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Ano Académico 2019, Segundo Semestre, UEM

Curso: ESTÉTICA
Regente da Disciplina: Prof. Dout. Filipe Couto
Assistente: Mestre Kazadí Mejí

A estética a ser feita pelos estudantes deste curso conjuntamente com os docentes do
mesmo consistirá na leitura da obra de Severino Ngoenha cujo título é Machel, ícone da
1ª República? Maat e, com base numa constante mística, terão de se esforçar em
descobrir a FORMA que compreende a estrutura substancial de todo este livro, ou seja,
do pensamento comunicado por Ngoenha. Por quê descobrir a forma? Resposta: a forma
é a manifestação daquilo que se diz ser BELO. A forma de algo é a beleza desse algo.
Mas o que é a forma? Onde é que ela se encontra? …

Lição nº 1 Data: 02. 08. 2019

A Estética enquanto disciplina filosófica pressupõe um diálogo com as


principais matérias de filosofia, em especial, a história da filosofia, as teorias do
conhecimento, a metafísica e a lógica. Pese embora a filosofia ensinada nesta faculdade
da UEM esteja muito agarrada aos filósofos da cultura ocidental (Europa, América do
Norte e Latina), neste curso, o conhecimento da história da filosofia e das religiões
orientais - especificamente africanas - será de grande benefício para compreender o que
é estética.
A religião, não no seu aspecto de igrejas históricas (religiões
institucionalizadas), e sim, como dimensão espiritual do homem, ou seja, um estado
individual de cada pessoa torna-se uma parte crucial para compreender o que é estética
em filosofia. Entenda-se neste contexto, a manifestação religiosa através dos profetas
como proveniente e puramente estética.
Neste curso, definimos a estética como sentimento. Um conhecimento completo
por meio de toda a sensibilidade. Sentir de maneira completa, o que pressupõe ter a
cabeça e a mente abertas, o exercício da memória, da inteligência e da vontade, significa
ter estética. Para este esforço completo da pessoa humana, esta abertura mística para
sentir, temos como ponto de partida a multidão de coisas que existem no universo, a
partir das mais pequenas, componentes da nossa vida e do nosso ambiente. Estas coisas
são relacionadas umas com as outras, permitindo-nos ver, sentir directamente a coisa no
seu particular, isto é, na sua existência, abrindo-se às outras, diferentes umas das outras
de modo a encontrar-se o ponto no qual unificam-se. Entenda-se por unidade, a
existência de várias experiencias particulares diferentes umas das outras mas que,
aglomeradas (unificadas) em única coisa.
A Religião mostra um aspecto substancial da estética como sentimento. O
sentimento religioso essencial é o desejo de ver tudo aquilo que existe sem nada que
esteja escondido. Diz a religião que estaremos em Paz e veremos a Beleza quando
conseguirmos ver tudo no seu esplendor, sem nenhum ocultamento.
Urge estarmos atentos à nossa realidade. Para conhecermos cada uma das coisas
que fazem a grande multidão de todas as coisas, é preciso ter a vontade de estudar com
energia algumas coisas tão perto de nós. Devemos começar por conhecer a nossa
própria casa, a nossa própria comunidade e os nossos costumes. Umas das coisas mais
importantes para a estética filosófica é descobrir o sentimento do ambiente em que
vivemos, daquilo que as pessoas que vivem connosco dizem, sentem e sonham.
Uma faculdade de filosofia como esta, deveria entrar em contacto sincero com o
sentimento das pessoas habitantes deste país. Chegará um dia em que os docentes, os
estudantes começarão a ter uma estética daquilo que de facto somos aqui onde se
preparam pessoas que tenham capacidade de liderar este país. Quando é que
começaremos a saber o que os professores, assistentes, estudantes, pessoal
administrativo, dizem, entendem e sonham? Já nos perguntamos alguma vez o que se
sente nesta faculdade, concretamente por cada pessoa, para ver qual é a estética que está
a surgir? Só assim é que poderemos ver qual é o sentimento (estética) e como essa
estética se condensa nas instituições, nas religiões, nos negócios e no Estado.
Essa tentativa e iniciativa de levar a sério a estética na sua particularidade e na
sua universalidade, tem que começar de algum lugar e de algum modo. O que vai
suceder neste semestre nas lições de estética pode ser um modelo. Vamos começar por
levar uma das obras do filósofo Severino Elias Ngoenha, que já foi docente nesta
faculdade e que ainda mantém relações com ela. Escolhemos a obra Machel: ícone da
1ª República? Maat, na qual o autor exprime de facto um sentimento (estética).
Procuraremos de ler em conjunto esta obra para descobrir uma parte do sentimento de
um indivíduo moçambicano sobre um tema por ele escolhido. Nota: o pensamento que
este filósofo comunica através desta obra, é passível de confrontações por qualquer
outro moçambicano que tenha uma estética responsável.
Compartilhamos a ideia que muitos livros de estética apresentam sobre o objecto
desta ser o belo. Daí que devemos questionar o que há de belo nesta obra de Ngoenha.
Será que severino Ngoenha trata do belo no particular e ao mesmo tempo o abre ao
sentido universal? O que será o belo? A espectativa é que no fim deste curso, com base
na leitura de Ngoenha, consigamos responder à pergunta o que é o belo.

