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My First Love........................................................................................................................................35
A Confissão da Madrugada...................................................................................................................37
Fala, Silêncio!........................................................................................................................................39
Mágoas..................................................................................................................................................39
Dose de Amor........................................................................................................................................40
Perto de Mim.........................................................................................................................................40
O Beijo da Madrugada...........................................................................................................................40
Viva-me!................................................................................................................................................42
Viva-me II!............................................................................................................................................43
Pandemia 19..........................................................................................................................................44
Gratidão.................................................................................................................................................46
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Quebrando
Moça! Eu não sei qual é a tua idade
Mas deixa-me ser o moço da tua mocidade!
Quero de ti, arrancar toda a vaidade
E com o meu carinho, encher-te de naturalidade
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Não consigo mais viver sem ti
Quero voltar a beijar-te e viver
Moça
Já é chegada aquela fase
Em que não se entende
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Se é cedo ou tarde para o lance
Fase que de todos independe
Corpo de mulher
Atitudes de mocinha
Encanta a qualquer
Com a sua bundinha
Quem Dera
Tanto aprendi das alegrias e tristezas
E fui o narrador da minha vida
Conheci o muito de coisas, forças e fraquezas
Hoje, tenho no rosto, as cicatrizes da vida
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Não mais como amante, muito menos amiga!
Mãe
Tu és pura e imaculada
És meu sonho, minha amada
Mulher forte, cheia de beleza
És graça eterna, pois tens gentileza
Tu és a pura criatura
De Deus, cheia de ternura
Trouxeste-me à este mundo de ilusão
Com muito amor e tenra compaixão
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Tu és a que canta-me ao dormir
E me desperta para ver o sol raiar
És tu quem me faz viver e florir
Quem me ensina a erguer e a vagar
Coisas da Vida
Coisas que se aprendem
Na vida e nos prendem
Coisas que não são naturais
Muito menos sociais
Racismo e etnocentrismo
São males
E ainda, xenofobismo
Coisas que nos desgastam
E ao outro só destraçam
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Desabafo do “De Outra Cor”
A minha vida na multidão
É qual um homem no deserto
Os ouvidos magoam o coração
E a cada dia, tenho a certeza
De um futuro incerto
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Até quando desfalecer-se-á meu espírito?
Quando me sentirei de alma e corpo
E não mais viverei contrito?
Até quando?
Eu Falarei
No meu país existem coisas indescritíveis
Coisas que só no dicionário são reais
No mesmo país, existem leis aplausíveis
Porém, na realidade são irreais
Falarei da PAZ!
Quando não mais ouvir sobre guerras
E no meu país se viver sem rumores de guerras
Viver num país sem vencedor e vencidos
Viver a paz, sem olhares temerosos e entristecidos
Falarei da INDEPENDÊNCIA!
Quando não mais viver
Sob asas de favores
Não mais incorrer a temores
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De que o meu país seja de aluguer
Falarei da JUSTIÇA!
Quando não me falarem sobre dívidas
Que sempre pago mesmo sem saber
Onde foram causadas
Mesmo sem querer
Sou obrigado; e, quando as tento perceber
Sou colocado em grades de medo e dúvidas
Falarei da LIBERDADE!
Quando poder ser dono de mim
Apartado das muitas influências
Quando pensar com autonomia
Longe dos dotados de impaciências
Conhecer os limites do meu pensamento
Sem pensar em dar a minha vida
E ainda, falar de sofrimento
Sem contar com a minha partida
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De ser ouvido e ser tratado com respeito
Falarei da RACIONALIDADE!
Quando se descobrir que esta questão é universal
E se entender que o pensamento
Não é apenas uma questão Ocidental
Quando se entender que o pensar é imparcial
E isto não é crime, pois isto é natural
O Conhecido Desconhecido II
Andando sobre as nuvens da vida,
Penso no que sei e imagino
Que um dia posso sentir sua partida
Mas não sei para onde é o caminho
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As coisas morrem, fica a lembrança
Do que um dia existiu no espaço e no tempo
Talvez a eternidade seja a esperança
Do que um dia perdemos no espaço e no tempo
Enquanto Viver!
