendo uma a


montante do Reservatório Ipojuca, denominada de P-09 (Coordenada SIRGAS 2000, UTM
24L 724059 E / 9.080.352 N), e outra a jusante do reservatório denominada I-02
(Coordenada SIRGAS 2000, UTM 24L, 726.244 E / 9.080.583 N) (Figura 3.1).

Figura 3.1. Estações de Qualidade da Água Localizadas na Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca.

Fonte: ANA, 2018.

O principal indicador qualitativo usado no país é o Índice de Qualidade das Águas (IQA).
Foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água para o abastecimento público após o
tratamento convencional. A interpretação dos resultados da avaliação do IQA deve levar
em consideração este uso da água. Por exemplo, um valor baixo de IQA indica a má
qualidade da água para abastecimento, mas essa mesma água pode ser utilizada em
usos menos exigentes, como a navegação ou geração de energia. O IQA é calculado com
base nos parâmetros: temperatura da água, potencial hidrogeniônico (PH), oxigênio
28
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
dissolvido, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total, turbidez, resíduo
total e demanda bioquímica de oxigênio – DBO 5,20 (ANA, 2018).

Outra legislação vigente no país, para classificação da qualidade da água, é a Resolução


CONAMA no 357/2005 que estabelece, por meio da classificação e enquadramento dos
cursos d’água em classes de uso, os valores e parâmetros de qualidade a serem
obedecidos.

Todos os riachos existentes na bacia de contribuição e afluentes ao reservatório Ipojuca


são temporários ou intermitentes. Contudo, a determinação do IQA dos referidos cursos
hídricos deve ser prevista e realizada no período chuvoso.

As características das águas dos riachos temporários ou intermitentes são praticamente


àquelas das enxurradas. No caso do rio Ipojuca, dentro da área de estudo, em agosto de
2017, em coleta de água realizada na estação IP-01, pelo CPRH, a água foi classificada
como poluída, IQA ruim, índice de estado trófico (IET) supereutrófico, não tóxico, com
baixo risco de salinidade.

Vale ressaltar que, no entorno do Reservatório Ipojuca não existe ainda tratamento de
efluentes de esgotamento sanitário e resíduos sólidos, sendo esta poluição difusa
considerada uma constante, ou seja, quanto maior o adensamento populacional, maior
será o risco de contaminação.

No âmbito do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Limnologia, item 16


do PBA do Ramal do Agreste, que tem como objetivo o acompanhamento sistemático dos
parâmetros necessários à manutenção dos níveis adequados de qualidade dos recursos
hídricos superficiais, de acordo com seus usos preponderantes, há previsão de 19
estações amostrais ao longo do traçado do Ramal do Agreste, as quais atenderão as
diversas fases do projeto. Quais sejam: anterior ao início da obra, na implantação e na
operação do empreendimento; considerando-se a necessidade de monitoramento das
águas aduzidas pelo projeto até o rio Ipojuca.

Dentre as 19 estações amostrais duas encontram-se na área de estudo, sendo uma a


montante do Reservatório Ipojuca, denominada de P-09 (Coordenada SIRGAS 2000, UTM
24L 724.059E/9.080.352N), e outra a jusante do reservatório denominada I-02
(Coordenada SIRGAS 2000, UTM 24L 726.244E/ 9.080.583N) (Figura 3.1).

3.2.1. Proposição de Enquadramento dos Corpos D’Água

A fim de propor o enquadramento dos corpos d’água superficiais, afluentes ao


reservatório, procurou-se identificar estudos existentes de enquadramento dos corpos de
água na região do Ramal do Agreste. A SRHE (2010) classificou o rio Ipojuca como
poluído em toda sua extensão, devido principalmente às elevadas concentrações de
amônia, fósforo e coliformes termotolerantes. As concentrações de Oxigênio Dissolvido
29
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
(OD) iguais a zero e a elevada Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20) observada a
jusante dos centros urbanos, onde estará inserido o reservatório, e das usinas do setor
sucroalcooleiro evidenciam o lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais
acima da capacidade de autodepuração do rio Ipojuca.

Segundo Souza (2017) o rio também é a destinação final de lixo e de entulhos:


são aproximadamente 537 toneladas, equivalente a 43 caminhões, despejadas a cada dia
em suas águas. Estudos indicam que 80% da poluição do rio Ipojuca é gerada em apenas
cinco municípios: Belo Jardim, Caruaru, Gravatá, Bezerros e Escada. A cidade de Caruaru,
que apresenta um dos trechos mais poluídos do rio Ipojuca, responde sozinha por 40% de
toda a poluição do rio na região do Agreste. Estima-se aí um índice de 5 milhões de
coliformes fecais por mililitro nas águas do rio Ipojuca - um índice altíssimo, que
demonstra o tratamento dado ao rio e justifica o título de 3°rio mais poluído do Brasil.

Especificamente, no trecho intermitente, onde encontra-se a área do presente estudo, o


rio Ipojuca apresenta-se eutrofizado, devido às concentrações de fósforo e nitrogênio
amoniacal superiores ao limite estabelecido pela Resolução CONAMA n° 357/2005,
resultante da poluição causada pelo lançamento de esgotos domésticos (SRHE, 2010).

De acordo com os monitoramentos realizados pela CPRH (2018), o rio Ipojuca caracteriza-
se como um corpo hídrico cuja qualidade da água identificada denota o seu
enquadramento compatível com a Classe 4 (poluída), ou que não tem seu uso previsto na
Resolução do CONAMA nº 357/05, sendo, portanto considerado “muito poluído”. Estes
corpos d’água apresentam qualidade da água ruim. A poluição apresentada pelas águas
do rio Ipojuca tem como maior fonte os dejetos domésticos, correspondentes a mais de
67% da carga poluidora.

Como os rios existentes na sub-bacia e talvegues afluentes ao reservatório em referência


são temporários ou intermitentes, pode-se considerar que a proposição de
enquadramento das águas do corpo hídrico constituído pelo reservatório Ipojuca será a
mesma das águas transpostas do reservatório de Barro Branco (Eixo Leste do PISF),
enquadrada na Classe 2, a ser misturada com a água do rio Ipojuca, classificada como
Classe 4. Ainda, conforme informações contidas no Parecer Técnico - NAIA nº 002/2019,
encontra-se em andamento uma proposta de enquadramento do rio Ipojuca, através do
Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca – PSA Ipojuca.

Visto que os principais usos preponderantes da água dos corpos de água da bacia do rio
Ipojuca e do reservatório a ser formado são o abastecimento com tratamento
convencional e dessedentação animal, a Classe 2 é a mais adequada para
enquadramento das águas do reservatório Ipojuca. Sendo assim, deverão ser
estabelecidas metas, como investir em tratamento e diminuição de descargas de esgotos
domésticos na área, para efetivação dos respectivos enquadramentos.
30
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
3.3. APORTE DE SEDIMENTOS

A implantação de uma barragem e a consequente formação do reservatório ocasionam


modificações das condições naturais do curso d’água. No que concerne ao aspecto
sedimentológico, as barragens geram uma redução na velocidade da corrente levando à
deposição gradual dos sedimentos carreados pelo curso d’água, provocando o
assoreamento e diminuindo gradativamente a capacidade de armazenamento do
reservatório.

Os processos de sedimentação podem ser complexos. A deposição de sedimentos é


contínua e, enquanto isso ocorre, há uma distribuição de sedimentos no reservatório cuja
forma é influenciada pela operação e também pela ocorrência de grandes enchentes
responsáveis por carreamento de muitos sedimentos. Carvalho et al. (2000) afirmam que
pequenos lagos estão sujeitos a um assoreamento rápido, o que pode acontecer até
mesmo numa única enchente. Quando a vida útil do aproveitamento é afetada pelos
depósitos, são necessárias mudanças na operação do reservatório ou outras medidas que
procurem remediar o problema (ICOLD, 1989).

No guia de Avaliação de Assoreamento de Reservatório (CARVALHO et al., 2000) diz-se


que o curso d’água, ao entrar no reservatório, tem as áreas de seções transversais
aumentadas, enquanto as velocidades da corrente decrescem, criando condições de
deposição de sedimento. As partículas mais pesadas, como pedregulhos e areias grossas,
são as primeiras a se depositar enquanto o sedimento mais fino adentra ao reservatório.
A barragem constitui um impedimento à passagem da maior parte das partículas para
jusante, o que pode ocorrer com o escoamento pelo vertedouro e pelos condutos.

Nos reservatórios artificiais provocados por qualquer tipo da ação antrópica, as leis da
geomorfologia funcionam da forma descrita no Anexo I. Segundo Carvalho (2008), o
processo de deposição de sedimentos ocorre quando a força do escoamento se reduz até
a condição de não poder continuar a deslocar a partícula. A razão entre a carga sólida
que se deposita no leito do reservatório e a carga sólida total afluente é denominada
eficiência de retenção. Essa grandeza depende, dentre outros fatores, do comprimento
do braço principal do reservatório e do volume útil do reservatório. O valor da eficiência
de retenção de sedimentos num reservatório pode ser obtido a partir de medições
sistemáticas das descargas sólidas afluentes e a jusante da barragem.

Em pequenos reservatórios, o aporte de sedimentos se processa da mesma forma,


seguindo os mesmos princípios das equações descritas no Anexo I, sendo sua intensidade
função do maior ou menor comprimento do talvegue e do volume de descarga sólida em
suspensão (Qs) mais arraste de fundo (Qf).

No sentido de se adotarem medidas de redução do aporte de sedimentos à montante do


reservatório é recomendada especial atenção após enchimento do mesmo e início da
31
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
operação do sistema (ver Programa de Redução do Aporte de Sedimentos).

3.4. HIDROGEOLOGIA

A água subterrânea é proveniente dos aquíferos fissural e aluvionar. O aquífero fissural é


representado pelas rochas cristalinas, cujo acúmulo de água dá-se na presença de
fraturas ou fissuras sendo a captação feita por meio de poços tubulares. Com relação ao
aquífero aluvionar, o mesmo é formado pelos depósitos aluvionares que ocorrem ao
longo dos leitos dos riachos da área, sendo a captação feita através de poços amazonas e
cacimbas escavadas.

A seguir será feita a descrição da Hidrogeologia da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca com
base nos dados apresentados no Plano Hidroambiental do Rio Ipojuca (SRHE, 2010).

A bacia hidrográfica do rio Ipojuca é relativamente pobre em recursos hídricos


subterrâneos, uma vez que inexistem depósitos sedimentares em forma de bacias que
possam armazenar grandes volumes de água, como ocorre, por exemplo, na Região
Metropolitana do Recife, na bacia do Jatobá e em outras áreas no estado de Pernambuco.

A água subterrânea nessa bacia hidrográfica ocorre principalmente em dois meios de


características hidrogeológicas totalmente distintas: i) o meio fissural, representado pelas
rochas cristalinas, que apresentam uma grande distribuição geográfica (praticamente
toda a bacia), embora possua péssimas condições de armazenamento d’água; e ii) o
meio aluvial, ao longo das calhas fluviais que, apesar de possuir boa porosidade e
permeabilidade, é constituído por depósitos limitados, tanto em área superficial como em
profundidade. Ocorre também, de forma restrita, o aquífero intersticial, no limite leste da
bacia.

O aquífero fissural, na região em estudo, tem predominância de rochas de maior


resistência à deformação ruptural, representada por granitos e migmatitos. Nelas
ocorrem fraturas mais abertas, porém com menor quantidade de planos. Neste cenário, o
fluxo é maior, porém o volume de água por unidade cúbica do meio é menor, devido à
baixa intensidade de fraturas. Já os depósitos aluviais apresentam-se ora sob a forma de
terraços integrados à calha, ora como terraços suspensos; no primeiro caso, além de se
prestarem a cultura, podem captar o nível do “underflow” subjacente, enquanto no
segundo, são, em geral, desprovidos de águas subterrâneas.

A disponibilidade efetiva, no alto curso do rio Ipojuca, região do presente estudo, para o
aquífero aluvial é da ordem de 0,034 x 106 m³/ano e para o aquífero fissural é de 0,39 x
106 m³/ano. Análises físico-químicas das águas subterrâneas, nesse trecho, mostraram
que apenas 6,1% das águas são consideradas como águas doces, dentro do limite de
potabilidade para consumo humano; 46,9% são águas salobras e 46,9% correspondem a
águas salgadas.

32
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
No banco de dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM, 2018), estão registrados, em
Arcoverde, 80 poços tubulares e 2 poços escavados (cacimba/cisterna), sendo a
utilização dos mesmos para abastecimento doméstico e animal. Do total de poços
cadastrados 14 estão localizados na região de entorno do Reservatório Ipojuca. As
informações sobre nível estático (N.E.) e equipamento de bombeamento instalado nos
poços são muito precárias, com predominância de bomba injetora. A Figura 3.2, a seguir,
apresenta a localização dos poços na área de estudo.

Figura 3.2. Pontos d'água localizados na área em de entorno do Reservatório Ipojuca.

Fonte: CPRM, 2018.

3.5. CARACTERIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO IPOJUCA

O futuro Reservatório Ipojuca é formado por uma barragem do tipo concreto compactado
a rolo (CCR) e será assente em um substrato rochoso constituído por gnaisses
migmatizados ou migmatitos. O reservatório correspondente terá um volume de água da
ordem de 6,7.106 m³, com o nível d’água de 805,00 m, relativo à operação em regime. No
reservatório haverá ainda, um descarregador de fundo por uma tomada d’água que
permite uma vazão de 8 m³/s, possuindo uma única abertura, correspondente ao conduto
forçado de adução às válvulas. O conduto será de aço envolto em concreto e, no extremo
de jusante existirão duas válvulas dispersoras com diâmetro unitário DN=600 mm. Um
vertedouro de segurança será implantado sobre a barragem Ipojuca. Trata-se de um
vertedouro tipo soleira livre, com 200 m de largura livre entre muros de contenção, por
onde passa uma ponte que liga as duas margens, composta por dez tramos de 20 m e
33
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
nove pilares de 0,5 m de espessura. É uma estrutura de segurança da obra, e está
dimensionado para escoar a vazão de 125 m³/s, correspondente à vazão excedente da
incidência de uma cheia com recorrência de 1.000 anos.

A Figura 3.3, a seguir, apresenta o canal de entrada pela margem esquerda, as


estruturas hidráulicas da barragem, vertedouro e descarregador de fundo.

Figura 3.3. Pontos levantados em campo e estruturas hidráulicas do futuro Reservatório Ipojuca.

Durante a visita técnica, realizada em agosto de 2018, a obra executada neste


reservatório estava se iniciando. Nas fotos a seguir, apresenta-se o local no qual está
sendo implantado o canal de chegada ao reservatório, na margem esquerda do rio
Ipojuca.

34
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 3.1. Vista do canal de chegada na ombreira Foto 3.2. Vista do canal de chegada na ombreira
esquerda do reservatório Ipojuca (P1 da Figura 3.3; esquerda do reservatório Ipojuca (P1 da Figura 3.3;
ago/2018). ago/2018).

Na sequência são apresentadas fotos do sítio do eixo da futura barragem Ipojuca.


Destaca-se que as obras neste local ainda não foram iniciadas.

Foto 3.3. Vista do local do eixo da futura barragem Foto 3.4. Vista do local do eixo da futura barragem
Ipojuca (P3 da Figura 3.3; ago/2018). Ipojuca (P2 da Figura 3.3; ago/2018).

Foto 3.5. Vista do local do eixo da futura barragem Foto 3.6. Vista do local do eixo da futura barragem
Ipojuca (P2 da Figura3.3; ago/2018). Ipojuca (P4 da Figura 3.3; ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 3.7. Vista da calha do rio Ipojuca onde se Foto 3.8. Vista da calha do rio Ipojuca onde formará
formará o reservatório (P5 da Figura 3.3; ago/2018). o reservatório (P6 da Figura 3.3; ago/2018).

Aporte de Sedimentos

Conforme descrito no Anexo I, o maior aporte de sedimentos que qualquer reservatório


recebe é aquele carreado pelos seus afluentes. No Reservatório Ipojuca, o aporte natural
de água, bem como o de sedimentos, se dará por meio de um talvegue principal
intermitente denominado Rio Ipojuca, três pequenos afluentes pela margem esquerda e
dois afluentes pela margem direita, conforme Mapa 1.2. Desta forma, infere-se que nas
enxurradas a contribuição de aporte de sedimentos poderá ser considerável e ocasionar
em comprometimento do volume útil do reservatório. As Fotos 3.9 a 3.16, a seguir,
ilustram os afluentes que serão aportantes diretos de sedimentos para o reservatório.

Foto 3.9. Vista do afluente aportante pela margem Foto 3.10. Vista do afluente aportante pela margem
esquerda ao reservatório Ipojuca (P7 da Figura 3.3; esquerda ao reservatório Ipojuca (P8 da Figura 3.3;
ago/2018). ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 3.11. Vista do afluente aportante pela margem Foto 3.12. Vista do afluente aportante pela margem
esquerda ao reservatório Ipojuca (P9 da Figura 3.3; direita ao reservatório Ipojuca (P10 da Figura 3.3;
ago/2018). ago/2018).

Foto 3.13. Vista do rio Ipojuca a montante do Foto 3.14. Vista do rio Ipojuca a montante do
reservatório Ipojuca (P11 da Figura 3.3; ago/2018). reservatório Ipojuca (P11 da Figura 3.3; ago/2018).

Foto 3.15. Vista do rio Ipojuca a montante do Foto 3.16. Vista do rio Ipojuca a montante do
reservatório Ipojuca (P11 da Figura 3.3; ago/2018). reservatório Ipojuca (P11 da Figura 3.3; ago/2018).

O acontecimento favorável que vai contribuir para minimizar a magnitude do aporte de


sedimentos veiculado pelo rio Ipojuca e seus afluentes é a presença de açudes nas
margens direita e esquerda e no curso d’água principal.

37
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Essa sequência de açudes certamente irá reter, por ocorrência das cheias, a maioria dos
sedimentos que seriam aportados e depositados no Reservatório Ipojuca, diminuindo
desta forma o risco do reservatório ser assoreado por enxurradas. O principal
reservatório que será responsável por reter os sedimentos aportantes diretamente ao
reservatório Ipojuca é o reservatório Mulungu, localizado no remanso do reservatório
Ipojuca, no rio Ipojuca. Nas fotos a seguir apresentam-se o rio Ipojuca, no seu trecho
intermitente e seus principais afluentes, com os açudes existentes, dentre eles o
reservatório Mulungu, bem como o local caracterizado como nascente do rio Ipojuca.

Foto 3.17. Marco no local da nascente do rio Ipojuca Foto 3.18. Vista da nascente do rio Ipojuca (P12 da
(ago/2018). Figura 3.3; ago/2018).

Foto 3.19. Vista da barragem do reservatório Foto 3.20. Vista do reservatório Mulungu, localizado
Mulungu, localizada no remanso do futuro no remanso do futuro reservatório Ipojuca (P13 da
reservatório Ipojuca (P13 da Figura 3.3; ago/2018). Figura 3.3; ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 3.21. Vista de pequeno açude localizado na Foto 3.22. Vista de pequeno açude localizado na
margem direita do futuro reservatório Ipojuca (P14 margem esquerda do futuro reservatório Ipojuca
da Figura 3.3; ago/2018). (P15 da Figura 3.3; ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
4. MEIO FÍSICO

4.1. CLIMA

A área de estudo está inserida no polígono das secas e o clima, segundo Koppen, é do
tipo BSh: clima semiárido quente, caracterizado por escassez de chuvas e grande
irregularidade em sua distribuição, baixa nebulosidade, forte insolação, índices elevados
de evaporação e temperaturas médias elevadas, por volta de 27ºC (EMBRAPA, s.d).

A caracterização do clima na área de estudo foi realizada a partir das Normais


Climatológicas do Brasil, que consiste em médias de dados climatológicos calculadas
para períodos consecutivos de 30 anos, disponibilizadas pelo Instituto Nacional de
Meteorologia – INMET. Desta forma, foram selecionadas três estações meteorológicas
(Arcoverde-PE, Pesqueira-PE e Monteiro-PB) com dados de precipitação pluviométrica
mensais e anuais de 1981 a 2010 (Quadro 4.1), cobrindo toda a área de estudo.

Quadro 4.1. Normais Climatológicas do Brasil, nas estações Monteiro - PB, Arcoverde-PE e Pesqueira-PE,
precipitação acumulada mensal e anual (mm) no período de 1981 a 2010.

ESTAÇÕES
MÊS
Monteiro-PB Arcoverde-PE Pesqueira-PE
Janeiro 58,7 67,9 21,7
Fevereiro 83,5 62,9 75,8
Março 113,3 111,6 98,1
Abril 96,0 90,6 100,2
Maio 113,8 78,2 83,8
Junho 48,2 90,2 59,7
Julho 36,0 79,7 53,8
Agosto 18,8 60,6 27,3
Setembro 7,8 19,3 10,8
Outubro 21,6 13,6 14,3
Novembro 15,6 16,0 19,3
Dezembro 38,2 30,6 26,2
Ano 651,5 721,2 591,0
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, s.d.

As precipitações médias anuais no entorno do futuro reservatório Ipojuca estão na faixa


entre 661 - 670 mm (Mapa 4.1), e os valores mais elevados ocorrem nos meses de
março, abril e maio, sendo os meses mais secos setembro, outubro e novembro (Quadro
4.1).

Devido à forte irradiação solar que atinge todo o semiárido, a temperatura média anual
da área em estudo varia em torno de 23°C (Mapa 4.2). As temperaturas mais elevadas

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
ocorrem nos meses de novembro, dezembro e janeiro, a média das temperaturas
mínimas está entre 17°C e 19°C e a média das máximas entre 28°C e 31°C (Quadro 4.2).

Quadro 4.2. Normais Climatológicas do Brasil, nas estações Monteiro - PB, Arcoverde-PE e Pesqueira-PE,
temperatura mínima, média e máxima mensal e anual (°C) no período de 1981 a 2010.
ESTAÇÕES

MÊS Monteiro-PB Arcoverde-PE Pesqueira-PE

Mínima Média Máxima Mínima Média Máxima Mínima Média Máxima


Janeiro 20,1 25,8 32,6 19,5 - 31,4 19,8 24,1 31,4
Fevereiro 20,1 25,6 32,2 19,7 25 31,4 19,8 24,2 31
Março 20,5 25,4 31,7 19,6 24,7 30,7 19,9 24,1 30,9
Abril 20,1 24,8 30,7 19,3 23,8 29,4 19,8 23,5 29,5
Maio 19,1 23,7 29,5 18,7 22,7 27,9 18,9 22,6 28,2
Junho 17,7 22,3 28,1 17,5 21,1 26,1 17,9 21,2 26,5
Julho 17,2 22 28 16,8 20,3 25,4 17,2 20,6 25,8
Agosto 16,6 22,4 29,1 16,5 20,5 26,6 16,9 20,8 26,7
Setembro 17,4 23,8 31,1 17,1 22,1 29 17,6 21,8 28,5
Outubro 18,9 25,1 32,5 18,2 24 31,4 18,4 23,2 30,4
Novembro 19,8 25,8 33 18,9 24,9 32,3 19,2 23,8 31,2
Dezembro 20,3 26,1 33 19,4 25,2 32,2 19,5 24,1 31,4
Ano 19 24,4 31 18,4 23,12 29,5 18,7 22,8 29,3
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, s.d.

A insolação média anual tem cerca de 2.600 horas, em especial nos meses de setembro a
março, com uma redução de junho a agosto. Os ventos da região têm velocidade média
de 3,2 a 3,8 m/s e valores máximos de 4,4 m/s, nos meses de setembro a novembro. A
direção predominante dos ventos é SE. A umidade relativa mensal é de
aproximadamente 70%. Os meses mais úmidos compreendem o período de maio a
agosto e os meses mais secos de outubro a fevereiro (INMET, s.d).

A umidade relativa do ar é normalmente baixa, e as poucas chuvas - de 250 mm a 750


mm por ano - concentram-se num espaço curto de tempo, provocando enchentes
torrenciais. Mesmo durante a época das chuvas (novembro a abril), sua distribuição é
irregular, deixando de ocorrer durante alguns anos e provocando secas.

4.2. GEOLOGIA

Geologicamente, a área de estudo está inserida no embasamento cristalino da Província


Borborema (ALMEIDA et al., 1977), engloba o terreno tecnoestratigráfico: Terreno Rio
Capibaribe (TRC), constituída pelos litotipos do Complexo Pão de Açúcar, as unidades
Suíte Intrusiva Vila Moderna e Suíte Intrusiva Itaporanga, os metagranitóides
peraluminosos, que foram designados como metagranitóides Cariris Velhos dos tipos Sítio
Severo e São João do Tigre, respectivamente (Mapa 4.3). Nas planícies de inundação,
ocorrem os Depósitos Aluvionares e de Terraços, constituídos de areia,

41
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Esta Província foi caracterizada inicialmente, por Almeida et al. (1977, 1981), como uma
entidade geotectônica do nordeste brasileiro, tendo sido intensamente afetada pelo Ciclo
Brasiliano, o qual constitui o último evento orogênico atuante na região. É composta por
marcante diversidade de litotipos, onde se incluem desde rochas arqueanas até
sedimentos recentes. Neste domínio, são característicos o volumoso plutonismo
granitóide e as importantes zonas de cisalhamento de idade Neoproterozóica/Brasiliana
(SANTOS, 2017).

O Terreno Rio Capibaribe é representado pelo Complexo Pão de Açúcar, e engloba


complexos plutonometamórficos, sequências metassedimentares e um intenso plutinismo
neoproterozóico. Contém ortognaisses e migmatitos indiscriminados e metagranitóides
peraluminosos, além do magmatismo neoproterozóico, com emplacement sin a tardi-
tectônico, e tardi a pósbrasiliano com afinidade geoquímica variada (ACCIOLY et al.,
2015).

4.2.1. Unidades Litoestratigráficas

Para a descrição das unidades litoestratigráficas da área utilizou-se as informações


contidas na Carta Geológica, Folha Pesqueira (SC.24-X-B-II), na escala de 1:100.000, e
descrições do relatório associadas, elaborado por Accioly et al. (2015) no âmbito do
Programa Geologia do Brasil desenvolvido pela Gerência de Recursos Minerais da
Superintendência de Recife do Serviço Geológico do Brasil – CPRM.

A Folha Pesqueira localiza-se na mesorregião do Agreste do Estado de Pernambuco,


microrregião de nascentes dos rios Ipojuca e Capibaribe. É limitada pelas coordenadas
36o30’ e 37o00’ de longitude W e 8o 00’ e 8o 30’ de latitude S. Nela, são reconhecidos três
terrenos: Alto Moxotó (TAM), Rio Capibaribe (TRC) e Pernambuco-Alagoas (TPA).

O TAM ocupa aproximadamente 7% da Folha, com predomínio de unidades


paleoproterozoicas. O TRC é o terreno mais representativo, corresponde a cerca de 80%
da folha, e constitui-se predominantemente de rochas de idades neoproterozoicas, o seu
embasamento é o Complexo Pão de Açúcar, considerado orosiriano. O TPA corresponde a
13% da área da folha e contém como unidade mais antiga o Complexo Rio Una (2.1Ga),
composto de migmatitos paraderivados, biotita-xistos granadíferos, muscovita
leucognaisses e camadas quartzíticas.

No TRC está localizada a Unidade Litoestratigráfica mais representativa da área de


estudo: o Complexo Pão de Açúcar de idade orosiana. Também ocorrem neste terreno,
em menor proporção, as unidades Suíte Intrusiva Vila Moderna e Suíte Intrusiva
Itaporanga. No TRC surgem também os metagranitóides peraluminosos, por vezes com
fenocristais de magnetita, bem como ortognaisses graníticos com restos de

42
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paraderivadas, que foram designados como metagranitóides Cariris Velhos dos tipos Sítio
Severo e São João do Tigre, respectivamente (Mapa 4.3). Nas planícies de inundação,
ocorrem os Depósitos Aluvionares e de Terraços, constituídos de areia, cascalho e/ou
lama.

4.2.1.1. Paleoproterozóico – Orosiriano

Complexo Pão de Açúcar (PP3pa)

Esta unidade aparece na porção central da área de estudo do reservatório Ipojuca,


cobrindo quase toda a totalidade, limitada em proporções menores a vários corpos de
granitoides neoprotorozóicos, a leste pela Suíte intrusiva Metagranitóides Cariris Velhos,
a sudoeste pela Suíte intrusiva Itaporanga e a noroeste pela Suíte intrusiva Vila Moderna.

Constitui-se de ortognaisses geralmente bandados, com faixas melanocráticas compostas


por rochas de composição gabro-dioríticas, por vezes anfibolitizadas + biotitizadas,
alternadas com faixas esbranquiçadas leucotonalíticas a granodioríticas, também
deformadas. Os ortognaisses migmatíticos correspondem petrograficamente a biotita
gnaisse quartzo-diorítico, biotita–hornblenda gnaisse diorítico, dioritos/gabros
anfibolitizados, e as porções leucossomáticas são constituídas por biotita-ortognaisses
graníticosgranodiorícos a tonalíticos.

As rochas do Complexo Pão de Açúcar são de coloração cinza escuro a esverdeadas, com
granulação fina a média. Os grupos de minerais mais abundantes são o anfibólio
(magnésio-hornblenda), o plagioclásio (metamáficas e metaultramáficas), sendo este um
dos grupos mais importantes da constituição das rochas em geral, e o clinopiroxênio
(diopsídio-hedembergita).

4.2.1.2. Neoproterozóico – Toniano

Complexo Riacho do Tigre (NP1rt)

A unidade Complexo Riacho do Tigre está situada à noroeste da área de estudo,


encaixante dos corpos granitóides neoproterozoicos como os tipos Itaporanga e Vila
Moderna. Constitui-se de uma sequência metavulcanossedimentar entremeada por
sheets de metagranitóides de afinidade geoquímica peraluminosa. Os metassedimentos
deste complexo apresentam biotita e granada como máficos principais, opacos e
turmalina como acessórios. Os minerais félsicos são essencialmente plagioclásio e
quartzo.

As rochas metavulcânicas apresentam composição quartzo-feldspática, granulação fina a


muito fina, com cristais microblastoporfiríticos de feldspatos anedrais, cercados por uma

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matriz félsica orientada, de granulação muito fina, apresentando pequenos e raros
cristais de biotita, titanita, epidoto e zircão.

Estruturalmente é constituída por biotita xistos granatíferos com turmalina, anfibólio-


biotita gnaisses xistosos (rochas metagrauváquicas), paragnaisses e ortognaisses
relacionados a rochas máficas de granulação muito fina, esverdeadas, anfibolitizadas,
biotitizadas (metabasaltos, metandesitos) e vulcanoclásticas.

Ortognaisses Sítio Severo (NP1ycv5)

Essa terminologia foi utiliza por Santos et al. (2002) para reunir uma série de
metagranitóides, incluindo ortognaisses leucograníticos e migmatitos de fonte crustal a
granada e biotita, sin-tangenciais, de afinidade peraluminosa e idade relacionada ao
evento Cariris Velhos. Esta unidade é encaixante do complexo Pão de Açúcar, e ocorre
em áreas correlatadas ao TRC.

O Ortognaisses Sítio Severo agrupa uma série de rochas ortognáissicas monzograníticas,


granodioríticas a graníticas, com porções migmatíticas ou com aspecto de migmatitos
diatexíticos. Constituem uma série de corpos foliados e dobrados, que apresentam
dimensões expressivas e fazem contato tectônico em deformação tangencial com os
ortognaisses migmatíticos do Complexo Pão de Açúcar, por meio de frentes de empurrão.

As rochas que equivalem a este tipo apresentam diferentes aspectos mesoscópicos


daquelas denominadas de tipos São João do Tigre. Uma característica petrográfica
peculiar desta unidade é a presença de magnetita como fenocristal. Representado por
rochas de granulação média a grossa, textura granoblástica, de cor cinza a rosa, com
foliação bem marcada pela orientação de biotita e evidências de feições miloníticas.
Porfiroblastos de magnetita são comuns.

Morfologicamente, aparecem como serrotes, stocks, muitas vezes compondo cuestas, e


freqüentemente constituem sheets sin-tangenciais. Mineralogicamente são constituídos
por K-feldspato, plagioclásio e quartzo, formando uma assembléia félsica dominante.
Biotita, titanita e magnetita são os máficos principais.

4.2.1.3. Neoproterozóico – Ediacarano

Suíte Intrusiva Itaporanga (NP3y2it)

As características petrográficas da Suíte Intrusiva Itaporanga são rochas graníticas


porfiríticas de granulação média a grossa que geologicamente relacionam-se a uma suíte
calcioalcalina de médio a alto K. São rochas muito enriquecidas em potássio, urânio e

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tório. Esta unidade destaca-se morfologicamente, pois as rochas constituem serras,
apresentando as altitudes mais elevadas, em torno de 700 m, e são conhecidas como
superfície “Sul-Americana”.

A fáceis dominante é o monzogranito porfirítico médio a grosso, seguido de um granito a


granodiorito médio a grosso, inequigranular porfirítico a equigranular, granítica rósea fina
tardia, sob a forma de diques, além de uma fácies máfica de composição diorítica a
monzodiorítica.

As rochas plutônicas desta unidade se apresentam sob a forma de diques, stocks e


principalmente batólitos (grande corpo plutônico intrusivo com área aflorante ou de
afloramento potencial por erosão de mais de 100 km2), cujo mais expressivo é o batólito
Caruaru-Arcoverde (NEVES; MARIANO, 1999; NEVES et al., 2000; MARIANO et al., 2007).

O Batólito Caruaru-Arcoverde está encaixado em rochas paleoproterozoicas pertencentes


ao Complexo Pão de Açúcar (PP3pa), e em rochas neoproterozoicas do Complexo Riacho
do Tigre (NP1rt) e de Metagranitóides Cariris Velhos do tipo Sítio Severo (NP1gcv5).

Suíte Intrusiva Vila Moderna (NP3y3m)

Esta suíte foi designada por Santos (1971) como Granitóides do tipo Moderna, e
posteriormente abordadas mais detalhadamente por Santos e Vasconcelos (1973). A
terminologia da “Suíte Intrusiva Vila Moderna”, proposta por Santos (2009), ocorre ao
longo da Zona de Cisalhamento do Congo ou Poço da Cruz – Cruzeiro do Nordeste.

Essa suíte caracteriza-se por um expressivo magmatismo de natureza alcalina a


peralcalina. O conjunto de corpos pertencentes a esta unidade formam um alinhamento
de serras na direção NE-SW da Folha Pesqueira. A suíte está situada a sudeste da área de
estudo do reservatório Ipojuca. O conjunto de corpos aparece com várias dimensões, de
stocks a batólitos, representados pelas serras com altitudes que atingem cerca de
1000m.

As rochas desta suíte são piroxênio-sienitos, quartzo sienitos, anfibólio sienogranitos a


álcalifeldspato granitos, orientados e/ou foliados, contendo piroxênios aegirina-augita e
os anfibólios arfvedsonita e riebeckita. A idade Ediacarana se deve ao fato de que às
vezes no meio de alguns plútons esses granitoides encontram-se isotrópicos.

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4.2.1.4. Cenozóico – Neogeno

Depósitos aluvionares (N34a)

São representados por depósitos aluvionares e sedimentos areno-argilosos nos leitos de


rios e riachos, muitas vezes situados ao longo das estruturas, tais como fraturas e falhas,
com direções variadas. Como exemplo da área em estudo, o rio Ipojuca. Em perfil, esses
depósitos se caracterizam de baixo para cima, são constituídos por sedimentos arenosos,
conglomeráticos, inconsolidados, bem como porções argilosas.

4.2.2. Recursos Minerais

Na Folha Pesqueira (SC.24-X-B-II) foram cadastradas 31 ocorrências/depósitos,


classificados como materiais de uso na construção civil, rochas e minerais industriais e
metais não ferroso e semimetais. Os recursos minerais estão representados por 4
depósitos (pedreiras) e 27 ocorrências (7 garimpos e 20 não exploradas).

Os materiais de uso na construção civil são a principal vocação de recursos minerais na


Folha Pesqueira, constituindo 78% dos recursos cadastrados (Figura 4.1), com destaque
para as rochas ornamentais, mostrando um grande potencial, devido a incidência de
rochas graníticas, migmatíticas com diferentes composições mineralógicas e distintos
padrões texturais e estruturais. Há também potencial para extração de areia, brita,
mármore e pedra rachão.

Figura 4.1. Percentuais das substâncias cadastradas no município de Pesqueira de acordo com a
classificação utilitária utilizada no Geobank (27 depósitos/ocorrências).

6%

16% Materiais de uso na


construção civil

Rochas e minerais
industriais

Materiais não ferrosos e


semimetais

78%

Fonte: Adaptado de Santos et al., 2017.

Na área de estudo do reservatório Ipojuca não há ocorrências de exploração destes


recursos minerais. No município de Arcoverde há ocorrência de três registros, dois em

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fase de licenciamento e um com autorização de pesquisa, todos com extração de granito
para uso em revestimento e brita (Quadro 4.3).

Quadro 4.3. Informações gerais atuais dos processos minerários no município de Arcoverde – PE.
PROCESSO ÁREA SUBSTRATO MUNICÍPIO
FASE NOME TIPO DE USO
ANM (ha) EXPLORADO (UF)
Galvaz
Construções e Arcoverde-
840079/2006 19 Licenciamento Granito Brita
Incorporações PE
Ltda
Galvaz
Construções e Arcoverde-
840574/2010 8,52 Licenciamento Granito Brita
Incorporações PE
Ltda
Jeferson
Autorização Arcoverde-
840166/2015 46,28 Marcos Cunha Granito Revestimento
de pesquisa PE
de Basrros
Pedreiras do
Concessão de Arcoverde-
840056/2003 600 Brasil Granito Revestimento
Lavra PE
SA
FONTE: DNPM (s.d.)

Estas informações extraídas do Cadastro Mineiro – SIGMINE da Agência Nacional de


Mineração – ANM, aintigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), estão
expostas no mapa de processos minerários (Mapa 4.4).

4.3. GEOMORFOLOGIA

A área de estudo está inserida quase completamente no domínio morfoestrutural do


Planalto da Borborema (Mapa 4.5), que corresponde a uma grande estrutura elevada,
com topografia irregular, e altitudes dominantes entre 400 e 900 m no contexto do
estado de Pernambuco, com algumas elevações residuais e superfícies que podem atingir
até mais de 1.100 m (TORRES & PFALTZGRAFF, 2014). Na área de entorno do
Reservatório, a altitude varia entre 800 a 950 m com algumas elevações que chegam a
1000 m (Mapa 4.6).

Por se tratar de áreas com níveis superiores a 850 m, onde a altitude, combinada com os
ventos alísios (constantes e úmidos) do anticiclone subtropical do Atlântico Sul, leva a
temperaturas mais baixas (NIMER, 1989), o planalto da Borborema é uma das poucas
áreas da região semiárida que apresenta temperatura média mais amena, inferior a
20°C, pelo menos durante um mês ao ano.

Essas áreas com grandes amplitudes altimétricas foram tratadas por Ab’Sáber (1974)
como sendo uma paisagem de exceção, também conhecidas como brejos de altitude.
Caracterizadas por apresentarem um clima mais úmido, temperaturas mais amenas,
recursos de solos mais profundos e maior conteúdo de matéria orgânica (TORRES &
PFALTZGRAFF, 2014). Esse domínio, num contexto geral, é caracterizado por grandes

47
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áreas com relevos suaves a pouco movimentados (declives <20%). Na área de estudo há
predominância de relevo suave-ondulado a ondulado (Mapa 4.6, Quadro 4.4).

Quadro 4.4. Distribuição das classes de declividade na área de estudo do Reservatório Ipojuca.

Declividade Área (ha) Área (%)


Plano (0 - 3%) 1.979,23 20,76
Suave-ondulado (3 - 8%) 4.504,50 47,23
Ondulado (8 - 20%) 2.807,21 29,44
Forte-ondulado (20 - 45%) 242,02 2,54
Montanhoso (45 - 75%) 2,95 0,03
Total 9.535,91 100,00

Segundo Corrêa et al. (2010), o Planalto da Borborema é formado por litotipos cristalinos
correspondentes aos maciços arqueanos remobilizados, sistemas de dobramentos
brasilianos e intrusões ígneas neoproterozóicas sin, tardi e pós-orogênicas. Predominam
as rochas plutônicas ácidas do Pré-Cambriano, especialmente as graníticas, e menor
proporção de granodioritos, com destaque também para uma mistura de rochas
vulcânicas e metamórficas em proporções variadas tais como xistos, gnaisses e
quartzitos, que podem incluir metarcósios e calcário cristalino (DANTAS, 1980).

A partir das rochas vulcânicas ácidas, os principais solos desenvolvidos incluem


Planossolos, Neossolos Regolíticos, Neossolos Litólicos e Argissolos Vermelho-Amarelos.
Nos domínios das rochas ricas em minerais ferromagnesianos, os principais solos
desenvolvidos são Luvissolos e Vertissolos. Já nos brejos de altitude, em função do clima
diferenciado, destacam-se solos com horizonte A, ricos em matéria orgânica, como os
Latossolos Amarelos e Argissolos Amarelos e/ou Vermelho-Amarelos (TORRES &
PFALTZGRAFF, 2014). Na área de estudo há presença de Planossolos e Neossolos Litólico
e Regolítico, que serão melhor caracterizados no item 4.4, a seguir.

Por ser uma região inserida na zona do Agreste, possui mais limitações ambientais
apresentando áreas com expressiva rochosidade/pedregosidade, solos rasos, com
drenagem deficiente, afetados por sais, restrições de umidade e chuvas irregulares
típicas do semiárido. Desta forma, é uma região desfavorável para culturas
climaticamente adaptadas e com maior risco para a produção agrícola (TORRES &
PFALTZGRAFF, 2014).

A sudoeste (SW) do Reservatório Ipojuca, encontra-se um pequeno conjunto de Maciços


Residuais (Mapa 4.5), elevações íngremes em forma de serras e serrotes (ARAÚJO FILHO
et al., 1996), com altitude entre 800m e 950m (Mapa 4.6).

A Bacia do Jatobá, a oeste da área de estudo, compreende uma área sedimentar cuja
superfície está em nível mais elevado do que a das áreas cristalinas circunvizinhas, com
48
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altitudes dominantes na faixa de 700 m a 900 m, estando bem definida dentro da
geomorfologia do Nordeste. Situa-se na porção centro-sul do estado de Pernambuco, com
início a cerca de 8 km a sudoeste de Arcoverde, e compreende parte dos municípios de
Petrolândia, Inajá, Buíque, Ibimirim e Sertânia. Uma pequena parte da bacia, em seu
limite leste, insere-se na região do Agreste, enquanto a maior parte, no Sertão.

Essa unidade caracteriza-se por apresentar diferentes feições geomorfológicas.


Apresenta topografia caracterizada por maiores ou menores elevações tabulares em
forma de mesetas, com encostas íngremes e os topos aplainados, recortados e erodidos,
tendo na base um relevo predominantemente suave ondulado. A mais importante
elevação desta bacia sedimentar é a Serra Bandarra e do Caitano, com clima ameno e
úmido (MI, 2016).

4.4. SOLOS

Os solos localizados em regiões semiáridas e áridas foram, por muito tempo,


considerados inviáveis para agricultura e, consequentemente, colocados à margem do
aproveitamento econômico. Porém, grande parte da população humana depende do que
as terras semiáridas e áridas sejam incorporadas ao processo produtivo.

O conhecimento do solo é importante para gerenciar o recurso água, expressar o


potencial genético de espécies, minimizar a degradação dos recursos naturais e
maximizar o potencial do fator clima, operando como um componente de transformação,
de reorganização e de sustentação das atividades econômicas, sociais e culturais no
espaço rural (CUNHA et al., 2010).

Na grande extensão das terras semiáridas, encontram-se muitas associações com


predomínio de solos pouco a moderadamente desenvolvidos (OLIVEIRA et al., 2003). O
mapa de solos (Mapa 4.7), mostra que na área de entorno do Reservatório Ipojuca há
predominância de Neossolo Litólico, Neossolo Regolítico e Planossolo Háplico, este último
com maior abrangência.

4.4.1. Neossolos Litólicos

Ocorrem em toda região semiárida, principalmente nas áreas mais acidentadas, onde são
encontrados afloramentos rochosos. São solos pouco desenvolvidos, rasos a muito rasos,
não hidromórficos, pedregosos e rochosos com textura média ou arenosa e horizonte A
assentado sobre a rocha, ou cascalheira espessa, ou, ainda, sobre horizontes C de
pequena espessura. São moderadamente a excessivamente drenados, com horizonte A
pouco espesso, cascalhento, de textura predominantemente média, podendo, também,
ocorrer solos de textura arenosa, siltosa ou argilosa (EMBRAPA, 2006; RIBEIRO et al.,
2009; CUNHA et al., 2010).

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Na área de abrangência do Reservatório Ipojuca há associações classificadas de R25 e
R56 e R10 (Mapa 4.7). A Associação R25 é composta por Neossolos Litólicos Eutróficos +
Afloramentos de Rochas. Nesta composição, os Neossolos possuem horizonte A
moderado e fraco, textura média, ocorrem em caatinga hiperxerófila, em relevo ondulado
e forte ondulado, com substrato de gnaisse, granito, migmatito e granodiorito.

A associação R56 também é composta por Neossolos Litólicos Eutróficos + Afloramentos


de Rochas. No entanto, ela se diferencia da R25 pela presença de cascalhos no horizonte
A. Ocorre em relevo suave ondulado e ondulado, com substrato de gnaisse, granito, xisto,
migmatito e granodiorito.

A associação R10 é composta por Neossolos Litólicos Eutróficos + Neossolos Regolíticos


Eutróficos + Afloramentos de Rochas. Os Neossolos Litólicos possuem textura média com
cascalho a cascalhento rochoso, ocorre em relevo suave ondulado a forte ondulado com
substrato de granito, granodiorito e migmatito. Os Neossolos Regolíticos ocorrem em
relevo suave e ondulado em floresta caducilófia e/ou caatinga hipoxerófila.

Os Neossolos Litólicos Eutróficos são caracterizados por serem solos de alta fertilidade,
no entanto, apresentam limitações de uso relacionadas à pouca profundidade, presença
de rocha e aos declives acentuados. Estes fatores limitam o crescimento radicular de
plantas e o uso de máquinas assim como aumentam o risco de erosão. Por essas
características, apresenta elevada fragilidade ambiental, sendo indicados para a
preservação dos recursos naturais (fauna e flora) (BATISTA et al., 2014; CREA/PE, 2017).

O Mapa 4.8, elaborado após os estudos de campo, mostram os Neossolos Litólicos


localizados no entorno da área de estudo (Mapa 4.8), presentes em relevo ondulado a
montanhoso e altitudes elevadas (Mapa 4.6), com substrato de gnaisse, granito,
granodiorito e migmatito. Todos são eutróficos e apresentam horizonte A moderado,
associados com afloramentos rochosos e com vegetação característica de caatinga hipo e
hiperxerófita.

As fotos a seguir ilustram os perfis destes solos na área de estudo.

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Foto 4.1. Paisagem de ocorrência do Neossolo Foto 4.2. Paisagem de ocorrência de Neossolo
Litólico. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 718803.62E / Litólico. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 718992.35E /
9081687.23N). (ago/2018). 9081532.85N). (ago/2018).

Foto 4.3. Paisagem de ocorrência de Neossolo Foto 4.4. Paisagem de ocorrência de Neossolo
Litólico com afloramentos rochosos. Coord. SIRGAS Litólico com afloramentos rochosos. (Coord. SIRGAS
2000, UTM 24L 718885.66E /9081594.68N). 2000, UTM 24L, 718823.67E /9081704.65N).
(ago/2018). (ago/2018).

4.4.2. Neossolos Regolíticos

Os Neossolos Regolíticos se caracterizam por serem pouco desenvolvidos, não


hidromórficos e de textura normalmente arenosa, apresentando alta erodibilidade
principalmente em áreas com declives mais acentuados (JARBAS et al., s.d). No
semiárido, são solos pouco profundos ou profundos sendo que na fração areia
apresentam 4% ou mais de minerais primários alteráveis (menos resistentes ao
intemperismo), contribuindo assim como uma fonte de nutrientes. Apesar dessas
características, são solos bastante variáreis em termos de fertilidade, podendo ou não
haver necessidade, a depender do tipo de cultura, de fertilizantes e corretivos.

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Na área de estudo, as associações dos Neossolos Regolíticos são RE22 e RE25 compostas
por Neossolos Regolíticos Eutróficos + Neossolos Litólicos Eutróficos e Neossolos
Regolíticos Eutróficos e Distrófico + Neossolos Litólico Eutrófico + Planossolos Háplicos
Distróficos, respectivamente.

Na associação RE22 os Neossolos Regolíticos Eutróficos são solódico e não solódico e


ocorre em relevo plano e suave ondulado. Os Neossolos Litólicos eutróficos possuem
textura arenosa e média com cascalho a cascalhento, ocorrem suave-ondulado e plano,
com substrato de granito e gnaisse, ambos com horizonte A fraco e moderado, em
caatinga hipoxerólifa e/ou hiperxerófila.

Na associação RE25 os Neossolos Regolíticos Eutróficos e Distróficos são solódicos,


ocorrem em relevo plano e suave-ondulado. Os Neossolos Litólicos Eutróficos possuem
textura arenosa e média com cascalho a cascalhento, ocorrem em relevo suave-ondulado
e plano, com substrato de granito e gnaisse. Os planossolos ocorrem em relevo plano e
suave-ondulado; todos com horizonte A fraco e moderado em caatinga hiperxerófila.

Os Planossolos Háplicos Eutróficos correspondem a solos bem abastecidos de bases, o


que lhes confere uma elevada fertilidade natural, mas com sérias limitações de ordem
física relacionadas principalmente ao preparo do solo e à penetração de raízes devido ao
adensamento. Em condições de adensamento e em função do contraste textural, estes
solos são muito susceptíveis à erosão (JARBAS et al., s.d); ocorrem predominantemente
em áreas de relevo plano ou suave ondulado (BATISTA et al., 2014).

Foto 4.5. Perfil de Neossolo Regolítico. (Coord. Foto 4.6. Perfil de Neossolo Regolítico. (Coord.
SIRGAS 2000, UTM 24L, 726735.53E /9080595.30N). SIRGAS 2000, UTM 24L, 726525.60E/ 9080662.35N).
(ago/2018). (ago/2018).

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Foto 4.7. Aspecto do relevo e vegetação em área Foto 4.8. Aspecto do relevo e vegetação em área
de Neossolo Regolítico. Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L de Neossolo Regolítico. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
726549.57E/9080683.77N (ago/2018). 24L, 726557.44E / 9080674.26N). (ago/2018).

Foto 4.9. Paisagem de ocorrência de Neossolo Foto 4.10. Paisagem de ocorrência de Neossolo
Regolítico em relevo plano. (Coord. SIRGAS 2000, UTM Regolítico em relevo plano. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
24L, 726441.09E /9080708.52N). (ago/2018). 24L, 719107.31E /9079524.25N). (ago/2018).

4.4.3. Planossolo Háplico

Ocorrem tipicamente em áreas de cotas baixas, planas a suave onduladas, são solos
pouco profundos, com horizonte superficial de cores claras e textura arenosa ou média,
seguido de um horizonte B plânico, de textura média, argilosa ou muito argilosa,
adensado, pouco permeável, com cores de redução, devido à má ou imperfeita drenagem
decorrente da posição topográfica de cotas mais baixas que ocupam, e responsável pela
formação de lençol suspenso temporário (EMBRAPA, 2006; CUNHA et al., 2008).

Na área de estudo, a associação do Planossolo Háplico é a PL25, composta por


Planossolos Haplico, Neossolos Litólicos Eutróficos + Neossolos Regolíticos Eutróficos.
Nesta associação o Planossolo possui horizonte A mediano e espesso, os Neossolos
Litólicos possuem textura arenosa e média com cascalho a cascalhento e substrato de
gnaisse, granito, granidiorito e migmatito e os Neossolos Regolíticos possuem horizonte
fraco a moderado, ocorrem em caatinga hiperxerófila, em relevo plano e suave-ondulado.

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Foto 4.11. Paisagem de ocorrência de Planossolo em Foto 4.12. Paisagem de ocorrência de Planossolo em
relevo plano. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, relevo suave ondulado. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
719629.34E/ 9077961.91N). (ago/2018). 24L, 720272.40E /9080339.40N). (ago/2018).

Foto 4.13. Perfil de Planossolo Nátrico. (Coord. Foto 4.14. Perfil de Planossolo Nátrico. (Coord.
SIRGAS 2000, UTM 24L 723999.47E / 9080292.55N). SIRGAS 2000, UTM 24L 724001.60E / 9080286.64N).
(ago/2018). (ago/2018).

4.4.4. Potencial Agroecológico dos Solos

O mapa de potencial para irrigação (Mapa 4.9) mostra que as terras, em toda a área de
estudo, apresentam potencial muito baixo para irrigação, onde há os Planossolos e os
Neossolos Regolíticos.

Os Planossolos compreendem solos minerais, imperfeitamente drenados, com horizonte


Bt tendo saturação por sódio menor ou igual a 20%. Uma das feições pedológicas típicas
destes solos é a mudança textural abrupta para o horizonte Bt. Na época seca, a feição
pedológica típica desses solos é a consistência extremamente dura e a baixa
permeabilidade contribuindo para a deficiência de drenagem (EMBRAPA, 2000).

Os Neossolos Regolíticos são solos pouco desenvolvidos, pouco profundos a profundos,


não hidromórficos (EMBRAPA, 2006). Devido à textura arenosa, apresentam baixos
conteúdos de matéria orgânica e de nitrogênio. As limitações fortes ou muito fortes
ocasionadas pela falta de água são atenuadas nestes solos, devido à maior profundidade

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da maioria dos perfis, principalmente nos que apresentam horizonte pan (horizonte
endurecido), onde a umidade permanece por mais tempo (JACOMINE, 1996).

Os Neossolos Regolíticos com presença de horizontes fortemente endurecidos formam


associações intricadas com os Planossolos e integram um conjunto de solos com
características morfológicas similares. Estas semelhanças devem-se às transições
texturais abruptas dos Planossolos e às mudanças abruptas entre os materiais
cimentados e não-cimentados nos Neossolos Regolíticos.

O mapa de potencial agroecológico (Mapa 4.10) mostra que a área de estudo apresenta
predominantemente potencial para pastagem natural onde há os Planossolos. Estes
solos, de um modo geral, são indicados para pastagens, o que já é verificado na prática
normal de uso dos mesmos (EMBRAPA, 2000).

As terras agricultáveis de potencial restrito compreendem os Neossolos Regolíticos, solos


que, apesar de possuírem baixa fertilidade natural e baixa capacidade de retenção de
água, são bastante utilizados, exceto quando sob vegetação de caatinga hiperxerófila.

4.4.5. Suscetibilidade à Erosão dos Solos

O processo erosivo apresenta-se como um dos maiores agentes modificadores da


paisagem natural, pois está ligado aos processos de desgaste da superfície do terreno.
Em regiões de clima seco, como a área de estudo do Reservatório Ipojuca, a
suscetibilidade natural do solo a processos de erosão está relacionada principalmente a
erosividade da chuva, água corrente e dissecação do relevo.

Nas regiões semiáridas brasileiras o escoamento superficial é um dos fatores mais


comuns de degradação do solo, pois a formação do solo é um processo lento e é na
camada superficial que ficam concentrados a matéria orgânica e os nutrientes. Desta
forma, as chuvas concentradas tendem a formar escoamentos superficiais, ocasionando a
erosão.

Conforme o Mapa 4.11, a suscetibilidade à erosão na área de estudo varia de baixa a


alta. Prenomina a classe de média suscetibilidade somando 47%, e a classe de baixa
suscetibilidade somando 44%; somente 9% das áreas apresentam alto risco de erosão.

As áreas com suscetibilidade à erosão baixa são representadas pelos Planossolos, apesar
da baixa permeabilidade e da mudança textural abrupta que condicionam este solo a
uma elevada erodibilidade, sua espacialidade em locais planos e abaciados, com
tendência à acumulação de água e sedimentos, ameniza o problema de erosão.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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A classe de média suscetibilidade à erosão é representada principalmente pelos
Neossolos Regolíticos. Apesar da alta fertilidade natural, estes solos são bastantes
suscetíveis à erosão, devido à textura arenosa, da pouca profundidade e da presença de
camadas cimentadas, ocorrendo a profundidades variáveis (EMBRAPA, 2014). A presença
de afloramentos de rocha na área de estudo é bastante acentuada, o que torna
extremamente variável a profundidade efetiva dos solos.

A classe de alta suscetibilidade à erosão está representada pelos Neossolos Litólicos,


estes são mais suscetíveis à erosão. São solos pouco desenvolvidos, possuem horizonte A
com 20 cm de profundidade, textura arenosa e ocorrem em áreas mais declivosas
(EMBRAPA, 2006; RIBEIRO et al., 2009). A suscetibilidade é determinada, basicamente,
pela ocorrência do substrato rochoso e pela pequena profundidade, principalmente
quando é removida a vegetação original.

No trabalho realizado em campo, foram observados poucos processos erosivos na área


de estudo do Reservatório Ipojuca, ocorrendo principalmente nas terras compostas por
Neossolo Regolítico, às margens dos cursos d’água. Estes processos erosivos estão
representados nas fotos a seguir.

Foto 4.15. Erosão em estágio avançado em solo Foto 4.16. Erosão por desbarrancamento de raíz
Regolítico às margens do leito do Rio Ipojuca. (Coord. exposta às margens do Rio Ipojuca. (Coord. SIRGAS
SIRGAS 2000, UTM 24L, 726040.14E / 9080525.84N). 2000, UTM 24L, 722562.55E / 9080472.92N).
(ago/2018). (ago/2018).

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Foto 4.17. Erosão em sulco próxima à nascente do Foto 4.18. Erosão em sulco próxima à nascente do
Rio Ipojuca. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, Rio Ipojuca. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
715976.55E / 9078448.59N). (ago/2018). 715977.27E / 9078447.34N). (ago/2018).

Foto 4.19. Erosão por desbarrancamento de raíz Foto 4.20. Erosão em sulco. (Coord. SIRGAS 2000,
exposta, às margens do Rio Ipojuca. (Coord. SIRGAS UTM 24L, 723945.26E / 9080312.64N). (ago/2018).
2000, UTM 24L, 722556.29E / 9080472.89N).
(ago/2018).

4.4.6. Capacidade de Uso das Terras

O sistema de classificação de capacidade de uso das terras foi desenvolvido pelo Serviço
Nacional de Conservação do Solo dos Estados Unidos para orientar os produtores quanto
ao planejamento do uso sustentado de suas terras, procurando definir sua máxima
capacidade de uso sem risco de degradação do solo (SANTOS et al., 2001), e adaptado às
condições brasileiras (LEPSCH, 1991). Este é um sistema conservacionista que considera
um nível médio à alto de manejo, adaptado para áreas que possuam levantamentos
pedológicos detalhados ou semi detalhados (PRADO, 1996).

Para a avaliação da capacidade de uso das terras, a área do entorno do reservatório


Ipojuca foi separada em três classes (alta, média e baixa) de acordo com as propriedades
do solo e do relevo que influenciam na qualidade e quantidade da água. Desta forma,
foram consideradas na classificação da capacidade de uso das terras: o grau de
dissecação do relevo, a declividade do terreno, suscetibilidade à erosão, pedregosidade e

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rochosidade das terras, o padrão de ocupação antrópica encontrado e a distribuição da
vegetação.

O manejo dos solos no semiárido deve levar em consideração a combinação das


condições climáticas, geomorfológicas, pedológicas, de uso e cobertura vegetal que
interferem no desenvolvimento e produção sustentáveis das culturas agrícolas, e nos
sistemas de manejo em que estas se desenvolvem.

Desta forma, deve-se considerar que os solos que ocorrem em ambientes de baixa
fragilidade ambiental e são propícios à motomecanização, situados em relevo plano e
suave ondulado, geralmente são recomendados para uso da agricultura intensiva. Já os
solos com moderada limitação à motomecanização e que ocorrem em relevo ondulado e
possuem baixa capacidade de retenção de água, são menos adequados para usos mais
intensivos, recomendados para utilização com agricultura semi-intensiva. A moderada
fragilidade ambiental, condicionada basicamente pelo maior comprimento de rampa, que
os torna moderadamente suscetíveis à erosão, é a principal limitação destes solos.

Os solos que apresentam elevada fragilidade ambiental, ou seja, não possuem vocação
para o uso agrícola, e/ou constituem áreas especiais (como Áreas de Preservação
Permanente – APPs), e áreas que se encontram ainda preservadas, são indicados para
conservação dos recursos naturais. Pode-se citar como exemplo as áreas de Neossolos
litólicos. Estes solos devem ser prioritariamente destinados para conservação da flora e
da fauna.

Nesse contexto, a classificação das terras considerou a relação entre solos, cobertura
vegetal e declividade. O grau de limitações dos solos foi avaliado segundo os critérios de
avaliação da aptidão agrícola das terras descritas por IBGE (1995). A capacidade de uso
diminui da classe I para a classe III e o grau de restrição de uso das terras é
inversamente proporcional a sua capacidade de uso (Mapa 4.12). Partindo desta
abordagem, as unidades de paisagem são agrupadas em função do tipo de solo, das
restrições ou limitações ao manejo, e dos fatores que influenciam as atividades agrícolas.

Unidade I

A classe I apresenta alta capacidade de uso das terras e baixa restrição de uso. São áreas
que incluem terras agricultáveis de potencial restrito ou indicadas para o uso com
pastagem natural. Este grupo envolve as áreas de relevo de pediplanos pouco
dissecados, constituídos pelos Planossolos.

Esta é a classe mais representativa na área de estudo. O potencial de uso destes solos
está relacionado ao ambiente de ocorrência, principalmente aos relevos plano e suave
ondulado. As limitações e/ou restrições estão relacionadas às características físicas que
58
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impedem o desenvolvimento pleno de raízes mais profundas, apresentando-se
extremamente duros quando secos.

A presença de horizonte endurecido ou cimentado é responsável pela formação de lençol


d’água sobreposto (suspenso), de existência periódica e presença variável durante o ano.
Condição essa que responde pela restrição à percolação de água, independentemente da
posição do lençol freático, ocasionando retenção temporária de água, mesmo que de
curta duração, especialmente em regiões sujeitas a estiagem prolongada, ainda que
breve, e até mesmo sob condições de clima semiárido.

Constituem, também, limitações ao uso a textura superficial arenosa pelas implicações


na retenção de umidade e na deficiência nutricional, e a presença de teores elevados de
sódio que podem afetar o desenvolvimento da maioria das culturas, sendo mais indicados
para pastagem natural. Contudo, estes solos têm sido aproveitados para pecuária
extensiva, com lavoura de milho, feijão, sisal e palma forrageira. Na área estudada, o uso
tem sido com pecuária extensiva e especialmente para o cultivo de palma forrageira
(Fotos a seguir).

Foto 4.21. Plantio extenso de palma forrageira na Foto 4.22. Plantio extenso de palma forrageira na
área de estudo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, área de estudo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
724848.91E / 9078152.41N). (ago/2018). 724848.64E / 9078152.51N). (ago/2018).

Unidade II

Fazem parte desta unidade os Neossolos Regolíticos. Estes solos variam de bem a
imperfeitamente drenados, sendo normalmente pouco profundos (60 a 120 cm), com
nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt, devido ao contraste de textura, cor e/ou
estrutura entre eles (ZARONI; SANTOS, sd).

Se caracterizam por serem solos pouco desenvolvidos, não hidromórficos e de textura


normalmente arenosa, apresentando alta erodibilidade principalmente em declives mais
acentuados, observados in situ.

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Mesmo sendo arenosos, mas por apresentarem boa reserva de minerais primários menos
resistentes ao intemperismo, principalmente feldspatos, os Neossolos Regolíticos têm
sido utilizados com agricultura. No entanto, devido à textura arenosa, os conteúdos de
matéria orgânica e de nitrogênio são baixos, e decrescem com o uso.

As fortes limitações pela falta de água são atenuadas nestes solos devido à maior
profundidade da maioria dos perfis, principalmente nos que apresentam horizonte
endurecido, onde a umidade permanece por mais tempo. Desta forma, o uso destes solos
requer a aplicação de práticas conservacionistas, visando o controle de erosão
(JACOMINE, 1996).

