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Análise Real I (M1017)

2022–2023

1. O conjunto dos números reais

1. Determine o subconjunto de números reais que verificam cada uma das condições:

(a) 4x + 4 < 5x + 3 < 4x + 2 (b) 3x2 + 8x < 0 (c) (3x − 1)(x − 1)2 (x − 3)3 > 0
2
(d) (x−1)
x2 −16
>0 (e) − 4 6 x2 6 1 (f ) − 2 < x1 6 1
2
x 1
(g) |x|−1 = 2x (h) xx2 −4
−9
6 94 (i) x2 + 2x + 5 = 0

2. Determine o conjunto dos números reais x ∈ R que verificam cada uma das condições:
√ p
(a) |2x + 3| = |x − 1| (b) 2 + x = x (c) √(x2 − 3)2 = 5
(x+3)2
(d) |x − 2x−1 | = 3 − x (e) |2x2 + x − 1| > 5 (f ) x2 +3 > 1
(g) |x2 − 4| 6 2x − 1 (h) |x + 3| > 2x (i) |3 − 2x| − |x − 6| > 0
(j) |2x| + |x − 3| = 9 (k) |x2 − 1| = x2 − 1 (l) |x − 1| =√1 − x
(m) |x − 2| 6 |x + 3| (n) − 1 6 |x| < 6 (o) 32x−1 = 3
(p) log (1 − 3x) = 1 (q) log (x2 − 4) = log(1 − 4x) (r) log√2 (x + 1) = 8
2−log x
(s) x1 < elog 2−2 log x (t) e 2 > 0 (u) ex+2 − 4x2 ex < 0
2 x+1 x2
(v) ex+1 > ex (w) 12 > 12 (x) x1 − x−1
1
=2

3. Mostre que, para quaisquer números reais a e b, se tem



|a| − |b| 6 |a − b| e |2ab| 6 a2 + b2 .

4. Descreva os seguintes subconjuntos de R2 :


  
(a) (a, b) ∈ R2 : |a| = |b| (b) (a, b) ∈ R2 : |a| = −|b| (c) (a, b) ∈ R2 : a2 + b2 = 0

1
5. Determine o conjunto de soluções da equação log 3 (tg x) ≤ 2
em ] − π2 , π2 [.

6. Verifique quais das seguintes afirmações são verdadeiras.

(a) A soma de um número racional com um irracional é irracional.

(b) O produto de um número racional por um irracional é irracional.

(c) A soma de dois números irracionais é irracional.

(d) O produto de dois números irracionais é irracional.

(e) O quociente de dois números irracionais é irracional.

(f) O quociente de um número racional por um irracional é irracional.

7. Sejam a e b dois números racionais não negativos. Prove que


√ √ √ √
a+ b ∈ Q ⇔ a e b ∈ Q.

1
8. (a) Dados n ∈ N e a ∈ Z, mostre que toda a solução racional da equação xn − a = 0 é um inteiro.

(b) Deduza que n
a é um número irracional se n ∈ N \ {1} e a é um número primo.

(c) Mais geralmente, sejam n ∈ N e P (x) = an xn + an−1 xn−1 + · · · + a1 x + a0 um polinómio não


constante com coeficientes inteiros, sendo an 6= 0. Mostre que, se pq ∈ Q \ {0} é uma fracção irredutível
(isto é, p ∈ Z\{0}, q ∈ N e não têm factores primos em comum) e P ( pq ) = 0, então p divide a0 e q divide an .

(d) Aplique o critério anterior ao polinómio P (x) = x3 + 2 x2 − x − 2.


p3
√ √ √
(e) Conclua do critério anterior que 1 + 2 e 2 + 4 2 são números irracionais.

9. Seja β um número real positivo. Prove que se 2β = 3, então β é irracional.

10. Determine, se existirem, o supremo, ínfimo, máximo e mínimo em R dos seguintes conjuntos:

(a) {x ∈ R | |x + 2| < 2 ∧ |2x − 1| 6 5} (b) {x ∈ R | x2 − 4x < 0 ∧ |x − 1| > 2}


n
(c) (−1) (d) {x ∈ R− | x2 > 10}

n
| n ∈ N

11. Sejam A = {−3, −2} ∪ (Q ∩ [0, 1]) e B = ] − 4, −2] ∪ ([0, 1] ∩ (R \ Q)). Indique, caso existam, os

supremos e os ínfimos em R dos conjuntos A, B, A ∪ B e A ∩ B.

12. Indique se é verdadeira cada uma das seguintes proposições:

(a) O ínfimo de um subconjunto não vazio de R formado apenas por números racionais é um número
racional.

(b) O ínfimo de um subconjunto não vazio de R formado apenas por números naturais é um número
natural.

(c) Para todo o número real x 6= 0 existe um número racional entre 0 e x.

(d) Qualquer conjunto não vazio de racionais positivos tem ínfimo positivo.

13. Considere um subconjunto A não vazio de R e defina −A = {−a : a ∈ A}. Verifique que:

(a) A majorado se e só se −A é minorado.

(b) M é um majorante de A se e só se −M é um minorante de −A.



(c) sup A = − inf −A .

2. Funções

14. Para cada subconjunto A de R, defina a função fA : R → R dada por

fA (x) = 0 se x ∈
/ A e fA (x) = 1 se x ∈ A.

(a) Descreva as funções fA quando A = ∅, A = [0, 1[, A = {4} e A = Q.


(b) Prove que
fA∩B = fA × fB
fA∪B = fA + fB − fA∩B
fR\A = 1 − fA
(c) Verifique que fA × fA = fA para todo o subconjunto A de R.

(d) Seja f : R → R uma função tal que f × f = f . Mostre que existe A ⊆ R tal que f = fA .

15. Determine o domínio de cada um das seguintes funções reais de variável real:
1

x
√4
(a) f (x) = x2 −x−1 (b) f (x) = √
x−2
(c) f (x) = √ x2 − 6x
(d) f (x) = √x+1 (e) f (x) = 9 − x2 (f ) f (x) = 3 x2 − 9
√2x−1 √ √ 1

(g) f (x) = x + 1 − x (h) f (x) = x + 1 − x
(i) f (x) = log x

16. Para as funções f e g a seguir indicadas, determine os domínios das funções f + g, f /g e g/f :
√ √ √
(a) f (x) = x, g(x) = x − 1 (b) f (x) = 1 − x, g(x) = 1 + x.
17. Para as funções f e g a seguir indicadas, determine f ◦ g, g ◦ g e g ◦ f , incluindo os seus domínios:

(a) f (x) = x2 , g(x) = x − 4 (b) f (x) = x2 + 1, g(x) = x − 1
(c) f (x) = x1 , g(x) = 1+x
x x
(d) f (x) = x+1 , g(x) = x − 1

18. Mostre que a função f : R → R dada por f (x) = x2 − x + 2 não é injetiva nem sobrejetiva.

19. Verifique para que valores de a, b, c ∈ R é que f : R → R dada por f (x) = ax2 + bx + c é

(a) injetiva;

(b) sobrejetiva.

20. (a) Mostre que, para cada y > 0, a equação |x − 1| = y |x + 1| tem solução na incógnita x. Dê

exemplo de um valor de y para o qual a equação tenha mais do que uma solução.
|x−1|
(b) Conclua que a função f : R \ {−1} → R+
0 dada por f (x) = |x+1|
é sobrejetiva mas não é injetiva.

21. Considere as funções

f: R \ {−2} → R g: R \ {2} → R \ {−2}


x−1 −2x+1
x 7→ |x+2| x 7→ x−2

(a) Resolva a inequação x − 1 < |x + 2|.

(b) Conclua, justificando, que f não é sobrejetiva sobre R.

(c) Verifique que g é invertível e determine a função inversa g −1 .

(d) Descreva a função f ◦ g.

22. Considere a função f : R → R dada por f (x) = x2 − x. Esboce o gráfico de:


1
(a) x ∈ R 7→ f (x) + 4

(b) x ∈ R 7→ f (x + 14 )
1
(c) x ∈ R 7→ 4
f (x)

(d) x ∈ R 7→ f (|x|)

(e) x ∈ R 7→ |f (x)|

(f) x ∈ R 7→ max {f (x), 0}

(g) x ∈ R 7→ min {f (x), 0}

23. Construa uma bijeção entre os conjuntos [0, 1] e ]0, 1].

24. Considere a função


f: [0, 1] → [0, 1[
x = 0 7→ 0 
1
x 6= 0 7→ x
− x1
(a) Calcule f ( n1 ) para cada natural n.
1 1
(b) Determine f (x) se n+1
<x6 para algum natural n.
n
S+∞ i i
1 1
(c) Prove que ]0, 1] = n=1 , , e que esta união é disjunta.
n+1 n

(d) Esboce o gráfico de f .

(e) Resolva a equação f (x) = x.

(f) Prove que existe k ∈ N tal que f k (x) = 0 se e só se x é racional de [0, 1], onde f k = f ◦ · · · ◦ f , k vezes.

(g) Conclua que, se f (x) = x e x 6= 0, então x é um número irracional.

25. (a) Considere as funções de domínio R dadas por

• g(x) = 1 − x;
• h(x) = −2x se x 6 0 e h(x) = − 21 x se x > 0;
1
• i(x) = x se x 6 0 e i(x) = x
se x > 0.

Verifique que g ◦ g = h ◦ h = i ◦ i = IdR .

(b) Suponha que f : R → R verifica f ◦ f = IdR . Mostre que f é uma bijeção e f −1 = f .

(c) Suponha que f : R → R verifica f ◦ f = IdR e que é crescente. Mostre que f = IdR .

26. Sejam X e Y subconjuntos de R e f : X → Y uma bijeção tal que f −1 = f1 .

(a) Prove que f não se anula e X = Y .


1
(b) Mostre que x ∈ X se e só se x
∈ X.

(c) Verifique que {x ∈ X : f (x) = x} ⊂ {−1, 1}.

(d) Prove que se x ∈ X e x2 = 1 então f (x) ∈ {−1, 1}.


1
(e) Conclua que (f ◦ f )(x) = x
para todo o x ∈ X.

(f) Dê exemplo de uma tal função f .

3. Sucessões

27. Seja (xn )n ∈ N uma sucessão de números reais e considere a sucessão (Sn )n ∈ N de termo geral

Sn = x1 + · · · + xn .
n
Suponha que se tem Sn = para todo o n ∈ N. Determine:
n+2
(a) Os valores de xi para i ∈ {1, 2, 3, 4}.

(b) limn →+∞ xn .


28. Averigue se as seguintes sucessões são monótonas:

(a) 1 − n+1 n+1


 
2n n ∈ N
(b) 2
n +3 n ∈ N
(c) (|n2 − 5|)n ∈ N (d) (sen n)n ∈ N

29. Nos casos seguintes, diga se a sucessão é majorada, minorada, crescente ou decrescente:
 
2n+1
 (−2)n
(a) (n2 − 6n + 10)n ∈ N (b) 3n+5 (c) n+1
 2 n ∈ N (−5) n ∈ N
2 n 1
(d) (n + n − 5)n ∈ N (e) n+3 (f ) log(n+2)
 n∈N  n∈N
n (−1)n
2 n
 n

(g) 3n+1 n∈N
(h) (−1) + n
(i) 2n n ∈ N
n∈N

30. Considere os seguintes conjuntos:


 
Z = (an )n ∈ N : lim an = 0 e L = (an )n ∈ N : (an )n é limitada .
n → +∞

(a) Prove que:

(i) Z & L.

(2i) Z e L são fechados para a soma e o produto.

(3i) Se (an )n ∈ Z e (bn )n ∈ L então (an bn )n ∈ Z.

(4i) limn → +∞ an = ` ∈ R se e só se (an − `)n ∈ Z.

(5i) Se (an )n converge então (an )n ∈ L, mas o recíproco é falso.

(b) Conclua que, se limn → +∞ an = `1 ∈ R e limn → +∞ bn = `2 ∈ R, então


lim an + bn = `1 + `2 e lim an bn = `1 `2 .
n → +∞ n → +∞

1
(c) Calcule limn → +∞ n
sen n.
31. Indique os limites das seguintes sucessões e comprove o resultado a partir da definição de limite:
 2   
−n n (−1)n n

(a) (3 )n ∈ N (b) 1+n2 (c) n+1 (d) log 1+n n∈N
n∈N n∈N
32. Dê exemplo de uma sucessão:

(a) que convirja para 1 e cujos termos sejam todos maiores do que 1.

(b) que não convirja e cujos termos estejam todos entre 1 e 23 .

(c) que convirja para um limite que não seja maior do que todos os termos da sucessão nem menor do
que todos os termos da sucessão.

(d) que convirja e não seja crescente nem decrescente.


33. Dê exemplo de sucessões (an )n ∈ N e (bn )n ∈ N tais que (an )n convirja para 0, (bn )n não seja majorada e:
(a) (an bn )n ∈ N seja convergente para 0.