Eu nunca contemplei o futuro
Mas é como se o contemplasse
Nunca andei na origem do escuro
Mas, no mundo, é como se andasse
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Dizendo que mesmo em mitos
Minha alma em Deus descansa
Enquanto eu viver...
Minha vida darei ao que crer
Que ser poeta não é saber se expressar
Mas saber deixar o coração falar
Enquanto eu viver...
Deixarei que o vento me leve
Numa passada calma, e
Ao lugar onde vive o amanhecer
Enquanto eu viver...
Não terei ambições nem desejos
Vou fazer minha alma crescer
Pois desse mundo escuro, nada desejo
Enquanto eu viver...
Escreverei todas as nuvens de versos
Me embalarei nos bens diversos
Para que o amor possa o mundo ler [Aqui coloquei assim porque a regra da linguagem poética,
não gramatical, permite a alternação de lugares entre o verbo e o predicado: o verbo é ler, o
predicado é o mundo, e o amor, nesta frase, é o sujeito – por isso coloquei o amor logo no
começo, e substituí apenas o predicado para o lugar do verbo. Esta frase quer dizer que ‘o amor
possa ler o mundo’. Caso não concorde, pode devolver como estava]
Enquanto eu viver...
Vou testemunhar o amor
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Que minha vida seja a prova
Da existência do Senhor!
Cada passo que eu der
Seja oferta de louvor!
Pois enquanto eu viver
Vou cantar de Deus o amor
Sociedade
Sociedade é um pequeno universo
Que não se define com um simples verso
Sociedade é aquilo que tenho visto
Por vezes sem perceber, mas insisto
Em compreender este mundo, de tudo
O que existe de belo e de imundo
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Sociedade é onde o ex-colonizado
É livre, mas ainda colonizado
Onde o sacrifício em banquetes é moda
E o esforço do pobre sequer se nota
O Conhecido Desconhecido II
Mas como de longe o conheço
E, de mim bem perto, o desconheço?
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Como o canto, ouço e vejo,
Mas de perto é qual um percevejo?
Amizade
Tentei criar uma floresta de pensamentos
E mergulhar no rio dos grandes pensadores
Naveguei nas fontes de entendimentos
Para encontrar os saberes realizadores
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É ao lado de alguém poder
Vibrar, neste mundo perecível
Como homem eterno e indestrutível
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É poder abraçar em veredas de espinhos
E juntos cavalgar nos melhores caminhos
Amizade é relação, amizade é viver!
Aquando da Morte
Dizem que sou pessimista
Porque os faço entender
Que sou realista
Pois quero fazer entender
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Não há mais borracha quando chega a morte
A vida não se engraxa, talvez por sorte
O bom da vida é que temos oportunidade
De viver com Deus e na morte, a eternidade
Majestoso em santidade
Eterno em longanimidade
Quem entre os deuses é semelhante a Ti?
Ninguém entre os deuses é semelhante a Ti!
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A Oração
Viver observando e vivendo as correrias da vida
Participar e cansar deste mundo cheio de lida
Suportar a dor que em vista nunca finda
Solucionar os problemas desta má-vida
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Tu que desabas a casa do pobre
E o deixas ao relento
Que dele tiras o mantimento
E o deixas faminto
Tu que fazes muitos homens
Duvidarem do seu Deus
E dentre eles, milhares de milhares virarem ateus
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E esquecer até dos achegados
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Tu que te chamas sofrimento!
Quem, de ti, irá nos socorrer?
Quem nos ouvirá e amparará?
Quem, dentre as terras, nos livrará?
Obrigado SENHOR
Obrigado Senhor por tua presença
Apesar de nossos pecados e de nossa ausência
Obrigado Senhor por este tempo que finda
E pela promessa da Tua breve vinda
E Se Eu Voltar!?!
Depois de muito tempo passado
Parei para lembrar do meu passado
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Do olhar primeiro e duvidoso,
Do primeiro abraço, mesmo inseguro
E, por fim, do beijo inocente e puro
E se eu voltar!?!
Para poder mudar e recomeçar
O meu plano de com ela casar
E juntos, formarmos um mundo em nosso lar?!?
E se eu voltar!?!
E não me importar com quem me julgar
Por amar e a ela me entregar?!?