Unidade III

A classe III apresenta baixa capacidade de uso e alta restrição de uso das terras. Nessa
classe são incluídas as terras impróprias para cultivo, inclusive as de florestas comerciais
ou para produção econômica de qualquer forma de vegetação. São terras extremamente
declivosas e pedregosas (CAVEDON et al., 2000).

Esta categoria é composta das terras de relevo ondulado a forte ondulado, com
declividades de 15% - 45% e acima de 45%, onde se encontra o Neossolo Litólico com
afloramentos de rocha. Estes solos são predominantemente eutróficos, com grandes
reservas de nutrientes, não sendo, no entanto, indicados para atividade agrícola, pois
constituem solos rasos e apresentam fortes limitações relacionadas à restrição a
mecanização e à forte suscetibilidade aos processos erosivos.

Desta forma, o aproveitamento mais adequado destes solos se dá com manutenção da


vegetação nativa e proteção das nascentes nele encontradas. Servem como abrigo e
proteção para a fauna e flora silvestres, ambiente para recreação e armazenamento de
água.

A classe I que tem alta capacidade e baixa restrição de uso e é a que apresenta maior
extensão de área. Apesar da alta capacidade de uso, parte dessas terras situa-se no
entorno do Reservatório Ipojuca, nas áreas compostas por áreas de Preservação
Permanente (APP´s), portanto, é importante o uso racional e sustentável, afim de
preservá-las e ir além, recuperando as que estejam em estado de degradação para que
se consiga garantir a preservação das APP´s.

A classe II envolve parte da área a montante do Reservatório Ipojuca e a margem


esquerda, devendo-se ter atenção neste trecho quanto à manutenção da cobertura
vegetal que mantem o equilíbrio entre o sistema solo/planta e impede o carreamento de
materiais para as águas dos riachos e, consequentemente, um aporte de sedimentos
maior para o reservatório.
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E a classe III, que é representada pelas áreas de serras e serrotes, deve ser destinada
para a conservação da flora e da fauna.

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5. MEIO BIÓTICO

5.1. FLORA

Existem regiões semiáridas em quase todos os continentes, Américas, Oceania, Ásia e


África, que abrigam aproximadamente 42% da vegetação tropical e subtropical da terra e
onde se concentram grandes massas populacionais (MURPHY; LUGO, 1995). Na América
do Sul são destaques três regiões: i) Guajira, ocupando parte da Venezuela e Colômbia, ii)
Diagonal Arréica, a oeste do continente, estendendo-se desde o Golfo de Guaiaquil, a
poucos graus da linha do equador, até o Estreito de Magalhães, acima de 52° S,
compreendendo os países, Chile, Equador e Argentina, e iii) o Semiárido Brasileiro, onde
está inserido o Bioma Caatinga, localizado em sua grande maioria na região nordeste do
Brasil com uma pequena porção no norte do estado de Minas Gerais (AB'SÁBER, 1974;
SARMIENTO, 1975).

No Brasil, o Bioma da Caatinga possui área estimada de 844.453 km², representando


aproximadamente 11% do território nacional, e estende-se entre os paralelos 2°54' a
17°21' S (MMA, 2012), acarretando assim a uma abundante intensidade luminosa em
todo seu território durante o ano. Está presente nos estados do Maranhão, Ceará, Piauí,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
Segundo Andrade-Lima (1981), a ilha de Fernando de Noronha também deve ser incluída
como possuindo fragmentos deste bioma.

No estado de Pernambuco, o bioma Caatinga está representado em cerca de 83% da


área total do Estado (OLIVEIRA, 2016) (Figura 5.1). Conforme demonstrado no Estudo de
Impacto Ambiental - 2008 (MI, 2008) realizado para o Ramal do Agreste, Trecho VII do
PISF, observou-se que os principais remanescentes de vegetação nativa das caatingas
estão concentrados no interior do semiárido com a maior parte distribuída pelos estados
do Ceará, Piauí e Bahia. Em Pernambuco, os remanescentes estão concentrados no
sudoeste do estado. Na região em estudo, situada entre os municípios de Arcoverde-PE e
Sertânia-PE, observa-se uma intensa atividade antrópica principalmente nas áreas em
que o empreendimento está inserido. Apesar disso ainda encontra-se uma cobertura
original de Caatinga e seus ecótipos associados.

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Figura 5.1. Regiões Fitogeográficas que compõem o estado de Pernambuco.

Fonte: SRHE, 2006.

A Caatinga é o Bioma brasileiro mais desvalorizado e mal conhecido em termos


botânicos. Porém, possui uma grande variedade de tipos vegetacionais bem
representados que incluem um número expressivo de táxons raros e endêmicos
(GIULIETTI et al., 2002; GIULIETTI et al., 2004). Segundo Siqueira-Filho et al. (2012),
existem inventários para diferentes grupos de plantas, estimando-se 4.479 espécies,
onde 20% deste total são endêmicas, representando uma das taxas de endemismo mais
altas entre as Florestas Tropicais Secas. Embora seja um ecossistema tão diverso do
ponto de vista florístico, sua área original já foi reduzida a menos da metade (DOUSSEAU
et al., 2011) e ainda conta com uma extrema fragmentação das áreas intactas de
vegetação nativa que restam (CASTELLETTI et al., 2004).

Segundo Sampaio (2010), a Caatinga apresenta-se em diferentes estágios de


regeneração perfazendo um mosaico de áreas onde os remanescentes de vegetação
nativa estão sobre intenso extrativismo de lenha ou são usados como pastagem nativa
principalmente para caprinos e ovinos. Contudo, as áreas mais preservadas apresentam
baixa fragmentação. Também é contabilizado, segundo Giulietti et al., (2004), o
extrativismo para produção de óleos, fibras, ceras, látex, alimentos, corantes e remédios
naturais.

Geralmente, a fitofisionomia da Caatinga caracteriza-se por arbustos e arvoretas de 5 a 7


m de altura apresentando espinhos, acúleos e apêndices que tipificam as formações
xeromórficas. Segundo Giulietti et al. (2004), também é considerada uma floresta
sazonalmente seca constituída por uma flora decídua, com ampla diversidade de
espécies vegetais. A família Cactaceae é amplamente observada na Caatinga, são
plantas ímpares quanto a sua forma, geralmente caracterizadas pela redução dos ramos
laterais, suculência, caule fotossintetizante, ausência de folhas e presença de espinhos e

63
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flores com estames e tépalas numerosos (Wallace; Gibson, 2002). Seu mais popular
representante é o Mandacaru do gênero Cereus, com 34 espécies registradas.

Segundo Prado (2003), existe uma variedade muito grande nas fisionomias da Caatinga,
pois dependem do tipo de solo e regime de chuvas. Variam de florestas altas e secas até
arbustos baixos, esparsos e espalhados que ocorrem em afloramentos rochosos, com
cactos e bromélias em suas fendas. Nesse intervalo de extremos, ocorrem formações
intermediárias diversas. Pela nomenclatura utilizada, as principais formações vegetais na
Caatinga são, Savana Estépica Florestada, Savana Estépica Arborizada, Savana Estépica
Parque e Savana Estépica Gramíneo-lenhosa.

5.1.1. Caracterização Fisionômica e Florística da Região

Sabe-se que o Bioma Caatinga é dividido em oito ecorregiões, que são: Complexo de
Campo Maior, Complexo Ibiapaba-Araripe, Depressão Sertaneja Setentrional, Planalto da
Borborema, Depressão Sertaneja Meridional, Dunas do São Francisco, Complexo da
Chapada Diamantina e Raso da Catarina (VELLOSO et al., 2002), onde a estrutura da
vegetação está condicionada pelas características do relevo, solo e da precipitação anual
(SAMPAIO, 1995). O município de Arcoverde - PE é contemplado por duas dessas
ecorregiões (Figura 5.2) sendo elas, o Raso da Catarina e o Planalto da Borborema.

Figura 5.2. Ecorregiões no entorno do Reservatório de Ipojuca.

Fonte: VELLOSO; 2002;

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A Ecorregião Raso da Catarina apresenta solo arenoso profundo e de baixa fertilidade.
Segundo Velloso et al. (2002), a vegetação de caatinga é menos espinhosa que a
encontrada em solos cristalinos. São descritas como espécies características e endêmicas
dessa ecoregião: Dioclea lasiophylla (Feijão-bravo), Pavonia glazioviana, Copaifera martii
(Copaíba), Simaba ferruginea, Mimosa lewisii (Calumbi) e Barnebya harleyi, além de
espécies de Cactaceae dos gêneros Melocactus e Pilosocereus.

Já a Ecorregião Planalto da Borborema, é detentora de uma ampla variedade de solos


associados a uma umidade elevada, proporcionando maior variedade florística (VELLOSO
et al., 2002). As espécies mais comuns para esta região são, dentre outras: Bromelia
laciniosa (Macambira-de-cachorro), Cereus jamacuru (Mandacaru), Pilosocereus gounellei
(Xique-xique), Neoglaziovia variegata (Caroá), Poincianella pyramidalis (Catingueira).
Como representantes endêmicas desta Ecorregião observa-se a Ameroglossum
pernambucense, nas áreas pedregosas em Pernambuco e, a Mimosa borboremae,
encontrada no estado da Paraíba, e, também em Pernambuco (REFLORA, 2017).

No município de Arcoverde-PE, mais especificamente na região próxima à área de


entorno do Reservatório de Ipojuca, observa-se a predominância da agropecuária e da
vegetação natural bastante alterada, com intensa atividade antrópica, como pode ser
verificado no Mapa 5.1 anexo. A caatinga ocorre sempre como uma associação entre a
Savana-Estépica Arborizada e o Uso Agropecuário. Também foram definidas classes como
"Caatinga Arbórea Fechada", "Caatinga Arbórea Aberta", "Caatinga Arbustiva Arbórea
Aberta", "Caatinga Arbustiva Herbácea em Regeneração" e "Áreas sem Cobertura
Vegetal", todas essas demonstradas pelo Mapa de Vegetação do Estado de Pernambuco.
Nota-se a ocorrência de Brejos de Altitude pontuais em locais com altitude acima dos 900
m no limite oeste da área de estudo, na APA das Onças que faz divisa a nordeste da área
de estudo, e, também no Parque Nacional do Catimbau.

Segundo o MI (2008) do Ramal do Agreste, foram registradas as espécies arbóreas mais


populares da Caatinga, dentre elas, a Commiphora leptophloeos (Imburana), a Erythrina
mulungu (Mulungu), o Ziziphus joazeiro (Juazeiro), o Croton sonderinanus (Marmeleiro), a
Poincianella pyramidalis (Catingueira), a Mimosa tenuiflora (Jurema), a Amburana
cearensis (Umburana-de-cheiro), o Spondias tuberosa (Umbuzeiro) e também alguns
cactos, tais como, o Cereus jamacaru (Mandacaru), o Pilosocereus gounellei (Xique-xique)
a Opuntia dillennii (Palma) e a Arrojadoa rhodantha (Rabo-de-raposa).

Nas zonas menos alteradas da região observou-se a formação de Caatinga sensu stricto
bastante densa com altura média de quatro metros com indivíduos arbóreos emergentes,
como a Ceiba glaziovii (Barriguda) e a Piptadenia stipulacea (Jurema-preta), entre outros.
Outras espécies arbóreas comuns nesses fragmentos mais preservados são: a

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Aspidosperma pyrifolium (Pereiro), a Libidibia ferrea (Pau-ferro), a Jatropha mollissima
(Pinhão) e duas espécies da lista oficial da flora ameaçada de extinção Portaria MMA Nº
443, (2014), a Myracrodruon urundeuva (Aroeira) e a Schinopsis brasiliensis (Braúna ou
Baraúna), ambas extrapolando facilmente os nove metros de altura.

Tomando por base a Nota Técnica Nº001/2014 - FLORA/PCFF/-PISF/UNIVASF - Inventário


Florístico, que abrange os municípios de Sertânia - PE e Arcoverde - PE, pode-se pontuar
algumas observações quanto à fitofisionomia e à composição florística da região, dentre
elas: i) a Caatinga Arbustiva apresenta exemplares arbóreos dispersos com dossel
variando entre 3 e 13 m, sendo a fisionomia com maior representatividade na região e
tem como espécies mais comuns do estrato arbóreo a Schinopsis brasiliensis e a
Anadenanthera colubrina; ii) no estrato arbustivo os principais táxons representados são
o Croton blanchetianus (Marmeleiro), Neocalyptrocalyx longifolium (Icó) e a Varronia
leucocephala (Buque-de-noiva); iii) o estrato herbáceo ocorre concomitantemente com o
arbóreo e o arbustivo.

A degradação ambiental na área está explícita de várias formas, tais como: i) o plantio da
palma (Opuntia cf. ficus-indica), ii) a ocorrência de pastagens, povoados, construções e
muitas estradas vicinais e iii) o corte raso e seletivo da vegetação. A região próxima à
área em estudo é transpassada por riachos intermitentes e o terreno apresenta suave
ondulação de modo geral com solo arenoso e pedregoso.

5.1.2. Caracterização Florística do Entorno do Reservatório de Ipojuca

Segundo análise das fitofisionomias, em imagem Sentinel-2 L1C LYR: 2017-12-07, da área
de estudo proposta para o Reservatório de Ipojuca, demonstrada no Mapa 5.2, em anexo,
e da visita de campo realizada na área, observa-se nitidamente a ocorência de
fragmentos de Caatinga Arbórea Fechada (Foto 5.1) a oeste e na parte central da área de
estudo. Também ocorrem nas áreas adjacentes a sudoeste e a norte do futuro espelho
d'água e em toda a divisa norte da área de estudo no limite com o Estado da Paraíba
(Foto 5.2). A Caatinga Arbórea Aberta (Foto 5.3) vem quase sempre circundando a
Arbórea Fechada.

Na maior parte da área de estudo, a Caatinga Arbustiva Arbórea Aberta (Foto 5.4)
predomina, sempre mesclada em trechos de Caatinga Arbustiva Herbácea em
Regeneração. De uma forma geral a maioria da área de estudo proposta para o
Reservatório de Ipojuca está recortada por propriedades rurais consolidadas,
evidenciando área antropizada pelo uso intensivo do solo por meio da agropecuária.

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Foto 5.1. Caatinga Arbórea Fechada a oeste da área Foto 5.2. Caatinga Arbórea Fechada ao norte, nas
de estudo (ago/2018). proximidades da divisa com a Paraíba (ago/2018).

Foto 5.3. Caatinga Arbórea Aberta no centro da área Foto 5.4. Caatinga Arbustiva Arbórea Aberta
de estudo (ago/2018). (ago/2018).

Os principais indivíduos que representam o estrato arbustivo na área de estudo do


Reservatório de Ipojuca são a Mimosa tenuiflora (Jurema), a Varronia leucocephala
(Buque-de-noiva), Neocalyptrocalyx longifolium (Icó) (Foto 5.5) e o Croton blanchetianus
(Marmeleiro). Já no estrato arbóreo são destaques Spondias tuberosa (Umbuzeiro), a
Commiphora leptophloeos (Umburana-de-cambão) (Foto 5.6), a Cynophalla hastata
(Feijão-bravo), a Anadenanthera colubrina (Angico), a Erythrina velutina (Mulungu), o
Schinopsis brasiliensis (Braúna) e a Aroeira (Myracrodruon urundeuva). A altura média
verificada para o estrato arbustivo arbóreo fica entre 4 m e 15 m, enquanto que o
herbáceo traz maior densidade das plantas de Pavonia sp., Bromelia laciniosa
(Macambira), Portulaca elatior (Beldroega) e Cnidosculus urens (Cansansão).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 5.5. Neocalyptrocalyx longifolium, popularmente Foto 5.6. Commiphora leptophoeos - Umburana-de-
conhecido como Icó (ago/2018). cambão (ago/2018).

Do total das 108 espécies amostradas em 37 famílias demonstradas no Anexo II,


Fabaceae e Euphorbiaceae são as famílias com mais indivíduos encontrados, totalizando
20 para Fabaceae, e 13 para Euphorbiaceae. Ainda, as Cactaceae somam 9 espécies, 8
espécies pertencem às Malvaceae e 7 para família Bromeliaceae.

As espécies endêmicas da Caatinga totalizaram 31 exemplares nas parcelas próximas ao


reservatório, dentre elas: Spondias tuberosa (Umbuzeiro), Poincianella pyramidalis
(Catingueira), Mimosa tenuiflora (Jurema), Ziziphus joazeiro (Juazeiro) e Neoglaziovia
variegata (Caroá). Quanto às espécies classificadas como exóticas, foram registradas 08
(oito), que são: a Calotropis procera (Lã-de-seda) (Foto 5.7), a Nicotiana glauca (Fumo-
bravo) (Foto 5.8), a Prosopis juliflora (Algaroba), a Agave sisalana (Sisal), a Euphorbia
tirucalli (Aveloz), o Gossypium herbaceum (Algodoeiro) (Foto 5.9), a Argemone mexicana
(Papoula-do-México) (Foto 5.10), o Dactylocterium aegyptrum e a Mamona (Ricinus
communis). Também foram observadas a Schinopsis brasiliensis (Braúna) e a
Myracrodruon urundeuva (Aroeira).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 5.7. Calotropis procera (Lã-de-seda) (ago/2018). Foto 5.8. Nicotiana glauca (Fumo-bravo) (ago/2018).

Foto 5.9. Gossypium herbaceum (Algodoeiro), Foto 5.10. Argemone mexicana (Papoula-do-México)
exemplar visto na drenagem do Ipojuca próximo ao (ago/2018).
futuro barramento (ago/2018).

Por último, no que diz respeito à categoria das ochlospécies, que apresentam ampla
distribuição geográfica e exibem ao longo de sua área de ocorrência uma uniformidade
morfológica relativamente grande, registrou-se a ocorrência de 14 táxons dentre eles o
Angico-preto (Anadenanthera colubrina) (Foto 5.11), o Mulungu (Erythrina velutina) (Foto
5.12), o Mororó (Bauhinia sp.), a Umburana-de-cambão (Commiphora leptophloeos), a
Erva-de-passarinho (Phoradendron affine), a Barriguda (Chorisia glazivii), o Ipê
(Handroanthus impetiginosus) e o Cajueiro (Anacardium occidentale).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 5.11. Anadenanthera colubrina (Angico) Foto 5.12. Erythrina velutina (Mulungu) (ago/2018).
(ago/2018).

No Quadro 5.1, a seguir, a coluna TX END./FAM. (Taxa de Endemismo por Família)


demonstra, em porcentagem, quanto daquelas espécies encontradas na área de estudo
por família são endêmicas da caatinga. Desta forma, observou-se que a família com mais
indivíduos, a Fabaceae, obteve taxa de 40%, demonstrando uma elevada significância
neste parâmetro para esta fitofisionomia. Para as Cactaceaes todas as 9 espécies
encontradas são endêmicas, conferindo a essa família a taxa de 100% de endemismo. As
famílias Portulacaceae, Erythroxylaceae e Rhamnaceae, estão representadas por apenas
um indivíduo cada, mas nos três casos eles são endêmicos, portanto, 100% de taxa de
endemismo para esses também. A família Euphorbiaceae apesar de ser a segunda família
com mais táxons registrados na área, obteve uma taxa um pouco mais baixa de
endemismo, sendo de 33%, o que, contudo, também é um índice relevante.

Quadro 5.1. Quadro com o número de espécies botânicas endêmicas, ameaçadas, exóticas e ochlospécies, por
família, com ocorrência na Área de Estudo do Reservatório Ipojuca.

TX
Nº N° Nº
FAMÍLIAS END./F Nº AM./FAM. Nº EX./FAM.
IND./FA END./FAM. OCHL./FAM
BOTÂNICAS AM. (Un.) (Un.)
M. (Un.) (Un.) (Un.)
(%)
Fabaceae 20 8 40 0 1 5
Euphorbiaceae 13 4 33 0 2 1
Cactaceae 9 9 100 0 0 0
Malvaceae 8 0 0 0 1 1
Bromeliaceae 7 3 43 0 0 0
Convolvulaceae 5 0 0 0 0 0
Solanaceae 4 0 0 0 1 1
Amaranthaceae 3 0 0 0 0 0
Anacardiaceae 4 1 25 0 0 1
Boraginaceae 3 1 33 0 0 0
Cyperaceae 3 0 0 0 0 0
Apocynaceae 2 0 0 0 1 0

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TX
Nº N° Nº
FAMÍLIAS END./F Nº AM./FAM. Nº EX./FAM.
IND./FA END./FAM. OCHL./FAM
BOTÂNICAS AM. (Un.) (Un.)
M. (Un.) (Un.) (Un.)
(%)
Capparaceae 2 1 50 0 0 0
Poaceae 2 0 0 0 1 0
Araliaceae 1 0 0 0 0 0
Arecaceae 1 0 0 0 0 0
Asparagaceae 1 0 0 0 1 0
Asteraceae 1 0 0 0 0 0
Bignoniaceae 1 0 0 0 0 1
Bombacaceae 1 0 0 0 0 1
Burseraceae 1 0 0 0 0 0
Cleomaceae 1 0 0 0 0 0
Commelinaceae 1 0 0 0 0 0
Erythroxylaceae 1 1 100 0 0 0
Molluginaceae 1 0 0 0 0 0
Myrtaceae 1 0 0 0 0 0
Papaveraceae 1 0 0 0 1 0
Portulacaceae 1 1 100 0 0 0
Rhamnaceae 1 1 100 0 0 0
Santalaceae 1 0 0 0 0 1
Sapindaceae 1 0 0 0 0 0
Sapotaceae 1 0 0 0 0 1
Selaginellaceae 1 0 0 0 0 0
Smilacaceae 1 0 0 0 0 0
Turneraceae 1 0 0 0 0 0
Verbenaceae 1 0 0 0 0 0
Vitaceae 1 0 0 0 0 0
Total de espécies 106
Fonte: Nota Técnica Nº001 /2014 - FLORA/PCFF-PISF/UNIVASF e Levantamento de campo - Equipe CMT -
realizado entre os dias 06/0/2018 a 15/08/218;
END=Endêmicas; AM=Ameaçadas; EX=Exóticas; OCHL=Ochlospécie; TX=Taxa; IND=Indivíduo; FAM=Família.

Quanto à caracterização das espécies, pode-se destacar a Spondias tuberosa (Foto 5.13)
popularmente chamada de umbuzeiro, da família Anacardiacea. É uma espécie típica da
caatinga, ocorrendo em todo domínio do bioma, sendo uma árvore altamente adaptada e
resistente a longos períodos de estiagem, principalmente devido ao armazenamento de
água nas túberas subterrâneas. O seu fruto, o Umbú, é comestível e muito apreciado
pelas populações nordestinas, sendo consumido de várias formas, como doces, ao
natural e com leite. A madeira é leve, mole e fácil de trabalhar, apresentando baixa
durabilidade natural, geralmente empregada em obras internas e caixotaria (LORENZI,
1992).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Foto 5.13. Spondias tuberosa (Umbuzeiro) (ago/2018).

Outra espécie que merece destaque na área do entorno do futuro reservatório Ipojuca é a
Aroeira (Myracrodruon urundeuva) (Foto 5.14), que foi encontrada abundantemente,
apresentando elevada densidade de indivíduos adultos com grande porte e boa
regeneração natural. Esta espécie de aroeira tem ampla distribuição no país ocorrendo
principalmente nas fitofisionomias de Caatinga, Cerrado e Cerradão Mesotrófico. Já foi
bastante estudada quanto às suas diversas utilidades, é uma árvore melífera e
ornamental, sua madeira é extremamente dura com peso específico variando entre 1,16
a 1,20 g/cm³(LORENZI, 1992), o que lhe confere grande resistência mecânica e quase
imputrescível. Pelo elevado teor de tanino, aproximadamente 15%, as cascas são
utilizadas para o curtume. Quanto às suas propriedades medicinais, pode-se elencar uma
considerável lista de usos que vão da casca, folhas, sementes e raízes, sendo a maioria
para o combate de ocorrências inflamatórias. Seu crescimento pode ser considerado
razoável e, em experimentos de competição realizados na Caatinga, observou-se 90% de
sobrevivência nos seis primeiros meses e 77% aos 36 meses, quando atingiu 1,70m de
altura (ALMEIDA et al., 1998). O fato de serem encontrados muitos exemplares de grande
porte na área de estudo pode ser explicado pelo fato da árvore oferecer excelente
sombreamento, utilizado principalmente pelo gado, que foi o principal tipo de criação
registrado na região.

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Foto 5.14. Exemplar com aproximadamente 12 m de
altura da espécie Myracrodruon urundeuva (Aroeira)
(ago/2018).

A região do entorno do futuro reservatório de Ipojuca apresenta um grande número de


propriedades rurais com terras sendo utilizadas para agropecuária de subsistência, deste
modo evidenciando vários locais com nível de degradação ambiental elevada devido à: i)
superpastoreio (Foto 5.15), principalmente de bovinos e caprinos; ii) cultivo de palma
(Foto 5.16); e iii) supressão da vegetação nativa com a finalidade de uso da madeira para
lenha e confecção de estruturas. Foram registrados, no Sítio Queimada da Onça, onde
existe um assentamento do INCRA, vários pontos de extração madeireira (Foto 5.17 e
5.18), com o objetivo de fabricação de carvão, basicamente de duas formas, em fornos
de tijolos de barro (Foto 5.19), e em valas feitas diretamente no solo sem nenhum
revestimento (Foto 5.20). Deve-se dar uma atenção especial a esta ocorrência pelo fato
do Sítio Queimada da Onça se estender em um fragmento bem conservado de caatinga
arbórea a montante do rio Ipojuca bem próximo à sua nascente.

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Foto 5.15. Área aberta com criação de bovinos. Sítio Foto 5.16. Cultivo de palma consorciado com abóbora
Queimada da Onça (ago/2018). (ago/2018).

Foto 5.17. Madeira nativa que será utilizada na Foto 5.18. Estoques madeireiros prontos para
produção de carvão (ago/2018). carvoaria (ago/2018).

Foto 5.19. Forno de tijolos de barro utilizado na Foto 5.20. Vala utilizada na fabricação de carvão
fabricação de carvão (ago/2018). (ago/2018).

A área também é repleta de estradas não pavimentadas que ligam os sítios e


transpassada por uma rodovia estadual asfaltada, a PE-219, que inclusive passa
exatamente pelo local onde será o futuro reservatório. Reforçando o atual estado de
degradação ambiental na área do entorno do reservatório, observa-se fragmentos
homogêneos de Algaroba (Prosopis juliflora), mais comumente nas áreas baixas, como os

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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leitos dos rios e linhas de drenagem. Esta espécie arbórea é tida como um indicador de
degradação ambiental, pois apresenta adaptação extrema e abundante dispersão,
inibindo a regeneração das espécies nativas e colonizando fragmentos inteiros, logo
diminuindo a biodiversidade da caatinga (NASCIMENTO et al., 2014).

A Parkinsonia aculeata (Fotos 5.21 e 5.22), popularmente conhecida como Sino-sino,


Espinho-de-Jerusalém, Palo-verde ou Turco, é uma planta nativa da Região Sul do Brasil,
México, Sul dos Estados Unidos, América Central e de vários países da América do Sul.
Observou-se em grande número, na área em estudo, principalmente próximo às
drenagens e nas margens dos reservatórios artificiais já existentes. Esta espécie,
introduzida em todas as regiões do país e em muitos casos tratada como planta invasora,
possui propriedades alelopáticas inibindo o desenvolvimento de outras plantas próximas
a ela, formando assim núcleos homogêneos com vários indivíduos. A árvore é bastante
ornamental e muito utilizada em paisagismo urbano, pois dificilmente ultrapassa os 8 m
de altura e floresce quase o ano inteiro, sendo também melífera e apresentando flores
muito perfumadas. É uma planta perenifólia, heliófita, característica de formações
abertas, de locais alagáveis e terrenos aluviais (LORENZI, 1992).

Foto 5.21. Parkinsonia aculeata (Turco), registrada na Foto 5.22. Detalhe das folhas e flores da Parkinsonia
drenagem do rio Ipojuca próximo ao reservatório de aculeata (ago/2018).
Mulungu (ago/2018).

Apesar da grande ocupação antrópica na área de estudo proposta, ainda se encontram


fragmentos de caatinga bem conservados em toda a extensão da área, na maioria das
vezes circundados por frações abertas para pastagem ou cultivos diversos. Os
fragmentos mais preservados foram observados na porção mais a oeste, próximos à
nascente do rio Ipojuca. Nesta região, foram registradas plantas como o ipê
(Handroanthus impetiginosus) (Foto 5.23), a barriguda (Chorisia glaziovii) (Foto 5.24), a
palmeira licuri (Syagrus coronata) (Foto 5.25), e algumas epífitas, tais como a barba-de-
bode (Tillandsia loliacea) (Foto 5.26). Como a altitude é maior nesta área, variando de

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900 a 1000 m, e pelo tipo de vegetação encontrada, pode-se concluir que a região recebe
uma grande influência da fisionomia da Caatinga conhecida como Brejo de Altitude.

Foto 5.23. Exemplar de Ipê - Handroanthus Foto 5.24. Chorisia glaziovii - Barriguda (ago/2018).
impetiginosus (ago/2018).

Foto 5.25. Palmeira Licuri - Syagrus coronata Foto 5.26. Detalhe em amarelo da Tillandsia loliacea -
(ago/2018). Barba-de-bode (ago/2018).

Apresentando uma visão ampla após as observações feitas em campo e das análises em
escritório, pode-se inferir que, apesar da área de estudo proposta ser composta por um
mosaico de propriedades rurais, assentamentos e alguns sítios (comunidades), ainda
existem consideráveis fragmentos bem conservados de caatinga arbórea, caatinga
arbustiva arbórea e caatinga arbustiva distribuídos em toda área, mas na sua maioria
sem conexão. A margem direita do futuro reservatório de Ipojuca apresenta um bom
fragmento de caatinga arbustiva arbórea, já a margem esquerda mostra-se mais
antropizada sendo que a fração mais conservada localiza-se próxima ao futuro
barramento. A lista de espécies vegetais totalizou 108 táxons, número bem expressivo,
destacando-se as 8 plantas exóticas, evidenciando também esse grau mais elevado de
perturbação ecológica da região em questão.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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5.2. FAUNA

O Brasil é considerado um dos países com maior biodiversidade do planeta e estima-se


que cerca de 10% de toda a biota terrestre encontra-se no país (MITTERMEIER et al.,
1998). De uma maneira geral, a fauna desempenha uma série de funções para com o
ambiente. Por isso, a diversidade animal não deve ser tratada unicamente como uma
listagem de espécies, mas de uma maneira integrada, haja vista a complexidade das
interações bióticas existentes no meio ambiente. Nesse sentido, o presente estudo
contextualiza a fauna de vertebrados silvestres de provável ocorrência no entorno do
Reservatório Ipojuca, apresentados, separadamente por grupo faunístico, levando em
consideração dados referentes a importância econômica, importância ecológica,
distribuição (espécies endêmicas e/ou exóticas) e espécies ameaçadas de extinção.

A bacia do rio Ipojuca, compreende dois biomas, Caatinga e Mata Atlantica, porém o
futuro reservatório Ipojuca encontra-se situado nas cabeceiras do rio Ipojuca, cuja área
encontra-se completamente inserida no contexto de áreas com fitofisionomias típicas da
Caatinga. Portanto, para os estudos da fauna silvestre do futuro reservatório, levou-se em
consideração a fauna decorrente do estado do Pernambuco com ocorrência para as
tipologias ambientais características da Caatinga.

Considera-se importante salientar que as metodologias utilizadas estão de acordo com os


seguintes documentos e legislação:

 Instrução Normativa IBAMA nº. 146/2007;


 Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA nº 001/1986;
 Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA nº 302/2002;
 Lei de Crimes Ambientais – Lei Federal nº 9605/1998;
 Resolução nº 301/2012 do Conselho Federal de Biologia - CFBio;

5.2.1. Ictiofauna

O termo ictiofauna é empregado para o conjunto de espécies de peixes, os quais


compreendem o grupo de vertebrados com maior riqueza nos ecossistemas de água
doce. No mundo, estima-se a existência de mais de 25.000 espécies de peixes de água
doce. No Brasil, são catalogadas 3.070 espécies (BUCKUP et al., 2007; FROESE; PAULY,
2018), colocando o país em destaque por ser a região com maior riqueza e diversidade
da fauna íctia no mundo, o que está diretamente relacionado ao tamanho e
complexidade das suas bacias hidrográficas.

No bioma Caatinga, as redes hidrográficas são consideradas modestas, caracterizadas


por cursos d’água intermitentes e dominadas por uma vegetação florestal sazonalmente
77
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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seca. Os principais rios perenes na região da Caatinga são os rios São Francisco e
Parnaíba, sendo o São Francisco o de maior influência (BARBOSA et al., 2017).

A ictiofauna da bacia do rio São Francisco é composta por 241 espécies pertencentes a
sete ordens: Clupeiformes, Characiformes, Siluriformes, Gymnotiformes, Cypriniformes,
Sinbranchiformes e Perciformes (BARBOSA et al., 2017). Já a fauna de peixes da Caatinga
apresenta 386 espécies registradas, das quais 371 são espécies nativas e 15 são
introduzidas de outras bacias.

No contexto da execução do Programa de Conservação da Fauna e da Flora, item 23 do


PBA do PISF, a UNIVASF registrou-se um total de 68 espécies da ictiofauna, somados os
registros obtidos no Subprograma de Monitoramento da Ictiofauna e no Subprograma de
Resgate e Afugentamento da Fauna Silvestre (UNIVASF, 2018).

Na vistoria de campo, não foi possível identificar e comprovar a ocorrência de espécies


da ictiofauna, principalmente porque grande parte dos pequenos barramentos e açudes
estava seco ou sem condições para sobrevivência da ictiofauna, assim como o próprio
leito do rio Ipojuca (ver fotos a seguir).

Foto 5.27. Açude sem água no entorno do reservatório Foto 5.28. Barreiro com pouca água e sem condições
Ipojuca (ago/2018). para sobrevivência da ictiofauna no entorno do
reservatório Ipojuca (ago/2018).

78
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Foto 5.29. Açude com pouca água no entorno do Foto 5.30. Leito do rio Ipojuca sem água (ago/2018).
reservatório Ipojuca (ago/2018).

Para compor a lista de provável ocorrência das espécies de peixes do futuro Reservatório
Ipojuca, realizou-se pesquisa documental, em busca de informações a respeito da
ictiofauna e considerou-se os dados apresentados no EIA do Ramal do Agreste – MI
(2008), Eschmeyer (2016), Lima et al., (2017) e UNIVASF (2018), o que resultou numa
lista com 386 taxóns de peixes, onde 33 são referentes a taxons sem identificação em
nível de espécie (Anexo III).

Os peixes foram classificados taxonômicamente e organizados filogeneticamente por


divisão primária e secundária de acordo com Mayer (1938). A confirmação da
nomenclatura dos grupos identificados foi realizada com base em Reis et al. (2006),
Buckup et al. (2007) e Eschmeyer (2016), enquanto que para os vernáculos procurou-se
manter a nomenclatura utilizada pela população local.

Espécies Ameaçadas de Extinção

As espécies ameaçadas de extinção do grupo Ictiofauna foram determinadas de acordo


com a Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção – Peixes e
Invertebrados Aquáticos – Portaria nº 445 de 17 de dezembro de 2014 e alteradas e
atualizadas pelas Portarias Nº 98 de 2015 e Nº 163 de 2015, todas do Ministério do Meio
Ambiente.

Dentre as espécies da ictiofauna de provável ocorrência no entorno do Reservatório


Ipojuca, 43 foram consideradas ameaçadas de extinção, sendo 10 espécies com status
Quase Ameaçado (NT), 11 consideradas Vulneráveis (VU), 10 com status Em Perigo (EM)
e 12 registradas como Criticamente ameaçadas (CR) (Anexo III).

79
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Distribuição

Dentre as 386 espécies da ictiofauna de provável ocorrência para a área em estudo, 204
são consideradas endêmicas da Caatinga (Anexo III). A caatinga apresenta uma alta taxa
de endemismo para a ictiofauna, sendo classificadas mais de 50% das espécies de
ocorrência provável como restritas ao bioma.

A espécie Poecilia reticulata, popularmente conhecida como Guppy ou Barrigudinho, é


uma exótica, de ocorrência natural para o norte da América do Sul (Venezuela, Barbados,
Trinidad e Guianas). Foi amplamente introduzida e estabelecida em diversos países,
principalmente para controle de mosquitos. No entanto, devido a sua fácil adaptação e
proliferação, a introdução dessa espécie teve efeito negativo tornando-a uma ameaça
(SOUZA; TOZZO, 2013). Atualmente, ocorre em diversos biótopos, que vão desde água
altamente turva à água cristalina em lagoas, canais, valas, entre outros, normalmente
em meio a densa vegetação aquática. É um dos mais conhecidos peixes no aquarismo,
sendo reconhecidas inúmeras variedades domésticas. A maior parte dos espécimes
apresenta corpo alongado e coloração marcante (GRAÇA; PAVANELLI, 2007; BRITSKI et
al., 2007).

A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), também é uma exótica, sendo nativa do


continente Africano. Peixes exóticos suportam grandes variações ambientais,
característica estas, que tornam as tilápias como boa opção para o cultivo, no entanto,
isso também as torna uma excelente colonizadora. Estudos já comprovam que, em
ambientes onde são introduzidas, podem causar a redução da diversidade da ictiofauna
nativa. Estudos apontam também que pode haver uma relação entre a presença de
tilápia em reservatórios, com mudanças na comunidade phytoplanctônica e com
processos que aceleram a eutrofização, comprometendo a qualidade de água em
reservatórios (LATINI et al., 2016).

Importância Econômica

As espécies de peixes consideradas de importância econômica são: i) as comercializadas


para alimentação, ii) as utilizadas, inteiras ou em partes, pelas comunidades tradicionais
e ribeirinhas como remédios caseiros para tratamento de diversas enfermidades, iii) as
que são consumidas pela população mas são elencadas como de pouca preferência pelas
comunidades de pescadores, iv) as espécies com alto valor comercial para a criação em
aquários e que podem ser alvo do tráfico de animais silvestres, v) as espécies venenosas
ou peçonhentas cujas toxinas podem ter valor para a indústria farmacêutica, vi) as
espécies utilizadas como iscas, e vii) as espécies procuradas para a prática de pesca
esportiva.

80
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Dentre as de importância econômica, destacam-se espécies como o dourado (Salminus
brasiliensis), o pacamã (Lophiosilurus alexandri) e o curimatã–pacu (Prochilodus
argenteus), que são comercializadas, além do surubim (Pseudoplatystoma corruscans),
espécie considerada de maior importância comercial e cultural em toda a região do Vale
do São Francisco (LEAL et al., 2003).

Importância Ecológica

Ambientes aquáticos dulcícolas que apresentam boas condições de integridade possuem


espécies de peixes nativas de várias classes de tamanho além de uma estrutura trófica
balanceada. No entanto, em ambientes impactados e/ou alterados não são observadas
espécies migratórias e muitas espécies nativas são substituídas por espécies exóticas
invasoras (WELCOMME, 1995). Nesse sentido, comunidades de peixes apresentam
grandes vantagens como organismos indicadores de integridade biótica, principalmente
espécies que ocupam posições no topo das cadeias tróficas, favorecendo uma visão
integrada do ambiente e determinando o grau de conservação de ambientes aquáticos
(ARAÚJO, 1998).

Considerações da Ictiofauna

O sistema hídrico intermitente da Caatinga, torna comum a prática de construções como


barreiros, açudes, reservatórios e outros, pela população local, buscando a reserva de
água. Tais construções acabam por acarretar uma alteração do ciclo natural dos cursos
hídricos afetando, por conseguinte, a ictiofauna local (OLIVEIRA et al., 2016).

Sanches (2006) aponta que as atividades de transposição de águas de subacias


diferentes tendem a ter um maior impacto em regiões mais sensíveis como o bioma
Caatinga, principalmente em relação a depleção da biodiversidade das comunidades
aquáticas nativas das bacias receptoras, que pode ser afetada tanto pela mudança do
sistema hídrico quanto pela introdução de espécies alóctones.

As últimas amostragens realizadas pela UNIVASF (2018), no contexto do Subprograma de


Monitoramento da Ictiofauna, mostraram que a maioria da fauna íctia é considerada de
pequeno porte e amplamente distribuída nas bacias do semiárido. Entretanto, espécies
alóctones, como a piaba verde (Bryconops affinis) e o Barrigudinho (Poecilia reticulata),
continuam sendo registradas nas bacias receptoras. Tal fato pode ser devido a essas
espécies possuírem pequeno porte e não serem barradas com eficiência absoluta pelas
contensões aplicadas. Outras espécies como o tucunaré (Cichla monoculus) e a espécie
exótica do Brasil, tilápia (Oreochromis niloticus), também foram registardas, porém
acredita-se que estas são derivadas de solturas voluntárias pela população local, em
busca de uma melhoria no pescado.
81
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Considerando que os canais poderão servir como corredores de reprodução, colonização
e dispersão de espécies da ictiofauna é importante que o Programa de Barreiras e
Contensões (Plano de Monitoramento da Eficiência das Estruturas de Contenção da Biota
Aquática) seja também executado para as áreas do reservatório Ipojuca (montante e
jusante), assim como o Programa de Monitoramento da Ictiofauna, não somente no
reservatório Ipojuca, mas a montante e a jusante, podendo proporcionar o
acompanhamento das populações de peixes exóticos e translocados, além de possibilitar
a geração de informações a respeito da ictiofauna nativa.

Outro efeito que deve ser levado em consideração e também monitorado, é o fenômeno
natural da decoada, que são alterações dos parâmetros físicos e químicos da água,
decorrentes de grandes volumes de água ricos em matéria orgânica recebidos nos
reservatórios em um período curto de tempo, ocasionando a mortandade de peixes
devido a queda na concentração de oxigênio dissolvido na água (THOMAZ et al., 2004).

Como conclusão e proposta para mitigação de impactos potenciais da implantação do


reservatório Ipojuca, recomenda-se a restauração da vegetação ripária, o controle do
aporte de sedimentos, o uso adequado e sustentável do solo, melhorias nas ações para
redução da poluição dos recursos hídricos e manutenção da qualidade da água, educação
ambiental, o monitoramento da ictiofauna, bem como o incentivo à criação de Unidades
de Conservação voltadas à biodiversidade aquática.

5.2.2. Herpetofauna

A herpetofauna é formada por um grupo proeminente em quase todas as comunidades


terrestres. É dividida em duas classes distintas: Classe Amphibia, que contém as Ordens
Anura (sapos, rãs, jias e pererecas), Gymnophiona (cobras-cegas ou cecílias) e Caudata
(salamandras); e Classe Reptilia, com as ordens Testudines (quelônios: cágados,
tartarugas e jabutis), Squamata (lagartos, anfisbênias e serpentes), Crocodylia (jacarés e
crocodilos) e Rhynchocephalia (tuataras da Nova Zelândia) (BERNARDE, 2012; VITT;
CALDWELL, 2014). Apesar de representarem grupos distintos com diferenças
significativas em sua ecologia e comportamento, os répteis e anfíbios são estudados
conjuntamente (CECHIN; MARTINS, 2000).

Anfíbios

Para a classe Amphibia são reconhecidas 7.845 espécies no mundo, das quais 1.080 são
descritas para o Brasil, país detentor da maior diversidade de anfíbios do planeta
(BERNARDE, 2012; FROST, 2018). Na lista oficial da Sociedade Brasileira de Herpetologia
- SBH, as espécies de anfíbios encontram-se distribuídas em três ordens, a saber: Anura,

82
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
com 1.039 espécies, Gymnophiona, com 36 espécies e Caudata, com cinco espécies
(SEGALLA et al., 2016).

A região Nordeste ainda é incipiente no que se refere a estudos científicos de anfíbios,


principalmente na região do semiárido, uma vez que o bioma Caatinga é um dos menos
estudados no Brasil. Camardelli e Napoli (2012) registraram 107 espécies para a região
do semiárido brasileiro e, dessas, 73 com ocorrência na Caatinga. Rodrigues (2003)
aponta a ocorrência de 51 anfíbios sendo 48 espécies de anuros. Freitas e Silva (2007)
registraram 65 espécies de anfíbios. Outros estudos mais recentes apontam a ocorrência
de 98 espécies nos domínios do bioma (GARDA et al., 2017).

Na área de influência do PISF, a Universidade Federal do Vale do São Francisco –


UNIVASF, registrou a ocorrência de 30 espécies de anfíbios, sendo 29 espécies de anuros
e um gymnophiono (UNIVASF, 2018).

Répteis

São reconhecidas atualmente 10.711 espécies de répteis no globo, sendo que o Brasil
ocupa a terceira posição em riqueza de espécies de répteis com 795 espécies, atrás da
Austrália (1.057 sp) e México (942 sp) (TUETZ; HOSEK, 2018). A lista oficial da Sociedade
Brasileira de Herpetologia - SBH aponta a ocorrência de 842 espécies e subespécies em
território brasileiro, distribuídas nas Ordens Testudines, com 37 espécies, Crocodylia com
seis espécies, e Squamata com 799 táxons (75 anfisbenas, 282 “lagartos” e 442
serpentes) (BÉRNILS; COSTA, 2018).

No domínio morfoclimático das caatingas, são reconhecidas 197 espécies de répteis


sendo 112 serpentes (GUEDES et al., 2014), 78 lagartos (DELFIM, 2012; RODRIGUES,
2003), 10 de anfisbenídeos (RODRIGUES, 2003), quatro espécies de quelônios e três
crocodilianos (FREITAS; SILVA, 2007; RODRIGUES, 2003).

Para a Área de Influência do PISF, a UNIVASF aponta a ocorrência de 52 espécies de


répteis, sendo quatro quelônios, um crocodiliano, três anfisbenídeos, 20 lagartos e 24
serpentes (UNIVASF, 2018).

Na visita técnica, os registros de campo somaram poucas espécies da herpetofauna com


ocorrência comprovada, sendo uma espécie de anfíbio (encontrada morta), nove lagartos
e duas serpentes. Todas as espécies registradas em campo estão apontadas nos dados
secundários (Fotos a seguir).

83
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 5.31. Rhinella jimi (sapo-cururu) encontrado Foto 5.32. Oxyrhopus trigeminus (coral-falsa)
morto (ago/2018). (ago/2018).

Foto 5.33. Gymnodactylus geckoides (lagartixa) Foto 5.34. Hemidactylus brasilianus (briba)
(ago/2018). (ago/2018).

Para a obtenção dos dados secundários foi realizada pesquisa documental em busca de
informações, relatórios e outros documentos. A pesquisa bibliográfica foi realizada a
partir da seleção, fichamento e arquivamento dos tópicos de interesse para a
investigação, objetivando conhecer o estado da arte do material concernente a temática
da Herpetofauna. Foram utilizados os dados apresentados por Bérnils e Costa (2018), na
compilação de répteis de ocorrência do estado do Pernambuco; por Stein (2015), na
relação da biogeografia e conservação dos anfíbios da Caatinga, por Lima et al. (2008),
na compilação da herpetofauna de ocorrência provável utilizada no plano de manejo da
REBIO Serra Negra e pela UNIVASF (2018), no Relatório RA-19 do Subprograma de
Monitoramento da Herpetofauna e na compilação de répteis e anfíbios do Subprograma
de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre.

Um total de 222 espécies foram contabilizadas como de provável ocorrência na região de


estudo do reservatório Ipojuca, sendo que destas, 68 são pertencentes ao grupo dos
anfíbios e 154 ao grupo dos répteis. A herpetofauna de provável ocorrência encontra-se

84
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
dividida em cinco Ordens (Anura, Gymnophiona, Testudines, Crocodylia e Squamata) e 36
famílias (Anexo IV).

A nomenclatura científica e a classificação taxonômica das espécies da Herpetofauna


foram baseadas nas listas oficiais da Sociedade Brasileira de Herpetologia - SBH
(BÉRNILS; COSTA, 2018; SEGALLA et al., 2016) e para os vernáculos procurou-se manter
a nomenclatura utilizada pela população local.

Espécies Ameaçadas

As espécies ameaçadas da herpetofauna foram determinadas de acordo com a Lista


Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção – Portaria Nº 444 de 17 de
dezembro de 2014 do Ministério do Meio Ambiente, além das espécies ameaçadas em
nível mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN (2018).

Dentre as espécies listadas, são consideradas espécies ameaçadas de extinção do Brasil:


os lagartos Calyptommatus leiolepis, Calyptommatus nicterus e Calyptommatus
sinebrachiatus, o anfisbenideo Amphisbaena supernumeraria, todos com status Em
Perigo (EM) e a serpente Amerotyphlops paucisquamus, com status Vulnerável (VU).

Os crocodilianos Caiman latirostris e Paleosuchus palpebrosus encontram-se entre as


espécies ameaçadas de extinção em nível mundial (IUCN, 2018), com status Menor Risco
(LR/LC), ou seja, este táxon, quando avaliado, não satisfez os critérios para qualquer das
categorias de ameaça (Criticamente Em Perigo, Em Perigo, Vulnerável ou Quase
Ameaçado) mas encontra-se na subcategoria Pouco Preocupante (Lc), ou seja, não se
qualifica para a Conservação Dependente nem Quase Ameaçada. O anfíbio Rupirana
cardosoi apresenta status Quase Ameaçado (NT), ou seja, não se qualifica para
Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, mas está perto de se qualificar para
alguma destas categorias em um futuro próximo. As demais espécies encontram-se com
status Pouco Preocupante (LC), Dados Insuficientes (DD) ou ainda não foram avaliadas
pela Lista da fauna ameaçada em nível mundial, portanto não são consideradas como
categorias de ameaça (IUCN, 2018).

Distribuição

Em relação à distribuição das espécies da Herpetofauna, 23 são consideradas endêmicas


do bioma Caatinga, sendo 12 pertencentes ao grupo dos anfíbios (GARDA et al., 2017) e
11 ao grupo dos répteis (RODRIGUES, 2005a, b) (Anexo IV).

Uma espécie exótica foi registrada: a lagartixa Hemidactylus mabouia da família


Gekkonidae, espécie de hábitos noturnos e dieta baseada em insetos que foi introduzida
no Brasil, tendo sua origem no continente africano (FREITAS; PAVIE, 2002).
85
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Importância Econômica

Espécies consideradas de importância econômica são aquelas cinegéticas, visadas pelo


tráfico de animais silvestres, de interesse farmacológico e/ou com relevância para a
saúde humana por sua importância médica e sanitária.

Dentre as 222 espécies listadas, merecem destaque por seu valor cinegético, ou seja, a
utilização pelo ser humano como alimentação ou como produtos da fauna (couro e casco)
(ALVES et al., 2008; ALVES; 2009), os anfíbios anuros Leptodactylus vastus (rã-pimenta) e
Leptodactylus macrosternum (rã-manteiga); o quelônio Kinosternon scorpioides
scorpioides (muçuã); os crocodilianos Caiman latirostris (jacaré-do-papo-amarelo) e
Paleosuchus palpebrosus (jacaré-anão); o lagarto Salvator merianae (teiú); e as serpentes
Boa c. constrictor e Boa c. amarali (jibóia).

Quanto às espécies visadas pelo tráfico de animais silvestres, estas sofrem pressão
populacional, podendo correr até mesmo o risco de uma extinção local. Normalmente,
este mercado se alimenta por demandas relacionadas ao consumo de insumos animais
(espécies cinegéticas), criação de animais silvestres (mercado pet) e biopirataria. Foram
consideradas como espécies visadas pelo tráfico: Ceratophrys joazeirensis no grupo dos
anfíbios; e Kinosternon scorpioides scorpioides, Chelonoidis carbonarius, Caiman
latirostris, Paleosuchus palpebrosus, Iguana iguana iguana, Salvator merianae, Boa c.
constrictus, Boa c. amarali, Epicrates assisi, Epicrates cenchria, Crotalus durissus
cascavella, Lachesis muta, além das espécies dos gêneros Micrurus e Bothrops, no grupo
dos répteis.

No que diz respeito ao interesse farmacológico, todas as espécies de anfíbios anuros


listadas foram consideradas como de grande potencial, devido às toxinas presentes na
derme, como também as serpentes peçonhentas, por seus venenos ainda serem pouco
explorados.

As espécies consideradas como de interesse médico/sanitário foram as espécies


peçonhentas (apresentam veneno e algum tipo de mecanismo para inoculação) e/ou
causadoras de acidentes ofídicos. São elas: o anfíbio Corythomantis greeningi e as
serpentes pertencentes as famílias Dipsadidae, Elapidae e Viperidae (LIRA-DA-SILVA.,
2009; BERNARDE, 2014).

Importância Ecológica

Espécies de importância ecológica são animais considerados bioindicadores, ou seja,


espécies com características que podem ser usadas como um índice para qualidade do
ambiente. A capacidade de resposta das espécies aos distúrbios de degradação e

86
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
fragmentação de ambientes naturais varia em função da tolerância ecológica e
reprodutiva no uso dos ambientes degradados (BRANDÃO; ARAÚJO, 2002).

Os anfíbios anuros são animais sensíveis a alterações ambientais, o que os torna um


grupo de importância como bioindicadores da integridade ambiental (HEYER et al., 1994).
Anfíbios são considerados bons bioindicadores da qualidade ambiental por responderem
rapidamente às modificações ambientais, como poluição, desmatamentos, variações
climáticas, assoreamentos, queimadas e entrada de espécies invasoras (BOONE;
BRIDGES, 2003; PHILLIPS, 1990; VITT et al., 1990). Portanto, para este estudo, todas as
espécies de anfíbios podem ser consideradas como espécies bioindicadoras de qualidade
ambiental.

Para os répteis ainda faltam estudos conclusivos indicando este grupo como bons
bioindicadores. Segundo Dias e Rocha (2005), quanto maior a degradação de uma
determinada área, menos espécies de répteis encontram-se associados a elas. Neste
sentido, os répteis, de maneira geral, são bons para se obter respostas em estudos de
qualidade ambiental.

Considerações da Herpetofauna

Espécies representantes do grupo herpetofauna se diferenciam em vários aspectos


(ecológicos, morfológicos, fisiológicos, entre outros), apresentando uma enorme
heterogeneidade, que vão desde organismos pequenos e crípticos como lagartos e
pequenos anfíbios até indivíduos de grande porte como crocodilianos e algumas
serpentes. Encontram-se presentes em diversos tipos de habitats, (arbóreos, terrestres,
saxícolas, fossoriais, entre outros) e ocupam diversos ambientes e nichos temporais.

A área de entorno do reservatório Ipojuca apresenta relevante ocupação antrópica, mas


ainda é possível encontrar boas condições ecológicas em pequenos fragmentos de
caatinga arbórea e caatinga arbustiva arbórea bem conservada. Tal fato pode concentrar
uma riqueza elevada de espécies da herpetofauna, uma vez que ambientes de maior
conservação tendem a abrigar um maior número de espécies.

A formação e consolidação do reservatório Ipojuca transformará o fluxo hídrico da área


do reservatório de intermitente para perene, o que poderá propiciar melhores condições
para o estabelecimento de populações de espécies essencialmente dependentes da água
como anfíbios (Anuros) que, devido a sua fisiologia, apresentam uma dependência por
ambientes aquáticos ou semi-aquáticos. Os crocodilianos (Alligatoridae) podem se
beneficiar tendo o reservatório como área de abrigo, refúgio e fonte de alimentação, e os
quelônios semi-aquáticos (Chelidae e Kinosternidae), que também poderão ser

87
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
beneficiados não somente com a consolidação do reservatório, mas também com os
canais de transporte de água, utilizados como via de dispersão.

Por outro lado, no caso de espécies da herpetofauna que utilizam ambientes mais áridos,
que possuem uma fisiologia mais independente da água e muitas vezes apresentam
características hidrofóbicas, como a maioria das espécies pertencentes à ordem
Squamata, o estabelecimento do futuro reservatório e os canais de transporte da água
podem influenciar no isolamento de populações e diminuir o fluxo gênico na região.

Neste sentido, recomenda-se a realização do monitoramento das espécies da


Herpetofauna, tanto na área de influência do reservatório Ipojuca quanto nas áreas
afetadas pelos canais de translocação de águas, para que variações ao longo da
implementação e operação do Ramal do Agreste sejam verificadas no intuito de detectar
potenciais alterações na distribuição das espécies na comunidade da herpetofauna, como
também aumentar o conhecimento científico e fomentar dados para conservação das
espécies.

5.2.3. Ornitofauna

Aves são uma Classe dentre os vertebrados, caracterizadas, principalmente, por


possuírem penas. Além de outros fatores característicos da Classe, esses animais
compreendem o grupo, dentre os tetrápodos, com o maior número de espécies vivas. De
acordo com o The World Bird Database - Avibase (2018) já foram registradas mais de
10.000 espécies de aves no planeta, e o Brasil está entre os países com a maior
diversidade, com 1.919 espécies (CBRO, 2018), ficando atrás apenas da Colômbia.

A Caatinga, mesmo englobando diversas fitofisionomias e abrangendo uma grande área,


não é considerado um bioma com uma diversidade elevada de aves, como a Mata
Atlântica, Amazônia e Cerrado. Entretanto, ainda apresenta uma riqueza maior que os
Campos Sulinos e o Pantanal. Araujo e Silva (2017) apresentam uma listagem de 548
espécies de aves para a Caatinga. Silva e colaboradores (2003) apontam a ocorrência de
510 aves para a Caatinga lato sensu, e Pacheco (2004) mostra uma lista mais restrita
para a caatinga stricto sensu, com 348 espécies.

A UNIVASF já registrou um total de 199 espécies de aves nas áreas de influência do PISF,
distribuídas em 24 Ordens e 48 famílias (UNIVASF, 2018).

Nas atividades de reconhecimento da área de estudo do reservatório Ipojuca, 68 espécies


tiveram sua ocorrência comprovada, principalmente aves relacionadas a ambientes
xerófilos. Poucas espécies aquáticas foram observadas, o que se deve, principalmente, a
falta de água nos açudes e pequenas barragens, o que pode representar uma maior
migração sazonal e menor colonização de espécies aquáticas (Anexo V) (Fotos a seguir).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 5.35. Pegada de Ema (Rhea americana) Foto 5.36. NInho de Periquito-da-caatinga (Eupsittula
encontrada no entorno do futuro Reservatório Ipojuca cactorum) encontrado no entorno do futuro
(ago/2018). Reservatório Ipojuca (ago/2016).

Foto 5.37. Ninho de joão-de-pau (Phacellodomus Foto 5.38. Ninho de casaca-de-couro-amarelo


rufifrons) encontrado no entorno do futuro (Furnarius leucopus) encontrado no entorno do futuro
Reservatório Ipojuca (ago/2018). Reservatório Ipojuca (ago/2018).

Para a obtenção dos dados de provável ocorrência da avifauna foi realizada pesquisa
bibliográfica objetivando conhecer o estado da arte e elaborar uma lista com as espécies
e informações pertinentes. Para tal, foram utilizados os dados de Araujo e Silva (2017),
Pacheco (2004) e Coelho (1997), relacionando as espécies de aves de ocorrência na
Caatinga, como também os dados da UNIVASF (2018), obtidos através do Relatório RA-
19, do Subprograma de Monitoramento da Avifauna, e da compilação das Aves do
Subprograma de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre, relacionando as espécies
de aves no contexto do PISF. O resultado é a lista apresentada no Anexo V, na qual
constam 546 espécies de aves de provável ocorrência para a região do estudo, divididas
em 26 Ordens e 75 famílias.

A Classificação, nomenclatura e ordem filogenética das aves seguiram a última


publicação do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos – CBRO (CBRO, 2018;
PIACENTINI et al., 2015). Para os vernáculos procurou-se manter a nomenclatura utilizada
pela população local.
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Espécies Ameaçadas

As espécies ameaçadas da avifauna foram determinadas de acordo com a Lista Nacional


Oficial de Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção – Portaria Nº 444 de 17 de dezembro
de 2014 do Ministério do Meio Ambiente, além das espécies ameaçadas em nível mundial
da União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN (2018).

Dentre as espécies compiladas, 31 estão listadas como espécies ameaçadas do Brasil,


sendo 15 com status Vulnerável (VU), 14 consideradas Em Perigo (EM) e duas
Criticamente Ameaçadas (CR) (MMA, 2014). Já de acordo com a IUCN, 41 espécies
encontram-se em alguma categoria de ameaça em nível mundial, sendo 23
categorizadas como Quase Ameaçada (NT), nove espécies como Vulneráveis (VU), seis
Em Perigo (EM) e três Criticamente Ameaçadas (CR) (IUCN, 2018).

Distribuição

A distribuição das espécies de aves ao longo do Brasil é desigual sendo que estas
concentram-se na Amazônia, seguida pela Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Campos
Sulinos e Pantanal, respectivamente (MARINI; GARCIA, 2005). Na Caatinga, apenas cerca
de 3% das espécies de aves são consideradas restritas ao bioma (espécies endêmicas)
(TUBELIS e TOMAS, 2003), número considerado baixo ao levar-se em conta a
interconexão da Caatinga com outros biomas brasileiros (SILVA, 1997), os enclaves e a
diversidade de fitofisionomias.

Dentre as espécies listadas para a área de estudo, 19 espécies podem ser consideradas
endêmicas (STOTZ et al., 1996; OLMOS et al., 2005; ASSIS et al., 2007; GONZAGA et al.,
2007). São elas: Penelope jacucaca, Nyctiprogne vielliardi, Anopetia gounellei, Picumnus
pygmaeus, Picumnus fulvescens, Anodorhynchus leari, Cyanopsitta spixii, Eupsittula
cactorum, Herpsilochmus sellowi, Sakesphorus cristatus, Hylopezus ochroleucus,
Xiphocolaptes falcirostris, Pseudoseisura cristata, Synallaxis hellmayri, Arremon
franciscanus, Icterus jamacaii, Agelaioides fringillarius, Paroaria dominicana e Sporophila
albogularis.

Importância Econômica

As aves consideradas de importância econômica foram: i) as que apresentaram


características cinegéticas, frequentemente utilizadas na alimentação pela população
regional e, portanto, alvos frequentes de caçadores, como as espécies representantes
das famílias Tinamidae, Cracidae, Anatidae e Columbidae; ii) as espécies procuradas para
o tráfico de animais e para a criação em cativeiro, principalmente as que apresentam
atrativos como cores exuberantes, canto e inteligência; iii) espécies que trasmitem

90
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
doenças, como a Psitacose e a gripe aviária, e/ou as espécies que acabam gerando
prejuízos, como espécies que por se tornarem muito abundantes são consideradas
pragas.

Importância Ecológica

As aves podem ser consideradas importantes bioindicadores de qualidade ambiental. É


um grupo bastante estudado, de fácil observação (técnicas simples e de baixo custo) e
ampla distribuição (ocupando diferentes habitats) além de apresentar uma grande
variedade de respostas frente as mudanças ambientais (STOTZ et al., 1996).

As espécies consideradas boas indicadoras de qualidade ambiental, ou seja, de


importância ecológica, são aquelas que apresentam alta sensibilidade a alterações
ambientais, segundo Stotz et al. (1996), e/ou as que se encontram listadas em alguma
categoria de ameaça. Também são consideradas indicadoras, as espécies endêmicas da
Caatinga, as espécies nectarívoras e as dispersoras de sementes.

Considerações da Avifauna

O grupo das Aves, de forma geral, possui predominância nos ambientes com melhor
estado de conservação. Estes ambientes são propícios ao abrigo e refúgio para a maioria
das espécies que se mostram mais abundantes nos ecótipos caatinga arbustiva arbórea,
caatinga arbórea, matas ciliares e em ambientes onde se tem o acúmulo de água.

Em função da área de estudo apresentar vegetação fragmentada, e o grupo apresentar


certa mobilidade devido a capacidade de voo, os principais impactos sobre a avifauna
estão associados a perturbações provenientes da fase de implantação do
empreendimento. Nesse sentido, é importante salientar que medidas mitigadoras
comumente usadas, como o acompanhamento da supressão da vegetação, o
afugentamento e o resgate de fauna, sejam realizadas visando minimizar tais impactos,
principalmente referentes aos ninhos.

Os impactos reais da transformação de ambientes para aves, como a implantação do


reservatório Ipojuca, relacionando a presença de água em caráter perene em meio a
elementos xerólfilos, ainda não foram totalmente elucidados. Mesmo sendo foco do
Programa de Conservação de Fauna e Flora (item 23 do PBA do PISF), tais estudos ainda
são incipientes. Entretanto, a consolidação do Reservatório Ipojuca poderá ser benéfica
para maioria das espécies de aves, principalmente pela possibilidade de manutenção de
espécies dependentes de ambientes aquáticos, como garças, socós, pernilongos e outras,
que utilizam a área somente nas estações das águas. Outras espécies menos
dependentes de ambientes aquáticos também poderão ser beneficiadas, principalmente

91
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
devido a uma maior proximidade de uma fonte de água como também devido as áreas
de maior proteção ao redor do reservatório.