(b) (an bn )n ∈ N seja convergente para um número diferente de 0.

(c) (an bn )n ∈ N não seja majorada.

(d) (an bn )n ∈ N não seja majorada nem minorada.


34. Em cada um dos seguintes casos, indique um exemplo ou mostre que tal exemplo não existe.

(a) Uma sucessão que converge para 1 e cujos cem primeiros termos são maiores do que 2.

(b) Uma sucessão que converge para 1 e que tem infinitos termos maiores do que 2.

(c) Sucessões (an )n ∈ N e (bn )n ∈ N que convergem para o mesmo limite e tais que an − bn > 1 para uma
infinidade de índices n ∈ N.

(d) Uma sucessão que não é crescente a partir de nenhuma ordem e que tende para +∞.

(e) Uma sucessão decrescente e não majorada.

(f) Sucessões (an )n ∈ N e (bn )n ∈ N tais que


lim an = +∞ e lim bn = −∞
n → +∞ n → +∞

sendo (an + bn )n ∈ N limitada mas não convergente.


35. Determine, caso existam, os limites das sucessões:
 
n7
(b) sen n n cos n
 
(a) n8 −(n−1)8 n
(c) 2
  n∈N √ n∈N
3 n sen n!
 n +24 n ∈ N n 
(−1)n
(d) n+2 (e) n+1
(f ) 1 − cos (−1)
n
n∈N n∈N   n∈N
n
2 +1
 n3 n2
n
(g) 3n +n+4 n ∈ N (h) (2 + (−1) )n ∈ N (i) 2n2 −1
− 2n−1
1 1
 n∈N
(j) (n2 − n3 )n ∈ N (k) (2n − 3n )n ∈ N (l) n+1

 2
n +1
 √ √  n!
 n+2 n ∈ N
(m) 3 n4 −3n
√ (n) 3 n3 + 2 − 3 n3 + 1 n ∈ N (o) 3n n ∈ N
n∈N

36. Seja (an )n ∈ N uma sucessão de termos positivos. Verifique que se limn → +∞ an = 0 então tem-se
1
limn → +∞ an
= +∞.

37. Seja (an )n ∈ N uma sucessão convergente para 0 e tal que an > 0 para todo o n ∈ N. Mostre que o

conjunto A = an : n ∈ N tem máximo.
38. Seja (an )n ∈ N uma sucessão de números reais. Prove que (an )n ∈ N não tem uma subsucessão convergente

se e só se limn → +∞ |an | = +∞.

39. Sejam (an )n ∈ N e (bn )n ∈ N sucessões de números reais.

(a) Suponha quebn 6= 0 para todo o n e que limn → +∞ bn = 0. Prove que uma condição necessária para
que a sucessão abnn n ∈ N seja limitada é que limn → +∞ an = 0.

(b) A condição da alínea anterior é suficiente?

40. Estude quanto ao limite as sucessões:

(a) (rn )n ∈ N , para r ∈ R.

(b) (1 + r + r2 + · · · + rn )n ∈ N , se r ∈ R.

(c) (n rn )n ∈ N , se r ∈ ] − 1, 1[.
n
(d) ( rn )n ∈ N , se r > 0.
n
(e) ( rn! )n ∈ N , se r > 0.

(f) ( n a)n ∈ N , sendo a > 0.

(g) ( n n)n ∈ N .

(h) ( n n2 + n)n ∈ N .

(i) ( n an + bn )n ∈ N , onde a, b ∈ R+
0.

(j) ( n n!)n ∈ N .

41. Seja (an )n ∈ N uma sucessão de números não nulos tal que existem 0 < C < 1 e N0 ∈ N satisfazendo
an+1
n > N0 ⇒ 0< 6 C.
an
(a) Prove que limn → +∞ an = 0.

(b) Aplique (a) para obter


n an n!
(i) lim = 0 se a > 1 (ii) lim = 0 se a > 0 (iii) lim =0
n → +∞ an n → +∞ n! n → +∞ nn

42. Calcule os limites das sucessões:


p
(a) limn → +∞ n |sen n| + 1.
dn
(b) limn → +∞ √
n
, onde dn designa o número de divisores positivos de 3n .
P(n)
(c) limn → +∞ n
, onde P(n) designa o cardinal do conjunto de primos que dividem n.
n!
(d) limn → +∞ n+2n
.
√ √ √
(e) limn → +∞ n+1− n n + 3.

n
(f) limn → +∞ √7
n
 
1
(g) limn → +∞ arctg 1
1−e n
√ √
(h) limn → +∞ n − n+2 n+3

43. Seja (xn )n ∈ N a sucessão de números reais definida recursivamente por

xn
x1 = 1 e xn+1 = 1 + .
2
(a) Calcule os 5 primeiros termos da sucessão.
(b) Prove que (xn )n ∈ N é limitada e monótona.
(c) Determine o limite da sucessão.
1
44. Considere a sucessão (xn )n ∈ N definida por x1 = 1 e xn+1 = 1 + xn
para cada n > 1.

(a) Calcule os seis primeiros termos da sucessão.

(b) Mostre que a subsucessão dos termos ímpares é estritamente crescente, que a subsucessão dos termos
pares é estritamente decrescente e que qualquer termo ímpar é estritamente menor do que qualquer termo
par.

(c) Verifique que para cada n ∈ N se tem


1
|xn+2 − xn+1 | = |xn+1 − xn |
xn+1 xn
e deduza daí que
1
|xn+2 − xn+1 | <
|x2 − x1 | .
xn3
(d) Conclua que (xn )n ∈ N converge e calcule o seu limite.
45. Verifique que a sucessão de termo geral

1 1
n∈N 7→ an = 1 + + ··· +
2 n
é crescente mas não é majorada.
46. Prove que, se uma sucessão de números reais é monótona e tem uma subsucessão limitada, então
converge.
47. (a) Mostre que as sucessões de termos gerais

1 1 1
an = 1 + + + · · · +
1! 2! n!
 1 n
bn = 1 +
n
são crescentes e majoradas.

(b) Compare os limites de (an )n ∈ N e (bn )n ∈ N .

(c) Prove que é de Cauchy a sucessão de termo geral


1 1 1
n ∈ N 7→ cn = 1 − + − · · · + (−1)n .
1! 2! n!
48. Seja (an )n ∈ N a sucessão definida por

 nπ 
n∈N 7→
an = n sen .

2
Diga, justificando, se cada uma das afirmações seguintes é verdadeira:
(a) O conjunto {an | n ∈ N} tem supremo.
(b) O conjunto {an | n ∈ N} tem mínimo.
(c) (an )n ∈ N é limitada.
(d) (an )n ∈ N é monótona.
(e) (an )n ∈ N é convergente.
(f) (an )n ∈ N admite uma única subsucessão constante.
(g) Toda a subsucessão monótona de (an )n ∈ N é convergente.
(h) Toda a subsucessão limitada de (an )n ∈ N é convergente.

49. Diga, justificando, se cada uma das afirmações seguintes é verdadeira:

(a) Se uma sucessão (an )n ∈ N tem limite 0, então limn → +∞ min {|a1 |, |a2 |, · · · , |an |} = 0.
(b) Se uma sucessão (an )n ∈ N tem limite 0, então limn → +∞ min {a1 , a2 , · · · , an } = 0.
(c) Seja (an )n ∈ N uma sucessão convergente para `. Então limn → +∞ max {an , `} = `.
(d) Se uma sucessão (an )n ∈ N converge para sup {an | n ∈ N}, então existe k ∈ N tal que (an )n>k é
crescente.
(e) Se uma sucessão de inteiros converge, então é constante a partir de certa ordem.
(f) Dadas sucessões (sn )n ∈ N e (tn )n ∈ N , seja (un )n ∈ N a sucessão definida por
u2n = sn e u2n+1 = tn .
Então (un )n ∈ N converge se e só se (sn )n ∈ N e (tn )n ∈ N convergem.

50. Seja (sn )n ∈ N uma sucessão limitada. Considere as sucessões

m∈N 7→ tm = inf {sn | n > m}


m∈N 7 → um = sup {sn | n > m}
Estabeleça as seguintes propriedades:

(a) As sucessões (tm )m ∈ N e (um )m ∈ N convergem. Os respectivos limites são representados por
lim inf sn e lim sup sn
n → +∞ n → +∞

e dizem-se o limite inferior e o limite superior da sucessão (sn )n ∈ N .


(b) Se ` ∈ R é limite de alguma subsucessão de (sn )n ∈ N , então tem-se
lim inf sn 6 ` 6 lim sup sn .
n → +∞ n → +∞

(c) A igualdade lim inf n → +∞ sn = lim supn → +∞ sn verifica-se se e só se (sn )n ∈ N converge.


51. Dê exemplo de uma sucessão limitada (sn )n ∈ N tal que o intervalo
 
lim inf sn , lim sup sn
n → +∞ n → +∞

não é degenerado e todo o ponto deste intervalo é limite de alguma subsucessão de (sn )n ∈ N .
52. (a) Prove que se N é união finita de k conjuntos infinitos N = N1 ∪ N2 ∪ · · · ∪ Nk e (an )n ∈ N é uma
sucessão de números reais tal que
lim an = lim an = · · · = lim an = `
n → +∞ n → +∞ n → +∞
n ∈ N1 n ∈ N2 n ∈ Nk

então limn → +∞ an = `.

(b) Dê um exemplo que mostre que a afirmação anterior não é em geral válida se a partição de N em
subconjuntos infinitos não é uma união finita.
53. Seja (an )n ∈ N uma sucessão de números reais diferentes de 0 e suponha que
an
lim = r ∈ R+ ∪ {+∞}.
an+1
n → +∞

(a) Prove que, a partir de uma certa ordem, todos os termos da sucessão têm o mesmo sinal.
(b) Prove que, se r > 1, então existe n0 ∈ N tal que a sucessão (|an+n0 |)n ∈ N é decrescente.
(c) Conclua que, se r > 1, então (an )n ∈ N converge para 0.

54. Considere um número real x e associe-lhe a sucessão

a0 = bxc ∈ Z
a1 = b10 (x − a0 )c ∈ N
..
.
a1 an
an+1 = b10n+1 (x − a0 − − · · · − n )c ∈ N
10 10

(a) Verifique que ak ∈ 0, 1, 2, · · · , 9 para todo o k ∈ N.
a1 an

(b) Prove que x = limn → +∞ a0 + 10
+ ··· + 10n
. [Diz-se que a0 . a1 a2 · · · an · · · é uma dízima de x.]

(c) Mostre que, reciprocamente, toda a dízima representa um número real.

55. Sejam a0 e b0 números reais não negativos, sendo a0 6 b0 . Considere as sucessões definidas por
p an + b n
an+1 = an b n e bn+1 = .
2

(a) Verifique que, para todo o natural n,


a0 6 a1 6 a2 6 · · · 6 an 6 bn 6 · · · 6 b2 6 b1 6 b0 .
(b) Sejam ` e L os limites de (an )n ∈ N e de (bn )n ∈ N (por que existem?). Conclua que ` = L.
56. Seja (an )n ∈ N uma sucessão de números naturais.

(a) Prove que são equivalentes:

(1) limn → +∞ an = +∞.



(2) ∀ k ∈ N n ∈ N : an = k é finito.

(3) ∀ F ⊂ N finito tem-se {n ∈ N : an ∈ F } finito.

(b) Conclua que, se (an )n ∈ N é injetiva, então limn → +∞ an = +∞.

57. Prove que são equivalentes:

(1) N não é majorado.

(2) ∀ a, b ∈ R, a > 0 ∃ n ∈ N : n a > b.


1
(3) ∀ ε > 0 ∃ n ∈ N: n
< ε.

(4) Q é denso em R.

(5) ∀ 0 < r < 1 ∀ε > 0 ∃ n ∈ N : rn < ε.

58. Prove que são equivalentes:

(1) Todo o subconjunto não vazio e majorado de R tem supremo.

(2) Toda a sucessão de números reais crescente e majorada converge.

(3) Toda a sucessão de números reais limitada tem uma subsucessão convergente.

(4) N não é majorado e toda a sucessão de Cauchy converge.

4. Limites e continuidade

59. Calcule os seguintes limites:


2 x2 −25
(a) limx →4 2x3 + 3x + 5 (b) limx → 0 xx3 +2
−7
(c) limx → 5 x−5
3 3 −9x x3 −9x
(d) limx → 0 xx2 −9x
+3x
(e) limx → −3 xx2 +3x (f ) limx → 1 x2 +3x

60. Em cada um dos seguintes casos, determine, se existirem, limx → a− f (x), limx → a+ f (x) e limx → a f (x):
x−2 1
(a) f (x) = , a=4 (b) f (x) = x−8 , a=8 (c) f (x) = cotg x, a = 0
x−4
x2 −4 x3 −3x−2

(d) f (x) = x2 +x−6
, a= 2 (e) f (x) = x3 −x2 −5x−3 , a = −1 (f ) f (x) = x + x − 6, a = 6
3 2 +3x−1
(g) f (x) = x
x2 −4
, a=2 1
(h) f (x) = x+5 , a = −5 (i) f (x) = x −3x
x2 −2x+1
, a=1

61. Use a caraterização de limites em termos de sucessões para mostrar a inexistência dos seguintes limites:

(a) limx → +∞ cos2 x.


