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Curso: ESTÉTICA
Regente da Disciplina: Prof. Dout. Filipe Couto
Assistente: Mestre Kazadí Mejí
A estética a ser feita pelos estudantes deste curso conjuntamente com os docentes do
mesmo consistirá na leitura da obra de Severino Ngoenha cujo título é Machel, ícone da
1ª República? Maat e, com base numa constante mística, terão de se esforçar em
descobrir a FORMA que compreende a estrutura substancial de todo este livro, ou seja,
do pensamento comunicado por Ngoenha. Por quê descobrir a forma? Resposta: a forma
é a manifestação daquilo que se diz ser BELO. A forma de algo é a beleza desse algo.
Mas o que é a forma? Onde é que ela se encontra? …
Nota: nesta estética a ser estudada parte-se das coisas individuais, para começar a
pensar-se na unidade destas coisas.
Vamos passar a leitura do livro do autor Severino Ngoenha. A 1ª coisa a fazer é ir ao
índice da obra, pg. 7 e vamos ler aquilo que está mencionado no índice. Depois de ter
lido o índice, vamos alistar quais os vocábulos que necessitam de explicações. A saber:
“Ícone”, “Osíris”, “Marechal” e “Camarada”. O conteúdo destes quatro vocábulos (que
no contexto de uma função proposicional chamam-se argumentos) vai ser avançado na
medida que avançarmos a leitura de S. Ngoenha. Dito isto passemos a ler a introdução
(prefácio).
Em resposta à pergunta “o que significa amor?” o docente desta cadeira recomenda que
se siga a linha do pensamento que Loyola1 inspira àqueles que, de facto, querem chegar
a ver o que é que está por detrás do termo “amor”. Existe “algo”, tal que, esse algo é
denotado com o nome de amor.
1
Recomenda-se aos estudantes de Estética a reflectir (meditar) no texto de Inácio de
Loyola «Exercícios Espirituais» com o título «contemplação para alcançar o amor».
Assim, os termos constatados no nº 1, são reduzidos a «autora do prefácio do livro de S.
Ngoenha», isto chama-se descrição definida e «Maputo, 26 de Agosto de 2009», torna-
se Espaço-Tempo como complemento circunstancial.
Na próxima lição teremos que responder a seguinte pergunta: qual é o facto da seguinte
citação «a autora do prefácio do livro de S. Ngoenha Machel, ícone da 1ª República?
Maat é E. Santos?» deixemos de lado a parte do complemento circunstancial Espaço-
Tempo.
2
Inferência: acto ou efeito de inferir (deduzir por meio de raciocínio); transição lógica de um juízo para o
outro; ilação; dedução; conclusão
declarações feitas correspondem ou não aos factos. Então trata-se de um livro que deve
ser lido com uma lógica e que na maioria das vezes terá que se fazer inferências/ilações.
Por exemplo S. Ngoenha tem razões de inferir que Machel defendia um modelo de
sociedade com ideais de justiça, de solidariedade, de trabalho, de unidade, de igualdade,
de anti-racismo, anti-tribalismo…3 como é que Ngoenha sabe disso? De onde lhe vem a
crença nisso? Ou mesmo donde vem a nossa credibilidade nas fontes? O questionar é
fundamental na Epistemologia, na Metafísica e até na Estética. Entretanto, partimos da
inferência que o sentimento (estética) de Ngoenha nesta obra, visa chegar a uma
objectividade, uma ideia clara ou visão objectiva da verdadeira figura que Machel foi.
Feito este exercício de leitura e de abstracção daquilo que é supérfluo no cap., chegamos
a 1 proposição lógico-matemática, a saber: «colocar a vida e obra de S. Machel na
balança do Maat é uma actividade exclusiva dos moçambicanos». Nota: se queremos ir
ao âmago (centro) de uma filosofia, lógica ou estética teremos que eliminar (aperfeiçoar
ou abstrair) algumas coisas (palavras) que nesta proposição atómica são supérfluas no
sentido lógico-matemático e estético, a saber: «julgar Machel é tarefa dos
moçambicanos», «compete aos moçambicanos julgar Machel». Finalmente temos uma
abstracção lógico-matemática do 1º cap. do livro de Ngoenha. Dito isto não há mais
3
Cfr. Ngoenha, 2016: 12
razão para não avançar para o próximo cap. Passemos então a ele: cap. II: «julgamento
de S. Machel» (p. 19-23).
