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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Engenharia

Cadeira: Matemática I

TEMA: Aplicações da derivada na Contabilidade e Auditoria

Discentes:

Chazmin Issufo Gafar – Economia e Gestão;

Denisa Latoya Macksen – Administração Pública;

Emmanuel Raimundo Quembo – Economia e Gestão;

Fatima Anli Adiame – Economia e Gestão;

Khalil Ahomed Nadat – Contabilidade e Auditoria;

Neid Nicola Berdemhas – Economia e Gestão.

Vincente Armando Natingue – Economia e Gestão.

Docente: Ada Hurdes.

Chimoio, aos Maio de 2015.


Contents
Introdução...................................................................................................................................1
1.Cálculo Diferencial..................................................................................................................2
1.1 Conceito de derivada. Interpretação geométrica da derivada...........................................2
1.2 Regras de derivação de funções........................................................................................3
1.3 Derivada de funções elementares......................................................................................3
1.4 Derivadas de funções compostas......................................................................................4
1.5 Derivadas de 2ª ordem e de ordem superior.....................................................................4
1.6 Derivadas implicitas..........................................................................................................7
1.7 Derivação logarítmica.......................................................................................................7
1.8 Diferencial.........................................................................................................................8
Interpretação de dydx como um quociente diferencial.......................................................8
Interpretação geométrica de dy comparando-o a ∆ x..........................................................9

Introdução
1

1.Cálculo Diferencial
1.1 Conceito de derivada. Interpretação geométrica da derivada.
Seja y= f(x)vuma função real de variável real definida em]a, b[ e x0 €] a, b[.
f ( x 0+ ∆ x )−f ( x 0 )
A razão chama-se razão incremental (ao acréscimo ∆ x da variável
∆x
independente corresponde o acréscimo f ( x 0+ ∆ x )−f ( x 0 )da função).

A derivada da função no ponto x0, f´(x 0) é o limite, se existir, da razão incremental quando
∆ x tende para zero.

f ( x 0+∆ x )−f ( x 0 )
f´(x0) = lim
∆ x→ 0 ∆x

f´(x +∆ x )

f (x0) ∆x f(x +∆ x ) – f(x)

0 x0 x0 + ∆ x x

Geometricamente f´(x0) é declive da recta tangente ao gráfico da função no ponto P é a


posição limite de secante PP´ quando P´ tende para P, deslocando-se sobre a curva.

Equação da tangente à curva no ponto (x0+ y0) y p´


y – y0 = f`(x0). (x – x0) n
Equação da normal à curva (x0 + y0) t
1
y – y0 = - y0 a
f ´ (x 0)
p
0 x0 x
A derivada de uma função num ponto pode ser finita ou indinita
Uma função diz-se diferenciável num ponto se tiver derivada finita nesse ponto e
diferenciável num intervalo ]a, b[ se tiver derivada finita em todos os pontos do intervalo.

2
Exemplo:
1
Considera a função f(x) =
x−2
a) Calcule a derivada de f no ponto x = 1.
b) Determineba equação da recta tangente e normal à curva f no ponto x = 1.
Resolução
lim f (x+ ∆ x)¿−f (x 0) lim x 0−2−x 0−∆ x +2
a) f´(x) = ∆x →0
¿ = ∆ x →0 =
∆x ∆ x (x 0−2)( x 0+ ∆ x−2)
lim −∆ x
∆ x →0 =
∆ x (x 0−2)( x 0+ ∆ x−2)
lim −1 1
= ∆x →0 =- .
( x 0−2)(x 0+∆ x−2) ( x 0−2)2

1
No ponto x = 1 → f´(1)= - = -1.
(1−2)2
b) A equação da tangente à curva num ponto (x0, y0) é y – y0 = f´(x0).(x – x0)
1 1
y0 = f(1) = = -1 e f´(x0) = f´(1)= - = -1.
1−2 (1−2)2
Logo y-(-1) = -1. (x -1)→ y= x -1 -1 ↔ y = -x equação de recta normal.