(b) limx → +∞ x sen x.
(c) limx → 0+ senx(1/x) .
1

(d) limx → +∞ log | cos x| + x
.

62. Calcule:

(a)
2
limx → +∞ cos2x x (b) sen x
limx → +∞ x(x−π) (c) limx → 0
1+cos (x)
2 sen 22(x)√
5 bxc
(d) limx → 0 x sen ( x1 ) (e) limx → 0 x √ (f ) limx → +∞ x52 +3
x + x
2 −1 x
pcos x
(g) limx → 1 √x x−1 (h) limx → +∞ x+1 (i) limx → 1 bxc + x − bxc

63. Determine a, b ∈ R de modo que seja contínua a função f : R → R dada por



 −sen x se x 6 −π/2
f (x) = a + b sen x se −π/2 < x < π/2
 2 cos x se π/2 6 x

64. Dada uma função contínua f : [a, b] → [a, b], a órbita de x0 ∈ [a, b] por f é a sucessão (xn )n ∈ N0 definida
pela relação de recorrência
xn = f (xn−1 ) ∀ n ∈ N.
(a) Mostre que se a órbita de x0 por f for convergente então o seu limite é um ponto fixo de f .

(b) Considere uma função contínua g : [a, b] → [a, b] tal que f ◦ g = g ◦ f . Mostre que se x0 ∈ [a, b] for
um ponto fixo de g, então todos os pontos da órbita de x0 por f são pontos fixos de g.

(c) Suponha f crescente. Mostre que a órbita por f de qualquer ponto de [a, b] é uma sucessão monótona.

(d) Nas hipóteses de (b) e (c), mostre que f e g têm um ponto fixo em comum.
65. Para as funções f : R → R seguintes, determine n ∈ Z tal que f (x) = 0 para algum x entre n e n + 1:
(a) f (x) = x3 − x + 3.

(b) f (x) = x5 + 5x4 + 2x + 1.

(c) f (x) = x5 + x + 1.
66. Para cada uma das seguintes condições, mostre que existe algum x ∈ R que a verifica:

(a) sen x = x − 1.
163
(b) x179 + 1+x2 +sen 2 x
= 119.

3 3
67. Prove que a equação cos (x) + ex sen x = 11
tem infinitas soluções em R.

68. Com o auxílio do Teorema dos Valores Intermédios, determine:

(a) Uma solução da equação cos x = log x com erro inferior a 0.01.

(b) Uma solução da equação ex = −x com erro inferior a 10−2 .


69. Seja f : R → R uma função tal que f × f = f .

(a) Dê exemplo de uma tal função que não seja constante.

(b) Mostre que se f é contínua, então f ≡ 0 ou f ≡ 1.

70. Sejam a, b ∈ R tais que a < b e f : [a, b] → [a, b] uma função contínua.

(a) Mostre que existe algum x0 ∈ [a, b] tal que f (x0 ) = x0 . (Diz-se que x0 é um ponto fixo de f .)

(b) Dê exemplo de uma função contínua g : [0, 1[ → [0, 1[ que não tenha pontos fixos.

71. Sejam a, b números reais tais que a < b e f : [a, b] → R uma função contínua. Considere n elementos

de [a, b], designados por x1 , x2 , · · · , xn . Prove que existe t ∈ [a, b] tal que
f (x1 ) + f (x2 ) + · · · + f (xn )
f (t) = .
n

72. Sejam a, b números reais tais que a < b e f : [a, b] → ]0, +∞[ uma função contínua. Considere n

elementos de [a, b], designados por x1 , x2 , · · · , xn . Prove que existe t ∈ [a, b] tal que
p
f (t) = n f (x1 ) f (x2 ) · · · f (xn ).

73. (a) Mostre que não existe uma função contínua de R em R cuja imagem seja Q.

(b) Existe alguma função contínua de R em R tal que f (Q) ⊂ Q e f (R \ Q) ⊂ R \ Q?

(c) Existe alguma função contínua de R em R tal que f (Q) ⊂ R \ Q e f (R \ Q) ⊂ Q?

74. Seja f : [0, 1] → R uma função tal que, para cada a ∈ ]0, 1[, existe e é finito o limite limx → a f (x).

Designe por G : ]0, 1[→ R a função definida por G(a) = limx → a f (x).

(a) Determine a função G nos exemplos seguintes:

(i) f : [0, 1] → R contínua.


1
(2i) f : [0, 1] → R tal que f (x) = 1 se x 6= 2
e f ( 21 ) = 0.
1
(3i) f : [0, 1] → R tal que f (x) = x se x ∈ n
: n ∈ N e f (x) = 0 no complementar.

(b) Mostre que, se f : [0, 1] → R é tal que, para cada a ∈ ]0, 1[, existe e é finito o limite limx → a f (x),
então a função G é contínua.

75. Identifique os pontos de continuidade da função



 0 se x é irracional
x ∈ [0, 1] 7→ f (x) =
1 p
se x = é fracção irredutível de Q ∩ [0, 1].

q q

76. Dê exemplo de:

(a) Uma função f : R → R descontínua em todos os pontos do domínio.


(b) Uma bijeção f : R → R descontínua em todos os pontos do domínio exceto um.

(c) Uma bijeção f : R → R descontínua em todos os pontos do domínio.

77. Sejam f, g : R → R funções contínuas tais que f (x) = g(x) para todo o x ∈ Q. Prove que f = g.

78. Mostre que:


(a) Todos os polinómios de grau ímpar são funções sobrejetivas sobre R.

(b) Todos os polinómios de grau par têm máximo ou mínimo global em R.


2
79. Que funções contínuas f : R → R verificam f (x) = x2 para todo o x ∈ R?

80. Determine todas as funções contínuas f : R → R tais que

f (x + y) = f (x) + f (y) ∀ x, y ∈ R.

81. Seja f : R → R uma função monótona. Prove que:


(a) Para todo o a ∈ R existem e são finitos os limites laterais limx → a+ f (x) e limx → a− f (x).

(b) O conjunto de pontos de descontinuidade de f é vazio, finito ou numerável.

(c) Se f tem a propriedade dos valores intermédios, então f é contínua em R.


82. (a) Prove que se uma função f : R → R tem a propriedade dos valores intermédios e o cardinal do
conjunto f −1 ({b}) é finito para todo o b ∈ R, então f é contínua.

(b) Conclua que se uma função f : R → R é injetiva e tem a propriedade dos valores intermédios, então
f é contínua.

5. Derivadas

83. (a) Sejam f : R → R e g : R → R funções tais que g é contínua em 0 e f (x) = xg(x) para todo o
x ∈ R. Prove que f é derivável em 0.

(b) Mostre que, reciprocamente, se f : R → R é derivável em 0 e f (0) = 0, então existe uma função
g : R → R contínua em 0 tal que f (x) = xg(x) para todo o x ∈ R.
84. Determine f 0 em termos de g 0 , sendo g : R → R uma função derivável:
(a) f (x) = g(x + g(0))

(b) f (x) = g(x g(0))

(c) f (x) = g(x + g(x))

(d) f (x) = g(x g(x))

(e) f (x + 3) = g(x2 ).
85. Calcule, usando a definição de derivada num ponto:

(a) f 0 (0), se f (x) = 3x2 − 1 (b) f 0 (−1), se f (x) = √


x3 (c) f 0 (0), se f (x) = x |x|
(d) f 0 (2), se f (x) = x−1
1
(e) f 0 (0), se f (x) = x x (f ) f 0 (5), se f (x) = x12

86. Calcule os limites das sucessões:


√ 
n
(a) limn → +∞ n 3−1
 
2 1 1
(b) limn → +∞ n sen n − n+2
 n

(c) limn → +∞ n sen (−1)
n

87. Sejam f : R → R e g : R → R duas funções. Prove que:

(a) Se f e g são contínuas em a então max {f, g} e min {f, g} também são.

(b) Se f e g são deriváveis em a e f (a) 6= g(a) então max {f, g} e min {f, g} também são.

(c) Dê exemplo que confirme que a hipótese f (a) 6= g(a) é essencial para garantir a afirmação na alínea
anterior.

88. Considere as seguintes funções de variável real dadas por

ex + e−x ex − e−x
f (x) = e g(x) = .
2 2
A função f é conhecida como cosseno hiperbólico (abreviadamente cosh) e a função g como seno hiper-
bólico (que se denota senh ). Mostre que:

(a) f (−x) = f (x) ∀ x ∈ R.


(b) g(−x) = −g(x) ∀ x ∈ R.
2 2
(c) f (x) − g(x) = 1.
(d) g(x + y) = f (x) g(y) + f (y) g(x) ∀ x, y ∈ R.
(e) f (x + y) = f (x) f (y) + g(x) g(y) ∀ x, y ∈ R.

89. Considere as funções cosseno hiperbólico e seno hiperbólico definidas no exercício anterior:

ex + e−x ex − e−x
x ∈ R 7→ cosh(x) = e x ∈ R 7→ senh (x) = .
2 2
(a) Prove que:

• cosh0 = senh e senh 0 = cosh.


• Se tgh = senh
cosh
, então tgh0 = cosh
1 2
2 e tgh +
1
cosh2
= 1.
• As funções senh e tgh são injectivas.
(b) Determine as derivadas das funções inversas de senh e tgh.

(c) Esboce os gráficos de senh , cosh e tgh.


90. Seja f : x ∈ R 7→ x3 + 2. Determine f −1 e calcule f 0 (f −1 (2)). Conclua que f −1 não é derivável em 2 e
interprete geometricamente esta conclusão.
91. Determine uma equação da:

(a) Reta tangente ao gráfico da função x ∈ R 7→ 2x2 − 1 no ponto (−1, 1).


1
(b) Reta tangente ao gráfico de f (x) = x + x
no ponto (1, 2).
3
(c) Reta normal ao gráfico de f (x) = 2x + x2
no ponto de abcissa x = 1.

92. Mostre que a recta de equação y = −x é tangente ao gráfico da função x ∈ R 7→ x3 − 6x2 + 8x. Qual
é o ponto de tangência? Essa recta interseta o gráfico noutros pontos?
93. Em cada um dos seguintes casos, determine a recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa a:

(a) f (x) = 2x3 + 1, a = 1 (b) f (x) = 4 x, a = 4 (c) f (x) = ex , a = 0
(d) f (x) = x1 , a = 2 (e) f (x) = tg (x), a = π (f ) f (x) = x4 , a = 2
π
2
(g) f (x) = x − x , a = 2 2
(h) f (x) = sen x, a = 3 (i) f (x) = x21+1 , a = 0
(j) f (x) = cotg x, a = π4 (k) f (x) = x + x1 , a = 1 (l) f (x) = cos1 x , a = π
3
94. Determine a recta normal ao gráfico de f (x) = 2x + x2
no ponto de abcissa 1.

95. Determine todos os pontos do gráfico de f (x) = x2 + 2x + 3 onde a recta tangente é paralela à recta
y
de equação 2
− 3x + 4 = 0.

96. Seja f : ] 12 , +∞[ → ] 34 , +∞[ dada por f (x) = x2 − x + 1. Determine a recta tangente ao gráfico de

f −1 no ponto (3, 2).


0 0
97. Seja f : R → R dada por f (x) = x5 − x2 + x. Calcule f −1 (−3) e f −1 (1).

98. Esboce os gráficos das funções f (k) , sendo k um natural qualquer e f : R → R dada por f (x) = |x|3 .

99. Calcule, usando regras de derivação, as derivadas das seguintes funções, cujo domínio deve determinar:
q
(a) f (x) = arctg x1 (c) f (x) = x + x1

(b) f (x) = tg x
√ p √ 2
(d) f (x) = (2x + 1)3 1 − x2 (e) f (x) = 1 + 1 + x (f ) f (x) = √x1−3x
2 −4x+1
√ √
(g) f (x) = (x2 + 4) 2 (h) f (x) = sen x (i) f (x) = √sen (x2 ) (sen x)3
(j) f (x) = sen (cos x) (k) f (x) = arcsen (log x) (l) f (x) = 1 + e2x
1 1−3x
x 2
(m) f (x) = e sen x + e x (n) f (x) = log(x√ + 1) (o) f (x) = cos x
x +1 
(p) f (x) = log eex −1 (r) f (x) = log 1 x1

(q) f (x) = log2 ( x)
√ 2
(s) f (x) = 1 + 22x (t) f (x) = (x2 + 1)sen 2x (u) f (x) = 1 
arcsen x2 −1
100. Verifique se as seguintes funções são deriváveis no ponto x = 0:

(a) f : R → ( R (b) h : R → R
2
−x se x > 0 x ∈ Q 7→ x2
x 7→
1−x 3
se x < 0. x ∈ R \ Q 7→ −x2

101. Determine a função derivada das seguintes funções f : R → R:


p
(a) f (x) = x |x|.