Nesse sentido é extremamente importante que o Monitoramento da Ornitofauna seja


realizado no entorno do Reservatório Ipojuca detectando potenciais alterações na
distribuição das espécies na comunidade e estabelecendo medidas eficazes de
compensação ambiental e identificação de áreas prioritárias para a conservação e
manutenção da avifauna.

5.2.4. Mastofauna

Os mamíferos são considerados os animais mais recentes na história evolutiva (FREITAS,


2012). Caracterizam-se por possuírem pelos (pelo menos em alguma fase da vida) e
glândulas mamárias (motivo do nome da Classe). Apresentam distribuição cosmopolita,
habitando desde os polos gelados até os desertos mais secos e as mais altas montanhas,
além de mares e oceanos. A classe Mamalia é dividida em 46 Ordens (WILSON e REEDER,
2005), entre as quais podemos citar Didelphimorphia (cuícas e gambás); Sirenia (peixe-
boi); Xenarthra (tatus e tamanduás); Primates (macacos); Lagomorpha (coelhos e lebres);
Chiroptera (morcegos); Carnivora (cachorro-do-mato, lobo, raposa, quati, lontra, furão,
gatos e onças); Perissodactyla (anta); Artiodactyla (porco-domato e veados); Cetacea
(baleias) e Rodentia (ratos, préas, capivaras, cutias e paca) (WILSON e REEDER, 2005).

No mundo são reconhecidas atualmente 6.495 espécies de mamíferos, de acordo com o


Mammal Diversity Database - ASM (2018) e a região Neotropical é considerada uma das
mais ricas do mundo (MITTERMEIER et al., 1998). No Brasil, estima-se que existam mais
de 700 espécies de mamíferos conhecidas (PAGLIA et al. 2012), ou seja, cerca de 10% de
todos os mamíferos do mundo (REIS et al., 2006). Para a região nordeste, Oliveira (2004)
aponta uma riqueza de 129 espécies. Atualmente, considera-se que a fauna de
mamíferos da Caatinga seja composta por 183 espécies sendo roedores e morcegos os
grupos mais representativos (CARMIGNOTTO; ASTÚA, 2017).

Na área de influência do PISF, a UNIVASF registrou 39 espécies, somados os esforços


obtidos no Subprograma de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre e no
Subprograma de Monitoramento de Mamíferos, inclusos no Programa de Conservação da
Fauna e da Flora, item 23 do PBA do PISF, respectivamente (UNIVASF, 2018).

Durante visita técnica à área de entorno do futuro Reservatório Ipojuca pode-se


comprovar a ocorrência de sete espécies da mastofauna, todas citadas também nos
dados secundários (Fotos a seguir).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 5.39. Fezes de cachorro-do-mato (Cerdocyon Foto 5.40. Toca de tatu-peba no entorno do
thous) encontrado no entorno do Reservatório Ipojuca Reservatório Ipojcua (Euphractus sexcinctus)
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 5.41. Fezes de mocó (Kerodon rupestres) Foto 5.42. Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)
encontradas no entorno do futuro Reservatório Ipojuca (ago/2018).
(ago/2018).

Para a obtenção dos dados secundários da mastofauna foram compilados dados de


pesquisas documentais, relatórios e outros documentos, sendo que para a área de
entorno do Reservatório Ipojuca, foram utilizados os dados de Oliveira (2004);
Mascarenhas et al. (1998; 2001), Carmignotto e Astua (2017) e UNIVASF (2018).

Um total de 205 espécies de mamíferos foram contabilizadas como de provável


ocorrência para a região em estudo, sendo estas distribuídas em 10 Ordens, a saber:
Didelphimorphia, Cingulata, Pilosa, Primates, Rodentia, Lagomorpha, Chiroptera,
Carnivora, Perissodactyla e Artiodactyla (Anexo VI).

Para os mamíferos, a nomenclatura científica e a classificação taxonômica seguiu Paglia e


colaboradores (2012) e procurou-se manter a nomenclatura utilizada pela população local
para os vernáculos.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Espécies Ameaçadas

As espécies ameaçadas da mastofauna foram determinadas de acordo com a Lista


Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção – Portaria Nº 444 de 17 de
dezembro de 2014 do Ministério do Meio Ambiente, além das espécies ameaçadas em
nível mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN (2018).

De acordo com a lista brasileira da fauna ameaçada de extinção, a Mastofauna listada


apresenta 27 espécies com algum risco de ameaça. Destas, sete encontram-se com
status Em Perigo (EM), 19 com status Vulnerável (VU) e uma Criticamente Ameaçada
(CR). Já de acordo com a IUCN, as espécies ameaçadas em nível mundial somaram 21
espécies, sendo nove espécies vulneráveis (VU), oito Quase Ameaçadas (NT), duas Em
Perigo (EM) e duas Criticamente Ameaçadas (CR) (Anexo VI).

Distribuição

Contrastando com a grande quantidade de endemismos em outros biomas (Mata


Atlântica, Cerrado e Amazônia), a Caatinga é um bioma com poucas espécies de
mamíferos endêmicas (LEAL et al., 2003). Segundo Paglia e colaboradores (2012), este
fato pode ser explicado devido a riqueza de espécies de mamíferos presentes na
Caatinga ser muito inferior em relação a outros biomas como Mata Atlântica e o Cerrado.
Atualmente a Caatinga apresenta 11 espécies de mamíferos que ocorrem somente
dentro dos limites do bioma (endêmicos) (CARMIGNOTTO; ASTUA, 2017).

As espécies consideradas endêmicas da Caatinga listadas nos dados secundários são:


Callicebus barbarabrownae, Rhipidomys cariri, Rhipidomys cearanus, Wiedomys
pyrrhorhinos, Coendou baturitensis, Kerodon rupestres, Trinomys albispinus, Trinomys
yonenagae, Lonchophylla inexpectata, Xeronycteris vieirai e Chiroderma vizottoi.

Importância Econômica

As espécies consideradas de importância econômica dentre os mamíferos silvestres


listados foram: i) as comumente utilizadas em cativeiro para a comercialização da sua
carne, como a paca (Cuniculus paca) e a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris); ii) As
consideradas visadas pelo tráfico de animais silvestres, como as espécies de saguis
(Callithrix sp.) e felinos (Leopardus sp.); e iii) As espécies cinegéticas, ou seja, as
comumente caçadas pela população local, seja para alimentação ou utilização de
produtos da fauna (couro, chifres, entre outros), como os tatus (Dasipodidae), veados
(Cervidae) e porcos silvestres (Tayassuidae), além de espécies como a anta (Tapirus
terrestris), o tapiti (Sylvilagus brasiliensis), o mocó (Kerodon rupestris), a capivara
(Hydrochoerus hydrochaeris) e a paca (Cuniculus paca).

94
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Outra prática de caça, ligada indiretamente a economia, está associada aos fazendeiros
que abatem espécies nativas com o objetivo de evitar a predação de suas criações ou
prejuízos nas plantações por espécies silvestres.

Importância Ecológica

Pelo fato dos mamíferos desempenharem diversas funções que afetam a manutenção
dos ecossistemas, tais como polinização, dispersão de espécies vegetais e controle do
tamanho de populações de roedores e pragas, as espécies pertencentes a esse grupo
podem ser consideradas ótimos indicadores de qualidade e alterações ambientais
(MACHADO et al., 1998).

Estudos recentes, sobre a ecologia das espécies e das comunidades da mastofauna,


mostram que os mamíferos exercem influência na dinâmica das florestas neotropicais e
são bons indicadores tanto de alterações locais do hábitat como de alterações da
paisagem (PAGLIA et al., 1995; LESSA et al., 1999). A influência deste grupo na dinâmica
florestal ocorre principalmente através da predação e dispersão de sementes, plântulas e
fungos (MANGAN; ADLER, 2000; SÁNCHEZ-CORDERO; MARTÍNEZ-GALLARDO, 1998).

O estudo dos mamíferos em áreas protegidas ou insuficientemente conhecidas é


especialmente importante visto que várias espécies, consideradas bioindicadoras,
fornecem subsídios para avaliar a situação do ecossistema em que vivem (FONSECA et
al., 1994; RICKLEFS, 2011; GRELLE et al., 1999). Aliado ao fato de muitas espécies se
apresentarem frágeis ecologicamente, necessitando normalmente de espaços
preservados para a manutenção das populações, e que ocupam vários níveis na cadeia
alimentar, dos diversos ecossistemas e habitats dos quais eles fazem parte (REIS et al.,
2006). Sendo assim, pode-se considerar que os mamíferos silvestres, de maneira geral,
são bons bioindicadores de qualidade ambiental.

Considerações da Mastofauna

Não diferente dos demais grupos faunísticos, a mastofauna também apresenta uma
maior riqueza de espécies associadas a fisionomias de melhor estado de conservação,
visto que estes ambientes proporcionam mais recursos tróficos, facilidades de abrigo e
condições favoráveis à reprodução.

A diversidade de ambientes registrada na área de entorno do Reservatório Ipojuca pode


abrigar uma rica diversidade de mamíferos, inclusive os de grande porte e os predadores
topo de cadeia alimentar, mesmo sendo uma área com maior vocação para uso em
detrimento da conservação. Tal fato se deve a drenagem do rio Ipojuca propiciar um
corredor ecológico ligando diversos fragmentos em melhor estado de conservação.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
O estabelecimento do Reservatório Ipojuca, a princípio, poderá ser benéfico, de modo
geral, para as populações da mastofauna. O fato da área de entorno ainda apresentar
condições ambientais consideráveis somadas ao cessamento da escassez hídrica, poderá
acarretar no aumento da diversidade, pois uma fonte para dessedentação permanente
atrairá muitas espécies, que, por conseguinte, atrairão predadores, o que contribuirá
para a restauração ambiental na área. Porém a implantação do reservatório poderá
acarretar no isolamento de algumas populações, como os pequenos mamíferos, que
poderão sofrer com o efeito "barreira" devido ao reservatório e canais de transporte de
água.

Contudo, somandos os fatores positivos e negativos, é imprescindível que o


monitoramento da mastofauna tenha continuidade e englobe as áreas do reservatório
Ipojuca, tanto para a geração de dados para fornecer estratégicas para a conservação,
quanto para detectar alterações nas populações.

5.2.5. Considerações Finais sobre a Fauna no Entorno do Reservatório Ipojuca

No que tange à fauna silvestre, de maneira geral, a área do reservatório ainda apresenta
um bom estado de conservação, pois mesmo a região tendo uma vocação maior para o
uso da terra, apresenta fragmentos de vegetação nativa bem conservados, fornecendo
condições de abrigo, refúgio, áreas de forrageio e nidificação. Apresenta também muitos
conectores, como drenagens e áreas mais preservadas ligando fragmentos mais isolados,
garantindo o fluxo gênico.

A Caatinga, atualmente é composta basicamente por ecossistemas antropogênicos


(BARBOSA et al., 2017) e devido a esta heterogeneidade, podem ser encontradas no
bioma diversas espécies de vertebrados, incluindo peixes, anfíbios, répteis, aves e
mamíferos, que juntos somam mais de 1.200 espécies (SILVA; LEAL; TABARELLI, 2017).

A mudança na estrutura do meio ambiente não necessariamente acarreta prejuízos à


comunidade faunística local podendo também trazer benefícios, principalmente quando
esta mudança está atrelada a presença de água. No que diz respeito à fauna terrestre, de
um modo geral, o reservatório apresenta mais benefícios do que perdas, desde que os
remanescentes florestais se mantenham em bom estado de conservação e a intervenção
antrópica para a implementação do empreendimento siga as normativas para minimizar
os impactos negativos. Diferentemente da fauna terrestre, a ictiofauna é a que pode
sofrer maiores riscos. Principalmente no que diz respeito à introdução de espécies
exóticas.

No que se refere a manutenção e preservação da qualidade da água no Reservatório


Ipojuca, a fauna silvestre pode se tornar um dos maiores contribuintes, principalmente
devido a restauração de ambientes degradados, com espécies dispersoras de sementes e
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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
polinizadoras ocupando às margens do reservatório, e contribuindo para uma
estabilização ecológica com espécies topo de cadeia trófica e necrófagas, evitando assim
superpopulação e o desequilíbrio ambiental.

Quanto à possibilidade de impactos negativos provenientes do empreendimento, estes


são considerados indiretos, interferindo principalmente no fluxo gênico e na dispersão da
fauna através da paisagem (efeito barreira). Os possíveis impactos dependem de fatores
como proximidade entre fragmentos, existência de corredores e conectores ecológicos,
qualidade dos habitats matriz e do número de colonizadores potenciais produzidos por
cada remanescente. A questão do isolamento entre parcelas de habitats está
diretamente relacionada às características das barreiras que serão criadas com os canais
de transposição e o próprio reservatório, bem como a questões biológicas e
comportamentais de cada espécie, ressaltando a necessidade da manutenção de
remanescentes naturais e a recuperação dos ambientes degradados.

Áreas com boas condições de conservação ambiental, preservadas e/ou protegidas, por
sua vez, aumentam a diversidade da paisagem, e podem servir como fonte de
colonizadores para áreas vizinhas em sucessão, como rotas para dispersão, como pontos
de parada (sttepingstones), além de funcionar como banco de genes das espécies
presentes. Por isso o incremento de áreas em bom estado de conservação próximas ao
Reservatório Ipojuca se torna primordial para a manutenção da diversidade da Caatinga.

Da mesma maneira, a continuidade dos estudos de fauna, levantamentos, inventários,


monitoramentos e pesquisas científicas, se torna imprescindível para uma melhor
avaliação dos efeitos de implantação do reservatório sobre a fauna. A realização de mais
estudos propicia análises espaciais mais aprimoradas. Sendo assim, medidas mitigadoras
mais específicas e funcionais poderão ser sugeridas e os impactos negativos oriundos do
reservatório poderão ser minimizados.

5.3. ÁREAS PROTEGIDAS

A Constituição Federal do Brasil de 1988, no Art. 225, § 1º, inciso III, incumbe ao poder
público a responsabilidade de estabelecer, em todas as unidades da Federação, espaços
territoriais com o objetivo de proteger seus componentes, vedando qualquer utilização
que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.

Em consonância com os preceitos constitucionais, no ano 2000, o governo brasileiro


promulgou a Lei nº 9.985, instituindo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC), regulamentado posteriormente pelo Decreto No 4.340/2002. Ainda, instituiu o
Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (PNAP), o qual gera diretrizes e
proposições das áreas protegidas no Brasil através do Decreto No 5.758/2006.
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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) define áreas protegidas
como “um espaço geográfico claramente definido, reconhecido, com objetivo específico e
gerido por meios eficazes, sejam jurídicos ou de outra natureza, para alcançar a
conservação da natureza no longo prazo, com serviços ecossistêmicos e valores culturais
associados” (TRZYNA, 2017). Equivocadamente e, devido à ausência de um conceito
único para área protegida no Brasil, o termo comumente tem sido restringido às unidades
de conservação (UC) (LOYOLA, 2016 e MEDEIROS, 2004).

Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), embora as UCs tenham características e


objetivos distintos dos Territórios de Ocupação Tradicional, como as terras indígenas e os
quilombos, todos compõem o quadro de áreas cujos objetivos formam objeto do PNAP.
Além disso, outras áreas com status legal de proteção, como as áreas de preservação
permanente e as reservas legais (Lei No 12.727/2012), devem ser consideradas também
no planejamento da paisagem, numa abordagem ecossistêmica que leve em conta a
conectividade entre fragmentos naturais e as próprias áreas protegidas.

Embora as Unidades de Conservação (UC) tenham importante função para conservação


da biodiversidade, tendem a sofrer as consequências do isolamento ao longo do tempo.
Essa problemática torna importante considerar o planejamento da conservação também
em escala regional e ou sub-regional de forma a estabelecer redes de áreas mais
conservadas e garantir o fluxo gênico entre fragmentos. Exemplos de estratégia de
planejamento regional da conservação são os corredores ecológicos, mosaico de UCs e
reservas da biosfera, todas previstas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(Brasil, 2000).

Nesse sentido, o presente item avalia o potencial de conservação da área de entorno do


Reservatório Ipojuca, a partir de uma perspectiva regional, considerando o bioma
Caatinga, e de uma perspectiva local, através da análise das áreas legalmente protegidas
inseridas na área em foco.

5.3.1. Conservação da Biodiversidade na Caatinga

A biodiversidade da Caatinga apresenta grande potencial de conservação de serviços


ambientais, uso sustentável e bioprospecção da biodiversidade, o que possibilita
atividades econômicas voltadas para fins agrossilvopastoris e industriais, especialmente
nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos (MMA, 2018a).

Apesar da sua importância, a Caatinga tem sofrido grandes interferências antrópicas.


Apenas 7% do bioma está inserido em áreas protegidas e a maior parte destas não conta
com os recursos necessários para sua gestão (MMA, 2018a). De acordo com informações
do MMA, acessadas no dia julho de 2018, o desmatamento do bioma tem ocorrido de
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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
forma acelerada, devido, principalmente, ao consumo de lenha nativa para fins
domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura.
Estima-se que o desmatamento chegue a 46% da área do bioma.

Por outro lado, políticas públicas, como o ICMS Ecológico, têm sido implantadas com
objetivo de minimizar o avanço do desmatamento sobre a Caatinga. Em comum nessas
políticas públicas, está a percepção de que é necessário aumentar o número e extensão
de áreas protegidas no bioma de forma associada ao desenvolvimento humano.

5.3.1.1. Reserva da Biosfera da Caatinga

A Reserva da Biosfera (RB) é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) que compõe o programa de “O Homem e a
Biosfera”, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), cujo objetivo
é desenvolver um modelo internacional de gestão integrada, participativa e sustentável
dos recursos naturais, através do fomento de pesquisas científicas, experimentações com
enfoques na conservação e desenvolvimento sustentável (MMA, 2018b).

A RB da Caatinga (RBCA) foi criada em 2001 e está localizada, majoritariamente, na


região Nordeste, abrangendo uma pequena porção do norte de Minas Gerais e áreas nos
9 estados nordestinos. De acordo com o Centro Nordestino de Informações sobre Plantas
(CNIP), 591 municípios (63,3%) da Região Nordeste integram a RBCA, o que equivale a
198.990 km² e 23,6% da Caatinga (MMA/GIZ, 2015). Considerando a extensão e a intensa
atividade antrópica na área, as prioridades definidas para a RBCA englobam a promoção
de atividades sustentáveis (apicultura, turismo, artesanato, etc.) e estudos
socioambientais, como ferramentas para a conservação da biodiversidade e combate à
desertificação da Caatinga (RBMA, 2004).

De acordo com o MMA as RBs são organizadas em áreas núcleo, zonas de amortecimento
e zonas de transição. As áreas núcleo são caracterizadas por atributos de considerável
valor ambiental, sendo destinadas à proteção integral. Com o objetivo de garantir a
proteção integral das áreas núcleo, são definidos, ao seu redor, zonas de amortecimento,
onde são permitidos o uso e ocupação que não resultem em danos às áreas núcleo. No
entorno das zonas de amortecimento são estabelecidas as zonas de transição, áreas nas
quais o processo de ocupação e o manejo dos recursos naturais são planejados e
conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis.

Conforme apresentado na Figura 5.3, abaixo, a área de estudo do Reservatório Artificial


Ipojucas encontra-se fora das zonas de transição da RBCA.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Figura 5.3. Localização do Reservatório Artificial Ipojuca em relação a Reserva da Biosfera da Caatinga.

5.3.1.2. Corredor Ecológico da Caatinga

Regulamentados pela Lei nº 9.985/2000, os Corredores Ecológicos são áreas, cujo


ordenamento da ocupação humana é estabelecido para viabilizar a manutenção do fluxo
de espécies entre fragmentos naturais e, com isso, conservar os recursos naturais e a
biodiversidade, mitigando os efeitos da fragmentação dos ecossistemas através da
ligação entre diferentes áreas. Segundo Thomas (1991) apud. MMA (2016), o termo
corredores é empregado para descrever fenômenos capazes de conectar áreas
protegidas ou reservas naturais, que diminuem as taxas de extinção de espécies,
ampliam a recolonização e aumentam o valor de conservação dos ambientes.

O Corredor Caatinga foi criado através da Portaria do MMA nº. 131, de 04 de maio de
2006 e está sobre administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA) com o acompanhamento dos Conselhos das UCs
constantes: Parque Nacional (PARNA) do Catimbau – PE; a Reserva Biológica (REBIO) de
Serra Negra – PE; Estação Ecológica do Raso da Catarina – BA; Área de Proteção
Ambiental (APA) Serra Branca/Raso da Catarina- BA; Área de Relevante Interesse
Ecológico (ARIE) Cocorobó- BA; Parque Natural Municipal Lagoa do Frio - SE; VII - Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cantidiano Valqueiro Barros - PE; RPPN Reserva
Ecológica Maurício Dantas- PE, e suas zonas de amortecimento, interstícios, e áreas
protegidas existentes ou aquelas a serem criadas.

100
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
5.3.2. Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos
Benefícios da Biodiversidade

As Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos


Benefícios da Biodiversidade são um instrumento político oriundo do comprometimento
do Brasil, como país signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em
apoiar ações que disponibilizem informações para o estabelecimento de prioridades que
conduzam à conservação, à utilização sustentável e à repartição de benefícios da
diversidade biológica brasileira (MMA, 2017).

A identificação dessas áreas ocorreu entre 1997 e 2000 por meio do Projeto de
Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – PROBIO, o qual
realizou estudos que resultou na definição de 900 áreas e ações prioritárias para a
conservação da biodiversidade na Amazônia; Cerrado e Pantanal; Caatinga; Mata
Atlântica e Campos Sulinos; e Zona Costeira e Marinha. Os resultados do estudo foram
sistematizados e reconhecidos pela Portaria nº 09, de 23 de janeiro de 2007, do MMA
(MMA, 2018c). Em 2016, as áreas do bioma Cerrado, Pantanal e Caatinga foram
atualizadas mediante a Portaria n°223, de 21 de junho de 2016, do MMA (MMA, 2018d).

Na Caatinga, foram identificadas 282 Áreas Prioritárias, as quais ocupam 442.564 Km²
(53,45%) dos quais 43 (15%) estão em Pernambuco (HAUFF, 2010). Próximo à área do
reservatório, foram observadas quatro áreas prioritárias, das quais, a mais próxima é São
João do Tigre (Ca080), contígua à Área de Estudo do Reservatório, a Terra Indígena (TI)
Xukuru (Ca255), com aproximadamente 5,5 Km de distância, seguida da PN Catimbau
(Ca253) a 30 km e a Brejo da Madre de Deus (Ca073), 46 km.

Quadro 5.2. Caracterização das Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos
Benefícios da Biodiversidade, próximas ao Reservatório Artificial Ipojuca.

ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO, UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL E REPARTIÇÃO


DOS BENEFÍCIOS DA BIODIVERSIDADE PRÓXIMAS AO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL
Nome IPOJUCA.

Área Bacia
Código Importância Prioridade Tipo
(Km²) Hidrográfica
Brejo da
Extremamente Extremamente
Madre de Ca073 292 Nova Capibaribe
Alta Alta
Deus
São João do
Ca080 Muito Alta Muito Alta 1041 Nova Pajeu
Tigre
Ipojuca/
TI Xukuru Ca255 Muito Alta Alta 290 Protegida
Ipanema
PN do Extremamente Extremamente
Ca253 649 Protegida Moxotó
Catimbau Alta Alta
Fonte: MMA, 2007; SRHE,2006

101
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
A área São João do Tigre (Ca080) é definida como uma área prioritária do tipo nova, cuja
importância e prioridade são definidas como muito alta. Segundo a ficha das áreas
prioritárias no bioma Caatinga, disponibilizadas pelo MMA, a Ca080 é caracterizada pela
presença da APA Estadual das Onças, localizada no município de São João do Tigre - PB;
pela ocorrência de sítios arqueológicos e de registros de felinos. A APA das Onças
compõe uma área contínua de Caatinga Arborizada. Contudo, a Área Prioritária Ca080
apresenta ameaças associadas às atividades antrópicas: desmatamento para
fornecimento de lenha para siderurgia e risco de desertificação em decorrência da
extração mineral. Devido a esse quadro, as ações prioritárias estabelecidas foram:
realização de inventário ambiental, manejo, fomento às atividades econômicas
sustentáveis e educação ambiental.

A TI Xukuru (Ca255), a aproximadamente 5,5 km de distância do Reservatório Ipojuca,


apresenta em sua paisagem de Brejo de Altitude, espécies (endêmicas e ameaçadas) de
Bromeliáceas - Encholirium pernambucanum e Dyckia pernambucana. A área equivale a
290 km², os quais são definidos como área protegida, cuja importância estabelecida foi
muito alta e a prioridade alta.

PN Catimbau (Ca253), localizada a 30 km da área de estudo, é caracterizada pela


presença do aquífero Tucano-jatobá, um dos mais expressivos do Nordeste brasileiro; do
Parque Nacional do Catimbau em seu território, e de um rico acervo arqueológico com
inserções rupestres de tradição Agreste e Nordeste. As ações prioritárias – recuperação
de áreas degradadas, recuperação de espécies, manejo, educação ambiental e estudos
socioantropológicos – foram definidas devido à ameaça que significam as práticas de
agricultura de subsistência e as queimadas em áreas limítrofes ao Parque Nacional. Em
virtude dessas características, a área prioritária PN Catimbau é definida como do tipo
proteção, cuja importância e prioridade são extremamente altas.

A área prioritária Brejo da Madre de Deus (Ca073) – localizada, aproximadamente, a 46


Km da área de entorno do Reservatório – possui 292 km² de extensão, com importância e
prioridade extremamente alta. A diversidade de espécies endêmicas, tanto na flora
(Ameroglossum pernambucense; Clusia pernambucensis; Clusia intermedia; Vrisea limae
e Dyckia pernambucana) como na fauna (Hemitriccus mirandae e Tangara fastuosa)
justifica o incentivo a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN),
restauração florestal, recuperação de áreas degradas e educação ambiental. Essas ações
são primordiais para o controle da retirada de madeira e do plantio de lavouras
temporárias com ocorrência de queimadas na Ca073.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
5.3.3. Unidades de Conservação

As UCs são categorizadas em dois grupos; Unidades de Uso Sustentável e Unidades de


Proteção Integral, totalizando 12 tipos de categorias. As Unidades de Uso Sustentável são
caracterizadas por conciliarem a conservação da natureza com o uso sustentável de
parcela dos seus recursos naturais, enquanto as Unidades de Proteção Integral têm como
objetivo preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos
naturais. De acordo o Cadastro Nacional das Unidades de Conservação, a Caatinga conta
com 64.767 Km² (7,8%) protegidos por 171 Unidades de Conservação – UC, dos quais
11.174 Km² (1,3%) classificam-se como UC de Proteção Integral e 53.593 Km² (6,5%)
como UC de Uso Sustentável.

O estado de Pernambuco, de acordo com Agência Estadual do Meio Ambiente – CPRH e o


Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA, possui 137 Unidades de Conservação
em seu território, dos quais 56 são Federais - 35 de Proteção Integral e 21 de Uso
Sustentável – e 81 são Estaduais - 40 de Proteção Integral e 41 de Uso Sustentável.

Próximo ao entorno do Reservatório Ipojuca identificou-se cinco UCs: i) a Área de Proteção


Ambiental (APA) das Onças, ii) o Parque Nacional (PARNA) do Catimbau, iii) o Monumento
Natural Serra do Gavião iv) o Monumento Natural Parque Municipal Pedra Furada e v) a
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Bituri. Destas, as UCs mais próximas ao
reservatório são a APA das Onças, contígua à área de estudo do Reservatório, e o
Monumento Natural Serra do Gavião, a 21 Km.

Área de Proteção Ambiental (APA) das Onças

A APA das Onças foi criada através do Decreto Estadual nº 22.880/2002. Encontra-se na
Serra da Borborema e é a maior UC do estado da Paraíba, abrangendo 36.000 ha, os
quais são caracterizados pelos diferentes usos do solo, com a presença da Caatinga,
remanescentes de Mata Atlântica e áreas antrópicas. A APA encontra-se no município de
São João do Tigre - Pb, e, segundo o censo realizado pelo IBGE em 2010, 41,11% (360
km²) do território encontra-se dentro da APA, o que intensifica as ações antrópicas sobre
essa UC. Apesar de localizar-se em outro Estado, a região na qual se insere faz divisa
com o Estado de Pernambuco, margeando o futuro Reservatório de Ipojuca, que é o final
do Trecho VII do Ramal do Agreste do PISF - Programa de Integração do Rio São Francisco
com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. (Figura 5.3).

Segundo Monteiro (2013) a paisagem é dominada pela caatinga, com fitofisionomias


entre as muito hipoxerófilas, passando pelas Matas Serranas e alguns remanescentes de
Mata Atlântica nos Brejos de Altitude. Originalmente, o Brejo de Altitude ocupava toda
área acima de 850 a 1125 m de altitude, sendo atingido por uma umidade mais elevada.

103
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Imediatamente abaixo, a 700 metros ficam as Matas Serranas numa zona subúmida
característica do Agreste. Por último, a Caatinga Hipoxerófila apresentando estrato
arbustivo arbóreo com elevada presença de cactáceas e bromeliáceas. Infere-se a partir
dessas informações que a APA das Onças é composta por um grande mosaico
fisionômico, das caatingas mais secas aos fragmentos de Mata Atlântica nos Brejos de
Altitude. Por não se enquadrar na modalidade de unidade de proteção integral pela
legislação, e a falta de fiscalização, observa-se elevado estágio de degradação em vários
pontos, principalmente pelo desmatamento para obtenção de lenha utilizada na
siderurgia e intensa atividade de criação de rebanhos de caprinos e ovinos (MONTEIRO,
2013).

Parque Nacional do Catimbau

A sudoeste da área de estudo do Reservatório de Ipojuca, a aproximadamente 31 Km em


linha reta, localiza-se o Parque Nacional do Catimbau (PNC - 24'00" / 8°36'35" e
37°09'30" / 37°14'40") (Figura 5.3). Criado em 13 de dezembro de 2002, possui área de
62.300 ha e situa-se na região chamada de Sertão do Moxotó, conhecida área de
transição entre o agreste pernambucano e o sertão. Compreende os municípios de
Buíque-PE, Ibimirim-PE, Inajá-PE e Tupanatinga-PE (ICMBio, 2018).

Apresenta características florísticas e vegetacionais bastante diferenciadas compondo


cinco ambientes distintos: caatinga arbustivo-arbórea; caatinga arbustiva com elementos
de cerrado; caatinga arbustiva com elementos de campos rupestres; vegetação florestal
perenifólia e caatinga arbustiva subperenifólia (FERRAZ et al., 1998; RODAL et al., 1998;
FIGUEIREDO et al., 2000). Advindo da ação antrópica, encontram-se cultivos agrícolas,
pastagens e o corte seletivo de árvores alterando a paisagem da vegetação que aparece
em variados estágios de regeneração.

Monumento Natural Serra do Gavião


Monumento Natural (MONA) é uma Unidade de Conservação (UC) categorizada como UC
Proteção Integral, ou seja, o uso de seus recursos naturais só é permitido de forma
indireta, através de recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa
científica, educação e interpretação ambiental, entre outras.
O MONA Serra do Gavião é uma UC Municipal, do município de Pesqueira – PE, com área
equivalente a 16 ha (CPRH, 2014).

Monumento Natural Pedra Furada


A Lei Municipal n. 633 de 17 de dezembro de 2009, do município de Venturosa – PE,
dispõe sobre a criação do Parque Municipal Pedra Furada, categorizado como Monumento
Natural, localizado no sítio Goiabeira em Venturosa- PE, com área, aproximada, de 09 ha.

104
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
De acordo com RODRIGUES (2017), a área da Pedra Furada situa-se na macrorregião
Agreste Pernambucano, microrregião do Vale do Ipojuca, uma das mais belas do Estado
de Pernambuco.

RPPN Fazenda Bituri

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Bituri pertence ao Sr. Paulo
Galvão Amorim e foi criada no dia 22 de julho de 1999 através da Portaria CPRH
n.225/99. A área está localizada no Município de Brejo da Madre de Deus, possui 110,21
ha de extensão (CPRH, s.d.).

Segundo estudo realizado para a titulação da RPPN, a área apresenta alta diversidade
florística, com, aproximadamente, 200 espécies, entre elas a Byrsonima pedunculata e a
Bunchosia pernambucana. Quanto à fauna, observou-se espécie que dificilmente são
encontradas em seu ambiente natural: a jia-pimenta, galo de campina (CPRH, s.d.).

5.3.4. Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP)

A Reserva Legal (RL) e as Áreas de Proteção Permanente (APP) são outros instrumentos
que auxiliam na proteção e uso sustentável dos recursos naturais dos biomas. O Código
Florestal brasileiro, instituto pela Lei nº 12.651/2012, determina que toda propriedade
rural mantenha uma área com cobertura de vegetação nativa, a título de RL, cuja função
é auxiliar na conservação e reabilitação dos processos ecológicos e promover a
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da
flora nativa.

Todavia, as APPs são áreas cujas características determinam a qualidade ambiental,


extrapolando o conceito da biodiversidade e abrangendo a função ambiental dos
recursos, primando pela conservação da qualidade ambiental e assegurando o bem estar
humano. Por definição e, de concordo com o Código Florestal, APPs são áreas de
preservação dos recursos hídricos, da paisagem, da estabilidade geológica, da
biodiversidade, do fluxo gênico de fauna e flora, e de proteção do solo, a fim de
assegurar o bem-estar das populações humanas. (MMA, 2011).

O Nordeste brasileiro possui, de acordo com a 4ª edição do Boletim Informativo do CAR


de 05 de junho de 2018, 72.782.093 hectares (ha) de áreas cadastradas, o equivalente a
1.574.745 imóveis rurais. O Estado de Pernambuco representa 7,37% (5.368.250 ha) da
área total cadastrada no Nordeste, dos quais 115.390 ha e 865.701 ha se referem,
respectivamente, à Área de Preservação Permanente e Reserva Legal (SFB, 2018).

105
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
No município de Arcoverde, de acordo com o SICAR (2018), existem 25.377,75 ha
cadastrados no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural, distribuídos em 853
imóveis. Na área de estudo do Reservatório Ipojuca, foram identificados 130 imóveis,
totalizando 7.854,65 ha, dos quais 587,38 ha são APP e 1.065 ha são RL (Figura 5.4).
Contudo, deve–se ressaltar que os dados cadastrados não foram homologados, de acordo
com a última atualização do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR,
2018). As áreas declaradas, majoritariamente, não apresentaram proposta de APP, o que
resultou em uma área inferior ao esperado, ao considerar a hidrografia da região da área
em estudo.

Figura 5.4. Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal na área de estudo do Reservatório Ipojuca.

106
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
6. MEIO SOCIOECONÔMICO

6.1. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA BACIA DO RIO IPOJUCA

Conforme já explicitado, a área de estudo do Reservatório Ipojuca faz parte da região


hidrográfica da bacia do rio Ipojuca, que abrange parcialmente o território de 25
municípios com cobertura territorial de 8.696,351 km2 que abriga uma população total
de 1.266.385 pessoas, conforme destaca o Quadro 6.1.

Quadro 6.1. População, área total, densidade demográfica e percentual da área ocupada na bacia dos
municípios sob influência da bacia do rio Ipojuca.
Área total Densidade demográfica Área na
Município População
(km2) (hab./km2) bacia (%)

Agrestina 22.679 200,581 112,58 0,04

Alagoinha 13.759 216,452 63,16 1,77

Altinho 22.353 452,523 49,18 0,08

Amaraji 21.939 234,956 93,37 1,76

Arcoverde 68.793 323,369 196,05 2,8

Belo Jardim* 75.986 647,697 111,83 6,83

Bezerros* 58.668 490,818 119,53 6,02

Cachoeirinha 18.819 179,262 104,98 0,05

Caruaru* 314.912 920,610 342,07 11,31

Chã Grande* 20.137 84,848 237,33 1,79

Escada* 63.517 342,201 183,07 5,68

Gravatá* 76.458 506,786 150,87 5,55

Ipojuca* 80.637 527,107 152,98 4,45

Pesqueira 62.931 980,875 63,21 17,42

Poção* 11.242 204,329 45,56 5,34

Pombos 24.046 239,876 118,35 1,95

Primavera* 13.439 113,112 121,97 2,6

Riacho das Almas 19.162 314,003 61,02 0,24

Sairé 11.240 189,365 59,36 2,25

Sanharó* 21.955 268,686 81,71 7,12

107
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Área total Densidade demográfica Área na
Município População
(km2) (hab./km2) bacia (%)

São Bento do Una 53.242 719,148 74,03 2,06

São Caetano* 35.274 382,465 92,23 7,49

Tacaimbó* 12.725 227,601 55,91 4,1

Venturosa 16.052 335,482 50,05 0,05

Vitória de Santo Antão 129.974 335,941 348,8 1,14

*Municípios com sede dentro da bacia.

Fonte: IBGE, 2010.

A população está em maior número em Vitória do Santo Antão (129.974), Gravatá


(76.458), Belo Jardim (75.986) e Arcoverde (68.793), e a maior parte está assentada nas
zonas urbanas dos municípios, com destaque para Arcoverde (91.10%), Gravatá
(89,44%), Caruaru (88,72%) e Vitória de Santo Antão (87,27%). A exceção cabe ao
município de Riacho das Almas, onde a população está localizada em maior parte na zona
rural (54%).

As maiores unidades territoriais estão representadas pelos municípios de Pesqueira, com


980,875 km2 de extensão, e Caruaru, com 920,610 km2, e as maiores densidades
populacionais evidenciadas em Vitória de Santo Antão (348,8 hab./km2) e Caruaru
(342,07 hab./km2).

Quanto à área ocupada pela bacia nos municípios, Pesqueira e Caruaru revelam as
parcelas mais expressivas de seus territórios inseridos na bacia, representadas por
17,42% e 11,31%, respectivamente.

Com uma extensão de 320 km, o Plano Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do rio
Ipojuca (2010) aponta uma área de cobertura de 3.435,34 km² no estado de Pernambuco,
cujos principais reservatórios são o Pão de Açúcar, Eng. Severino Guerra (Bitury),
Manuíno, Taquara, Pintada, Belo Jardim, Brejão, Menino Cipó, Serra dos Cavalos,
Guilherme de Azevedo, Caroá, Poção, Jenipapo, Boa Vista e São Caetano, e suas
nascentes estão localizadas na Serra do Pau D’arco, no município de Arcoverde.

Sob o monitoramento da ANA (2018), na plataforma online do Sistema de


Acompanhamento dos Reservatório (SAR), em 26/11/2018, foi registrado um total de 104
reservatórios no estado de Pernambuco, sendo 47 registrados com volume abaixo de
30% e 5 com volume acima de 90%. Na área da bacia do rio Ipojuca, a ANA detém o
monitoramento de 8 reservatórios, onde o Reservatório Belo Jardim encontra-se com
volume abaixo de 30%, os Reservatórios Brejo dos Coelhos, Guilherme Azevedo e Serra

108
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
dos Cavalos encontram-se com volume acima de 50%, os Reservatórios Duas Serras e
Manuíno encontram-se secos, e os Reservtaírios Jaime Nejaim e Pão de Açúcar aparecem
sem informações, conforme destaca o Quadro 6.2.

Quadro 6.2. Capacidade e volume dos reservatórios da bacia do rio Ipojuca monitorados pela Agência Nacional
de Águas.
Capacidade Data da
Reservatório Município Volume (%) Informação
(hm³)

Belo Jardim
Belo Jardim 30,74 6,49% 09/11/2018
(Ipojuca)

Brejo dos Coelhos São Caetano 0,36 73,14% 25/11/2018

Duas Serras Poção 2,03 Seco 01/09/2018

Guilherme
Caruaru 0,79 83,28% 25/11/2018
Azevedo

Jaime Nejaim Caruaru 0,6 Sem Informação -

Manuíno Bezerros 2,02 Seco 25/11/2018

Pão de Açúcar Pesqueira 34,23 Sem Informação -

Serra dos Cavalos Caruaru 0,61 55,85% 25/11/2018

Fonte: ANA, 2018.

Atualmente, a bacia do rio Ipojuca sofre com os impactos gerados pelas atividades
industriais, agropecuárias e antrópicas em decorrência da expansão urbana e da
exploração inadequada dos recursos naturais, assim como pelas diferentes formas de uso
e ocupação do solo.

Dentre as ações antrópicas evidenciadas às margens do rio Ipojuca, destacam-se: as


ocupações urbanas irregulares; as edificações; as áreas de extração de areia; as
pastagens; a deposição de resíduos e o solapamento promovendo o assoreamento; os
desmatamentos; a presença marcante de algaroba e de outras espécies invasoras, como
o bambu, nas matas ciliares; a aplicação de agrotóxicos na agricultura; a disposição
inadequada de vasilhames de agrotóxicos; a existência de olarias e usinas de cana de
açúcar; o plantio de cana de açúcar em Áreas de Proteção Permanente – APPs; a
presença de macrófitas; a existência de barragens; o lançamento de efluentes
domésticos e a presença de animais; entre outras atividades (GOVERNO DE
PERNAMBUCO, 2010).

Criado por meio da Resolução CRH Nº 02, de 24 de setembro de 2002, o Comitê da Bacia
Hidrográfica do rio Ipojuca é composto por 30 membros da sociedade civil, usuários da

109
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
água e representantes dos diversos setores da economia que, de forma participativa,
fazem a gestão integrada e descentralizada da água, mediando os conflitos,
estabelecendo mecanismos para o uso, sugerindo valores de cobrança pelo uso da água,
entre outros.

No contexto econômico, os municípios da bacia do rio Ipojuca contribuíram em 2015 com


R$ 26.208.336,26 para o PIB, representado, em especial, pela prestação de serviços
(40,15%), seguido da indústria (20,07%), da administração pública (18,19%), da
arrecadação de imposto (17,49%) e da agropecuária (4,10%). Dentre os municípios da
bacia que mais contribuíram para o PIB do estado estão: Ipojuca (8.764.228,85), Caruaru
(6.118.029,84) e Vitória do Santo Antão (3.072.737,65) (IBGE, 2015).

O cenário de desenvolvimento da população em relação à longevidade, educação e


renda, posiciona os municípios da bacia do rio Ipojuca de acordo com o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal1 (IDHM), pelo seguinte ranking: 1º Caruaru (0,677);
2º Arcoverde (0,667); 3º Vitória de Santo Antão (0,640); 4º Gravatá (0,634); 5º Escada
(0,632); 6º Belo Jardim (0,629); 7º Ipojuca (0,619); 8º Pesqueira (0,610); 9º Bezerros
(0,606); 10º Sanharó (0,603); 11º Alagoinha (0,599); 12º Chã Grande (0,599); 13º Altinho
(0,598); 14º Pombos (0,598); 15º São Bento do Una (0,593); 16º Agrestina (0,592); 17º
Venturosa (0,592); 18º São Caetano (0,591); 19º Sairé (0,585); 20º Amaraji (0,580); 21º
Primavera (0,58); 22º Cachoeirinha (0,579); 23º Riacho das Almas (0,570); 24º Tacaimbó
(0,554); 25º Poção (0,528). Os municípios que se encontram entre a 11ª e 25ª colocação
apresentam grau de desenvolvimento e de qualidade de vida baixo, enquanto os demais
exibem um índice médio, geralmente marcados por localidades cuja atividade econômica
está em processo de desenvolvimento.

De forma a viabilizar instrumentos que interiorizem o desenvolvimento e melhorem a


qualidade de vida dos pernambucanos, o estado foi subdividido em 12 Regiões de
Desenvolvimento (RD), por meio das quais atuam os comitês de articulação: RD Agreste
Central (Agrestina , Alagoinha , Altinho , Belo Jardim , Bezerros , Cachoeirinha Caruaru ,
Gravatá , Pesqueira , Poção , Riacho das Almas , Sairé , Sanharó , São Bento do Una , São
Caitano , Tacaimbó); RD Agreste Meridional (Venturosa); RD Mata Sul (Amaraji, Chã
Grande, Escada, Pombos, Primavera, Vitória de Santo Antão) ; RD Metropolitana (Ipojuca);
e RD Sertão do Moxotó (Arcoverde).

Considerando Arcoverde e a RD na qual ele está inserido, notam-se referências


comerciais, de prestação de serviços em saúde, educação e turismo, e de manifestações
culturais relevantes, com destaque para o São João de Arcoverde e para os grupos de

1
Diante da necessidade de conhecer a realidade do território nacional, o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH)1 foi adaptado aos municípios, sendo assim denominado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM), cujo indicador varia entre 0 e 1.

110
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
samba de coco, além de faculdades, aeródromo, um comércio que ocupa 20% da mão de
obra formal da RD e patrimônios histórico-culturais. Entre outros municípios da RD do
Sertão do Moxotó, estão: Betânia, Custódia, Ibimirim, Inajá, Manari e Sertânia.

Nesse contexto, o município de Arcoverde constitui-se em uma sede com potencialidade


para gerar emprego e renda, além de ser um polo de oportunidades para
empreendimentos de base local voltados ao turismo cultural, entre outras atividades
econômicas.

Com o intuito de aprofundar o estudo no município de Arcoverde, em agosto de 2018, a


equipe do Meio Socieconômico entrevistou órgãos municipais e 57 moradores do entorno
do Reservatório Ipojuca, por meio de reuniões e aplicação de questionários, cujas
informações coletadas subsidiaram a elaboração do presente diagnóstico e o
mapemamento preciso das comunidades inseridas no entorno do reservatório.

6.2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ARCOVERDE

Localização e Histórico

O município de Arcoverde está localizado na microrregião do Sertão do Moxotó e na


mesorregião do Sertão Pernambucano. Situado a 250 km da capital do estado, faz divisa
territorial ao Norte com o estado da Paraíba (municípios de São Sebastião do Umbuzeiro
e São João do Tigre), ao Sul com os municípios de Buíque e Pedra, a leste com o
município de Pesqueira, e a Oeste com o município de Sertânia, conforme ilustra a Figura
6.1, a seguir.

111
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Figura 6.1. Mapa político do município de Arcoverde.

Atualmente, a unidade territorial de Arcoverde ocupa uma área de 323,37 km², onde está
o distrito sede e 31 bairros urbanos (Alto do Cardeal, Alto da Serra, Batalha, Boa
Esperança, Boa Vista, Centro, Cidade Jardim, Cohab I, Cohab II, Coronel Siqueira Campos,
JK, Jardim da Serra, Loteamento Cardeal Arcoverde, Loteamento Anchieta Dali,
Loteamento Arco-íris, Loteamento Petrópolis, Loteamento Veraneio, Melancia, Novo
Arcoverde, Pôr do Sol, Santa Luzia, Santos Dumont, São Cristóvão, São Geraldo, São
Miguel, Sucupira, Tamboril, Vila São Francisco, Vila da Rodoviária. Vila São José e Maria
de Fátima Freire ou “Cidade de Deus”), sendo o bairro de São Cristóvão o mais populoso,
além dos povoados de Caraíbas, Serra das Varas, Aldeia Velha, Zumbi, Cocal, Açude
Velho, Pedreira, Salgadinho, Ipojuca, Malhada e Riacho do Mel.

A região na qual o município de Arcoverde se insere é datada de 1865, com a existência


das fazendas de criação de gado Bredos e Olho d'Água, pertencentes a João Nepomuceno
de Siqueira Melo e Manoel Pacheco do Couto, respectivamente.

À vista disso, Leonardo Couto, filho de Manoel, criou o povoado de Olho d’Água dos
Bredos, concedendo parte das terras para a construção da capela Nossa Senhora do
Livramento, onde foram feitos os primeiros registros de batizados.

Em 1909, o povoado teve o nome transferido para Barão do Rio Branco, que ficou
popularmente conhecido como Rio Branco. No mesmo período, o desenvolvimento
econômico de Rio Branco foi impulsionado pela criação de uma agência postal e
inauguração da linha férrea que interligava a região à capital.

112
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Tempos depois, a criação da feira de gado, a inauguração da iluminação pública e
particular e do Cine Rio Branco possibilitaram a consolidação da economia e, em 1928,
Rio Branco foi elevado à categoria de município.

Somente em 1943, o município teve seu nome alterado para Arcoverde por meio do
Decreto-lei estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943.

Os registros fotográficos do IBGE evidenciam o início da ocupação do território de


Arcoverde, com o plantio de agave, a existência de pequenas propriedades agrícolas e de
afloramentos de arenito, assim como a ocorrência de erosões em ravinas nas lavouras no
brejo do Vale do Mimoso (Fotos a seguir).

Foto 6.1.Plantação de Agave em Arcoverde (1953). Foto 6.2.Cidade de Arcoverde-PE (1956). Fonte: IBGE,
Fonte: IBGE, 2017a. 2017a.

Foto 6.3.Pequenas propriedades agrícolas no brejo Foto 6.4.Erosões em ravinas nas lavouras no brejo do
do Vale do Mimoso. Arcoverde (1956). Fonte: IBGE, Vale do Mimoso. Arcoverde (1956). Fonte: IBGE,
2017a. 2017a.

113
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.5.Vale do Rio Minoso em Arcoverde (1956). Foto 6.6.Afloramento de arenito. Arcoverde.
Fonte: IBGE, 2017a. Arcoverde (1956). Fonte: IBGE, 2017a.

Foto 6.7.Bandeira de Arcoverde.


População

O último censo do IBGE (2010) do município de Arcoverde apresenta uma população de


68.793 pessoas, que se encontra distribuída, em maior parte, na zona urbana do
território. Formada principalmente por mulheres, a média de moradores por domicílio é
de 3,38.

Tendo como base os censos, as contagens e as projeções intercensitárias da população


residente ao longo de 10 anos, observa-se uma média na taxa de crescimento anual de
1,07%, sendo verificado o declínio da população entre 2014 e 2015, a uma taxa anual de
-0,06%.

Entre 2006 e 2014, o crescimento progressivo da população teve uma taxa de 1,23%,
atingindo seu ponto máximo entre 2012 e 2013, quando a taxa anual foi de 3,18%. O
Quadro 6.3 apresenta os dados da população de Arcoverde, e a Figura 6.2 ilustra o
crescimento dessa população ao longo de 10 anos.

114
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Quadro 6.3. População de Arcoverde entre os anos de 2006 e 2015.

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

População 65.904 66.553 67.458 67.999 68.793 69.346 69.880 72.102 72.672 72.625

Fonte: DATASUS, 2015.

Figura 6.2. Crescimento da população de Arcoverde entre os anos de 2006 e 2015.

Fonte: DATASUS, 2015.

Considerando a área do entorno do Reservatório Ipojuca, encontra-se uma população


estimada em 619 pessoas, distribuídas ao longo dos territórios rurais das Fazendas
Mulungu, Quixaba e Vitória, dos Projetos de Assentamento Queimada da Onça e Serrote
Redondo, do Povoado Ipojuca e dos Sítios Asa Branca, Catarina, Cocau, Escondido,
Pedreira, Poços de Baixo, Poços de Cima, São Miguel e Sorriso, cuja média de moradores
por família é de 3,26.

A distribuição da maior parte da população no território de Arcoverde está fixada na zona


urbana (91,10%), sede do município, onde estão presentes os equipamentos
comunitários públicos ou privados necessários para atender as demandas básicas de
saúde, educação, segurança e lazer da população.

A parcela da população na zona rural do município corresponde a 8,90% da população


total (IBGE, 2010) e apresenta traços de agricultura familiar de subsistência, formada, em
especial, por pequenas propriedades rurais. Por vezes, é uma região com núcleos
populacionais aglomerados que formam os povoados, os sítios e as fazendas.

Entre 1991 e 2000, a taxa de crescimento da população total foi de 1,11%, a da


população urbana foi de 1,25%. Já a população rural apresentou uma taxa negativa,

115
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
indicando uma diminuição da população rural de -0,02%. A mesma taxa, no período entre
2000 e 2010, não apresentou variações no que se refere ao crescimento da população
total (1,11%) e condisse com uma taxa de incremento de 1,26% da população urbana e
um decréscimo de -0,28% da população rural.

No estado do Pernambuco, a taxa de crescimento da população entre 1991 e 2000 foi de


1,18%, e entre 2000 e 2010 foi de 1,06%, revelando taxas de aumento populacional com
valores aproximados aos números apresentados para Arcoverde.

O declínio da população rural é outro fato a ser considerado, mesmo que observado
lentamente. A Figura 6.3, a seguir, ilustra a população e a distribuição dela nas zonas
urbana e rural do município.

Figura 6.3. Registro da distribuição da população na zona urbana e rural de Arcoverde em 1991, 2000 e 2010.

Fonte: PNUD (1991, 2000, 2010).

Segundo dados do IBGE (2010), a distribuição por sexo no município de Arcoverde mostra
uma população constituída em maior número por mulheres (53%), situação
relativamente semelhante aos dados coletados em campo por meio de entrevistas para o
entorno do Reservatório Ipojuca, na qual a representação feminina foi de 54%, e aos
dados apresentados para o estado de Pernambuco, cuja composição por mulheres foi de
52%.

A estrutura etária da população em Arcoverde é predominantemente composta por


jovens e adultos, com indivíduos de até 14 anos (27%), de 20 a 29 anos (18%) e de
pessoas de 30 a 39 anos (14%) (IBGE, 2010), cuja taxa de fecundidade 2 da população é

2
Taxa de fecundidade é uma estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu
período reprodutivo, mantidas constantes as taxas observadas na referida data.

116
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
de 1,9, considerada acima da média quando comparada à taxa de fecundidade de
Pernambuco (1,94) e à brasileira (1,87) (PNUD, 2010).

Figura 6.5. Estrutura etária da população residente em Arcoverde.

IBGE, 2010.

No entorno do Reservatório Ipojuca, a faixa etária da população é representada, em


especial, pelas pessoas acima dos 60 anos (19,06%) e pelas crianças e adolescentes de
até 14 anos (18,58%). As demais faixas etárias, encontram-se relativamente equilibradas,
com indivíduos de 20 a 29 anos (13,89%), 40 a 49 anos (12,92%), 30 a 39 anos (12,60%),
50 a 59 anos (11,47%), 15 a 19 anos (11,15%), e, por fim, da população que não declarou
a idade, conforme mostra a Figura 6.6..

117
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Figura 6.6. Estrutura etária da população do entorno do Eeservatório Ipojuca.

Dados levantados pelo Programa de Uso e Conservação do Entorno e das Águas de Reservatórios
Artificiais, em agosto de 2018.

Dentre as características registradas para as mulheres que tiveram filhos, constata-se


uma população de mulheres inseridas no contexto de vulnerabilidade social, desprovidas
de instrução ou com ensino fundamental incompleto. De forma geral, ao confrontar as
taxas de fecundidades registradas em 1991 (2,9), em 2000 (2,8) e em 2010 (1,9), nota-se
o declínio dos valores no município, o que pode ser resultado da expansão da
urbanização, da participação da mulher no mercado de trabalho, assim como dos
investimentos nas últimas décadas em políticas públicas de saúde e educação.

Educação

O serviço de educação no município de Arcoverde é caracterizado principalmente por


instituições públicas de ensino que atendem a educação infantil e os ensinos
fundamental, médio, técnico, superior e especial, além da educação de jovens e adultos
(EJA) e creche.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep (2017),


juntamente com as secretarias estaduais e municipais de educação, divulgou os
resultados do Censo Escolar onde exibiu um total de 20.605 matrículas nos
estabelecimentos públicos e privados de ensino em Arcoverde.

Entre os registros de matrículas no município estão: 2.937 matrículas na educação


infantil; 11.846 no ensino fundamental; 3.100 no ensino médio; 2.089 no EJA; e 633
matrículas na educação especial. As matrículas relacionadas encontram-se distribuídas

118
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
entre 60 escolas públicas e privadas existentes no município, cuja concentração de
estudantes encontra-se reunida, principalmente, no ensino fundamental.

A Figura 6.7 apresenta o coeficiente de distribuição e o total de matrículas em Arcoverde


em 2017.

Figura 6.7. Coeficiente de distribuição e total de matrículas nos estabelecimentos públicos e privados de
ensino em Arcoverde.

Fonte: Inep – Censo Escolar, 2017.

Dentre os serviços de educação oferecidos em Arcoverde, a educação infantil e o ensino


fundamental encontram-se sob a responsabilidade da esfera administrativa municipal, e
o ensino médio é responsabilidade do estado.

Em reunião realizada no dia 08/08/2018 na Prefeitura Municipal, junto aos representantes


das Secretarias de Educação, Cultura e Comunicação e de Serviços Públicos e Meio
Ambiente, a coordenadora educacional, Sra. Glaucia Maria Lopez Gouveia, forneceu à
equipe do PACUERA informações sobre as instituições de ensino, bem como as matrículas
efetivadas em 2018, entre outras referências no âmbito da educação em Arcoverde.

119
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.8.Reunião realizada junto aos representantes Foto 6.9.Reunião realizada junto aos representantes
das Secretarias de Educação, Cultura e Comunicação, das Secretarias de Educação, Cultura e Comunicação,
e de Serviços Públicos e Meio Ambiente da Prefeitura e de Serviços Públicos e Meio Ambiente da Prefeitura
Municipal de Arcoverde-PE. (ago/2018). Municipal de Arcoverde-PE. (ago/2018).

Os dados divulgados pela Secretaria de educação apontam a gestão municipal de 27


escolas em Arcoverde, nas quais estão efetivadas um total de 6.887 matrículas. Dentre
as instituições de ensino que atendem as comunidades localizadas no entorno do
Reservatório Ipojuca estão as Escolas Municipais Manoel Lumba e Serafim de Brito,
localizadas no Povoado Aldeia Velha e Povoado Ipojuca, respectivamente, que ofertam a
etapa pré-escolar da educação infantil e o ensino fundamental à população.

De acordo com as informações disponibilizados, a Escola Municipal Manoel Lumba está


entre as 5 escolas do município com o maior número de estudantes na educação básica.

Foto 6.10. Escola Municipal Manoel Lumba. Aldeia Foto 6.11. Escola Municipal Serafim de Brito.
Velha 24L 719193,61/926743,19 Arcoverde-PE. Povoado Ipojuca. UTM 24 L 0726854/9080296.
(ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).
O acesso às instituições de ensinos médio, técnico e superior estão presentes somente
na sede municipal. Dessa forma, os estudantes das zonas mais afastadas da cidade
fazem o deslocamento em transportes que são oferecidos pela prefeitura. No Povoado
Ipojuca o transporte é ofertado nos 3 turnos escolares: matutino, vespertino e noturno.

120
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.12. Transporte escolar. Povoado Aldeia Velha. Foto 6.13. Transporte escolar. Zona rural. 24L
24L 719193,61/926743,19. Arcoverde-PE. (ago/2018). 719930,98/926163,09. Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.14. Transporte escolar. Zona rural. 24L Foto 6.15. Transporte escolar. Zona rural. 24L
719930,98/926163,09. Arcoverde-PE. (ago/2018). 719930,98/926163,09. Arcoverde-PE. (ago/2018).

As matrículas associadas aos serviços de educação especial encontram-se na perspectiva


da educação inclusiva, oferecidas na rede regular de ensino para educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Como parte da infraestrutura escolar, as escolas da esfera pública, estadual e municipal,


apresentam serviços de alimentação, saneamento, dependências, equipamentos,
tecnologia, acessibilidade, entre outros. Nas escolas de Arcoverde, 1.253 funcionários
fazem parte do quadro de profissionais envolvidos na dinâmica das atividades escolares.

O Quadro 6.4, a seguir, detalha a lista da infraestrutura escolar pública em Arcoverde,


considerando as escolas registradas pelo INEP (2017).

Quadro 6.4. Detalhamento da infraestrutura escolar estadual e municipal em Arcoverde.

Escolas Estaduais Escolas Municipais


Infraestrutura
(%) (%)

Escolas que fornecem alimentação 100% 100%

Escolas que fornecem água filtrada 80% 100%

121
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Escolas Estaduais Escolas Municipais
Infraestrutura
(%) (%)

Água via rede pública 93% 90%

Energia via rede pública 100% 100%

Esgoto via rede pública 87% 59%

Coleta de lixo periódica 100% 66%

Biblioteca 87% 31%

Cozinha 100% 100%

Laboratório de informática 87% 7%

Laboratório de ciências 40% 0%

Quadra de esportes 60% 14%

Sala para leitura 13% 21%

Sala para atendimento especial 73% 0%

Sanitário dentro do prédio da escola 100% 79%

Sanitário fora do prédio da escola 27% 21%

Impressora 87% 62%

Antena parabólica 27% 17%

Máquina copiadora 67% 34%

Retroprojetor 47% 28%

Televisão 93% 72%

Internet 100% 21%

Banda larga 73% 21%

Escolas com dependências acessíveis aos portadores


20% 10%
de deficiência

Escolas com sanitários acessíveis aos portadores de


33% 10%
deficiência

Fonte: Inep, 2017.

Para facilitar o acesso à tecnologia de informação e comunicação disponibilizadas por


meio da internet, foram inventariados 262 computadores nas escolas estaduais para o
uso dos alunos, enquanto nas escolas municipais os números foram de 20 equipamentos.
Ainda que as escolas municipais estejam presentes em maior número em Arcoverde, elas
apresentam infraestrutura reduzida nos quesitos dependência, equipamento, tecnologia
e acessibilidade.

122
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
A taxa de rendimento apresentada pelo INEP (2017) revela taxas de evasão escolar
intimamente relacionadas com a reprovação dos alunos. Em Arcoverde, os anos iniciais e
finais do ensino fundamental nas escolas públicas constituem as etapas com os maiores
índices de reprovação (12,4%) e, por consequência, um dos fatores do abandono escolar.

Entre outros fatores da evasão escolar, cabe destacar a necessidade de trabalhar, a falta
de interesse pela escola, dificuldades de aprendizado, doenças crônicas, problemas com
transporte escolar, falta de incentivo dos pais e a estrutura precária.

A Escola Manoel Lumba, que também atende o entorno do reservatório Ipojuca, se


destaca negativamente no município de Arcoverde pelo baixo percentual de rendimento
associado às baixas taxas de aprovação em todas as séries e disciplinas. O espaço físico
escolar apresenta estrutura precária: salas pequenas, ambientes com pouca ventilação,
carteiras e paredes malconservadas e iluminação e instalações hidráulicas/sanitárias
inadequadas, condições que podem, também, comprometer a saúde da comunidade
escolar em geral, assim como a qualidade do ensino e aprendizado dos alunos.

Foto 6.16. Sala de aula: Escola Municipal Manoel Foto 6.17. Armazenamento inadequado de água:
Lumba. Povoado Aldeia Velha. 24L Escola Municipal Manoel Lumba. Povoado Aldeia
719193,61/926743,19. Arcoverde-PE. (ago/2018). Velha. 24L 719193,61/926743,19. Arcoverde-PE.
(ago/2018).

O Quadro 6.5 apresenta os dados com as taxas de rendimento escolar das escolas
públicas de Arcoverde a partir da soma da quantidade de alunos aprovados, reprovados e
que abandonaram a escola ao final do ano letivo em 2016. Os maiores índices de
reprovação e abandono foram observados nos anos iniciais da educação básica, com um
percentual de 7,4% e 1,3%, respectivamente. Já os altos índices de aprovação estiveram
relacionados ao ensino médio, com taxas de 96,7%.

123
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Quadro 6.5. Taxas de rendimento escolar nas escolas públicas de Arcoverde.

Etapa escolar Reprovação Abandono Aprovação

Anos iniciais 7,4% 1,3% 91,3%

Anos finais 5,0% 0,5% 94,5%

Ensino médio 3,3% 0% 96,7%

Fonte: INEP, 2017.

De acordo com a série histórica do Índice de Desenvolvimento da Educação de


Pernambuco (IDEPE) 3, a qualidade de ensino em Arcoverde registrou, no período entre
2013 e 2015, indicadores de qualidade da educação relativamente estáveis entre 2013 a
2015, queda em 2016, e em 2017 a retomada do crescimento do IDEPE nos anos finais
do ensino fundamental. A Figura 6.8 ilustra o IDEPE do período em referência
apresentado pela Secretaria de Educação de Arcoverde.

Figura 6.8. Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE) registrado entre 2013 e 2017 nos
anos finais do ensino fundamental nas escolas de Arcoverde.