Eu quero com ela estar, mesmo sem estar
E se eu voltar!?!
E quando lá chegar, encontrá-la em um lar
Com um homem completo e filhos queridos
Não estarão os meus sonhos desfalecidos?!?
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E, então, terei ainda de por ela esperar?!?
E se eu voltar!?!
A amar alguém que nunca quis o meu amor
Se eu me transpirar e ela rejeitar o meu calor!?!
Ahhhh, talvez vá, talvez não, vale a pena pensar
Então, só me resta a vontade de voltar!
Mas, e se eu voltar!?!
Certeza Incerta II
Não é que não queira te assumi,
Mas é a minha economia
Que me obriga a sumir
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Apenas quero ter a certeza
Que contigo posso sonhar
E também acordar
Se alguém me ouvisse!
Se nesta hora alguém me ouvisse
Eu diria que não quero mais amar
Pois quem amo não me quer amar
E quero jogar esse amor no mar
Diria que
Tenho vontade de voar
Mas apesar de tudo o que me fez
Não consigo dela me apartar
Por de tanto me apaixonar
Diria que
Quanto mais o coração me parte
Mais acredito que esta história
Ainda tem uma segunda parte
E esta parte do momento em que
Terminou nossa primeira parte
Diria que
Apesar de ter meu coração sangrado
O seu nome está em meu ser tatuado
E por tudo o que é mais sagrado
Desejo tê-la ao meu lado
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E esquecer o passado
Com Fé
Quando a voz não mais soar
Fala com Deus
Ora com fé
E Ele te ouvirá
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Quando a vida nos dar aquele aperto
E o desespero estiver mais perto
Ficou em nós
Lembras-te de quando
Felizes pensávamos
Que tudo era para sempre
Sem saber que todo “para sempre”
Sempre acaba!??
E sobre as vezes
Que decidimos viver aventuras
Dizendo: tanto faz!??
E o “tanto faz” tanto fez
Que ficou em nós!!!
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Ciência amorosa
Em física
Existe uma força na Terra
Que atrai os objectos para a sua direcção
No amor
Existe uma força em ti
Que me atrai para o teu coração
Em Matemática,
Uma função composta
Torna possível a união de duas grandezas
No amor, uma proposta
Pode unir duas exponenciais belezas
– “Aceitas-me como teu namorado”?
Em Química,
As soluções podem ser
Líquida, sólida e gasosa
No amor, nós só temos uma solução
– É apenas uma questão amorosa
Em Biologia,
Daltonismo é a incapacidade
De distinguir algumas cores
No amor, Daltonismo é o que me prende a ti
E me aparta de outros amores
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O término
Pelo lance ter terminado
Meus bons feitos tens descartado
E tudo o que te tenho ensinado
Já não te tem importado...
Ontem eu era...
O teu oceano e tu eras o mar
E ninguém te fazia desamar
Porque só perto de mim
Sentias do coração o palpitar...
Hoje eu sou...
Quem nunca deverias conhecer
Aquele que fez a tua vida entardecer
E cedo esqueceste que ao amanhecer
Eu era o motivo do teu viver...
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Eu jurava a todo o mundo que tu eras fiel
E que em breve, em mim porias um anel
Segura e sem medo, a ti me entreguei
E hoje pergunto-me: Por que acreditei?
Certeza Incerta
Meu nome é André Romário!
Hoje, trago-vos o meu bloco notário
Tenho 28 anos de idade
E não sou desta cidade
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Ela era uma mulher de muitos sonhos
Que todos os dias lhe tiravam o sono
De repente ela ficou estranha
Daí, descobri sua artimanha
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Como eu chorei!
Lamento... mas perdeu o homem errado! [Desculpa, mas não compreendi: ela perdeu o homem
errado ou o homem certo?]
Orgulho barato
Muito tempo desperdiçado
Por não sabermos olhar nos olhos um do outro
E dizer o que nos machuca e resolver
O orgulho oriundo de mim e ti gerou separação de nós
Mas acredito que poderia ter sido diferente
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Na hora de dizer: “Amor, eu errei!”
E que afastou Deus do meio de nós
E nem por isso eu disse: “SENHOR, eu pequei!”
