Você está na página 1de 3

PIRÂMIDE DE CARROLL

A Pirâmide da Responsabilidade Social Corporativa de Carroll foi criada


em 1991 com o intuito de ampliar o entendimento à respeito dos quatro
componentes que constituem a Responsabilidade Social Empresarial. Ela
subdivide a responsabilidade da empresa em quatro dimensões: econômica
(obter lucro); legal (obedecer à lei); ética (fazer o que é certo) e discricionária
(contribuir para a sociedade). Resumidamente, as seções da pirâmide têm
importância crescente de cima para baixo, sendo a esfera econômica a mais
importante, como demonstra a figura abaixo:

Dessa maneira, a empresa tem a Responsabilidade Econômica de ser


lucrativa como base, responsabilidade essa que dá sustentação às demais. O
modelo é considerado, até os dias de hoje, como um dos modelos mais
influentes na área. Na visão de Schwartz e Carroll (2003), a pirâmide continua
sendo um modelo padrão imprescindível para definir a RSE. Porém, devido
suas limitações referentes à estrutura piramidal, a mesma sugere uma
hierarquização sem incorporar integralmente as dimensões de cada empresa.
Além do fato de que muitos consideram a categoria filantrópica/volitiva como
desnecessária, até mesmo inexata, devido à sua natureza voluntária.
As seções detalhadas do Modelo da Pirâmide Social Corporativa
ampliaram o entendimento à respeito dos quatro componentes que constituem
a RSE. Tornando as responsabilidades (econômica, legal, ética e filantrópica)
legítimas responsabilidades envolvidas no relacionamento empresa e
sociedade. Esse enfoque recebeu destaque, segundo Wartick e Cochran,
principalmente após os anos 90; devido questões relacionadas à ética e
filantropia estarem em alta em debates, sendo discutidas com maior veemência
pela sociedade de um modo geral.

A responsabilidade econômica é o pressuposto primário das


organizações comerciais, composta pelas determinantes: produzir bens e
serviços com alto grau de eficiência operacional e forte posição competitiva
para assim ser constantemente lucrativa. O componente legal da RSE trata-se
de um sistema de codificação social para comportamento admissível. Essa
categoria inclui regulamentos federais, estaduais e municipais; além da
cidadania corporativa baseada em fundamentos legais. O sucesso empresarial
associado ao cumprimento de obrigações ocorre fornecendo bens e serviços
que atendam às exigências legais.

A dimensão ética envolve atividades que não são lei; incorpora padrões,
valores, normas ou expectativas que refletem os interesses dos consumidores,
empregados, acionistas, stakeholders e comunidade. É um código de conduta
social com discernimento moral que delimita metas organizacionais e orienta as
demais responsabilidades. De forma similar, a filantrópica pode ser sintetizada
como o envolvimento em projetos voluntários que estimulem a qualidade de
vida. Seja contribuir financeiramente ou com expertise do corpo empresarial
para colaborar com o desenvolvimento das artes e cultura, auxiliar instituições
educacionais, etc. Sempre estimulando gerentes e empregados a exercerem
atividades voluntárias e ajudar o próximo.

Desse modo, a responsabilidade social empresarial total engloba as


responsabilidades econômicas, legais, éticas e filantrópicas simultaneamente.
Logo, a empresa tem de ser lucrativa, obedecer à lei, atender às expectativas
sociais e ser cidadã. Caroll, mesmo após o sucesso do modelo das quatro
dimensões, não satisfeito com a dimensão filantrópica desde seu primeiro
artigo e sua representação piramidal, continuou estudando e procurando novos
modelos. Somente em 2003, Schwartz e Carroll desenvolveram um novo
modelo aperfeiçoado, com novas perspectivas e conceitos para entender a
RSE e suas efetivas práticas. Foi então criado o “Modelo dos três domínios da
responsabilidade social empresarial”.

BIBLIOGRAFIA

CARROLL, A. B. Toe pyramid of corporate social responsibility: toward the


moral management of organizational stakeholders. Business Horizons, jul.-ago.
1991.
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos08/257_257_RSC_-
_evolucao_historica_dos_modelos.pdf

WARTICK, S.; COCHRAN, P. The evolution of the corporate social


performance model. Academy of Management Review, v. 10, n. 4, p. 758-769,
1985

https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Modelo-Piramidal-de-
Responsabilidade-Social-Fonte-Archie-B-Carroll-The_fig1_291827405

SCHWARTZ, M.; CARROLL, A. Corporate Social Responsibility: a three-


domain approach. Business Ethics Quarterly, v. 13, I.4, p. 503-530, 2003.

https://www.inovarse.org/sites/default/files/T10_0261_1298_4.pdf

BARBIERI, J. C. ; CAJAZEIRA, J. Responsabilidade social empresarial e


empresa sustentável . Editora Saraiva. 3° ed. São Paulo: 2017

Você também pode gostar