Lição nº 2 Data: 09. 08. 2019

Nota: nesta estética a ser estudada parte-se das coisas individuais, para começar a
pensar-se na unidade destas coisas.
Vamos passar a leitura do livro do autor Severino Ngoenha. A 1ª coisa a fazer é ir ao
índice da obra, pg. 7 e vamos ler aquilo que está mencionado no índice. Depois de ter
lido o índice, vamos alistar quais os vocábulos que necessitam de explicações. A saber:
“Ícone”, “Osíris”, “Marechal” e “Camarada”. O conteúdo destes quatro vocábulos (que
no contexto de uma função proposicional chamam-se argumentos) vai ser avançado na
medida que avançarmos a leitura de S. Ngoenha. Dito isto passemos a ler a introdução
(prefácio).

Nota: durante a leitura do prefácio ocorreu (aconteceu/deu-se o caso/sucedeu o facto de


que) o regente da cadeira de Estética F. Coto perguntou o que significa a palavra
“amar”. Esta pergunta foi feita depois de ter sido lido quanto segue “… afinal Samora
apesar de ícone era um ser humano. Como tal, fez coisas boas e menos boas. Mas
essencialmente ele amou o seu povo” (p. 4). A expressão essencialmente “amou” o seu
povo fez com que o regente colocasse a seguinte questão: “o que é amar?”, ou mesmo
“o que é amor? Há necessidade de aprofundar o conteúdo daquilo que a palavra amar
quer significar. Este curso de estética terá também que desempenhar esta tarefa.

O prefácio termina da seguinte maneira: “Elisa dos Santos. Maputo, 26 de Agosto de


2009”. Qual é o facto, ou qual é a ocorrência, qual é o caso, qual é o acontecimento que
está exprimido ou relatado nesta expressão posta entre aspas? Estas perguntas deverão
ser respondidas na próxima lição através da contribuição responsável de cada um dos
indivíduos que participam nas lições de estética.

Lição nº 3 Agosto, 06 de 2019

Em resposta à pergunta “o que significa amor?” o docente desta cadeira recomenda que
se siga a linha do pensamento que Loyola1 inspira àqueles que, de facto, querem chegar
a ver o que é que está por detrás do termo “amor”. Existe “algo”, tal que, esse algo é
denotado com o nome de amor.

i) O amor é mais obra do que palavra; Obra significa em primeiro lugar


trabalho, trabalhar.
ii) Amor é comunicação recíproca; Amor é dar. KÓAN: dar o quê? Resposta:
dar tudo sem reserva egoísta.

A afirmação de E. dos Santos “… Samora essencialmente amou o seu povo” pode


significar que Samora Machel trabalhou pelo seu povo, dando-se completamente.

Tentativas/procedimentos de resposta à questão: qual é o facto da citação: “Elisa dos


Santos – Maputo, 26 de Agosto de 2009”?: 1. A citação vista partindo de uma contagem
de termos a partir dos números inteiros naturais positivos tem 9 termos; 2. Fazendo uma
análise gramatical dos termos, teremos que reduzir o número dos termos, a saber, “Eliza
dos Santos”. Estes três termos acumulados entre aspas tornam-se um e único termo que
será denominado “a autora do prefácio do livro de Ngoenha”: Machel: ícone da 1ª
República? Maat”». Neste ponto os estudantes lembrem-se que o nome ou termo,
condensa em si uma descrição definida de um facto; 3. Maputo, é um termo que
completa informativamente o lugar (Complemento Circunstancial do Lugar) e 26 de
Agosto de 2009, Complemento circunstancial do tempo. Os estudantes lembrem-se que
estes dois complementos relacionam-se a uma realidade que na Física moderna chama-
se Espaço-Tempo.

1
Recomenda-se aos estudantes de Estética a reflectir (meditar) no texto de Inácio de
Loyola «Exercícios Espirituais» com o título «contemplação para alcançar o amor».
Assim, os termos constatados no nº 1, são reduzidos a «autora do prefácio do livro de S.
Ngoenha», isto chama-se descrição definida e «Maputo, 26 de Agosto de 2009», torna-
se Espaço-Tempo como complemento circunstancial.
Na próxima lição teremos que responder a seguinte pergunta: qual é o facto da seguinte
citação «a autora do prefácio do livro de S. Ngoenha Machel, ícone da 1ª República?
Maat é E. Santos?» deixemos de lado a parte do complemento circunstancial Espaço-
Tempo.

Lição nº 4 Data: 23 de Agosto de 2019

Segundo o programa traçado na lição anterior vamos responder a II pergunta da lição


anterior: o que significa descobrir o facto ao qual se refere a proposição «a autora do
prefácio do livro de S. Ngoenha… é Eliza dos Santos». Qual é a tarefa que temos? R:
descobrir o facto. O que é que se faz para descobrir um facto que é o facto ao qual essa
proposição se refere? Na lógica matemática diz-se que para descobrir esses factos (um
facto(s) ao(s) qual(is) uma/mais proposições se refere) deve-se usar uma operação
ligada a inteligência que se chama “inferência/ilação”2.