1.2 Regras de derivação de funções


Seja u = f(x), z = g(x), y = h(x) e uma constante
• Derivada da soma
u = z + y → u’ = z’ + y’
• Derivada do produto de uma função por uma constante
u = kz → u’ = kz’
• Derivada de um produto
u = z. y → u’ = z’y +zy’
• Derivada de um quociente
'
z z y−zy '
u= → u’ =
y y2
1.3 Derivada de funções elementares
i) Se f(x) = k → f’(x) = 0 (k é uma constante)
ii) Se f(x) = kn → f’(x) = nxn-1
1 1
iii) Se f(x) = → f’(x) = -
x x2
1
iv) Se f(x) = √ x = f’(x) =
2√ x
v) Se f(x) = sen x → f´(x) = cos x
3
vi) Se f(x) = cos x → f´(x) = - sen x
1
vii) Se f(x) = tg x → f´(x) =
cos 2 x
1
viii) Se f(x) = cotg x → f´(x) = -
sen 2 x
ix) Se f(x) = ax → f´(x) = ax ln a, (a¿ 0 e a ≠1)
x) Se f(x) = ex → f´(x) = ex
1
xi) Se f/(x) = loga x → f´(x) = , (b¿ 0 e b ≠1)
x ln b
Exemplos:
Calcule a derivada das seguintes funções:
a) f(x) = x + 2
f´(x) = 1 + 0 = 1
b) g(x) = 2x2
g´(x) = 2.7x7-1 = 14x6
3 x +5
c) h(x) =
x −1
( 3 x +5 )( x−1 )−(x−1)(3 x+ 5) 3 ( x −1 )−1(3 x +5) 3 x −3−3 x−5 −8
h´(x) = = = =
(x−1)2 (x−1)2 ( x−1)2 ( x−1) 2

d) m(x) = ex senx
m´(x) = (ex)´sen x + ex (sen x)´= ex sen x + ex cos x = ex (sen x + cos x)
1.4 Derivadas de funções compostas
Seja a função composta y = h(x) = (f ° g)(x) = f [g(x)], sendo g derivável em relação a x e f
derivável em relação a g(x), então: h´(x) = [g(x)] g(x)´.
dy dy du
Considerando u = g(x) e y = f(u) temos: = . Chamada regra da cadeia.
dx du dx
Exemplo:
Determine a derivada das seguintes funções:
n(x) = ln (3x – 5 )
1 3
n´(x) = (3x -5) =
3 x −5 3 x −5
1.5 Derivadas de 2ª ordem e de ordem superior
Seja y = f(x) uma função diferenciável de x. Chamemos sua derivada de primeira a
derivada da função (ou derivada primeira). Se a derivada primeira for deferenciável, sua
derivada é chamada derivada segunda da função original e é denotada por um dos símbolos
d2 y
, y´´ou f´´(x).
dx 2
4
Por sua vez, a derivada da derivada segunda é chamada derivada terceira da função e é
d3 y
denotada por um dos símbolos , y´´´ ou f´´´(x). E assim em diante.
dx 3
Exemplo:
Determina a derivada quarta da seguinte função: y = x3 – 2x2 + 7x + 18
dy d2 y d3 y d4 y
= 3x2 – 4x + 7; = 6x – 4 ; = 6; =0
dx dx 2 dx 3 dx 4
Obs: Todas as derivadas do ordem superior a 4 existem e são nulas.
1.6 Derivadas implicitas
Uma equação f(x,y) = 0, em geral, define y implicitamente como função de x em algum
intervalo.
Por exemplo a equação define a função xy + x – 2y – 1 = 0, com x ≠ 2, define a função
1−x
y= .
x−2
A derivada y´pode ser obtida por um dos seguintes processos:
1. Resolvendo, quando possível, a equação explicitando y e derivando com relação a x.
2. Pensando em y´como a função de x, derivando ambos os lados da equação com
relação a x e então resolvendo a relação obtida explicitando y´. Este processo de
diferenciação é conhecido como derivação implícita.
Exemplo:
Determine
a) x2 + y3 + seny + 5x3 = 0
2x + 3y2 y´ + cos y. y´+ 15x2 = 0 ↔ y´ (3y2 + cos y) = -2x – 15x2 ↔
2 x +15 x 2
↔ y´ = -
(3 y 2+cos y )
1.7 Derivação logarítmica
Se uma função diferencial y = f(x) for um produto e/ou quociente de vários factores, o
processo de derivação poderá y = (x2 + 2)3 (1 – x3)4 ser simplificado com o uso do logarítmico
d d
natural: (y) = y (ln y)
dx dx
Por exemplo:
Y = (x2 + 2)3 (1 – x3)4
ln y = ln (x2 + 2)3 (2 –x3)4 = 3 ln (x2 + 2) + 4 ln (1 –x3)
d 6x 12 x 2
y´= y [3 ln (x2 +2) + 4 ln (1 –x3)] = (x2 + x3) (1 – x3)4 ( − )
dx x 2+2 1−x 3
y´= 6x (x2 + 2)2 (1 – 4x – 3x3)