Estética é tudo aquilo que é aberto, agradável, bom… e tudo isso precisa de abrir-se as
fontes do conhecimento (sentidos, entendimento, razão); uma estética objectiva deve
procurar o que é o bem – a verdade.
Eufemismo: figura de estilo; o seu oposto é disfemismo; é um termo que se usa para
suavizar expressões que provocam sentimentos ou percepções desagradáveis; então a
estética pode exigir que se use eufemismo em vez de usar palavras desagradáveis
(disfemismo). Quando se usa palavras desagradáveis diz-se «disfemismo»; por
exemplo: quando diz-se que «alguém foi cagar» a estética diz: não diga que foi cagar, é
melhor que se use a expressão «alguém foi a casa de banho (fazer suas necessidades)»
(eufemismo).
Feita a leitura da lição anterior temos que executar a tarefa mencionada na nota desta
lição que é: transformar em proposição simples a síntese do II cap. aqui, temos a
proposição simples que resume o II cap.: «os moçambicanos julgam, de facto, Machel
somente através do conceito de Justiça»; em segundo lugar temos que fazer uma
proposição composta ou nuclear feita através da proposição simples que resume o I cap.
«compete aos moçambicanos julgar S. Machel» e a proposição simples do II cap. que já
está mencionada acima.
O resultado de toda a operação a ser feita é o seguinte: «compete aos moçambicanos
julgar Machel e os moçambicanos julgam de facto Machel, através do conceito de
Justiça». Nota: a primeira frase desta conjunção é produto do primeiro cap. e a segunda
frase é produto do segundo capítulo. Agora, já podemos passar ao capítulo «Osíris» (p.
25-32).
Terminamos o cap. «Osíris». Como trabalho de casa os estudantes irão reler o cap. e
procurarão de produzir uma proposição simples para poder juntá-la à proposição
composta seguinte: «compete aos moçambicanos julgarem Machel e, estes de facto,
julgam Machel somente através do conceito de justiça.
Antes de passarmos à leitura do quarto cap. vamos proceder com o programa deixado
como trabalho de casa na lição anterior. A saber, formar uma proposição simples do
terceiro capítulo intitulado «Osíris» para unirmo-la à proposição composta resultante do
primeiro e do segundo capítulos
(primeira tentativa) É S. Machel por decisão de Osíris quem coloca as suas acções na
balança para que a balança mostre o peso de suas acções, sejam elas boas ou más.
(segunda tentativa) Por decisão de Osíris S. Machel coloca na balança as suas acções
boas e más.
(terceira tentativa) Por decisão de Osíris a justiça deve ser feita por Machel colocando
as suas acções na balança de Justiça.
(última tentativa) [Por vontade dos moçambicanos e decisão de Osíris], Machel lista as
suas acções boas e más para coloca-las na balança de justiça.
Enfim, a proposição simples que resume o 3º cap. é a seguinte: «(por vontade dos
moçambicanos e decisão de Osíris), Machel lista as suas acções (boas ou más) para
colocá-las na balança da justiça». De forma reduzida: «Machel lista as suas acções para
coloca-las na balança de justiça».
Nota: mesmo esta proposição molecular pode ainda ser liberta de certas redundâncias.
Os estudantes de estética devem trabalhar para alcançar este objectivo; devem lembrar o
quanto segue, a estética do belo é bela quando se exprime de maneira mais curta e mais
simples possível…
Depois da leitura da aula anterior, vamos aperfeiçoar a frase molecular que até agora foi
construída pelos participantes da aula da estética. Trata-se da seguinte proposição
molecular: «são os moçambicanos a julgarem Machel e, os moçambicanos julgam
Machel através do conceito da justiça e Machel lista as suas acções para coloca-las na
balança da justiça». O objectivo nosso é livrar esta proposição molecular de todas as
redundâncias (repetições). Pergunta: quais são as redundâncias que se notificam quando
se lê com cuidado esta proposição molecular? As redundâncias são: Machel 3x;
moçambicanos 2x; justiça 2x.