(b) f (x) = x2 se x ∈ Q e f (x) = −x2 se x ∈


/ Q.
1 p
(c) f (x) = 0 se x ∈
/ Q e f (x) = q
se x = q
é fracção irredutível de Q.

102. (a) Verifique que a função f (x) = x3 + 2x é estritamente crescente em R. Calcule

(f −1 )0 (0) e (f −1 )0 (3).
(b) Prove que a função g(x) = 3 − x − 2x3 é estritamente decrescente em R. Determine
(g −1 )0 (3) e (g −1 )0 (0).
(c) Mostre que a função h(x) = x2 − x + 1 é estritamente crescente em ] 21 , +∞[. Determine
 −1 0  −1 0
h|] 1 ,+∞[ (3) e h|] 1 ,+∞[ (7).
2 2

103. Calcule:
 √ 
(a) sen arcsen 23 (b) cos arcsen 54 (c) tg (arctg 43 )

0  0
0
(d) arctg ( x1 ) (e) arccos 1(x2 −1) (f ) (arcsen (x2 − 1))

104. Considere a função x ∈ [0, π2 ] 7→ f (x) = sen (x) − cos (x).

(a) Prove que f é injetiva.

(b) Determine (f −1 ) 0 (0).

105. Seja f : R → R uma bijeção derivável cuja derivada não se anula e é contínua. Prove que a derivada

da inversa de f é contínua.

106. Considere a função f (x) = π − 2 arcsen ( x).

(a) Determine o domínio e o contradomínio de f .

(b) Resolva a equação f (x) = π2 .

(c) Calcule f 0 ( 12 ) e (f −1 )0 ( π2 ).

(d) Determine a função f −1 .

107. Considere a função f (x) = arcsen √1 .


x

(a) Determine o domínio e o contradomínio de f .


(b) Resolva a equação f (x) = π4 .
(c) Indique uma equação da recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 2.
(d) Mostre que f −1 é derivável em π
4
e calcule (f −1 )0 ( π4 ).
(e) Determine a função f −1 .

108. (a) Mostre, com exemplos adequados, que as condições

f (x) 6 g(x) 6 h(x) ∀x ∈ R


f 0 (x0 ) = h0 (x0 )
não garantem a existência de g 0 (x0 ) ou, no caso de existir, que se tenha f 0 (x0 ) = g 0 (x0 ) = h0 (x0 ).

(b) Que hipótese adicionaria às duas condições anteriores para que essa implicação funcionasse?

109. (a) Seja α > 1. Mostre que se f : R → R satisfaz a condição

∀x ∈ R |f (x)| 6 |x|α
então f é derivável em 0. O que pode concluir se α = 1?

(b) Seja 0 < β < 1. Mostre que se f (0) = 0 e f satisfaz a desigualdade


∀x ∈ R |f (x)| > |x|β
então f não é derivável em 0.

110. (a) Seja f : R → R uma função duas vezes derivável. Mostre que se f 00 + f = 0 e f (0) = 0 = f 0 (0),

então f ≡ 0.

(b) Prove que se f : R → R é duas vezes derivável e se tem f 00 + f = 0 e f (0) = a, f 0 (0) = b, então
f = a cos + b sen .
(c) Deduza da alínea anterior as identidades trigonométricas seguintes:
∀ x, y ∈ R sen (x + y) = sen (x) cos (y) + cos (x) sen (y)
∀ x, y ∈ R cos (x + y) = cos (x) cos (y) − sen (x) sen (y)
(d) Mostre que, fixada uma constante ω ∈ R \ {0}, se f : R → R satisfaz a equação f 00 + ω 2 f = 0, então
existem a, b ∈ R tais que f (x) = a cos (ωx) + b sen (ωx) para todo o x ∈ R.

111. Dado n ∈ N, construa exemplos de funções que são n vezes deriváveis em R mas não são n + 1 vezes

deriváveis em algum ponto do domínio.

112. Determine:
√ √
2− 1+cos x
(a) limx → 0 sen 2 x
√ 1
(b) limx → 1 ( 5 ) x
2


(c) limx→0+ x log x.

113. (a) Prove que as funções seguintes atingem valores máximo e mínimo globais nos intervalos indicados

e calcule-os, assim como os pontos onde são atingidos.

(i) f (x) = −x3 + 1 no intervalo [−1, 8].



(ii) f (x) = 3 cos (x − π3 ) no intervalo [0, π].

(iii) f (x) = 6x4/3 − 3x1/3 no intervalo [−1, 1].

(b) Verifique ainda quais destas funções admitem máximo e mínimo em R.


1

114. Considere a função x ∈ R \ {−1, 1} 7→ f (x) = arctg 1−x 2 .

(a) Prove que não é possível prolongar f a uma função contínua com domínio R.
p √
(b) Mostre que, apesar de se ter f (0) > 0 e f ( 1 + 3) < 0, não existe x ∈ R\{−1, 1} tal que f (x) = 0.

(c) Por que razão (b) não contradiz o Teorema dos Valores Intermédios?

(d) Verifique se a função f atinge valores máximo e mínimo globais no intervalo ] − 1, 1[, e determine-os.

(e) Esboce o gráfico de f .

115. Em cada um dos seguintes casos esboce o gráfico de f .

(a) f é uma função de R em R tal que f (3) = 0 e:


• ∀ x ∈ ] − ∞, 2[ ∪ ]4, +∞[, tem-se f 0 (x) > 0;
• ∀ x ∈ ]2, 4[, tem-se f 0 (x) < 0;
• ∀ x ∈ ] − ∞, 3[, tem-se f 00 (x) < 0;
• ∀ x ∈ ]3, +∞[, tem-se f 00 (x) > 0;

(b) f é uma função de R em R tal que:


• ∀ x ∈ ] − ∞, 0[, tem-se f 0 (x) > 0;
• ∀ x ∈ ]0, +∞[, tem-se f 0 (x) < 0;
• ∀ x ∈ ] − 1, 1[, tem-se f 00 (x) < 0;
• ∀ x ∈ ] − ∞, −1[ ∪ ]1, +∞[, tem-se f 00 (x) > 0;
• limx → +∞ f (x) = 2 e limx → −∞ f (x) = 1.

116. Seja f : R → R uma função derivável.

(a) Mostre que, se a ∈ R, b ∈ R ∪ {±∞}, limx → +∞ f (x) = a e limx → +∞ f 0 (x) = b, então b = 0.


Interprete geometricamente este resultado.
(b) Mais geralmente, prove que se f tem uma assíntota de equação y = mx + b e existe o limite
limx → +∞ f 0 (x), então limx → +∞ f 0 (x) = m.
(c) Mostre, construindo um exemplo adequado, que a existência de uma assíntota nas condições da
alínea anterior não garante a existência de limx → +∞ f 0 (x).

117. Seja f : R → R uma função derivável, P um ponto do plano que não pertence ao gráfico Gf da

função e Q = (x0 , f (x0 )) um ponto de Gf que minimiza a distância de P a Gf , isto é, tal que
∀x ∈ R ||P − (x, f (x))|| > ||P − Q||.
Mostre que a recta que passa pelos pontos P e Q é perpendicular à tangente a Gf no ponto Q.

118. Prove que, para qualquer a ∈ R, a função de f : R → R definida por f (x) = x3 − 3x + a não tem

dois zeros em [0, 1].


119. Mostre que o polinómio P (x) = x3 − 6x2 + 9x − 1 possui exatamente uma raiz em ]1, 3[.

120. Mostre que, se f é um polinómio com três zeros reais distintos, então existe x0 ∈ R tal que f 00 (x0 ) = 0.

121. Confirme que as conclusões do Teorema de Lagrange não se verificam para as seguintes funções e

intervalos. Explique, em cada caso, por que razão isso não contradiz o teorema.
x2
(a) f (x) = |x|, x ∈ ] − 1, 3[ (b) f (x) = x + x1 , x ∈ ] − 1, 2[ (c) f (x) = x−1
, x ∈ ]0, 2[

122. Deduza do Teorema de Lagrange que:


√ x+1 1
√ 1
(a) ∀ x ∈ [0, +∞[ x6 (b) ∀ x ∈ R |sen x| 6 |x| (c) 9
< 66 − 8 < 8
2

123. Prove que não existe uma função f : R → R derivável cuja derivada seja

g: R → ( R
1 se x 6= 0
x 7→
0 se x = 0

124. Seja f : R → R uma função derivável. Mostre que:

(a) Se a < b e f 0 (a)f 0 (b) < 0, então existe c ∈ ]a, b[ tal que f 0 (c) = 0.

(b) Se a < b e d é um número real entre f 0 (a) e f 0 (b), então existe c ∈ ]a, b[ tal que f 0 (c) = d.

125. Dê exemplo de função f : R → R derivável tal que f 0 não seja contínua.

126. Seja f : R → R uma função derivável. Mostre que

∃C > 0 : ∀ x, y ∈ R |f (x) − f (y)| 6 C|x − y|


m
∀x ∈ R |f 0 (x)| 6 C.

127. Para cada uma das seguintes propriedades, dê exemplo de uma função derivável f : D ⊆ R → R

que a verifique ou explique por que não existe um tal exemplo:


(a) f 0 (x) = 0 para todo x ∈ D, mas f não é constante em D.

(b) f 0 (x) > 0 para todo x ∈ D, mas f não é estritamente crescente em D.

(c) f tem um extremo local em x0 e f 0 (x0 ) 6= 0.

(d) f é estritamente crescente em D, mas não verifica f 0 (x) > 0 para todo o x ∈ D.

(e) f é estritamente decrescente, mas não verifica f 0 (x) 6 0 para todo x ∈ D.

128. Determine o conjunto de parâmetros λ ∈ R tais que a função


x ∈ R 7→ x2 + cos x + λ
tem dois zeros reais distintos.
129. Calcule os seguintes limites:

A.
3x2 −5x−2 x3 −x2 −x+1
(a) limx → 2 3x2 −7x+2
(b) limx → 1 x3 +x2 −5x+3
(c) limx → π/2 1−cos x
sen x 2
x−sen x arctg x (arctg x)
(d) limx → 0 1−cos x (e) limx → 0 arcsen x (f ) limx → 0 log (1+x2 )

sen x4 arctg 1
(g) limx → 1/2+ log2x−1
2x
(h) limx → +∞ 1 (i) limx → +∞ sen 1 x
x x

B.
x3 +2x+2 tg x log (tg x)
(a) limx → +∞ 2x3 +x2 −3x+1
(b) limx → (π/2)− log (cos x)
(c) limx → (π/2)− tg x
log (x−1) x log x log (x+ex )
(d) limx → 1+ log (x2 −1)
(e) limx → +∞ (x+1) 2 (f ) limx → +∞
 x 
ex +log x log x 1 1
(g) limx → +∞ ex +x (h) limx → 0+ e1/x (i) limx → 0+
sen x − x

C.
1 1

(a) limx → 0+ (sen x)(log x) (b) limx → 0+x3 e1/x  (c) limx → 0+ ex −1
− x
(d) limx → 0+ x1 − x sen
1 1 x

x
(e) limx → 1 log x
− x−1
(f ) limx → +∞ x1/x
2
1 x
(g) limx → 0 1 + x2 (h) limx → 0+ (cos x)1/x (i) limx → 0+ (ex + x)1/x 
x
(j) limx → 0+ xx (k) limx → 0+ (sen x)x (l) limx → 0+ log(1 + x)

130. Determine f 0 (0) se f : R → R é dada por

g(x)

se x 6= 0
f (x) = x
0 se x = 0
sendo g : R → R uma função tal que g(0) = g 0 (0) = 0 e g 00 (0) = 17.
131. Considere a função f (x) = ex sen x, x ∈ R.

(a) Verifique que f (−π/2) < −e−π < f (0).

(b) Mostre que existe x ∈ [− π2 , 0] tal que f (x) = −e−π .

(c) Confirme que f 0 (− π4 ) = 0 e f 00 (− π4 ) > 0. Pode concluir que x = − π4 é um extremo local de f ?

(d) Prove que f atinge valores máximo e mínimo (absolutos) no intervalo [− π2 , 0] e calcule-os, assim
como os pontos onde são atingidos.

(e) A função f tem máximo (absoluto) em R?