Fonte: Informações disponibilizadas pela Secretaria de Educação de Arcoverde, 2017.

Dentre as instituições de ensino técnico e superior registradas em Arcoverde estão: a


Escola Superior de Saúde de Arcoverde – ESSA, o Centro de Ensino Superior de Arcoverde
- CESA, a Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, o Centro Universitário Leonardo da
Vinci – UNIASSELVI, a Escola Técnica Estadual (ETE) Prof. Francisco Jonas Feitosa Costa e
o Centro de Ensino e Aperfeiçoamento Profissional – CETA.

3
Permite medir anualmente a qualidade da educação de Pernambuco, considerando os resultados da avaliação
do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEPE) em Língua Portuguesa e Matemática dos alunos das 4ª e
8ª séries do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio, assim como a média de aprovação dos alunos.

124
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A ESSA e a CESA são instituições de ensino superior administradas pela Autarquia de
Ensino Superior de Arcoverde – AESA, criada por meio da Lei Municipal nº 1.370, de
26/06/1978. Essas instituições se localizam no mesmo espaço físico e oferecem à
população os cursos de história, biologia, enfermagem, geografia, educação física, letras,
matemática, pedagogia, psicologia, farmácia, fisioterapia e gestão comercial.

A UNOPAR e a UNIASSELVI funcionam em polos que atuam na modalidade Educação à


Distância (EAD) e ofertam inúmeras opções de cursos de graduação e pós-graduação.

Dentre as instituições de ensino técnico, o CETA se apresenta com cursos técnicos em


enfermagem, radiologia, segurança do trabalho, instrumentação cirúrgica, enfermagem
no trabalho, administração, análise clínica e de agente comunitário de saúde; e a ETE
Prof. Jonas Costa disponibiliza o ensino médio integrado aos cursos técnicos em redes de
computadores, logística, segurança do trabalho, administração, teatro e eventos, bem
como cursos técnicos à distância de informática, segurança do trabalho, administração,
recursos humanos, logística, biblioteconomia, secretariado escolar e meio ambiente.

Foto 6.18. Campus ESSA-AESA-CESA. Arcoverde-PE. Foto 6.19. Campus ESSA-AESA-CESA. Arcoverde-PE.
24L 712627,20/930397,67 Arcoverde-PE. (ago/2018). 24L 712566,46/930305,19. Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.20. Campus ESSA-AESA-CESA. 24L Foto 6.21. Polo UNIASSELVI. 24L
712627,35/930366,95. Arcoverde-PE. (ago/2018). 714612,75/931052,79. Arcoverde-PE. (ago/2018).

125
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Outra instituição que atua na área de educação em Arcoverde é a Fundação Terra. Criada
em meados de 1980, pelo Padre Airton Freire, a Fundação Terra é uma instituição
beneficente de ação social que tem como objetivo a superação da pobreza por meio da
educação, saúde e de ações sociais.

Atualmente, a instituição localizada na popularmente conhecida Rua do Lixo, é


mantenedora de uma creche que atende cerca de 30 crianças no período integral, um
centro de ensino profissionalizante para jovens, no qual são oferecidos cursos gratuitos
de informática e soldagem, uma biblioteca de acesso público, entre outras infraestruturas
que atendem o desenvolvimento de outros projetos da Fundação.

Em entrevista com o funcionário da portaria, ele forneceu informações sobre a Fundação


Terra e apresentou alguns espaços de convivência onde as ações sociais são realizadas.

Foto 6.22. Entrada principal da Fundação Terra. Foto 6.23. Entrevista com o funcionário da Fundação
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 711747E / 9069753N). Terra. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 711747E /
Arcoverde-PE. (ago/2018). 9069753N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.24. Escola de Soldagem mantida pela Foto 6.25. Biblioteca Notre Dame mantida pela
Fundação Terra. Fundação Terra. (Coord. SIRGAS Fundação Terra. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
2000, UTM 24L, 711747E / 9069753N). Arcoverde-PE. 711747E / 9069753N). Arcoverde-PE. (ago/2018).
(ago/2018).

126
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Foto 6.26. Fechada principal da creche mantida pela Foto 6.27. Sala da creche mantida pela Fundação
Fundação Terra. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, Terra. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 711747E /
711747E / 9069753N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 9069753N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

No contexto geral, mais da metade população não possui grau de instrução ou iniciou o
ensino fundamental sem a conclusão dessa etapa (58,04%), seguida daquelas com
ensino médio completo (21,26%) e da população que concluiu o ensino fundamental
(13,97%). A parcela da população com ensino superior completo (6,43%) é pequena,
assim como os registros indeterminados (0,40%) (IBGE, 2010). A Figura 6.9 ilustra o grau
de instrução por amostra da população em Arcoverde.

Figura 6.9. Escolaridade por amostra da população de Arcoverde.

Fonte: IBGE – Censo demográfico 2010: Educação – resultados por amostra.

Na área do entorno do Reservatório Ipojuca, a maior parte da população declarou não ter
concluído o ensino fundamental (54,39%), seguido daquelas pessoas que concluíram o
ensino médio (17,54%), dos analfabetos (15,79%), e, por fim, das pessoas com o ensino

127
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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fundamental completo (8,77%) e daquelas que revelaram estar matriculadas na
Educação de Jovens e Adultos (EJA), conforme detalha a Figura 6.10.

Figura 6.10. Escolaridade da população do entorno do Reservatório Ipojuca.

Informações levantadas pelo Programa de Uso e Conservação do Entorno e das Águas de Reservatórios Artificiais, item 12, do
PBA do Ramal do Agreste (ago/2018).

Analfabetismo

Conceitualmente, analfabetismo é o desconhecimento do alfabeto, ou seja, a


incapacidade de ler e escrever, no entanto, atualmente, o analfabetismo pode ser
classificado como funcional e digital, sendo o analfabetismo funcional relacionado
àquelas pessoas que mesmo tendo aprendido a decodificar minimamente a escrita, não
desenvolveram a capacidade de interpretação, e o analfabetismo digital relacionado
àquelas pessoas incapazes de obter informações pelos meios digitais ou qualquer outro
meio ligado a computadores.

De acordo com informações do DATASUS (2010) a taxa de analfabetismo consta em


declínio. Para o município em referência, foram registradas as taxas de analfabetismo
para a população acima de 15 anos: 29,82% em 1991, 21,73% em 2000, e 16,76% em
2010. Taxas essas, que se encontram acima da média nacional.

Em 2010, o estado de Pernambuco foi enquadrado como o oitavo colocado no ranking


dos estados com a maior taxa de analfabetismo de 17,43%, sendo 26,51% dos
analfabetos identificados na região do agreste e 24,42% no sertão pernambucano.

O índice de analfabetismo e a baixa escolaridade da população jovem constituem um dos


principais desafios para o município em análise, principalmente jovens e adultos em
128
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idade produtiva que não concluem os oito anos de ensino fundamental. Esta questão
incide diretamente na qualificação profissional, que também se apresenta como um dos
problemas a serem enfrentados, de modo a alcançar-se um estágio de desenvolvimento
humano e local satisfatório.

Conforme detalhado no quadro sobre a escolaridade da população do entorno do


Reservatório Ipojuca, 15,79% das pessoas entrevistadas declararam-se analfabetas, com
pouca ou nenhuma habilidade para a leitura e escrita do próprio nome.

Saúde

A infraestrutura de saúde em Arcoverde é composta por estabelecimentos de saúde que


estão organizados por meio da Rede de Atenção à Saúde – RAS do Sistema Único de
Saúde – SUS, e se encontra estruturada em torno da Rede de Atenção Básica, Rede de
Vigilância em Saúde, Rede de Atenção Especializada, Rede de Atenção Psicossocial, Rede
de Gestão, Rede de Urgência e Emergência, e Rede Complementar.

Segundo a Política Nacional de Atenção Básica, “a Atenção Básica caracteriza-se por um


conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e
a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação
e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a
populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade
sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas
populações”. Em Arcoverde a Rede de Atenção Básica encontra-se estruturada por meio
de 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 4 Núcleos Ampliados de Saúde da Família
(NASF), 5 Unidades de Apoio, representadas pelos Postos de Saúde, e 1 Unidade
Odontológica Móvel.

A Rede de Vigilância em Saúde implementa ações de vigilância, prevenção e controle de


doenças transmissíveis, assim como a verificação de fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças, a saúde ambiental e sanitária no município, que é
composta por 1 Centro de Vigilância em Saúde.

A Rede de Atenção Especializada compreende os serviços à população que demandam


alta tecnologia e custo. Geralmente, os serviços estão relacionados com: a assistência
aos procedimentos de diálise e oncológicos, as cirurgias (cardiovascular, vascular e
cardiovascular pediátrica); os procedimentos da cardiologia intervencionista; a
assistência em traumato-ortopedia; os procedimentos de neurocirurgia; a assistência em
otologia; as cirurgias de implante coclear; as cirurgias das vias aéreas superiores e da
região cervical; as cirurgias da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; os

129
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procedimentos em fissuras lábio palatais; as reabilitações protéticas e funcionais das
doenças da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; a assistência aos
pacientes portadores de queimaduras; as distrofias musculares progressiva; entre outros.

Em Arcoverde a Atenção Especializada integra: 1 Centro de Especialidades Médicas, 1


Centro de Atenção à Saúde da Mulher, 1 Centro de Atenção à Saúde do Idoso, 1 Centro
de Especialidades Odontológicas; 1 Centro de Fisioterapia, 1 Centro de Testagem de HIV /
Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA, 1 Serviço de Assistência Especializada –
SAE em HIV/AIDS, 1 Laboratório de Análises Clínicas e 1 Centro de Regulação.

Considerando a Política Nacional da Saúde Mental (2001) e a Portaria N° 3.088, de


23/12/2011, que institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas, o município de Arcoverde dispõe de: 1 Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II e
1 Centro de Atenção Psicossocial – CAPS III. O CAPS II faz o atendimento de pessoas com
transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aquelas com necessidades de
tratamento decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. E no CAPS III são
ofertados os serviços de atenção contínua 24 horas com retaguarda clínica e acolhimento
noturno, além de outros serviços de saúde mental, inclusive o Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS AD.

A Rede de Urgência e Emergência é constituída das interfaces de saúde que atendem os


usuários em situação de urgência e emergência. Fazem parte dos serviços básicos a
atenção primária, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), as Unidades de
Pronto Atendimento (UPA) com funcionamento 24h, os hospitais, entre outros serviços.
Em Arcoverde esses serviços são referências por meio de 1 Policlínica e 1 Unidade de
Pronto Atendimento (UPA).

A Rede Complementar consiste nos serviços de saúde em caráter complementar, da qual


fazem parte a atuação da iniciativa privada com ou sem fins lucrativos, cujos serviços
costumam ser formalizados mediante contrato ou convênio. A infraestrutura da Rede
Complementar que atende Arcoverde é formada por 1 Hospital Regional, 1 Centro de
Reabilitação Mens Sana, 1 Laboratório Banco de Sangue da Fundação de Hematologia e
Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), 1 Serviço de Hemodiálise – SOS RIM, 5
Laboratórios de Análises Clínicas, 1 Serviço de Mamografia, 1 Unidade de Pronto
Atendimento de Especialidades (UPAE), 1 Serviço de Oncologia e Quimioterapia do
Hospital Memorial de Arcoverde e do Instituto Rio Branco de Inovação em Saúde e
Educação.

Como forma de organizar, monitorar e avaliar os serviços de saúde ofertados à


população, uma Central de Gestão de Saúde funciona no município fazendo o
130
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agendamento de consultas, exames, e demais procedimentos. A Central de Gestão
possibilita ainda, a avaliação da qualidade dos serviços de saúde disponíveis em
Arcoverde.

Outras entidades privadas, tais como a Clínica Cardiológica Acordis Dr. Augusto César
Amorim, o Laboratório de Citologia e Análises Clínicas Citolac, a Clínica de Diagnóstico
por Imagem Diimagem Dr. Gildo Nery Padilha Filho, o Centro Clínico CTA, a Clínica Dra.
Gertrudes Diniz Goiana Leal, entre outros estabelecimentos, atuam na área de saúde em
Arcoverde.

Foto 6.28. Hospital Memorial Arcoverde. (Coord. Foto 6.29. Memorial Centro Médico. (Coord. SIRGAS
SIRGAS 2000, UTM 24L, 712344E / 9069278N). 2000, UTM 24L, 712319E / 9069311N). Arcoverde-PE.
Arcoverde-PE. (ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.30. Clínica Cardiológica Acordis Dr. Augusto Foto 6.31. Laboratório de Citologia e Análises
César Amorim. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, Clínicas Citolac. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
714099,88E / 931142,38n). Arcoverde-PE. (ago/2018). 714030,51e / 931234,26N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

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Foto 6.32. Clínica Dra. Gertrudes Diniz Goiana Leal. Foto 6.33. CTE Centro Clínico. (Coord. SIRGAS 2000,
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714243,61E / UTM 24L, 714182,42E / 931450,10N). Arcoverde-PE.
931450,41N). Arcoverde-PE. (ago/2018). (ago/2018).

Dentre as unidades de saúde que atendem a população da zona rural, estão as UBS’s e
os Postos de Saúde, localizados nos povoados Caraíbas, Vila Canadá, Aldeia Velha, Riacho
do Meio e Ipojuca, e nos Sítios Descobrimento, Gravatá, Gravatá das Varas e Malhada.

O estabelecimento estadual que se destaca é o Hospital Regional Ruy Barros Correia. A


unidade realiza os atendimentos de média complexidade para a população de 13
municípios da região de Arcoverde e é referência na assistência materno-infantil.
Inaugurado no ano de 1953, o hospital atende diversas especialidades ambulatoriais
(dermatologia, pneumologia, urologia, psiquiatria, traumatologia-ortopédica,
otorrinolaringologia, psicologia, ginecologia) e emergenciais (cirurgia-geral, clínica
médica, obstetrícia, ortopedia, pediatria). O hospital dispõe de 120 leitos, 570
funcionários e 85 médicos, e faz, por mês, cerca de 4 mil atendimentos de emergência,
400 atendimentos ambulatoriais e 150 partos.

A UPAE que atende Arcoverde é a UPAE Deputado Áureo H. Bradley e conta com
consultório e centros de apoio ao diagnóstico e exames. Entre as especialidades médicas
oferecidas estão: oftalmologia, otorrinolaringologia, neurologia, ortopedia e cardiologia.

No que diz respeito aos leitos de internação, o município apresenta um total de 173
camas para o acolhimento de pacientes: 69 na esfera pública e 104 na privada (IBGE,
2009).

Entre outros indicadores utilizados para análise da situação de saúde de Arcoverde estão
as mortalidades e as morbidades hospitalares listadas no município em estudo. O número
de óbitos registrados por internação no SUS, em 2017, foi de 403, e no período de janeiro
a abril de 2018, o número foi de 146. Já a mortalidade em residência foi de 226, em
2017, e 91 no mesmo período supracitado de 2018. (MS, 2018).

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As morbidades hospitalares estiveram relacionadas na maioria dos casos a ocorrências
de doenças infecciosas e parasitárias (24,59%), doenças do aparelho respiratório
(21,31%) e doenças do aparelho circulatório (17,21%). Uma pequena parcela das
morbidades hospitalares foi associada às neoplasias ou tumores (10,66%), às doenças do
aparelho digestivo (8,2%), do aparelho geniturinário (5,74%), às originadas no período
perinatal (4,1%), às lesões, envenenamentos e causas externas (3,28%), às causas
endócrinas, nutricionais e metabólicas (1,64%), do sangue, hematológica e transtorno
imunitários (1,64%), osteomuscular e do tecido conjuntivo (0,82%), e sintomas, sinais e
achados anormais em exames clínicos e laboratoriais (0,82%), conforme ilustra a Figura
6.11 a seguir (IBGE, 2014).

Figura 6.11. Morbidades hospitalares listadas no município de Arcoverde.

Sintomas, sinais e achados anormais em… 0,82%


Neoplasias (tumores) 10,66%
Lesões, envenenamentos e causas extrernas 3,28%
Sangue, órgãos hematológicos, transtorno… 1,64%
Osteomuscular e tecido conjuntivo 0,82%
Originadas no período perinatal 4,10%
Infecciosas e parasitárias 24,59%
Endócrinas, nutricionais e metabólicas 1,64%
Aparelho respiratório 21,31%
Aparelho geniturinário 5,74%
Aparelho digestivo 8,20%
Aparelho circulatório 17,21%

Fonte: IBGE, 2014b.

Mortalidade Infantil

Com base nas referências dos dados coletados pelo IBGE (2014b), a taxa de mortalidade
infantil corresponde à frequência com que ocorrem os óbitos infantis, menores de um
ano, em uma população, em relação ao número de nascidos vivos em determinado ano,
sendo o coeficiente expressado para cada mil crianças nascidas vivas. Nesse contexto, a
taxa média de mortalidade infantil apresentada para Arcoverde foi de 11,23 óbitos por
mil nascidos vivos, que podem estar associadas a variáveis socioeconômicas diversas,
tais como habitação e grau de instrução.

Ainda que o Brasil apresente um declínio nas taxas de mortalidade infantil, os números
ainda são elevados. Estudos que analisaram as causas de morte na infância, nos últimos
25 anos, revelaram a redução da mortalidade mais expressiva nos estados da região

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Nordeste. Os dados apontam os óbitos por doenças transmissíveis, afecções maternas,
neonatais e nutricionais como as principais causas de morte em 2015. Mudanças
positivas ocorreram para as doenças diarreicas, que eram consideradas umas das
principais causas de morte em 1990, o que infere melhorias nas condições sanitárias e
nutricionais do país. As anomalias congênitas já ocupam o primeiro posto entre as causas
de morte em quase metade dos estados. Em destaque, são descritas as causas externas,
tais como acidentes e violência, entre as 15 principais causas de morte em menores de 5
anos, tornando-se um importante problema de saúde pública para as famílias e para a
sociedade (FRANÇA et al., 2017).

Infraestrutura

Entre os vários fatores relevantes para avaliar a condição de infraestrutura urbana e rural
estão o atendimento dos serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, coleta de lixo, entre outros. No município de Arcoverde, apesar da
infraestrutura ter melhorado nos últimos anos, as condições de saneamento ainda são
precárias, em especial na zona rural do município, necessitando de recursos e empenho
político para a transformação do cenário atual.

O IBGE (2010) destaca a paisagem urbana constituída por 82.5% dos domicílios inseridos
em locais de vias públicas com arborização; e 4% dos domicílios urbanos em vias
públicas com urbanização adequada, ou seja, com a presença de bueiros, calçadas,
pavimentação e meio-fio.

Esgotamento Sanitário

De acordo com a ANA (2013), apenas 6% da população urbana do município de


Arcoverde apresenta condições adequadas de esgotamento sanitário, sendo 3% dos
efluentes tratados em fossas sépticas e 3% dos efluentes ligados a outros sistemas de
coleta e tratamento. Na zona rural, os dados do IBGE (2010) caracterizam o esgotamento
sanitário pelo lançamento dos efluentes em fossas rudimentares (40,22%), em fossas
sépticas (22,71%) e pela ausência de esgotamento sanitário (17,50%).

Para fins de adequação do sistema de esgotamento sanitário no município de Arcoverde,


a ANA (2013) estima um investimento acima de 79 milhões no sistema de coleta e de
mais de 12 milhões no tratamento dos efluentes.

Nos questionários aplicados pela equipe do PACUERA no entorno do Reservatório Ipojuca,


66,67% dos domicílios fazem o uso de fossas rudimentares, 17,54% despejam os
efluentes líquidos à céu aberto, 14,04% utilizam fossas sépticas, e 1,75% dos moradores
não souberam informar sobre o esgotamento sanitário da residência.

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A Figura 6.13 apresenta os dados coletados na área do entorno do Reservatório Ipojuca
por tipo de esgotamento sanitário

Figura 6.13. Tipo de esgotamento sanitário na área do entorno do Reservatório Ipojuca.

Fonte: Informações levantadas pela equipe técnica responsável pelo Programa de Uso e Conservação do
Entorno e das Águas dos Reservatórios Artificiais, item 12 do PBA do Ramal do Agreste, em agosto de 2018.

No entorno do reservatório em estudo, nas comunidades mais próximas às margens do


rio Ipojuca, o esgotamento sanitário apresenta sistemas inadequados de lançamento de
efluentes líquidos, caracterizados, em especial, pelo esgoto a céu aberto e fossas
rudimentares, que, certamente, comprometem a qualidade do corpo d’água ali presente.

Na área de estudo, as instalações sanitárias são marcadas por banheiros dentro de casa
em 82,46% dos domicílios e fora de casa em 15,79% das residências. Apenas 1,75% das
moradias declararam não haver sanitários em suas residências, conforme ilustra a Figura
6.14.

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Figura 6.14. Caracterização das instalações sanitárias das residências localizadas no entorno do Reservatório
Ipojuca.

Fonte: Informações levantadas pela equipe técnica responsável pelo Programa de Uso e Conservação do Entorno e das Águas
dos Reservatórios Artificiais, item 12 do PBA do Ramal do Agreste, em agosto de 2018.

Os banheiros fora de casa foram identificados nas comunidades do PA Serrote Redondo e


nos Sítios Asa Branca, Cocau, Floresta, Pedreira e Poços de Cima.

Nesses registros algumas propriedades foram identificadas com módulos sanitários


instalados pela Fundação Nacional de Saúde – FUNASA por meio do Projeto de Melhorias
Sanitárias Domiciliares, que teve como o objetivo atender às necessidades básicas de
saneamento das famílias com a instalação de vaso sanitário, banheiro, lavatório, tanque
séptico e sumidouro. Em outras residências, os banheiros fora de casa figuravam-se em
locais improvisados com valas abertas no chão.

No registro do domicílio sem banheiro, os moradores fazem o uso das imediações de suas
casas para as necessidades fisiológicas, onde compartilham o espaço com a criação de
animais, entre outras atividades agrícolas praticadas na propriedade, como é o caso da
Fazenda Catarina.

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Foto 6.34. Fossa séptica, parte do módulo sanitário Foto 6.35. Módulo sanitário domiciliar instalado
domiciliar instalado FUNASA. Sítio Cocau. (Coord. FUNASA. Sítio Cocau. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
SIRGAS 2000, UTM 24L, 721714,92E / 924389,93N). 721714,92E / 924389,93N). Arcoverde-PE. (ago/2018).
Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.36. Fossa rudimentar. Sítio Poços de Baixo. Foto 6.37. Lançamento de efluentes líquidos não
Arcoverde-PE. (ago/2018). tratados em rios. Sítio Poços de Baixo. Arcoverde-PE.
(ago/2018).

Foto 6.38. Lançamento de efluentes líquidos não Foto 6.39. Fossa rudimentar. (Coord. SIRGAS 2000,
tratados em rios. PA Queimada da Onça. (Coord. UTM 24L, 728068,82E / 920766,04N). Arcoverde-PE.
SIRGAS 2000, UTM 24L, 718110,10E / 923142,55N). (ago/2018).
Arcoverde-PE. (ago/2018).

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Abastecimento de Água

O abastecimento urbano de água é feito pela Companhia Pernambucana de Saneamento


– Compesa a partir de dois mananciais existentes: Açude Riacho do Pau e Poços Jatobá,
cuja participação no abastecimento do município é de 96% e 4%, respectivamente.Em
2013, 6% da população urbana era atendida pelos serviços de abastecimento adequado
de água em Arcoverde, ao passo que a demanda urbana foi de 162 L/s (ANA, 2015)

A adutora do Jatobá faz parte de um sistema integrado de distribuição cuja captação


extrai água do Aquífero Tacaratu, situado em Ibimirim, e de poços artesianos que
também abastecem o município de Sertânia. Já a barragem Riacho do Pau encontra-se
localizada no município de Pedra e faz parte de um sistema isolado de abastecimento.
Em 2015, foi demandado pela Agência Nacional de Águas um novo manancial para o
atendimento da demanda de água, assim como a ampliação do sistema de
abastecimento no município de Arcoverde, cujo investimento foi estimado em R$
1.437.834.242,07 para adequar o abastecimento de água.

Para tornar a água captada no Açude Riacho do Pau própria para o consumo humano,
utiliza-se uma Estação de Tratamento de Água (ETA) do tipo convencional, onde a água
recebe o tratamento de cloração e é armazenada em reservatórios apoiados que
abastecem de imediato a zona urbana de Arcoverde. Da mesma forma, a água
proveniente do Eixo Leste do PISF que alcançará o Reservatório Ipojuca, seguirá para
uma Estação de Tratamento de Água (ETA), para torná-la própria para o consumo, e
assim garantirá o abastecimento de água para a região.

Na zona rural é possível identificar o suprimento de água proveniente dos açudes,


barragens, poços, cisternas, cacimbas, e até mesmo de outros municípios, quando a água
é comprada por meio de carros-pipas.

Dentre entrevistados no presente estudo, 49,12% da população ressalta que caso haja
restrição de uso e acesso à água do reservatório, conflitos podem ser gerados entre o
empreendedor e as comunidades do entorno, tendo em vista a escassez de recursos
hídricos na região, o alto valor da água comprada, assim como a proximidade das
comunidades do reservatório. A percepção sobre os possíveis conflitos se sobressai,
principalmente nas comunidades do PA Serrote Redondo e Povoado Ipojuca. Outros
42,11% da população da área de estudo não veem problemas quanto às possíveis
restrições de uso, e 8,77% não souberam responder à pergunta, conforme ilustra a Figura
6.15.

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Figura 6.15. Percepção da comunidade da área de estudo quanto aos possíveis conflitos de uso do
entorno do Reservatório Ipojuca.

Fonte: Informações levantadas pela equipe técnica responsável pelo Programa de Uso e Conservação
do Entorno e das Águas dos Reservatórios Artificiais, item 12 do PBA do Ramal do Agreste, em agosto
de 2018.

Contudo, a expectativa geral das comunidades do entorno do Reservatório Ipojuca é de


que as águas do futuro reservatório possam garantir o abastecimento de água nas
comunidades circunvizinhas. As comunidades do entorno do reservatório enfrentam
graves problemas relacionados ao uso da água. Diferentes formas de abastecimento de
água para o consumo, para a produção de alimentos e para a criação de animais foram
observadas em campo, cujas práticas de suprimento contemplam cisternas, açudes,
barreiros, sistemas coletivos de distribuição de água e poços.

Considerando que os açudes, barreiros e corpos hídricos encontram-se secos na maior


parte do tempo ou que contêm água imprópria para o consumo humano, as residências
ostentam mais de uma forma de abastecimento, sendo comum, também, a compra de
água pela população por meio de caminhões pipa. Geralmente, a água adquirida é
armazenada em bombonas plásticas, caixas d’água sem vedação adequada e cisternas
de polietileno e convencionais, e são destinadas, na maior parte dos casos, ao consumo
humano. No decorrer das entrevistas, alguns moradores declararam que a água
consumida pelas comunidades do entorno do reservatório é originária da sede de
Arcoverde e do município de Buíque.

Os sistemas coletivos de distribuição de água são representados por pontos específicos


dentro das comunidades mais povoadas, que são regularmente abastecidas pelo
Exército. No entorno do Reservatório Ipojuca estes pontos de abastecimento comunitário
localizam-se ao lado da Escola Municipal Serafim de Brito, no Povoado Ipojuca, na
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propriedade do Sr. Luizinho, no Sítio Poços de Baixo, e ao lado da igreja localizada no
Sítio Cocau. No entanto, os moradores reclamam da gestão de distribuição da água e
dizem que os proprietários dos pontos localizados em propriedades particulares limitam o
acesso da população à água.

Diferentemente do sistema coletivo de abastecimento, o único poço identificado na área


do entorno do reservatório está localizado dentro do Sítio Escondido, e configura uma das
fontes de abastecimento de água da propriedade do Sr. Detinho, curiosamente, uma das
propriedades economicamente mais desenvolvidas no entorno do Reservatório Ipojuca.

As cisternas do tipo calçadão foram identificadas em algumas propriedades da área em


estudo. Tal tecnologia permite captação da água da chuva por meio de um calçadão de
cimento de 200 m² construído sobre o solo, onde a água captada é utilizada na irrigação
dos quintais produtivos e na criação de animais. O sistema permite, ainda, a secagem de
alguns grãos, como feijão e milho, e das raspas de mandioca. Cabe destacar, que as
cisternas do tipo calçadão da área do entorno do Reservatório Ipojuca foram implantadas
pelo Projeto Uma Água e Duas Vidas por meio da rede Articulação Semiárido Brasileiro –
ASA.

Foto 6.40. Ponto de abastecimento de água pelo Foto 6.41. Cisterna calçadão. Sítio Cocau. (Coord.
Exército. Povoado Ipojuca. (Coord. SIRGAS 2000, UTM SIRGAS 2000, UTM 24L, 721714E / 924389N).
24L, 726850E / 9080314N). Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

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Foto 6.42. Cisterna convencional para o Foto 6.43. Cisterna convencional para o
armazenamento de água. PA Queimada da Onça. armazenamento de água. PA Serrote Redondo.
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 717374,88E/ (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 724347,03E/
923292,50N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 924342,00N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.44. Caixa d’água para o armazenamento de Foto 6.45. Bombona plástica para o armazenamento
água. Sítio Poços de Baixo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM de água. PA Serrote Redondo. (Coord. SIRGAS 2000,
24L, 724347,03E / 924342,00N). Arcoverde-PE. UTM 24L, 724018,64E / 922742,41N). Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.46. Barreiro de captação de água. Sítio Foto 6.47. Barreiro da nascente do rio Ipojuca de
Mulungu. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 724864,13E / captação de água. Sítio Pedreira. (Coord. SIRGAS
919028,56N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 2000, UTM 24L, 715975,89E / 921534,06N).
Arcoverde-PE. (ago/2018).

141
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Coleta e Destinação do Lixo

A coleta dos resíduos no município de Arcoverde é realizada de forma não seletiva e os


resíduos urbanos coletados pela Prefeitura Municipal são depositados no Aterro Sanitário
de Arcoverde, que atende, também, os municípios de Buíque, Tupanatinga e Itaíba, e
recebe por dia uma média de 280 a 300 toneladas de resíduos.

Foto 6.48. Aterro Sanitário de Arcoverde. Arcoverde- Foto 6.49. Aterro Sanitário de Arcoverde. Arcoverde-
PE. (ago/2018). PE. (ago/2018).

A gestão dos resíduos sólidos no município conta com o auxílio da Associação dos
Catadores de Materiais Recicláveis de Arcoverde – ACMRA, que dispõe de um galpão de
triagem, onde catadores trabalham executando as atividades de triagem, prensagem e
armazenamento dos materiais recicláveis advindos da cidade, que em seguida são
vendidos para cobrir dos gastos da ACMRA e gerar renda aos catadores.

O presidente da ACMRA, Cícero Sampaio, declara ter ainda a posse de 2 caminhões, que
facilita a coleta e o transporte dos materiais, e afirma que cada catador ganha de R$ 800
a R$ 1.000 por mês.

Cícero destaca que todos os membros da ACMRA eram antigos catadores do lixão de
Arcoverde, que foi desativado com a inauguração do Aterro Sanitário de Arcoverde.

142
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Foto 6.50. Galpão de triagem da ACMRA. Foto 6.51. Triagem de materiais recicláveis. ACMRA.
(Coordenada SIRGAS 2000, UTM 24L 712619E/ (Coordenada SIRGAS 2000, UTM 24L 712619E/
9071227N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 9071227N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.52. Triagem de materiais recicláveis. ACMRA. Foto 6.53. Triagem de materiais recicláveis. ACMRA.
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 712619E / 9071227N). (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 712619E / 9071227N).
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

No antigo lixão de Arcoverde, popularmente conhecida como Rua do Lixo, atualmente


funciona parte da infraestrutura de apoio às ações sociais da Fundação Terra, além de
casas, praças, quadras de esportes, entre outros equipamentos públicos comunitários.
Ainda assim, resquícios de resíduos do antigo lixão ainda são observados nos espaços
coletivos.

Foto 6.54. Antigo lixão. Rua do Lixo. (Coord. SIRGAS Foto 6.55. Vista das pilhas de lixo em espaço de
2000, UTM 24L, 711530E / 9070111N. Arcoverde-PE. convivência. Rua do Lixo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
(ago/2018). 24L, 711530E / 9070111N. Arcoverde-PE. (ago/2018).

Na sede municipal encontram-se cestos de lixo espalhados nos espaços de concentração


e circulação da população, tais como praças, calçadas e parques. No entanto, formas
inadequadas de disposição do lixo urbano também são observadas em pontos
irregulares, habitualmente utilizados pela população como locais de despejamento de
lixo, onde o acúmulo de lixo a céu aberto atrai animais indesejados, baratas, moscas,
entre outros vetores de doenças.

143
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Foto 6.56. Cestos de lixo na sede municipal. Foto 6.57. Local de disposição irregular de resíduos.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Considerando os domicílios particulares permanentes de Arcoverde, uma parcela


considerável da população é contemplada pelos serviços de coleta de lixo em domicílio
(89,74%). Cabe destacar que 88,91% dos domicílios são beneficiados pelos serviços de
limpeza pública do município, 7,03% praticam a queima do lixo na propriedade, 2,99%
despejam o lixo em terrenos baldios ou em pontos específicos na localidade onde
residem, 0,82%, colocam o lixo em caçamba de serviço de limpeza, 0,17% praticam
outras formas de destinação distinto das outras categorizações, 0,06% enterram o lixo
em suas propriedades, e por fim, 0,01% dos resíduos são jogados em rios ou lagos,
conforme expõe a Figura 6.16 (IBGE, 2010).

Figura 6.16. Destino do lixo nos domicílios particulares permanentes em Arcoverde.

Fonte: IBGE – Domicílios particulares permanentes por destino de lixo, segundo a situação do domicílio, 2010.

No entorno do Reservatório Ipojuca, 67% da população pratica a queima dos resíduos


secos e 33% são beneficiados com a coleta pública de lixo, conforme expõe a Figura
6.17, sendo as comunidades mais povoadas beneficiadas com a coleta 2 vezes por
144
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semana. No entanto, os proprietários do Sítio Escondido e do Sítio São Miguel também
afirmaram que há coletas em suas propriedades 1 vez por semana.

Figura 6.17. Destino do lixo nos domicílios do entorno do Reservatório Ipojuca.

Fonte: Informações levantadas pela equipe técnica responsável pelo Programa de Uso e Conservação do Entorno e das Águas
dos Reservatórios Artificiais, item 12 do PBA do Ramal do Agreste, em agosto de 2018.

Em regra, os resíduos orgânicos costumam ser aproveitados na alimentação dos animais


e os resíduos secos são queimados, enterrados nas propriedades ou dispostos a céu
aberto junto às plantações.

Energia Elétrica

O serviço público de transmissão de energia elétrica em Arcoverde é oferecido pela


Companhia Energética de Pernambuco – Celpe, sendo nesse município o maior consumo
de energia representado pelas residências (34.185Mwh), seguido do consumo comercial
(15.008Mwh), pela zona rural (3.260Mwh), pela atividade comercial (3.245 Mwh), pelos
poderes públicos (4.681Mwh), pelas indústrias (4.025 Mwh), pela iluminação pública
(3.905 Mwh), por outros tipos de consumo (3.103 Mwh), e por fim, pelo consumo rural
(2.551 Mwh). A Figura 6.18, a seguir, faz referência ao consumo de energia elétrica no
município.

145
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Figura 6.18. Consumo de energia elétrica em Arcoverde.

Fonte: Governo do Estado de Pernambuco – Base de Dados do Estado (BDE) – Consumo de energia elétrica, 2017.

Foto 6.58. Subestação de Energia da CELPE. Foto 6.59. Serviços de manutenção da CELPE.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Dentre os sistemas de transmissão e distribuição de energia presentes em Arcoverde


estão: a Linha de Transmissão 230 KV Garanhuns II – Arcoverde II C1; a Linha de
Transmissão 230 KV Caetés II – Arcoverde II C1; e a Subestação de Energia 230/69 KV
Arcoverde II.

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL considera o consumo de energia um dos


principais indicadores de desenvolvimento econômico e do nível de qualidade de vida de
qualquer sociedade. Os dados de Arcoverde refletem a baixa atividade do setor industrial
e um alto consumo nas residências, indicando a capacidade da população para adquirir

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bens, como eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que demandam certa quantidade de
energia elétrica e dependem do acesso à rede elétrica.

De acordo com o IBGE (2010), entre os domicílios permanentes particulares existentes no


município, 99,18% desfrutam de energia elétrica e 0,82% não gozam de energia elétrica
nos lares. Cenário similar é observado na área do entorno do Reservatório Ipojuca, onde
98,25% das residências dispõem de energia elétrica e 1,75% vivem sem acesso à
energia, como é o caso do domicílio da Dona Cilene Roque da Silva, do Sítio Asa Branca.

Meios de Transporte

A infraestrutura viária em Arcoverde é composta por vias urbanas asfaltadas ou com


pavimentação de paralelepípedo e vias rurais com pavimentação precária ou sem
pavimentação, onde são oferecidos os serviços de transporte público coletivo por meio
das frotas de ônibus que facilitam o deslocamento da população dentro da sede
municipal. Da mesma forma, o transporte escolar e o translado e remoção de pacientes
também são oferecidos à população nas zonas urbana e rural.

Na área do entorno do Reservatório Ipojuca, a todo tempo, foi possível observar, durante
a realização do presente estudo, o transporte escolar atuante, levando os alunos dos
sítios e fazendas até à Escola Municipal Manoel Lumba, em Aldeia Velha. Segundo
informações, aos alunos do Povoado Ipojuca, a Prefeitura Municipal proporciona o
transporte nos turnos matutino, vespertino e noturno para Aldeia Velha e Arcoverde.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Departamento Estadual de Trânsito de


Pernambuco (2018), constata-se que a frota de veículos no município de Arcoverde é
constituída basicamente por automóveis (47%) e motocicletas (27, 6%), sendo as demais
categorias representadas por 25,4% da frota existente, formada por caminhonetes,
caminhões, camioneta, ônibus, micro-ônibus, entre outros. A Figura 6.19 apresenta as
distribuições das frequências da frota existente em Arcoverde.

147
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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Figura 6.19. Frota de veículos por tipo registrados em Arcoverde.

Fonte: DETRAN-PE, 2018.

É comum observar, nos locais de concentração da população na zona central do


município, pontos de táxi e moto táxi que oferecem seus serviços para o público em
geral. Os serviços de transportes interestaduais e intermunicipais podem ser encontrados
no Terminal Rodoviário de Arcoverde e no Receptivo de Lotações de Passageiros
Idelfonso Pacheco Freire, onde o transporte é agenciado por meio de cooperativas de
transporte para Sertânia, São José do Egito, Tuparetama, Tabira, Afogados da Ingazeira,
Monteiro, entre outros destinos.

Foto 6.60. Receptivo de Lotações de Passageiros Foto 6.61. Receptivo de Lotações de Passageiros
Idelfonso Pacheco Freire. Arcoverde-PE. (ago/2018). Idelfonso Pacheco Freire. Arcoverde-PE. (ago/2018).

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USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.62. Terminal Rodoviário de Arcoverde. Foto 6.63. Ponto de táxi. Arcoverde-PE. (ago/2018).
Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.64. Ponto de táxi. Arcoverde-PE. (ago/2018). Foto 6.65. Ponto de moto táxi. Arcoverde-PE.
(ago/2018).

Na zona central de Arcoverde o sistema de estacionamento rotativo funciona por meio da


Zona Azul, onde os pontos de compra dos tíquetes podem ser encontrados nas calçadas
do centro ou ser adquiridos pela internet.

Foto 6.66. Sistema de estacionamento rotativo no Foto 6.67. Sistema de estacionamento rotativo no
centro da cidade. Arcoverde-PE. (ago/2018). centro da cidade. Arcoverde-PE. (ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Vias de Acesso

As principais vias que dão acesso ao município são as rodovias estaduais PE-270 e as
rodovias federais BR-232 e BR-424, conforme detalha o Quadro 6.7 a seguir.

Quadro 6.7. Principais vias de acesso no município de Arcoverde.

Via Descrição

Rodovia pavimentada com aproximadamente 552 km. Inicia em Recife rumo


BR-232
ao interior do estado.

BR-424 Rodovia pavimentada com 133.9 km.

PE-219 Rodovia pavimentada.

PE-270 Rodovia pavimentada com 77,6 km de extensão.

Fonte: Detran-PE – Rodovias do Estado, 2011; DNIT – Condições das rodovias, 2018.

A BR-232 tem início no perímetro urbano de Recife e segue para o interior do estado até
a cidade de Parnamirim. Apresenta trechos com pista duplicada e em bom estado
(Caruaru – São Caetano), outros com segmentos sem sinalização ou com sinalização
regular (Pesqueira – Serra Talhada), quando o motorista deve redobrar as atenções e
trafegar com bastante cuidado.

A BR-424 é uma rodovia pavimentada de pista simples, com pontos de entrada para a
BR-423 e PE-218, com segmentos em bom estado de conservação e sinalização regular
em alguns pontos e ruim em outros, em função da sinalização inexistente, devendo o
motorista trafegar com bastante atenção (Arcoverde – Garanhuns). Em alguns trechos
foram registradas a execução de obras (Garanhuns – Bom Conselho) ou a execução de
serviços de microrrevestimento (Bom Conselho - Correntes).

A PE-219 é uma rodovia pavimentada de pista simples que liga Arcoverde a Pesqueira. A
estrada apresenta-se em péssimo estado de conservação, com buracos e imperfeições na
pista. Constitui-se na principal via de acesso ao Reservatório Ipojuca e será diretamente
atingida pela implantação do projeto civil.

A PE-270 é uma rodovia pavimentada que possibilita o acesso à Buíque e faz a ligação às
Regiões de Desenvolvimento do Sertão do Moxotó ao Agreste Setentrional, com pontos
de passagem para a BR-232 e PE-300.

Nas áreas consolidadas do município, as ruas e avenidas internas apresentam-se


asfaltadas ou com pavimentação de paralelepípedo, porém as zonas de expansão urbana
encontram-se rústicas, com caminhos de terra batida.

150
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.68. Rodovia Estadual PE-270. Arcoverde-PE. Foto 6.69. Rodovia BR-424. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.70. Rodovia BR-232. 24L 713386,32/ Foto 6.71. Avenida Cel. Antônio Japiassú. Arcoverde-
931569,06. Arcoverde-PE. (ago/2018). PE. (ago/2018).

Meios de Comunicação

Em relação ao acesso aos meios de comunicação, o IBGE (2014c) apresentou


informações sobre os meios de comunicação existentes no município, entre os quais
estão inventariados 1 (um) provedor de internet e 2 (dois) canais de TV aberta captados
no município. Entre as rádios, cabe destacar: a Rádio Arcoverde 104.9 FM; a Rádio
Independente 93.7 FM; a Rádio Itapuama 92.7 FM; a Rádio Agnus Dei Cardeal; a Rádio
Arcoverde Gospel; a Rádio Conexão Arcoverde; a Rádio Darcio Rabelo; a Rádio Lima; a
Rádio Portal Net; Rádio Web Manchete; Web Rádio Portal Forrozão; e Web Rádio São
Miguel. Ainda, os jornais Tribuna da Região, Jornal de Arcoverde, Correio das Cidades e
Jornal do Sertão, atuam na forma impressa e digital em Arcoverde e demais municípios
da região, veiculando notícias sobre cidadania, cultura, educação, esportes, entre outros.

Como estratégia de comunicação, encontram-se em circulação na sede, carros e


bicicletas equipadas com som que fazem divulgação dos estabelecimentos comerciais de
Arcoverde.

151
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
O número de acesso de internet fixa registrados em Arcoverde foi de 3.314 em 2011,
4.480 em 2012, 5.723 em 2013, e 6.199 em 2014.

A telefonia móvel é operada pelas empresas Claro, Oi, Tim e Vivo, sendo a Claro, Oi e Tim
detentoras da tecnologia avançada 4G. Ainda assim, cabines telefônicas, popularmente
conhecidas como “orelhões”, são encontradas facilmente no centro da cidade. (ANATEL,
2018)

No entorno do Reservatório Ipojuca, os orelhões são prontamente encontrados nas


comunidades mais povoadas, e a cobertura dos serviços encontra-se ausente ou baixa,
ocorrendo apenas em pontos isolados da área de estudo.

Foto 6.72. Rádio Independente 93.7 FM. Arcoverde- Foto 6.73. Rádio Itapuama 92.7 FM. Arcoverde-PE.
PE. (ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.74. Cabine telefônica. Arcoverde-PE. Foto 6.75. Cabine telefônica. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

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Foto 6.76. Bicicleta equipada com som. Arcoverde- Foto 6.77. Cabine telefônica. Povoado Ipojuca.
PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Equipamentos Comunitários

Os equipamentos comunitários constituem-se das infraestruturas públicas que


possibilitam o acesso aos serviços de educação, cultura, saúde, lazer e similares aos
membros de uma comunidade.

De acordo com a Secretaria de Educação, Arcoverde possui uma estrutura formada por
42 instituições em funcionamento nos âmbitos estadual e municipal, sendo a Escola
técnica Professor Jonas Feitosa Costa o estabelecimento de ensino técnico de maior
relevância.

No Quadro 6.8, a seguir, apresenta-se a relação das instituições de ensino municipal e


estadual, identificadas no município de Arcoverde – PE, em 2018.

Quadro 6.8. Instituições de ensino municipal e estadual em Arcoverde em 2018.

Escolas Públicas em Arcoverde - PE

Creche Dom S. M. de Aguiar

Creche Dr. Jennecy Ramos

Creche José R. de Vasconcelos

Escola Municipal Adalgiza Cavalcanti

Escola Municipal Alfabeto

Escola Municipal Antônio C. Leitão

Escola Municipal Antônio Joaquim

Escola Municipal Arcelino de Brito

Escola Municipal Barão do Rio Branco

Escola Municipal Euclides da Cunha

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Escolas Públicas em Arcoverde - PE

Escola Municipal Freire Filho

Escola Municipal Gumercindo

Escola Municipal João Alexandre

Escola Municipal José Medeiros

Escola Municipal Leonardo Pacheco

Escola Municipal Manoel Lumba

Escola Municipal Marieta de Brito

Escola Municipal N. Sr.ª do Livramento

Escola Municipal Olga Gueiros

Escola Municipal Rotary Alcides Cursino

Escola Municipal Sebastião Luiz Cavalcanti

Escola Municipal Sebastião Vicente

Escola Municipal Serafim de Brito

Escola Municipal Severina de S. Bradley

Escola Municipal Secondina Honório

Centro de Ensino Integral Ivany Bradley

Centro de Ensino Integral Jonas de Freitas Lima

Escola Estadual

Escola de Referência em Ensino Médio de Arcoverde

Centro de Educação de Jovens e Adultos Cícero Franklin Cordeiro

Escola Antônio Japiassu

Escola de Referência em Ensino Médio Carlos Rios

Escola Estadual Dircélio Ferreira de Paiva Junior

Escola Imaculada Conceição

Escola Industrial de Arcoverde

Escola Jornalista Edson Régis

Escola Lions Antônio Moreno

Escola Monsenhor José Kehrle

Escola Noé Nunes Ferraz

Escola Santa Cecilia

Escola de Referência em Ensino Médio Senador Vitorino Freire

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Escolas Públicas em Arcoverde - PE

Centro de Atendimento Educacional Especializado de Arcoverde

Escola Técnica Estadual Professor Francisco Jonas Feitosa Costa


Fonte: Secretaria de Educação de Arcoverde e Gerência Estadual de Ensino, 2018.

Foto 6.78. Escola Municipal Guimercindo Cavalcanti. Foto 6.79. Creche Municipal Dr. Jennecy Ramos.
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 713358E / 9068905N). (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 712572E / 9066957N).
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.80. Escola Municipal Adalgiza Cavalcanti. Foto 6.81. Escola Estadual Senador Vitorino Freire.
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 712729E / 9070112N). (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 712603E / 9069636N).
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde (ago/2018).

Foto 6.82. Centro de Educação de Jovens e Adultos Foto 6.83. Escola Estadual Lions Antônio Moreno.
Cícero Flanklin Cordeiro. (Coord. SIRGAS 2000, UTM (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 716206E / 9069128N).
24L, 712620E / 9069535N). Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.84. Escola Referência em Ensino Médio de Foto 6.85. Escola Estadual Antônio Japiassú. (Coord.
Arcoverde. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 716008E / SIRGAS 2000, UTM 24L, 714997E / 9068671N).
9069056N). Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.86. Escola Estadual Santa Cecília. (Coord. Foto 6.87. Escola de Referência em Ensino Médio
SIRGAS 2000, UTM 24L, 713589E / 9068141N). Carlos Rios. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714012E /
Arcoverde-PE. (ago/2018). 9068955N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.88. Colégio Cardeal Arcoverde. (Coord. Foto 6.89. Centro de Ensino Integral. (Coord. SIRGAS
SIRGAS 2000, UTM 24L, 714222E / 9069024N). 2000, UTM 24L, 715942E / 9068852N). Arcoverde-PE.
Arcoverde-PE. (ago/2018). (ago/2018).

Cursos de musicalização são oferecidos no município na Escola de Música Roberto Moraes


e na Escola de Música Filarmônica Joaquim Belarmino Duarte, que, por ora, encontra-se
em reforma.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
A Escola de Música Roberto Moraes atua por meio da Casa Jonas Moraes, uma ONG que
desenvolve ações de cidadania e inclusão digital, e ainda promove projetos ligados ao
resgate histórico e cultural no município de Arcoverde, ofertando estudos de formação
em acordeon como forma de valorizar os ritmos tipicamente nordestinos, como o baião, o
xote, o xaxado, o forró, entre outros.

Foto 6.90. Escola de Música Filarmônica Joaquim Foto 6.91. Escola de Música Roberto Moraes. (Coord.
Belarmino Duarte. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, SIRGAS 2000, UTM 24L, 713759E / 9068960N).
714207E / 9068879N). Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Quanto à saúde, o município conta com 45 estabelecimentos municipais e estaduais


distribuídos ao longo do território, sendo o Hospital Regional de Arcoverde Ruy de Barros
Correia a referência para o atendimento da população de Arcoverde e demais municípios
da região. Nas comunidades rurais, os Postos de Saúde são centros de referência que
atendem às demandas do básicas de saúde.

O Quadro 6.9 relaciona as unidades de saúde presentes em Arcoverde.

Quadro 6.9. Estabelecimentos de saúde instalados em Arcoverde.


Estabelecimentos de Saúde Estaduais

Hospital Regional de Arcoverde Ruy de Barros Correia

Unidade Pernambucana de Atenção Especializada - UPAE Deputado Áureo H. Bradley

Unidade de Pronto Atendimento – UPA Dr. José Cavalcanti Alves

Estabelecimentos de Saúde Municipais Urbanos

UBSF - Luiz de Almeida Souza

UBSF - Dr. José Cavalcanti Alves

UBSF - Eulália Camêlo de Almeida

UBSF - Carlos H. Bradley.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Estabelecimentos de Saúde Municipais Urbanos

UBSF - Boa Vista

UBSF- Costa Leitão

UBSF- João Pacheco Freire Filho

UBSF- Maria Do Carmo Guedes

UBSF- Marta Xavier Da Silva

UBSF- Eulália Silva Maciel

UBSF- Aneide Fernandes Da Silva

UBSF- Nelson Luciano Santana

UBSF- Imagel

UBSF- Universitário

UBSF- Vila São José

UBSF – Veraneio

UBSF – Davi de Brito Silva

UBSF - Cidade Jardim

UBSF – Petrópolis

UBSF – Neuza Pacheco Duque

Estabelecimentos de Saúde Municipais Rurais

USF- Severiano de Britto Freire

USF- Manoel de L. Cavalcanti

Posto de Saúde Helena Barbosa (Posto de Apoio)

Posto de Saúde do Sítio Descobrimento (Posto de Apoio)

Posto de Saúde Antônio de Siqueira (Posto de Apoio)

Posto de Saúde Antônio Brito Cavalcanti (Posto de Apoio)

Posto de Saúde Gravatá das Varas (Posto de Apoio)

Posto de Saúde da Malhada (Posto de Apoio)

Centros Especializados

Centro de Atenção ao Idoso

Centro de Especialidades Médicas Santa Ramos

Centro de Saúde da Mulher

158
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Centros Especializados

Centro de Especialidades Médicas Dr. Paulo Siqueira (PAM)

Laboratório de Análises

Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA

Centro de Especialidade Odontológica – CEO

Centro de Epidemiologia e Vigilância Sanitária

Policlínica Dr. Paulo Rabello

Central de Regulação

Central de Distribuição de Medicamento

Centro de Fisioterapia Dr. Luiz Coelho

Centro de Atenção Psicossocial – Caps II

Caps AD III Vereador Jairo Freire


Fonte: Governo do Estado do Pernambuco, 2018.

Foto 6.92. UBSF Aneide Fernandes da Silva. (Coord. Foto 6.93. UBSF Cidade Jardim e UBSF Maria de
SIRGAS 2000, UTM 24L, 716012E / 9069004N). Fátima. Arcoverde-PE. (ago/2018).
Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.94. UBSF Universitário. Arcoverde-PE. Foto 6.95. Centro de Especialidades Médicas Santa
(ago/2018). Ramos. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714749E /
9068913N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.96. UPA DIA – São Cristóvão. Arcoverde-PE. Foto 6.97. SAMU. Arcoverde-PE. (ago/2018).
(ago/2018).

Foto 6.98. Hospital Regional de Arcoverde Ruy de Foto 6.99. Hospital Regional de Arcoverde Ruy de
Barros Correia. Arcoverde-PE. (ago/2018). Barros Correia. Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.100. Centro Especializado em Reabilitação Foto 6.101. UPAE Deputado Áureo H. Bradley. (Coord.
Mens Sana. Arcoverde-PE. (ago/2018). SIRGAS 2000, UTM 24L, 715972E / 9068867N.
Arcoverde-PE. (ago/2018).

Na área do entorno do Reservatório Ipojuca, a população é atendida pela USF Manoel de


L. Cavalcanti, localizada no Povoado Aldeia Velha, pelo Posto de Saúde do Sítio
Descobrimento, situado na comunidade do Sítio Descobrimento, e pela UBS Antônio Brito
Cavalcanti, instalado no Povoado Ipojuca.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.102. USBF Manoel de L. Cavalcanti. Aldeia Foto 6.103. UBS Antônio de Brito Cavalcanti. Povoado
Velha. Arcoverde-PE. (ago/2018). Ipojuca. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 726854E /
9080296N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Os serviços de segurança pública que são destaque no município são realizados pelo
Posto Cruzeiro do Nordeste da Polícia Rodoviária Federal, localizado às margens da BR-
232, no município de Sertânia, pela Delegacia de Polícia 156ª Circunscrição, pela 19ª
Delegacia Seccional de Polícia, pelo 3º Batalhão de Polícia Militar Martins Soares Moreno,
pelo Presídio Advogado Brito Alves – PABA e pelo Instituto de Identificação Tavares Buril.
Outros serviços de segurança, representados pelo corpo de bombeiros, encontram-se sob
a responsabilidade da Coordenadoria de Atividades Técnicas – CAT Sertão I - Seção de
Arcoverde do Corpo de Bombeiros Militar, localizado no município de Serra Talhada.

Foto 6.104. 19ª DESEC Delegacia Seccional de Polícia. Foto 6.105. 3º Batalhão de Polícia Militar Martins
(ago/2018). Soares Moreno. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
713581E / 9067658N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

161
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.106. Polícia Rodoviária Federal: Posto Cruzeiro Foto 6.107. Presídio Advogado Brito Alves – PABA.
do Nordeste. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 690136E (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 712607E / 9070756N).
/ 9075584N). Sertânia-PE (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.108. Delegacia de Polícia 156ª Circunscrição. Foto 6.109. Instituto de Identificação Tavares Buril.
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 713554E / 9068865N). (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 713549E / 9068841N).
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Dentre outros serviços públicos oferecidos à população no município estão: o Fórum


Eleitoral de Arcoverde; o Ministério Público; a Justiça Federal; o Centro de Inclusão Social;
o Departamento de Rendas e Tributos; o Centro Municipal de Atenção as Imunizações; a
Casa 60+ dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; a 111ª Junta de
Serviço Militar; a 10ª Delegacia de Serviço Militar; a Central de Abastecimento
Farmacêutico; o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas); os
Cartórios de Notas e Registros e Notas e Protestos; os postos da Circunscrição Regional
de Trânsito (CIRETRAN), do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), da
Receita Federal e do Cadastro Único do Programa Bolsa Família; além quadras esportivas,
praças de lazer e convivência, entre outros espaços públicos.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.110. Fórum Eleitoral de Arcoverde. (Coord. Foto 6.111. 6ª CIRETRAN de Arcoverde. (Coord.
SIRGAS 2000, UTM 24L, 713254E / 9068322N). SIRGAS 2000, UTM 24L, 712665E / 9069391N).
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.112. Ministério Público de Pernambuco – Foto 6.113. Procon Arcoverde. (Coord. SIRGAS 2000,
Promotoria de Justiça de Arcoverde. (Coord. SIRGAS UTM 24L, 714134E / 9068762N). Arcoverde-PE.
2000, UTM 24L, 714152E / 9068759N). Arcoverde-PE. (ago/2018).
(ago/2018).

Foto 6.114. Ministério da Defesa, Exército Brasileiro – Foto 6.115. Subseção Judiciária de Arcoverde. (Coord.
CMNE 7ª RM DE. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, SIRGAS 2000, UTM 24L, 713647E / 9067806N).
714749E / 9068913N). Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.116. Receita Federal. (Coord. SIRGAS 2000, Foto 6.117. Centro de Inclusão. (Coord. SIRGAS 2000,
UTM 24L, 713997E / 9068780N). Arcoverde-PE. UTM 24L, 714159E / 9068836N). Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.118. Departamento de Rendas e Tributos. Foto 6.119. Centro Municipal de Atenção as
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714197E / 9068945N. Imunizações. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714242E
Arcoverde-PE. (ago/2018). / 9068552N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.120. Cadastro Único. (Coord. SIRGAS 2000, Foto 6.121. Central de Abastecimento Farmacêutico.
UTM 24L, 714685E / 9068585N). Arcoverde-PE (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714846E / 9068629N).
(ago/20180. Arcoverde-PE. (ago/2018).

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.122. Serviços de Convivência e Fortalecimento Foto 6.123. 111ª Junta de Serviço Militar e 10ª
de Vínculos. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714886E Delegacia de Serviço Militar. (Coord. SIRGAS 2000,
/ 9068733N). Arcoverde-PE. (ago/2018). UTM 24L, 713601E / 9068863N). Arcoverde-PE.
(ago/2018).

Foto 6.124. CREAS. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, Foto 6.125. Centro de Atenção ao Idoso. (Coord.
713438E / 9068766N). Arcoverde-PE. (ago/2018). SIRGAS 2000, UTM 24L, 714541E / 9068738N.
Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.126. Cartório de Notas e Registros. (Coord. Foto 6.127. Cartório de Notas e Protestos. (Coord.
SIRGAS 2000, UTM 24L, 713847E / 9068829N. SIRGAS 2000, UTM 24L, 713883E / 9068821N).
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

165
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.128. Agência do Trabalho. (Coord. SIRGAS
2000, UTM 24L, 714343E / 9068787N). Arcoverde-PE.
(ago/2018).

Lazer, Cultura e Turismo

Nos momentos de lazer a população de Arcoverde conta, predominantemente, com


espaços de convivência públicos, tais como praças, quadras esportivas, igrejas e
mirantes. No entanto, de maneira geral, os habitantes carecem de uma infraestrutura
mínima e adequada para o entretenimento.

A região turística de Arcoverde é conhecida pela “Fé e Arte", onde circula uma média
estimada de 974 turistas internacionais e 50.990 domésticos (Ministério do Turismo,
2017).

Como atrativo religioso, histórico-cultural e referência de localização, a Igreja Nossa


Senhora do Livramento se localiza no centro da cidade e é bastante frequentada pelos
moradores da sede municipal. Outros templos de prática religiosa dos segmentos
católico, espírita, progressista e evangélico também são encontrados nos diferentes
bairros de Arcoverde, bem como a Fundação Terra, conduzida pelo Padre Airton Freire,
que se configura como um centro de referência religioso que atrai romeiros e voluntários
de todo o país para as missas e demais ações sociais, de saúde, educação,
profissionalizantes e culturais desenvolvidas pela instituição.

No geral, os templos religiosos do entorno do Reservatório Ipojuca encontram-se


estabelecidos nas comunidades mais povoadas, sendo a Capela Imaculada Conceição,
localizada no Sítio Cocau, considerada um ponto importante de peregrinação religiosa.

166
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.129. Igreja Nossa Senhora do Livramento. Foto 6.130. Igreja do Nazareno. (Coord. SIRGAS 2000,
(Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 714400E / 9068770N). UTM 24L, 715560,46E / 931211,16N). Arcoverde-PE.
Arcoverde-PE. (ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.131. Congregação Cristã do Brasil. (Coord. Foto 6.132. Assembléia de Deus. Arcoverde-PE.
SIRGAS 2000, UTM 24L, 712981E / 9067557N). (ago/2018).
Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.133. Salão de celebração das missas do Padre Foto 6.134. Fundação Terra. (Coord. SIRGAS 2000,
Airton. Fundação Terra. (Coord. SIRGAS 2000, UTM UTM 24L, 714091E / 9069035N). Arcoverde-PE.
24L, 711732E / 9069765N). Arcoverde-PE. (ago/2018). (ago/2018).

167
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.135. Igreja. Aldeia Velha. Arcoverde-PE. Foto 6.136. Igreja Povoado Ipojuca. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.137. Capela Imaculada Conceição. Sítio Cocau. Foto 6.138. Capela Imaculada Conceição. Sítio Cocau.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Os mirantes Alto do Cruzeiro, Cruzeiro Novo e Cruzeiro do Santuário da Divina


Misericórdia, também fazem parte do roteiro religioso do município.

O Alto do Cruzeiro e o Cruzeiro Novo, por estar localizado em pontos altos da cidade,
também são destinos de apreciação da zona urbana do município e das serras dos
arredores. Já o Cruzeiro do Santuário da Divina Misericórdia, localizado no topo da Serra
das Varas, conta com uma gruta que simboliza o Santo Sepulcro. Representado pelas
ações do Padre Adilson Simões, por meio do movimento da Renovação Carismática da
Igreja Católica, o Santuário atrai inúmeras pessoas do Nordeste.

168
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.139. Alto do Cruzeiro. Arcoverde-PE. Foto 6.140. Alto do Cruzeiro. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.141. Cruzeiro Novo. Arcoverde-PE. (ago/2018). Foto 6.142. Cruzeiro Novo. Arcoverde-PE. (ago/2018).

As praças, clubes, teatros, cinemas, quadras esportivas, entre outros espaços públicos
espalhados pela cidade, são referências para atividades lúdicas, recreativas, de lazer e
convivência da população.

A Quadra Poliesportiva Luiz Camelo Pessoa, o Estádio Municipal Áureo Bradley, o Centro
de Esportes e Lazer João Belarmino Filho e o Democrático Esporte Clube, representam os
espaços destinados à prática de atividades esportivas mais evidentes na sede municipal.

Na área de entorno do Reservatório Ipojuca, geralmente, as quadras poliesportivas


encontram-se em frente às escolas frequentadas pela população, como a Quadra
Poliesportiva Amara Vidal Cavalcanti, em Aldeia Velha, e a Quadra Poliesportiva Ulisses
de Brito Cavalcanti, no Povoado Ipojuca.

169
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.143. Quadra Poliesportiva Luiz Camelo Pessoa. Foto 6.144. Estádio Municipal Áureo Bradley.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.145. Centro de Esportes e Lazer João Belarmino Foto 6.146. Democrático Esporte Clube. Arcoverde-PE.
Filho. (ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.147. Quadra Poliesportiva Amara Vidal Foto 6.148. Quadra Poliesportiva Amara Vidal
Cavalcanti. Aldeia Velha. Arcoverde-PE. (ago/2018). Cavalcanti. Aldeia Velha. Arcoverde-PE. (ago/2018).

170
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.149. Quadra Poliesportiva Ulisses de Brito Foto 6.150. Quadra Poliesportiva Ulisses de Brito
Cavalcanti. Povoado Ipojuca. (ago/2018). Cavalcanti. Povoado Ipojuca. (ago/2018).

O Teatro Geraldo Barros se figura como um ponto importante de democratização da


cultura local, e o Cinema Rio Branco se destaca pelo contexto histórico, cultural e
arquitetônico em Arcoverde. Fundado em 1917, o Cinema Rio Branco é considerado o
cinema mais antigo da América Latina e encontra-se temporariamente de portas
fechadas.

