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Mini-Projeto 1
Análise de um campo bidimensional de temperatura
recorrendo a um programa de volumes finitos em Python
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Novembro de 2021
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Contextualização teórica ............................................................................................................... 3
Malha ............................................................................................................................................ 5
Condições fronteira ....................................................................................................................... 6
Análise do Código .......................................................................................................................... 7
Conclusões .................................................................................................................................. 11
Índice de Figuras
Figura 1 - Placa "L" ........................................................................................................................ 3
Figura 2 - Elementos da malha (Excel) .......................................................................................... 3
Figura 3 - Coordenadas y (Excel) ................................................................................................... 5
Figura 4 - Coordenadas x (Excel) ................................................................................................... 5
Figura 5 - Representação das condições fronteira ........................................................................ 5
Figura 6 - Representação da distribuição de temperaturas na placa ........................................... 1
Figura 7 - Representação distribuição de temperaturas (Paraview) ............................................ 1
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Introdução
Este projeto tem como objetivo utilizar um programa de volumes finitos na
linguagem Python de forma a compreender e analisar a distribuição de temperatura (a
nível bidimensional) numa placa em forma de “L” (Figura 1), considerando difusão
pura.
Contextualização teórica
Figura 4 - Elementos da malha (Excel)Figura 5 - Placa "L"
A partir da equação de transporte na forma conservativa de ∅ (1):
Onde:
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Para além disto tem que se ter em conta a presença de outros dois coeficientes
𝑆𝑃 e 𝑆𝑈 , que dependem da proximidade do elemento a uma superfície com uma dada
temperatura estável.
−2 × 𝑘 2 ×𝑘
𝑆𝑃 = ×𝐴 𝑆𝑈 = ×𝐴 ×𝑇
𝛿𝑥 𝛿𝑥
Note-se que onde se lê 𝛿𝑥 também poderia ser 𝛿𝑦.
Estes dois elementos, neste caso em específico, só assumem valores não nulos
em nós fronteiriços sendo que nesses casos T assume o valor da temperatura na
superfície fronteira em questão.
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Malha
Em primeiro lugar foi necessário proceder à elaboração de uma malha de
volumes finitos que permitisse discretizar o problema.
Para este efeito recorreu-se ao programa Excel onde se criou uma malha, com
208 elementos, que representasse a geometria em L do problema. Como se pode
verificar na Figura 2, abaixo representada, apesar de não estarem numerados, foram
ainda tidos em conta os elementos que se encontravam justamente na fronteira da
placa para que no final da aplicação do método dos elementos finitos fosse possível
representar a distribuição de temperaturas em todo o seu domínio. Note-se que estes
elementos fronteiriços encontram-se a temperaturas distintas sendo que 3 lados e 2
vértices encontram-se à temperatura TA = 300 K, outros 3 lados e 2 vértices estão à
temperatura TB = 350 K e para os restantes dois vértices admitiu-se que se
encontravam à temperatura média TM = 325 K.
Legenda:
TE. , ME. e IE. : vértices
Figurado
8 - topo, médiodas
Representação e inferior
condições esquerdo
fronteira
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Análise do Código
As primeiras linhas apenas indicam que bibliotecas são importadas.
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São ainda importadas do Excel as condições fronteiras mencionadas no
Capítulo “Condições fronteira” fazendo-se a correspondência dos nós, associados a
cada uma delas, a um vetor “b”.
Exemplificando-se para uma das condições: pegando na primeira linha da
tabela apresentada no capítulo anterior a condição b1 corresponde ao nó 0. Este nó
está na linha 46, coluna E da folha “malha” do Excel de nome “malha_fronteira.xlsx” (o
que corresponde ao que está escrito nas linhas 40 e 41 do programa). Procedeu-se
assim para as 8 condições.
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O bloco de código abaixo apresentado corresponde à definição das condições
nos elementos com condições fronteiras, definidas anteriormente como sendo b.
Percorre-se a matriz e se se encontrar um elemento presente em algum dos
vetores b isso significa que estamos na presença de um nó fronteira. Caso contrário
significa que o nó em questão é interior pelo que se pode aplicar as condições gerais
apresentadas anteriormente no Capítulo “Contextualização teórica” e 𝑆𝑃 e 𝑆𝑈 são
nulos (caso das linhas 129 e 130)
Caso o elemento esteja contido em alguma fronteira então adapta-se as
equações conforme explicitado anteriormente nesse mesmo Capítulo
“Contextualização teórica”.
De notar apenas a particularidade de em dois casos haver duas subcondições
dentro da fronteira (linhas 95 a 98 e 113 a 116). Isto ocorre, pois, embora a
contribuição de aW e aS seja nula para os ponto ME. e IE. (vértice médio esquerdo e
vértice inferior esquerdo respetivamente) as temperaturas em cada caso são distintas
pelo que é necessário diferenciar os dois casos. O mesmo se passa relativamente ao
caso da LES e LEI (respetivamente lateral esquerda superior e inferior).
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Seguidamente é definido aP com a fórmula apresentada no Capítulo “Contextualização
teórica” e são também definidas as matrizes T,b,Y e X, preenchendo-se a Matriz T conforme o
anteriormente apresentado (linhas 139 a 146). Por fim, resolve-se o sistema de equações
linear indicado no final do Capítulo da “Contextualização teórica”.
Visto a placa até agora só estar definida até aos nós fronteiriços, que não se
encontram exatamente sobre a fronteira, mas sim a uma distância dx/2 ou dy/2 dela,
foi necessário realizar uma concatenação de forma a adicionar o resto da placa. Para
isso definiu-se aresta a aresta qual a temperatura na fronteira (TA e TB) e, no caso
particular de dois vértices (pontos correspondentes aos vértices ID. – inferior direito e
ME.- médio esquerdo) em que nas arestas correspondentes a temperatura era
diferente, definiu-se a temperatura como sendo TM.
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Figura 9 - Representação da distribuição de temperaturas na placa
Por último, de forma a se poder analisar os resultados no programa Paraview com uma
maior qualidade, utilizou-se o código apresentado abaixo, obtendo-se como resultado a Figura
7.
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