132. Faça o estudo de cada uma das seguintes funções, determinando o domínio, os zeros e a variação
do sinal, as assíntotas, os intervalos de monotonia e os máximos ou mínimos locais, pontos de inflexão e
variação da concavidade do gráfico.

(a) f (x) = −x3 + 3x (b) f (x) = 13 x3 + x + 2 (c) f (x) = −x4 + 6x2 + 2


2
(d) f (x) = x + x1 (e) f (x) = x18(x−1)
2 +2x+1 (f ) f (x) = x x+2x+1
2
 +1
1 1/x
(g) f (x) = log (x2 + 2x + 2) (h) f (x) = e1/x (i) f (x) = 2
Use a informação obtida para fazer um esboço do gráfico.
133. Considere a função

f : ] − 1, 1 [ −→ R
x
x 7→
1 − |x|
Indique:
n o
(a) O conjunto x ∈ ] − 1, 1[ : f (x) = 2x .

(b) A função derivada de f .

(c) A imagem de f .

(d) Um esboço do gráfico de f .


134. Considere a função

f : ]0, +∞ [ −→ R
7→ log 1 + x1

x
Indique:
(a) lim+ f (x).
x→0

(b) A função derivada de f .

(c) Uma equação da recta tangente ao gráfico de f que tem declive −1.

(d) A imagem de f .

(e) Um esboço do gráfico de f .


n o
(f) O conjunto x > 0 : f (x) = x1 .

135. Considere a função

f : ] 0, e [ −→ R
1
x 7→ √
1 − log x
Indique:

4
(a) f ( e3 )

(b) lim+ f (x)


x→0

(c) lim− f (x)


x→e

(d) A função derivada de f .

(e) Um intervalo não degenerado onde f seja crescente.


2
(f) O domínio da função f ◦ g, sendo g : R → R, g(x) = ex .

(g) Um esboço do gráfico de f .


x 1

136. (a) Calcule a derivada da função f : R → R dada por f (x) = 2
+ x2 sen x
se x 6= 0 e f (0) = 0.

(b) Mostre que f não é monótona em nenhum intervalo aberto contendo 0.

137. Considere a função

f : R −→ R
x 7→ x + sen x

Indique:
n o
(a) O conjunto x ∈ R : f (x) = x .

(b) lim f (x).


x → +∞

(c) Um intervalo onde f seja crescente.

(d) Um esboço do gráfico de f .

138. Considere a função

f : ]0, +∞[ −→ R
2
x 7→ log x − 2 log x.

Indique:
(a) lim+ f (x)
x→0
f (x)
(b) lim
x → +∞ x
(c) A função derivada de f .

(d) O conjunto de soluções da equação f (x) = 8.

(e) A imagem de f .

(f) Um esboço do gráfico de f .

139. Considere a função f (x) = π2 − 2 |arctg x|.


p

(a) Determine o domínio de f .


arctg x
(b) Mostre que limx → 0 x
= 1.

(c) Conclua que f não é derivável em 0.

(d) Verifique que f não tem pontos críticos.

(e) Mostre que f ([0, 1]) = [f (1), f (0)] e determine este intervalo.

(f) Prove que f atinge valores máximo e mínimo (absolutos) no intervalo [− √13 , 1] e calcule-os, assim
como os pontos onde são atingidos.

140. Esboce o gráfico de f : R+ −→ R


1

x 7→ arcsen ex +2x+1
141. Sejam a, b, c, d constantes reais tais que c d 6= 0 e f a função
i d h
f : − , +∞ → R
c
ax + b
x 7→ .
cx + d
Prove que f é injetiva se e só se ad − bc 6= 0.

142. (a) Seja P(x) = x3 + a x2 + b x + c, x ∈ R, um polinómio com coeficientes reais a, b e c. Prove que

P é injetiva se e só se a2 6 3b.

(b) Para que valores de a e b é que a inversa de P é derivável em R?

(c) Indique quantos zeros reais tem a função P se a = 1, b = 2 e c = 3.

143. Para cada n ∈ N, seja Pn o polinómio dado por

x2 xn
Pn (x) = 1 + x +
+ ··· + .
2! n!
Prove que se n é ímpar então Pn tem exatamente um zero real, e que se n é par então Pn não se anula.
log x
144. (a) Esboce o gráfico da função f (x) = x
, para x > 0.

(b) Qual dos números é maior, eπ ou π e ?

145. (a) Sejam n um natural e P um polinómio de grau n dado por P (x) = a xn + b xn−1 + c xn−2 + · · · ,
2n
com a 6= 0 e n > 2. Prove que se b2 − n−1 ac < 0, então P não tem mais do que n − 2 zeros reais distintos.

(b) Indique quantos zeros reais tem o polinómio 4x3 − x2 + 5x + 12.

146. Indique um par (α, β) ∈ R2 tal que é convexa a função

h: R −→ R
x 6 −1

 αx+α +1 se
1
x 7→ x2 se −1 < x 6 2
2 β x − β + 14 se x > 12

147. Seja f : R → R uma função convexa.

(a) Prove que f tem derivadas laterais finitas em cada a ∈ R.

(b) Conclua que f é contínua em R.

148. (a) Dê exemplo de função f : R → R sem derivada em nenhum ponto e tal que |f | seja derivável em R.

(b) Prove que se f : R → R é contínua em a e |f | é derivável em a, então f é derivável em a.

149. (a) Seja f : R → R uma função duas vezes derivável com f 00 ≡ a para alguma constante a ∈ R.

Mostre que existem s0 , v0 ∈ R tais que


1 2
∀t ∈ R f (t) = s0 + v0 t + at .
2
(b) Deduza que, se g for a aceleração da gravidade, então a distância percorrida por um objeto em queda
livre sem atrito ao fim de t segundos é de 12 g t2 metros. E se o objeto estiver a deslizar sem atrito ao longo
de um plano inclinado com declive dado por um ângulo α?

(c) Considere a figura seguinte. Mostre que o tempo de queda ao longo do plano inclinado correspondente
a uma corda P A da circunferência (do ponto P , que não está no eixo horizontal, ao ponto base A) não
depende do ponto P considerado na circunferência.

150. Determine:

(a) O número real positivo que somado ao seu recíproco dá a menor soma.

(b) O valor mínimo para a soma do quadrado de um número real não nulo com o quadrado do seu
recíproco.

(c) O número real que excede o seu quadrado pelo maior valor.

(d) Dois números reais positivos cuja soma é 100 e cujo produto é o maior possível.

(e) Três números não negativos cujo produto seja o maior possível e tais que a sua soma é 60 e a soma
do primeiro com o dobro do segundo mais o triplo do terceiro é 120.

(f) O volume máximo de um cilindro (circular e reto) que pode ser inscrito numa esfera de raio R > 0.

(g) O volume máximo de um paralelipípedo de base quadrada em que a soma do lado da base com a
altura seja 6 cm.

(h) A equação da recta com declive máximo que é tangente ao gráfico da função
g: R −→ R
x 7→ 1 + 2x − x3

151. Pretende-se construir uma caixa de base quadrada, sem tampa, com 4 m3 de volume. Determine as
dimensões da caixa de modo que a quantidade de material usada seja mínima.
152. Pretende-se cercar um pedaço retangular de terra por um muro, e depois dividi-lo ao meio por um
muro paralelo a um dos lados. A área pretendida é 1350 m2 . Que dimensões deve ter o terreno para
minimizar o comprimento total dos muros?
153. Determine a maior área possível para um retângulo com lados paralelos aos eixos coordenados e
x2 y2
vértices na elipse de equação a2
+ b2
= 1.
154. Determine números reais positivos cuja soma seja 9 e tal que o produto do primeiro pelo quadrado
do segundo seja o maior possível.
155. Determine números reais positivos cujo produto seja 1 e tal que o quadrúplo do primeiro mais o
segundo seja o mínimo possível.
156. Um fio de comprimento c é partido em dois; uma parte é dobrada num quadrado, a outra numa
circunferência. Como se deve cortar o fio de modo que a soma das áreas do quadrado e do círculo seja
mínima?
157. Um balão esférico está a ser enchido de ar. Supondo que o raio do balão cresce a uma velocidade
constante de 2cm/min, diga a que velocidade está a aumentar o volume do balão no momento em que o
3
seu raio é 6 cm. (Nota: O volume de uma esfera de raio r é 4 π3r .)
158. Determine os pontos do gráfico da função f (x) = x + 1 que estão mais próximos da origem.

159. Mostre que, de todos os rectângulos com um dado perímetro, o quadrado é o que engloba maior
área.
160. Mostre que de todos os rectângulos com uma dada área, o quadrado é o que tem menor perímetro.

161. Mostre que, de todos os triângulos isósceles com um dado perímetro, o triângulo equilátero é o que
engloba maior área.
162. Diga se, de entre todos os cilindros com o mesmo volume V , há algum com uma superfície de área
total mínima.
163. Um objecto é lançado para cima, na vertical, do cimo de um edifício de 15 m de altura. Após t
segundos, a altura em metros do objecto acima do solo é −4.9 t2 + 19.6 t + 15.

(a) A partir de que instante é que o objecto começa a descer?

(b) Qual a altura máxima atingida pelo objecto?

(c) Qual a velocidade do objecto quando está a 29.7 m acima do solo?


164. Qual é a área máxima dos rectângulos com dois vértices no eixo dos x’s e os outros dois na parte de
ordenada positiva da parábola y = 16 − 3x2 ?
165. Uma caixa rectangular aberta é construída a partir de um rectângulo de cartão com 8 metros de
comprimento e 5 metros de largura, cortando quadrados iguais em cada canto. Qual deve ser o lado destes
quadrados para que a caixa tenha o máximo volume? Qual é esse volume?
166. Quer-se imprimir um livro em que cada página tem área igual a 500 cm2 , uma margem de 6cm em
cima e uma margem de 4cm de cada lado e em baixo. Quais são as dimensões da página que correspondem
a uma área impressa máxima?
167. Um lavrador tem uma manada de vacas, cada uma pesando 300 kg. Gasta 0.5 euros por dia para
manter uma vaca. As vacas estão a aumentar de peso à velocidade de 4 kg por dia. O preço do mercado é
actualmente de 2.5 euros por quilo, mas está a descer 0.025 euros por dia. Quanto tempo deve o lavrador
esperar antes de vender as vacas para obter o lucro máximo? Quanto ganha por esperar?
168. Uma palmeira de um metro de altura está de pé a 8 metros da base de um candeeiro. Qual é a altura
do candeeiro para a qual a distância entre a lâmpada e a extremidade da sombra da palmeira é mínima?
169. Um vendedor de quadros quer ter à venda quadros de um certo pintor. Quanto menos quadros tiver
em exposição, maior é o preço que consegue cobrar por cada um. Se tiver um único quadro em exposição
consegue vendê-lo por 100 euros mas, por cada quadro adicional, são menos 3 euros que consegue cobrar.
Supondo que ele os compra ao pintor por 50 euros cada e que tem de os expor todos simultaneamente,
qual é a quantidade de quadros que deve adquirir para obter o maior lucro possível?
170. Uma pessoa consegue correr ao dobro da velocidade com que nada. Essa pessoa está num ponto A
de uma piscina circular com 40 m de diâmetro e pretende chegar ao ponto B, diametralmente oposto a A,
o mais depressa possível. Para isso decide correr ao longo da berma até um ponto C e depois nadar de C
até B. Qual a posição do ponto C?

6. Primitivas

171. Determine:
R
(a) (1 + x2 ) dx
R
(b) (z + z 5 ) dz
R 2
− x35 dx

(c) x4
R q 0
2 1
(d) x + x2 dx
(e) f : R → R, sabendo que uma primitiva de f é x7 + 10.
(f) g : R → R, sabendo que uma primitiva de g é (t2 + 4t + 1)3/2 + C para alguma constante C ∈ R.
(g) F (6), sabendo que F 0 (t) = t − 1 para todo o t ∈ R e que F (0) = 4.
(h) G(−1), sabendo que G00 (u) = u2 − 3u para todo o u ∈ R, que G(0) = 1 e que G(1) = 7
12
.
(i) Uma primitiva que se anule em 1 da função f (x) = 2x2/3 − x5 .
(j) Uma primitiva da função f (x) = x(x2 − 5)6 que em 2 tome o valor 1.