Foto 6.151. Teatro Geraldo Barros – SESC. Arcoverde- Foto 6.152. Cinema Rio Branco. Arcoverde-PE.
PE. (ago/2018). (ago/2018).

Os atrativos naturais que se destacam no município são os açudes e as barragens, que


possibilitam atividades de turismo e lazer, tais como banhos, caminhadas e a simples
apreciação da paisagem. Situado dentro de uma propriedade privada, o Açude do Duda é
um atrativo natural bastante procurado pela população nos finais de semana.

Relacionado também aos atrativos naturais, o sítio geológico de relevância nacional


Furna da Onça está localizado em Arcoverde, onde se pode observar inscrições rupestres
e caldeirões rochosos.

171
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Entre os principais conjuntos arquitetônicos, que fazem referência ao processo histórico-
cultural de Arcoverde, se destacam a Casa Augusto Cavalcanti, Casa do Cardeal
Arcoverde ou Fazenda Fundão, Estação Ferroviária e o Cinema Rio Branco.

A Casa Augusto Cavalcanti pertenceu ao usineiro augusto Cavalcanti e foi construída para
acolher seu pai, que na época desfrutava do status de ministro. Já a Casa do Cardeal
Arcoverde foi cenário, em 1850, do nascimento de Dom Joaquim Arcoverde de
Albuquerque Cavalcanti, o primeiro cardeal do Brasil e da América Latina, que teve
importante papel nas decisões da Igreja atribuídas aos milagres do Padre Cícero, em
Juazeiro do Norte, no Ceará.

Os espaços culturais podem ser encontrados em Arcoverde como “Pontos de Cultura”,


instituídos pela política cultural no Ministério da Cultura. Esses espaços são escolhidos
por meio de editais públicos que buscam a revitalização de espaços culturais já
existentes a fim de promover projetos comunitários. Dentre os “Pontos de Cultura”
registrados em Arcoverde estão: o Ponto de Cultura Orquestra Sertão e o Ponto de
Cultura Samba de Coco Raízes de Arcoverde.

É comum a circulação da população nos momentos de relaxamento, descanso e lazer, em


praças e parques da cidade, que geralmente são equipadas com brinquedos infantis,
obstáculos e pavimentação para a prática de esportes diversos. Espaços públicos como
esses são também utilizados em eventos culturais municipais.

Foto 6.153. Orquestra Sertão. Arcoverde-PE. Foto 6.154. Ciclovia. Arcoverde-PE. (ago/2018).
(ago/2018).

172
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.155. Praça infantil. Arcoverde-PE. (ago/2018). Foto 6.156. Praça esportiva. Arcoverde-PE.
(ago/2018).

As tradições populares são representadas pelos grupos folclóricos, tais como, o Reisado
do Mestre Horácio, o Samba de Coco das Irmãs Lopes, o Samba de Coco de Raízes de
Arcoverde, o Samba de Coco Trupé de Arcoverde, as bandas de pífanos, os violeiros, os
grupos Bois de Carnaval, Urso de Carnaval (La Ursa) e Tropa do Balacobaco.

O grupo de coco pioneiro em Arcoverde é representado pela Família Lopes por meio do
Samba de Coco das Irmãs Lopes. De origem quilombola, a tradição do Samba de Coco
dos Irmãos Lopes mantém-se viva no município pela atuação da Mestra Severina, 84
anos. Atualmente, seu grupo encontra-se organizado por meio de uma associação
cultural, que oferece shows, oficinas de percussão e aulas de dança como forma de
resgatar a tradição do samba de coco, e conta ainda com o Museu Ivo Lopes, espaço
dedicado à memória do samba de coco em Arcoverde.

Foto 6.157. Museu Ivo Lopes. Arcoverde-PE. Foto 6.158. Museu Ivo Lopes. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Na Estação da Cultura, antiga estação férrea de Arcoverde, a arte urbana é representada


pelo grafiteiro Java, 38 anos, que ocupou o espaço há 17 anos, e no momento desenvolve
projetos sem fins lucrativos oferecendo cursos de arte para crianças.

173
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Nos muros e demais nas paredes que restam da antiga estação, Java representou parte
da história da cidade, do sertanejo e da tradição do samba de coco em Arcoverde, por
meio de grafites de pessoas que influenciaram a cultura do samba de coco local: Irmãs
Lopes, Assis Calixto, Lula Calixto, entre outros.

Foto 6.159. Estação da Cultura. Arcoverde-PE. Foto 6.160. Estação da Cultura. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.161. Estação da Cultura. Arcoverde-PE. Foto 6.162. Estação da Cultura. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

174
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.163. Estação da Cultura. Arcoverde-PE. Foto 6.164. Estação da Cultura. Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).
Entre as festividades e manifestações culturais em destaque no município estão:

 Carnaval Folia dos Bois;


 Festa da Misericórdia;
 Festa de Nossa Senhora do Livramento;
 Festa de São Cristóvão;
 Festa de São Geraldo Magella;
 Festa do Agricultor;
 Festival Lula Calixto;
 Festa do Padroeiro Santo Antônio do povoado de Ipojuca; e
 São João de Arcoverde.

Outros eventos listados no calendário anual do município seguem relacionados no


Quadro 6.10.
Quadro 6.10. Calendário de eventos em Arcoverde.

Eventos anuais Data


Baile municipal de Arcoverde Janeiro
Carnaval Folia dos Bois Fevereiro
Semana da Paixão Março
Horizonte da Paixão Abril
Festa da Divina Misericórdia Abril
O São João dos Sertões Junho
Festa de São Cristóvão Julho
Festa do Agricultor de Caraíbas Julho
Exposição Regional de Animais de Arcoverde – EXPOARC Setembro
Desfile cívico comemorativo de emancipação política Setembro
Marcha para Jesus Setembro
Festa da Padroeira – Nossa Senhora do Livramento Setembro

175
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Eventos anuais Data
FENOSPE – Feira de Negócios e Oportunidades do Sertão de
Outubro
Pernambuco
Festa de São Geraldo Majella Outubro
Festival Lula Calixto Novembro
Réveillon Fest Dezembro
Natal Luz da Alegria Dezembro
Festa do Comércio Dezembro

Os artesanatos típicos da região são encontrados no Centro Comercial de Arcoverde


(CECORA), onde predomina a venda dos artigos feitos em palha e pano, como bonecas,
sacolas, chapéus, além de frutas, verduras, carnes, entre outros artigos.

Foto 6.165. Artesanatos vendidos no CECORA. Foto 6.166. Artesanatos vendidos no CECORA.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Economia

Diante da necessidade de conhecer a realidade do território nacional, o Índice de


Desenvolvimento Humano (IDH)4 foi adaptado aos municípios, sendo assim denominado
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), cujo indicador varia entre 0 e 1. O
IDHM apresentado para o município de Arcoverde é de 0,667, índice considerado médio,
situado numa faixa entre 0,600 e 0,699, cuja dimensão que mais contribui é longevidade,

4
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida de saúde, educação e renda, criado na década de
1990 para o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) com o objetivo de servir como referência para o nível de desenvolvimento humano de uma determinada
localidade de uma determinada localidade.

176
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
com índice de 0,799, seguida de renda, com índice de 0,654, e de educação, com índice
de 0,567 (PNUD, 2010).

Os dados exibidos no Quadro 6.11 mostram a evolução do IDHM ao longo das décadas de
1991, 2000 e 2010 em Arcoverde, e revelam o crescimento do índice em termos
absolutos na educação, seguido por renda e longevidade.

Quadro 6.11. Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em Arcoverde em 1991, 2000 e
2010.

Índice 1991 2000 2010


Renda 0,553 0,603 0,654
Longevidade 0,649 0,721 0,799
Educação 0,301 0,395 0,567
IDHM 0,476 0,556 0,667
Fonte: PNUD, 1991, 2000, 2010.

O PIB per capita5 de Arcoverde em 2015 foi de R$ 11.052,18, posicionando o município no


185º lugar no ranking da economia no estado e no 7º lugar na microrregião na qual está
inserido. A maior parte da receita advém, principalmente, de serviços, da indústria, e das
atividades agropecuárias (IBGE, 2015).

A produção agrícola das lavouras permanentes, temporárias e áreas para cultivo de flores
totalizam uma área de 2.016,59 hectares (ha), sendo o plantio temporário o de maior
número (1.847,45 ha). Em relação ao número de estabelecimentos, os cultivos de milho
(394 estabelecimentos), feijão fradinho (199), abóbora (157) e palma forrageira (123),
lideram o cenário. Já a produção, as culturas de palma forrageira (5.780,826 t.), sorgo
forrageiro (3.194,298 t.) e milho forrageiro (2.116,297 t.) se destacam no cenário
agrícola. No entanto, quanto à área colhida, os cultivos de milho (515,614 ha), palma
forrageira (264,901 ha) e milho forrageiro (260,154 ha) são os mais relevantes quanto
aos resultados. (IBGE, 2017).

Outros cultivos também são encontrados nas propriedades de lavouras permanentes, tais
como, batata inglesa, cana-de-açúcar, cebola, fava, feijão preto, feijão verde, mandioca,
melancia, sorgo, tomate rasteiro e sorgo forrageiro. Nas lavouras temporárias são
registrados os plantios de acerola, banana, caju e laranja (IBGE, 2017).

Na área do entorno do Reservatório Ipojuca, as propriedades praticam a agricultura de


subsistência de milho, sorgo, feijão, abóbora, melancia e mandioca, sendo os cultivos de
palma, e, por vezes do milho, utilizados para servir de alimento na criação de animais e o

5
É o produto interno bruto, dividido pela quantidade de habitantes de um país. O PIB é a soma de todos os bens
de um país, e quanto maior o PIB, mais demonstra o quanto esse país é desenvolvido, e podem ser classificados
entre países pobres, ricos ou em desenvolvimento.

177
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
excedente da produção vendido em feiras livres em Arcoverde. Por vezes, encontram-se
sacos de carvão estocados nas residências para venda, o que evidencia a prática da
queima de madeira no entorno do reservatório Ipojuca, em especial na comunidade que
faz parte do PA Queimada da Onça,

A atividade pecuária em Arcoverde é representada, em especial, pela criação de bovinos


(6.245 cabeças), ovinos (4.419), caprinos (3.551) e suínos (1.033) (IBGE, 2017).

Na área em estudo, a agropecuária se destaca pela criação de gado, bodes, ovelhas,


galinhas, porcos e cavalos. No Sítio Mulungu e no Sítio Escondido, as atividades
produtivas sobressaem-se frente às demais propriedades, com a criação de gado leiteiro.
O Sítio Escondido sustenta, ainda, a criação de suínos, e o Sítio Mulungu, a criação de
equinos e caprinos leiteiros. Nas demais propriedades entrevistadas, a criação de animais
é destinada ao consumo das famílias.

Foto 6.167. Plantio de palma. Sítio Cocau. Arcoverde- Foto 6.168. Moagem de palma. Sítio Mulungu.
PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.169. Farelo de milho. Sítio Mulungu. Arcoverde- Foto 6.170. Excedente da produção de abóbora.
PE. (ago/2018). Santa Filomena. Arcoverde-PE. (ago/2018).

178
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.171. Sacos de carvão vegetal. PA Queimada da Foto 6.172. Plantio de milho. PA Serrote Redondo.
Onça. Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.173. Criação de cavalos. Sítio Mulungu. Foto 6.174. Criação de cavalos. Sítio Mulungu.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.175. Criação de gado leiteiro. Sítio Mulungu. Foto 6.176. Criação de gado leiteiro. Sítio Mulungu.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

179
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.177. Criação de porcos. Sítio Escondido. Foto 6.178. Criação de porcos. Sítio Escondido.
Arcoverde (ago/2018). Arcoverde (ago/2018).

A produção agropecuária de Arcoverde e dos municípios da RD Moxotó são comumente


encontrados no CECORA. Muitos produtores agrícolas também atuam como ambulantes
pelo centro da cidade e em feiras livres existentes nas localidades e distritos do
município. Dentre os produtos que movimentam a economia local estão: frutas, verduras,
galinhas, carnes de bovinos, caprinos e ovinos, ervas para chás, queijos, grãos, mudas
para plantio, artesanatos, entre outros produtos.

Foto 6.179. Carnes comercializadas no CECORA. Foto 6.180. Frutas comercializadas no CECORA.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

180
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.181. Mudas de plantas comercializadas no Foto 6.182. Ervas e cascas para chás comercializadas
CECORA. Arcoverde-PE. (ago/2018). no CECORA. Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.183. Galinhas comercializadas no CECORA. Foto 6.184. Artesanatos comercializaoas no CECORA.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).
Entre janeiro e outubro de 2018, o saldo dos empregos formais foi positivo no setor da
construção civil (118) e de serviços industriais de utilidade pública (4), e negativo no
setor de serviços (-134), comércio (-34), indústria de transformação (-3) e agropecuária,
extração vegetal, caça e pesca (-3), sendo o acumulado para o período em referência
negativo (-56) para o município de Arcoverde (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO,
2018)

No mesmo período, o Ministério do Trabalho e Emprego (2018), por meio do Cadastro


Geral de Empregados e Desempregados, registrou um total de 1.726 admissões e 1.782
desligamentos no mercado formal de trabalho. Nos últimos 12 meses as admissões
totalizaram 1.961 e os desligamentos 2.065, e no mês de outubro foram 124 admissões e
193 desligamentos. Para os 3 períodos apresentados o saldo de empregos em Arcoverde
foi negativo, conforme detalha o Quadro 6.11.

Quadro 6.11. Admissões e desligamento no mercado formal de trabalho em Arcoverde.

Outubro/2018 No Ano ** Em 12 Meses ***


Variac. Variac. Variac.
Total Total Total Total Total Total
Saldo Empr Saldo Empr Saldo Empr
Admis. Deslig. Admis. Deslig. Admis. Deslig.
%* % %

124 193 -69 -0,95 1.726 1.782 -56 -0,77 1.961 2.065 -104 -1,42

Fonte: MTE, 2018.

* A variação mensal do emprego toma como referência o estoque do mês anterior;

** Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do
mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes.

*** Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do
mesmo mês do ano anterior, ambos com ajustes.

181
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
O contingente total de trabalhadores formais em Arcoverde foi de 8.494 em 2017 e
encontravam-se distribuídos, em especial, nas atividades econômicas de serviços
(38,5%), comércio (33,1%) e administração pública (18,5%), seguido dos empregos na
indústria de transformação (7,3%), na construção civil (7,3%), nos serviços industriais de
utilidade pública (0,7%), na agropecuária (0,4%), e por fim, na extrativa mineral (0,2%),
conforme expõe a Figura 6.21 (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2017).

Figura 6.21. Número de empregados no mercado formal, por setores de atividades em Arcoverde.

Fonte: MTE, 2017.

O mercado de trabalho informal faz parte economia local. É comum encontrar no centro
de Arcoverde trabalhadores informais oferecendo seus serviços, vendendo produtos,
frutas e comidas prontas em estruturas improvisadas.

Foto 6.185. Mercado informal nas ruas do centro. Foto 6.186. Mercado informal nas ruas do centro.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

182
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.187. Mercado informal nas ruas do centro. Foto 6.188. Mercado informal nas ruas do centro.
Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Segundo dados do IBGE (2010), dentre os grandes grupos de ocupação principal


registrados em Arcoverde destacam-se: os trabalhadores dos serviços, vendedores dos
comércios e mercados (21,2%); as ocupações elementares (19,5%); os trabalhadores
qualificados, operários e artesãos da construção, das artes mecânicas e outros ofícios
(11%); os profissionais das ciências e intelectuais (10,3%); os trabalhadores qualificados
da agropecuária, florestais, da caça e da pesca (9,2%); os trabalhadores de apoio
administrativo (7,3%); os operadores de instalações e máquinas e montadores (6,8%); os
técnicos e profissionais de nível médio (5,6%); as ocupações mal definidas (5%); os
diretores e gestores (3,1%); e os membros das forças armadas, policiais e bombeiros
militares (3%). A Figura 6.22, a seguir, apresenta os dados municipais sobre as pessoas
de 10 anos ou mais ocupadas por grandes grupos de ocupação no trabalho principal na
semana de referência.

Figura 6.22. Pessoas ocupadas por grandes grupos de ocupação no trabalho principal em Arcoverde.

Fonte: IBGE, 2010.

183
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Na área do entorno do Reservatório Ipojuca, 70,18% dos domicílios declararam ter
apenas uma fonte de renda e 24,56% afirmaram ter duas fontes.

Considerando os dados do levantamento de campo das famílias com apenas um


rendimento: 29,82% dos domicílios declaram renda proveniente de salário; 26,32%
afirmaram receber aposentadoria; 8,77% disseram receber benefícios sociais; 3,51%
asseguraram receber pensão por morte; e 1,75% declaram apenas o auxílio-doença. Na
categoria “salário” foram consideradas as remunerações oriundas da produção agrícola
ou da prestação de serviços.

Dentre as famílias com mais de um rendimento: 7,02% declararam receber


aposentadoria e salário; 7,02% afirmaram receber salário e benefícios sociais; 5,26% não
declaram os rendimentos; 3,51% disseram receber aposentadoria e benefícios sociais;
3,51% alegaram ganhar aposentadoria e pensão; 1,75% tem a remuneração por meio de
auxílio-doença e benefícios sociais; e, por fim, 1,75% têm proventos advindos de auxílio-
doença e salário.

A Figura 6.23. apresenta os dados da origem dos rendimentos das famílias entrevistadas
na área do entorno do Reservatório Ipojuca.

Figura 6.23. Origem dos rendimentos domiciliares na área do entorno do Reservatório Ipojuca.

Fonte: Informações levantadas pela equipe técnica responsável pelo Programa de Uso e Conservação do
Entorno e das Águas dos Reservatórios Artificiais, item 12 do PBA do Ramal do Agreste, em agosto de
2018.

184
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
A renda per capita registrada nas últimas décadas apresentou crescimento de 146,97%.
Em 1991, o rendimento foi de R$ 249,57, em 2000, de R$ 341,06, e em 2010, de R$
469,53.

Outro instrumento importante para indicar as condições de renda da população é o Índice


de Gini6. No município de Arcoverde, em 1991 foi registrado o índice de 0,57, passando
para 0,60 em 2000 e 0,58 em 2010, valores que evidenciam declínio do coeficiente na
última década, conforme informa o Quadro 6.12.

Quadro 6.12. Valores referentes a renda per capita da população e ao Índice de Gini nas últimas décadas
registrados em Arcoverde.

Indicador
1991 2000 2010
socioeconômico

Renda per capita R$ 249,57 R$ 341,06 R$ 469,53

Índice de Gini 0,57 0,60 0,58


Fonte: PNUD, 1991, 2000, 2010.

Tendo como referência o valor do salário mínimo estabelecido pelo Governo Federal em
2018, de R$954, mais da metade das famílias entrevistadas no entorno do Reservatório
Ipojuca apresentaram rendimento mensal entre 1 e 2 salários mínimos (56,14%), seguido
daquelas que declaram receber 2 salários mínimos (22,81%), das famílias que afirmaram
ganhar até 1 salário mínimo (8,77%), dos domicílios que recebem mais de 3 salários
(5,26%), daquelas que não declaram ou não souberam responder (5,26%), e, por fim, das
residências que têm o rendimento de 3 salários mínimos (1,75%).

6
Criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele
aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero
a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto,
isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza.

185
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Figura 6.24. Renda das famílias do entorno do Reservatório Ipojuca.

Fonte: Informações levantadas pela equipe técnica responsável pelo Programa de Uso e Conservação do
Entorno e das Águas dos Reservatórios Artificiais, item 12 do PBA do Ramal do Agreste, em agosto de 2018.

Organização Social

De maneira geral, o município de Arcoverde está organizado socialmente por meio das
Organizações Não Governamentais (ONGs), clubes, cooperativas de produção,
associações comerciais, de prática religiosa, de representação de categoria, entre outros.

No entorno do Reservatório Ipojuca, 2 sedes de organizações sociais foram identificadas


na área de estudo: o Clube Municipal Theopompo de S. Britto Sobrinho e a Associação
Associação dos Moradores de Aldeia Velha.

O Quadro a seguir, apresenta as organizações sociais identificadas em Arcoverde.

Quadro 6.13. Organizações sociais registradas em Arcoverde - PE.

Organizações Sociais – Arcoverde - PE

Associação Christos
Associação Comercial de Arcoverde – ACA
Associação das Pessoas com Deficiência de Pernambuco
Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Arcoverde
Associação dos Agricultores do Sítio Cafundó e Região
Associação dos Moradores de Aldeia Velha
Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Pedra Vermelha
Associação Pestalozzi de Arcoverde
Associação Raio de Luz
Associação Vida - Desafio Jovem

186
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Organizações Sociais – Arcoverde - PE

Clube Municipal Theopompo de S. Britto Sobrinho


Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco
COOMAF Arcoverde
Cooperativa de Energia e Desenvolvimento do Vale do Ipanema
Cooperativa de Pequenos Produtores Rurais e Indígenas de Hortifrutigranjeiros
e Laticínios do Estado de Pernambuco
Fundação Altino Ventura
Fundação Comprev de Previdência e Assistência
Fundação Jofeco e Comunicação
Fundação Terra
Loja Maçônica Barão do Rio Branco
Pastoral da Sobriedade
Sindicato dos Empregados no Comércio
Sindicato dos Professores da Aesa
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar em
Arcoverde
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco – SINTEPE-
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Arcoverde

Foto 6.189. Sindicato dos Trabalhadores e Foto 6.190. Cooperativa de Energia e


Trabalhadoras da Agricultura Familiar em Arcoverde. Desenvolvimento do Vale do Ipanema. Coordenada
(Coordenada SIRGAS 2000, UTM 24L 714275,58E/ SIRGAS 2000, UTM 24L 712831,35E/ 932426,67N.
931174,02N). Arcoverde-PE. (ago/2018). Arcoverde-PE). (ago/2018).

Foto 6.191. Associação das Pessoas com Deficiência Foto 6.192. Associação Pestalozzi de Arcoverde. UTM
de Pernambuco. Arcoverde (ago/2018). 24L 714618,50/931452,23. Arcoverde-PE. (ago/2018).

187
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.193. Associação dos Moradores de Aldeia Foto 6.194. Clube Municipal Theopompo de S. Britto
Velha. Aldeia Velha. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, Sobrinho. Povoado Ipojuca. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
713607,50E / 930156,70N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 24L, 726853E / 9080362N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Uso e Ocupação do Solo

O uso do solo refere-se à distribuição no território dos diferentes tipos de atividades


geradas pelos múltiplos papéis exercidos pelas sociedades humanas no seu cotidiano, em
situações específicas, particulares e excepcionais. Geralmente, as considerações feitas
em relação aos usos do solo são acompanhadas de considerações em relação às formas
de ocupação.

O município de Arcoverde está inserido no bioma Caatinga, em uma região cujo uso e a
ocupação do solo é caracterizado, em especial, por áreas de caatinga arbórea fechada
(13.440,32 ha), caatinga arbórea aberta (9.754,11 ha), caatinga arbustiva arbórea aberta
(5.695,07 ha), áreas destinadas à prática agropecuária (3.446,74 ha), áreas
caracterizadas por construções (1.690,87 ha), onde se localizam as aglomerações
populacionais, áreas sem vegetação (867,30 ha), e áreas cobertas por reservatórios
(181,28 ha).

Considerando a área de estudo, a utilização do solo se destaca pelas paisagens de


caatinga arbórea aberta (3.942,77 ha), caatinga arbórea fechada (2.197,67 ha) e
caatinga arbustiva arbórea aberta (2.027,56 ha), seguidas das áreas destinadas às
atividades agropecuárias (1.092,30 ha), áreas sem vegetação (145,14 ha), áreas
urbanizadas (21,59 ha), e por áreas cobertas por reservatórios (111,10 ha).

O Quadro 6.14 relaciona a porcentagem do uso e ocupação do solo no território de


Arcoverde e na área de estudo do Reservatório Ipojuca.

188
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Quadro 6.14. Uso do solo no território de Arcoverde e na área de estudo do Reservatório Ipojuca.

Uso do solo Arcoverde (%) Área de Estudo (%)

Caatinga arbórea fechada 38,32% 23,04%

Caatinga arbórea aberta 27,81% 41,34%

Caatinga arbustiva arbórea


16,24% 21,26%
aberta

Agropecuária 9,83% 11,45%

Área sem vegetação 2,47% 1,52%

Áreas urbanizadas /
4,82% 0,23%
construções

Área de reservatórios 0,52% 1,16%

Cabe destacar ainda os imóveis rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que
contabilizam uma área de 25.378,04 hectares distribuída entre 853 propriedades rurais
no município de Arcoverde, cuja média de tamanho dos imóveis é de 26,75 hectares,
sendo a maior propriedade com 1.342,69 hectares e a menor com 0,02 hectares. No
município de Arcoverde, ainda existem muitas áreas não inscritas no CAR. No entanto, na
área de estudo, poucas são as propriedades sem o CAR, conforme expõe a Figura 5.4
apresentada no item 5.3.4.

Aeródromos

Os aeródromos, helipontos, aeroportos e heliportos públicos e privados cadastrados na


Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) com possibilidade de atender o município de
Arcoverde encontram-se sob a coordenada LAT 8° 25' 2'' S LON 37° 5' 1'' W, com
distancia aproximada de 8,4 km da área de estudo e 2,7 km do centro da cidade.

Foto 6.195. Aeródromo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM Foto 6.196. Aeródromo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
24L, 711282,63E / 930053,07N). Arcoverde-PE. 24L, 711282,63E / 930053,07N). Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

189
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Assentamentos Rurais

Os assentamentos rurais são unidades agrícolas produtivas reunidas num determinado


território, antes pertencentes a um único proprietário, que são concedidas a
trabalhadores rurais no compromisso de explorá-las para subsistência com a mão de obra
predominantemente familiar. Nessas áreas é vedada possibilidade de venda, aluguel,
doação, arrendamento ou empréstimo das terras.

Como parte da Política Fundiária Nacional, o Instituto Nacional de Colonização Agrícola


(INCRA), tem como objetivo executar a reforma agrária e realizar o ordenamento
fundiário no país. No painel de assentamentos da Superintendência (SR) 03 –
Pernambuco/Recife do INCRA, dados apontam 342 assentamentos ocupando uma de área
272.243,49 hectares no estado de Pernambuco. Na região do Semiárido os dados são de
155 assentamentos em um território de 121.601,81 hectares (INCRA, 2017).

Nos limites de Arcoverde foram encontrados 3 Projetos de Assentamentos (PAs) por meio
da base de dados do INCRA, cuja área totaliza 12.246.321 hectares, com cerca de 99
famílias assentadas distribuídas entre o PA Pedra Vermelha, PA Serrote Redondo e PA
Queimada da Onça.

Dentre os PAs relacionados, o PA Serrote Redondo e o PA Queimada da Onça encontram-


se localizados dentro da área de estudo e ocupam um território de 4.624.678 e 715.5957
hectares, respectivamente. Ambos PAs apresentam-se com 28 famílias cada e foram
criados pelo INCRA, sendo o PA Serrote Redondo fundado em 22/11/2003 e o PA
Queimada da Onça constituído em 27/12/2007. Já o PA Pedra Vermelha encontra-se à 8
km da área de estudo e abrange um território de 465.686 hectares, onde residem 43
famiílias; também foi criado pelo INCRA em 2/07/2002.

Além dos PAs supracitados, a Secretaria de Agricultura do município, em comunicação


pessoal, relacionou outros 5 assentamentos inseridos nos limites do território de
Arcoverde: PA Tamboril/Caraíbas (46 famílias); PA Fundão (42 famílias); PA Poços (10
famílias); PA Estrela do Norte (9 famílias); e PA Cafundó (9 famílias). No entanto, para
estes PAs não foi possível obterinformações sobre a área ocupada, a distância
aproximada da área de estudo e demais dados acerca do processo de implantação dos
PAs.

Comunidades

O município de Arcoverde é constituído por bairros, distritos e povoados, de modo a


facilitar a orientação e a gestão pública territorial.

190
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Os bairros situam-se dentro da sede municipal, e geralmente são formados por núcleos
familiares da mesma classe social. Nessa divisão, destacam-se entre os bairros mais
populosos: São Cristóvão, Centro, São Geraldo, Coronel Siqueira Campos, Boa Vista,
Santos Dumont, São Miguel, Pôr do Sol, Sucupira, Santa Luzia e Tamboril.

Fora da zona urbana, os distritos e povoados encontram-se dispersos por toda a extensão
territorial de Arcoverde, dentre os quais destacam-se o distrito sede e os povoados
Caraíbas, Serra das Varas, Aldeia Velha, Zumbi, Cocal, Açude Velho, Pedreira, Salgadinho,
Ipojuca, Malhada e Riacho do Mel.

Considerando a área de estudo do Reservatório Ipojuca, foram identificadas 16


comunidades. Por vezes, essas comunidades encontram-se aglomeradas em sítios,
fazendas, povoados ou Projetos de Assentamento (PAs). São elas: Fazenda Catarina;
Fazenda Mulungu; Fazenda Quixaba; Fazenda Vitória; PA Queimada a Onça; PA Serrote
Redondo; Povoado Ipojuca; Sítio Asa Branca; Sítio Cocau; Sítio Escondido; Sítio Floresta;
Sítio Pedreira; Sítio Poços de Baixo; Sítio Poços de Cima; Sítio São Miguel; e Sítio Sorriso.

A identificação das comunidades seguiu o critério de proximidade da área do


Reservatório Ipojuca, assim como a área de estudo proposta. As comunidades foram
então elencadas a partir do mapeamento em campo, com o auxílio de imagens de
satélites, conforme expõe o Quadro 6.16.

Quadro 6.16. Comunidades localizadas no entorno do Reservatório Ipojuca.


Comunidade Referência de Localização

Fazenda Catarina Entorno do Reservatório Ipojuca.

Fazenda Mulungu Faixa de 500m do Reservatório Ipojuca.

Fazenda Quixaba Entorno do Reservatório Ipojuca.

Fazenda Vitória Entorno do Reservatório Ipojuca.

PA Queimada a Onça Entorno do Reservatório Ipojuca.

PA Serrote Redondo Entorno do Reservatório Ipojuca.

Povoado Ipojuca Faixa de 500m do Reservatório Ipojuca.

Sítio Asa Branca Entorno do Reservatório Ipojuca.

Sítio Cocau Entorno do Reservatório Ipojuca.

Sítio Escondido Entorno do Reservatório Ipojuca.

Sítio Floresta Entorno do Reservatório Ipojuca.

Sítio Pedreira Nascente do rio Ipojuca.

191
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Comunidade Referência de Localização

Sítio Poços de Baixo Entorno do Reservatório Ipojuca.

Sítio Poços de Cima Entorno do Reservatório Ipojuca.

Sítio São Miguel Entorno do Reservatório Ipojuca.

Sítio Sorriso Entorno do Reservatório Ipojuca.

Fonte: Mapeamento de comunidades realizado em agosto/2018.

Todas as aglomerações populacionais listada no Quadro 6.16 encontram-se distribuídas


na zona rural do município. Ocasionalmente, as aglomerações intituladas sítios e
fazendas, se apresentam com residências afastadas uma das outras, sendo o
adensamento populacional o distintivo característico dos povoados.

Em agosto de 2018, durante o mapeamento das comunidades do entorno do


Reservatório Ipojuca, a equipe entrevistou 57 moradores, e os questionários
socioeconômicos aplicados serviram de subsídios para as complementações das
informações contidas no presente diagnóstico.

Foto 6.197. Entrevista com a Sra. Cilene Silva. Sítio Foto 6.198. Entrevista com Sra. Carmelita Maria de
Asa Branca. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 727530E Lima. Fazenda Catarina. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
/ 9080602N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 24L, 728504E / 9080466N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

192
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.199. Entrevista com a Sra. Maria José da Silva. Foto 6.200. Entrevista com a Sra. Talia Tainara. Sítio
Sítio Cocau. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 721707E / Cocau. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 721707E /
9075610N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 9075610N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Foto 6.201. Entrevista com o Sr. Cícero Gonçalves de Foto 6.202. Entrevista com a Sra. Lenira Mendonça da
Souza. PA Queimada da Onça. (Coord. SIRGAS 2000, Silva. Sítio Mulungu. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
UTM 24L, 717353E / 9076687N). Arcoverde-PE. 724774E / 9080935N). Arcoverde-PE. (ago/2018).
(ago/2018).

Foto 6.203. Entrevista com a Sra. Maria das Graças da Foto 6.204. Entrevista com a Sra. Maria Aldenice Silva
Silva. PA Serrote Redondo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM dos Santos. PA Serrote Redondo. (Coord. SIRGAS
24L, 724136E / 9077215N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 2000, UTM 24L, 724136E / 9077215N). Arcoverde-PE.
(ago/2018).

193
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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Foto 6.205. Entrevista com a Sra. Maria Aperecida Foto 6.206. Entrevista com a Sra. Ana Paula Santos da
Batista. PA Serrote Redondo. (Coord. SIRGAS 2000, Silva. PA Serrote Redondo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM
UTM 24L, 724328E / 9075653N). Arcoverde-PE. 24L, 724328E / 9075653N). Arcoverde-PE. (ago/2018).
(ago/2018).

Foto 6.207. Entrevista com a Sra. Maria Luciene dos Foto 6.208. Entrevista com o Sr. André Fernandes
Santos Silva. Sítio Poços de Baixo. (Coord. SIRGAS Siqueira. Sítio Poços de Baixo. (Coord. SIRGAS 2000,
2000, UTM 24L, 721637E / 9080530N). Arcoverde-PE. UTM 24L, 722490E / 9077750N). Arcoverde-PE.
(ago/2018). (ago/2018).

Foto 6.209. Entrevista com o Sr. José Pedro da Silva. Foto 6.210. Entrevista com o Sr. José Luiz da Silva.
Sítio Poços de Baixo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, Sítio Poços de Baixo. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
721637E / 9080530N). Arcoverde-PE. (ago/2018). 721637E / 9080530N). Arcoverde-PE. (ago/2018).

Povos Indígenas

O estado de Pernambuco ostenta uma população de 48.683 mil indígenas, sendo


considerado o terceiro estado brasileiro com mais indígenas do país. No estado são

194
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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identificadas 20 etnias, entre as quais destacam-se os povos: Xukuru; Pankararu; Atikum;
Truka; Fulni-ô; Kambiwá; Pankará; Kapinawá; Pipipan; Tuxá; Tumbalala; Kariri-Xocó;
Pankararé; Pankarú; Arara; Tremembé; Diahoi; Kaapor; Paca; e Turiwara. (MS, 2013).

Em Arcoverde nenhuma Terra Indígena – TI é encontrada nos limites territoriais do


município, no entanto nas adjacências foram registradas a TI Xucuru e a Reserva
Indígena Xukuru de Cimbres, conforme detalha o Quadro 6.17.

Quadro 6.17. Terras Indígenas localizadas nas adjacências da área de estudo.

Terra Indígena Distância Aproximada da Área de Estudo (km)

TI Xucuru 3.1

Reserva Indígena Xukuru de Cimbres 12,2

Fonte: FUNAI, 2018.

Povo Indígena Xukuru

Os Xukuru, autodenominados Xukuru do Ororubá, fazem parte um grupo indígena que


habita a Serra do Ororubá, no município de Pesqueira, Pernambuco, que historicamente
teve a ocupação ligada ao aldeamento impulsionado pela Congregação do Oratório de
São Felipe de Néri a partir de 1661, que utilizava a mão de obra indígena na criação de
gado.

Em 1762, por meio do Diretório dos Índios, lei que dispunha sobre os aldeamentos
indígenas elevando-os à condição de vilas ou aldeias, o aldeamento foi elevado à vila,
denominada Vila de Cimbres. Contudo, em função da pressão dos arrendatários sobre as
terras indígenas e a publicação da Lei das Terras, que objetivava a organização da
propriedade rural no Brasil, o aldeamento foi extinto. Os índios que ali viviam
dispersaram-se pelo território, entretanto, mantiveram suas práticas culturais e religiosas
ainda que censuradas.

Com a instalação de uma base do Serviço de Proteção ao Índio na Serra do Ororubá, os


Xukurus tentaram o reconhecimento das terras sem sucesso, tendo em vista os conflitos
que persistiam com proprietários e posseiros de terras.

Após a promulgação da Constituição de 1988, que assegurou os direitos dos povos


indígenas no Brasil, os Xukurus se reorganizaram liderados pelo Cacique Chicão, que foi
assassinado supostamente pelo conflito de terras.

Atualmente, no território da Serra do Ororubá, a população indígena encontra-se


organizada em forma de aldeias, entre as quais destacam-se: a Terra Indígena (TI)
Xucurus e a Reserva Indígena Xukuru de Cimbres. A região é composta por uma cadeia
195
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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de montanhas e uma hidrografia privilegiada, com a existência de açude e rios, como o
Ipanema e Ipojuca, que traduz a fertilidade de parte das terras dos Xukurus.

- Terra Indígena Xucuru

Em 2001, as terras dos Xukurus tiveram demarcação homologada por meio do Decreto
s/n de 02/05/2001 na modalidade de Terras Indígenas Tradicionalmente Ocupadas, de
acordo com o Fundação Nacional do Índio (FUNAI). A Terra Indígena (TI) Xucuru foi
identificada pelo IBGE (2010) com uma população de 7.727 pessoas numa área de
27.555,05 ha que ocupa parte dos municípios de Pesqueira e Poção, em Pernambuco. No
município de Pesqueira, 45 aldeias no Polo Base Xukuru de Ororubá são monitoradas pelo
Ministério da Saúde (MS, 2013).

- Reserva Indígena Xukuru de Cimbres

Na modalidade Reserva Indígena as terras doadas por terceiros, adquiridas ou


desapropriadas pela União, são destinadas à posse permanente dos povos indígenas.
Nesse contexto, e sob o mesmo histórico de ocupação, a Reserva Indígena Xukuru de
Cimbres foi regularizada por meio do Decreto s/n de 05/06/2009 na modalidade Reserva
Indígena, cujo território de 1.166,1793 ha abrange os municípios de Alagoinha, Pedra,
Pesqueira e Venturosa, e apresenta uma população de 1.450 pessoas (IBGE, 2010). Em
Pesqueira, no Polo Base Xukuru de Cimbres, o Ministério da Saúde faz a cobertura de
uma aldeia (Siasi/Sesai, 2013).

Sítios Arqueológicos

O patrimônio histórico e artístico é representado por um conjunto de bens móveis e


imóveis existentes num dado país, seja por meio da vinculação de memórias ou pelos
valores arqueológicos, etnográficos, bibliográficos e artísticos. Considerando que esses
bens fazem parte do patrimônio histórico e artístico nacional, eles têm seu valor
reconhecido pelo tombamento. Monumentos naturais e sítios, entre outras paisagens de
relevância nacional, também estão sujeitas ao tombamento. De acordo com o Decreto-
Lei nº 25, de 30/11/1937, que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico
nacional, as coisas tombadas pertencem à União, aos Estados ou aos Municípios, e são
inalienáveis por natureza.

Da mesma forma, o ato do tombamento reconhece os monumentos arqueológicos e pré-


históricos encontrados em território nacional. A saber, a Lei nº 3.924 de 26/07/1961,
considera monumentos arqueológicos ou pré-históricos: i) as jazidas de qualquer
natureza, origem ou finalidade, que representem testemunhos de cultura dos

196
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
paleoameríndios7 do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou tesos, poços
sepulcrais, jazigos, aterrados, estearias e quaisquer outras não especificadas, mas de
significado idêntico; ii) os sítios nos quais se encontram vestígios positivos de ocupação
pelos paleoameríndios, tais como grutas, lapas e abrigos sob rocha; iii) os sítios
identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de
aldeiamento, "estações" e "cerâmios", nos quais se encontram vestígios humanos de
interesse arqueológico ou paleoetnográfico; iv) as inscrições rupestres ou locais como
sulcos de polimentos de utensílios e outros vestígios de atividade de paleoameríndios.

No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é o responsável


pelo reconhecimento, cadastramento e proteção dos sítios arqueológicos. No Estado de
Pernambuco, o IPHAN tem cadastrado 724 registros arqueológicos, e nenhum é
encontrado no território de Arcoverde. Porém, em campo, no Sítio Pedreira, o
proprietário, Sr. Luiz Gonzaga, afirma que vestígios arqueológicos se encontram gravados
sob uma grande pedra dentro da propriedade. Sob a coordenada SIRGAS 2000 UTM 24L
716066E/ 9078315N e a 8.3 km do Reservatório Ipojuca, seu filho, José Erivan Fernandes
de Freitas, afirma que pesquisadores costumam visitar o local, e que o consentimento de
implosão do monumento já foi sugerido ao proprietário.

Foto 6.211. Sr. José Erivam Fernandes de Freitas, filho Foto 6.212. Vestígio arqueológico. Sítio Pedreira.
do proprietário Sr. Luiz Gonzaga, sob a pedra com (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L, 716066,94E/
vestígios arqueológicos. Sítio Pedreira. (Coord. SIRGAS 921688,15N. Arcoverde-PE. (ago/2018).
2000, UTM 24L, 716066,94E/ 921688,15N). Arcoverde-
PE. (ago/2018).

7
Paleoamericanos e paleoameríndios são termos utilizados para designar os primeiros povos que entraram e, posteriormente, habitaram o
continente americano durante os últimos episódios glaciais do período Pleistoceno tardio.

197
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Foto 6.213. Sr. Luiz Gonzaga. Sítio
Pedreira. (Coord. SIRGAS 2000, UTM 24L,
716066,94E / 921688,15N). Arcoverde-PE.
(ago/2018).

O Programa de Prospecção, Identificação e Monitoramento e Salvamento de Bens


Arqueológicos e de Educação Patrimonial vem trabalhando junto às obras de implantação
do Reservatório Ipojuca a fim de identificar, documentar, salvaguardar, pesquisar e
divulgar os patrimônios arqueológicos e paleontológicos em Arcoverde.

Diante do potencial arqueológico descoberto no município vizinho de Sertânia,


ocorrências arqueológicas e paleontológicas em Arcoverde tendem a aparecer ao longo
da etapa construtiva do reservatório.

Extração Mineral

Dentre os requerimentos de aproveitamento mineral em tramitação no Departamento


Nacional de Produção Mineral – DNPM, 5 (cinco) encontram-se nos limites do território de
Arcoverde e são para a utilização de granito para revestimento e brita. Demais análises
seguem relacionadas no capítulo do meio físico do presente documento.

Possíveis Interferências e Pontos de Atenção

As interferências e os pontos de atenção constituem-se nas ocorrências físicas


(residências, rodovias, vias de acesso, ferrovias, linhas de transmissão e de distribuição,
poços, cercas, barragens, barreiros, etc.) que podem ser impeditivos às obras civis do
Reservatório Ipojuca ou passíveis de medidas de controle e gerenciamento ambiental
para minimizar os impactos socioambientais gerados.

Sobre a área do Reservatório Ipojuca a equipe responsável pelas obras civis identificou
18 pontos de interferências, sendo, 1 rodovia estadual (PE-219), 14 postes de linhas de

198
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
transmissão, 1 residência não habitada e 2 barragens de terra em leito de curso hídrico,
conforme detalha Quadro 6.18. As interposições relacionadas às infraestruturas de
telecomunicação e abastecimento de água não foram contabilizadas nos resultados
apresentados.

Quadro 6.18. Pontos de interferências e de atenção sobre o Reservatório Ipojuca.

Coordenadas (SIRGAS
2000, UTM 24L) Código
Descrição Observação
(desapropriação)
E N
Poste de Linha
724385 9080813 ELTVII-RI-002 -
de Transmissão
Poste de Linha
724069 9080714 ELTVII-RI-002 -
de Transmissão
Poste de Linha
724086 9080485 ELTVII-RI-002 -
de Transmissão
Poste de Linha
725233 9080813 ELTVII-RI-003 -
de Transmissão
725317 9080769 Barragem ELTVII-RI-003 -
Poste de Linha
725424 9080710 ELTVII-RI-004 -
de Transmissão
Poste de Linha
725508 9080691 ELTVII-RI-004 -
de Transmissão
Poste de Linha
725630 9080659 ELTVII-RI-007 -
de Transmissão
Poste de Linha
725778 9080622 ELTVII-RI-007 -
de Transmissão
Poste de Linha
725925 9080586 ELTVII-RI-007 -
de Transmissão
Poste de Linha
726266 9080501 ELTVII-RI-007 -
de Transmissão
Poste de Linha
726383 9080463 ELTVII-RI-007 -
de Transmissão
Poste de Linha
726443 9080443 ELTVII-RI-007 -
de Transmissão
725986 9080568 Rodovia PE-219 ELTVII-RI-008 -

726104 9080681 Barragem ELTVII-RI-009 -


Poste de Linha
726094 9080542 ELTVII-RI-009 -
de Transmissão
Poste de Linha
724063 9080755 ELTVII-RI-002/1 -
de Transmissão
Poste de Linha
723938 9080733 ELTVII-RI-002/1 -
de Transmissão
Liberada para
726229 9080717 Casa ELTVII-RI-009
Demolição
726599 9080533 Casa ELTVII-007 Demolida

199
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Coordenadas (SIRGAS
2000, UTM 24L) Código
Descrição Observação
(desapropriação)
E N
Liberada para
726700 9080796 Casa ELTVII-009
Demolição

Devido à existência de acessos vicinais transpondo a área do Reservatório Ipojuca, há de


se prever alternativas de vias de acesso para a circulação dos moradores, a fim de
garantir o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais locais.

Diante da realidade observada nos outros reservatórios em operação no município de


Arcoverde, cabe antecipadamente prognosticar alertas de circulação de pessoas
autorizadas, risco de afogamento e proibição de animais, ponderar novas alternativas
para a Rodovia Estadual PE-219, além de garantir áreas seguras para o abastecimento de
caminhões-pipa.

Pontos Relevantes Citados no Plano Diretor

O Plano Diretor constitui-se num instrumento básico da política de desenvolvimento e de


expansão urbana municipal que tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Esse instrumento
deve ser fixado em lei e é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes
(BRASIL, 1988).

Em Arcoverde o Plano Diretor foi criado em 2007 por meio da Lei Municipal nº
2.111/2007, de 15/10/2007, que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental Integrado do município de Arcoverde como instrumento básico da política de
gestão e desenvolvimento urbano e ambiental do município.

No parágrafo único do Art. 4º o documento considera como patrimônio ambiental, o


patrimônio natural e construído, arqueológico, histórico e artístico-cultural, sendo este
material ou imaterial, constitutivos da identidade cultural e da paisagem urbana e rural
do município.

O Art. 9º destaca o princípio da gestão democrática como sendo o processo decisório


mediante o qual é assegurada a participação efetiva dos cidadãos, individualmente ou
por meio de organizações representativas dos diferentes segmentos da sociedade civil,
na formulação, execução e controle das políticas públicas.

Como objetivos da política de gestão e desenvolvimento urbano e ambiental do


município, o Art. 10º destaca a promoção do pleno desenvolvimento das funções
socioeconômicas em harmonia com o meio ambiente ecologicamente equilibrado, o
200
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
ordenamento territorial adequado a densidade ocupacional da infraestrutura existente ou
projetada, e a proteção e preservação do patrimônio ambiental do município. Nesse
contexto, o Art. 11 estabelece como diretriz de gestão e desenvolvimento no município, a
oferta dos serviços públicos de abastecimento de água por meio da cooperação entre os
governos e da parceira com a iniciativa privada e demais segmentos da sociedade.

O Art. 13 indica para a política de gestão e desenvolvimento, a análise da realidade local


e das potencialidades do município, por meio de debates e contribuições dos poderes e
da população local, representados pelas suas entidades e lideranças, dentro do processo
participativo. Dentre as diretrizes incluem-se as recomendações socioambientais, que
compreendem desde a política de preservação e proteção do patrimônio ambiental do
município, às ações de saneamento básico e de abastecimento de água, visando o
equilíbrio ecológico e a melhoria da qualidade de vida da população, entre outras
recomendações.

Os parágrafos II e III do Art. 18 destacam o controle efetivo do uso e ocupação de


margens de cursos d'água, das áreas sujeitas à inundação, dos mananciais, das áreas de
alta declividade, das cabeceiras de drenagem, das áreas de risco e áreas non aedífícandi,
assim como o controle efetivo da poluição da água e do ar para evitar a contaminação do
solo e subsolo, por meio de critérios, parâmetros e definição de metas para evitar
incômodos a vizinhança e danos ambientais. Demais diretrizes para a implantação do
Plano Diretor Integrado encontram-se dispostas na Política Municipal do Meio Ambiente.

Ainda no Art. 18, o parágrafo XII dispõe acerca da transformação dos fragmentos
florestais, dos cursos d'água, das nascentes e cachoeiras, dos açudes e lagoas, e das
serras existentes em Áreas de Preservação Permanente (APP), e esclarece que qualquer
intervenção deve considerar a identificação, a delimitação e o cadastramento, bem como
as Áreas de Reserva Legal (ARL) e as Unidades de Conservação (UC).

No que tange ao saneamento ambiental integrado, o Plano Diretor estabelece em seu Art.
20, que o município deverá instituir um Plano de Gestão do Saneamento Ambiental
Integrado (PSAI), que associar-se-á às atividades de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, manejo das águas pluviais, pavimentação, limpeza urbana,
instalações hidra-sanitárias, mediante ações de manejo das águas pluviais, controle de
vetores e reservatórios de doenças transmissíveis e educação sanitária e ambiental.

No mesmo Art. 20, inciso 5°, diz que o PSAI deverá pautar-se em um diagnóstico dos
sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, resíduos sólidos, manejo
das águas pluviais e controle de vetores, a partir da definição e implantação de
indicadores sanitários, epidemiológicos e socioambientais.

201
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
De acordo com o Art. 24, o serviço público de esgotamento sanitário deverá assegurar à
população o acesso a um sistema de coleta e tratamento adequado dos esgotos e águas
servidas, objetivando minimizar os altos índices de doenças de veiculação hídrica ou
relacionadas ao saneamento, que provoquem insalubridade e danos ao meio ambiente.

No manejo das águas pluviais e drenagens urbanas, o Art. 27 destaca como objetivo dos
serviços públicos, o gerenciamento da rede hídrica no território municipal, bem como a
busca do equilíbrio sistêmico de absorção, retenção e escoamento das águas pluviais.

Quanto ao abastecimento de água, o Art. 30 estabelece que o serviço público de


abastecimento de água deverá ser prestado na perspectiva de assegurar a todo munícipe
a oferta domiciliar de água para consumo residencial regular, com qualidade compatível
aos padrões exigidos nas normas editadas em âmbito federal e estadual, sendo ações
prioritárias:

 a realização de obras estruturadoras para o atendimento à totalidade da


população municipal;
 a definição de mecanismos de controle operacional para garantia da eficácia de
eficiência dos serviços; e
 a definição de metas para redução das perdas de água e para implantação de
programa de reutilização de águas servidas.

Para efeitos do ordenamento territorial, o Art. 36 divide o município de Arcoverde em 2


(duas) Macrozonas, que devem ser consideradas no macrozoneamento e demais
unidades de divisão territorial, a saber:

 a Macrozona Rural, que compreende a área do município destinada a atividades


agropecuárias e de extrativismo, abrangendo os sistemas agroflorestais e
florestais, os cursos d’água e demais ecossistemas; e
 a Macrozona Urbana, a qual contempla, principalmente, os usos residenciais,
comerciais e de serviços, bem como as atividades industriais, cujo perímetro é
definido na Lei Municipal nº 1.892, de 24 de novembro de 1998.

Em complementação ao ordenamento territorial, o Art. 37 determinada as subdivisões


das Macrozonas em unidades específicas de planejamento, expressando:

 as características socioeconômicas e geomorfológicas das regiões;


 a forma de uso e ocupação do solo e a destinação das diferentes regiões;
 o potencial socioeconômico;
 a infraestrutura existente e projetada;
 a legislação aplicável.

202
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Para fins de ordenamento territorial na Macrozona Rural, o Art. 41 do Plano Diretor
destaca a obediência à legislação aplicável à matéria, em especial às leis e atos que
tratam da gestão e controle ambiental, bem como aos artigos 126 a 134 e 135 a 147 da
Lei Orgânica do Município de Arcoverde.

Nesse contexto, o inciso 1º do Art. 41 considera os seguintes critérios para o


ordenamento territorial na Macrozona Rural:

 tipos de solo, amparado nas características geomorfológicas;


 cursos d’água;
 tipos de vegetação e fauna;
 demais ecossistemas; e
 atividades socioeconômicas instaladas ou com potencial de implantação.

O Art. 42 destaca a instituição, mediante lei específica, do zoneamento da Macrozona


Rural, bem como as normas e parâmetros de uso e ocupação do solo e tipo de
parcelamento a ser permitido, respeitada a legislação aplicável, incluindo a que regula a
política ambiental.

As Áreas de Preservação Permanente (APP) do município de Arcoverde encontram-se


relacionadas no Art. 43, entre as quais destacam-se: (I) APP rio Ipojuca; (V) APP do riacho
Ipojuca; (XIII) APP da nascente do Rio Ipojuca; entre outras áreas.

Para fins de delimitação da faixa de proteção dos rios, riachos e demais cursos d'água
existentes no município, o Art. 44 toma como parâmetro a sua largura desde o seu nível
mais alto, alcançado por ocasião da cheia sazonal do curso d'água perene ou
intermitente, conforme as seguintes especificações:

 de 30 (trinta) metros, para os cursos d’água com menos de 10 (dez) metros de


largura;
 de 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'água com largura entre 10 (dez) e 50
(cinquenta) metros;
 de 100 (cem) metros, para os cursos d'água com largura entre 50 (cinquenta) e
200 (duzentos) metros.

Para a proteção do entorno das lagoas, lagos ou reservatórios 'água naturais ou


artificiais, o Art. 45 descreve as faixas que devem ser preservados:

 uma faixa com metragem mínima de 30 (trinta) metros de largura, para os que
estejam situados em áreas urbanas consolidadas;
 uma faixa de 100 (cem) metros de largura, para os que estejam em áreas rurais,
exceto os corpos d'água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa
203
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
marginal será de 50 (cinquenta) metros, em conformidade com as Resoluções do
Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA nº. 302 e nº 303, de 20 de março
de 2002;
 um raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura, para as nascentes, ainda
que intermitentes, e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua
situação topográfica.

Por fim, o parágrafo IV do Art. 55 descreve o Setor de Proteção Ambiental (SPA) como
sendo as áreas verdes existentes ao longo dos rios e cursos d'água, as quais se
encontram fora dos limites estabelecidos pelo Código Florestal Brasileiro, mas que
deverão ser recuperadas, preservadas, a partir de sua identificação e delimitação,
mediante plano específico, em que deverão constar os parâmetros a serem adotados
para sua mudança de função e alteração como parques públicos.

204
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
7. ASPECTOS LEGAIS

7.1. INTRODUÇÃO
No que se refere às normas do Direito Pátrio que regulamentam as diversas variáveis que
envolvem a elaboração de um Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de
Reservatórios Artificiais (PACUERA) devem ser destacadas várias disposições que
encontram-se consignadas na Carta Magna de 1988, e em esparsa legislação
infraconstitucional elaborada nas 03 (três) esferas de governo.

A Constituição vigente prevê, no caput do art. 225, a necessidade de que o poder


públicoatue conjuntamente com a coletividade na defesa e preservação do meio
ambiente para as presentes e futuras gerações. O citado mandamento constitucional
impulsionou a edição de novas leis voltadas para a proteção e preservação do meio
ambiente, que se somaram à legislação já editada, fortalecendo, desta forma, o
arcabouço legal brasileiro. No âmbito federal várias dessas normas repercutem, de forma
direta ou indireta, na elaboração do PACUERA, como as que instituíram a Política Nacional
do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981), o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) e algumas
resoluções elaboradas no âmbito do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.

A Constituição Federal prevê que a competência para legislar sobre meio ambiente é
concorrente entre a União, os Estados e os Municípios. Isso significa que à União cabe

estabelecer as normas gerais, podendo os Estados (e o Distrito Federal) legislarem de


forma complementar às normas federais, cabendo, por último, aos Municípios legislarem
sobre assuntos de interesse local, de forma suplementar às normas federais e estaduais.

É nesse contexto que o Estado de Pernambuco consignou, em seu texto constitucional

(Poder Constituinte Derivado Decorrente) e na legislação infraconstitucional, regras que

dispõe sobre a proteção e a conservação do meio ambiente.

Na esfera municipal, cumpre assinalar que o Município de Arcoverde possui, além da sua
Lei Orgânica, Plano Diretor instituído por lei.

7.2. DA LEGISLAÇÃO EM ESPÉCIE

Em relação à Carta Magna também merecem destaque o inciso XXIII do art. 5º, o art.
182, o inciso II do art. 186 e os incisos I, II, IIII, IV do § 1º do art. 225 da CF que dispõem,

respectivamente, sobre a função social da propriedade, a Política de Desenvolvimento

205
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Urbano, a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio
ambiente e sobre a efetivação de medidas que visam assegurar um meio ambiente
equilibrado.

No que se refere às leis federais que repercutem na elaboração do PACUERA destacam-


se, como mencionado anteriormente, as Leis nº 12.651/2012 e 6.938/1981 que dispõem,
respectivamente, sobre o Código Florestal e a Política Nacional do Meio Ambiente.

Também merecem destaque quando se trata de legislação federal aplicável ao PACUERA


as Leis nº 3.924/1961 (sobre os Monumentos Arqueológicos e Pré-históricos), 4.504/1964
(Estatuto da Terra), 5.197/1967 (Proteção à Fauna), 6.015/1973 (registros públicos),
6.513/1977 (Criação de Áreas Especiais e Locais de Interesse Turístico), 6.766/1979
(Parcelamento do Solo Urbano), 6.894/1980 (sobre a inspeção e fiscalização da produção
e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes,
destinados à agricultura) alterada pela 12.890/2013, 6.902/1981 (Criação de Estações
Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental), 7.802/1989 (sobre a pesquisa, a
experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento,
a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção
e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins), 9.433/1997 (Instituição da
Política Nacional de Recursos Hídricos), 9.537/1997 (a segurança do tráfego aquaviário
em águas sob jurisdição nacional), 9.605/1998 (Sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente), 9.985/2000 (Instituição do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza), 10.257/2001 (Estatuto das
Cidades), 11.428/2006 (a Utilização e Proteção da Vegetação Nativa do Bioma Mata
Atlântica), 11.445/2007 (estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico)
alterada pela Medida Provisória 844/2018, 11.771/2008 (Política Nacional do Turismo),
11.959/2009 (Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da
Pesca) e 12.305/2010 (Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos), e ainda o Decreto-
Lei nº 3.365/1941 (desapropriação por utilidade pública), o Decreto nº 24.643/1934
(instituiu o Código de Águas) e o Decreto-Lei nº 221/1967 (dispõe sobre a proteção e
estímulos à pesca), alterado pela Lei nº 11.959/2009.

Objetivando a regulamentação de algumas das leis mencionadas no subitem anterior


foram editados os Decretos nº 59.428/1966 (regulamentou dispositivos da Lei nº
4.504/1964 – Estatuto da Terra), 99.274/1990 (regulamentou as Leis nº 6.902/1981 e
6.938/1981), 2.596/1998 (regulamentou a Lei nº 9.537/1997, que dispõe sobre a
segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional), 4.340/2002
(regulamentou artigos da Lei nº 9.985/2000), 4.613/2003 (regulamentou o Conselho
Nacional de Recursos Hídricos), 6.514/2008 e 6.686/2008 (regulamentaram a Lei nº

206
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais), 6.660/2008 (regulamentou a Lei nº
11.428/2006), 7.217/2010 (regulamentou a Lei nº 11.445/2007), 7.404/2010
(regulamentou a Lei nº 12.305/2010).

Ainda em relação à legislação federal é necessário destacar que por disposição expressa
contida no Decreto Federal nº 99.274/1990, mais especificamente em seu art. 7º, incisos
VI, VIII e XVIII, o Conselho Nacional do Meio Ambiente/CONAMA possui Poder
Regulamentar, podendo editar normas sob a forma de resoluções.

Diante disso, devem ser observados quando da elaboração do PACUERA as várias


resoluções editadas pelo CONAMA, dentre as quais destacam-se as Resoluções nº
237/1997, 302/2002, 357/2005 (alterada pelas 370/2006, 397/2008, 410/2009 e
430/2011, e complementada pela 393/2009), 369/2006 e 459/2013.

Acrescente-se, ainda, a Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente nº 006, de


23 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira
Ameaçadas de Extinção e as Instruções Normativas do Ministério do Meio Ambiente nº
003/2003, 005/2004 e 052/2005 que dispõem, respectivamente, sobre a Lista Oficial das
Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (considerando apenas os seguintes
grupos de animais: anfíbios, aves, invertebrados terrestres, mamíferos e répteis), a Lista
Oficial das Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Ameaçados de Extinção e Sobre-
explotados ou Ameaçados de Sobre-explotação e a Alteração dos anexos I e II da
Instrução Normativa MMA nº 05, de 21 de maio de 2004 (fonte: site Ministério do Meio
Ambiente – endereços eletrônicos:
http://www.mma.gov.br/estruturas/179/_arquivos/179_05122008033615.pdf e http:
//homolog-w.mma.gov.br/).

Já a Constituição do Estado de Pernambuco assinala alguns artigos que dispõem sobre o


meio ambiente, dentre os quais se destacam os arts. 204/206, 209/210, 213/215, 217,
219/220.

Em relação à Legislação Estadual de Pernambuco merecem destaque as Leis nº


12.984/2005 e 11.206/1995 que dispõem, respectivamente, sobre a Política Estadual de
Recursos Hídricos, o Plano Estadual de Recursos Hídricos e a instituição do Sistema de
Gerenciamento de Recursos Hídricos e a Política Florestal Estadual. Também merece
atenção a Lei nº 13.787/2009, que instituiu o Sistema Estadual de Unidades de
Conservação e a Lei nº 14.236/2010, que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos
Sólidos.

207
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
7.3. DOS PRINCIPAIS DISPOSITIVOS APLICÁVEIS AOS PACUERAS

Legislação Federal

Como mencionado anteriormente, a Constituição Federal, em seu art. 225, impõe ao


Poder Público e à coletividade, o dever de defender e preservar o meio ambiente
equilibrado para as presentes e futuras gerações. Também devem ser destacados os
incisos I, III, IV, V e VII do § 1º do art. 225 por possuírem uma vinculação estreita com a
elaboração dos Planos Ambientais de Uso e Conservação do Entorno de Reservatórios
Artificiais.

O inciso IV do art. 225 prescreve que para a instalação de obras ou atividades com
potencial de degradação do meio ambiente faz-se necessário, nos termos da lei, a
elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental.

Em relação ao Código Florestal Brasileiro (Lei Federal nº 12.651/2012) é importante


consignar que o referido diploma legal considera o entorno dos reservatórios de águas
naturais ou artificiais como áreas de preservação permanente, conforme disposição
contida no inciso III do artigo 4º. Observa-se que a Resolução CONAMA nº 302/2002, que
dispõe sobre os parâmetros, definições e limites para as áreas de preservação
permanente dos reservatórios artificiais, estabelecendo, ainda, a obrigatoriedade de
elaboração de Planos Ambientais de Conservação e Uso do seu entorno (caput do artigo
4º), foi mantida após a edição do novo Código Florestal. Segundo a mencionada
resolução será considerada área de preservação permanente a área do entorno do
reservatório, projetada horizontalmente, devendo possuir a distância de 30 (trinta)
metros para reservatórios artificiais situados em áreas urbanas consolidadas e de 100
(cem) metros para as áreas rurais contados a partir do nível máximo normal (inciso I do
art. 3º.). Importante consignar que o inciso V do art. 2º da mesma resolução assinala a
definição de área urbana consolidada por meio do estabelecimento de alguns critérios.

Os mencionados limites para as áreas de preservação permanente dos entornos de


reservatórios artificiais poderão ser ampliados ou reduzidos devendo-se sempre observar
a distância mínima de 30 (trinta) metros, conforme consignado no licenciamento
ambiental e no plano de recursos hídricos da bacia onde o reservatório estiver inserido (§
1º do art. 3º da Resolução no 302/2002). São exemplos de critérios a serem observados
quando da ampliação ou redução dos limites das áreas de preservação permanente em
relação ao PACUERA: características ambientais da bacia hidrográfica, geologia,
geomorfologia, hidrogeologia e fisiografia da bacia hidrográfica, tipologia vegetal,
finalidade do uso da água, uso e ocupação do solo no entorno, etc. (§ 4º do art. 3º da
Resolução no 302/2002).

