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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES

MATEMÁTICA I - CÁLCULO DIFERENCIAL EM IR

Cursos: Gestão, Economia & Contabilidade e Finanças

Cálculo diferencial em IR

1 Cálculo Diferencial. Taxas de variação. Conceito de derivada. Interpretação geométrica


da derivada. Regras de derivação de funções. Derivadas de 2a ordem e de ordem
superior. Problemas de aplicação.
2 Aplicação das derivadas no estudo das funções em IR. Cálculo de máximos e
mínimos. Intervalos de monotonia; Concavidade; Pontos de inflexão; Assimptotas.
3 Aplicação das Derivadas nas áreas de Economia e de Gestão. Funções Marginais.
Custo Marginal. Receita Marginal. Lucro Marginal. Custo Médio e Receita Média.
Custo Médio Marginal. Elasticidade-preço da Demanda. Elasticidade – renda da
Demanda. Relação entre Receita e Elasticidade-preço da Demanda.

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Docente: Pedro S. Monjane ---------------------------------------------MATE 1-2023
Parte 1
Considerações Teóricas

1.1. Conceito de derivada. Interpretação geométrica da derivada.


Sejam y = f (x) uma função real de variável real definida em ]a, b[ e x 0 ] a, b[.

f ( x0  x)  f ( x0 )
A razão chama-se razão incremental (ao acréscimo x da variável
x
independente correspondente o acréscimo f ( x0  x)  f ( x0 ) da função).
A derivada da função no ponto x 0 , f ´( x0 ) é o limite,
se existir, da razão incremental quando x tende
para zero ( x  0 ).

f ( x0  x)  f ( x0 )
f ´( x0 )  lim
x  0 x

Geometricamente f ´( x0 ) é o declive da recta


tangente ao gráfico da função no ponto P é a posição
limite da secante PP’ quando P’ tende para P,
deslocando-se sobre a curva.

Equação da tangente à curva no ponto (x0, y0)

y  y 0  f ´( x0 ) . x  x0 

Equação da normal à curva no ponto (x0, y0)


y  y0  
1
 x  x0 
f ( x0 )
A derivada de uma função num ponto pode ser finita ou infinita.

Uma função diz-se diferenciável num ponto se tiver derivada finita nesse ponto, e
diferenciável num intervalo ]a, b[ se tiver derivada finita em todos os pontos do intervalo.

1
Exemplo: Considere a função f ( x)  :
x2
a) Calcule a derivada de f no ponto x = 1.
b) Determine a equação da recta tangente e normal à curva f no ponto x = 1

Resolução:
1 1

f ( x0  x)  f ( x0 ) x  x  2 x0  2
a) f ´( x0 )  lim = lim 0 =
x  0 x x  0 x

2
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x0  2  x0  x  2  x
= lim = lim =
xx0  2x0  x  2
x 0 x  xx0  2x0  x  2
1 1
= lim 
x  0  x  2  x  x  2  x0  22
0 0

1
No ponto x = 1  f ' (1)    1
1  22
b) - A equação da tangente à curva num ponto (x0, y0) é y  y 0  f ´( x0 ) . x  x0 

1 1
y0  f (1)   1 e f ' ( x0 )  f ' (1)    1
1 2 1  22
Logo y  1   1. x 1  y   x 1 1  y   x
- A equação da normal à curva num ponto (x0, y0) é y  y 0  
1
 x  x0 
f ( x0 )
y  1    1. x 1  y  x 1 1  y  x  2

1.2. Regras de derivação de funções


Seja u = f (x), z = g(x) , y = h(x) e k uma constante
 Derivada da soma
u  z  y  u  z  y
 Derivada do produto de uma função por uma constante
u  kz  u   kz 
 Derivada de um produto
u  z  y  u   z y  z y 
 Derivada de um quociente
z z y  z y 
u  u 
y y2