Olhando para a proposição «a autora do livro de S. Ngoenha é E. dos Santos» no seu


todo, decide-se que E. dos Santos é um nome, a partir deste nome, com a descrição
definida feita deste nome «autora do prefácio do livro de S. Ngoenha», devemos decidir
fazer inferências do facto sobre E. dos Santos enquanto autora do prefácio do livro de S.
Ngoenha. Pergunta: quais são as fontes que se deve usar para que a inferência chegue ao
facto de que de facto E. dos Santos é a autora do prefácio do livro de S. Ngoenha? Os
estudantes fiquem claros de hoje para diante de que esta operação chamada inferência,
no nosso contexto (de Estética), terá suas fontes que ultrapassam o campo da Lógica
Matemática. As fontes para chegar a desempenhar esta inferência são de ordem
psicológica, policial, arquivial, moral e até metafísica.
Muitas das declarações feitas neste livro de S. Ngoenha, são descrições definidas ou
indefinidas que necessitam de inferências ou ilações para que se possa constatar se as

2
Inferência: acto ou efeito de inferir (deduzir por meio de raciocínio); transição lógica de um juízo para o
outro; ilação; dedução; conclusão
declarações feitas correspondem ou não aos factos. Então trata-se de um livro que deve
ser lido com uma lógica e que na maioria das vezes terá que se fazer inferências/ilações.

Por exemplo S. Ngoenha tem razões de inferir que Machel defendia um modelo de
sociedade com ideais de justiça, de solidariedade, de trabalho, de unidade, de igualdade,
de anti-racismo, anti-tribalismo…3 como é que Ngoenha sabe disso? De onde lhe vem a
crença nisso? Ou mesmo donde vem a nossa credibilidade nas fontes? O questionar é
fundamental na Epistemologia, na Metafísica e até na Estética. Entretanto, partimos da
inferência que o sentimento (estética) de Ngoenha nesta obra, visa chegar a uma
objectividade, uma ideia clara ou visão objectiva da verdadeira figura que Machel foi.

Começamos a leitura do 1º cap. do livro e chegamos até a p. 15. Continuaremos na


próxima lição. Recomenda-se aos estudantes de ler pelo menos uma vez em casa, todo o
1º cap. da p.9-17.

Lição nº 05 data: 30.08.2019

O título do 1º cap. é o seguinte: «Machel, ícone da 1ª república» (pag. 9-17). Depois de


termos lido estas pgs. Esforcemo-nos de pôr uma proposição simples ou atómica que
concentra (resume) aquilo que este cap. diz: «… “que cada um de vós meta na balança
do Maat as representações que tem da minha vida e da minha obra”».

Feito este exercício de leitura e de abstracção daquilo que é supérfluo no cap., chegamos
a 1 proposição lógico-matemática, a saber: «colocar a vida e obra de S. Machel na
balança do Maat é uma actividade exclusiva dos moçambicanos». Nota: se queremos ir
ao âmago (centro) de uma filosofia, lógica ou estética teremos que eliminar (aperfeiçoar
ou abstrair) algumas coisas (palavras) que nesta proposição atómica são supérfluas no
sentido lógico-matemático e estético, a saber: «julgar Machel é tarefa dos
moçambicanos», «compete aos moçambicanos julgar Machel». Finalmente temos uma
abstracção lógico-matemática do 1º cap. do livro de Ngoenha. Dito isto não há mais

3
Cfr. Ngoenha, 2016: 12
razão para não avançar para o próximo cap. Passemos então a ele: cap. II: «julgamento
de S. Machel» (p. 19-23).

Depois de termos lido o 2º cap., os estudantes procurem: i) o significado de algumas


expressões usadas por Ngoenha que não são habituais na linguagem comum; ii)
encontrar dentro deste 2º cap., a frase atómica ou simples que condensa todo este
capítulo; iii) compor uma proposição composta ou nuclear feita da seguinte maneira:
combinar a proposição simples encontrada no 1º capítulo com a proposição simples do
segundo ainda por ser descoberta, devemos descobrir o relacionamento entre a 1ª
proposição simples, isto é, «compete aos moçambicanos o julgamento de Machel» e a
que iremos fazer.

Licao nº 6 Data: 13.09.2019

Estética é tudo aquilo que é aberto, agradável, bom… e tudo isso precisa de abrir-se as
fontes do conhecimento (sentidos, entendimento, razão); uma estética objectiva deve
procurar o que é o bem – a verdade.

Eufemismo: figura de estilo; o seu oposto é disfemismo; é um termo que se usa para
suavizar expressões que provocam sentimentos ou percepções desagradáveis; então a
estética pode exigir que se use eufemismo em vez de usar palavras desagradáveis
(disfemismo). Quando se usa palavras desagradáveis diz-se «disfemismo»; por
exemplo: quando diz-se que «alguém foi cagar» a estética diz: não diga que foi cagar, é
melhor que se use a expressão «alguém foi a casa de banho (fazer suas necessidades)»
(eufemismo).

