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CAPÍTULO IV
Função
logarítmica
I. Definição
58. Dado um número real a (0 a 1), chamamos função logarítmica de base a
a função f de
* em que associa a cada x o número loga x.
Em símbolos:
f:
*→
x → loga x
II. Propriedades
1ª) Se 0 a 1, então as funções ƒ de * em , definida por f(x) loga x,
e g de em
*, definida por g(x) ax, são inversas uma da outra.
Demonstração:
Para provar esta propriedade, basta mostrarmos que f g I e g f I*.
De fato:
(f g) (x) f(g(x)) loga g(x) loga ax x e
(g f) (x) g(f(x)) af(x) aloga x x
Demonstração:
loga x2 loga x1
Provemos agora a implicação
(∀x1
*, ∀x2
*, loga x2 loga x1 ⇒ x2 x1) ⇒ a 1.
Considerando
loga x2 y2 ⇒ x2 ay2 e
loga x1 y1 ⇒ x1 ay1, temos:
y2 y1 ⇒ ay2 ay1.
Pelo fato de a função exponencial ser crescente para base maior que 1, con-
cluímos que a 1.
A demonstração de que a função logarítmica é decrescente se, e somente se,
a base é positiva e menor que 1 ficará como exercício.
59. Observações
1ª) Quando a base é maior que 1, a relação de desigualdade existente entre
os logaritmos de dois números positivos tem o mesmo sentido que a relação entre
esses números.
Exemplos:
Exemplos:
3ª) Se a base é maior que 1, então os números positivos menores que 1 têm
logaritmos negativos e os números maiores que 1 têm logaritmos positivos.
De fato, se a 1:
0 x 1 ⇒ loga x loga 1 ⇒ loga x 0
x1 ⇒ loga x loga 1 ⇒ loga x 0
Exemplos:
Exemplos:
III. Imagem
Se 0 a 1, então a função ƒ de * em definida por f(x) loga x admite
a função inversa de g de em * definida por g(x) a . Logo, ƒ é bijetora e, portan-
x
to, a imagem de ƒ é:
Im
IV. Gráfico
Com relação ao gráfico cartesiano da função f(x) loga x (0 a 1), podemos
dizer:
1º) está todo à direita do eixo y (x 0);
2º) corta o eixo x no ponto de abscissa 1 (loga 1 0 para todo 0 a 1);
3º) se a 1 é de uma função crescente e se 0 a 1 é de uma função de-
crescente;
4º) é simétrico em relação à reta y x (bissetriz dos quadrantes ímpares) do
gráfico da função g(x) ax;
5º) toma um dos aspectos da figura abaixo:
a1 0a1
60. Exemplos:
1º) Construir o gráfico cartesiano da função f(x) 5 log2 x (x . 0). Construímos
a tabela dando valores inicialmente a y e depois calculamos x.
x y 5 log2 x x y 5 log2 x
1
23 23
8
1
22 22
4
1
21 21
2
0 1 0
1 2 1
2 4 2
3 8 3
f21 f
x y 5 2x x y 5 log2 x
1 1
23 23
8 8
1 1
22 22
4 4
1 1
21 21
2 2
0 1 1 0
1 2 2 1
2 4 4 2
3 8 8 3
f21 f
y
1 2
1 x
x y5 x y 5 log1 x
2 2
23 8 8 23
22 4 4 22
21 2 2 21
0 1 1 0
1 1
1 1
2 2
1 1
2 2
4 4
1 1
3 3
8 8
EXERCÍCIOS
205. Assinale em cada proposição V (verdadeira) ou F (falsa):
a) log2 3 . log2 0,2
b) log3 5 , log3 7
c) log1 6 . log1 3
2 2
d) log0,1 0,13 . log0,1 0,32
e) log4 0,10 . log4 0,9
f) log0,2 2,3 , log0,2 3,5
1 1
g) log , log
2 3
2 3
h) log0,5 . log0,5
3 4
i) log5 √2 . log5 √3
j) log(√221) (1 1 √2 ) , log(√221) 6
1
207. Se f(x) loge , calcule o valor de f(e3).
x
208. Seja f a função que a cada quadrado perfeito associa seu logaritmo na base 2. Se
f(x2) 2, determine o valor de x.
f(x) 0√log a
se x 1
x se x 1 e a 1
216. Determine o número de pontos comuns aos gráficos das funções definidas por
y ex e y log x, x 0.
Solução
Para que o logaritmo seja real, devemos ter logaritmando positivo e base
positiva e diferente de 1.
Assim:
log3 (x2 4) ⇔ x2 4 0 ⇔ x 2 ou x 2
D {x x 2 ou x 2}.
219. Determine o conjunto do domínio da função definida por log (x2 6x 9).
Solução
1
D x 1 x ou x 2 e x 0
2