Temos que fazer uma escolha do quantificador que quantifica o universo do discurso. A
escolha apropriada é o quantificador existencial ou particular (∃), isto é, ∃ UDc que se
lê: «existe um universo de discurso tal que…».
4
UDc-abreviatura do termo «universo do discurso»
Pede-se aos estudantes como trabalho e casa, de aprofundar a matéria sobre o UDc e a
especificação daquilo que segue ao UDc; os estudantes devem também se esforçarem
em descobrir neste curso através da leitura de Ngoenha a FORMA que está como
estrutura substancial de todo este livro de Ngoenha. Por quê descobrir a forma?
Resposta: a forma é a manifestação daquilo que se diz ser BELO. A forma de algo é a
beleza desse algo. Mas o que é a forma? Onde é que ela se encontra? …
Vamos proceder com a leitura daquilo que se escreveu na lição anterior nº 5 do dia 18-
10-2019.
Feita a leitura daquilo que se escreveu na lição anterior, vamos aprofundar a questão do
UDc. Foi dito que o UDc, em linha geral, é quantificável pelo quantificador existencial,
simbolicamente (∃). Como sempre quando se diz alguma coisa no sector da filosofia,
matemática, lógica e outros ramos da ciência, se é bem-dito ou correctamente,
permanece e deve ser mantido. Mantemos aquilo que foi dito sobre o quantificador
Existencial relacionado ao UDc. Todavia, temos que ver o que é que nós aprendemos na
lógica-matemática para poder compreender até que ponto esse UDc quantificado pelo
quantificador existencial (particular) está correlacionado com proposições que tem um
quantificador universal.
Vamos dar um exemplo de quatro instâncias: temos quatro instâncias onde há validades
lógicas (1 ou 0) quando estamos a fazer validade de duas variáveis (p e q); temos oito
instâncias quando estamos a lidar com três variáveis; temos dezasseis instâncias quando
estamos a lidar com quatro variáveis; temos trinta e duas instâncias quando estamos a
lidar com cinco variáveis; temos sessenta e cinco mil, quinhentas e trinta e seis
instâncias quando estamos a lidar com dezasseis variáveis, … olhando para a progressão
das instâncias, constatamos que para serem validadas, elas vão até ao infinito. Seguindo
aquilo que aprendemos na lógica matemática, dissemos sobre a tautologia (T) que esta,
faz com que todas essas instâncias possíveis tenham validade factual (1). Aqui, o
estudante da lógica matemática pode averiguar implicamente … quando o número de
colunas for possivelmente verificável.
Exemplo: temos 2n ≡ número devariáveis a partir de0 variável
p
No caso (ii) temos: 1 }neste caso temos na primeira instância facto (validade 1) e na
0
segunda não facto (validade 0)
Pergunta: como fazer para que este p, em todas as instâncias possíveis (neste caso
duas), venha a ter validade 1, isto é, facto? Ou melhor, como é que desta situação
existencial pode-se ter validade factual universal, isto é, Tautologia (T)?
Resposta: ( ( p ∆ p ) ∆ ( p ∆ p ) )
1 1 00 1
1 0 01 0
(iii) caso: ( ( p ∆ q ) ∆ ( p ∆ q ) )
1 1 0 0 1
1 0 0 1 0
1 0 0 1 0
1 0 0 1 0
Com a ajuda da inteligência artificial poderíamos continuar até ao infinito (∞). Porém,
voltemos àquilo que escrevemos. Depois de termos repassado proposições com validade
factual universal, isto é, Tautologias, temos que responder a seguinte pergunta: como é
que vamos descrever o UDc de proposições com validade factual universal ou
Tautologias? Até agora afirmamos e mantemos que o UDc é sempre quantificado pelo
quantificador existencial (particular).
