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há 5 anos
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Princípio da legalidade
O princípio da legalidade está previsto na CF/88 não somente no seu
art. 37, caput, mas também nos artigos 5º, incisos II e XXXV e 84,
inciso IV.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;
[...]
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão
ou ameaça a direito;
[...]
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência [...]
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
[...]
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
Para Di Pietro:
Princípio da impessoalidade ou
finalidade
A impessoalidade é o segundo princípio expresso no artigo 37, caput
da Constituição Federal de 1988 e possui duas abordagens distintas:
significa tanto a atuação impessoal, genérica, ligada à finalidade da
atuação administrativa que vise à satisfação do interesse coletivo,
sem corresponder ao atendimento do interesse exclusivo de
administrado; como também significa a imputação da atuação do
órgão ou entidade estatal, não sendo quanto ao agente público,
pessoa física.
E esse fim legal, segundo Hely Lopes Meirelles, “é unicamente aquele
que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como
objetivo do ato, de forma impessoal” (MEIRELLES, 2010, p. 93).
Princípio da moralidade
A CF/88, no artigo 37, frisa uma obrigatoriedade para a
Administração Pública, seja a direta ou a indireta, de obedecer aos
princípios norteadores do direito, mencionando, expressamente,
sobre o princípio da moralidade. Tal princípio impõe à Administração
não apenas uma atuação legal, mas também moral, ou seja,
caracterizada pela obediência à ética, à honestidade, à lealdade e à
boa-fé.
Para Hely Lopes Meirelles, “a moralidade administrativa constitui
hoje em dia, pressuposto de validade de todo o ato da Administração
Pública (art. 37 caput da CF/88)”.
Di Pietro define:
Este princípio exige que aos atos da Administração Pública seja dada
ampla divulgação, de forma que o administrado possa cumprir a
determinação ou impugná-la.
Conclui-se:
Princípio da eficiência
O princípio da eficiência não possui um conceito jurídico, mas, sim,
econômico. Foi inserido através da Emenda Constitucional nº 19, de
04-06-1998 junto aos previstos no art. 37, caput. Também, o
princípio da eficiência não qualifica normas, mas qualifica atividades.
Meirelles afirma que o princípio é novo e vem da necessidade de
melhores resultados no serviço público:
Princípio da autotutela
Por esse princípio a Administração exerce controle sobre seus
próprios atos, podendo anular ou revogar atos ilegais ou
inconvenientes. Di Pietro (2010, p. 69) diz que “é uma decorrência
do princípio da legalidade; se a Administração Pública está sujeita
à lei, cabe-lhe, evidentemente, o controle da legalidade”.
O poder este consagrado pelas súmulas 346 e 473 do STF:
Princípio da motivação
A nossa Constituição Federal consagra esse princípio em termos
inequívocos nos textos do art. 5º da CF/88, caput e parágrafo II:
Caput - todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade.
[...]
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei.
Conforme relata Gasparini:
Gasparini ainda comenta que “hoje com mais razão, essa afirmação é
de todo pertinente, pois a Constituição Federal exige que até as
decisões administrativas dos Tribunais sejam motivadas” (2007, p.
23). Essa afirmativa do autor pode ser confirmada com a leitura do
art. 93, X da CF/88: “as decisões administrativas dos tribunais serão
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo
voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)”.
A Administração deve indicar sempre o que a levou a praticar tal ato,
de fato e de direito, pois se trata de base para garantir a legalidade
dos atos administrativos.
Princípio da precaução
Este princípio é aplicado com base no pressuposto de que as condutas
humanas podem causar danos coletivos vinculados a situações
catastróficas que podem afetar o conjunto de seres vivos e da
incerteza a respeito da existência do dano temido.