5
1.8 Diferencial
dy
Interpretação de como um quociente diferencial
dx
dy
Até aqui, tem sido visto como uma simples notação para a derivada da função y = f(x).
dx
dy
O que faremos a seguir é interpretar como um quociente entre dois acréscimos.
dx
Inicialmente, vamos olhar pra dx como um acréscimo em x e, em seguida, procuraremos uma
interpretação para o acréscimo dy.
Sabemos que f´(x) é o coeficiente angular da reta tangente t, no ponto (x, f (x)), e que
dy
= f´(x).
dx
Observe pelo gráfico sobre a interpretação geométrica de derivada que:
∆ y = f (x+ dx) – f(x) é o acréscimo que a função sofre quando se passa de x a x + dx. O
acréscimo dy pode então ser visto como um valor aproximado para ∆ y, evidentemente, o erro
∆ y – dy que se comete na aproximação de ∆ y por dy será tanto menor quanto menor for dx.
Y
∆ x = x2 –x1
∆ x = y2 – y1 s recta a secanta por P e Q
∆ x = df = f´(x)dx
y1 Q t
P dy ∆x
y2
x1 x2

recta tangente t em Q ∆x

Definição: Seja f(x) uma função e sejam x e y, variáveis e relacionados por y = f(x). Então a
diferencial dx é um número qualquer do domínio de f(x) para o qual f´(x) existe, a diferencial
de dy é definida por dy = f´(x) dx
Exemplo:
Se y = f(x) = x2 -5x + 7, achar dy.
f´(x) = 2x – 5 → dy = (2x - 5)dx
Deve observar-se a diferença entre a diferencial dx da variável independente x e a diferencial
dy da variável dependente y. Pois, dx pode assumir qualquervalor, mas o valor dy depende de
6
x. dx, f(x) e, por tanto, de f´(x).
Interpretação geométrica de dy comparando-o a ∆ x
Aqui, supõe-se que f(x) é diferenciável em x1 e torna-se dx = ∆ x, representa-se como um
incremento no valor x1 até x1 + ∆ x e ∆ x será variação correspondente em y 1, isto é,
y2 = y1 + ∆ x. Entretanto, desde que f´(x) é o coeficiente angular da recta tangente ao gráfico
de f(x) em (x1, f(x1)), isto é, (x1, y1), segue-se que dy = f´(x)dx será o incremento corresponde
no valor de y, seguindo-se a direcção da tangente.
Recta tangente t ao ponto da função f(x) e recta secante s que passa por P = (x 1, y1) e Q
= (x1 +∆ x, y1 + ∆ x) da função f(x).
Na figura, tem-se que o incremento da função y = (x) que é dada por f
∆ x = f(x + ∆ x) – f(x)
Y
∆ x = x2 –x1
∆ x = y2 – y1 s recta a secanta por P e Q
∆ x = df = f´(x)dx
y1 Q t
P dy ∆x
y2

x1 x2 x
recta tangente t em Q ∆x
Note que quando se dá o incremento ∆ x, o ponto P desloca para Q, e observe que no ponto P
passa uma recta tangente t, enquanto que nos pontos P e Q, passa uma reta secante s.
Aplicando o conceito de limite, quando ∆ x tende para zero (∆ x → 0), o ponto Q tende para o
ponto P e a recta secante tende para a recta tangente em P, o acréscimo ∆ y tende para a
diferencial dy e ∆ x tende para a diferencial dx.
Assim,

dy = ∆lim ∆ y = lim ¿ [f(x + ∆ x ) – f(x)]


x→ 0 ∆ x→ 0

lim ∆ y
dy = ∆lim
x→ 0
∆y= ∆x →0 . ∆ x = y´dx.
∆y
Ou finalmente dy = y´dx = f´(x) dx

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