Nota: para concordarmos com esta proposição, lembremo-nos que além das
Tautologias, existe na lógica matemática outras proposições particulares ou existenciais,
das quais temos pelo menos uma instância com validade factual em um contexto e
noutro uma instância com validade não factual. Exemplos: p (1,0);
∆ ( 1,0,0,0 ) ; ∇ (1,1,1,0 ) ; p ( 0,1 ) ; ↔ ( 1,0,0,1 ) ; ↦ (1,0,1,1 ) ; ↛ ( 0,1,0,0 ) ; ↤ ( 1,1,0,1 ) ; |
(0,1,1,1); ∇ ( 0,0,0,1 ) ; ↚ ( 0,0,1,0 ) ;⨈ (0,1,1,0); … nestes casos temos facto contingente
em outras instâncias têm se não-facto contingente. Assim, a Tautologia é um UDc
particular no qual as instâncias possíveis são todas factuais; trata-se de um contexto
particular, mas que é universal.
Entrementes, «será que se pode encontrar validade não factual num UDc?» questiona o
estudante Jackson Gundane. Pelo que responde afirmativamente a estudante Alice
Honwane: «é possível no caso do conector lógico existencial, designadamente,
contradição». Lembremo-nos neste caso que a contradição é negação da tautologia,
portanto, se se pode classificar a Tautologia como UDc com validade factual universal,
então, pode-se igualmente classificar a Contradição como o UDc com validade não-
factual universal.
Por sua vez o estudante Adurão Mindo chama atenção a que se deve ter em conta do
seguinte “não se pode ter o conceito do universal sem se ter, primeiro, o conceito do
particular”5. Caso a ser esclarecido na próxima lição. Por fim, os estudantes Gervásio
Maquiquele e Arquimedes Da Silva discordam desta posição a que se chegou sobre a
não-contradição em se determinar o UDc das proposições com validade factual
universal através do quantificador existencial.6
5
Neste caso a história do pensamento filosófico mostra divergências entre três linhas: a dos a prioristas
que dão precedência ao universal; a dos empiristas que privilegiam o particular e a dos ficam entre os
dois conceitos.
6
O professor pede a estudante Riana Macumbuie de alistar os estudantes com posições contrárias cujo
esclarecimento de suas posições será objecto da próxima lição.
Temos que justificar por que é que temos o UDc existencial dentro do qual temos
proposições com validades universais com Tautologias. Vamos em primeiro lugar
sinalizar um UDc existencial no qual temos proposições universais ou tautologias. A
saber. Temos um quantificador existencial sinalizado da seguinte maneira: ∃!este
quantificador existencial é exprimido da seguinte maneira: existe exactamente um,
designa-se por «quantificador existencial singular» ao passo que o «quantificador
existencial» designadamente normal ¿) é exprimido da seguinte maneira «existe pelo
menos um», neste caso trata-se de várias existências, pelo menos uma existência ou
mais. Ao passo que noutro caso trata-se de uma única existência.
Dito isto passamos a atenção a seguinte forma: «∃! UDc :∀ x :(Tx )» que se lê: «existe
exactamente um universo do discurso, tal que nesse UDc todo o X, é tal que x é T»
substituamos o x na seguinte linguagem vernácula: ∀x – todas as proposições; T –
tautologia. Assim a forma «∃!UDc: ∀x:(Tx)» traduz-se no seguinte: existe exactamente
um UDc tal que todas as proposições são tautologias, isto indica que existe um mundo
determinado de Tautologias que deve ser distinguido dum mundo no qual existe
proposições contingentes. Nota: o quantificador existencial único (singular) usa-se nas
matemáticas (por exemplo o nº 0), na teologia e também na filosofia.
Acabamos com este escurso dentro das nossas aulas de Estética. Na próxima aula vamos
continuar com a leitura do quarto capítulo do livro de Ngoenha a partir da p. 35 os
estudantes devem esforçar-se por usar aquilo que se repassou de logica para colher de
maneira adequada aquilo que existe de Estética nas leituras do livro de Ngoenha.
Antes de começarmos com a lição de hoje, vamos proceder com a leitura daquilo que se
escreveu na lição anterior nº 11 do dia 01.11.2019.
Temos ainda a nossa disposição duas lições, nessas duas lições temos que fazer duas
coisas: i) acabar de ler todo o livro de Ngoenha e ii) compreender a estética
(sentimento) do autor do livro (S. Ngoenha) vendo, qual é o sentimento de Severino
Ngoenha em relação a figura que Samora Machel representou em Moçambique.