1.3. Derivadas de funções elementares

i) Se f ( x)  k  f ( x)  0 (k é uma constante)
ii) Se f ( x)  x n  f ( x)  nx n 1
1 1
iii) Se f ( x)   f ( x)   2
x x
1
iv) Se f ( x)  x  f ( x) 
2 x
v) Se f ( x)  senx  f ( x)  cos x
vi) Se f ( x)  cos x  f ( x)   senx
1
vii) Se f ( x)  tgx  f ( x) 
cos2 x
1
viii) Se f ( x)  cot gx  f ( x)  
sen2 x

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ix) Se f ( x)  a x  f ( x)  a x ln a , (a  0 e a  1)
x) Se f ( x)  e x  f ( x)  e x
1
xi) Se f ( x)  logb x  f ( x)  , (b  0 e b  1)
x ln b

Exemplos: Calcule a derivada das seguintes funções:


3x  5
a) f(x) = x + 2 b) g(x) = 2x7 c) h( x)  d) m( x)  e x senx
x 1
Resolução:

a) f’(x) = 1 + 0 = 1

b) g’(x) = 2. 7x7-1=14x6

3x  5' x 1  x 1' 3x  5 3x 1 13x  5 3x  3  3x  5


c) h' ( x)  = = =
x 12 x 12 x 12
8
=
x 12

d) m' ( x)  e x ' senx  e x senx'  e x senx  e x cos x  e x senx  cos x 


e)

1.4. Derivadas de funções compostas

Seja a função composta y  h( x)   f  g ( x)  f g x  ,sendo g derivável em relação a x e f


derivável em relação a g(x), então: h( x)  f g x  g ( x) .
dy dy du
Considerando u = g(x) e y = f(u), temos:   Chamada regra da cadeia.
dx du dx
Exemplo: Determine a derivada das seguintes funções:
a) y  e x  1
2
b) y  sen( x 3  5 x) c) n(x) = ln(3x – 5)

Resolução:
1
a) y  e x
2

 dy u
 y  e  e
u

du dy dy du dy x 2  1
  e  2 x  2 xe x  1
2

 ; , logo
u  x 2 1  du dx du dx dx
 2x
 dx

b) y  sen( x 3  5 x)

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 dy
 y  sen u  du  cos u
 ;
dy
dx
     
 cos x 3  5 x  3 x 2  5  3 x 2  5 cos x 3  5 x 
u  x 3  5 x  du  3x 2  5
 dx
c) n' ( x) 
1
3x  5' = 3
3x  5 3x  5

1.5. Derivadas de 2a ordem e de ordem superior


Seja y = f(x) uma função diferenciável de x. Chamemos sua derivada de primeira a derivada
da função (ou derivada primeira). Se a derivada primeira for diferenciável, sua derivada é
d2y
chamada derivada segunda da função original e é denotada por um dos símbolos ,
dx 2
y  ou f (x) .
Por sua vez, a derivada da derivada segunda é chamada derivada terceira da função e é
d3y
denotada por um dos símbolos , y  ou f (x ) . E assim em diante.
dx 3
N.B. A derivada de uma função de uma dada ordem em um ponto pode existir somente
quando a função e todas as derivadas de ordem menor são diferenciáveis neste ponto.

Exemplo: Determine a derivada quarta da seguinte função: y  x 3  2 x 2  7 x  18


dy d2y d3y d4y
 3x 2  4 x  7 ;  6 x  4 ;  6 0
dx dx 2 dx 3 dx 4
Obs. Todas as derivadas de ordem superior a 4 existem e são nulas.

1.6. Derivadas implícitas


Uma equação f(x,y) = 0, em geral, define y implicitamente como função de x em algum
intervalo.
1 x
Por exemplo a equação xy + x – 2y -1 = 0, com x ≠ 2, define a função y  .
x2
A derivada y’ pode ser obtida por um dos seguintes processos:
1. Resolvendo, quando possível, a equação explicitando y e derivando com relação a x.
2. Pensando em y como a função de x, derivando ambos os lados da equação com relação a x
e então resolvendo a relação obtida explicitando y’. Este processo de diferenciação é
conhecido como derivação implícita.