Nota: num sistema de uma educação objectiva, isto é, educação rumo ao


desenvolvimento humano, pode-se tornar necessário quanto segue: «eliminar da
linguagem os eufemismos (palavras suavizantes) e introduzir palavras que falam dos
factos como eles são». A saber, as vezes é necessário dizer ao estudante: “tu não
estudas, por isso vais reprovar” (disfemismo) em vez de dizer “Olha! Tu és capaz de
saber mais do que sabes, basta se aplicar um pouco mais”. Chega o momento que é
preciso dizer que uma coisa não presta quando não presta…
Quanto à palavra metáfora: este termo classifica tudo aquilo que se diz para esclarecer
aquilo que se quer dizer e é difícil de exprimir com palavras ou com adequadas
declarações. A metáfora está na classe de certas narrativas que ajudam a compreender o
conceito de uma palavra que condensa e galvaniza aquilo que é real. Na Bíblia a
metáfora é constantemente usada; a metáfora está correlacionada com o termo
«parábola». Diz o Evangelho que Jesus falava em parábolas (metáforas), por exemplo: a
parábola do filho pródigo, do semeador, juízo final. A metáfora está também ligada a
palavra «alegoria» que se usa na retórica e na exposição do pensamento filosófico. O
episódio da caverna na república de Platão no sétimo livro é um exemplo claro disso.

Figura de estilo: pode-se chamar também de figura de linguagem ou figura de retórica.


Trata-se de estratégias que o orador pode aplicar ao texto para conseguir um
determinado efeito na interpretação do ouvinte. Nota: o estilo, na exposição que se faz
aos que ouvem o discurso, provoca nestes a emergência da consciência que faz prestar
mais atenção àquilo que se está a dizer ou explicar.

Nota: falta ainda transformar em proposição simples ou atómica, o II cap. e, depois


procurar compor uma proposição composta feita a partir da proposição simples
encontrada no primeiro cap. e da proposição simples encontrada no segundo cap.

Lição nº 07 Data: 20. 09. 2019

Cap. I: «compete aos moçambicanos julgarem Machel»


Cap. II: «os moçambicanos julgam, de facto, através do conceito de Justiça»

Feita a leitura da lição anterior temos que executar a tarefa mencionada na nota desta
lição que é: transformar em proposição simples a síntese do II cap. aqui, temos a
proposição simples que resume o II cap.: «os moçambicanos julgam, de facto, Machel
somente através do conceito de Justiça»; em segundo lugar temos que fazer uma
proposição composta ou nuclear feita através da proposição simples que resume o I cap.
«compete aos moçambicanos julgar S. Machel» e a proposição simples do II cap. que já
está mencionada acima.
O resultado de toda a operação a ser feita é o seguinte: «compete aos moçambicanos
julgar Machel e os moçambicanos julgam de facto Machel, através do conceito de
Justiça». Nota: a primeira frase desta conjunção é produto do primeiro cap. e a segunda
frase é produto do segundo capítulo. Agora, já podemos passar ao capítulo «Osíris» (p.
25-32).

Terminamos o cap. «Osíris». Como trabalho de casa os estudantes irão reler o cap. e
procurarão de produzir uma proposição simples para poder juntá-la à proposição
composta seguinte: «compete aos moçambicanos julgarem Machel e, estes de facto,
julgam Machel somente através do conceito de justiça.

Lição nº 8 Data: 11.10.2019

Quando se faz estética de maneira filosófica, habitue-se a catalogar ou a alistar aquilo


que se acha belo em termos da incompatibilidade, isto é, usar a negação daquilo que se
disse factualmente na conjunção, esta negação daquilo que se disse factualmente na
conjunção é exprimida em termos da barra da incompatibilidade da seguinte maneira: (
p∨q). Esta expressão é o contrário daquilo que a conjunção diz factualmente. Por este
motivo, esta negação exprimida por ( p∨q) deve ser também ela própria negada através
da barra da incompatibilidade (¿) que deve ser seguida da repetição da negação
exprimida nos termos de ( p∨q). Isso tudo é feito da seguinte maneira: ( p ∆ q)≡( p∨q)
; ( p ∆ q)≡ (( p∨q) | ( p∨q)).

Antes de passarmos à leitura do quarto cap. vamos proceder com o programa deixado
como trabalho de casa na lição anterior. A saber, formar uma proposição simples do
terceiro capítulo intitulado «Osíris» para unirmo-la à proposição composta resultante do
primeiro e do segundo capítulos

(primeira tentativa) É S. Machel por decisão de Osíris quem coloca as suas acções na
balança para que a balança mostre o peso de suas acções, sejam elas boas ou más.

(segunda tentativa) Por decisão de Osíris S. Machel coloca na balança as suas acções
boas e más.
(terceira tentativa) Por decisão de Osíris a justiça deve ser feita por Machel colocando
as suas acções na balança de Justiça.