208
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Já o caput do art. 4º da Resolução CONAMA nº 302/2002 estabelece que o empreendedor,
ao elaborar o PACUERA, deve observar o termo de referência elaborado pelo órgão
ambiental competente. Os §§ 4º e 5º do art. 4º da mencionada resolução estabelecem
que o PACUERA poderá indicar áreas para a implantação de pólos turísticos e de lazer no
entorno do reservatório desde que respeitada a legislação municipal, estadual e federal,
bem como esteja devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente.

Quanto à Resolução CONAMA no 303/2002, ressalte-se que ela também prescreve


dispositivos aplicáveis aos Planos Ambientais de Conservação e Uso do Entorno de
Reservatórios Artificiais. Merecem destaque as alíneas “a” e “b”, inciso III, do art. 3º, que
estabelecem parâmetros objetivos sobre áreas de preservação permanente.

Vale também registrar que o Código Florestal considera como áreas de preservação
permanente as áreas com declividade superior a 45° graus e os topos de morros,
montes, montanhas e serras, conforme dispõe os incisos V e IX do art. 4º.

No art. 5º do Código Florestal, com redação dada pela Lei nº 12.727/2012, estabeleceu-
se, na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou
abastecimento público, a obrigatoriedade da aquisição, desapropriação ou instituição de
servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente
criadas em seu entorno, conforme definido no licenciamento ambiental, observando-se a
faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a
faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana.

No parágrafo único do mesmo artigo, exige-se do empreendedor a elaboração do Plano


Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, em conformidade
com termo de referência expedido pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, não podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) do total da Área
de Preservação Permanente.

O PACUERA, para os empreendimentos licitados a partir da vigência da Lei nº


12.651/2012, deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o
Projeto Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empreendimento, não
constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de instalação.

Outro instituto que necessariamente tem de ser mencionado é a Reserva Legal. Segundo
o disposto no inciso III do art. 3º, do Código Florestal, Reserva Legal é a área localizada
no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a
função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do
imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover
a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da

209
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
flora nativa. Toda propriedade rural deve conter uma área reconhecida como reserva
legal, cujo percentual varia dependendo da região onde se localiza o imóvel rural. Para a
região da Amazônia Legal o percentual é de 80%, sendo de 35% para o Cerrado e de 20%
para as demais regiões do país.

Ainda em relação às reservas legais foi editado pelo Poder Executivo Federal o Decreto nº
6.514/2008 (alterado pelo Decreto nº 6.686/2008) que estabeleceu o prazo limite de 11
de dezembro de 2009 (§§ 1º e 5º do art. 55 c/c art. 152 do Decreto nº 6.514/2008, com a
redação dada pelo Decreto no 6.686/2008) para que as áreas destacadas como reservas
legais fossem averbadas no Cartório de Registro de Imóveis onde o imóvel encontra-se
matriculado. Posteriormente, foi editado o Decreto nº 7.029/2009 (revogado pelo Decreto
nº 7.830/2012), que instituiu o Programa Federal de Apoio à Regularização Ambiental de
Imóveis Rurais e estipulou um novo prazo limite para a averbação da reserva legal no
Cartório de Registro de Imóveis para o dia 11 de junho de 2011. Posteriormente, o
Decreto no 7.497, de 09 de junho de 2011, estendeu este prazo até 11 de dezembro de
2011. A partir desta data os proprietários que não regularizarem suas reservas serão
notificados para adotarem providências no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena
de aplicação de multa (§§ 1º e 5º do art. 55 c/c art. 152 do Decreto no 6.514/2008.

Já em relação à Lei Federal nº 6.938/1981 é importante transcrever a disposição contida


no art. 10, que possui a seguinte redação:

“Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de


estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetivas e potencialmente poluidores, bem como os capazes,
sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de
prévio licenciamento por órgão estadual competente, integrante do
Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, e do Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, em caráter
supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.”

As regras gerais sobre o licenciamento ambiental foram estabelecidas pelo Decreto nº


99.274/1990 (art. 17 e seguintes). Também estão consignados procedimentos sobre
licenciamento ambiental na Resolução CONAMA nº 237/1997.

Ainda em relação ao licenciamento ambiental é necessário destacar o rito para a


realização das consultas públicas, conforme prevê o § 2º do art. 4º da Resolução CONAMA
nº 302/2002, a seguir transcrito: “§ 2º. A aprovação do plano ambiental de conservação e
uso do entorno de reservatórios artificiais deverá ser precedida da realização de consulta
pública, sob pena de nulidade do ato administrativo, na forma da Resolução CONAMA nº
09, de 3 de dezembro de 1987, naquilo que for aplicável, informando-se o Ministério
210
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Público com antecedência de trinta dias da respectiva data”. Também deverá ser ouvido
o respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica, se instituído, quando da análise do PACUERA.

Na elaboração de um PACUERA também deve ser observado o conteúdo da Resolução


CONABIO nº 05/2009, que tem como finalidade: “prevenir e mitigar os impactos
negativos de espécies exóticas invasoras sobre a população humana, os setores
produtivos, o meio ambiente e a biodiversidade, por meio de planejamento e execução
de ações de prevenção, erradicação, contenção ou controle de espécies exóticas
invasoras com a articulação entre os órgãos dos Governos Federal, Estadual e Municipal e
a sociedade civil, incluindo a cooperação internacional.”

Em relação aos recursos hídricos destaca-se a Lei Federal nº 9.433/1997, mais


especificamente seus arts. 6º (e seguintes), 9º (e seguintes), 11 (e seguintes) e 19 (e
seguintes) que dispõem, respectivamente, sobre o Plano Nacional de Recursos Hídricos, o
enquadramento dos corpos d’água em classes, a Outorga de Direitos de Uso de Recursos
Hídricos e a Cobrança do Uso de Recursos Hídricos. Também se destacam as disposições
contidas no art. 37 (e seguintes) da Lei nº 9.433/1997 e a Resolução do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos/CNRH nº 05/2000, que são específicas aos Comitês de
Bacias Hidrográficas. Também em relação aos recursos hídricos é necessário mencionar a
Resolução no 357/2005 do CONAMA (alterada pelas Resoluções CONAMA nº 370/2006,
397/2008, 410/2009 e 430/2011, e complementada pela 393/2009), que dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e as diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

Legislação Estadual

Os principais dispositivos da Constituição do Estado de Pernambuco que tratam do tema


meio ambiente são os arts. 204/206, 209/210, 213/215, 217, 219/220 que dispõem,
respectivamente, sobre os princípios que devem nortear o desenvolvimento e a proteção
do meio ambiente, sobre a proteção as áreas de interesse ambiental, sobre os
instrumentos do processo de gestão ambiental, sobre os princípios da Política Estadual de
Meio Ambiente, sobre o Plano Estadual de Meio Ambiente, sobre a garantia ao livre
acesso às águas públicas estaduais, para dessedentação humana e animal, sobre a
Política Florestal Estadual, sobre a instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação ambiental, quando será exigido estudo prévio de
impacto ambiental, sobre a recuperação e proteção do solo agrícola, sobre o regime
jurídico das águas e implantação de um processo permanente de gestão de recursos
hídricos.

Em relação à Lei nº 11.206/1995, que dispõe sobre a Política Florestal do Estado de


Pernambuco destacam-se às disposições contidas nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII do
211
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
art. 3º do referido diploma legal que dispõem, respectivamente, sobre: a ética ambiental
como paradigma para orientar as intervenções públicas promotoras do desenvolvimento
econômico e social do Estado; a função social da propriedade; o uso racional das florestas
e demais formas de vegetação; a importância social, ecológica e econômica das florestas
e demais formas de vegetação; a proteção e recuperação das florestas e demais formas
de vegetação que constituem responsabilidade do Poder Público e de toda a sociedade; a
gestão das florestas e demais formas de vegetação que será dirigida à integração entre o
Estado e os governos federal e municipal, e a parceria com a comunidade empresarial e
os segmentos organizados da sociedade, voltados para a valorização dos recursos
naturais; o acesso à informação relativa ao meio ambiente, seus mecanismos e
instrumentos de defesa que constituem um direito da coletividade a ser necessariamente
atendida; a adoção das bacias hidrográficas como unidade de planejamento
agrosilvopastoril, visando o uso sustentado dos recursos naturais. Os objetivos da Política
Florestal do Estado de Pernambuco estão previstos no art. 4º, a seguir transcrito:

“Art. 4º - A Política Florestal do Estado de Pernambuco tem por


objetivos: I – a proteção da flora e da fauna, dos processos
ecológicos essenciais e a promoção do manejo ecológico das
espécies e ecossistemas; II - o controle da exploração florestal em
bases conservacionistas; III - a preservação da biodiversidade e a
integridade do patrimônio genético do Estado; IV - a promoção da
recuperação de áreas degradadas e a proteção de áreas ameaçadas
de degradação; V – a promoção da educação ambiental em todos os
níveis de ensino e da conscientização pública para a proteção das
florestas e demais formas de vegetação; VI - o desenvolvimento
econômico e social visando a melhoria da qualidade de vida e a
manutenção do equilíbrio ecológico; VII - a proteção dos
ecossistemas dos biomas, e mananciais com a preservação de áreas
representativas; VIII - o estímulo ao estudo, à pesquisa e ao
desenvolvimento de tecnologias orientadas para o uso racional e a
proteção das florestas e demais formas de vegetação”.

Os instrumentos de Política Florestal do Estado de Pernambuco estão previstos no art. 6º


da Lei nº 11.206/1995, transcritos a seguir: I - Diagnóstico do Setor Florestal do Estado de
Pernambuco; II - Programa de Desenvolvimento Florestal; III - Planos de Manejo Florestal;
IV - Lista das Espécies da Flora e Fauna Raras, Endêmicas e Ameaçadas de extinção; V -

212
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Critérios, padrões e normas relativas ao uso, e ao manejo de recursos naturais, e
exploração econômica das florestas e demais formas de vegetação; VI - Espaços
territoriais especialmente protegidos, criados e mantidos pelo Poder Público; VII -
Zoneamento Agro- Ecológico e Econômico-Florestal; VIII - Estudo Prévio de Impactos
Ambientais; IX - Monitoramento das florestas e demais formas de vegetação; X -
Licenciamento e revisão de atividades utilizadoras de recursos naturais efetivas ou
potencialmente degradadoras das florestas e demais formas de vegetação; XI -
Penalidades disciplinares e compensatórias das medidas necessárias à preservação dos
recursos naturais, ou recomposição do dano ambiental; XII - incentivos à produção,
pesquisa e preservação florestal; XIII – Educação ambiental formal e informal; XIV -
Sistema Estadual de informações Florestais; XV – Extensão Florestal; XVI - Cooperação
institucional, técnica e científica, em níveis nacionais e internacionais; XVII - Sistema
Estadual de Unidades de Conservação; XVIII - Incentivos fiscais e financeiros. Por último,
destacam-se os incisos II, IV, V e VI do art. 9º, que dispõem sobre as áreas consideradas
de preservação permanente. Podem ser citados como áreas de preservação permanente
previstas no mencionado diploma legal: II - ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios
d´água naturais ou artificiais; IV - no topo de morros, montes e montanhas; V - nas
encostas ou partes destas e VI - em altitudes superiores a 750 (setecentos e cinquenta)
metros.

Ainda em relação aos recursos hídricos destaca-se a Lei Estadual nº 12.984/2005, que
instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos, o Plano Estadual de Recursos Hídricos e
o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Mais especificamente nos arts. 9º (e
seguintes) 12 (e seguintes), 16 (e seguintes) e 22 (e seguintes), o referido diploma legal
dispôs, respectivamente, sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos, o enquadramento
dos corpos d’água em classes, a Outorga de Direitos de Uso de Recursos Hídricos, a
Cobrança do Uso de Recursos Hídricos e os Comitês de Bacia Hidrográfica.

Na Política Estadual de Resíduos Sólidos de Pernambuco, instituída pela Lei nº


14.236/2010, destacam-se as seguintes informações: i) Os princípios da Política Estadual
de Resíduos Sólidos previstos no art. 5º são os seguintes: I - atendimento e
implementação da hierarquia dos princípios de Redução, Reutilização e Reciclagem (3Rs);
II - incentivo, conscientização e motivação às práticas de redução, reutilização e
tratamento de resíduos sólidos, bem como, da destinação final ambientalmente
adequada; III - desenvolvimento de processos que busquem a alteração dos padrões de
produção, consumo sustentável e consciente de produtos e serviços; IV - integração com
as políticas sociais dos governos federal, estadual e municipais; V - acesso da sociedade
aos serviços de limpeza urbana; VI - adoção do princípio do poluidor-pagador e protetor-
recebedor; VII - integração dos catadores de materiais recicláveis nas ações que
envolvam o fluxo organizado de resíduos sólidos, com adoção de práticas e mecanismos
213
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
que respeitem as diversidades locais e regionais; VIII - responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos; IX - incentivo a reciclagem; X - transparência,
participação e controle social; XI - responsabilidade do descarte pela coletividade e poder
público.

Já os objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos, previstos no art. 6º, são os


seguintes: I - proteger o meio ambiente, garantir o uso racional dos recursos naturais e
estimular a recuperação de áreas degradadas; II - implementar a gestão integrada de
resíduos sólidos; III - fomentar a cooperação interinstitucional para o gerenciamento dos
resíduos sólidos; IV - promover ações de educação ambiental, especialmente quanto ao
descarte adequado dos resíduos por parte da coletividade; V - promover ações voltadas à
inclusão social de catadores de materiais recicláveis; VI - erradicar o trabalho infantil nas
ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos; VII - disseminar informações
relacionadas à gestão dos resíduos sólidos; VIII - fomentar a implantação do sistema de
coleta seletiva nos Municípios; IX - priorizar nas aquisições governamentais os produtos
recicláveis e os reciclados; X - estimular a regionalização da gestão dos resíduos sólidos;
XI - fomentar a cooperação intermunicipal, estimulando a busca de soluções consorciadas
para gestão de resíduos sólidos; XII - incentivar a pesquisa, o desenvolvimento, a adoção
e a divulgação de novas tecnologias de reciclagem e compostagem, tratamento,
destinação e disposição final de resíduos sólidos, inclusive de prevenção à poluição; XIII -
fomentar a maximização do aproveitamento dos resíduos orgânicos para a
compostagem.

As diretrizes da Política Estadual de Resíduos Sólidos, previstas no art. 7º, são as


seguintes: I - minimização e eliminação do lançamento de poluentes a partir do
desenvolvimento e adoção de tecnologias limpas; II - fortalecimento institucional para a
implementação da gestão integrada dos resíduos sólidos; III - implantação de programas
de educação ambiental; IV - incentivo à criação, ao desenvolvimento e à capacitação de
associações ou cooperativas de catadores e de classificadores de resíduos sólidos,
visando o reaproveitamento destes materiais e inclusão no ciclo produtivo, a fim de
consolidar o processo de coleta seletiva; V - promoção da gestão integrada, regionalizada
e consorciada dos resíduos sólidos entre Poder Público e demais segmentos da sociedade
civil; VI - estímulo e apoio à implantação de consórcios públicos intermunicipais e/ou
interestaduais, com vistas à viabilização de soluções conjuntas das questões dos resíduos
sólidos; VII - promoção de modelo de gestão de resíduos sólidos com visão sistêmica, que
leve em consideração as variáveis ambientais, sociais, culturais, econômicas,
tecnológicas e de saúde pública; VIII - erradicação e recuperação das áreas de descargas
de resíduos sólidos a céu aberto; IX - fomento à criação e implantação de fóruns e
conselhos municipais e regionais para garantir a participação da comunidade no processo

214
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
de gestão integrada dos resíduos sólidos; X - incentivo à prática da logística reversa nos
diversos setores produtivos; XI - fomento à pesquisa e ao desenvolvimento de novas
tecnologias de tratamento para resíduos sólidos; XII - priorização da educação ambiental,
especialmente em relação ao descarte dos resíduos recicláveis pela coletividade.

Por último, destacam-se os instrumentos da Política Estadual de Resíduos Sólidos,


previstos no art. 8º: I - Programa Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos - PEGRS,
conjunto de medidas administrativas e operacionais que define as responsabilidades e os
procedimentos institucionais para implementação da Política Estadual de Resíduos
Sólidos de forma local e regional, enfocando programas e projetos voltados à proteção e
recuperação do meio ambiente; II - Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
PGIRS, a serem estabelecidos por lei específica de cada Município do Estado, que definirá
as responsabilidades e os procedimentos institucionais para a sua implementação; III -
Sistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos SEIRES, componente do Sistema
Nacional de Informações de Saneamento - SNIS, que se constitui no banco de dados e
informações para os PGIRS e PEGRS; IV - inventários de resíduos sólidos, em
conformidade com o disposto pelo CONAMA, que determina que as indústrias geradoras
de resíduos devam apresentar ao órgão ambiental competente, informações sobre a
geração, características e destino final de seus resíduos; V - licenciamento ambiental; VI -
monitoramento e fiscalização ambiental, que possibilita a observação das regras
previstas na legislação e nos procedimentos normatizados; VII - cooperação técnica e
financeira entre os setores públicos e privados para a sua implementação; VIII - pesquisa
científica e tecnológica; IX - logística reversa; X - educação ambiental; XI - incentivos
fiscais, financeiros e creditícios.

Também foi instituída a Lei nº 13.787/2009, que dispõe sobre o Sistema Estadual de
Unidades de Conservação de Pernambuco. Os objetivos do Sistema Estadual de Unidades
de Conservação, previstos no art. 4º, são os seguintes: I - contribuir para a manutenção
da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território estadual e nas águas
jurisdicionais; II - proteger as espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção no
âmbito estadual; III - proteger espécies nativas de relevante valor econômico, social ou
cultural; IV - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de
ecossistemas naturais estaduais; V - promover a utilização dos princípios e práticas de
conservação da natureza no processo de desenvolvimento sustentável estadual; VI -
proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; VII - proteger, no
âmbito estadual, as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica,
espeleológica, arqueológica, paleontológica e, quando couber, histórica e cultural; VIII -
proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; IX - recuperar ou restaurar
ecossistemas degradados; X - ampliar a representatividade dos ecossistemas estaduais
como unidades de conservação; XI - proporcionar meios e incentivos para atividades de
215
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; XII - valorizar econômica e
socialmente a diversidade biológica; XIII - favorecer condições e promover a educação e
interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o ecoturismo; XIV -
proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais,
respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e
economicamente; XV - priorizar os ecossistemas que se encontrem mais ameaçados de
alteração, degradação ou extinção.

Já as diretrizes do Sistema Estadual de Unidades de Conservação, previstas no art. 5º,


são as seguintes: I - assegurem que, no conjunto das unidades de conservação, estejam
representadas amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes
populações, habitats e ecossistemas do Estado de Pernambuco e das suas águas
jurisdicionais, salvaguardando o patrimônio biológico, geológico, geomorfológico,
espeleológico, arqueológico, paleontológico e, quando couber, histórico e cultural; II -
assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvimento da sociedade
no estabelecimento e implementação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação;
III - assegurem a participação efetiva das populações locais na criação, implantação e
gestão das unidades de conservação; IV - busquem o apoio e a cooperação de
organizações não governamentais, universidades, organizações privadas e pessoas
físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação
ambiental, atividades de lazer e ecoturismo, monitoramento e manutenção e outras
atividades de gestão das unidades de conservação; V - incentivem as populações locais e
as organizações privadas a apoiarem a administração de unidades de conservação dentro
do Sistema Estadual; VI - permitam o uso das UCs para conservação in situ do patrimônio
genético da fauna e flora nativa bem como da fauna e flora domesticada; VII - assegurem
que o processo de criação e a gestão das unidades de conservação sejam feitos de forma
integrada com as políticas de administração das terras e águas circundantes,
considerando as condições e necessidades sociais e econômicas locais; VIII - considerem
as condições e necessidades das populações locais no desenvolvimento e adaptação de
métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos naturais; IX - garantam às
populações tradicionais, cuja subsistência dependa da utilização de recursos naturais
existentes no interior das unidades de conservação, meios de subsistência alternativos
ou a justa indenização pelos recursos perdidos; X - garantam uma alocação adequada
dos recursos financeiros necessários para que, uma vez criadas, as unidades de
conservação possam ser geridas de forma eficaz e atendam aos seus objetivos; XI -
busquem conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis, autonomia
administrativa e financeira; XII - busquem proteger grandes áreas por meio de um
conjunto integrado de unidades de conservação de diferentes categorias, próximas ou
contíguas e suas respectivas zonas de amortecimento e corredores ecológicos,

216
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
integrando as diferentes atividades de preservação da natureza, uso sustentável dos
recursos naturais e restauração dos ecossistemas.

As unidades de conservação integrantes do Sistema Estadual de Unidades de


Conservação – SEUC, segundo o art. 7º, dividem-se em dois grupos, com características
específicas: I - Unidade de Proteção Integral; II - Unidade de Uso Sustentável. O grupo das
Unidades de Proteção Integral, previsto no art. 8º, é composto pelas seguintes categorias
de unidades de conservação: I – Reserva Biológica – REBIO; II - Estação Ecológica - ESEC;
III - Parque Estadual - PE; IV - Monumento Natural - MN; V - Refúgio de Vida Silvestre -
RVS. Já o grupo das Unidades de Uso Sustentável, previsto no art. 14, é constituído das
seguintes categorias de manejo de unidades de conservação: I - Área de Proteção
Ambiental - APA; II - Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE; III - Floresta Estadual -
FLOE; IV - Reserva Estadual de Fauna – REF; V – Reserva de Desenvolvimento Sustentável
– RDS; VI – Reserva de Floresta Urbana - FURB; VII – Reservas Extrativistas – RESEX; VIII –
Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN.

Ainda se destacam no mencionado diploma os seguintes dispositivos:

“Art. 27. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder


Público. § 1º O ato de criação da unidade de conservação deve
indicar: I - denominação, categoria de manejo, objetivos, limites,
área da unidade e órgão gestor; II – população tradicional
beneficiária, no caso de Reserva de Desenvolvimento Sustentável e
Reserva Extrativista; III – população residente, quando couber; IV –
mapa de localização da unidade com memorial descritivo do
perímetro da área devidamente georreferenciado; V – atividades
econômicas, de segurança e de defesa nacional envolvidas.”

“Art. 29. São consideradas áreas prioritárias, para fins de criação de


unidades de conservação, aquelas que: I – contiverem ecossistemas
pouco representados como unidades de conservação; II –
contiverem ecossistemas em iminente risco de extinção ou
degradação; III – abriguem maior diversidade de espécies
ameaçadas de extinção.”

“Art. 30. O subsolo e o espaço aéreo integram os limites das


unidades de conservação.”

“Art. 33. Todas as unidades de conservação devem dispor de um


Plano de Manejo, que abrangerá: I - área da unidade de
217
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
conservação; II - zona de amortecimento; III - corredores
ecológicos.”

“Art. 34. São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer


alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo
com os seus objetivos, com o seu Plano de Manejo e seus
regulamentos.”

“Art. 37. É proibida a introdução de espécies exóticas nas unidades


de conservação de Proteção Integral e nas zonas de proteção de
vida silvestre das APAs.”

“Art. 38. Deverá ser desestimulada a introdução de espécies


exóticas nas unidades de conservação de uso sustentável.”

“Art. 39. Os empreendimentos e atividades legalmente instalados


em área posteriormente transformada em unidade de conservação
deverão adotar procedimentos específicos de proteção ambiental,
de acordo com orientação do órgão ambiental competente.”

Legislação Municipal

O PACUERA de Ipojuca, situado na Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca, localiza-se no


Município de Arcoverde, no Estado de Pernambuco.

A Lei Orgânica do Município de Arcoverde estabelece em seu art. 3º as competências do


município, dentre elas: I – legislar sobre assuntos de interesse local; e, II- elaborar o plano
diretor de desenvolvimento integrado.

Já em seu art. 4º, a Lei Orgânica prevê as competências comuns com a União e o Estado,
merecendo destaque as seguintes:

“VI - observadas a legislação e a ação fiscalizadora federal e


estadual, proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas, inclusive evitando o desmatamento e
construções habitacionais nas encostas e locais, que ofereçam
perigo à segurança comunitária;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

218
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
X - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu
território.”

Outros artigos do mesmo diploma legal também merecem ser destacados:

“Art. 5º - Ao Município compete suplementar a legislação federal e a


estadual no que couber e naquilo que diz respeito a seu peculiar
interesse.”

“Art. 116 - O plano diretor aprovado pela Câmara Municipal, é o


instrumento básico da política urbana a ser executada pelo
Município.

§ lº - O plano diretor fixará os critérios que assegurem a função


social da propriedade cujo uso e ocupação deverão respeitar a
legislação urbanística, a proteção do patrimônio ambiental natural e
construído e o interesse da coletividade.

§ 2º - O plano diretor deverá ser elaborado com a participação das


entidades representativas da comunidade diretamente interessada.

§ 3º - O plano diretor definirá as áreas especiais de interesse social.


urbanístico e ambiental, para as quais será exigido aproveitamento
adequado nos termos previstos na Constituição Federal.”

“Art. 120 - O Município deverá manter articulação permanente com


os demais municípios de sua região, com o Estado, visando à
racionalização da utilização dos recursos hídricos e das bacias
hidrográficas, respeitadas as diretrizes estabelecidas pela União.”

“Art. 135 - O Município deverá atuar no sentido de assegurar a todos


os cidadãos o direito ao meio ambiente ecologicamente saudável e
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de
vida.

Parágrafo Único - Para assegurar efetivamente a esse direito, o


Município deverá articular-se com os órgãos estaduais, regionais e
federais competentes e ainda, quando for caso, com outros
municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à
proteção ambiental.”

219
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
“Art. 136 - O Município deverá atuar mediante planejamento,
controle e fiscalização das atividades, públicas ou privadas,
causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas no
meio ambiente.”

“Art. 137 - O Município ao promover a ordenação do seu território,


definirá saneamento e diretrizes gerais de ocupação que assegurem
a proteção dos recursos naturais, em consonância com o disposto na
legislação estadual pertinente.”

“Art. 138 - A política urbana do Município e o seu plano diretor


deverão contribuir para a proteção do meio ambiente, através da
adoção de diretrizes adequadas de uso e ocupação do solo urbano.”

“Art. 140 - Nas licenças de parcelamento, loteamento e localização,


o município exigirá o cumprimento da legislação de proteção
ambiental emanada da União e do Estado.”

“Art. 141 - As empresas concessionárias ou permissionárias de


serviços públicos deverão atender rigorosamente aos dispositivos de
proteção ambiental em vigor, sob pena de não ser renovada a
concessão ou permissão pelo Município.”

“Art. 142 - O Município assegurará a participação das entidades


representativas da comunidade no planejamento e na fiscalização
de proteção ambiental, garantindo o amplo acesso dos interessados
às informações sobre as fontes de poluição e degradação ambiental
a seu dispor.”

“Art. 143 - As propriedades rurais que tenham áreas acima de 50


hectares devem conservar 10 por cento de sua área de mata.”

“Art. 145 - Compete ao Município proteger a fauna, vedada as


práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a
extinção de espécies ou submeta os animais a crueldade,
cancelando e proibindo a comercialização de animais exóticos em
feiras livres ou qualquer outro lugar na comunidade, bem como
impedindo as realizações de Torneios entre estes animais.”

Além da sua Lei Orgânica, o Município de Arcoverde também possui o seu Plano Diretor,
instituído pela Lei Municipal nº 2.111, de 2007.

220
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
O Plano Diretor de Arcoverde possui inúmeras referências à proteção do meio ambiente,
estabelecendo objetivos gerais da política de gestão e desenvolvimento urbano e
Ambiental, e suas diretrizes, destacando-se a cooperação entre o governo e a iniciativa
privada, mediante parceria público-privada, no processo de urbanização e gestão
ambiental, especialmente na promoção da oferta de serviços públicos, tais como o
abastecimento de água, tratamento de esgoto sanitário, coleta seletiva e destinação final
dos resíduos sólidos (art. 11, I, “a”).

Nas diretrizes da Política de Habitação, um dos principais objetivos é transferir as


habitações localizadas em Áreas de Proteção Ambiental – APP’s, de acordo com o Código
Florestal (art. 14, V).

Para a implantação da Política Municipal do Meio Ambiente, o art. 18 estabelece suas


diretrizes, dentre elas: o controle efetivo do uso e ocupação das margens de cursos
d’água, das áreas sujeitas à inundação, mananciais, áreas de alta declividade, cabeceiras
de drenagem, áreas de risco e áreas non aedificandi; e a participação nos Comitês de
Bacia Hidrográficas dos rios Moxotó e Ipanema, continuidade de participação no Comitê
da Bacia Hidrográfica do rio Ipojuca, a partir da integração e orientação das Secretarias
de Agricultura e de Infraestrutura, Transporte e Meio Ambiente, bem como dos Conselhos
Municipais de Desenvolvimento Rural e de Desenvolvimento Urbano e Ambiental.

O Plano Diretor determina, ainda, a instituição, pelo município, do Plano de Gestão do


Saneamento Ambiental Integrado – PSAI, que deve associar as atividades de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais, pavimentação,
limpeza urbana, instalações hidro-sanitárias, mediante ações de manejo das águas
pluviais, controle de vetores e reservatórios de doenças transmissíveis e educação
sanitária e ambiental.

7.4. COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA

O Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca (COBH/Ipojuca) foi homologado pela


Resolução CRH No 02, de 24 de setembro de 2002. Os comitês de bacias hidrográficas
foram criados para gerenciar o uso e os conflitos dos recursos hídricos de forma
integrada, democrática e descentralizada, com a participação da sociedade. São
compostos por representantes do Poder, usuários de água e da sociedade civil.

O estado de Pernambuco conta com sete Comitês de Bacias, entre eles o do Rio Ipojuca.
Destaca-se que, conforme anteriormente explicitado, que o Reservatório Ipojuca se
localiza no alto da bacia hidrográfica deste importante rio pernambucano de maneira que
a melhoria e conservação dos recursos hídricos no entorno do reservatório adquire
importância como impacto positivo para o resto da bacia.

221
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Segundo o Art. 2° da Rsolução supracitada, são finalidades do COBH/Ipojuca:

"I - Adotar a bacia hidrográfica como unidade físico-territorial de


planejamento e gerenciamento;

II - Conceber e propor estudos, programas de obras e serviços de


interesse coletivo, definindo prioridades e medidas preventivas de
riscos ambientais sociais e financeiros, com vistas a sua integração
ao Plano Estadual para a bacia;

III - Definir instrumental de ação que assegure gestão participativa e


descentralizada dos recursos hídricos, buscando sintonia entre
quantidade e qualidade na respectiva área de ação;

IV - Buscar sempre a compatibilização entre gestão dos recursos


hídricos / desenvolvimento regional e preservação do meio
ambiente;

V - Assegurar o uso múltiplo das águas de superfície e subterrâneas


com prioridade para o abastecimento humano, animal e agrícola;

VI - Promover a integração de ações preventivas, e de defesa ,


contra acidentes hidrológicos que causem riscos à segurança e
saúde públicas da população da bacia;

VII - Assegurar a proteção dos recursos hídricos contra obras e


intervenções que venham comprometer o seu uso múltiplo no
presente e no futuro;

VIII - Estimular o desenvolvimento e a transferência de tecnologias


com vistas à preservação dos recursos hídricos em sua área de
abrangência;

IX - Estudar e propor alternativas de desenvolvimento sustentável


da bacia."

222
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
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240
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Anexo I. Produção de sedimentos nas sub-bacias hidrográficas e seu aporte aos
reservatórios.

Dr. Jonair Mongin, 2013

241
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS NAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS E SEU APORTE AOS
RESERVATÓRIOS.

Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos


Efeitos da Seca - UNCCD, a produção de sedimentos em uma bacia hidrográfica, e a sua
consequente desertificação “é a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e
sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e
atividades humanas”. Entendendo por “degradação da terra” a perda ou redução da
produtividade econômica ou biológica dos ecossistemas secos, causadas por três fatores:

 Perda da vegetação natural

 Erosão do solo

 Deterioração dos recursos hídricos

A ação antrópica constitui o maior agente promotor da perda da vegetação natural nos
ecossistemas secos, sendo a condição inicial e facilitadora do avanço inexorável da
erosão sobre estes solos desnudos que ficam vulneráveis à ação desagregadora da
energia cinética das gotas das chuvas.

Entende-se por erosão o processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou


fragmentos de rocha, pela ação combinada da gravidade, água, vento, gelo ou
organismos. Os processos erosivos são condicionados basicamente por alterações do
meio ambiente, provocadas pelo uso do solo nas suas várias formas, desde o
desmatamento inerente à agricultura tradicional (sulcos de morro a baixo) associado às
queimadas, até obras urbanas e viárias, que, de alguma forma, propiciam a concentração
das águas de escoamento superficial.

O fenômeno de erosão vem acarretando, através da degradação dos solos e, por


consequência, das águas, um pesado ônus à sociedade, principalmente às comunidades
mais pobres e, sobretudo, nas regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas secas. A quebra
do equilíbrio natural entre o solo e o ambiente (remoção da vegetação), promovida e
acelerada pela ação antrópica do homem conforme já exposto, expõe o solo a formas
menos perceptíveis de erosão, que promovem a remoção da camada superficial deixando
o subsolo sujeito à intensa remoção de partículas, podendo culminar com o surgimento
de voçorocas. Quando as voçorocas não são controladas ou estabilizadas, além de
inutilizar imensas áreas aptas à agricultura, podem ameaçar obras viárias, áreas urbanas,
assorear rios, lagos e reservatórios, comprometendo, por exemplo, o abastecimento das
cidades, projetos de irrigação e até a geração de energia elétrica.

A desintegração parcial dos agregados naturais no solo, ocorre devido a energia cinética
((M(V2/2g)), M = massa da gota de chuva, V = velocidade de impacto no solo e g =
aceleração da gravidade, disponível no golpe das gotas da chuva martelando os solos
242
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
desnudos. Afetam primeiramente a estrutura da capa superficial, predispondo a um
desprendimento das partículas. Libera partículas finas deslocando-as e projetando-as a
uma certa distância. Em seguida essas partículas são carreadas pelo escoamento
superficial para os álveos dos talvegues assoreando-os. Nas Figuras 1 a 5, a seguir,
apresenta-se as etapas deste processo, segundo Newton (2008).

Figura 1. Solo Desnudo Antes da Chuva.

Fonte: Newton, 2008.

Figura 2. Impacto da Chuva no Solo Desnudo Plano.

Fonte: Newton,2008.

243
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Figura 3. Impacto da Chuva no Solo Desnudo inclinado.

Fonte: Newton, 2008.

Figura 4. Início da Formação dos Sulcos Erosivos nos solos Desnudos

Fonte: Newton, 2008.

244
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Figura 5. Veiculação Hídrica da Partícula Desagregada do Solo Desnudo.

Fonte: Newton, 2008.

A segunda fase da erosão, em geomorfologia fluvial denominada modelação,


corresponde à dinâmica das correntes líquidas operando lentamente nos leitos dos
álveos, em uma escala de sucessivos séculos, acarretando profundas modificações nos
álveos iniciais, em virtude do desequilíbrio entre a capacidade de erosão e de transporte
da água e da resistência à desagregação, oferecida pelo material de que é formado o
álveo. Essa fase somente termina quando praticamente for atingido o equilíbrio entre
estas forças antagônicas. Então podemos dizer que o álveo está estável, com as forças
dinâmicas em equilíbrio, tendo o rio atingido sua fase de equilíbrio aluvial.

Os pontos, cuja posição altimétrica praticamente não se altera durante a modelação,


chamam-se níveis de base. São pontos fixos como, por exemplo, as rochas aflorantes nas
cachoeiras, as embocaduras dos rios, os receptores de grande extensão e de cota pouco
variável, como o mar e os grandes lagos. Com efeito, foi observado que os movimentos
de avanço da foz não influem, praticamente, na evolução do curso de água a montante.
Igualmente, os trechos em rochas também não são totalmente fixos e sofrem alterações
muito lentas, devido à força de abrasão dos materiais de transporte. Mas, sob o ponto de
vista da hidráulica fluvial, esses movimentos são tão lentos que são considerados
estáveis. A observação direta do fenômeno da modelação permitiu reconhecer os
princípios gerais que regem o seu desenvolvimento.

Sabe-se que na corrente líquida em movimento, independente da velocidade dela, existe


o que se denomina índice de saturação de sedimentos Iss. Este índice vai condicionar se o
rio, naquele trecho e momento, está erodindo ou assoreando suas margens e leito. Se a
quantidade de sedimentos transportados pela corrente líquida estiver maior que Iss, o rio
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estará depositando naquele trecho, se a quantidade de sedimentos transportada pela
corrente líquida estiver menor que Iss, e o material de constituição do leito e margens
permitirem, o rio estará erodindo naquele trecho.

Princípio da Saturação: Uma corrente de água de vazão (Q) tem a capacidade de veicular
certa quantidade máxima de material sólido (Iss) que indicar-se-á como valor limite de
saturação. Este valor depende de (Q), da declividade longitudinal (i), de um fator de
forma que, pode-se identificar com o coeficiente de forma (R), raio hidráulico e
finalmente, da granulometria (d) e do peso específico (y) do material transportado. Seja
Qs o transporte sólido proveniente da erosão da bacia efetivamente veiculada pela
corrente, se Qs> Iss, haverá sedimentação, todavia se Qs< Iss, haverá tendência à erosão.

Princípio da Declividade: A sedimentação e a erosão objetivam aproximar os valores (Iss) e


(Qs) que procuram alterar a declividade do fundo e a secção transversal do álveo,
perseguindo seu intento. Chamando de turbidez a relação entre descarga sólida (Q s) e
descarga líquida (Q), a declividade de equilíbrio será tanto maior, quanto maior for a
turbidez e quanto menor for o (n) Coeficiente de rugosidade de Manning e o raio
hidráulico da seção transversal (R); elementos estes que influem diretamente sobre a
velocidade média de escoamento. Considerando, entretanto, o caso de turbidez nula
(águas claras), para uma mesma vazão, a declividade de equilíbrio será tanto maior
quanto maior for a granulometria dos materiais que constituem o álveo e quanto menor
for (n) e o raio hidráulico. Pode-se deduzir, então, que quando se verifica a condição Q s>
Iss, a tendência para o equilíbrio dará lugar a sedimentação, com relativo aumento da
declividade do fundo. Ao mesmo tempo, a consequente diminuição da turbidez e,
eventualmente, do perímetro molhado (com aumento possível do raio hidráulico médio)
conduzem a condição de equilíbrio. Por outro lado, se verifica que Q s< Iss, haverá erosão,
com diminuição da declividade de fundo, sendo que a mesma erosão terá início em
correspondência a um nível de base e se propagará para montante. Ao mesmo tempo, o
aumento de turbidez e, eventualmente, do perímetro molhado, funcionam também como
elementos equilibradores. Cabe acrescentar que as variações de declividade ocorrem
pelas alterações concomitantes de dois elementos, isto é, o percurso e o desnível entre
as extremidades de um determinado trecho do curso de água.

Princípio da Seleção: Este princípio engloba os seguintes pontos: verificando-se condições


para a sedimentação, esta se inicia com os materiais da granulometria maior. A erosão,
todavia, tem início com os materiais mais finos. Se afluírem para a corrente, materiais de
dimensões superiores a uma parte dos materiais que constituem o álveo verificar-se-á
um intercâmbio. Os elementos de granulometria maior, transportados pela corrente,
depositam-se no álveo, enquanto uma quantidade equivalente dos elementos mais finos
do álveo entra em suspensão na mesma corrente. Subsiste, logo, a tendência da
distribuição do material sólido entre o álveo e a corrente, de modo que os elementos
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veiculados pela mesma sejam todos de granulometria inferior aos materiais do álveo.
Este fenômeno é explicado, considerando duas circunstâncias possíveis. Se o álveo é
constituído por partículas de diferentes granulometrias, e a declividade real supera a
declividade de equilíbrio das mais finas, porém é inferior à declividade de equilíbrio das
mais grossas, ter-se-á apenas a erosão dos primeiros. O perfil de equilíbrio será atingido
pela seleção da granulometria dos materiais de fundo. De maneira análoga, se a corrente
veicula materiais de granulometria diversa e a declividade real permite somente o
transporte dos mais finos, haverá depósito dos mais grossos e a declividade de equilíbrio
será atingida pela seleção dos materiais transportados pela corrente.

Conclui-se que, ao longo de um curso de água, uma vez alcançadas as condições de


equilíbrio, as declividades e as granulometrias do álveo decrescem de montante para
jusante, assim como as máximas dimensões dos materiais susceptíveis de serem
veiculados pela corrente.

Os princípios enunciados permitem objetivar a sucessão e as modalidades das fases


evolutivas da modelação. O ato inicial ou fundamental da modelação é a erosão que, ao
socavar, dá lugar às primeiras formas do álveo. A modelação poderá ocorrer, em alguns
trechos do álveo, por erosão e em outros por sedimentação dos materiais provenientes
de montante, pela erosão do álveo e das ladeiras da bacia hidrográfica.

Os álveos e as formas correspondentes à configuração altimétrica da bacia evoluem para


uma condição de equilíbrio. Por consequência, diminui lentamente a intensidade da
erosão até se anular. Concomitantemente, devido à redução da turbidez, aumenta a
capacidade de erosão da corrente, também nos trechos onde se verifica, inicialmente, a
sedimentação. Esta representa, pois, no processo evolutivo apenas uma fase transitória.
Por outro lado, nos trechos em que a modelação se procede por erosão, esta nunca
poderá ser interrompida por fases de sedimentação, uma vez que o afluxo sólido
excetuando casos acidentais somente tende a diminuir. Conclui-se, portanto, que
também o ato final da modelação é a erosão. A modalidade da modelação depende
essencialmente das características altimétricas da bacia.

Erosão: Quando a evolução se processa por erosão (excesso de declividade longitudinal)


e os talvegues resultam bem individualizados devido aos acidentes do terreno, os álveos
formam-se por aprofundamento e mantém-se mais ou menos o andamento dos próprios
talvegues. Se, entretanto, os talvegues se apresentam indefinidos, os álveos formam-se
por alongamento que dão lugar a tortuosidades ou meandros. Observa-se que durante a
propagação da erosão para montante, pode-se aflorar umbrais rochosos que constituem
novos níveis de base e dividem o trecho de origem em trechos parciais, separados por
saltos ou cachoeira.

247
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Sedimentação: Nos casos de evolução por sedimentação os álveos mantêm-se bem-
estáveis, pois, qualquer alongamento resultaria incompatível com a tendência de
aumento das declividades. Os materiais que se depositam progressivamente, desde os
níveis de base para montante, podem cobrir uma parte dos mesmos, unificando trechos
originariamente diferentes. Os cursos de água (ou trechos) em que processo da
modelação se apresenta com evidente intensidade e que, por consequência, estão muito
longe de atingir as condições de equilíbrio, chamam-se torrenciais.

Nos trechos em que a evolução se tornou muito lenta, de modo a não ser perceptível em
prazos longos de muitos anos, chamam-se estáveis, estabilizados ou aluviais. Entre estes
e as torrentes temos, naturalmente, formas intermediárias.

Em seguida à fase inicial, o valor médio do afluxo sólido que é proveniente da erosão
causada por ladeiras, pode permanecer durante longos períodos, praticamente
constante, então, o curso de água tende a uma configuração planialtimétrica de
compensação.

Sucessivamente, devido à diminuição das declividades, diminuem gradativamente a


erosão das ladeiras, que tendem para uma configuração de equilíbrio, que será atingida
ao cessar por completo a mesma erosão. Simultaneamente verificar-se-á a progressiva
diminuição da turbidez da corrente, e o relativo aumento da capacidade de erosão, que
será máxima quando as águas se tornarem claras. Após esta fase de evolução lentíssima,
na qual prevalecem os efeitos médios da erosão, vem a chamada fase de estabilidade e
termina na fase de fixidade, quando o curso de água atingir a sua forma e o seu perfil
definitivo de equilíbrio.

Os cursos de água são classificados em duas categorias essenciais: as torrentes ou


enxurradas e os rios.

As torrentes, como foi visto anteriormente, são caracterizadas pela intensidade da


modelação, cuja evolução ocorre nos períodos das enchentes. A origem da torrente é
uma incisão inicial produzida numa vertente de forte declividade e susceptível de erosão.
Em seguida, verifica-se o aprofundamento do sulco, a erosão superficial e o
derrubamento das beiradas que se alargam, transformando-se em ladeiras íngremes,
mais ainda sujeitas à erosão, devido à falta de camadas vegetais, capazes de consolidar
a superfície do terreno. Sobre as novas ladeiras, ter-se-ão novos sulcos que, evoluindo da
mesma maneira que o sulco inicial, formarão uma rede de álveos (rede hidrográfica), cuja
área de drenagem objetiva, justamente, a bacia da torrente. No vértice da ramificação
tem início um trecho de álveo único e encaixado, chamado canal ou garganta, que
desemboca no vale onde se escoa o curso de água receptor. Durante as enchentes, a
corrente que desemboca da garganta, cruzando o vale de limitada declividade,
sedimentam os materiais grossos, formando o cone de dejeção, onde as águas se

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espalham com irregularidade, pela dificuldade de socavar um único sulco. O cone de
dejeção pode faltar, se os materiais transportados são finos e a declividade transversal
do vale é suficiente para evitar a sedimentação. Gradativamente, em virtude da
diminuição das declividades e, eventualmente, das obras artificiais visando a
consolidação, as ladeiras aproximam-se da condição de equilíbrio, diminui, portanto,
também o material proveniente da erosão e por consequência, a turbidez da corrente.
Inicia-se, então a fase de socavação dos álveos da bacia e do canal, cujas declividades
longitudinais resultam em geral excessivas e, outrossim, a incisão do cone de dejeção,
onde se forma um álveo unicursal ou pluricursal. Atingida a normalização dos álveos,
pode-se considerar terminada a fase torrencial; diz-se, então, que a torrente está
apagada.

Os rios são cursos de água de notável comprimento onde o processo evolutivo se


desenvolve muito lentamente. Em um rio, pode-se distinguir três trechos característicos:

 Trecho montanhoso ou de erosão: constando de uma série de álveos


convergentes que terminam na cabeceira de um vale ou de uma planície.

 Trecho aluvional: no sopé da zona montanhosa, onde se verifica a sedimentação


dos materiais de granulometria decrescente desde montante para jusante. Os
depósitos ocupam toda a largura dos vales estreitos enquanto, nos vales largos,
formam conóides de dejeção. O álveo de enchente e de estiagem apresenta
características distintas; o primeiro tem andamento retilíneo e o segundo consta
de uma rede de ramificações instáveis. À medida que diminui a erosão no trecho
montanhoso, pode ocorrer que, no trecho aluvional, as declividades resultem
excessivas em relação à diminuição da turbidez da corrente. Ter-se-á, então, a
formação de um álveo unicursal tortuoso. Se, entretanto, não forem atingidas as
condições necessárias para a erosão, o álveo ramificado de estiagem tornar-se-á
praticamente estável. A sua configuração sofrerá apenas aquelas alterações que
são produzidas pela passagem das enchentes e que consistem no aterro de
alguns ramos e o aprofundamento de outros. Os álveos pluricursais estáveis são
característicos dos conóides de dejeção.

 Trecho de planície ou de incisão: aonde a corrente chega relativamente


clarificada, em virtude das precedentes sedimentações. Acontece, em geral, que
as declividades longitudinais do terreno superam as correspondentes de
equilíbrio. Forma-se, então, pela erosão, um álveo unicursal tortuoso, com
progressivo alongamento do percurso, até se atingirem as declividades relativas à
condição de compensação. As referidas tortuosidades são constituídas por uma
sucessão de curvas ou meandros que concordam em pontos de inflexão
(concavidades alternadas) ou, excepcionalmente, de surflexão (curvatura no

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mesmo lado). A curvatura varia ao longo do meandro, sendo máxima no centro ou
vértice e nula nos pontos de inflexão ou surflexão. Analogamente acontece com a
profundidade da água que é máxima na proximidade do vértice e mínima na
proximidade das inflexões ou surflexões. Às seções de máxima profundidade
correspondem os sorvedouros e às seções de mínima profundidade correspondem
as soleiras do álveo.

A linha que une os pontos mais profundos de cada seção transversal chama-se talvegue
do álveo. Este talvegue passa pelo centro da seção transversal, simétrica, nas soleiras,
deslocando-se progressivamente para a beira côncava e atingindo a mínima distância nos
sorvedouros.

Segundo Quadros (2003) são duas as principais forças envolvidas na desagregação e


posterior movimento de uma partícula coesiva em um meio aquoso, repousando em uma
superfície com um ângulo α: forças de inércia e forças de resistência. No equilíbrio tem-
se:

F + F'g senα = F'g cosα tgφ + Fc

onde φ é o ângulo de atrito; F representa a força de inércia que tende a provocar a


desagregação da partícula, e Fc é a força coesiva que age em sentido contrário. O
coeficiente de atrito, tgφ é dado pela razão entre a força aplicada sobre a partícula e a
reação normal, Rn, igual ao peso da partícula sobre a superfície horizontal, ou seja:

tg φ =F/Rn

simplificando, tem-se:

F = F'g (tg φ - tgα) + Fc

Figura 6. Conjunto de Forças Atuando em um Agregado.

Fonte: Quadros, 2003.

250
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Mais especificamente, pode-se determinar o efeito da coesão no movimento,
considerando uma partícula de areia, dentro de uma mistura areia-argila, sob condições
críticas para o início do movimento, em um escoamento de profundidade hc, em um
canal com ângulo α. Nesse estudo, considerou-se que existe pouca argila na mistura (só
enchendo os vazios entre as partículas de areia) e que as forças de atrito e coesão atuam
sobre as partículas de areia. Admitindo que a força de atrito na mistura é a mesma que
existiria se não houvesse argila, a condição para o início do movimento, conforme
apresentada, é dada por:

F'd+ F'g senα = (F'g cos α -Fl-Fb) tgφ + Fc

Onde: Fb é a força de empuxo. Desta equação obtém-se a tensão de cisalhamento crítica


adimensional (τcc), para partículas de areia em uma mistura com areia-argila, ou seja:

τcc = u2c/((ρp/ρ) -1) gd = (cosα tgφ - (ρp/(ρp-ρa)senφ) τ/(g (ρp-ρa)d tgφ) + (k1 fc /

(ρp-ρa) gk3 d) X (τ / ((g (ρp-ρa) d tgφ))

onde k3 é um fator de forma para as partículas de areia. O último termo da equação


anterior dá a quantidade de aumento da força de atrito devido ao teor de argila.

A seguir, são mostradas as principais equações utilizadas para a determinação da taxa de


desagregação de partículas coesivas, tanto para sulcos como voçorocas, onde as forças
coesivas são determinadas, empiricamente. Estes estudos empíricos objetivando
quantificar os princípios da modelação de forma a permitir qualificar ou classificar em
que estágio da modelação se encontra o trecho do rio objeto de estudo de um
determinado local de interesse, remontam a meados do século passado envolvendo
estudos em canais de irrigação, estáveis, construídos em território indiano.

A primeira contribuição que se tem notícia foi a de Kennedy (1895), que classificou ou
direcionou os estudos em duas vertentes. Equações baseadas na teoria do regime
hidrodinâmico do canal e equações baseadas na teoria do Transporte de sedimentos.
Nesta época, trabalhando nas observações das vazões dominantes (de seção plena) e
respectiva geometria. A descarga dominante foi definida como a descarga que, caso
houvesse um escoamento constante teria o mesmo efeito sobre toda a forma do canal
como se fosse a descarga natural inconstante. A descarga dominante usada em estudos
de estabilização de canal é normalmente considerada como aquela de transbordamento
ou a descarga de pique tendo um intervalo de recorrência de aproximadamente dois
anos num canal sem controle resultando na seguinte equação geral.
0,24
V = 1,29. m. hm

251
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Onde:

V = velocidade média na seção;

hm = profundidade média;

m = fator que dependa da natureza do material de fundo, tendo um valor normal para as
areias médias igual a unidade e assumindo valores de 1,1 a 1,2 para as areias grossas e
0,8 a 0,9 para as areias finas.

O uso das equações baseadas na teoria do regime hidrodinâmico do canal foi


recomendado para situações de baixas taxas de transporte de sedimentos, inferior a
valores da ordem de 500 ppm para a vazão modeladora. Em situações onde a corrente
líquida veicula taxas de sedimentos acima de 500 ppm recomendou-se a utilização das
equações baseadas teoria do transporte de sedimentos.

Dentre os diferentes métodos empíricos existentes para se qualificar em que estágio da


modelação se encontra o trecho do rio, escolheu-se como procedimento de trabalho duas
metodologias a seguir descritas:

 Método do Regime Hidrodinâmico do talvegue do canal; e do


 Transporte de Sedimentos.

A) Equações Baseadas no Regime Hidrodinâmico do Talvegue do Canal

As equações de Lacey (1958) admitem a simplificação de que a seção tenha uma largura
da ordem de 20 vezes o valor da profundidade e que possa ser considerada retangular.
Para as análises que serão feitas neste trabalho é bastante razoável fazer estas
considerações, sem que se altere o conteúdo das conclusões.

Surgiram outras contribuições que resultam de algumas modificações do método de


Lacey. Para efeito de confrontação com este método, será analisado um segundo
conjunto de equações propostas por Blench (1957) e outro de Simons e Albertson (1963),
dentro desta mesma escola:

EQUAÇÕES DE LACEY (1958)


0,5
f = 55,7 . D
1/6 1/3
V = 0,439 . Q .f
1/6
B = 4,84 . Q
5/6 -1/3
A = 2,27 . Q .f
1/3 -1/3
Rh = 0,572 . Q .f
-1/6 5/3
i = 0,000302 . Q .f

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P=A/Rh

Onde:

f= fator de sedimentação de Lacey

D= diâmetro do material do leito (m) =D50 da curva granulométrica

V= velocidade média na seção (m/s)

Q= vazão modeladora (m3/s)

B= largura superficial da linha d’água, também tomada como perímetro


molhado (m)

A= área da seção de escoamento plena (m2)

Rh = raio hidráulico (m)

i= declividade da linha de energia (m/m)

hm = profundidade média da lâmina d’água (m)

EQUAÇÕES DE BLENCH (1957)


0,25 0,5
V = 7,75 . D . hm
0,25 0,5
B = 17,33 . D .Q
-0,083 0,83
A = 0,66 . D .Q
-0,333 0,333
Rh = 0.0381 . D .Q
0,417 –0,167
i = 0,077 . D .Q

EQUAÇÕES DE SIMONS-ALBERTSON (1963)


1/3
V = 10,8 . Rh . i
0,512
B = 4,74 . Q
0,873
A = 2,25 . Q
0,361
Rh = 0,475 . Q
–0,343
i = 0,000369.Q

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B) Equações Baseadas na Teoria do Transporte de Sedimentos do Talvegue

As equações baseadas na Teoria do Regime Hidrodinâmico do canal do talvegue admitem


uma taxa de transporte sólido algo inferior a 500 ppm. Enquanto que, quando o
transporte sólido for mais significativo é conveniente considerar-se as equações de
resistência do fundo móvel denominadas de transporte sólido de Sedimentos do canal.
Foram escolhidas as equações empíricas de Engelund-Hansen (1966) e Brownlie (1981),

ENGELUND-HANSEN (1966)
5/4 9/8 –3/4
V = 10,97Rh i d
0,525 –0,316
B = 0,786.Q .d
0,842 –0,106 –0,286
A = 0,0849. Q .d . (Qs/Q)
0,317 0,210 –0,286
Rh = 0,108 . Q .d . (Qs/Q)
–0,212 0,527 0,571
i = 12,8 . Q .d . (Qs/Q)

Onde (Qs/Q) foi adotado com a condição limite desta teoria, 500 ppm, ou seja, 0,0005
kg/kg.

BROWNLIE (1981)
–0,029 0,529 0,389
V = 14,31 d . Rh .i
1,43
B = 13,9 . Rh
–0,146 0,879 –0,239
A = 0,0783 . d .Q . (Qs/Q)
–0,060 0,362 –0,0985
Rh = 0,118 . d .Q . (Qs/Q)
0,531 0,749
i = 13,54 . d . Q–0,181 . (Qs/Q)

Estas considerações teóricas inerentes à Produção de Sedimentos nas Sub-Bacias


Hidrográficas e Seu Aporte aos Reservatórios, levam-nos a concluir que o maior aporte de
sedimentos a qualquer reservatório do mundo é realizado por meio dos principais
talvegues existentes na bacia hidrográfica. Apesar da produção de sedimentos, como foi
visto anteriormente, iniciar de forma singela com erosão laminar provocada pelo
escoamento difuso sem direcionamento preferencial, a modelação geomorfológica ao
longo dos anos leva indubitavelmente à formação dos talvegues, responsáveis pela
veiculação da quase totalidade do transporte de sedimentos na bacia hidrográfica e o seu
consequente aporte aos reservatórios. Quanto maior for o talvegue e consequentemente
a bacia de contribuição, maior será o aporte de sedimentos por ele veiculado em direção
aos reservatórios. Este é um sentimento consagrado e sacramentado por toda a
comunidade científica. Tanto que todas as estações de monitoramento de sedimentos no
mundo são instaladas nos talvegues. A Agência Nacional de Águas - ANA, responsável
pelo planejamento e operação da Rede Hidrometeorológica Nacional, composta de
254
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
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aproximadamente 8.000 estações, sendo aproximadamente 10% de estações
sedimentométricas, herdada do extinto Departamento Nacional de Águas e Energia
Elétrica – DNAEE, com estações operando há mais de 60 anos, opera toda sua rede
sedimentométrica nos talvegues.

EQUAÇÃO UNIVERSAL DE PERDA DE SOLOS

A Equação Universal de Perda de Solos – EUPS, ou USLE (Universal Soil Loess Erosion),
proposta por Wischmeier e Smith 1978, foi desenvolvida inicialmente para estimar a
produção anual de sedimentos provocados pelo escoamento difuso por meio dos
parâmetros naturais de clima, de solo, de relevo e de uso e manejo do solo para
pequenos talhões compatíveis com o uso agrícola resultando na quantificação da perda
de solos por erosão laminar nessas áreas, ocasionado pelo escoamento difuso.

Os resultados desta equação possibilitam o planejamento de uma ação antrópica


conservacionista considerando níveis de tolerância de perdas de solos, promovendo
desta maneira, a sustentabilidade das áreas produtivas. Posteriormente, a EUPS foi
empregada para expressar a descarga de sedimentos produzida em bacias hidrográficas
por meio da erosão laminar do escoamento difuso, sendo constituída pelos seguintes
parâmetros:

A=RxKxLxSxCxP

onde:

A = perda de solo, em ton/ha.ano;


R = fator erosividade da chuva, em MJ.mm/ha.h.ano;
K = fator erodibilidade do solo, em ton.h/MJ.mm;
L = fator comprimento de rampa, adimensional;
S = fator declividade, adimensional;
C = fator uso e manejo, adimensional; e
P = fator práticas conservacionistas, adimensional.

A determinação de cada variável da EUPS é feita de forma independente, sem considerar


os demais outros fatores, sendo que para cada parâmetro foi desenvolvido uma
metodologia individual de cálculo.

A EMBRAPA Solos Rio de Janeiro em dezembro de 2005, elaborou e divulgou o trabalho


intitulado Estimativas de Perdas de Solo para Microbacias Hidrográficas do Estado do Rio
de Janeiro, consolidando o trabalho com o seguinte resumo:

“Este modelo é usual para estimativa de erosão laminar, indicadora de vulnerabilidade do


terreno, e que foi aplicada para todo o Estado do Rio de Janeiro. Para um melhor enfoque
255
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territorial relacionado à conservação ambiental as estimativas foram sumarizadas por
microbacias hidrográficas. Verificou-se que 64% das terras apresentam perdas muito
baixas, com valores inferiores a 10 ton/ha.ano; aproximadamente 2% apresentam perdas
extremamente elevadas, acima de 200 ton/ha.ano, e cerca de 21% das microbacias
hidrográficas apresentam perdas muito baixas, com valores menores que 10 ton/ha.ano,
e menos de 1% apresentam perdas muito altas, entre 100 e 131 ton/ha.ano”.

Seria uma ferramenta passível de ser aplicada neste presente estudo, todavia decidiu-se
adotar o método tradicional consensuado pela comunidade científica de considerar o
aporte e sedimentos veiculados pelo talvegue como o de maior relevância.

Nos reservatórios artificiais, as leis da geomorfologia funcionam da mesma forma como


anteriormente descrita. Como a velocidade da corrente terá uma sensível diminuição ao
adentrar no reservatório a tendência natural é a deposição dos sedimentos por ela
veiculada. A relação entre a quantidade de sedimentos depositados ou retidos no
reservatório e o que passa livremente para jusante sobre o barramento (eficiência de
retenção) vai depender entre outros fatores, principalmente da magnitude do seu volume
de água armazenada e especificamente o volume útil do reservatório.

Em reservatórios pequenos, o aporte de sedimentos aos reservatórios se processa da


mesma forma, segundo os mesmos princípios das equações descritas anteriormente,
sendo sua magnitude em função do maior ou menor comprimento do Talvegue aportante
e do volume de descarga sólida (em suspensão (Qs) mais arraste de fundo (Qf)) veiculada
em suas enxurradas. Em determinadas situações, corre-se o risco de se ter o volume útil
de determinados reservatórios totalmente assoreado em uma única cheia. Como não se
dispõe de dados para se fazer a priori estas previsões, as atenções devem ser redobradas
após o enchimento dos reservatórios e o início da operação do sistema, no sentido de se
adotar medidas de detenção do aporte de sedimentos à montante dos reservatórios por
meio de dispositivos de recarga dos aquíferos, tais como: pequenas barragens de
detenção nos talvegues e terraceamentos com revegetação nas encostas.

256
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVARES, M. T. P.; PIMENTA, M. T. Erosão Hídrica e Transporte Sólido em Pequenas Bacias


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257
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
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Assunto ENGENHARIA HIDRAULICA E SANITARIA; Autor Sec Souza, Podalyro Amaral de,
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258
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Anexo II. Lista de espécies vegetais com ocorrência na área de entorno do Reservatório
Ipojuca

259
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Familia Espécie Nome popular E A Ex O ES

Amaranthaceae Froelichia humboldtiana N H


(Schult.) Seub.

Amaranthaceae Gomphrena sp. N H

Amaranthaceae Alternanthera tenella Colla Perpétua-do-campo H

Anacardiaceae Anacardium occidentale L. Cajueiro X ARB

Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Fr. Aroeira ARB


All.

Anacardiaceae Schinopsis brasiliensis Engl. Braúna ARB

Anacardiaceae Spondias tuberosa Arruda Umbuzeiro X ARB

Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Pereiro ARB


Mart.

Apocynaceae Calotropsis procera (Aiton) Lã-de-seda X AR


W.T.Aiton

Araliaceae Aralia warmingiana (Marchal) N ARB


J. Wen

Arecaceae Syagrus coronata (MART.) Licuri PAL


Becc.

Asparagaceae Agave sisalana Perrine Sisal X AR

Asteraceae Acmella brachyglossa Cass. N H

Bignoniaceae Handroanthus impetiginosus Ipê X ARB


(Mart.) Standl.

Bombacaceae Chorisia glazivii (O. Kuntze) Barriguda X ARB

Boraginaceae Heliotropium angiospermum N H


Murray

Boraginaceae Heliotropium indicum L. Crista-de-galo H

Boraginaceae Varronia leucocephala Buque-de-noiva X AR


(Moric.) J. S. Mill.

Bromeliaceae Bromelia laciniosa Mart. ex Macambira X H


Schult. & Schult.f.

Bromeliaceae Bilbergia sp. N EP

Bromeliaceae Encholirium spectabile Mart. Macambira-de-flecha X H


ex Schult. & Schult.f.

Bromeliaceae Neoglaziovia variegata Caroá X H

260
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
(Arruda) Mez

Bromeliaceae Tillandsia loliacea Mart. ex Barba-de-bode H


Schult. & Schult.f.

Bromeliaceae Tillandsia recurvata (L.) L. N H

Bromeliaceae Tillandsia streptocarpa Baker N H

Burseraceae Commiphora leptophloeos Umburana-de-cambão X ARB


(Mart.) Gillett

Cactaceae Arrojadoa rhodantha (Gürke) Rabo-de-raposa X C


Britton & Rose

Cactaceae Cerus jamacaru DC. Mandacarú X C

Cactaceae Melocactus bahiensis (Britton Coroa-de-frade X H


& Rose) Luetzelb.