Exemplo: Determine y’ se a) xy + x – 2y -1 = 0 b) x 2  y 3  seny  5 x 3 .  0

Resolução:
a) xy + x – 2y -1 = 0
d d d d d d
Temos, x ( y )  y ( x)  ( x)  2 ( y )  (1)  (0)
dx dx dx dx dx dx
1 y
ou xy’ + y +1 – 2y’ = 0; logo y '  .
2 x

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Analogamente podemos calcular derivadas de ordem superior
2  x  1  y   1  y
d d  1  y  2  x  y '1  y 2 x 2  2y
Então ( y' )  y' '     
dx dx  2  x  (2  x) 2
(2  x) 2
(2  x) 2
O segundo método é derivar implicitamente ambos os lados da equação dada quantas vezes
forem necessárias para produzir a ordem requerida de derivação e eliminar todas as derivadas
de ordem inferior. Esse procedimento é recomendado somente quando é pedido o cálculo de
uma derivada de ordem superior em um dado ponto específico.

b) x 2  y 3  seny  5 x 3  0
2 x  3 y 2 y   cos y  y   15x 2  0   
y  3 y 2  cos y   2 x 15x 2 
2 x 15x 2
y  
3 y 2  cos y 
1.7. Derivação Logarítmica
Se uma função diferencial y = f(x) for um produto e/ou quociente de vários factores, o
processo de derivação poderá ser simplificado com o uso do logaritmo natural:
d d
( y )  y (ln y )
dx dx
Por exemplo y = (x2+2) 3 (1-x3) 4
ln y  ln( x 2  2) 3 (1  x 3 ) 4  3 ln( x 2  2)  4 ln(1  x 3 )
 6x 12x 2 
y'  y
d
 
3 ln( x 2  2)  4 ln(1  x 3 )  ( x 2  x) 3 (1  x 3 ) 4  2  
3 
dx  x  2 1 x 
y   6 x( x 2  2) 2 (1  x 3 ) 3 (1  4 x  3x 3 )

1.8. Diferencial

dy
Interpretação de como um Quociente diferencial.
dx
dy
Até aqui, tem sido visto como uma simples notação para a derivada da função y = f(x).
dx
dy
O que faremos a seguir é interpretar como um quociente entre dois acréscimos.
dx
Inicialmente, vamos olhar para dx como um acréscimo em x e, em seguida, procuraremos
uma interpretação para o acréscimo dy.
Sabemos que f '(x) é o coeficiente angular da reta tangente t, no ponto (x, f(x)), e que
dy
 f (x) . Se observarmos, então, para dy como acréscimo na ordenada da reta tangente t,
dx
dy
correspondente ao acréscimo dx em x, teremos  f (x) .
dx

Observe pelo gráfico sobre a interpretação geométrica de derivada que:

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y  f ( x  dx)  f ( x) é o
acréscimo que a função sofre
quando se passa de x a x+ dx. O
acréscimo dy pode então ser
visto como um valor aproximado
para  y ; evidentemente, o erro
y  dy que se comete na
aproximação de  y por
dy será tanto menor quanto
menor for dx.

Definição: Seja f(x) uma função e sejam x e y , variáveis e relacionadas por y = f(x) . Então a
diferencial dx é um número qualquer do domínio de f(x) para o qual f '(x) existe , a diferencial
de dy é definida por dy = f '( x )dx

Exemplo: Se y = f(x) = x2 -5x +7 , achar dy .

Solução: f '(x) = 2x -5  dy = (2x -5 )dx

Deve observar-se a diferença entre a diferencial dx da variável independente x e a diferencial


dy da variável dependente y . Pois, dx pode assumir qualquer valor, mas o valor de dy
depende de x , dx , f(x) e, por tanto, de f '(x) .