(última tentativa) [Por vontade dos moçambicanos e decisão de Osíris], Machel lista as
suas acções boas e más para coloca-las na balança de justiça.

Enfim, a proposição simples que resume o 3º cap. é a seguinte: «(por vontade dos
moçambicanos e decisão de Osíris), Machel lista as suas acções (boas ou más) para
colocá-las na balança da justiça». De forma reduzida: «Machel lista as suas acções para
coloca-las na balança de justiça».

Concluímos que a frase molecular que resulta é a seguinte: «compete aos


moçambicanos julgar Machel e eles julgam-no, de facto, através do conceito de justiça,
e, Machel lista as suas acções boas ou más para colocá-las na balança da justiça». Esta
proposição nuclear ainda pode ser aperfeiçoada da seguinte maneira: “são os
moçambicanos a julgarem Machel e os moçambicanos julgam Machel através do
conceito de Justiça e Machel lista as acções para colocá-las na balança da justiça”.

Nota: mesmo esta proposição molecular pode ainda ser liberta de certas redundâncias.
Os estudantes de estética devem trabalhar para alcançar este objectivo; devem lembrar o
quanto segue, a estética do belo é bela quando se exprime de maneira mais curta e mais
simples possível…

Passemos a leitura do cap. «Excelência presidente, marechal, camarada» (p. 33-46).


Como trabalho de casa leia-se todo o quarto cap. e também procure-se formular a
proposição simples que resume este cap. para coligá-la à proposição nuclear já feita.

Lição nº 09 Data: 18.10. 2019

Depois da leitura da aula anterior, vamos aperfeiçoar a frase molecular que até agora foi
construída pelos participantes da aula da estética. Trata-se da seguinte proposição
molecular: «são os moçambicanos a julgarem Machel e, os moçambicanos julgam
Machel através do conceito da justiça e Machel lista as suas acções para coloca-las na
balança da justiça». O objectivo nosso é livrar esta proposição molecular de todas as
redundâncias (repetições). Pergunta: quais são as redundâncias que se notificam quando
se lê com cuidado esta proposição molecular? As redundâncias são: Machel 3x;
moçambicanos 2x; justiça 2x.

Para esta tarefa os estudantes devem se lembrar de um conceito da lógica matemática


chamado determinação do universo do discurso (UDc)4. O universo de discurso na
lógica matemática deve ser determinado quanto for possível. Se eu perguntar a alguém
que está a falar «qual é o seu universo de discurso neste momento que está a falar»; se
eu fizer esta pergunta, o que esta pergunta pretende perguntar?

Comecemos por dizer qual é o universo do discurso da proposição molecular «os


moçambicanos julgam Machel e, os moçambicanos julgam Machel através do conceito
de justiça e Machel lista as suas acções para colocá-las na balança da justiça» o UDc
nesta proposição é o julgamento de Machel feito pelos moçambicanos na base do
conceito de justiça tal que devemos dizer que existe um UDc que é este e que este é o
todo neste contexto, o que quer dizer isso? Ou melhor, este UDc deverá ser tratado
como universal ou como particular? É de notar que este UDc em causa é UDc
particular, revela o todo de uma particularidade, isto é, trata-se de uma totalidade
limitada dentro de um contexto particular; é um particular que é uma totalidade
enquanto particular.

Temos que fazer uma escolha do quantificador que quantifica o universo do discurso. A
escolha apropriada é o quantificador existencial ou particular (∃), isto é, ∃ UDc que se
lê: «existe um universo de discurso tal que…».

Dito isto, vamos prosseguir com a formulação da proposição evitando as redundâncias.


A saber: «existe um universo do discurso tal que esse universo do discurso é o
julgamento de Machel feito pelos moçambicanos através do conceito de justiça». Os
logicistas escreveriam simbolicamente o seguinte: ∃UDcx: (Rx). Onde: x corresponde
ao julgamento de Machel e R corresponde ao grupo dos moçambicanos a julgar Machel.

4
UDc-abreviatura do termo «universo do discurso»
Pede-se aos estudantes como trabalho e casa, de aprofundar a matéria sobre o UDc e a
especificação daquilo que segue ao UDc; os estudantes devem também se esforçarem
em descobrir neste curso através da leitura de Ngoenha a FORMA que está como
estrutura substancial de todo este livro de Ngoenha. Por quê descobrir a forma?
Resposta: a forma é a manifestação daquilo que se diz ser BELO. A forma de algo é a
beleza desse algo. Mas o que é a forma? Onde é que ela se encontra? …

Lição nº 10 Data: 25-10-2019

Vamos proceder com a leitura daquilo que se escreveu na lição anterior nº 5 do dia 18-
10-2019.

Feita a leitura daquilo que se escreveu na lição anterior, vamos aprofundar a questão do
UDc. Foi dito que o UDc, em linha geral, é quantificável pelo quantificador existencial,
simbolicamente (∃). Como sempre quando se diz alguma coisa no sector da filosofia,
matemática, lógica e outros ramos da ciência, se é bem-dito ou correctamente,
permanece e deve ser mantido. Mantemos aquilo que foi dito sobre o quantificador
Existencial relacionado ao UDc. Todavia, temos que ver o que é que nós aprendemos na
lógica-matemática para poder compreender até que ponto esse UDc quantificado pelo
quantificador existencial (particular) está correlacionado com proposições que tem um
quantificador universal.