172. Calcule as seguintes primitivas:

(c) 8 5x6 dx
R R R
(a) (5x4 − 4x3 ) dx (b) 3 dx
R√ 2 R u
r + 1r dr (f ) eue+1 du
R
(d) 16 x5 dx (e)
R 2
(g) R y2y+1 dy 1
(i) R x +2x−3
R R
(h) R x2 +2x+1 dx x−1
dx
(j) R(sen u)(cos u) du (k) R (cos x)(sen 4 x) dx (l) R e 5x+1
dx
2
(m) x e−x dx (n) logx x dx (o) √ 1 dx
x 1−(log x)2
R R e2x R
(p) log (cos x) tg x dx (q) √1−e 2x dx (r) cos2 x dx
R 1 R x R arctg x
(s) x2 +16 dx (t) √1−x4 dx (u) 1+x2
dx
173. Calcule as seguintes primitivas por substituição:
R x R 3x 2x +1 R x+√2x+1
(a) √1+x dx (b) e ex+e
−e−x
dx (c) 1+2 √ dx
R x R 1
R 1 2x+1
(d) (x−1)6 dx (e) √x+ √ 3 dx (f ) √x+4 dx
R √ x √
(i) sen
R 2x x
(g) eex +4 dx
R
(h) x x2 − 9 dx √
x
dx
R √x R √ R x2
(j) √x+4 dx (k) x 1 + x dx (l) √1−x2 dx
√ R x
(n) e2xe +1 dx
R R 1
(m) (1 + x) 1 − x2 dx (m) √4+x 2 dx

174. Calcule, usando primitivação por partes:


R√
(d) R log2 x dx
R R R
(a) R x log x dx (b) R x log x dx (c) R xtg 2 x dx
(e) R arcsen x dx (f ) R x sen x dx (g) R x2 ex dx (h) R x 3x dx

(i) Reax cos bx dx (j) R cos (log x) dx (k) R x log(x2 ) dx (l) R x log x dx
x
(m) x arctg x dx (n) arcsen

x+1
dx (o) cosx2 x dx (p) cos13 x dx

175. Calcule as seguintes primitivas de funções racionais:

1+x2
R R x
R 2x2 +1
(a) 1+x
dx (b) (x−1)2
dx (c) (x−2) 3 dx
x2 +x+1
R R 1
R x3
(d) (x−1)(x−2)(x−3)
dx (e) (x2 +x−2)(x−1)
dx (f ) x2 +x+1 dx
R 1
R x 3 R x2 +x+1
(g) x3 +1
dx (h) x2 −2x−3
dx (i) (2x+1)(x 2 +1) dx
x −3x2 +2x−3
3 x 3 x 3
R R R
(j) (x2 +1)2
dx (k) x2 +2x+1
dx (l) (x+1)(x 2 +1) dx

176. Determine uma primitiva:


R 1
R R √ √
(a) (2x+1)4
dx (b) x cos (3x) dx (c) x 1 + x3/2 dx
R  2
1
R R
(d) 2 +6x+10 dx (e) 1 − tg x dx (f ) x 2x dx
R x 3x R √ R 2x+3
(g) (x+1) 4 dx (h) arctg ( x ) dx (i) 2 +1 dx
R cos √
( 5x+4 ) R arcsen x R x√
(j) √
5x+4
dx (k) √ dx (l) x x2 + 1 dx
R 3
R 1x+1 R e2x
(m) log (1 + 2 x) dx (n) 2 dx (o) x dx
R 1
R 5+x 2 −3/2 R e +13
(p) 2 +1) dx (q) 1−x dx (r) sen x dx
R (x2 +2x+1)(x
4
R R
(s) (cos x) sen (2x) dx (t) tg x dx (u) tg 2 x dx

177. Determine uma primitiva (podendo usar as substituições indicadas):

(a) x3 √x12 −16 dx x = cos4 t (b) x√x12 −4 dx x = cos2 t


R  R 
R√  R 1

(c) 9 + x2 dx x = 3 tg t (d) √16+x 2 dx x = 4 tg t
(e) x2 √1x2 +4 dx 1
R  R 
x = 2 tg t (f ) (1+9 x2 )2 dx 3x = tg t
R 1 q x+2 q
x+2 1
tg x2 = t
 R 
(g) x+4 x+4
dx x+4
=t (h) sen x+cos x
dx

178. Determine uma primitiva:


R R R
(a) R (sen 2x)(cos 3x) dx (b) R (sen2x)(sen 6x) dx (c) R(cos 5x)(sen x) dx
2
(d) R (cos 4x)(cos 9x) dx (e) R (cos x)(sen x) dx (f ) R (cos3 x)(sen 3 x) dx
(g) R sen 4 x dx (h) 5
R cos x dx (i) R (sen 7 x)(cos3 x) dx
(j) R(sen 4 x)(cos7 x) dx (k) R (sen2x)(sen 2x)(sen 3x) dx (l) R (sen 2 2x)(sen 2 3x) dx
(m) (cos2 x)(sen 2x) dx (n) 3
(cos 3x)(sen 5x) dx (o) (cos 5x)(sen x) dx
7. Integral de Riemann

π
179. (a) Resolva a equação tg (x) = cos (x) em [0, 2
[.

(b) Determine a área da região plana delimitada pelos gráficos das funções
f1 : [0, π2 [ −→ R e f2 : [0, π2 ] −→ R
x 7→ tg (x) x 7→ cos (x)

180. Calcule:
√ √
n √
n e+ e2 +···+ n en
(a) limn → +∞ n

1 1 1

(b) limn → +∞ n+1
+ n+2
+ ··· + 2n
Pn n
(c) limn → +∞ k=1 n2 +k2

1+4+9+···+(n−1)2
(d) limn → +∞ n3
Pn √
k
(e) limn → +∞ k=1 n3/2
Pn π kπ

(f) limn → +∞ k=1 n sen n
Pn 1 k

(g) limn → +∞ k=1 n log 1 + n

181. Dada uma função integrável f : [a, b] → R, defina, para cada k > 0, a função fk : [ka, kb] → R por
fk (x) = k1 f xk . Mostre que fk é integrável e que

Z kb Z b
fk (x) dx = f (x) dx.
ka a

182. Calcule os seguintes integrais:


R1 R1 R1 √
(b) 1 x12 + x13 dx

(a) 0 (x2 − x3 ) dx (c) 10 − 6x dx
R1 x
R 2π/6 R−1
3
(d) 0 (3−2x √ x
2 )3 dx (e) 0 x sen 3x dx (f ) 0 1+5x
dx
R √2 R 2π Re
(g) 0 x arcsen x2 dx (h) 0 (cos4 x)(sen 2x) dx (i) (1 − log x) dx
R −2 R1 R1π
(j) −3 x21−1 dx x
(k) 0 x2 +3x+2 dx (l) |sen x − cos x| dx
R2√ R e2 1 R0π/4
(m) 0 4 − x2 dx (n) e x log x dx (o) tg x dx
R 1 ex 2x R4 √ R−π/4
3
(p) 0 1+e2x + eex +1 dx (q) 1 1+√x x dx √ 1

(r) dx
R1 1
Rπ R01 9+x2
(s) 0 (1+9x 2 )2 dx (t) 03 tg 3 x dx (u) 0
arctg x dx

183. Calcule a área da região do plano delimitada pelas curvas indicadas.


(a) y = 1 + x + x2 , y = 0, x = 0, x = 32 (b) y = x√− 2/x2 , y√= 0, x = 12 , x = 1
(c) y = x3 , y = 0 e a tangente a y = x3 em (1, 1) (d) y = x, y = 2 x, y = x
(e) y = sen x, y = cos x, x = 0, x = π4 (f ) y = x, y = x2 + 1, x = 0, y = 2
(g) y = 5x, y = x3 − 4x (h) y = 2x , y = 4 − 2x, x = 0, x = 2
(i) y = x2 , y = (x − 1)2 , y = 19 (j) y = 2x, x = 0, x = 3
Comece, em cada caso, por fazer um esboço da região.
184. Determine a área de cada uma das regiões sombreadas seguintes:

1
1 1
y=x3
2
y =x
0.5

a b
1 1 2 3 4 1

x2 y2
185. Calcule a área da região delimitada pela elipse de equação a2
+ b2
= 1, sendo a > b > 0.

186. Calcule a área da região delimitada pelos gráficos das funções

f : [0, 2π] −→ R e g: [0, 2π] −→ R


x 7→ | cos x | x 7→ 1

187. Sejam a, b ∈ R tais que a < b e f : [a, b] → R uma função integrável.


Rb
(a) Verifique que, se m 6 f (x) 6 M para todo o x ∈ [a, b], então a
f (x) dx = (b − a)β para algum β
entre m e M .
Rb
(b) Prove que se f é contínua então existe c ∈ [a, b] tal que a
f (x) dx = (b − a)f (c).

188. Seja f uma função integrável em [a, b], sendo a < b.


Rx Rb
(a) Mostre que existe x0 ∈ [a, b] tal que a 0 f = x0 f .

(b) Verifique através de um exemplo que nem sempre é possível escolher um tal x0 em ]a, b[.

189. Calcule as derivadas das seguintes funções:


Rx R0 R x2 +1
(a) x ∈ R 7→ 0 (t2 − t) dt (b) x ∈ R 7→ x (5t + 3)2 dt (c) x ∈ R 7→ 1 log t dt
R log x R2 R x3 t6
(d) x > 0 7→ 0 e2t dt (e) x > 0 7→ √x t2 + 2 dt (f ) x ∈ R 7→ x2 1+t4 dt
R 3x+2 t R x2 +x+1 sen t R sen x t2
(g) x ∈ R 7→ 0 te dt (h) x ∈ R 7→ 0 t
dt (i) x ∈ R 7→ 0 e dt
190. Calcule:

(a) (F −1 )0 , sendo F a função:


Rx1
Rx 1
(i) x > 0 7→ F (x) = 1 t
(ii) x ∈ [0, 12 ] 7→ F (x) = 0 √1−t
dt 2 dt

Z cos x
0 π arccos t
(b) F (− 2 ) se a função F é dada por x ∈ R 7→ F (x) = √ dt.
0 1 − t2

191. Determine os pontos onde são atingidos mínimos locais da função


G: R −→ R
Z 2x
t2 + 2t et+1 dt

x 7→
0
Rb Rb
192. Mostre que a expressão a
(f (x) − m)2 dx toma o valor mínimo quando m = 1
b−a a
f (x) dx.

193. Verifique que o valor de cada uma das seguintes expressões não depende de x:
Rx 1
R 1/x 1
R sen x
(a) x > 0 7→ 0 t2 +1
dt + 0 t2 +1
dt (b) x ∈ ]0, π2 [ 7→ − cos x
√ 1
1−t2
dt

194. Seja f : R → R uma função contínua.


Rx
(a) Determine a função F 0 , sendo F (x) = 0 x f (t) dt para cada x ∈ R.
Rx Rx Ru 
(b) Mostre que 0 f (u)(x − u) du = 0 0 f (t) dt du para todo o x ∈ R.
1
Rx
195. (a) Seja f : R → R contínua. Calcule limx → 0 x 0
f (t) dt.

R ex log t
dt
1 t3 + 1
(b) Determine limx → 0 x
.
R n
196. (a) Determine uma fórmula de recorrência para a primitiva (1 − x2 ) dx, sendo n um número

natural.
2
R1 2 n 22n n!
(b) Mostre que para cada n ∈ N se tem 0
(1 − x ) dx =  .
2n+1 !

197. (a) Demonstre as seguintes fórmulas de recorrência:

n−1
Z Z
n 1 n−1
sen x dx = − (sen x) cos x + sen n−2 x dx
n n
n−1
Z Z
n 1 n−1
cos x dx = (cos x) sen x + cosn−2 x dx
n n
(b) Mostre que para cada n ∈ N se tem
Z π/2
2 4 6 2n
sen 2n+1 x dx = · · · ··· ·
0 3 5 7 2n + 1
Z π/2
π 1 3 5 2n − 1
sen 2n x dx = · · · · ··· ·
0 2 2 4 6 2n
sen 2n x dx
R π/2
(c) Prove que limn → +∞ 0
= 1.
sen 2n+1 x dx
R π/2
0

π 2
(d) Deduza que 2
= limn → +∞ 1
· 23 · 34 · 45 · 65 · 76 · · · · · 2n
2n−1
· 2n
2n+1

198. Designe por exp a função inversa do logaritmo e por e o valor exp(1). Para cada n ∈ N0 , defina
Z 1
In = xn exp(−x) dx.
0
1
(a) Mostre que 0 ≤ In ≤ n+1
, e portanto que limn → +∞ In = 0.

(b) Verifique que I0 = 1 − 1e , e que In = n In−1 − 1


e
para todo o n ∈ N.
1
Pn 1

(c) Use indução para mostrar que In = n! 1 − e k=0 k! .
Pn 1
(d) Deduza de (a) e (c) que e = limn → +∞ k=0 k! .
199. Diga quais das seguintes funções são integráveis em [0, 2], e calcule o integral caso ele exista:

x se 0 6 x < 1  
(a) f (x) = (b) f (x) = x + x
x−2 se 1 6 x 6 2
     
x+ x se x é racional 1/ 1/x se 0 < x 6 1
(c) f (x) = (d) f (x) =
0 caso contrário 0 se x = 0 ou x > 1
1 p
200. Considere a função f : [0, 1] → R dada por f (x) = 0 se x ∈
/ Q e f (x) = q
se x = q
é fracção

irredutível de [0, 1] ∩ Q.