Interpretação geométrica de dy comparando-o a  y

Aqui, supõe-se que f(x) é diferenciável em x1 e toma-se dx =  x , representa-se  x como um


incremento no valor x1 até x1 + x1 e  y será variação correspondente em y1 , isto é, y2 = y1
+  y . Entretanto, desde que f '(x) é o coeficiente angular da recta tangente ao gráfico de f(x)
em (x1,f(x1 )), isto é, (x1 ,y1 ), segue-se que dy = f '(x)dx será o incremento correspondente no
valor de y , seguindo-se a direcção da tangente.

Recta tangente t ao ponto P= (x1, y1 )


da função f(x) e reta secante s que
passa por

P= (x1 , y1 ) e Q = (x1 +  x ,y1 +  y )


da função f(x) .

Na Figura ,
tem-se que o incremento da função y
= f(x) que é dada por  y = f(x
+  x )-f(x)

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Note que quando se dá o incremento  x , o ponto P desloca para Q , e observe que no ponto
P passa uma recta tangente t, enquanto por P e Q , passa uma recta secante s. Aplicando o
conceito de limite, quando  x tende para zero (  x  0 ) , o ponto Q tende para o ponto P ,
e a recta secante tende para a recta tangente em P , o acréscimo  y tende para a diferencial
dy e  x tende para a diferencial dx .

Assim,
dy  lim y  lim  f x  x   f x  
x  0 x  0

y
dy  lim y  lim  x = y dx
x  0 x  0 x

ou finalmente dy  y dx = f x dx

A expressão acima é a própria definição de diferencial, e pela Figura observa-se que quanto
menor for  x , menor será a diferença entre o acréscimo  y e a diferencial dy .

Assim, a diferencial de uma função é obtida pelo produto da derivada da função pela
diferencial da variável de derivação.

Para uma função f (x), a diferencial segue a sequência abaixo

Função Derivada Diferencial


y  f (x) dy 
dy  f ( x)dx
y   f ( x) 
dx
y  h(t ) dy dy  h (t )dt  dh
y   h (t ) 
dt

Da Figura fica claro que dy pode ser considerado uma boa aproximação de  y desde que dx
y
=  x e que  x seja suficientemente pequeno. A razão  f (x) quando x  0 que
x
dy
difere de por um número extremamente pequeno , donde
dx
y dy  dy  dy
    y     x  y  x  x
x dx  dx  dx
y dy  dy   dy 
    y     x  lim y  lim  x  x 
x dx  dx  x 0

x  0 dx

dx  lim  x   dx
dy dy
 dy 
dx x  0
 dx
0

dy 
dy  dx  dy  f ( x)dx
dx   y  dy
y  f x  x   f ( x) 

Assim f ( x  x)  f ( x)  f x  dx

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Observação: A diferencial pode ser usada para efectuar cálculos aproximados.

Exemplo:

1. Calcular a raiz y = f (x)= 3x2- 2x + 4, para x1 =1, dx =  x = 0,02


a) Calcular y  f ( x1  x)  f ( x1 ) ) exactamente.
b) Fazer uma estimativa de  y , usando dy  f ( x)dx .
c) Determinar o erro   y  dy
Resolução:
a) y  f ( x1  x)  f ( x1 ) = f (1  0,02)  f (1) =
 
f (1,02)  f (1) = 31,02  2.1,02  4  3.12  2.1 4
2

y  5,0812  5 = 0,0812

b) dy  f ( x)dx
f ( x)  6 x  2  dy  6 x  2dx
dy  f (1)dx  6  1  20.02  0,08

c)   y  dy = 0,0812  0,08  0,0012

2. Usar diferenciais para estimar 35 .


Para isso toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, 36 = 6 e faz-se
y  36  dx =  x =35 -36 = -1; consideremos a função y  f ( x)  x e x1 =36
35  36  y  6  f ( x)dx
1 1 1 1
f ( x)   f ( x1 )   y  dy  (1)    0,08333...
2 x 2 36 2 36 12
Então: 35  6   0,08333  5,91666...