Pergunta: Ngoenha através deste livro que escreveu sobre Machel, mostra conhecimento
objectivo de S. Machel? Como é que nós estudantes de filosofia no caso concreto de
estética, vemos Machel através de Ngoenha? Em palavras simples, como é que Ngoenha
chega ao conhecimento de Machel até ao ponto de colocar na boca de Machel o seu
próprio raciocínio? Esta pergunta é substancial para a Filosofia e para a Estética e não
deve ser esquivada, devemos nos confrontar com ela. Venha ou não resposta dessa
pergunta, o Koan deve ser posto, deve-se continuar a se perguntar.
Acabamos de ler o quarto capítulo. A pergunta que fica por se fazer é a seguinte: as
palavras de Machel transmitidas através de Ngoenha, até que ponto elas são, de facto,
expressões de Machel e não simplesmente uma invenção desonesta de Ngoenha.
Desonesta no sentido seguinte, Ngoenha seria desonesto se dissesse que ele anuncia o
pensamento de Machel, dizendo simplesmente uma mentira. O regente do curso Padre
Filipe Couto parte do pressuposto de que Ngoenha não mente neste contexto, mas fica
ainda por se explicar o que é, neste contexto, pensamento de Machel e qual é o de
Ngoenha.
Antes de começarmos com a lição de hoje, vamos proceder com a leitura daquilo que se
escreveu na lição anterior nº 12 do dia 08.11.2019.
No quinto capítulo «Ser advogado da própria causa» (p. 47-53) Ngoenha coloca na
boca da deusa Osíris uma figura prominente de Machel, este, é conceptualizado como
um líder do Estado moçambicano; líder que essencialmente cumpriu os deveres de um
chefe de Estado, de uma Nação que, tinha sido apenas libertada daquilo que se diz ser
colonialismo. Há uma declaração que será citada para que se torne padrão e ponto de
partida, para procurar compreender e sentir (estética) o que de facto se quer dizer neste
livro de Ngoenha sobre S. Machel. A saber:
Esta citação deve ser condensada (concentrada), a saber, o que quer dizer que i) nenhum
líder moçambicano ultrapassou Machel no estilo de vida, comportamento, nas
convicções; ii) aqueles que pretendem seguir Machel estaria dispostos a trabalhar como
Machel e sobre as ordens de Machel com o estilo de vida e comportamento que se diz
ser característico de Machel (por exemplo, ser antitribalista; ser compassivo para com
os doentes, encorajá-los através de uma palavra de carinho; não aceitava o
comportamento irresponsável do pessoal de saúde; não tolerar férias judiciais que
prolongavam as sentenças dos réus por meses ou por anos; não aceitava que se use o
património do Estado para benefício individual em detrimento do bem-comum; … nota:
os estudantes de estética (e de um modo geral, todos os moçambicanos) têm de ser mais
concretos em relação a descrição do estilo de vida de Machel para poder colher o
sentimento factual [estética].
No último capítulo «Que o povo seja instaurado juiz de minha causa» (p. 55-78),
Ngoenha (idem, p. 67) atribui a Machel a autoria das seguintes perguntas: “… Que
vantagens pessoais tirei eu dos meus sacrifícios? Quantos milhões de dólares
encontrastes na minha conta pessoal?” Nota: os estudantes de estética devem repetir
estas perguntas para conseguir colher o sentimento (a estética) que elas mostram. Outra
pergunta atribuída a Machel: “… quais são os valores da nossa moçambicanidade
hoje?” (ibdem).
Paramos por aqui com a leitura do livro e faltam ainda onze páginas. Pede-se aos
estudantes como trabalho de casa, para acabarem com a leitura. Na próxima lição
iremos fazer um trabalho de abstracção de estética que nos pode pôr no caminho que
nos fará ver se é importante continuar para um único Moçambique ou se palavras dessas
são simplesmente ilusões que escondem que ninguém acredita em Moçambique como
um único Estado e Nação.
Lição nº 14 Data: 22.11.2019
Nota: os que fizeram as aulas de estética neste semestre foram leitores, portanto, nós
como leitores temos certamente uma estética que foi descoberta ou que ainda deve ser
descoberta porque tivemos a ocasião de ler a obra de Ngoenha.
7
Machel: ícone da 1ª república? Maat.