Cactaceae Pilosocerus gounellei subsp. Xique-xique X C


gounellei (F.A.C.Weber) Byles
& G.D.Rowley

Cactaceae Pilosocerus pachycladus Facheiro X C


subsp. pachycladus Ritter

Cactaceae Pilosocerus pentaedrophorus Facheiro-amarelo X C


(Labour.) Byles & G.D.Rowley

Cactaceae Melocactus zehntneri (Britton Coroa-de-frade X H


& Rose) Luetzelb.

Cactaceae Tacinga inamoena Quipá X H


(K.Schum.) N.P.Taylor &
Stuppy

Cactaceae Tacinga palmadora Pamatória X H


(K.Schum.) N.P.Taylor &
Stuppy

Capparaceae Cynophalla hastata (Jacq.) J. Feijão-bravo ARB


Presl

Capparaceae Neocalyptrocalyx longifolium Icó X AR


(Mart.) Cornejo & Iitis

Cleomaceae Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf. Mussambê H

Commelinacea Commelina erecta L. Erva-de-santa-luzia H


e

Convolvulaceae Evolvulus glomeratus Nees & N T


Mart.

Convolvulaceae Ipomoea alba L. N T

261
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Convolvulaceae Ipomoea rosea Choisy Corda-de-viola T

Convolvulaceae Ipomoea subincana (Choisy) N T


Meisn.

Convolvulaceae Jacquemontia sp. N T

Cyperaceae Cyperus aggregatus (willd.) Tiririca H


Endel.

Cyperaceae Cyperus esculentus L. Tiririca H

Cyperaceae Pycreus polystachyos Tiriricão H


(Rottb.) P. Beauv.

Erythroxylacea Erythroxylum revolutum N X AR


e Mart.

Euphorbiaceae Euphorbia tirucalli L. Aveloz X ARB

Euphorbiaceae Croton heliotropiifolius Kunth Velame AR

Euphorbiaceae Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro X AR

Euphorbiaceae Croton campestris A.St.- Velame AR


Hill.,A.Juss. & Cambess.

Euphorbiaceae Croton rhamnifolioides Pax Quebra-faca AR


& K.Hoffm.

Euphorbiaceae Jatropha ribifolia (Pohl.) Baill. Pinhão X AR

Euphorbiaceae Jatropha mollissima (Pohl.) Pinhão X AR


Baill.

Euphorbiaceae Manihot carthagenensis Maniçoba AR


(Jacq.) Müll. Arg.

Euphorbiaceae Sapium gladulosum (L.) Burra-leiteira X ARB


Morong

Euphorbiaceae Dalechampia N T
pernambucensis Baill.

Euphorbiaceae Cnidoscolus urens (L.) Arthur Cansanção X H

Euphorbiaceae Cnidoscolus vitifolius (Mill.) N AR


Pohl

Euphorbiaceae Ricinus communis L. Mamona X AR

Fabaceae Anadenanthera colubrina Angico X ARB


(Vell.) Brenan

Fabaceae Dioclea violacea Mart. Ex N X T


Bent.

262
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Fabaceae Dioclea grandiflora Mart. ex Mucunã T
Benth.

Fabaceae Erythrina velutina Willd. Mulungu X ARB

Fabaceae Libidibia ferrea (Mart. ex Pau-ferro X ARB


Tul.) L.P.Queiroz

Fabaceae Parkinsonia aculeata L. Turco ARB

Fabaceae Pithecellobium diversifolium N ARB


Benth.

Fabaceae Piptadenia stipulacea Jurema-preta X ARB


(Benth.) Ducke

Fabaceae Poincianella microphylla Catingueira ARB


(Mart. ex G.Don) L.P.Queiroz

Fabaceae Stylosantes angustifolia N H


Vogel

Fabaceae - Poincianella pyramidalis Catingueira X ARB


Caesalpinioidea (Tul.) L.P.Queiroz
e

Fabaceae - Senna spectabilis (DC.) Irwin Canafístula-de- X ARB


Caesalpinioidea et Barn. var. excelsa bezouro
e (Schrad.) Irwin et Barn.

Fabaceae - Bauhinia sp. Mororó X ARB


Cercideae

Fabaceae - Prosopis juliflora (Sw.) DC. Algaroba X ARB


Mimosoideae

Fabaceae - Anadenanthera macrocarpa Angico-preto X ARB


Mimosoideae (Beth.) Brenan

Fabaceae - Mimosa ophthalmocentra Jurema-de-embira X AR


Mimosoideae Mart. ex Benth.

Fabaceae - Mimosa tenuiflora (Wild.) Jurema X AR


Mimosoideae Poiret

Fabaceae - Senegalia bahiensis (Benth.) Calumbi ARB


Papilionoideae Seigler & Ebinger

Fabaceae - Amburana cearensis (Fr. All.) Umburana-de-cheiro X ARB


Papilionoideae A.C. Smith

Fabaceae - Erythrina mulungu Mart. Mulungu X ARB


Papilionoideae

Malvaceae Herissantia crispa (L.) Mela-bode H


Brizicky

263
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Malvaceae Melochia tomentosa L. Guaxuma H

Malvaceae Pseudobombax marginatum Embiratania X ARB


(A. St. Hil.) A. Robyns

Malvaceae Sida angustissima A.St.-Hil. N H

Malvaceae Waltheria americana L. Malva-branca AR

Malvaceae Waltheria brachypetala Malva-de-boi AR


Turcz.

Malvaceae Pavonia sp. N H

Malvaceae Gossypium herbaceum L. Algodoeiro X ARB

Molluginaceae Mollugo verticillata L. Mofungo/Capim-tapete H

Myrtaceae Eugenia sp. N AR

Papaveraceae Argemone mexicana L. Papoula-do-México X H

Poaceae Dactylocterium aegyptrum N X H


(L.) Willd.

Poaceae Setaria parviflora (Poir.) N H


Kerguélen

Portulacaceae Portulaca elatior Mart. Beldroega X H

Rhamnaceae Ziziphus joazeiro Mart. Juazeiro X ARB

Santalaceae Phoradendron affine (Pohl ex Erva-de-passarinho X H


DC.) Nutt.

Sapindaceae Serjania glabrata Kunth N T

Sapotaceae Sideroxylon obtusifolium Quixabeira X ARB


(Roem. & Schult.) Penn.

Selaginellaceae Selaginella convoluta (Arn.) Jericó H


Spring

Smilacaceae Smilax sp. Salsaparrilha T

Solanaceae Solanum americanum Mill. N AR

Solanaceae Solanum paniculatum L. Jurubeba X AR

Solanaceae Solanum asperum Rich. N AR

Solanaceae Nicotiana glauca Graham Fumo-bravo X AR

Turneraceae Turnera sp. N H

264
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Verbenaceae Lippia alba (Mill.) N.E.Rr. ex Erva-sidreira AR
Fonte: P. Wilson
Nota
Técnic
Vitaceae Cissus decidua Lombardi Cipó-gordo T
a
Nº001
/2014 - FLORA/PCFF-PISF/UNIVASF, complementada por observações de campo. E=Endêmica; A=Ameaçada;
EX=Exótica; O=Ochlospécie; ES=Estrato. H=Herbácea; ARB=Arbórea; AR=Arbustiva; T=Trepador; C=Colunar.

265
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Anexo III. Espécies de peixes de provável ocorrência na área de entorno do Reservatório
Ipojuca

266
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E
USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

MYLIOBATIFORMES

Potamotrygonidae

Potamotrygon orbignyi. (Castelnau 1855) B

Potamotrygon signata Garman 1913 CAA B

OSTEOGLOSSIFORMES

Arapaimidae

Arapaima gigas (Valenciennes 1847) B

CLUPEIFORMES

Engraulidade Manjubas

Anchovia surinamensis (Bleeker 1865) Manjubas B

Anchoviella guianensis (Eigenmann 1912) Manjubas B

Anchoviella lepidentostole (Fowler 1911) Manjubas B

Anchoviella vaillanti (Steindachner 1908) Manjubas BC

Lycengraulis batesii (Günther 1868) Manjubas B

Pterengraulis atherinoides (Linnaeus 1766) Manjubas B

Pristigasteridae

Pellona flavipinnis (Valenciennes 1837) B

CYPRINIFORMES

Cyprinidae

Cyprinus carpio Linnaeus 1758 B

267
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

CHARACIFORMES

Crenuchidae Mocinhas

Characidium aff. zebra Eigenmann 1909 Mocinhas B

Characidium bahiense Almeida 1971 Mocinhas DD B

Characidium bimaculatum Fowler 1941 Mocinhas CAA ABC

Characidium fasciatum Reinhardt 1867 Mocinhas DD B

Characidium deludens Zanata & Camelier 2015 Mocinhas CAA B

Characidium sp.1 Mocinhas CAA B

Characidium sp.2 Mocinhas CAA B

Erythrinidae Traíras e Jejus

Erythrinus erythrinus (Bloch & Schneider 1801) Traíras e Jejus B

Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix & Agassiz 1829) Traíras e Jejus B


Hoplias brasiliensis (Spix & Agassiz 1829) Traíras e Jejus B

Hoplias intermedius (Günther 1864) Traíras e Jejus B

Hoplias malabaricus (Bloch 1794) Traíras e Jejus ABC

Parodontidae Canivetes

Apareiodon davisi Fowler 1941 Canivetes EN CAA ABC

Apareiodon hasemani Eigenmann 1916 Canivetes CAA B

Apareiodon itapicuruensis Eigenmann Canivetes CAA B

Apareiodon sp.1 Canivetes CAA B

268
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Apareiodon sp.2 Canivetes CAA B

Parodon hilarii Reinhardt 1867 Canivetes B

Serrasalmidae Pacús, Piranhas e Pirambebas

Colossoma macropomum (Cuvier 1816) Pacús, Piranhas e Pirambebas BC

Metynnis lippincottianus (Cope 1870) Pacús, Piranhas e Pirambebas BC

Metynnis maculatus (Kner 1858) Pacús, Piranhas e Pirambebas BC

Myleus altipinnis (Valenciennes 1850) Pacús, Piranhas e Pirambebas DD CAA B

Myleus micans (Lütken 1875) Pacús, Piranhas e Pirambebas BC

Myloplus asterias (Müller & Troschel 1844) Pacús, Piranhas e Pirambebas B

Mylossoma aureum (Spix & Agassiz 1829) Pacús, Piranhas e Pirambebas B

Pygocentrus nattereri Kner 1858 Pacús, Piranhas e Pirambebas B

Pygocentrus piraya (Cuvier 1819) Pacús, Piranhas e Pirambebas BC


Serrasalmus brandtii Lütken 1875 Pacús, Piranhas e Pirambebas BC

Serrasalmus rhombeus (Linnaeus 1766) Pacús, Piranhas e Pirambebas B

Hemiodontidae Peixes-voadores

Hemiodus parnaguae Eigenmann & Henn 1916 Peixes-voadores CAA B

Anostomidae Piaus, Piaparas e Chimborés

Hypomasticus garmani (Borodin 1929) Piaus, Piaparas e Chimborés B

Hypomasticus mormyrops Piaus, Piaparas e Chimborés B

Leporellus cartledgei Fowler 1941 Piaus, Piaparas e Chimborés B

269
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Leporellus pictus (Kner 1858) Piaus, Piaparas e Chimborés B

Leporellus vittatus (Valenciennes 1850) Piaus, Piaparas e Chimborés B

Leporinus bahiensis Steindachner 1875 Piaus, Piaparas e Chimborés B

Leporinus friderici (Bloch 1794) Piaus, Piaparas e Chimborés B

Leporinus piau Fowler 1941 Piaus, Piaparas e Chimborés ABC

Leporinus taeniatus Lütken 1875 Piaus, Piaparas e Chimborés CAA BC

Megaleporinus brinco (Birindelli, Britski & Garavello 2013) Piaus, Piaparas e Chimborés CAA B

Megaleporinus obtusidens Piaus, Piaparas e Chimborés B

Megaleporinus reinhardti (Lütken 1875) Piaus, Piaparas e Chimborés CAA B

Schizodon dissimilis (Garman 1890) Piaus, Piaparas e Chimborés DD CAA B

Schizodon fasciatus Spix & Agassiz 1829 Piaus, Piaparas e Chimborés CAA B
Schizodon knerii (Steindachner 1875) Piaus, Piaparas e Chimborés CAA BC

Schizodon rostratus (Borodin 1931) Piaus, Piaparas e Chimborés CAA B

Chilodontidae

Caenotropus labyrinthicus (Kner 1858) B

Curimatidae

Curimata macrops Eigenmann & Eigenmann 1889 Branquinhas e Aragus CAA B

Curimatella immaculata (Fernández- Yépez 1948) Branquinhas e Aragus B

270
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Curimatella lepidura (Eigenmann & Eigenmann 1889) Branquinhas e Aragus ABC

Cyphocharax gilbert (Quoy & Gaimard 1824) Branquinhas e Aragus AB

Cyphocharax pinnilepis Vari, Zanata & Camelier 2010 Branquinhas e Aragus CAA B

Psectrogaster rhomboides Eigenmann Branquinhas e Aragus BC

Psectrogaster saguiru Eigenmann & Eigenmann 1889 Branquinhas e Aragus CAA B

Steindachnerina elegans (Steindachner 1875) Branquinhas e Aragus B

Steindachnerina notonota (Miranda Ribeiro 1937) Branquinhas e Aragus CAA ABC

Prochilodontidae Curimatãs

Prochilodus argenteus Spix & Agassiz 1829 Curimatãs CAA BC

Prochilodus brevis Steindachner 1875 Curimatãs CAA ABC

Prochilodus costatus Valenciennes 1850 Curimatãs BC

Prochilodus lacustris Steindachner 1907 Curimatãs CAA B

Lebiasinidae

Nannostomus beckfordi Günther 1872 B

Triportheidae Sardinhas-de-água-doce

Lignobrycon myersi (Miranda Ribeiro 1956) Sardinhas-de-água-doce CAA B

Triportheus guentheri (Garman 1890) Sardinhas-de-água-doce CAA BC

Triportheus signatus (Garman 1890) Sardinhas-de-água-doce CAA ABC

271
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Bryconidae Matrichãs

Brycon orthotaenia Günther 1864 Matrichãs B

Salminus franciscanus Lima & Britski 2007 Matrichãs NT B

Salminus hilarii Valenciennes 1850 Matrichãs B

Iguanodectidae Piabinhas

Bryconops sp. Piabinhas B

Bryconops melanurus (Bloch 1794) Piabinhas B

Acestrorhynchidae Peixes-cachorro

Acestrorhynchus britskii Menezes 1969 Peixes-cachorro B

Acestrorhynchus falcatus (Bloch 1794) Peixes-cachorro B

Acestrorhynchus lacustris (Lütken 1875) Peixes-cachorro BC

Characidae Piabas-facão
Astyanax bimaculatus (Linnaeus 1758) Piabas-facão ABC

Astyanax epiagos Zanata & Camelier 2008 Piabas-facão DD CAA B

Astyanax fasciatus (Cuvier 1819) Piabas-facão ABC

Astyanax hamatilis Camelier & Zanata Piabas-facão CAA B

Astyanax jacobinae Zanata & Camelier 2008 Piabas-facão DD CAA B

Astyanax lacustris (Lütken 1875) Piabas-facão B

Astyanax rivularis (Lütken 1875) Piabas-facão B

Brachychalcinus parnaibae Reis 1989 Piabas-facão CAA B

272
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TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Bryconamericus sp. Piabas-facão CAA B

Bryconamericus stramineus Eigenmann 1908 Piabas-facão B

Cheirodon jaguaribensis Fowler 1941 Piabas-facão DD CAA B

Compsura heterura Eigenmann 1915 Piabas-facão ABC

Creagrutus sp. Piabas-facão CAA B

Ctenobrycon hauxwellianus (Cope 1870) Piabas-facão B

Gymnocorymbus thayeri Eigenmann 1908 Piabas-facão B

Hasemania nana (Lütken 1875) Piabas-facão CAA B

Hasemania piatan Zanata & Serra 2010 Piabas-facão EN CAA B

Hemigrammus brevis Ellis 1911 Piabas-facão B

Hemigrammus gracilis (Lütken 1875) Piabas-facão BC

Hemigrammus guyanensis Géry 1959 Piabas-facão B


Hemigrammus marginatus Ellis 1911 Piabas-facão BC

Hemigrammus ora Zarske, Le Bail & Géry 2006 Piabas-facão B

Hemigrammus rodwayi Durbin 1909 Piabas-facão B

Hyphessobrycon bentosi Durbin 1908 Piabas-facão B

Hyphessobrycon brumado Zanata & Camelier 2010 Piabas-facão CAA B

Hyphessobrycon diastatos Dagosta, Marinho & Camelier 2014 Piabas-facão B

Hyphessobrycon micropterus Piabas-facão BC

273
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E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Hyphessobrycon negodagua Lima & Gerhard 2001 Piabas-facão DD CAA B

Hyphessobrycon parvellus Ellis 1911 Piabas-facão CAA B

Hyphessobrycon piabinhas Fowler Piabas-facão DD CAA B

Hyphessobrycon santae (Eigenmann 1907) Piabas-facão CAA B

Hyphessobrycon vinaceus Bertaco, Malabarba & Dergam 2007 Piabas-facão CAA B

Hysteronotus megalostomus Eigenmann 1911 Piabas-facão NT B

Jupiaba polylepis (Günther 1864) Piabas-facão B

Knodus victoriae (Steindachner 1907) Piabas-facão B

Kolpotocheirodon figueiredoi Malabarba, Lima & Weitzman, 2004 Piabas-facão CR CAA B

Lepidocharax diamantina Ferreira, Menezes & Quagio-Grassiotto Piabas-facão EN CAA B


2011

Moenkhausia costae (Steindachner 1907) Piabas-facão CAA BC

Moenkhausia diamantina Benine, Castro & Santos 2007 Piabas-facão CAA B

Moenkhausia dichroura (Kner 1858) Piabas-facão B

Moenkhausia intermédia Eigenmann 1908 Piabas-facão B

Moenkhausia lepidura (Kner 1858) Piabas-facão B

Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) Piabas-facão B

Myxiops aphos Zanata & Akama 2004 Piabas-facão CAA B

274
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Nematocharax venustus Weitzman, Menezes & Britski 1986 Piabas-facão B

Orthospinus franciscensis (Eigenmann Piabas-facão B

Phenacogaster calverti (Fowler 1941) Piabas-facão CAA B

Phenacogaster franciscoensis Eigenmann, 1911 Piabas-facão BC

Piabarchus stramineus (Eigenmann 1908) Piabas-facão B

Piabina argentea Reinhardt 1867 Piabas-facão BC

Poptella compressa (Günther 1864) Piabas-facão B

Psellogrammus kennedyi (Eigenmann 1903) Piabas-facão BC

Roeboides margareteae Lucena 2003 Piabas-facão CAA B

Roeboides sazimai Lucena 2007 Piabas-facão CAA B

Roeboides xenodon (Reinhardt 1851) Piabas-facão BC


Serrapinnus cf. lucindai Jerep & Malabarba 2014 Piabas-facão B

Serrapinnus heterodon (Eigenmann 1915) Piabas-facão ABC

Serrapinnus piaba (Lütken 1875) Piabas-facão BC

Serrapinnus potiguar Jerep & Malabarba 2014 Piabas-facão CAA B

Stygichthys typhlops Brittan & Böhlke 1965 Piabas-facão EN CAA B

Tetragonopterus argenteus Cuvier 1816 Piabas-facão B

Tetragonopterus chalceus Spix & Agassiz 1829 Piabas-facão ABC

SILURIFORMES
Aspredinidae Banjos

275
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Aspredo aspredo (Linnaeus 1758) Banjos B

Auchenipteridae Cangatis, Cumbás e Peixes-gato

Ageneiosus inermis (Linnaeus 1766) Cangatis, Cumbás e Peixes-gato B

Ageneiosus sp. Cangatis, Cumbás e Peixes-gato CAA B

Auchenipterus menezesi Ferraris & Vari 1999 Cangatis, Cumbás e Peixes-gato CAA B

Centromochlus bockmanni (Sarmento- Soares & Buckup 2005) Cangatis, Cumbás e Peixes-gato CAA B

Pseudotatia parva Mees 1974 Cangatis, Cumbás e Peixes-gato DD CAA B

Trachelyopterus cratensis (Miranda Ribeiro 1937) Cangatis, Cumbás e Peixes-gato DD B

Trachelyopterus galeatus (Linnaeus 1766) Cangatis, Cumbás e Peixes-gato BC

Trachelyopterus striatulus Cangatis, Cumbás e Peixes-gato B

Doradidae Caboges e Cuius-cuius


Franciscodoras marmoratus (Lütken 1874) Caboges e Cuius-cuius CAA BC

Hassar affinis (Steindachner 1881) Caboges e Cuius-cuius CAA B

Kalyptodoras bahiensis Higuchi, Britski & Garavello 1990 Caboges e Cuius-cuius EN CAA B

Platydoras brachylecis Piorski, Garavello, Arce H. & Sabaj Caboges e Cuius-cuius CAA B
Pérez 2008

Heptapteridae Mandis e jundiás

Cetopsorhamdia iheringi Schubart & Gomes 1959 Mandis e jundiás B

Cetopsorhamdia sp. Mandis e jundiás CAA B

276
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Imparfinis sp. Mandis e jundiás CAA B

Phenacorhamdia sp. Mandis e jundiás CAA B

Pimelodella cf. steindachneri Eigenmann, 1917 Mandis e jundiás B

Pimelodella dorseyi Fowler 1941 Mandis e jundiás CAA B

Pimelodella enochi Fowler 1941 Mandis e jundiás CAA B

Pimelodella itapicuruensis Eigenmann Mandis e jundiás B

Pimelodella laurenti Fowler 1941 Mandis e jundiás CAA B

Pimelodella papariae (Fowler 1941) Mandis e jundiás DD B

Pimelodella parnahybae Fowler 1941 Mandis e jundiás CAA B

Pimelodella robinsoni (Fowler 1941) Mandis e jundiás CAA B

Pimelodella vittata (Lütken 1874) Mandis e jundiás B

Pimelodella witmeri Fowler 1941 Mandis e jundiás B


Pimelodella wolfi (Fowler 1941) Mandis e jundiás DD B

Rhamdia enfurnada Bichuette & Trajano 2005 Mandis e jundiás CAA B

Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard 1824) Mandis e jundiás AB

Rhamdiopsis krugi Bockmann & Castro 2010 Mandis e jundiás CAA B

Rhamdiopsis sp. Mandis e jundiás CAA B

Pimelodidae Bagres, Mandis, Surubins e Pintados

Bergiaria westermanni (Lütken 1874) Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Brachyplatystoma filamentosum Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

277
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Brachyplatystoma vaillantii Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Conorhynchos conirostris Bagres, Mandis, Surubins e Pintados EN B

Duopalatinus emarginatus Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Hemisorubim platyrhynchos Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Hypophthalmus cf. edentatus Spix & Agassiz 1829 Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Pimelodus blochii Valenciennes 1840 Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Pimelodus fur (Lütken 1874) Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Pimelodus maculatus Lacepède 1803 Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Pimelodus ornatus Kner 1858 Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Pimelodus pohli Ribeiro & Lucena 2006 Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Pimelodus sp.1 Bagres, Mandis, Surubins e Pintados CAA B

Pimelodus sp.2 Bagres, Mandis, Surubins e Pintados CAA B


Pseudoplatystoma corruscans (Spix & Agassiz 1829) Bagres, Mandis, Surubins e Pintados NT B

Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus 1766) Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Sorubim lima (Bloch & Schneider 1801) Bagres, Mandis, Surubins e Pintados B

Pseudopimelodidae Pacamãs e Peixe-sapo

Cephalosilurus fowleri Haseman 1911 Pacamãs e Peixe-sapo CAA B

Lophiosilurus alexandri Steindachner 1876 Pacamãs e Peixe-sapo VU CAA BC

Microglanis leptostriatus Mori & Shibatta 2006 Pacamãs e Peixe-sapo B

Pseudopimelodus charus (Valenciennes 1840) Pacamãs e Peixe-sapo B

278
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Trichomycteridae Cambevas e Bagrinhos

Copionodon lianae Campanario & de Pinna 2000 Cambevas e Bagrinhos NT CAA B

Copionodon orthiocarinatus de Pinna 1992 Cambevas e Bagrinhos NT CAA B

Copionodon pecten de Pinna 1992 Cambevas e Bagrinhos NT CAA B

Glaphyropoma rodriguesi de Pinna 1992 Cambevas e Bagrinhos DD CAA B

Glaphyropoma spinosum Bichuette, de Pinna & Trajano 2008 Cambevas e Bagrinhos VU CAA B

Ituglanis agreste Lima, Neves & Campos-Paiva 2013 Cambevas e Bagrinhos DD CAA B

Ituglanis paraguassuensis Campos- Paiva & Costa 2007 Cambevas e Bagrinhos DD CAA B

Trichomycterus itacarambiensis Trajanoi & Pinna, 1996 Cambevas e Bagrinhos CR CAA B

Trichomycterus payaya Sarmento- Soares, Zanata & Martins- Cambevas e Bagrinhos DD CAA B
Pinheiro 2011

Trichomycterus rubbioli Bichuette & Rizzato 2012 Cambevas e Bagrinhos VU CAA B

Trichomycterus tete Barbosa & Costa 2011 Cambevas e Bagrinhos CAA B

Callichthyidae Coridoras e Camboatás

Aspidoras carvalhoi Nijssen & Isbrücker 1976 Coridoras e Camboatás DD CAA B

Aspidoras depinnai Britto 2000 Coridoras e Camboatás CAA AB

Aspidoras maculosus Nijssen & Isbrücker 1976 Coridoras e Camboatás DD CAA B

279
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Aspidoras menezesi Nijssen & Isbrücker 1976 Coridoras e Camboatás DD CAA AB

Aspidoras psammatides Britto, Lima & Santos 2005 Coridoras e Camboatás CAA B

Aspidoras raimundi (Steindachner 1907) Coridoras e Camboatás CAA B

Aspidoras rochai Ihering 1907 Coridoras e Camboatás DD CAA AB

Aspidoras sp. Coridoras e Camboatás CAA B

Aspidoras spilotus Nijssen & Isbrücker 1976 Coridoras e Camboatás CAA B

Callichthys callichthys (Linnaeus 1758) Coridoras e Camboatás B

Corydoras garbei Ihering 1911 Coridoras e Camboatás B

Corydoras julii Steindachner 1906 Coridoras e Camboatás B

Corydoras lymnades Tencatt, Vera- Alcaraz, Britto & Coridoras e Camboatás B


Pavanelli 2013

Corydoras multimaculatus Coridoras e Camboatás CAA B

Corydoras sp.1 Coridoras e Camboatás CAA B

Corydoras sp.2 Coridoras e Camboatás CAA B

Corydoras treitlii Steindachner 1906 Coridoras e Camboatás CAA B

Corydoras vittatus Nijssen 1971 Coridoras e Camboatás CAA B

Hoplosternum littorale (Hancock 1828) Coridoras e Camboatás BC

Megalechis thoracata (Valenciennes 1840) Coridoras e Camboatás B

Loricariidae Acarís e Cascudos

Ancistrus damasceni (Steindachner 1907) Acarís e Cascudos CAA B

280
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Ancistrus sp. Acarís e Cascudos CAA B

Aphanotorulus gomesi (Fowler 1942) Acarís e Cascudos CAA B

Harttia longipinna Langeani, Oyakawa Acarís e Cascudos DD CAA B

Hisonotus vespuccii Roxo, Silva & Oliveira 2015 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus alatus Castelnau 1855 Acarís e Cascudos BC

Hypostomus brevicauda (Günther 1864) Acarís e Cascudos DD CAA B

Hypostomus carvalhoi (Miranda Ribeiro 1937) Acarís e Cascudos DD B

Hypostomus chrysostiktos Birindelli, Zanata & Lima 2007 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus eptingi (Fowler 1941) Acarís e Cascudos DD B

Hypostomus francisci (Lütken 1874) Acarís e Cascudos B

Hypostomus jaguar Zanata, Sardeiro & Zawadzki 2013 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus jaguribensis (Fowler Acarís e Cascudos B

Hypostomus johnii (Steindachner 1877) Acarís e Cascudos B

Hypostomus lima (Lütken 1874) Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus macrops (Eigenmann & Eigenmann 1888) Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus nudiventris (Fowler 1941) Acarís e Cascudos B

Hypostomus papariae (Fowler 1941) Acarís e Cascudos B

281
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Hypostomus pusarum (Starks 1913) Acarís e Cascudos CAA ABC

Hypostomus salgadae (Fowler 1941) Acarís e Cascudos B

Hypostomus sertanejo Zawadzki, Ramos & Sabaj 2017 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus sp.1 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus sp.2 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus sp.3 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus sp.4 Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus unae (Steindachner 1878) Acarís e Cascudos CAA B

Hypostomus vaillanti (Steindachner 1877) Acarís e Cascudos DD CAA B

Hypostomus wuchereri (Günther 1864) Acarís e Cascudos DD B

Limatulichthys griseus (Eigenmann 1909) Acarís e Cascudos B


Loricaria parnahybae Steindachner 1907 Acarís e Cascudos CAA B

Loricaria sp. Acarís e Cascudos CAA B

Loricariichthys derbyi Fowler 1915 Acarís e Cascudos CAA B

Loricariichthys sp. Acarís e Cascudos CAA B

Megalancistrus barrae (Steindachner 1910) Acarís e Cascudos CAA BC

Otocinclus hasemani Steindachner Acarís e Cascudos B

Otocinclus xakriaba Schaefer 1997 Acarís e Cascudos CAA B

Pareiorhaphis lophia Pereira & Zanata 2014 Acarís e Cascudos B


Parotocinclus bahiensis (Miranda Ribeiro 1918) Acarís e Cascudos CAA B

282
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Parotoncinclus cabessadecuia Ramos, Lima & Ramos 2017 Acarís e Cascudos B

Parotocinclus cearensis Garavello 1977 Acarís e Cascudos DD CAA B

Parotocinclus cesarpintoi Miranda Ribeiro 1939 Acarís e Cascudos CAA B

Parotocinclus cristatus Garavello 1977 Acarís e Cascudos B

Parotocinclus haroldoi Garavello 1988 Acarís e Cascudos CAA B

Parotocinclus jimi Garavello 1977 Acarís e Cascudos CAA B

Parotocinclus jumbo Britski & Garavello 2002 Acarís e Cascudos CAA AB

Parotocinclus minutus Garavello 1977 Acarís e Cascudos CAA B

Parotocinclus seridoensis Ramos, Barros-Neto, Britski & Lima Acarís e Cascudos CAA B
2013

Parotocinclus spilosoma (Fowler 1941) Acarís e Cascudos CAA AB

Parotocinclus spilurus (Fowler 1941) Acarís e Cascudos EN CAA B

Parotoncinclus sp.1 Acarís e Cascudos CAA B

Parotoncinclus sp.2 Acarís e Cascudos CAA B

Pseudancistrus genisetiger Fowler Acarís e Cascudos CAA B

Pseudancistrus papariae Fowler 1941 Acarís e Cascudos DD B

Pterygoplichthys etentaculatus (Spix & Agassiz 1829) Acarís e Cascudos B

Pterygoplichthys parnaibae (Weber 1991) Acarís e Cascudos CAA B

Rhinelepis aspera Spix & Agassiz 1829 Acarís e Cascudos NT BC

Rineloricaria sp.1 Acarís e Cascudos CAA B

283
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Rineloricaria sp.2 Acarís e Cascudos CAA B

Spatuloricaria nudiventris Acarís e Cascudos B

GYMNOTIFORMES

Gymnotidae Sarapós

Gymnotus carapo Linnaeus 1758 Sarapós BC

Rhamphichthyidae

Rhamphichthys marmoratus Castelnau 1855 B

Hypopomidae

Brachypopomus sp. B

Sternopygidae Sarapós e Tuviras

Eigenmannia besouro Peixoto & Wosiacki 2016 Sarapós e Tuviras B

Eigenmannia macrops (Boulenger 1897) Sarapós e Tuviras B


Eigenmannia virescens (Valenciennes 1836) Sarapós e Tuviras BC

Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider 1801) Sarapós e Tuviras BC

Apteronotidae Sarapós

Apteronotus brasiliensis (Reinhardt 1852) Sarapós B

Apteronotus sp. Sarapós CAA B

CYPRINODONTIFORMES

Rivulidae peixes-anuais

Anablepsoides cearensis (Costa & Vono 2009) peixes-anuais CR CAA B

284
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Cynolebias altus Costa 2001 peixes-anuais DD CAA B

Cynolebias attenuatus Costa 2001 peixes-anuais DD CAA B

Cynolebias gibbus Costa 2001 peixes-anuais CAA B

Cynolebias gilbertoi Costa 1998 peixes-anuais CAA B

Cynolebias itapicuruensis Costa 2001 peixes-anuais DD CAA B

Cynolebias leptocephalus Costa & Brasil 1993 peixes-anuais CR CAA B

Cynolebias microphthalmus Costa & Brasil 1995 peixes-anuais CAA B

Cynolebias obscurus Costa 2014 peixes-anuais CAA B

Cynolebias ochraceus Costa 2014 peixes-anuais CAA B

Cynolebias oticus Costa 2014 peixes-anuais CAA B

Cynolebias paraguassuensis Costa, Suzart & Nielsen 2007 peixes-anuais DD CAA B

Cynolebias parietalis Costa 2014 peixes-anuais CAA B

Cynolebias parnaibensis Costa, Ramos, Alexandre & Ramos peixes-anuais DD CAA B


2010

Cynolebias perforatus Costa & Brasil 1991 peixes-anuais CAA B

Cynolebias porosus Steindachner 1876 peixes-anuais DD CAA B

Cynolebias rectiventer Costa 2014 peixes-anuais CAA B

Cynolebias roseus Costa 2014 peixes-anuais CAA B

Cynolebias vazabarrisensis Costa 2001 peixes-anuais DD CAA B

Hypsolebias adornatus (Costa 2000) peixes-anuais VU CAA B

285
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Hypsolebias antenori (Tulipano 1973) peixes-anuais CAA B

Hypsolebias caeruleus Costa 2013 peixes-anuais CAA B

Hypsolebias carlettoi (Costa & Nielsen 2004) peixes-anuais CR CAA B

Hypsolebias coamazonicus Costa, Amorim & Bragança 2014 peixes-anuais CAA B

Hypsolebias faouri Britzke, Nielsen & Oliveira, 2016 peixes-anuais CAA B

Hypsolebias flagellatus (Costa 2003) peixes-anuais CAA B

Hypsolebias flavicaudatus (Costa & Brasil 1990) peixes-anuais CR CAA B

Hypsolebias fulminantis (Costa & Brasil 1993) peixes-anuais CR CAA B

Hypsolebias ghisolfii (Costa, Cyrino & Nielsen 1996) peixes-anuais CR CAA B

Hypsolebias gilbertobrasili Costa 2012 peixes-anuais NT CAA B

Hypsolebias guanambi Costa & Amorim 2011 peixes-anuais VU CAA B

Hypsolebias harmonicus (Costa 2010) peixes-anuais VU CAA B

Hypsolebias hellneri (Berkenkamp 1993) peixes-anuais EN CAA B

Hypsolebias igneus (Costa 2000) peixes-anuais CR CAA B

Hypsolebias janaubensis (Costa 2006) peixes-anuais CR CAA B

Hypsolebias longignatus (Costa 2008) peixes-anuais VU CAA B

Hypsolebias lopesi (Nielsen, Shibatta, Suzart & Martín peixes-anuais VU CAA B


2010)

286
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Hypsolebias macaubensis (Costa & Suzart 2006) peixes-anuais CR CAA B

Hypsolebias magnificus (Costa & Brasil 1991) peixes-anuais EN CAA B

Hypsolebias martinsi Britzke, Nielsen peixes-anuais CAA B

Hypsolebias mediopapillatus (Costa peixes-anuais VU CAA B

Hypsolebias nitens Costa 2012 peixes-anuais CAA B

Hypsolebias nudiorbitatus Costa 2011 peixes-anuais DD CAA B

Hypsolebias picturatus (Costa 2000) peixes-anuais VU CAA B

Hypsolebias pterophyllus Costa 2012 peixes-anuais CAA B

Hypsolebias radiseriatus Costa 2012 peixes-anuais DD CAA B

Hypsolebias sertanejo Costa 2012 peixes-anuais CAA B

Hypsolebias shibattai Nielsen, Martins, de Araujo & dos Reis peixes-anuais CAA B
Suzart 2014

Hypsolebias similis (Costa & Hellner 1999) peixes-anuais VU CAA B

Hypsolebias stellatus (Costa & Brasil 1994) peixes-anuais EN CAA B

Hypsolebias trifasciatus Nielsen, Martins, de Araujo & dos Reis peixes-anuais CAA B
Suzart 2014

Melanorivulus decoratus (Costa 1989) peixes-anuais NT CAA B

Melanorivulus parnaibensis (Costa peixes-anuais B

Pituna schindleri Costa 2007 peixes-anuais CAA B

287
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Poeciliidae Barrigudinhos e Guarus

Pamphorichthys hollandi (Henn 1916) Barrigudinhos e Guarus CAA BC

Phalloptychus eigenmanni Henn 1916 Barrigudinhos e Guarus CR CAA B

Poecilia latipinna (Lesueur 1821) Barrigudinhos e Guarus B

Poecilia reticulata Peters 1859 Barrigudinhos e Guarus ABC

Poecilia sarrafae Bragança & Costa 2011 Barrigudinhos e Guarus CAA B

Poecilia sphenops Valenciennes 1846 Barrigudinhos e Guarus B

Poecilia vivipara Bloch & Schneider 1801 Barrigudinhos e Guarus ABC

Xiphophorus helleri Heckel 1848 Barrigudinhos e Guarus B

SYNBRANCHIFORMES

Synbranchidae Muçuns

Synbranchus sp.1 Muçuns CAA B


Synbranchus sp.2 Muçuns B

PERCIFORMES

Sciaenidae Curvinas

Pachyurus francisci (Cuvier 1830) Curvinas NT BC

Pachyurus squamipennis Agassiz 1831 Curvinas DD B

Plagioscion squamosissimus (Heckel 1840) Curvinas BC

Cichlidae Acarás e jacundá

Aequidens tetramerus (Heckel 1840) Acarás e jacundá B

288
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

Apistogramma piauiensis Kullander 1980 Acarás e jacundá DD CAA B

Astronotus ocellatus (Agassiz 1831) Acarás e jacundá BC

Cichla kelberi Kullander & Ferreira 2006 Acarás e jacundá B

Cichla monoculus Spix & Agassiz 1831 Acarás e jacundá BC

Cichla ocellaris Bloch & Schneider 1801 Acarás e jacundá AB

Cichlasoma orientale Kullander 1983 Acarás e jacundá BC

Cichlasoma sanctifranciscense Acarás e jacundá BC

Coptodon rendalli (Boulenger 1897) Acarás e jacundá B

Crenicichla lepidota Heckel 1840 Acarás e jacundá BC

Crenicichla menezesi Ploeg 1991 Acarás e jacundá BC

Crenicichla sp. Acarás e jacundá CAA B

Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard 1824) Acarás e jacundá ABC


Geophagus diamantinensis Mattos, Costa & Santos 2015 Acarás e jacundá CAA B

Geophagus itapicuruensis Haseman 1911 Acarás e jacundá DD B

Geophagus obscurus (Castelnau 1855) Acarás e jacundá DD B

Geophagus parnaibae Staeck & Schindler 2006 Acarás e jacundá CAA B

Oreochromis niloticus (Linnaeus 1758) Acarás e jacundá ABC

Parachromis managuensis (Günther 1867) Acarás e jacundá ABC

Satanoperca jurupari (Heckel 1840) Acarás e jacundá B


Awaous tajasica (Lichtenstein 1822) Acarás e jacundá B

289
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM Ameaçadas Endemicas Fonte

BELONIFORMES

Belonidae

Pseudotylosurus microps (Günther 1866) B

Espécies Ameaçadas de Extinção: VU – espécie com status Vulnevrável; EM – Espécie com status Em Perigo; CR – Espécie com status Criticamente Ameaçado; NT – espécie
com status Quase Ameaçado; DD – espécie com dados insuficientes para avaliação; Espécies Endêmicas (END.): CAA – espécie endêmica da Caatinga; Fontes: A –EIA/RIMA
Ramal do Agreste; B –(Eschmeyer, 2016; Lima et al, 2017); C – UNIVASF (monitoramento).

290
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Anexo IV. Hepertofauna de provável ocorrência na área de entorno do Reservatório Ipojuca

291
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Amphibia

ANURA

BUFONIDAE

Rhinella granulosa (Spix, 1824) Sapo LC BCDE FC

Rhinella jimi* (Stevaux, 2002) Sapo-cururu LC BCDE FC

Rhinella rubescens (A. Lutz, 1925) Sapo-cururu LC B FC

CERATOPHRYIDAE

Ceratophrys joazeirensis Mercadal de Barrio, Sapo DD CA BD FC TR


1986
CRAUGASTORIDAE

Craugastorinae

Haddadus aramunha (Cassimiro, Verdade Sapo DD CA B FC


& Rodrigues, 2008)
Ceuthomantinae

Pristimantis ramagii (Boulenger, 1888) Rã LC B FC

HYLIDAE

Bokermannohyla diamantina Napoli & Juncá, 2006 Perereca DD CA B FC

Bokermannohyla itapoty Lugli & Haddad, 2006 Perereca LC CA B FC

Bokermannohyla juiju Faivovich, Luigli, Perereca CA B FC


Lourenço & Haddad,
2009
Bokermannohyla oxente Lugli & Haddad, 2006 Perereca LC CA B FC

Corythomantis galeata Pombal, Menezes, Perereca CA B FC


Fontes, Nunes, Rocha
& Van Sluys, 2012

292
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Corythomantis greeningi Boulenger, 1896 Perereca LC BCDE MS FC

Dendropsophus branneri (Cochran, 1948) Perereca LC B FC

Dendropsophus decipiens (A. Lutz, 1925) Perereca LC B FC

Dendropsophus elegans (Wied-Neuwied, Perereca LC B FC


1824)
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Perereca LC BD FC

Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) Perereca LC B FC

Dendropsophus novaisi (Bokermann, 1968) Perereca DD B FC

Dendropsophus oliveirai (Bokermann, 1963) Perereca LC B FC

Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt & Lütken, Perereca LC B FC


1862 “1861”)
Dendropsophus soaresi (Caramaschi & Jim, Perereca LC B FC
1983)
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca-carneirinho LC B FC

Hypsiboas crepitans (Wied-Neuwied, Perereca LC BD FC


1824)
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799) Perereca LC B FC

Hypsiboas raniceps Cope, 1862 Perereca LC BCDE FC

Phyllodytes acuminatus Bokermann, 1966 Perereca LC B FC

Scinax camposseabrai (Bokermann, 1968) Perereca DD B FC

Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) Perereca LC B FC

Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) Perereca-rapa-cuia LC BE FC

Scinax nebulosus (Spix, 1824) Perereca B FC


Scinax pachycrus (Miranda-Ribeiro, Perereca LC BD FC

293
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

1937)

Scinax ruber (Laurenti, 1768) Perereca LC CE FC

Scinax x-signatus (Spix, 1824) Perereca-rapa-cuia LC BDE FC

Trachycephalus atlas Bokermann, 1966 Perereca-babenta LC BD FC

LEPTODACTYLIDAE

Leiuperinae

Physalaemus albifrons (Spix, 1824) sapo LC BDE FC

Physalaemus centralis Bokermann, 1962 sapo LC BD FC

Physalaemus cicada Bokermann, 1966 sapo LC BCDE FC

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 sapo-cachorro LC BCDE FC

Physalaemus kroyeri (Reinhardt & Lütken, sapo LC BCD FC


1862 “1861”)
Pleurodema alium Maciel & Nunes, 2010 sapo B FC

Pleurodema diplolister (Peters, 1870) cubaca LC BCD FC

Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887) sapinho LC B FC

Pseudopaludicola pocoto Magalhães, sapinho BC FC


Loebmann, Kokubum,
Haddad & Garda,
2014
Leptodactylinae

Adenomera andreae (Müller, 1923) rãziha LC B FC

Leptodactylus caatingae Heyer & Juncá, 2003 sapinho LC B FC


Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) rã-assobiadeira LC BCDE FC

294
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Leptodactylus macrosternum Miranda-Ribeiro, rã-manteiga BCE FC CIN


1926
Leptodactylus mystaceus (Spix, 1824) rã LC B FC

Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) rã-de-bigode LC B FC

Leptodactylus natalensis A. Lutz, 1930 sapo LC B FC

Leptodactylus oreomantis Carvalho, Leite & sapo CA B FC


Pezzuti, 2013
Leptodactylus pustulatus (Peters, 1870) sapo LC B FC

Leptodactylus syphax Bokermann, 1969 sapo LC BD FC

Leptodactylus troglodytes A. Lutz, 1926 sapo LC BCDE FC

Leptodactylus vastus A. Lutz, 1930 rã-pimenta LC BCDE FC CIN

Paratelmatobiinae

Rupirana cardosoi Heyer, 1999 sapo NT CA B FC

MICROHYLIDAE

Gastrophryninae

Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) sapo-mole LC BCDE FC

Elachistocleis ovalis (Schneider, 1799) sapo LC E FC

Elachistocleis piauiensis Caramaschi & Jim, sapo LC B FC


1983
ODONTOPHRYNIDAE

Odontophrynus carvalhoi Savage & Cei, 1965 sapo LC B FC

Proceratophrys aridus Cruz, Nunes & Juncá, sapo CA B FC


2012
Proceratophrys caramaschii Cruz, Nunes & Juncá, sapo CA B FC

295
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

2012

Proceratophrys cristiceps (Müller, 1884 “1883”) sapo LC BCDE FC

Proceratophrys minuta Napoli, Cruz, Abreu & sapo CA B FC


DelGrande, 2011
PHYLLOMEDUSIDAE

Phyllomedusa bahiana A. Lutz, 1925 perereca-verde DD B FC

Pithecopus nordestinus (Caramaschi, 2006) perereca-verde DD BCDE FC

PIPIDAE

Pipa carvalhoi (Miranda-Ribeiro, rã LC BCD FC


1937)
GYMNOPHIONA

SIPHONOPIDAE

Siphonops annulatus (Mikan, 1820) cobra-cega LC D

Repitilia

Testudines

Cryptodira

Kinosternoidea

KINOSTERNIDAE

Kinosterninae

Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766) muçuã ADE CIN TR


scorpioides
Testudinoidea
TESTUDINIDAE

296
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Chelonoidis carbonarius (Spix, 1824) jabuti ACDE TR

Pleurodira

CHELIDAE

Chelinae

Mesoclemmys tuberculata (Lüderwaldt, 1926) cágado ACDE

Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) cágado-de-barbicha ACDE

Phrynops tuberosus (Peters, 1870) cágado AE

Crocodylia

ALLIGATORIDAE

Caimaninae

Caiman latirostris (Daudin, 1801) jacaré-do-papo-amarelo LR/lc A CIN TR

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) jacaré-anão LR/lc A CIN TR


Squamata

Gekkota

GEKKONIDAE

Hemidactylus agrius Vanzolini, 1978 bibra AD

Hemidactylus brasilianus* (Amaral, 1935) bibra ACDE

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, lagartixa EX AD


1818)
Lygodactylus klugei* (Smith, Martin & lagartixa ACDE
Swain, 1977)
PHYLLODACTYLIDAE

Gymnodactylus darwinii (Gray, 1845) lagartinho A

297
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Gymnodactylus geckoides* Spix, 1825 bibra ACDE

Phyllopezus lutzae (Loveridge, 1941) lagartixa AD

Phyllopezus periosus* Rodrigues, 1986 lagartixa CA ACDE

Phyllopezus pollicaris (Spix, 1825) lagartixa ACDE

SPHAERODACTYLIDAE

Coleodactylus meridionalis (Boulenger, 1888) lagarto A

Scinciformata

Lygosomoidea

MABUYIDAE

Mabuyinae

Brasiliscincus heathi (Schmidt & Inger, calango-liso ACDE


1951)
Copeoglossum arajara (Rebouças-Spieker, calango-liso A
1981)
Copeoglossum nigropunctatum (Spix, 1825) calango-liso A

Psychosaura agmosticha (Rodrigues, 2000) calango-liso ACDE

Psychosaura macrorhyncha (Hoge, 1947) calango-liso A

Varzea bistriata (Spix, 1825) calango-liso LC D

Trachylepidinae

Trachylepis atlantica (Schmidt, 1945) lagarto A

Iguania
Pleurodonta

DACTYLOIDAE

298
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Dactyloa punctata (Daudin, 1802) lagarto A

Norops brasiliensis (Vanzolini & papa-vento A


Williams, 1970)
Norops fuscoauratus (D’Orbigny, 1837 in papa-vento A
Duméril & Bibron,
1837)
Norops ortonii (Cope, 1868) papa-vento A

HOPLOCERCIDAE

Hoplocercus spinosus Fitzinger, 1843 lagarto-rabo-de-espinho A

IGUANIDAE

Iguana iguana iguana* (Linnaeus, 1758) iguana ACDE TR

LEIOSAURIDAE

Enyaliinae

Enyalius bibronii Boulenger, 1885 papa-vento LC AD

Enyalius catenatus (Wied, 1821) papa-vento A

POLYCHROTIDAE

Polychrus acutirostris Spix, 1825 camaleão ACDE

Polychrus marmoratus (Linnaeus, 1758) camaleão A

TROPIDURIDAE

Strobilurus torquatus Wiegmann, 1834 calango A

Tropidurus cocorobensis Rodrigues, 1987 calango CA ACD

Tropidurus helenae (Manzani & Abe, calango CA D


1990)
Tropidurus hispidus* (Spix, 1825) calango ACDE

299
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Tropidurus oreadicus Rodrigues, 1987 calango A

Tropidurus pinima (Rodrigues, 1984) calango CA A

Tropidurus semitaeniatus* (Spix, 1825) calango LC ACDE

Tropidurus torquatus (Wied, 1820) calango LC A

Uracentron azureum azureum (Linnaeus, 1758) calango A

Anguimorpha

ANGUIDAE

Diploglossinae

Diploglossus fasciatus (Gray, 1831) lagarto D

Diploglossus lessonae Peracca, 1890 lagarto LC ADE

Ophiodes striatus (Spix, 1825) cobra-de-vidro A

Lacertiformes
Teiioidea

GYMNOPHTHALMIDAE

Gymnophthalminae

Gymnophthalmini

Calyptommatus leiolepis Rodrigues, 1991 lagarto EM CA AD

Calyptommatus nicterus Rodrigues, 1991 lagarto EM CA D

Calyptommatus sinebrachiatus Rodrigues, 1991 lagartinho EM CA D

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt & lagarto-rabo-azul ADE


Luetken, 1862)
Nothobachia ablephara Rodrigues, 1984 lagarto CA A

300
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Scriptosaura catimbau Rodrigues & lagartinho CA A


Santos, 2008
Vanzosaura multiscutata (Amaral, 1933) lagarto-rabo-vermelho CA ACDE

Iphisini

Acratosaura mentalis (Amaral, 1933) calango ACDE

Stenolepis ridleyi Boulenger, 1887 calango A

Cercosaurinae

Cercosaurini

Cercosaura ocellata ocellata Wagler, 1830 calango A

Placosoma cordylinum Tschudi, 1847* lagarto LC A


cordylinum
Ecpleopodini

Anotosaura vanzolinia Dixon, 1974 lagarto CA A

Dryadosaura nordestina Rodrigues, Freire, lagarto A


Pellegrino & Sites,
2005
TEIIDAE

Teiinae

Ameiva ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) calango-bico-doce ACDE

Ameivula ocellifera* (Spix, 1825) calanguinho-verde ACDE

Ameivula pyrrhogularis (Silva e Avila-Pires, calanguinho A


2013)
Kentropyx calcarata Spix, 1825 lagarto A
Kentropyx striata (Daudin, 1802) lagarto A

301
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Tupinambinae

Salvator merianae * Duméril & Bibron, teiú ACDE CIN TR


1839
Amphisbaenia

AMPHISBAENIDAE

Amphisbaeninae

Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 cobra-de-duas-cabeças ADE

Amphisbaena carvalhoi Gans, 1965 cobra-de-duas-cabeças AD

Amphisbaena fuliginosa wiedi Vanzolini, 1951* cobra-de-duas-cabeças A

Amphisbaena lumbricalis Vanzolini, 1996 cobra-de-duas-cabeças AC

Amphisbaena pretrei Duméril & Bibron, cobra-de-duas-cabeças A


1839
Amphisbaena ridleyi Boulenger, 1890 cobra-de-duas-cabeças A

Amphisbaena supernumeraria Mott, Rodrigues & cobra-de-duas-cabeças EM A


Santos, 2009
Amphisbaena vermicularis Wagler in Spix, cobra-de-duas-cabeças ACE
1824
Leposternon infraorbitale (Bertold, 1859) cobra-de-duas-cabeças A

Leposternon microcephalum Wagler in Spix, cobra-de-duas-cabeças A


1824
Leposternon polystegum (Duméril in Duméril cobra-de-duas-cabeças AE
& Duméril, 1851)
Serpentes

“Scolecophidia”
ANOMALEPIDIDAE

302
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Liotyphlops trefauti Freire, Caramaschi cobra-cega A


& Argôlo, 2007
TYPHLOPIDAE

Typhlopinae

Amerotyphlops arenensis Graboski, Pereira cobra-cega A


Filho, Silva, Prudente
& Zaher, 2015
Amerotyphlops (Vanzolini, 1976) cobra-cega DD A
brongersmianus
Amerotyphlops paucisquamus (Dixon & Hendricks, cobra-cega VU A
1979)
LEPTOTYPHLOPIDAE

Epictinae

Epictini

Epictia borapeliotes (Vanzolini, 1996) cobra-cega ADE

Trilepida brasiliensis (Laurent, 1949) cobra-cega A

Afrophidia/Henophidia

BOIDAE

Boa constrictor constrictor Linnaeus, 1758 jibóia ACDE CIN TR

Boa constrictor amarali (Stull, 1932) jibóia AC CIN TR

Corallus hortulanus (Linnaeus, 1758) cobra LC A

Epicrates assisi Machado, 1945 salamanta ACE TR

Epicrates cenchria (Linnaeus, 1758) salamanta AD TR


Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) sucuri A

303
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Caenophidia

COLUBRIDAE

Chironius carinatus (Linnaeus, 1758) cobra-cipó AD

Chironius exoletus (Linnaeus, 1758) cobra-cipó A

Chironius flavolineatus (Jan, 1863) cobra-cipó A

Dendrophidion atlantica Freire, Caramaschi cobra-cipó A


& Gonçalves, 2010
Drymarchon corais (Boie, 1827)* papa-pinto A

Drymoluber dichrous (Peters, 1863) cobra A

Leptophis ahaetulla liocercus (Wied, 1824) cobra-cipó ACDE

Mastigodryas bifossatus (Raddi, 1820) cobra A

Oxybelis aeneus (Wagler in Spix, cobra-cipó ACDE


1824)
Spilotes pullatus pullatus (Linnaeus, 1758) caninana AD

Tantilla melanocephala (Linnaeus, 1758) cobra-da-terra A

DIPSADIDAE

Dipsadinae

Dipsadini

Atractus maculatus (Günther, 1858) cobra A FC

Atractus potschi Fernandes, 1995 cobra A FC

Dipsas albifrons (Sauvage, 1884) cobra A FC


Dipsas sazimai Fernandes, cobra A FC
Marques & Argôlo,
2010

304
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

Dipsas variegata (Duméril, Bibron & cobra A FC


Duméril, 1854)
Sibon nebulatus (Linnaeus, 1758) cobra A FC

Sibynomorphus neuwiedi (Ihering, 1911) dormideira A FC

Imantodini

Leptodeira annulata annulata (Linnaeus, 1758) jararaquinha-dormideira ACDE FC

Xenodontinae

Echinantherini

Taeniophallus occipitalis (Jan, 1863) cobra A FC

Elapomorphini

Apostolepis cearensis Gomes, 1915 cobra-da-terra ACE FC

Hydropsini

Helicops angulatus (Mertens, 1967) cobra-d'água A FC

Helicops leopardinus (Schweigger, 1812) cobra-d'água A FC

Philodryadini

Philodryas nattereri (Daudin, 1801) corre-campo ACDE FC

Philodryas olfersii (Spix, 1825) cobra-verde ACDE MS FC

Philodryas patagoniensis (Cuvier, 1807) cobra A FC

Pseudoboini

Boiruna maculata Cuvier, 1817 (34 / mussurana A FC


34)
Boiruna sertaneja Gray, 1825 (6 / 6) mussurana ADE FC

Clelia plumbea (Moreau de Jonnès, mussurana A FC

305
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

1818)

Oxyrhopus petolarius digitalis (Loveridge, 1941) coral-falsa A FC

Oxyrhopus rhombifer Koslowsky, 1896 coral-falsa A FC


septentrionalis
Oxyrhopus trigeminus* (Houttuyn, 1782) coral-falsa ACDE FC

Pseudoboa coronata Gonçalves, mussurana A FC


Torquato, Skuk &
Sena, 2013
Pseudoboa nigra Boulenger, 1888 mussurana ACDE FC

Siphlophis compressus Avila-Pires, 1996 cobra LC A FC

Tachymenini

Thamnodynastes almae (Dunn, 1935) cobra ACE FC

Thamnodynastes hypoconia (Rebouças-Spieker cobra AE FC


& Vanzolini, 1990)
Thamnodynastes nattereri (Miralles, Barrio- cobra A FC
Amorós, Rivas &
Chaparro-Auza, 2006)
Thamnodynastes pallidus (Spix, 1825) cobra LC A FC

Thamnodynastes phoenix Hedges & Conn, cobra A FC


2012 (1 / 1)
Thamnodynastes sertanejo Cope, 1864 (84 / 87) cobra AE FC

Xenodontini

Erythrolamprus aesculapii (Cope, 1875) coral-falsa A FC


venustissimus
Erythrolamprus almadensis (Vanzolini & cobra A FC
Williams, 1970)
Erythrolamprus miliaris Fitzinger, 1844 cobra A FC

306
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

merremii

Erythrolamprus mossoroensis (Linnaeus, 1758) cobra A FC

Erythrolamprus poecilogyrus Frost, Etheridge, cobra AE FC


poecilogyrus Janies & Titus, 2001
(14 / 14)
Erythrolamprus poecilogyrus (Boulenger, 1891) cobra A FC
schotti
Erythrolamprus taeniogaster (Wied, 1821) cobra A FC

Erythrolamprus typhlus (Boulenger, 1885) cobra A FC


brachyurus
Erythrolamprus viridis Duméril & Bibron, cobra LC ACE FC
praesinus 1838
Lygophis dilepis Verrastro, cobra-cadarço LC AE FC
Veronese, Bujes &
Dias-Filho, 2004
Lygophis lineatus Boulenger, 1886 cobra-cadarço E FC

Lygophis paucidens Spix, 1826 cobra E FC

Xenodon merremii (Rodrigues, 1986) boipeva AD FC

Xenodontinae

Xenopholis scalaris (Steindachner, cobra LC A FC


1867)
Xenopholis undulatus Avila-Pires, 1996 cobra A FC

ELAPIDAE

Elapinae

Micrurus ibiboboca Rodrigues, coral-verdadeira ACDE MS TR FC


Kasahara &
Yonenaga-Yasuda,

307
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTOR NOME COMUM IUCN MMA END Fonte I.ECON

1989

Micrurus lemniscatus carvalhoi (Wied, 1820) coral-verdadeira A MS TR FC

Micrurus potyguara Fürbringer, 1900 (6 / coral-verdadeira A MS TR FC


6)
VIPERIDAE

Crotalinae

Bothrops bilineatus bilineatus Rodrigues, Zaher & papagaia A MS TR FC


Curcio, 2002
Bothrops erythromelas* Grant, 1959 jararaca-da-seca LC ACDE MS TR FC

Bothrops leucurus Rodrigues, 1991 jararaca AD MS TR FC

Bothrops lutzi Rodrigues, Recoder, jararaca LC A MS TR FC


Teixeira Jr., Roscito,
Guerrero, Nunes,
Freitas, Fernandes,
Bocchiglieri, Dal
Vechio, Leite,
Nogueira,
Damasceno,
Pellegrino, Argôlo &
Amaro, 2018
Bothrops neuwiedi (Amaral, 1933) jararaca D MS TR FC

Crotalus durissus cascavella* Reinhardt & cascavel LC ACDE MS TR FC


Luetken, 1863
Lachesis muta Rodrigues, surucucu-pico-de-jaca A MS TR FC
Pellegrino, Dixo,
Verdade, Pavan,
Argôlo & Sites, 2008

Espécies Ameaçadas de Extinção: IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza: VU – espécie com status Vulnevrável; EM – Espécie com
status Em Perigo; CR – Espécie com status Criticamente Ameaçado; NT – espécie com status Quase Ameaçado; DD – espécie com dados insuficientes
para avaliação; LC – espécie com status Pouco Preocupante; MMA – Ministério do Meio Ambiente: VU – espécie Vulnerável; EM – espécie EM Perigo; CR –
308
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
espécie Criticamente Ameaçada; Espécies Endêmicas (END.): CAA – espécie endêmica da Caatinga; Espécie de Importância Econômica (I.Econ): CIN –
Cinegética; TR – Visada pelo Tráfico de Animais Silvestres; FC – importância farmacológica; MS – importância médica e Sanitária; Fontes: A –
(Costa_Bernils, 2018); B – Stein, 2015; C – UNIVASF (monitoramento); D - (Lima, 2008); E UNIVASF (resgate); (*) espécies registradas na vistoria de
campo.