(a) Prove que f é integrável.

(b) Determine o valor do integral.


201. Identifique todas as funções contínuas f : R → R tais que, para todo o x ∈ R, se tem
Z x
f (t) dt = 0.
0

Rb R b+c
202. (a) Mostre que se se f : [a, b] → R é integrável então a
f (x) dx = a+c
f (x − c) dx.

Rb Rb
(b) Mostre que se f : R → R for uma função par então −b
f (x) dx = 2 0
f (x) dx, e que se f for ímpar
Rb
então −b f (x) dx = 0.

203. Seja f : [a, b] → R uma função integrável, não identicamente nula, tal que f (x) > 0 para todo o
x ∈ [a, b].
Rb
(a) Dê exemplo de uma função f nessas condições tal que a
f = 0.
Rb
(b) Mostre que, se f for contínua num ponto x0 ∈ [a, b] tal que f (x0 ) > 0, então a f > 0.
Rx
204. (a) Mostre que a função f : R → R dada por f (x) = 0 (1 + sen (sen t)) dt é injetiva.

(b) Calcule (f −1 )0 (0).


205. (a) Seja f : [1, +∞[ → R uma função contínua e crescente. Mostre que
Z x
(x − 1) f (1) 6 f (t) dt 6 (x − 1) f (x).
1
(b) Aplicando o resultado anterior à função f (x) = log x, deduza que
ex−1 6 xx 6 (e x)x−1 .

206. (a) Dê exemplo de duas funções f e g com a propriedade dos valores intermédios tais que f + g não
tem esta propriedade.

(b) Prove que se f : R → R e g : R → R são função deriváveis então a função f 0 + g 0 tem a propriedade
dos valores intermédios.

(c) Mostre que se f : R → R é uma função derivável então a função f + f 0 tem a propriedade dos valores
intermédios.
207. Identifique todas as funções contínuas f : R → R tais que, para todo o x ∈ R, se tem
Z x
f (x) = f (t) dt.
0

208. Neste exercício mostramos que se f : [a, b] → R for integrável, então f é contínua em muitos pontos.

(a) Seja P = {x0 , . . . , xk } uma partição de [a, b] tal que S (f, P) − S (f, P) < b − a. Mostre que se tem
Mi − mi < 1 para algum i ∈ {1, . . . , k}.

(b) Mostre que existem números a1 e b1 tais que a < a1 < b1 < b e
sup {f (x) : a1 6 x 6 b1 } − inf {f (x) : a1 6 x 6 b1 } < 1.
(c) Mostre que existem números a2 e b2 tais que a1 < a2 < b2 < b1 e
1
sup {f (x) : a2 6 x 6 b2 } − inf {f (x) : a2 6 x 6 b2 } < .
2
(d) Prosseguindo deste modo, encontre uma sucessão (an )n ∈ N estritamente crescente e outra (bn )n ∈ N
estritamente descrescente tais que, para cada n ∈ N, se tenha an < bn e
1
sup {f (x) : an 6 x 6 bn } − inf {f (x) : an 6 x 6 bn } < .
n
+∞
(e) Seja x0 ∈ ∩n=1 ]an , bn [ (por que razão existe um tal ponto?). Mostre que f é contínua em x0 .

(f) Conclua que o conjunto dos pontos onde f é contínua é denso em [a, b].
209. (a) Que funções limitadas f : [a, b] → R têm a propriedade de toda a soma inferior ser igual a toda
a soma superior?

(b) Que funções limitadas f : [a, b] → R têm propriedade de alguma soma inferior ser igual a alguma
soma superior (não necessariamente relativa à mesma partição)?

(c) Que funções contínuas f : [a, b] → R têm a propriedade de todas as somas inferiores serem iguais?

(d) Que funções integráveis f : [a, b] → R têm a propriedade de todas as somas inferiores serem iguais?

210. Se f : [a, b] → ]0, +∞[ for integrável, o que pode afirmar sobre o valor do integral?

211. (a) Prove que


1 1
∀n ∈ N < log (n + 1) − log n < .
n+1 n
1 1 1
(b) Seja (an )n ∈ N a sucessão de termo geral an = 1 + 2 + 3 + · · · + n − log n. Mostre que:

(i) (an )n ∈ N é decrescente.

(2i) an > 0 ∀ n ∈ N.

(3i) limn → +∞ an = γ ∈ [0, 1[.

(4i) γ > 21 .
212. Seja f : [a, b] → R uma função integrável.

(a) Dada uma partição P de [a, b], suponha que Mi e mi têm o significado usual relativamente à função
f , e que Mi0 e m0i são as quantidades análogas para a função |f |. Mostre que Mi0 − m0i 6 Mi − mi .

(b) Conclua que |f | é integrável.


R R
b b
(c) Prove que a f (x) dx 6 a |f |(x) dx.

213. Dadas duas funções f e g com o mesmo domínio, as funções f ∨ g e f ∧ g são definidas por

(f ∨ g)(x) = max {f (x), g(x)} e (f ∧ g)(x) = min {f (x), g(x)} .


Definem-se ainda
f+ = f ∨ 0 f − = −(f ∧ 0).
(a) Verifique as seguintes fórmulas:
f + g + |f − g| f + g − |f − g|
f = f + − f −; |f | = f + + f − ; f ∨g = ; f ∧g = .
2 2
(b) Mostre que se f e g forem integráveis em [a, b], então são integráveis f ∨ g, f ∧ g e f g.

(c) Indique duas funções f : [a, b] → R e g : [c, d] → [a, b] integráveis tais que f ◦ g não o seja.

214. Estude a convergência dos integrais generalizados da lista seguinte, e calcule os que forem conver-

gentes: R
∞ R −1 R∞ R0
(a) 1 x13 dx (b) −∞ x4/3
1
dx (c) 0
√1
x+1
dx (d) x
−∞ (x2 +4)3
dx
R∞ x
R1 1 R 8 −2/3 R +∞ dt
(e) −∞ (x2 +4)2 dx (f ) 1/3 dx (g) x dx (h) √ dx
R 01 x 1 R0+∞ x R 10 e√x x +1
2
R1 1
(i) −1 x2 dx (j) x2/3
dx (k) −∞ ex2
dx (l) √ dx
R +∞ R−1π/2 Rπ R01 senx
(m) 0 logx x dx (n) 0
sec2 x dx (o) 0
2
tg x dx (p) 0 x
x
dx

215. Estude a convergência dos seguintes integrais generalizados:

R +∞ Rπ 1 R +∞ R1 x
(a) 1 e−x x−1 dx (b) 0 sen dx (c) 0 x log x dx (d) 0 log dx
R +∞ x R 1/2 √x R +∞ R +∞x2
(e) 0 log (h) 1 sen 2 x1 dx

3 dx (f ) 0 x tg (πx) dx (g) π cos2 x dx
R π senx x R +∞ 1 R 2+∞ R +∞
(k) 1 sen 2 x1 dx

(i) 0 x2 dx (j) 3 x−x2
dx (l) π/2 cos2 x dx
R π2
(m) π/2 sen
R +∞ R π/2 sen R +∞ 2
x
dx (n) 0 x
dx 1 √
(o) 0 1−cos dx (p) 0 e−x dx
R +∞ x12 R +∞ senx3/2
x
x
(q) 2 √x log x dx (r) 0
dx.
x ex

R +∞ f (x)
216. Seja f : ]0, +∞[ → R uma função tal que o integral generalizado 0 x
dx é convergente.

R +∞ f (ax)
(a) Mostre que, para cada a ∈ ]0, +∞[, o integral 0 x
dx converge.
R +∞ f (ax)
(b) Prove que o valor do integral 0 x
dx não depende de a.
8. Aproximação polinomial

217. (a) Verifique que, para todo o n ∈ N e todo o número real x > 0, se tem

xn
ex > .
n!
 n
n
(b) Conclua da alínea anterior que, para todo o n ∈ N, se tem n! > e
.
√n
(c) Use a alínea (b) para calcular lim n!.
n → +∞

218. Determine o polinómio de Taylor Pn,x0 ,f (x) para as seguintes funções f e valores de n ∈ N e x0 do

domínio de f :

(a) f (x) = sen x a = π6 n=3 (b) f (x) = 2√+ x − x3 x0 ∈ {0, 1, 2} n=4


(c) f (x) = tg (x) x0 = π4 n=4 (d) f (x) = x x0 = 4 n=3
1 1
(e) f (x) = 1+x x0 = 0 n=3 (f ) f (x) = √1+x x0 = 0 n=4

219. Indique:

(a) O polinómio de Taylor de ordem 7 em 0 da função


f: R → R
3
x 7→ e2 x .
(b) Uma função f : R → R não constante, com derivadas de todas as ordens e cujo polinómio de Taylor
de ordem 7 em 0 seja o polinómio nulo.

220. Escreva cada um dos seguintes polinómios em x como polinómios em (x − x0 ) para o valor de x0

indicado:
(a) p(x) = x2 − 4x + 9, x0 = 3 (b) p(x) = x5 , x0 = 2 (c) p(x) = x3 + 2x2 + 4x + 3, x0 = 1.

221. Seja f : R → R uma função duas vezes derivável.



(a) Sabendo que a recta tangente ao gráfico de f no ponto 2, f (2) passa por (1, 1) e (3, 5), determine
f (2) e f 0 (2).

(b) Sabendo também que o gráfico do polinómio de Taylor de grau 2 de f em 2 passa pelo ponto (−4, 9),
determine f 00 (2).

(c) Dê exemplo de uma função nestas condições.

222. Seja f : R → R uma função infinitamente derivável em R cujo polinómio de Taylor de ordem 4 em

a = −2 é 1 + (x + 2)2 − 3(x + 2)3 . Determine f (−2), f 000 (−2), f (4) (−2) e (f 2 )0 (−2).

223. Seja f uma função infinitamente derivável em R cujo polinómio de Taylor de ordem 5 em a = 3 é

9 − 5x + x2 . Determine f (3), f 0 (3), f 00 (3), f 000 (3), (f 2 )00 (3) e (f ◦ f )0 (3).

224. Seja f uma função infinitamente derivável em R tal que o seu polinómio de Taylor de ordem 5 em

a = 0 é P5,0,f (x) = 1 + x2 . Prove que 0 é um mínimo local de f .

225. Mostre que se f e g são funções n vezes deriváveis em a, então Pn,a,f +g = Pn,a,f + Pn,a,g .
226. Sejam f e g funções tais que P1,a,f (x) = a0 + a1 (x − a) e P1,a,g (x) = b0 + b1 (x − a).
(a) Verifique que P1,a,f (x) P1,a,g (x) = a0 b0 + (a0 b1 + a1 b0 ) (x − a) + a1 b1 (x − a)2 .

(b) Mostre que P1,a,f g (x) = a0 b0 + (a0 b1 + a1 b0 ) (x − a).

(c) Dê um exemplo em que P2,a,f g (x) seja a0 b0 + (a0 b1 + a1 b0 ) (x − a) + a1 b1 (x − a)2 .

(d) Dê um exemplo em que P2,a,f g (x) não seja a0 b0 + (a0 b1 + a1 b0 ) (x − a) + a1 b1 (x − a)2 .

(e) Mostre que se P2,a,f (x) = a0 + a1 (x − a) + a2 (x − a)2 e P2,a,g (x) = b0 + b1 (x − a) + b2 (x − a)2 , então
P2,a,f g (x) = a0 b0 + (a0 b1 + a1 b0 ) (x − a) + (a0 b2 + a1 b1 + a2 b0 ) (x − a)2 .

1
227. Seja f (x) = x2 −1
. Para cada n ∈ N, determine P2n,0,f . Calcule f (100) (0).

228. Considere a função f (x) = x3 − x2 − x + 2.

(a) Determine os polinómios de Taylor Pn,1,f para n = 2 e n = 20.


(b) Determine P2,0,g da função g(x) = f (ex ).

229. Verifique que:


x4 x6 x8 2
(a) 1 + x2 + 2
+ 6
+ 24
é o polinómio de Taylor de ordem 8 da função f (x) = ex no ponto 0.
x9
(b) x3 − 6
é o polinómio de Taylor de ordem 9 de f (x) = sen (x3 ) no ponto 0.

230. Em cada um dos seguintes casos, determine o polinómio de Taylor de ordem n de f em a:



(a) f (x) = x ex , a = 0, n = 10 (b) f (x) = x, a = 4, n = 3
(c) f (x) = tg x, a = π4 , n = 3 1
(d) f (x) = (x−1) 2 , a = 2, n = 5
π x
(e) f (x) = sen x, a = 2 , n = 3 (f ) f (x) = x e , a = −1, n = 4
(g) f (x) = log (sen x), a = π6 , n = 3 (h) f (x) = 1+x1
2 , a = 0, n = 9

(i) f (x) = log


√ x, a = 2, n = 4 (j) f (x) = arcsen x, a = 0, n = 3
(k) f (x) = 3 x, a = −8, n = 3 (l) f (x) = esen x , a = 0, n = 4
x5
231. Determine o polinómio de Taylor de ordem n em 0 e a derivada f (n) (0) da função f (x) = 1+x2
.