Lembremo-nos daquilo que aprendemos na lógica-matemática quando falamos das


proposições: tivemos a ocasião de estudar proposições que têm validade factual (V1) em
todas as circunstâncias e em todos os possíveis contextos. Estas proposições foram
consideradas como proposições que tem validade factual universal que Bertrand Russel,
seguindo Ludwig Wittgnstein, chama «Tautologia». Estas proposições de validade
factual universal, chamadas tautologias, têm a validade factual (V1) em todas as
instâncias que podem existir.

Vamos dar um exemplo de quatro instâncias: temos quatro instâncias onde há validades
lógicas (1 ou 0) quando estamos a fazer validade de duas variáveis (p e q); temos oito
instâncias quando estamos a lidar com três variáveis; temos dezasseis instâncias quando
estamos a lidar com quatro variáveis; temos trinta e duas instâncias quando estamos a
lidar com cinco variáveis; temos sessenta e cinco mil, quinhentas e trinta e seis
instâncias quando estamos a lidar com dezasseis variáveis, … olhando para a progressão
das instâncias, constatamos que para serem validadas, elas vão até ao infinito. Seguindo
aquilo que aprendemos na lógica matemática, dissemos sobre a tautologia (T) que esta,
faz com que todas essas instâncias possíveis tenham validade factual (1). Aqui, o
estudante da lógica matemática pode averiguar implicamente … quando o número de
colunas for possivelmente verificável.
Exemplo: temos 2n ≡ número devariáveis a partir de0 variável

i) 20=1 (uma instância possível de validade, sempre facto (1))


ii) 21 ¿ 2 (duas instâncias possíveis de valides: facto (1) e não facto (0))
iii) 22 ¿ 4 (quatro instâncias possíveis de validades factual enão factual)

p
No caso (ii) temos: 1 }neste caso temos na primeira instância facto (validade 1) e na
0
segunda não facto (validade 0)

Pergunta: como fazer para que este p, em todas as instâncias possíveis (neste caso
duas), venha a ter validade 1, isto é, facto? Ou melhor, como é que desta situação
existencial pode-se ter validade factual universal, isto é, Tautologia (T)?

Resposta: ( ( p ∆ p ) ∆ ( p ∆ p ) )
1 1 00 1
1 0 01 0

Em termos de barra da incompatibilidade teríamos:


((p| p )|( p∨ p )¿|( p∨ p) ¿
10 1 1 0 1 0
01 0 0 1 1 1

(iii) caso: ( ( p ∆ q ) ∆ ( p ∆ q ) )
1 1 0 0 1
1 0 0 1 0
1 0 0 1 0
1 0 0 1 0

Em termos de barra da incompatibilidade:


( ( p∨q )|( p|q ) ¿∨( p∨q )
0 10 1 0
1 01 1 1
1 01 1 1
1 01 1 1

Com a ajuda da inteligência artificial poderíamos continuar até ao infinito (∞). Porém,
voltemos àquilo que escrevemos. Depois de termos repassado proposições com validade
factual universal, isto é, Tautologias, temos que responder a seguinte pergunta: como é
que vamos descrever o UDc de proposições com validade factual universal ou
Tautologias? Até agora afirmamos e mantemos que o UDc é sempre quantificado pelo
quantificador existencial (particular).

Teremos que quantificar o UDc de Tautologia com um quantificador existencial? Se


quantificarmos o UDc de uma T com o quantificador existencial (particular) não
cairemos numa contradição? Dito de outra maneira, não será contraditório
quantificarmos o UDc de um facto universal com o quantificador particular (∃)?

Na opinião da estudante Riana R. Macumbuie, quantificar um UDc de uma Tautologia,


ou seja, o UDc de proposições com validade factual universal, com um quantificador
existencial (particular), não nos leva a nenhuma contradição. Pois, se nos recordarmos
das lições anteriores, foi dito que um UDc classifica o universal num determinado
contexto particular, ora, as Tautologias são uns conectores (particulares) diferentes de
outros conectores da lógica matemática.

Nota: para concordarmos com esta proposição, lembremo-nos que além das
Tautologias, existe na lógica matemática outras proposições particulares ou existenciais,
das quais temos pelo menos uma instância com validade factual em um contexto e
noutro uma instância com validade não factual. Exemplos: p (1,0);
∆ ( 1,0,0,0 ) ; ∇ (1,1,1,0 ) ; p ( 0,1 ) ; ↔ ( 1,0,0,1 ) ; ↦ (1,0,1,1 ) ; ↛ ( 0,1,0,0 ) ; ↤ ( 1,1,0,1 ) ; |
(0,1,1,1); ∇ ( 0,0,0,1 ) ; ↚ ( 0,0,1,0 ) ;⨈ (0,1,1,0); … nestes casos temos facto contingente
em outras instâncias têm se não-facto contingente. Assim, a Tautologia é um UDc
particular no qual as instâncias possíveis são todas factuais; trata-se de um contexto
particular, mas que é universal.