My first love
Mas quem é este
Que me embriaga com suas teorias
E me encurrala em suas alegorias?
Conta-me más e boas histórias
Ensina-me com as derrotas
E comigo festeja as vitórias?
Quem és tu
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Que antes de te conhecer
De ti eu já ouvia falar
E antes de minha mãe
Em seu ventre me conceber
Tu, por mim já podias esperar?
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E me tranquiliza ao entardecer
Que de dia, me faz sorrir
E de noite, me faz bem dormir?
A Confissão da Madrugada
Minha querida madame!
Desculpa-me pela hora que te desperto
Deixa-me na cabeceira encostar-me
E dá-me a tua mão e, chega mais perto
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E faço-te a minha confissão sagrada
A minha alma está agora angustiada
Mas não fiques com isso preocupada
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Mas depois de tudo, ainda agora
Minha querida madame, Aurora
Quero renovar os laços do nosso amor
Prometo não mais te causar essa dor
Fala, Silêncio!
Diga-me, Silêncio...
Que as mágoas do passado
Não ofuscarão o presente
Que não será lembrado
Quem ficou ausente
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Que o abraço traiçoeiro
Não me apartará da lealdade
Que o mal do mundo inteiro
Não me roubará a dignidade
Diga-me, ó, Silêncio!
Mágoas
A cada lembrança do passado
Verei um passo dado
Dado que eu
Terei um novo amor encontrado
E se até lá
Não te tiver contado
Será por ter perdido o teu contacto
Contanto, terás ficado no passado
Dose de amor
Você não tem uma casa
Eu também não
Então, abriguemo-nos no nosso amor
E sintamos da felicidade o sabor
Perto de mim
Tu não precisas me abraçar
Assegura-me de que o tempo
não estou a desperdiçar
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Tu não precisas mais falar
Só quero, em teu olhar
Ter a certeza de que estarás comigo
Mesmo quando eu achar que não preciso
O Beijo da Madrugada
Era tanta vontade
Tida daquele olhar
Tanta vontade
Daquela boca beijar
Pois naquela noite sem luar
Propus-me a me apaixonar
Então, no nevoeiro
Daquela noite vespertina
Descobri que ela é minha menina
E nela, reside tudo o que me fascina
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Que com a alma lotada
De paixão e encanto
Daquele chão, no canto
Senti minha boca molhada
E ela sentiu a sua boca beijada
E, sob as gotejadas do céu
Sentia o meu corpo colado ao seu
E antes da despedida
Daquela noite tímida
Ouvi daquela boca que sabe beijar
Palavras que só sua mente podia pensar
Dizendo-me em meigo sussurrar
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Viva-me!
Meu amor
Antes que leias no jornal
Que o mundo outrora normal
Está cada vez mal
Pegue no telemóvel
E disque no meu nome
Para me dizer
Que me amar é tua prioridade
E que sou o moço da tua mocidade
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Viva-me antes que eu não mais viva!
Viva-me II!
Antes do meu falecimento
E antes que caias em lamento
Agradeça-me por fazer-te feliz
E por ser a tua força motriz
Meu amor,
Ofereça-me o prémio de melhor amigo
E o galardão de melhor marido
Valoriza os meus bons feitos
E olha menos para os meus defeitos
Meu amor,
Não me crie tão cedo o surto
Pois sei que em breve tornar-me-ei surdo
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Canta-me ao ouvido canções de amor
E mostra que em tua vida tenho valor
Pandemia 19
O Homem perdeu a vitória
Sobre o dominado mundo
E uma calamidade notória
Tornou-nos todos imundos
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Do meu falecimento precoce
Pois a minha mulher ficou viúva
Homicidando-me dentro de seu coração
Mesmo com a chama do amor ainda viva
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No último dia de cada ano
Cada um tem o seu plano
E deseja que este pesadelo
Não se torne um novo modelo
Gratidão
Obrigado SENHOR, obrigado nosso Deus!
Nós te agradecemos e te engrandecemos
Nós te enaltecemos e te bendizemos
Nós te louvamos e te exaltamos
Sim...
Nós te amamos e te adoramos!
Obrigado SENHOR, obrigado nosso Deus!
Poemas de Lento-Violento.
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