232. Seja f : R → R uma função com derivadas de todas as ordens e cujo polinómio de Taylor de ordem
n em a é
Pn, f, a (x) = cn (x − a)n + cn−1 (x − a)n−1 + · · · + c1 (x − a) + c0 .

(a) Indique o polinómio de Taylor de ordem 3 em a da função


G: R → RZ x
x 7→ f (t) dt.
a
(b) Para cada natural n, determine a derivada de ordem n em a da função G.
233. Considere a função

f: R → R
sen x se x 6= 0
(
x
x 7→
1 se x = 0

(a) Calcule a derivada de f em 0.

(b) Para cada n ∈ N, indique um polinómio de grau menor ou igual a n que seja tangente a f em 0 até
à ordem n.
234. (a) Sejam f e g funções deriváveis n vezes em a e cujos polinómios de Taylor de ordem n em a são

Pn, f, a (x) = bn (x − a)n + bn−1 (x − a)n−1 + · · · + b1 (x − a) + b0


Pn, g, a (x) = cn (x − a)n + cn−1 (x − a)n−1 + · · · + c1 (x − a) + c0 .
Indique qual é o polinómio de Taylor de ordem n em a da função f + g.

(b) Determine o polinómio de Taylor de ordem n em 0 da função


1
x ∈ R \ {2, −3} 7→ .
(2 − x)(3 + x)
1 1
235. Indique um majorante do erro que se comete ao tomar e ' 2 + 2!
+ 3!
+ 4!1 .

236. (a) Mostre que polinómio de Taylor de ordem n em 0 da função f (x) = log (1 + x), onde x > −1, é

x2 x3 xn
x−
+ + · · · + (−1)n−1
2 3 n
(b) Calcule um valor aproximado de log ( 10 ) com erro inferior a 10−6 .
11

237. Para cada uma das seguintes alíneas, determine Pn,x0 ,f e dê uma estimativa do valor absoluto do
erro no intervalo dado.

(a) f (x) = ex , x0 = 1, n = 4, [0, 1] (b) f (x) = sen x, x0 = 0, n = 4, [− π3 , π3 ]


1
(c) f (x) = 1+x , x0 = 1, n = 3, [ 12 , 23 ] 1
(d) f (x) = (1+x)3/2 , x0 = 0, n = 3, [0, 13 ]

238. Utilizando polinómios de Taylor, calcule com a aproximação pedida o valor de:
(a) sen (1), com erro inferior a 10−3 (b) e, com erro inferior a 10−3
(c) log 23 , com erro inferior a 10−2 (d) e√2 , com erro inferior a 10−1

(e) e, com erro inferior a 10−4 (f ) 4 19, com erro inferior a 10−2
(g) log 2, com erro inferior a 10−2 (h) cos 14 , com erro inferior a 10−1
239. Prove que o polinómio de Taylor de ordem 8 em 0 da função
x + 3
x∈R 7→ f (x) = sen
2
−7
permite obter um valor aproximado de sen 2 com erro inferior a 10 .
240.
(a) Prove que lim n sen (2 π e n!) = 2 π.
n → +∞

(b) Conclua de (a) que o número de Neper e não é racional.


9. Séries

241. (a) Obtenha a expansão decimal dos seguintes números racionais:

2 1 1 2 3 4 5 6
, , , , , , , .
9 11 7 7 7 7 7 7
(b) Escreva os seguintes números racionais como quociente de dois inteiros: 0. 121212 . . ., 3. 27777 . . .

(c) Obtenha a expansão binária dos seguintes números racionais: 21 , 13 , 16 , 51 , 37 .

(d) Determine os números racionais cuja expansões binárias são as seguintes: 0. 010101 . . ., 1. 101101 . . .
242. Calcule as somas das seguintes séries:
P+∞ 3n+2 −2n+1 P+∞ −n P+∞ 1
P+∞ 3n
(a) n=1 4n
(b) n=1 e (c) n=1 (d) n=1 4n
P+∞ −1 P+∞ (−1)n P+∞ n2n(n+1) P+∞ 1+(−1)n−1
(e) n=1 5n (f ) n=1 5 n (g) n=1 5n/2 (h) n=1 n
P+∞ 3n+5 P+∞ 4 n 7
P+∞ (−3)n−1 P+∞ Qn 3
(i) n=2 (−1)n 4n−1 (j) n=0 5 − (−3)n+1
(k) n=1 2 72n+2 (l) n=1 k=1 (5 − k)

243. Tendo em conta apenas o limite do termo geral, diga quais das seguintes séries divergem e quais
poderão convergir. De seguida indique quais as que convergem.
P+∞ 1 P+∞ n+1 P+∞ (−1)n P+∞ n2 +1
(a) n=1 4n+1 (b) n=1 2n−3 (c) n=1 n(n+1) (d) n=1 n+1
P+∞ −√n P+∞ 1
P+∞ P+∞ arctg n
√ 1 √

(e) n=1 n (f ) n=1 cos n (g) n=1 n+1+ n (h) n=1 n2

244. Estude a convergência das seguintes séries.


P+∞ 1 P+∞ 1
 P+∞ n+1 (n+1)
2 P+∞ (−1)n + 12
(a) n=1 e
n (b) n=1 sen n (c) n=1 (−1) en (d) n=1 n

245. Decida, pelo critério de comparação, quais das seguintes séries convergem e quais divergem:
P+∞ 4 P+∞ 1 P+∞ 1 P+∞ 1
(a) n=1 2n−1 (b) √
n=1 100 n (c) n=2 log n (d) 2n −1
P+∞ n2 +1 P+∞ 1 P+∞ 1 Pn=1
+∞ 1
(e) n=1 n3 +1 (f ) n=1 n 3n−1 (g) n=1 nn (h) n=1 10n!

246. Use o critério da razão para estudar a convergência das seguintes séries:
P+∞ n P+∞ n(n+1) P+∞ (n+3) P+∞ 4n
(a) n=1 2n+1 (b) n=0 (n+2)2 (c) n=1 n(n+1)(n+2) (d)
P+∞ en P+∞ n! P+∞ (2n)! Pn=1 n(n+2)
+∞ n!
(e) n=1 n! (f ) n=0 10n (g) n=0 n!2 (h) n=1 nn

247. Estude a convergência das seguintes séries, usando o critério do integral:


P+∞ 1
P+∞ 2n P+∞ 1
P+∞ 2n+1
(a) n=1 (2n+1)2 (b) n=1 n2 +1 (c) n=1 (n+3)3/2 (d) n=1 n2 +n+4
P+∞ e1/n P+∞ 1 π
 P +∞ n P+∞ 1
(e) n=1 n2 (f ) n=1 n2 sen n (g) n=1 en (h) n=2 n log n

248. Estude a convergência das seguintes séries:


P+∞ 2n+1 P+∞ n+1 P+∞ n+1
(a) 2
n=0 n +2 (b) n=1 n 2n (c) n=0 n3 +n+1

249. Decida quais destas séries convergem absolutamente ou condicionalmente, ou se divergem:


P+∞ (−1)n P+∞ (−1)n−1 P+∞ (−1)n−1 P+∞ √
n−1 2n+1
(a) n=0 3n (b) (c) √ (d) (−1)
P+∞ (−1)n−1 Pn=1 2n−1
+∞ sen n Pn=1 n n
+∞ (−1)n Pn=1
+∞ (−1)n
n
(e) n=1 log (n+1) (f ) n=1 n2 (g) n=2 n log n (h) n=2 (log n)n
250. Seja a ∈ [0, +∞[. Use o critério da raiz para discutir a convergência das séries:

(a) +∞ n
P
n=1 n a
(b) 1 + 2a + a2 + 2a3 + a4 + 2a5 + a6 + · · ·

251. Sejam (an )n ∈ N uma sucessão de termos positivos e L ∈ R.


(a) Prove que
an+1 √
=L ⇒ lim lim n an = L
n → +∞ an n → +∞
(o que mostra que sempre que o teste da razão é aplicável também o teste da raiz o é).

(b) Dê um exemplo que mostre que o recíproco não se verifica em geral.


252. Mostre que a soma de duas séries absolutamente convergentes é absolutamente convergente. O que
se pode dizer sobre a soma de duas séries condicionalmente convergentes?
253. Mostre que, para qualquer N ∈ N, a série +∞
P P+∞
k=1 ak converge se e só se a série k=N ak converge.

ak k
P+∞
254. Suponha que ak > 0 e ak+1
6 k+1
para todo o k ∈ N. Mostre que a série k=1 ak diverge.

255. Estude a convergência das seguintes séries:


k3
P+∞ P+∞ P+∞ P+∞
(a) k
k=1 k4 +1 (b) k=1
√ 1
(c) 6k
k=1 k4 −2k (d) k=1 2k
k2 (k+1) (k+2)

3k+2 k3 −6 2k
P+∞ P+∞ P+∞ P+∞ − k
(e) k=1 k 4k (f ) k=1 √(k2 +k−1) 2 (g) k=1 (k!)2 (h) k=1 k
P+∞ (−1)k +1 P+∞ k+1−√k(k +1) P+∞ P+∞
(i) k=1 k2
(j) (k) k
k=1 (−1) sen 3

(l) (−k)−k
P +∞ (−1)k k Pk=1
+∞
k √
k k+1
P+∞ 2 cos πk
Pk=1
+∞ (2k)!
(m) k=1 k2 +1 (n) k=1 (−1) k
(o) k=1 πk
(p) k=1 (k!)2
P+∞ 1 k
P+∞ (−1)k + 12 P+∞ 1
P+∞ −k2
(q) k=1 k (− 2 ) (r) k=1 k
(s) k=2 k2 (log k)3 (t) k=1 k e
Pn
256. Sejam (an )n ∈ N e (bn )n ∈ N duas sucessões de números reais, e considere Bn = k=1 bk . Mostre que:
Pn Pn
(a) k=1 ak bk = an+1 Bn + k=1 (ak − ak+1 ) Bk .

(b) Se a sucessão (an )n ∈ N só tiver termos positivos, for decrescente e convergente para 0, e se as somas
parciaisPde (bn )n ∈ N forem limitadas (isto é, se existir M > 0 tal que |Bn | 6 M para todo o n ∈ N), então
a série +∞k=1 ak bk é convergente.

257. (a) Use a fórmula


cos (a − b) − cos (a + b)
(sen a) (sen b) =
2
para mostrar que, se x não for um múltiplo inteiro de 2π, então
n
cos (x/2) − cos (n + 21 ) x

X
sen kx =  .
k=1
2 sen x/2
(b) Conclua que, qualquer que seja x ∈ R, a série +∞
P sen kx é convergente.
k=1 k

258. Determine a convergência ou divergência das seguintes séries:

(a) 1 − 21 + 23 − 31 + 24 − 14 + 25 − 51 + · · · .
(b) 1 + 12 − 13 + 14 + 15 − 61 + 17 + 18 − 91 + · · · .
1
(c) 1 − 22
+ 13 − 1
42
+ 15 − 1
62
+ 17 − 1
82
+ ···
P+∞
259. (a) Seja (an )n ∈ N uma sucessão de números reais não-negativos. Mostre que se n=1 an converge

então +∞ 2
P
n=1 an também converge.

(b) A hipótese an > 0 para todo o n ∈ N (ou a partir de certa ordem) é essencial na resposta em (a) ?

(c) O recíproco da alínea (a) é verdadeiro ?

260. Seja (an )n ∈ N uma sucessão de números reais. Prove que

+∞ +∞
X X an
(an )2 converge ⇒ converge.
n=1 n=1
n

P∞ 1 π2
261. O objetivo deste exercício é mostrar que n=1 n2 = 6
.

(a) Verifique que, em todos os pontos x ∈ R em que a igualdade faz sentido, se tem
!
1 1 1 1
= +  .
sen 2 x 4 sen 2 x2 sen 2 π+x
2

(b) Usando a fórmula anterior, prove por indução que


2 −1 n 2 −1 n−1
1 1 X 1 2 X 1
1= π = (2k+1) π
= .
sen 2 2 4n k=0 sen 2 n+1 4n k=0 sen 2 n+1 π
(2k+1)
2 2

2x
(c) Mostre que sen x > π
para todo o x ∈ ]0, π2 [.
8
P∞ 1
(d) Deduza que 1 = π2 k=0 (2k+1)2 .
P∞ 1 π2
(e) Conclua que n=1 n2 = 6
.

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