O estudante Teles Cunha concordando com a posição da estudante Riana em afirmar a


não contradição em quantificar o UDc de Tautologia com o quantificado existencial
fundamenta o seguinte: a classificação das tautologias como proposições com validade
factual universal, especifica-se no seu conceito objectivo como um conceito próprio
(particular) que é diferente de conceitos próprios de outras proposições nas quais
encontra-se instâncias com validades factual e não factual.

Entrementes, «será que se pode encontrar validade não factual num UDc?» questiona o
estudante Jackson Gundane. Pelo que responde afirmativamente a estudante Alice
Honwane: «é possível no caso do conector lógico existencial, designadamente,
contradição». Lembremo-nos neste caso que a contradição é negação da tautologia,
portanto, se se pode classificar a Tautologia como UDc com validade factual universal,
então, pode-se igualmente classificar a Contradição como o UDc com validade não-
factual universal.

Por sua vez o estudante Adurão Mindo chama atenção a que se deve ter em conta do
seguinte “não se pode ter o conceito do universal sem se ter, primeiro, o conceito do
particular”5. Caso a ser esclarecido na próxima lição. Por fim, os estudantes Gervásio
Maquiquele e Arquimedes Da Silva discordam desta posição a que se chegou sobre a
não-contradição em se determinar o UDc das proposições com validade factual
universal através do quantificador existencial.6

Lição nº 11 Data: 01-11-2019

5
Neste caso a história do pensamento filosófico mostra divergências entre três linhas: a dos a prioristas
que dão precedência ao universal; a dos empiristas que privilegiam o particular e a dos ficam entre os
dois conceitos.
6
O professor pede a estudante Riana Macumbuie de alistar os estudantes com posições contrárias cujo
esclarecimento de suas posições será objecto da próxima lição.
Temos que justificar por que é que temos o UDc existencial dentro do qual temos
proposições com validades universais com Tautologias. Vamos em primeiro lugar
sinalizar um UDc existencial no qual temos proposições universais ou tautologias. A
saber. Temos um quantificador existencial sinalizado da seguinte maneira: ∃!este
quantificador existencial é exprimido da seguinte maneira: existe exactamente um,
designa-se por «quantificador existencial singular» ao passo que o «quantificador
existencial» designadamente normal ¿) é exprimido da seguinte maneira «existe pelo
menos um», neste caso trata-se de várias existências, pelo menos uma existência ou
mais. Ao passo que noutro caso trata-se de uma única existência.

Dito isto passamos a atenção a seguinte forma: «∃! UDc :∀ x :(Tx )» que se lê: «existe
exactamente um universo do discurso, tal que nesse UDc todo o X, é tal que x é T»
substituamos o x na seguinte linguagem vernácula: ∀x – todas as proposições; T –
tautologia. Assim a forma «∃!UDc: ∀x:(Tx)» traduz-se no seguinte: existe exactamente
um UDc tal que todas as proposições são tautologias, isto indica que existe um mundo
determinado de Tautologias que deve ser distinguido dum mundo no qual existe
proposições contingentes. Nota: o quantificador existencial único (singular) usa-se nas
matemáticas (por exemplo o nº 0), na teologia e também na filosofia.

As proposições contingentes podem ser simbolizadas da seguinte maneira: «∃UDc: ∃


x:Cx» onde: ∃x - pelo menos uma proposição; Cx – Contingente e lê-se: existe pelo
menos um UDc tal que nesse UDc existe pelo menos uma proposição tal que essa
proposição é contingente.

Acabamos com este escurso dentro das nossas aulas de Estética. Na próxima aula vamos
continuar com a leitura do quarto capítulo do livro de Ngoenha a partir da p. 35 os
estudantes devem esforçar-se por usar aquilo que se repassou de logica para colher de
maneira adequada aquilo que existe de Estética nas leituras do livro de Ngoenha.

Lição nº 12 Data: 08.11.2019

Antes de começarmos com a lição de hoje, vamos proceder com a leitura daquilo que se
escreveu na lição anterior nº 11 do dia 01.11.2019.
Temos ainda a nossa disposição duas lições, nessas duas lições temos que fazer duas
coisas: i) acabar de ler todo o livro de Ngoenha e ii) compreender a estética
(sentimento) do autor do livro (S. Ngoenha) vendo, qual é o sentimento de Severino
Ngoenha em relação a figura que Samora Machel representou em Moçambique.
Pergunta: Ngoenha através deste livro que escreveu sobre Machel, mostra conhecimento
objectivo de S. Machel? Como é que nós estudantes de filosofia no caso concreto de
estética, vemos Machel através de Ngoenha? Em palavras simples, como é que Ngoenha
chega ao conhecimento de Machel até ao ponto de colocar na boca de Machel o seu
próprio raciocínio? Esta pergunta é substancial para a Filosofia e para a Estética e não
deve ser esquivada, devemos nos confrontar com ela. Venha ou não resposta dessa
pergunta, o Koan deve ser posto, deve-se continuar a se perguntar.