309
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Anexo V. Avifauna de provável ocorrência na área de entorno do Reservatório Ipojuca

310
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO DE CONSERVAÇÃO E USO DO
ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Rheiformes

Rheidae

Rhea americana* (Linnaeus, 1758) ema NT C

Tinamiformes

Tinamidae

Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó C

Crypturellus noctivagus (Wied, 1820) jaó-do-sul NT VU C

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inambu-chororó AC

Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) inambu-chintã AC

Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) perdiz AC

Nothura boraquira (Spix, 1825) codorna-do-nordeste ABC

Nothura maculosa (Temminck, 1815) codorna-amarela ABC


Taoniscus nanus (Temminck, 1815) codorninha VU EM C

Anseriformes

Anhimidae

Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) anhuma C

Anatidae

Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira C

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê AC

Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) marreca-cabocla AC


Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato ABC

311
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihering, 1907 pato-de-crista AC

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) ananaí AC

Anas georgica Gmelin, 1789 marreca-parda C

Anas bahamensis Linnaeus, 1758 marreca-toicinho AC

Anas discors Linnaeus, 1766 marreca-de-asa-azul C

Netta erythrophthalma (Wied, 1833) paturi-preta AC

Nomonyx dominicus (Linnaeus, 1766) marreca-caucau AC

Galliformes

Cracidae

Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba C

Penelope jacucaca Spix, 1825 jacucaca VU VU CAA ABC

Ortalis araucuan (Spix, 1825) aracuã-de-barriga-branca C


Odontophoridae

Odontophorus capueira (Spix, 1825) uru C

Podicipediformes

Podicipedidae

Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno AC

Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador AC

Ciconiiformes

Ciconiidae
Ciconia maguari (Gmelin, 1789) maguari C

312
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú C

Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca C

Suliformes

Phalacrocoracidae

Nannopterum brasilianus (Gmelin, 1789) biguá AC

Anhingidae

Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga AC

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi AC

Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766) arapapá C

Botaurus pinnatus (Wagler, 1829) socó-boi-baio C


Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) socoí-vermelho C

Ixobrychus involucris (Vieillot, 1823) socoí-amarelo C

Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) socó-dorminhoco AC

Nyctanassa violacea (Linnaeus, 1758) savacu-de-coroa C

Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho AC

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira ABC

Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura AC

Ardea alba* Linnaeus, 1758 garça-branca AC


Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira C

313
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) garça-real C

Egretta tricolor (Statius Muller, 1776) garça-tricolor C

Egretta thula* (Molina, 1782) garça-branca-pequena AC

Egretta caerulea (Linnaeus, 1758) garça-azul C

Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) coró-coró C

Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) tapicuru C

Theristicus caerulescens (Vieillot, 1817) curicaca-real C

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca C

Platalea ajaja Linnaeus, 1758 colhereiro C

Cathartiformes

Cathartidae
Cathartes aura* (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha ABC

Cathartes burrovianus* Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela AC

Coragyps atratus* (Bechstein, 1793) urubu ABC

Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei C

Accipitriformes

Pandionidae

Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) águia-pescadora C

Accipitridae
Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-gato C

314
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822) caracoleiro C

Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura C

Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho C

Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira C

Harpagus diodon (Temminck, 1823) gavião-bombachinha C

Circus buffoni (Gmelin, 1788) gavião-do-banhado C

Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) tauató-passarinho C

Accipiter striatus Vieillot, 1808 tauató-miúdo C

Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) gavião-bombachinha-grande C

Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) sovi C

Busarellus nigricollis (Latham, 1790) gavião-belo C

Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro AC


Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) gavião-pernilongo AC

Buteogallus aequinoctialis (Gmelin, 1788) gavião-caranguejeiro NT C

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo BC

Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto C

Urubitinga coronata (Vieillot, 1817) águia-cinzenta EN EM C

Rupornis magnirostris* (Gmelin, 1788) gavião-carijó ABC

Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824) gavião-asa-de-telha AC

Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco AC


Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819) águia-serrana ABC

315
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês C

Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta C

Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 gavião-papa-gafanhoto C

Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-urubu AC

Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco C

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão C

Rallidae

Rallus longirostris Boddaert, 1783 saracura-matraca C

Aramides ypecaha (Vieillot, 1819) saracuruçu C

Aramides mangle (Spix, 1825) saracura-do-mangue C


Aramides cajaneus (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes ABC

Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) sanã-castanha C

Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-parda AC

Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim C

Porzana flaviventer (Boddaert, 1783) sanã-amarela C

Mustelirallus albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó C

Neocrex erythrops (Sclater, 1867) turu-turu C

Pardirallus maculatus (Boddaert, 1783) saracura-carijó C


Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã C

316
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Gallinula galeata (Lichtenstein, 1818) galinha-d'água ABC

Porphyriops melanops (Vieillot, 1819) galinha-d'água-carijó C

Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766) frango-d'água-azul BC

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus cayanus (Latham, 1790) mexeriqueira AC

Vanellus chilensis* (Molina, 1782) quero-quero ABC

Pluvialis dominica (Statius Muller, 1776) batuiruçu C

Charadrius semipalmatus Bonaparte, 1825 batuíra-de-bando C

Charadrius collaris Vieillot, 1818 batuíra-de-coleira AC

Recurvirostridae

Himantopus mexicanus (Statius Muller, 1776) pernilongo-de-costas-negras AC


Himantopus melanurus Vieillot, 1817 pernilongo-de-costas-brancas C

Scolopacidae

Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) narceja C

Bartramia longicauda (Bechstein, 1812) maçarico-do-campo C

Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado C

Tringa solitaria Wilson, 1813 maçarico-solitário AC

Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) maçarico-grande-de-perna- C


amarela
Tringa flavipes (Gmelin, 1789) maçarico-de-perna-amarela AC
Calidris alba (Pallas, 1764) maçarico-branco C

317
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Calidris minutilla (Vieillot, 1819) maçariquinho C

Calidris fuscicollis (Vieillot, 1819) maçarico-de-sobre-branco C

Calidris melanotos (Vieillot, 1819) maçarico-de-colete C

Jacanidae

Jacana jacana* (Linnaeus, 1766) jaçanã ABC

Laridae

Chroicocephalus cirrocephalus (Vieillot, 1818) gaivota-de-cabeça-cinza C

Sternidae

Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) trinta-réis-pequeno C

Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande C

Sterna paradisaea Pontoppidan, 1763 trinta-réis-ártico C

Sterna hirundinacea Lesson, 1831 trinta-réis-de-bico-vermelho C


Rynchopidae

Rynchops niger Linnaeus, 1758 talha-mar C

Columbiformes

Columbidae

Columbina passerina (Linnaeus, 1758) rolinha-cinzenta C

Columbina minuta* (Linnaeus, 1766) rolinha-de-asa-canela ABC

Columbina talpacoti* (Temminck, 1810) rolinha ABC

Columbina squammata* (Lesson, 1831) fogo-apagou ABC


Columbina picui* (Temminck, 1813) rolinha-picuí ABC

318
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul C

Patagioenas picazuro* (Temminck, 1813) asa-branca ABC

Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega C

Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa C

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) avoante ABC

Leptotila verreauxi* Bonaparte, 1855 juriti-pupu AC

Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-de-testa-branca AC

Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) pariri C

Cuculiformes

Cuculidae

Micrococcyx cinereus (Vieillot, 1817) papa-lagarta-cinzento C

Piaya cayana* (Linnaeus, 1766) alma-de-gato AC


Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta AC

Coccyzus americanus (Linnaeus, 1758) papa-lagarta-de-asa-vermelha C

Coccyzus euleri Cabanis, 1873 papa-lagarta-de-euler C

Coccyzus minor (Gmelin, 1788) papa-lagarta-do-mangue C

Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca AC

Crotophaga ani* Linnaeus, 1758 anu-preto ABC

Guira guira* (Gmelin, 1788) anu-branco ABC

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci AC


Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) peixe-frito C

319
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 peixe-frito-pavonino C

Neomorphus geoffroyi (Temminck, 1820) jacu-estalo VU VU C

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata (Temminck, 1827) suindara C

Strigidae

Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-do-mato ABC

Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) murucututu C

Pulsatrix koeniswaldiana (Bertoni & Bertoni, 1901) murucututu-de-barriga-amarela C

Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu C

Strix virgata (Cassin, 1849) coruja-do-mato C

Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) caburé AC


Athene cunicularia* (Molina, 1782) coruja-buraqueira ABC

Aegolius harrisii (Cassin, 1849) caburé-acanelado C

Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda C

Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo C

Asio flammeus (Pontoppidan, 1763) mocho-dos-banhados C

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) urutau AC


Caprimulgiformes

320
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Caprimulgidae

Antrostomus rufus (Boddaert, 1783) joão-corta-pau AC

Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) tuju C

Nyctiprogne vielliardi (Lencioni-Neto, 1994) bacurau-do-são-francisco CAA C

Nyctidromus albicollis (Gmelin, 1789) bacurau BC

Nyctidromus hirundinaceus (Spix, 1825) bacurauzinho-da-caatinga ABC

Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã AC

Hydropsalis longirostris (Bonaparte, 1825) bacurau-da-telha C

Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura AC

Nannochordeiles pusillus (Gould, 1861) bacurauzinho AC

Podager nacunda* (Vieillot, 1817) corucão AC

Chordeiles minor (Forster, 1771) bacurau-norte-americano AC


Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) bacurau-de-asa-fina C

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) taperuçu-preto C

Cypseloides senex (Temminck, 1826) taperuçu-velho C

Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-branca C

Streptoprocne biscutata (Sclater, 1866) taperuçu-de-coleira-falha C

Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-cinzento C


Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal C

321
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti C

Trochilidae

Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto C

Anopetia gounellei (Boucard, 1891) rabo-branco-de-cauda-larga CAA AC

Phaethornis maranhaoensis Grantsau, 1968 rabo-branco-do-maranhão C

Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro C

Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado C

Eupetomena macroura* (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura AC

Aphantochroa cirrochloris (Vieillot, 1818) beija-flor-cinza C

Florisuga fusca (Vieillot, 1817) beija-flor-preto C

Colibri delphinae (Lesson, 1839) beija-flor-marrom C

Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) beija-flor-de-orelha-violeta C


Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta C

Chrysolampis mosquitus (Linnaeus, 1758) beija-flor-vermelho AC

Lophornis magnificus (Vieillot, 1817) topetinho-vermelho C

Chlorestes notata (Reich, 1793) beija-flor-de-garganta-azul C

Chlorostilbon lucidus* (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho ABC

Thalurania furcata* (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde C

Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) beija-flor-de-fronte-violeta C

Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira C


Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo C

322
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Polytmus guainumbi (Pallas, 1764) beija-flor-de-bico-curvo C

Amazilia leucogaster (Gmelin, 1788) beija-flor-de-barriga-branca C

Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca C

Amazilia fimbriata* (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde C

Amazilia lactea (Lesson, 1832) beija-flor-de-peito-azul C

Augastes scutatus (Temminck, 1824) beija-flor-de-gravata-verde NT C

Augastes lumachella (Lesson, 1838) beija-flor-de-gravata-vermelha NT EM C

Heliactin bilophus (Temminck, 1820) chifre-de-ouro C

Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, bico-reto-cinzento C


1801)
Heliomaster squamosus (Temminck, 1823) bico-reto-de-banda-branca AC

Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) estrelinha-ametista C

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon surrucura Vieillot, 1817 surucuá-variado C

Trogon curucui Linnaeus, 1766 surucuá-de-barriga-vermelha AC

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande AC

Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde AC

Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno AC


Momotidae

323
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu C

Galbuliformes

Galbulidae

Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba ABC

Bucconidae

Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo C

Nystalus maculatus* (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos ABC

Nonnula rubecula (Spix, 1824) macuru C

Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) urubuzinho C

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu C


Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766 tucano-de-bico-verde C

Selenidera gouldii (Natterer, 1837) saripoca-de-gould EM C

Picidae

Picumnus pygmaeus (Lichtenstein, 1823) picapauzinho-pintado CAA AC

Picumnus cirratus Temminck, 1825 picapauzinho-barrado C

Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840 picapauzinho-escamoso C

Picumnus fulvescens Stager, 1961 picapauzinho-canela NT CAA AC

Picumnus limae Snethlage, 1924 picapauzinho-da-caatinga C


Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco C

324
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) pica-pau-pequeno AC

Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) pica-pau-dourado-escuro AC

Colaptes melanochloros* (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado AC

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo AC

Celeus ochraceus (Spix, 1824) pica-pau-ocráceo ABC

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca C

Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) pica-pau-de-topete-vermelho AC

Cariamiformes

Cariamidae

Cariama cristata* (Linnaeus, 1766) seriema ABC

Falconiformes

Falconidae
Caracara plancus* (Miller, 1777) carcará ABC

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro C

Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã ABC

Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé AC

Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio C

Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri ABC

Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré C

Falco deiroleucus Temminck, 1825 falcão-de-peito-laranja NT C


Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira AC

325
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Falco peregrinus Tunstall, 1771 falcão-peregrino C

Psittaciformes

Psittacidae

Anodorhynchus leari Bonaparte, 1856 arara-azul-de-lear EN EM CAA C

Cyanopsitta spixii (Wagler, 1832) ararinha-azul CR CR CAA C

Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé C

Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha C

Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã NT AC

Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena C

Thectocercus acuticaudatus (Vieillot, 1818) aratinga-de-testa-azul AC

Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776) periquitão C

Aratinga auricapillus (Kuhl, 1820) jandaia-de-testa-vermelha NT C


Aratinga jandaya (Gmelin, 1788) jandaia C

Eupsittula cactorum* (Kuhl, 1820) periquito-da-caatinga CAA ABC

Pyrrhura cruentata (Wied, 1820) tiriba-grande VU VU C

Pyrrhura frontalis (Vieillot, 1817) tiriba C

Pyrrhura griseipectus Salvadori, 1900 cara-suja CR EM C

Forpus xanthopterygius* (Spix, 1824) tuim ABC

Brotogeris tirica (Gmelin, 1788) periquito-verde C

Brotogeris chiriri* (Vieillot, 1818) periquito-de-encontro-amarelo C


Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) maitaca C

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E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Amazona vinacea (Kuhl, 1820) papagaio-de-peito-roxo EN VU C

Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) curica C

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio AC

Passeriformes

Thamnophilidae

Myrmorchilus strigilatus (Wied, 1831) tem-farinha-aí AC

Formicivora iheringi Hellmayr, 1909 formigueiro-do-nordeste NT C

Formicivora grisea* (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo C

Formicivora melanogaster Pelzeln, 1868 formigueiro-de-barriga-preta ABC

Formicivora rufa (Wied, 1831) papa-formiga-vermelho C

Formicivora grantsaui Gonzaga, Carvalhaes & papa-formiga-do-sincorá NT EM C


Buzzetti, 2007
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) choquinha-lisa C

Herpsilochmus sellowi Whitney & Pacheco, 2000 chorozinho-da-caatinga CAA AC

Herpsilochmus atricapillus Pelzeln, 1868 chorozinho-de-chapéu-preto C

Herpsilochmus pectoralis Sclater, 1857 chorozinho-de-papo-preto VU C

Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 chorozinho-de-bico-comprido C

Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) chorozinho-de-asa-vermelha C

Sakesphorus cristatus (Wied, 1831) choca-do-nordeste CAA AC

Thamnophilus capistratus* Lesson, 1840 choca-barrada-do-nordeste ABC

Thamnophilus torquatus Swainson, 1825 choca-de-asa-vermelha C


Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto C

327
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 choca-da-mata VU C

Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi ABC

Myrmoderus loricatus (Lichtenstein, 1823) formigueiro-assobiador C

Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) papa-taoca-do-sul C

Rhopornis ardesiacus (Wied, 1831) gravatazeiro EN EM C

Drymophila ochropyga (Hellmayr, 1906) choquinha-de-dorso-vermelho NT C

Melanopareiidae

Melanopareia torquata (Wied, 1831) tapaculo-de-colarinho C

Conopophagidae

Conopophaga cearae Cory, 1916 chupa-dente-do-nordeste EM C

Conopophaga lineata (Wied, 1831) chupa-dente VU C

Conopophaga roberti Hellmayr, 1905 chupa-dente-de-capuz C


Grallariidae

Hylopezus ochroleucus (Wied, 1831) pompeu NT CAA C

Rhinocryptidae

Scytalopus diamantinensis Bornschein, Maurício, tapaculo-da-chapada-diamantina NT EM C


Belmonte-Lopes, Mata &
Bonatto, 2007
Formicariidae

Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato C

Chamaeza campanisona (Lichtenstein, 1823) tovaca-campainha C


Scleruridae

328
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Sclerurus cearensis Snethlage, 1924 vira-folha-cearense VU C

Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde AC

Xiphorhynchus atlanticus (Cory, 1916) arapaçu-rajado-do-nordeste VU C

Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) arapaçu-rajado C

Xiphorhynchus guttatoides (Lafresnaye, 1850) arapaçu-de-lafresnaye EM C

Campylorhamphus falcularius (Vieillot, 1822) arapaçu-de-bico-torto C

Campylorhamphus trochilirostris (Lichtenstein, 1820) arapaçu-beija-flor AC

Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco C

Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado ABC

Lepidocolaptes wagleri (Spix, 1824) arapaçu-de-wagler EM C

Lepidocolaptes squamatus (Lichtenstein, 1822) arapaçu-escamoso C


Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 arapaçu-grande AC

Xiphocolaptes falcirostris (Spix, 1824) arapaçu-do-nordeste VU VU CAA C

Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) arapaçu-de-garganta-branca C

Xenopidae

Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó C

Furnariidae

Furnarius figulus (Lichtenstein, 1823) casaca-de-couro-da-lama AC

Furnarius leucopus* Swainson, 1838 casaca-de-couro-amarelo ABC


Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro BC

329
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) joão-porca C

Clibanornis rectirostris (Wied, 1831) cisqueiro-do-rio C

Megaxenops parnaguae Reiser, 1905 bico-virado-da-caatinga C

Syndactyla dimidiata (Pelzeln, 1859) limpa-folha-do-brejo C

Pseudoseisura cristata* (Spix, 1824) casaca-de-couro CAA ABC

Phacellodomus rufifrons* (Wied, 1821) joão-de-pau ABC

Phacellodomus ruber (Vieillot, 1817) graveteiro C

Schoeniophylax phryganophilus (Vieillot, 1817) bichoita C

Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié AC

Synallaxis hellmayri Reiser, 1905 joão-chique-chique NT CAA AC

Synallaxis cinerea Wied, 1831 joão-baiano C

Synallaxis frontalis Pelzeln, 1859 petrim AC


Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi AC

Synallaxis spixi Sclater, 1856 joão-teneném C

Synallaxis hypospodia Sclater, 1874 joão-grilo C

Synallaxis scutata Sclater, 1859 estrelinha-preta C

Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) arredio-do-rio C

Cranioleuca semicinerea (Reichenbach, 1853) joão-de-cabeça-cinza C

Pipridae

Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) fruxu-do-cerradão C


Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja C

330
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira C

Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) tangará-príncipe C

Antilophia bokermanni Coelho & Silva, 1998 soldadinho-do-araripe CR CR C

Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) soldadinho C

Onychorhynchidae

Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) assanhadinho C

Myiobius atricaudus Lawrence, 1863 assanhadinho-de-cauda-preta C

Tityridae

Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) flautim C

Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-de-bochecha- C


parda
Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-rabo-preto C

Pachyramphus viridis (Vieillot, 1816) caneleiro-verde AC

Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) caneleiro C

Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto AC

Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-preto AC

Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869) tijerila AC

Cotingidae

Phibalura flavirostris Vieillot, 1816 tesourinha-da-mata NT C

Pyroderus scutatus (Shaw, 1792) pavó C

Procnias averano (Hermann, 1783) araponga-do-nordeste C


Procnias nudicollis (Vieillot, 1817) araponga VU C

331
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 patinho VU C

Rhynchocyclidae

Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo C

Corythopis delalandi (Lesson, 1830) estalador C

Phylloscartes beckeri Gonzaga & Pacheco, 1995 borboletinha-baiana EN EM C

Phylloscartes roquettei Snethlage, 1928 cara-dourada EN EM C

Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta C

Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo ABC

Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio ABC

Poecilotriccus plumbeiceps (Lafresnaye, 1846) tororó C

Poecilotriccus fumifrons (Hartlaub, 1853) ferreirinho-de-testa-parda C


Myiornis auricularis (Vieillot, 1818) miudinho C

Hemitriccus diops (Temminck, 1822) olho-falso C

Hemitriccus striaticollis (Lafresnaye, 1853) sebinho-rajado-amarelo C

Hemitriccus nidipendulus (Wied, 1831) tachuri-campainha C

Hemitriccus margaritaceiventer* (d'Orbigny & Lafresnaye, sebinho-de-olho-de-ouro ABC


1837)
Hemitriccus mirandae (Snethlage, 1925) maria-do-nordeste VU VU C

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) gibão-de-couro AC


Zimmerius acer (Salvin & Godman, 1883) poiaeiro-da-guiana C

332
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Stigmatura napensis Chapman, 1926 papa-moscas-do-sertão ABC

Stigmatura budytoides (d'Orbigny & Lafresnaye, alegrinho-balança-rabo AC


1837)
Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento A

Euscarthmus rufomarginatus (Pelzeln, 1868) maria-corruíra NT C

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha ABC

Elaenia flavogaster* (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela AC

Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 guaracava-grande AC

Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 guaracava-de-crista-branca AC

Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 tuque-pium C

Elaenia mesoleuca (Deppe, 1830) tuque C

Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-de-topete-uniforme C

Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum AC

Elaenia obscura (d'Orbigny & Lafresnaye, tucão C


1837)
Suiriri suiriri (Vieillot, 1818) suiriri-cinzento ABC

Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta C

Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-crista-alaranjada AC

Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) marianinha-amarela C

Phaeomyias murina (Spix, 1825) bagageiro AC

Phyllomyias reiseri Hellmayr, 1905 piolhinho-do-grotão C


Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) piolhinho AC

Culicivora caudacuta (Vieillot, 1818) papa-moscas-do-campo VU C

333
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Polystictus superciliaris (Wied, 1831) papa-moscas-de-costas- C
cinzentas
Serpophaga subcristata (Vieillot, 1817) alegrinho AC

Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata C

Myiarchus tuberculifer (d'Orbigny & Lafresnaye, maria-cavaleira-pequena C


1837)
Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré AC

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira AC

Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) maria-cavaleira-de-rabo- AC


enferrujado
Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador C

Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem C

Casiornis fuscus Sclater & Salvin, 1873 caneleiro-enxofre A

Pitangus sulphuratus* (Linnaeus, 1766) bem-te-vi ABC

Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo C

Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro AC

Myiodynastes maculatus* (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado AC

Megarynchus pitangua* (Linnaeus, 1766) neinei ABC

Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) bentevizinho-de-asa-ferrugínea C

Myiozetetes similis* (Spix, 1825) bentevizinho-de-penacho- AC


vermelho
Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 suiriri-de-garganta-branca C

Tyrannus melancholicus* Vieillot, 1819 suiriri ABC


Tyrannus savana Daudin, 1802 tesourinha C

334
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Griseotyrannus (d'Orbigny & Lafresnaye, peitica-de-chapéu-preto C
aurantioatrocristatus 1837)
Empidonomus varius* (Vieillot, 1818) peitica ABC

Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha C

Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe AC

Sublegatus modestus (Wied, 1831) guaracava-modesta A

Fluvicola albiventer (Spix, 1825) lavadeira-de-cara-branca A

Fluvicola nengeta* (Linnaeus, 1766) lavadeira-mascarada AB

Arundinicola leucocephala* (Linnaeus, 1764) freirinha AB

Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu A

Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado C

Contopus cinereus (Spix, 1825) papa-moscas-cinzento C

Knipolegus franciscanus Snethlage, 1928 maria-preta-do-nordeste C

Knipolegus lophotes Boie, 1828 maria-preta-de-penacho C

Knipolegus nigerrimus (Vieillot, 1818) maria-preta-de-garganta- C


vermelha
Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) suiriri-pequeno C

Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) primavera C

Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca C

Xolmis irupero* (Vieillot, 1823) noivinha ABC

Vireonidae
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari AC

Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835) vite-vite-de-olho-cinza AC

335
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Hylophilus poicilotis Temminck, 1822 verdinho-coroado C

Vireo chivi (Vieillot, 1817) juruviara AC

Corvidae

Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo C

Cyanocorax cyanopogon* (Wied, 1821) gralha-cancã ABC

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa C

Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora C

Progne tapera* (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo AC

Progne subis (Linnaeus, 1758) andorinha-azul C

Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-grande AC

Tachycineta albiventer* (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio AC


Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) andorinha-de-sobre-branco C

Riparia riparia (Linnaeus, 1758) andorinha-do-barranco C

Hirundo rustica Linnaeus, 1758 andorinha-de-bando C

Troglodytidae

Troglodytes musculus* Naumann, 1823 corruíra AC

Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) garrinchão-pai-avô C

Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) garrinchão-de-barriga-vermelha C

Cantorchilus longirostris* (Vieillot, 1819) garrinchão-de-bico-grande AC


Donacobiidae

336
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim C

Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 chirito C

Polioptila plumbea* (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-chapéu-preto ABC

Turdidae

Catharus fuscescens (Stephens, 1817) sabiá-norte-americano C

Turdus flavipes Vieillot, 1818 sabiá-una C

Turdus leucomelas* Vieillot, 1818 sabiá-branco C

Turdus rufiventris* Vieillot, 1818 sabiá-laranjeira ABC

Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca AC

Turdus subalaris (Seebohm, 1887) sabiá-ferreiro C

Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira C


Mimidae

Mimus gilvus (Vieillot, 1807) sabiá-da-praia C

Mimus saturninus* (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo ABC

Motacillidae

Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor C

Passerellidae

Zonotrichia capensis* (Statius Muller, 1776) tico-tico ABC

Ammodramus humeralis* (Bosc, 1792) tico-tico-do-campo AC


Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tico-tico-de-bico-preto C

337
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Arremon franciscanus Raposo, 1997 tico-tico-do-são-francisco NT CAA C

Parulidae

Setophaga pitiayumi (Vieillot, 1817) mariquita C

Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) pia-cobra C

Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula C

Myiothlypis flaveola Baird, 1865 canário-do-mato AC

Myiothlypis leucophrys (Pelzeln, 1868) pula-pula-de-sobrancelha C

Icteridae

Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu C

Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) iraúna-de-bico-branco AC

Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe C

Cacicus cela (Linnaeus, 1758) xexéu C


Icterus pyrrhopterus* (Vieillot, 1819) encontro AC

Icterus jamacaii* (Gmelin, 1788) corrupião CAA ABC

Gnorimopsar chopi* (Vieillot, 1819) pássaro-preto BC

Anumara forbesi (Sclater, 1886) anumará VU C

Agelasticus cyanopus (Vieillot, 1819) carretão C

Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819) garibaldi AC

Agelaioides fringillarius (Spix, 1824) asa-de-telha-pálido CAA ABC

Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 chupim-azeviche C


Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande C

338
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) chupim ABC

Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) polícia-inglesa-do-sul AC

Thraupidae

Porphyrospiza caerulescens (Wied, 1830) campainha-azul NT C

Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) saíra-viúva C

Neothraupis fasciata (Lichtenstein, 1823) cigarra-do-campo NT C

Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaço-de-coleira C

Schistochlamys ruficapillus (Vieillot, 1817) bico-de-veludo C

Paroaria dominicana* (Linnaeus, 1758) cardeal-do-nordeste CAA ABC

Tangara cyanocephala (Statius Muller, 1776) saíra-militar VU C

Tangara cyanoventris (Vieillot, 1819) saíra-douradinha C

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaço-cinzento AC


Tangara palmarum (Wied, 1821) sanhaço-do-coqueiro C

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela C

Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto AC

Compsothraupis loricata (Lichtenstein, 1819) tiê-caburé AC

Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) figuinha-de-rabo-castanho AC

Conirostrum bicolor (Vieillot, 1809) figuinha-do-mangue NT C

Sicalis citrina Pelzeln, 1870 canário-rasteiro C


Sicalis flaveola* (Linnaeus, 1766) canário-da-terra AC

Sicalis columbiana Cabanis, 1851 canário-do-amazonas C

339
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Sicalis luteola (Sparrman, 1789) tipio AC

Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto C

Volatinia jacarina* (Linnaeus, 1766) tiziu ABC

Trichothraupis melanops (Vieillot, 1818) tiê-de-topete C

Coryphospingus pileatus* (Wied, 1821) tico-tico-rei-cinza ABC

Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta AC

Ramphocelus bresilius (Linnaeus, 1766) tiê-sangue C

Charitospiza eucosma Oberholser, 1905 mineirinho NT C

Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha C

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul C

Coereba flaveola* (Linnaeus, 1758) cambacica AC

Tiaris fuliginosus (Wied, 1830) cigarra-preta C

Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) bigodinho AC

Sporophila plumbea (Wied, 1830) patativa C

Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano AC

Sporophila ardesiaca (Dubois, 1894) papa-capim-de-costas-cinzas C

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho C

Sporophila albogularis (Spix, 1825) golinho CAA ABC

Sporophila leucoptera (Vieillot, 1817) chorão C

Sporophila bouvreuil (Statius Muller, 1776) caboclinho AC

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) curió C

340
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
TAXA AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END Fonte
Embernagra longicauda Strickland, 1844 rabo-mole-da-serra C

Emberizoides herbicola (Vieillot, 1817) canário-do-campo C

Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) batuqueiro C

Saltator coerulescens Vieillot, 1817 sabiá-gongá C

Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 trinca-ferro C

Thlypopsis sordida (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) saí-canário AC

Cypsnagra hirundinacea (Lesson, 1831) bandoleta C

Cardinalidae

Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaço-de-fogo C

Amaurospiza moesta (Hartlaub, 1853) negrinho-do-mato NT C

Cyanoloxia brissonii* (Lichtenstein, 1823) azulão AC

Fringillidae

Spinus yarrellii (Audubon, 1839) pintassilgo-do-nordeste VU C

Spinus magellanicus (Vieillot, 1805) pintassilgo C

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim AC

Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) gaturamo C

Euphonia cyanocephala (Vieillot, 1818) gaturamo-rei C

Passeridae

Passer domesticus* (Linnaeus, 1758) pardal A

Espécies Ameaçadas de Extinção: IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza: VU – espécie com status Vulnevrável; EM – Espécie com status Em Perigo; CR – Espécie com status Criticamente Ameaçado; NT –
espécie com status Quase Ameaçado; DD – espécie com dados insuficientes para avaliação; LC – espécie com status Pouco Preocupante; MMA – Ministério do Meio Ambiente: VU – espécie Vulnerável; EM – espécie EM Perigo; CR –
espécie Criticamente Ameaçada; Espécies Endêmicas (END.): CAA – espécie endêmica da Caatinga; Fontes: A – UNIVASF (monitoramento); B – UNIVASF (resgate); C – (Araujo e Silva, 2017) ); (*) espécies registradas na vistoria de
campo.

341
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Anexo VI. Mastofauna de provável ocorrência na área de entorno do Reservatório Ipojuca

342
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO DE CONSERVAÇÃO E USO DO
ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Didelphimorphia

Didelphidae

Caluromyinae

Caluromys philander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa AE

Didelphinae

Cryptonanus agricolai (Moojen, 1943) catita E

Didelphis albiventris* Lund, 1840 gambá, sarué ABCDE

Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá, mucura E

Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) cuíca ABCE

Gracilinanus emiliae (Thomas, 1909) cuíca A

Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) cuíca E

Marmosa demerarae (Thomas, 1905) cuíca, catita A1E


Marmosa murina (Linnaeus, 1758) catita, guaiquica AE

Marmosops incanus (Lund, 1840) cuíca AE

Metachirus nudicaudatus (Desmarest, 1817) cuíca-de-quatro-olhos E

Monodelphis americana (Müller, 1776) cuíca-de-três-listras AE

Monodelphis domestica (Wagner, 1842) catita, cuíca-de-rabo-curto ABCDE

Thylamys karimii (Petter, 1968) cuíca, catita VU AE

Cingulata

Dasypodidae*
Dasypodinae

343
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu, tatu-galinha CIN AB1E

Dasypus septemcinctus Linnaeus, 1758 tatu, tatu-mulita, tatuí CIN AE

Euphractinae

Euphractus sexcinctus* (Linnaeus, 1758) tatu-peludo, tatu-peba CIN ABCDE

Tolypeutinae

Cabassous tatouay (Desmarest, 1804) tatu-de-rabo-mole-grande CIN E

Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) tatu-de-rabo-mole CIN AE

Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra VU VU CIN E

Tolypeutes tricinctus (Linnaeus, 1758) tatu-bola VU EM CIN AE

Pilosa

Folivora

Bradypodidae
Bradypus tridactylus Linnaeus, 1758 preguiça-de-três-dedos A

Vermilingua

Cyclopedidae

Cyclopes didactylus (Linnaeus, 1758) tamanduaí A

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758 tamanduá-bandeira VU VU A1E

Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-de-colete, tamanduá- ABCE


mirim
Primates
Callitrichidae

344
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Callithrix jacchus* (Linnaeus, 1758) sagui-de-tufos-branco TR ABCDE

Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812) sagui, mico-estrela TR AE

Cebidae

Cebinae

Sapajus apela (Linnaeus, 1758) macaco-prego A1

Sapajus libidinosus* (Spix, 1823) macaco-prego E

Sapajus xanthosternos (Wied-Neuwied, 1826) macaco-prego-do-peito-amarelo CR EM E

Pitheciidae

Callicebinae

Callicebus barbarabrownae Hershkovitz, 1990 guigó CR CR CA AE

Callicebus melanochir (Wied-Neuwied, 1820) guigó, sauá VU VU E

Atelidae
Alouattinae

Alouatta belzebul (Linnaeus, 1766) guariba-de-mãos-ruivas VU VU A

Alouatta caraya (Humboldt, 1812) barbado, bugio AE

Alouatta ululata Elliot, 1912 guariba-de-mãos-ruivas EN EM AE

Rodentia

Sciuromorpha

Sciuridae

Sciurinae
Guerlinguetus aestuans (Linnaeus, 1766) caxinguelê, esquilo A

345
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Guerlinguetus alphonsei (Thomas, 1906) caxinguelê, esquilo A

Guerlinguetus brasiliensis (Gmelin, 1788) caxinguelê, esquilo E

Myomorpha

Cricetidae

Sigmodontinae

Akodon cursor (Winge, 1887) rato-do-chão AE

Calomys callosus (Rengger, 1830) rato-do-chão A

Calomys expulsus (Lund, 1841) rato-do-chão BCE

Calomys tener (Winge, 1887) rato-do-chão A

Cerradomys langguthi Percequillo, Hingst-Zaher rato-do-chão E


& Bonvicino, 2008
Cerradomys subflavus (Wagner, 1842) rato-do-mato A1

Cerradomys vivoi Percequillo, Hingst-Zaher rato-do-mato E


& Bonvicino, 2008
Euryoryzomys russatus (Wagner, 1848) rato-do-mato AE

Holochilus brasiliensis (Desmarest, 1819) rato-d'água A

Holochilus sciureus Wagner, 1842 rato-d'água AE

Hylaeamys megacephalus (G. Fischer, 1814) rato-do-mato E

Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato AE

Nectomys rattus (Pelzeln, 1883) rato-d'água AE

Oecomys catherinae Thomas, 1909 rato-da-árvore E


Oligoryzomys fornesi (Massoia, 1973) rato-do-mato A

346
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Oligoryzomys mattogrossae Allen 1916 rato-do-mato E

Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818) rato-do-mato ABCE

Oligoryzomys rupestris Weksler & Bonvicino, rato-do-mato EM E


2005
Oligoryzomys stramineus Bonvicino & Weksler, rato-do-mato AE
1998
Oxymycterus dasytrichus (Schinz, 1821) rato-do-brejo E

Oxymycterus delator Thomas, 1903 rato-do-brejo E

Pseudoryzomys simplex (Winge, 1887) rato-do-mato E

Rhipidomys cariri Tribe, 2005 rato-da-árvore VU CA E

Rhipidomys cearanus Thomas, 1901 rato CA 1E

Rhipidomys macrurus (Gervais, 1855) rato-da-árvore AE

Rhipidomys mastacalis (Lund, 1840) rato-da-árvore AE

Wiedomys cerradensis Gonçalves, Almeida & rato-do-mato E


Bonvicino, 2005
Wiedomys pyrrhorhinos (Wied-Neuwied, 1821) rato-de-fava CA ABCE

Hystricomorpha

Cuniculidae

Cuniculus paca (Linnaeus, 1766) paca CIN AE


COM
Erethizontidae

Erethizontinae

Coendou baturitensis Feijó & Langguth, 2013 porco-espinho-de-baturité DD CA E


Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) ouriço, porco-espinho AE

347
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Caviidae

Caviinae

Cavia aperea Erxleben, 1777 preá CIN 1E

Galea spixii (Wagler, 1831) preá CIN ABCE

Hydrochoerinae

Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara CIN E


COM
Kerodon rupestris* (Wied-Neuwied, 1820) mocó VU CA CIN AB1E

Dasyproctidae

Dasyprocta agutii Linnaeus, 1766 cutia 1

Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823 cutia E

Dasyprocta prymnolopha Wagler, 1831 cutia AE

Echimyidae

Echimyinae

Makalata didelphoides (Desmarest, 1817) rato-coró E

Phyllomys blainvilii (Jourdan, 1837) rato-da-árvore E

Phyllomys lamarum (Thomas, 1916) rato-da-árvore AE

Eumysopinae

Proechimys guyannensis (É. Geoffroy, 1803) rato-de-espinho A

Thrichomys apereoides (Lund, 1839) punaré, rabudo ABCDE

Thrichomys inermis (Pictet, 1841) punaré, rabudo E


Thrichomys laurentius (Thomas, 1904) punaré, rabudo E

348
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Trinomys albispinus (I. Geoffroy, 1838) rato-de-espinho CA AE

Trinomys yonenagae (Rocha, 1995) rato-de-espinho EN EM CA AE

Lagomorpha

Leporidae

Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) coelho, tapeti CIN AE

Chiroptera

Emballonuridae

Diclidurus albus Wied-Neuwied, 1820 morcego A

Peropteryx kappleri Peters, 1867 morcego AE

Peropteryx leucoptera Peters, 1867 morcego A

Peropteryx macrotis (Wagner, 1843) morcego ABCE

Peropteryx trinitatis Miller, 1899 morcego E


Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) morcego ABE

Saccopteryx bilineata (Temminck, 1838) morcego AE

Saccopteryx leptura (Schreber, 1774) morcego AE

Phyllostomidae

Desmodontinae

Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) morcego ABE

Diaemus youngii (Jentink, 1893) morcego E

Diphylla ecaudata Spix, 1823 morcego ABE


Glossophaginae

349
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Anoura caudifer (É. Geoffroy, 1818) morcego E

Anoura geoffroyi Gray, 1838 morcego AE

Dryadonycteris capixaba Nogueria, Lima, Peracchi, morcego E


Simmons, 2012
Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego ABE

Lionycteris spurrelli Thomas, 1913 morcego E

Lonchophylla bokermanni Sazima, Vizotto & Taddei, morcego A


1978
Lonchophylla dekeyseri Taddei, Vizotto & Sazima, morcego NT EM E
1983
Lonchophylla inexpectata Moratelli, Dias, 2015 morcego CA E

Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego AE

Xeronycteris vieirai Gregorin & Ditchfield, morcego VU CA BE


2005
Phyllostominae

Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego AE

Lonchorhina aurita Tomes, 1863 morcego VU ABE

Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego ABE

Lophostoma carrikeri (J. A. Allen, 1910) morcego E

Lophostoma silvicola d'Orbigny, 1836 morcego E

Macrophyllum macrophyllum (Schinz, 1821) morcego E

Micronycteris megalotis (Gray, 1842) morcego AE

Micronycteris microtis Miller, 1898 morcego B


Micronycteris minuta (Gervais, 1856) morcego AE

350
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Micronycteris sanborni Simmons, 1996 morcego ABE

Micronycteris schmidtorum Sanborn, 1935 morcego AE

Mimon bennettii (Gray, 1838) morcego AE

Gardnerycteris crenulatum (É. Geoffroy, 1803) morcego ABE

Phylloderma stenops (Peters, 1865) morcego E

Phyllostomus discolor Wagner, 1843 morcego AE

Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810) morcego AE

Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) morcego AE

Tonatia bidens (Spix, 1823) morcego AE

Tonatia saurophila Koopman & Williams, morcego E


1951
Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego ABE

Vampyrum spectrum (Linnaeus, 1758) morcego NT E

Carollinae

Carollia brevicauda (Schinz, 1821) morcego E

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego AE

Stenodermatinae

Sturnira lilium (É. Geoffroy, 1810) morcego AE

Sturnira tildae de la Torre, 1959 morcego E

Artibeus concolor Peters, 1865 morcego AE

Artibeus fimbriatus Gray, 1838 morcego E


Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego AE

351
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego AE

Artibeus planirostris (Spix, 1823) morcego ABE

Chiroderma villosum Peters, 1860 morcego AE

Chiroderma vizottoi Taddei & Lim, 2010 morcego CA E

Dermanura cinerea Gervais, 1856 morcego AE

Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego AE

Platyrrhinus recifinus (Thomas, 1901) morcego E

Pygoderma bilabiatum (Wagner,1843) morcego E

Uroderma bilobatum Peters, 1866 morcego AE

Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego AE

Mormoopidae

Pteronotus davyi Gray, 1838 morcego A


Pteronotus gymnonotus Natterer, 1843 morcego E

Pteronotus parnellii (Gray, 1843) morcego AE

Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego AE

Noctilionidae

Noctilio albiventris Desmarest, 1818 morcego AE

Noctilio leporinus (Linnaeus, 1758) morcego ABE

Furipteridae

Furipterus horrens (F. Cuvier, 1828) morcego VU AE


Natalidae

352
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Natalus macrourus (Gervais, 1856) morcego NT VU E

Natalus stramineus Gray, 1838 morcego LC A

Molossidae

Cynomops abrasus (Temminck, 1827) morcego AE

Cynomops greenhalli Goodwin, 1958 morcego E

Cynomops planirostris (Peters, 1865) morcego AE

Eumops auripendulus (Shaw, 1800) morcego E

Eumops glaucinus (Wagner, 1843) morcego E

Eumops perotis (Schinz, 1821) morcego ABE

Molossops temminckii (Burmeister, 1854) morcego AE

Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego ABE

Molossus pretiosus Miller, 1902 morcego E


Molossus rufus É. Geoffroy, 1805 morcego AE

Neoplatymops (Vieira, 1942) morcego ABCE


mattogrossensis
Nyctinomops aurispinosus (Peale, 1848) morcego E

Nyctinomops laticaudatus (É. Geoffroy, 1805) morcego AE

Nyctinomops macrotis (Gray, 1840) morcego E

Promops nasutus (Spix, 1823) morcego E

Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824) morcego E

Vespertilionidae
Vespertilioninae

353
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Eptesicus brasiliensis (Desmarest, 1819) morcego AE

Eptesicus furinalis (d'Orbigny & Gervais, morcego ABE


1847)
Lasiurus blossevillii [Lesson, 1826] morcego E

Lasiurus ega (Gervais, 1856) morcego AE

Lasiurus egregius (Peters, 1870) morcego E

Rhogeessa hussoni Genoways & Baker, 1996 morcego E

Histiotus velatus (I. Geoffroy, 1824) morcego E

Myotinae

Myotis albescens (É. Geoffroy, 1806) morcego E

Myotis lavali Moratelli, Peracchi, Dias morcego E


& Oliveira, 2011
Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego ABE

Myotis riparius Handley, 1960 morcego E

Myotis ruber (É. Geoffroy, 1806) morcego NT E

Carnivora

Feliformia

Felidae

Felinae

Leopardus braccatus (Cope, 1889) gato-palheiro, gato-do-pantanal VU E

Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica TR AE


Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato-pequeno VU EM TR ABCE

354
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Leopardus wiedii (Schinz, 1821) gato-maracajá, maracajá NT VU TR AE

Puma concolor (Linnaeus, 1771) onça-parda, suçuarana, leão-baio VU A1E

Puma yagouaroundi (É. Geoffroy, 1803) jaguarundi, gato-mourisco VU ABCDE

Pantherinae

Panthera onca (Linnaeus, 1758) onça-pintada NT VU TR AE

Caniformia

Canidae

Cerdocyon thous* (Linnaeus, 1766) cachorro-do-mato, graxaim, raposa ABCDE

Lycalopex vetulus (Lund, 1842) raposinha VU E

Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-do-mato-vinagre NT VU E

Mustelidae

Lutrinae
Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra NT E

Mustelinae

Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara, papa-mel AE

Galictis cuja (Molina, 1782) furão AE

Galictis vittata (Schreber, 1776) furão A1

Mephitidae

Conepatus amazonicus (Lichtenstein, 1838) cangambá, jaritataca E

Conepatus semistriatus (Boddaert, 1784) ABCD


Procyonidae

355
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
Taxa AUTORIA E DATAÇÃO NOME COMUM IUCN MMA END I.Econ Fonte

Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati AE

Procyon cancrivorus (G. Cuvier, 1798) guaxinim, mão-pelada ABCE

Perissodactyla

Tapiridae

Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta VU VU CIN AE

Artiodactyla

Tayassuidae

Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto, caititu CIN AB1E

Tayassu pecari (Link, 1795) queixada, porco-do-mato VU VU CIN AE

Cervidae

Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro CIN AE

Mazama gouazoubira* (G. Fischer, 1814) veado-catingueiro CIN ABCDE

Espécies Ameaçadas de Extinção: IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza: VU – espécie com status Vulnevrável; EM – Espécie com status Em Perigo; CR – Espécie com status Criticamente Ameaçado; NT –
espécie com status Quase Ameaçado; DD – espécie com dados insuficientes para avaliação; MMA – Ministério do Meio Ambiente: VU – espécie Vulnerável; EM – espécie EM Perigo; CR – espécie Criticamente Ameaçada; Espécies
Endêmicas (END.): CAA – espécie endêmica da Caatinga; Espécie de Importância Econômica (I.Econ): CIN – Cinegética; TR – Visada pelo Tráfico de Animais Silvestres; COM – Comercializadas legalmente; Fontes: A – oliveira (2004); B
– UNIVASF (monitoramento); C – UNIVASF (resgate); D - (Mascarenhas Leite et al., 1998; 2001); E - Carmignotto e Astua, 2017); (*) espécies registradas na vistoria de campo.

356
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL - PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO
E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL IPOJUCA
ÍNDICE

Mapa 1.1: Localização do empreendimento Ramal do Agreste e do


reservatório Ipojuca ....................................................................................... 2
Mapa 1.2: Delimitação da área de estudo do reservatório Ipojuca ................ 3
Mapa 1.3: Área desapropriada no entorno do reservatório Ipojuca................ 4
Mapa 3.1: Sub-bacia do Rio Ipojuca................................................................ 5
Mapa 4.1: Precipitação média anual no entorno do reservatório Ipojuca ....... 6
Mapa 4.2: Temperatura média anual no entorno do reservatório Ipojuca...... 7
Mapa 4.3: Geologia no entorno do reservatório Ipojuca ................................. 8
Mapa 4.4: Processos minerários no entorno do reservatório Ipojuca ............. 9
Mapa 4.5: Compartimentação Geomorfológica no entorno do reservatório
Ipojuca.......................................................................................................... 10
Mapa 4.6: Classes de declividade no entorno do Reservatório Ipojuca ........ 11
Mapa 4.7: Solos presentes no entorno do reservatório Ipojuca .................... 12
Mapa 4.8: Mapa pedológico da área do entorno do reservatório Ipojuca ..... 13
Mapa 4.9: Potencial para irrigação no entorno do reservatório Ipojuca ....... 14
Mapa 4.10:Potencial Agroecológico do entorno do reservatório Ipojuca ...... 15
Mapa 4.11:Susceptibilidade à erosão no entorno do reservatório Ipojuca ... 16
Mapa 4.12: Capacidade e restrição de uso da terra no entorno do
reservatório Ipojuca ..................................................................................... 17
Mapa 5.1: Unidades fitofisionômicas no município de Arcoverde................. 18
Mapa 5.2: Unidades fitofisionômicas na área de entorno do reservatório
Ipojuca.......................................................................................................... 19

1
MAPAS - ANEXOS
Mapa 1.1: Localização do empreendimento Ramal do Agreste e do reservatório
Ipojuca

2
MAPAS - ANEXOS
660000 670000 680000 690000 700000 710000 720000 730000

Reservatório
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Pedra

660000 670000 680000 690000 700000 710000 720000 730000

Legenda

4
Reservatórios MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Área de estudo - Reservatório Ipojuca PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Base de dados: COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Hidrografia Projeto Básico e Executivo dos Canais e NORDESTE SETENTRIONAL
Reservatórios do PISF-MI;
Obras - Ramal do Agreste
Projeção Universal Transversa de Mercator
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Área Diretamente Afetada - ADA - Ramal do Agreste Escala Gráfica Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE). ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Área de Influência Direta - AID - Ramal do Agreste 0 3 6 12 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 1.1 - Localização do Empreendimento Ramal do
Km Analista Ambiental Agreste e do Reservatório Ipojuca
Eixo do PISF Isabel de Andrade Pinto
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Rubrica: Data: Localização:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Limite Municipal acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Limite Estadual Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-037 01/01 01 1:190.000
Mapa 1.2: Delimitação da área de estudo do reservatório Ipojuca

3
MAPAS - ANEXOS
720000 730000

PARAÍBA

São João Res.


Negros
Bacia
Hidrográfica
do Tigre do Rio Ipojuca
Bacia Res.
Hidrográfica Ipojuca
do Rio Moxotó
São Sebastião PERNAMBUCO
do Umbuzeiro SITUAÇÃO

Sertânia
9080500

9080500
Res.
Ipojuca
Pesqueira

Arcoverde

720000 730000
Legenda

4
Reservatório Ipojuca
Área de Preservação Permanente - APP Reservatório Ipojuca
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Obras - Ramal do Agreste PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Base de dados: COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Faixa de Servidão do Canal
Projeto Básico e Executivo dos Canais e NORDESTE SETENTRIONAL
Hidrografia Reservatórios do PISF-MI;
Limite Municipal Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Projeção Universal Transversa de Mercator Pernambuco Tridimensional - PE3D; PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Faixa de 1 Km no entorno área de inundação do Reserv. Ipojuca
Escala Gráfica Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE). ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Área de Contribuição ao Reservatório Ipojuca
0 0,475 0,95 1,9 2,85 3,8 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 1.2 - Delimitação da Área de Estudo do
Área de Estudo - Reservatório Ipojuca Km Reservatório Ipojuca
Analista Ambiental
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-032 01/01 02 1:65.000
Mapa 1.3: Área desapropriada no entorno do reservatório Ipojuca

4
MAPAS - ANEXOS
724000 725000 726000 727000

9081500

9081500
PARAÍBA

Res. Bacia
Negros Hidrográfica
do Rio Ipojuca
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Hidrográfica Ipojuca
do Rio Moxotó

PERNAMBUCO

SITUAÇÃO

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724000 725000 726000 727000

Legenda

4
Reservatório MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Base de dados: COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Hidrografia Projeto Básico e Executivo dos Canais e NORDESTE SETENTRIONAL
Reservatórios do PISF-MI;
Obras - Ramal do Agreste Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Projeção Universal Transversa de Mercator Pernambuco Tridimensional - PE3D; PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Área de Estudo Escala Gráfica Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Áreas Desapropriadas 0 0,1 0,2 0,4 0,6 0,8 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 1.3 - Áreas Desapropriadas no entorno do
Km Analista Ambiental Reservatório Ipojuca
Área Sobre Túnel - Não Será Desapropriada Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr 27/11/2018
Inspetora Ambiental Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-033 01/01 01 1:10.000
Mapa 3.1: Sub-bacia do Rio Ipojuca

5
MAPAS - ANEXOS
200000 350000 500000 650000 800000 950000 1100000

Unidades de Planejamento Hídrico do Estado de Pernambuco


9200000

9200000
CEARÁ
PARAÍBA
UP28 - GI9
UP01 - GOIANA

UP11 - BRÍGIDA UP14 - GL1

PIAUÍ Reserv. UP02 - CAPIBARIBE

UP10 - TERRA NOVA Ipojuca


UP09 - PAJEÚ
UP15 - GL2
UP12 - GARÇAS UP03 - IPOJUCA
UP24 - GI5 UP08 - MOXOTÓ

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9050000

9050000
UP25 - GI6 UP04 - SIRINHAÉM
UP23 - GI4

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UP05 - UNA


UP13 - PONTAL UP17 - GL4

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UP07 - IPANEMA

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UP26 - GI7 UP22 - GI3
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UP06 - MUNDAÚ
UP21 - GI2
O

BAHIA UP20 - GI1


UP27 - GI8
ALAGOAS
1 cm = 29 km
200000 350000 500000 650000 800000 950000 1100000
710000 740000 770000 800000 830000 860000 890000 920000

Bacia Hidrógrafica do Rio Ipojuca


POÇÃO
Açude
Manuino

UP02 - CAPIBARIBE
GRAVATÁ
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UP17 - GL4 O
1 cm = 7 km
710000 740000 770000 800000 830000 860000 890000 920000

Legenda

4
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Reservatório
PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Área de Estudo Base de dados: COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Projeto Básico e Executivo dos Canais e NORDESTE SETENTRIONAL
Sub bacia Ipojuca Reservatórios do PISF-MI;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Unidades de Planejamento Hídrico do Estado de Pernambuco Projeção Universal Transversa de Mercator Pernambuco Tridimensional - PE3D; PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Escala Gráfica Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Hidrografia
25 12,5 0 25 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica:
Mapa 3.1 - Sub Bacia do Rio Ipojuca
Analista Ambiental
Km

Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-034 01/01 01 1:650.000
Mapa 4.1: Precipitação média anual no entorno do reservatório Ipojuca

6
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000

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715000 720000 725000 730000 735000


Legenda

4
Reservatório
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Base de dados:
Obras - Ramal do Agreste Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Faixa de Servidão do Canal Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Hidrografia Projeção Universal Transversa de Mercator Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Escala Gráfica Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Área de Estudo
0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Mapa 4.1 - Precipitação Média Anual no Entorno
Precipitação Média Anual (mm) Rubrica:
Km Analista Ambiental do Reservatório Ipojuca
631 - 640 661 - 670 691 - 700 Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr 27/11/2018
641 - 650 671 - 680 701 - 710 Inspetora Ambiental Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
651 - 660 681 - 690 711 - 720 Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-036 01/01 02 1:65.000
Mapa 4.2: Temperatura média anual no entorno do reservatório Ipojuca

7
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000

Boa

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do Rio Ipojuca
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715000 720000 725000 730000 735000


Legenda

4
Reservatório
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Base de dados:
Obras - Ramal do Agreste Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Faixa de Servidão do Canal Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Hidrografia Projeção Universal Transversa de Mercator Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE). PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Escala Gráfica Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Área de Estudo
0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Mapa 4.2 - Temperatura Média Anual no Entorno
Temperatura Média Anual (°C) Rubrica:
Km Analista Ambiental do Reservatório Ipojuca
22,95 - 23,00 23,11 - 23,15 23,26 - 23,30 Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr
Rubrica: Data:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
23,01 - 23,05 23,16 - 23,20 acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
23,06 - 23,10 23,21 - 23,25 Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-035 01/01 02 1:65.000
Mapa 4.3: Geologia no entorno do reservatório Ipojuca

8
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000

Boa
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Legenda

4
Re s e rva t
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Áre a d e Pre s e rva ção Pe rm a ne nt


e -APPd e Re s e rva t
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MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
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Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
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Pro je ção Unive rs a lT
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UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS
Paleoproterozóico - Orosiriano Neoproterozóico - Ediacarano Esca la Grá fica Co m pa nhia d e Pe s q uis a d e Re curs o s Mine ra is -CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
PP3pa -Co m ple x
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Pro d uzid o po r: Rubrica :
Mapa 4.3 - Geologia no Entorno do Reservatório Ipojuca
NP1rt-Co m ple x o Ria ch o d o T ig re NP3y3m -Suít e int rus iva Vila Mo d e rna Analista Ambiental
NP1уcv5-Suít e intrus iva Me t a g ra nit
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O rig e m d a q uilo m e tra g e m :Eq ua d o r e Me rid ia no Ce nt
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Mapa 4.4: Processos minerários no entorno do reservatório Ipojuca

9
MAPAS - ANEXOS
710000 715000 720000 725000 730000 735000 740000 745000 750000 755000 760000 765000 770000 775000 780000
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ÍNDICE PROCESSO SUBSTÂNCIA FASE ÁREA (HA)
1 840182/2018 AREIA REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO 12,74
12
9070500

9070500
13
2 846596/2012 SIENITO AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA 953,07
Arcoverde
7
3 846175/2005 GRANITO REQUERIMENTO DE LAVRA 394,11

14 15 4 846175/2005 GRANITO REQUERIMENTO DE LAVRA 472,86


5 846175/2005 GRANITO REQUERIMENTO DE LAVRA 133,03

8
6 846392/2011 MINÉRIO DE COBRE AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA 1926,4

16 17
7 840480/2010 AREIA REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO 36,52
9065500

9065500
8 840166/2015 GRANITO AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA 999,6
9 840079/2006 GRANITO LICENCIAMENTO 19

10 10 840574/2010 GRANITO LICENCIAMENTO 8,52

9 11 840345/1987 GRANODIORITO São


CONCESSÃO DE Bento
LAVRA 658

Alagoinha 18 12
13
840327/2014
840229/2017
GRANITO
GRANITO
do Una
AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA
REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO
49,68
49,68

Pedra 11 Venturosa 14 840810/2012 GRANITO REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO 49,68


Buíque
9060500

9060500
15 840211/2014 GRANITO AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA 678,47
16 840885/1995 GRANITO CONCESSÃO DE LAVRA 799,74
17 840360/1993 GRANITO CONCESSÃO DE LAVRA 1000
18 840273/1992 GRANITO ORNAMENTAL CONCESSÃO DE LAVRA 1000
19 840109/1994 CATACLASITO REQUERIMENTO DE PESQUISA 1000

710000 715000 720000 725000 730000 735000 740000 745000 750000 755000 760000 765000 770000 775000 780000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Reservatório
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Processos Minerários Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Projeção Universal Transversa de Mercator Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Faixa de Bloqueio do DNPM Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Obras - Ramal do Agreste 0 1,5 3 6 9 12 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 4.4 - Processos Minerários no Entorno do
Km Analista Ambiental Reservatório Ipojuca
Faixa de Servidão do Canal Isabel de Andrade Pinto
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Rubrica: Data: Localização:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Hidrografia acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-038 01/01 01 1:198.034
Mapa 4.5: Compartimentação Geomorfológica no entorno do reservatório Ipojuca

10
MAPAS - ANEXOS
710000 720000 730000 740000

9090500

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Hidrográfica
do Umbuzeiro do Tigre do Rio Ipojuca

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710000 720000 730000 740000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Reservatório
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Faixa de Servidão do Canal Projeção Universal Transversa de Mercator
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Hidrografia Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Compartimentação Geomorfológica 0 0,75 1,5 3 4,5 6 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 4.5 - Compartimentação Geomorfológica no
Planalto da Borborema Km Analista Ambiental Entorno do Reservatório Ipojuca
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Maciços Residuais
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Planalto da Bacia do Jatobá e acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Testemunhos de Planaltos Sedimentares Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-039 01/01 01 1:100.000
Mapa 4.6: Classes de declividade no entorno do Reservatório Ipojuca

11
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000
700 750 800
700 950
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715000 720000 725000 730000 735000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Reservatório
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Curvas de Nível - 50 metros Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Projeção Universal Transversa de Mercator Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Faixa de Servidão do Canal
Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Hidrografia Mapa 4.6 - Classes de Declividade no Entorno do
0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica:
Relevo / Classes de Declividade Km Reservatório Ipojuca
Analista Ambiental
Plano ( 0 - 3%) Forte-ondulado ( 20 - 45%) Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr 27/11/2018
Montanhoso ( 45 - 75%) Inspetora Ambiental Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Suave-ondulado ( 3 - 8%) acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Ondulado ( 8 - 20%) Forte-montanhoso ( > 75%) Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-044 01/01 01 1:65.000
Mapa 4.7: Solos presentes no entorno do reservatório Ipojuca

12
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000
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PV54 PV54 PA'21
715000 720000 725000 730000 735000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Reservatório Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Obras - Ramal do Agreste Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Projeção Universal Transversa de Mercator PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Faixa de Servidão do Canal Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE);
Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Hidrografia
0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima
Mapa 4.7 - Solos no Entorno do Reservatório Ipojuca
Rubrica:
Solos
Km Analista Ambiental
Neossolo Litólico Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr
Rubrica: Data:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Neossolo Regolítico acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Planossolo Háplico Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-046 01/01 02 1:65.000
Mapa 4.8: Mapa pedológico da área do entorno do reservatório Ipojuca

13
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000

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do Rio Moxotó

PERNAMBUCO

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9080500

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715000 720000 725000 730000 735000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Reservatório Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Obras - Ramal do Agreste Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Projeção Universal Transversa de Mercator PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Faixa de Servidão do Canal Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE);
Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Hidrografia
0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 4.8 - Mapa Pedológico da Área de Estudo
Solos
Km Analista Ambiental do Reservatório Ipojuca
Neossolo Litólico Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr
Rubrica: Data:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Neossolo Regolítico acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Planossolo Háplico Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-050 01/01 01 1:65.000
Mapa 4.9: Potencial para irrigação no entorno do reservatório Ipojuca

14
MAPAS - ANEXOS
710000 720000 730000 740000

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710000 720000 730000 740000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Reservatório
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Faixa de Servidão do Canal Projeção Universal Transversa de Mercator
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Hidrografia Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Potencial para Irrigação 0 0,75 1,5 3 4,5 6 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 4.9 - Potencial para Irrigação no Entorno
Potencial Muito Baixo Km Analista Ambiental do Reservatório Ipojuca
Potencial Baixo
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Potencial Médio acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Potencial Alto Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-041 01/01 01 1:100.000
Mapa 4.10:Potencial Agroecológico do entorno do reservatório Ipojuca

15
MAPAS - ANEXOS
710000 720000 730000 740000
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Pedra
Venturosa Alagoinha
710000 720000 730000 740000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Reservatório
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Faixa de Servidão do Canal Projeção Universal Transversa de Mercator
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Hidrografia Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Potencial Agroecológico 0 0,75 1,5 3 4,5 6 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 4.10 - Potencial Agroecológico do Entorno
Terras Agricultáveis de Bom Potencial Pastagem Natural Km Analista Ambiental do Reservatório Ipojuca
Terras Agricultáveis de Potencial Regular Pastagem Plantada Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr 27/11/2018
Inspetora Ambiental Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Terras Agricultáveis de Potencial Restrito acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Não Indicadas para Atividades Agrícolas Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-040 01/01 01 1:100.000
Mapa 4.11:Susceptibilidade à erosão no entorno do reservatório Ipojuca

16
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000

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do Umbuzeiro PERNAMBUCO

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Legenda

4
Reservatório
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Obras - Ramal do Agreste
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Faixa de Servidão do Canal
Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Hidrografia Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Área de Estudo Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Projeção Universal Transversa de Mercator Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Suscetibilidade à Erosão Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Baixa 0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 4.11 - Suscetibilidade à Erosão na Área de Estudo
Média Km Analista Ambiental do Reservatório Ipojuca
Alta Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr 27/11/2018
Inspetora Ambiental Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-049 01/01 02 1:65.000
Mapa 4.12: Capacidade e restrição de uso da terra no entorno do reservatório
Ipojuca

17
MAPAS - ANEXOS
715000 720000 725000 730000 735000

i ro
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Ju
Boa

Rch D
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do
So PARAÍBA

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Negros Hidrográfica
do Rio Ipojuca
9085500

9085500
Bacia Res.
Hidrográfica Ipojuca
do Rio Moxotó

PERNAMBUCO

SITUAÇÃO

Riacho do
Pau d'Arco
9080500

9080500
Reserv.
Ipojuca

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Bo
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9075500
do Z u ho
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715000 720000 725000 730000 735000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Reservatório Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Obras - Ramal do Agreste Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Projeção Universal Transversa de Mercator PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Faixa de Servidão do Canal Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE);
Escala Gráfica Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Hidrografia
Capacidade de Uso da Terra Restrição de Uso da Terra 0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 4.12 - Capacidade e Restrição de Uso da Terra
Km Analista Ambiental da Área de Estudo do Reservatório Ipojuca
Unidade I - Alta Unidade I - Alta
Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Unidade II - Média Unidade II - Média Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Unidade III - Baixa Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Unidade III - Baixa Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-051 01/01 01 1:65.000
Mapa 5.1: Unidades fitofisionômicas no município de Arcoverde.

18
MAPAS - ANEXOS
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Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Reservatório
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Faixa de Servidão do Ramal do Agreste Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Hidrografia Projeção Universal Transversa de Mercator Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Unidades Fitofisionômicas Escala Gráfica Imagens de Satélite Sentinel-2 de 07/12/2017. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Caatinga Arbórea Fechada - 13440,32ha
0 1 2 4 6 8 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica:
Mapa 5.1 - Unidades Fitofisionômicas no
Caatinga Arbórea Aberta - 9754,11ha Km Analista Ambiental Município de Arcoverde
Caatinga Arbustiva Arbórea Aberta - 5695,07ha Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Caatinga Arbustiva Herbácea em Regeneração - 3446,74ha acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Área sem Vegetação - 2739,45ha Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-020 01/01 02 1:140.000
Mapa 5.2: Unidades fitofisionômicas na área de entorno do reservatório Ipojuca

19
MAPAS - ANEXOS
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Hidrográfica Ipojuca
São Sebastião do Rio Moxotó
do Umbuzeiro
PERNAMBUCO

SITUAÇÃO

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715000 720000 725000 730000 735000

Legenda

4
Área de Estudo
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Reservatório
Base de dados: PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Área de Preservação Permanente - APP de Reservatório Projeto Básico e Executivo dos Canais e COM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
Reservatórios do PISF-MI; NORDESTE SETENTRIONAL
Faixa de Servidão do Ramal do Agreste Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Pernambuco Tridimensional - PE3D;
Hidrografia Projeção Universal Transversa de Mercator Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos - PE (SRHE/PE); PROGRAMA 12 - PROGRAMA DE USO E CONSERVAÇÃO DO
Unidades Fitofisionômicas Escala Gráfica Imagens de Satélite Sentinel-2 de 07/12/2017. ENTORNO E DAS ÁGUAS DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
Caatinga Arbórea Fechada - 2197,67ha
0 0,5 1 2 3 4 Produzido por: Audrey Oliveira de Lima Rubrica: Mapa 5.2 - Unidades Fitofisionômicas na Área de Estudo
Caatinga Arbórea Aberta - 3942,77ha Km Analista Ambiental do Reservatório Ipojuca
Caatinga Arbustiva Arbórea Aberta - 2027,56ha Origem da quilometragem: Equador e Meridiano Central 39º W.Gr Verificado por: Isabel de Andrade Pinto Rubrica: Data: Localização:
Inspetora Ambiental 27/11/2018 Ramal do Agreste - Trecho VII do PISF
Caatinga Arbustiva Herbácea em Regeneração -1092,30ha acrescida das constantes N 10.000km E 500km
Desenho n°: Folha nº: Revisão nº.: Escala:
Área sem Vegetação - 277,84ha Datum horizontal: SIRGAS 2000 1747-MAP-5001-90-12-042 01/01 02 1:65.000

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