1.9. Aplicação das derivadas


1.9.1 Regra de L’Hôspital
Teorema: (Regra de L’Hôspital-Bernoulli) Se f(x) e (x) são infinitamentes pequenas, ou
f ( x)
infinitamentes grandes, quando x  a, isto é, se a razão representa no ponto x = a uma
 ( x)
0  f ( x) f ( x)
expressão indeterminada da forma e teremos, que: lim  lim com a
0  x  a g ( x) x  a g ( x )

condição de que exista o limite desta razão das derivadas.

Obs. Esta regra é também, aplicável no caso em que que a = .

sen3 x e x  e  x  2x  1 1 
Exemplo: Determine: a) lim b) lim c) lim  2
x0 2x x 0 x  senx 
2
x  0 sen x x 
Resolução:

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sen3x  0 
a) lim  
x 0 2x 0
sen3 x 3 cos 3 x 3
lim  lim 
x0 2x x  0 2 2

e x  e  x  2x 0
b) lim   0 
x 0 x  senx
e x  e  x  2x e x  ex  2 0 e x  ex 0 e x  ex
lim  lim     lim     lim 2
x 0 x  senx x  0 1  cos x
 0  x  0 senx  0  x  0 cos x

 1 1 
c) lim  2      , Reduzindo a fração a um denominador comum, teremos:
 x 
x  0 sen x2

 x 2  sen2 x   0  2 x  2senx cos x 0 2 x  sen2 x


lim 2 2      lim =    lim =
 x sen x   0  x  0 2 xsen x  x 2senx cos x  0  x  0 2 xsen x  x sen2 x
x0 2 2 2 2

=
2  2 cos 2 x 0 2  2 cos 2 x
lim     lim =
x  0 2 sen2 x  2 x 2 senx cos  2 xsen2 x  2 x 2 cos x 2sen x  4 xsen2 x  2 x 2 cos x
0 x  0 2

=
4sen2 x 0
lim  
x  0 4 senx cos x  4 sen2 x  8 x cos x  4 x cos x  2 x 2 senx  0 
 
8 cos 2 x 8 1
 lim  
x  0 4 cos 2 x  8 cos 2 x  8 cos x  8 xsenx 4 cos x  4 xsenx 4 xsenx 2 x 2 cos x 488 4 3

1.9.2. Intervalos de monotonia e primeira derivada de uma função

Teorema
Seja f uma função contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[ .
 Se f’(x) > 0 para todo o intervalo x  ]a, b[, então f é estritamente crescente em [a, b].
 Se f’(x) < 0 para todo o intervalo x  ]a, b[, então f é estritamente decrescente em [a, b].

1.9.3. Extremos relativos e primeira derivada de uma função

Teorema
Se uma função f é contínua num intervalo fechado [a, b] e tem um máximo ou um mínimo
em c]a, b[ , então f’(c) = 0 ou f’(c) não existe.

Definição: Um número c do domínio de uma função f é um ponto crítico de f se f’(c) = 0 ou


f’(c) não existe.

Seja c um ponto crítico de f e f contínua em c:


 Se f ’(x) muda de sinal de positiva para negativa em c, então f(c) é um máximo
relativo.

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 Se f ’(x) muda de sinal de negativa para positiva em c, então f (c) é um mínimo
relativo.

1.9.4. Extremos relativos e segunda derivada de uma função

Seja y = f (x) uma função cuja derivada se anula no ponto x = c, isto é, f ’(c) = 0.
Sopunhamos, alem disso que a derivada segunda f ’’(x) existe e é contínua numa vizinhança
do ponto c.
Teorema: Seja f ’(c) = 0; então a função tem um máximo no ponto x = c se f ’’(c) < 0, e um
mínimo se f ’’(c)> 0.

 Se no ponto crítico, x = c, f ”(c) = 0, a função pode , ou admitir neste ponto um


máximo ou um mínimo, ou não ter extremo neste ponto. Neste caso o estudo deverá ser
feito segundo o primeiro método.

1.9.5. Concavidade e segunda derivada

Se a segunda derivada f’’ de f existe num intervalo aberto ]a, b[ então o gráfico de f:
 Tem a concavidade voltada para cima no intervalo ]a, b[ se f’’ > 0 neste intervalo;
 Tem a concavidade voltada para baixo no intervalo ]a, b[ se f’’ < 0 neste intervalo;

Definição: Chama-se ponto de inflexão ao ponto que separa a parte convexa duma curva
contínua da sua parte côncava.