Acabamos de ler o quarto capítulo. A pergunta que fica por se fazer é a seguinte: as
palavras de Machel transmitidas através de Ngoenha, até que ponto elas são, de facto,
expressões de Machel e não simplesmente uma invenção desonesta de Ngoenha.
Desonesta no sentido seguinte, Ngoenha seria desonesto se dissesse que ele anuncia o
pensamento de Machel, dizendo simplesmente uma mentira. O regente do curso Padre
Filipe Couto parte do pressuposto de que Ngoenha não mente neste contexto, mas fica
ainda por se explicar o que é, neste contexto, pensamento de Machel e qual é o de
Ngoenha.

Começamos com a leitura do V capítulo e chegamos à p. 51. Continuaremos na próxima


lição.

Lição nº 13 Data: 15.11.2019

Antes de começarmos com a lição de hoje, vamos proceder com a leitura daquilo que se
escreveu na lição anterior nº 12 do dia 08.11.2019.

No quinto capítulo «Ser advogado da própria causa» (p. 47-53) Ngoenha coloca na
boca da deusa Osíris uma figura prominente de Machel, este, é conceptualizado como
um líder do Estado moçambicano; líder que essencialmente cumpriu os deveres de um
chefe de Estado, de uma Nação que, tinha sido apenas libertada daquilo que se diz ser
colonialismo. Há uma declaração que será citada para que se torne padrão e ponto de
partida, para procurar compreender e sentir (estética) o que de facto se quer dizer neste
livro de Ngoenha sobre S. Machel. A saber:

… não existe um antepassado [antes de Machel] que vós [Machel]


não tenhais ultrapassado no estilo de vida e no comportamento, nas
convicções, na eloquência e na palavra. Mas quantos de vossos
adeptos [FRELIMO?!...] gostariam de reviver sobre as vossas ordens?
A invocação do vosso nome é uma invocação romântica [dos
saudosistas?] […] para criticar indirectamente o governo actual ou um
reconhecimento dum estilo de vida do qual os moçambicanos têm

nostalgia e se reconhecem? (NGOENHA, 2009: 53)

Esta citação deve ser condensada (concentrada), a saber, o que quer dizer que i) nenhum
líder moçambicano ultrapassou Machel no estilo de vida, comportamento, nas
convicções; ii) aqueles que pretendem seguir Machel estaria dispostos a trabalhar como
Machel e sobre as ordens de Machel com o estilo de vida e comportamento que se diz
ser característico de Machel (por exemplo, ser antitribalista; ser compassivo para com
os doentes, encorajá-los através de uma palavra de carinho; não aceitava o
comportamento irresponsável do pessoal de saúde; não tolerar férias judiciais que
prolongavam as sentenças dos réus por meses ou por anos; não aceitava que se use o
património do Estado para benefício individual em detrimento do bem-comum; … nota:
os estudantes de estética (e de um modo geral, todos os moçambicanos) têm de ser mais
concretos em relação a descrição do estilo de vida de Machel para poder colher o
sentimento factual [estética].

No último capítulo «Que o povo seja instaurado juiz de minha causa» (p. 55-78),
Ngoenha (idem, p. 67) atribui a Machel a autoria das seguintes perguntas: “… Que
vantagens pessoais tirei eu dos meus sacrifícios? Quantos milhões de dólares
encontrastes na minha conta pessoal?” Nota: os estudantes de estética devem repetir
estas perguntas para conseguir colher o sentimento (a estética) que elas mostram. Outra
pergunta atribuída a Machel: “… quais são os valores da nossa moçambicanidade
hoje?” (ibdem).

Paramos por aqui com a leitura do livro e faltam ainda onze páginas. Pede-se aos
estudantes como trabalho de casa, para acabarem com a leitura. Na próxima lição
iremos fazer um trabalho de abstracção de estética que nos pode pôr no caminho que
nos fará ver se é importante continuar para um único Moçambique ou se palavras dessas
são simplesmente ilusões que escondem que ninguém acredita em Moçambique como
um único Estado e Nação.
Lição nº 14 Data: 22.11.2019

Chegado ao término da leitura do livro Ngoenha 7, sobre a intenção do autor, podemos


concluir o quanto segue: o que pode ficar como constante forma daquilo que Ngoenha
se propôs a transmitir em torno da existência (da figura) de Machel é uma
responsabilidade de cooperação entre aqueles que ainda acreditam num único
Moçambique. Chegamos ao término do semestre. O que se recomenda aos estudantes é
a releitura constante e minuciosa dos apontamentos feitos nas 14 lições. Que procurem
ler e colher o essencial para descobrir a forma estética que existe no livro de Ngoenha e
nos seus leitores.

Nota: os que fizeram as aulas de estética neste semestre foram leitores, portanto, nós
como leitores temos certamente uma estética que foi descoberta ou que ainda deve ser
descoberta porque tivemos a ocasião de ler a obra de Ngoenha.

7
Machel: ícone da 1ª república? Maat.

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