Teorema
Seja f uma função contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[.
Se f’’ (c) = 0 ou f’’ (c) não existe e a segunda derivada muda de sinal passando pelo valor x =
c, o ponto (c, f(c)) é um ponto de inflexão.

1.9.6. Assimptotas
Definição: A recta r chama-se assimptota duma curva, se a distância  dum ponto variável M
da curva
a esta recta tende para zero, quando o ponto M tende para infinito.

1. Resulta da definição de assímptota que se lim f ( x)   ou lim f ( x)   , ou


x  a x  a

lim f ( x)   então a recta x = a é uma assimptota vertical.


xa

2. A existência de assimptotas não verticais depende do comportamento da função quando


x → + ∞ ou quado x → - ∞.

11
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 Se a recta y = mx + b é assimptota não vertical quando x → + ∞, vem:
e b  lim  f ( x)  mx  .
f ( x)
m  lim
x   x x  

 Se a recta y = mx + b é assimptota não vertical quando x → - ∞, vem:


e b  lim  f ( x)  mx  .
f ( x)
m  lim
x   x x  

 Se m = 0 e b IR, a recta é horizontal.

N.B. Uma assimptota não vertical pode ser intersectada pelo gráfico da função.

1.9.7. Estudo e representação gráfica de funções

A representação gráfica de uma função permite a leitura rápida de todas características.

Para construir o gráfico de uma função é conveniente previamente determinar:


1. O domínio;
2. Os pontos de intersecção com os eixos;
3. Os pontos de descontinuidade;
4. As simetrias do gráfico (em relação á origem e ao eixo dos y y);
5. As assimptotas do gráfico;
6. Os intervalos de crescimento e decrescimento; os máximos e mínimos relativos;
7. O sentido da concavidade do gráfico; os pontos de inflexão.

Por vezes é ainda necessário calcular as coordenadas de mais alguns pontos do gráfico.

Exemplos:
Esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções, indicando: i) domínio; ii) os zeros da
função iii)os pontos de descontinuidade e as assímptotas; iv) os extremos e intervalos de
monotonia; v) concavidade e pontos de inflexão.
6x2  x4 2 x2  5
a) f ( x)  b) g ( x)  c) h( x) 
9 x 1 x

Resolução:
6x2  x4
a) f ( x) 
9
i)A função f é polinomial e portanto o Df = R.

6x2  x4
ii) f ( x) 
9
 
 0  6x2  x4  0  x2 6  x2  0  x2  0  6  x2 

 x  0  x   6  x1   6  x2  0  x3  6

S:  6; 0 ; 6 
iii) A função f é polinomial e portanto contínua em R, isto é, não tem pontos de
descontinuidades nem assímptotas verticais.

12
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6x2  x4
lim f ( x)  lim    , Isto é, não tem assímptotas horizontais
x x 9

'
 6 x 2  x 4  12x  4 x 3
iv) f ' ( x)    
 9  9
12x  4 x 3
f ' ( x)  0 
9
 
 0  4x 3  x2  0  4x  0  3  x2  0 

 x  0  x   3  x1   3  x2  0  x3  3

x  ; 3  3  
3;0 0 0; 3 3  3;
f´ + 0 - 0 + 0 -
f max min max

f ( 3 ) 

6 3   3

 
2
18  9
1 Máximo;
4

f (0)  0 Mínimo
9 9

f ( 3) 
6 3     3
2 4


18  9
1 Máximo
9 9
'
 12x  4 x 3  12  12x 2
v) f ' ' ( x)    
 9  9
12  12x 2
f ' ' ( x)  0   0  12 12x 2  0  x   1
9
x  ;1 -1  1;1 1 1;
f ´´ - 0 + 0 -
f P.I. P.I.

6 1   1 6 1 5
2 4
f (1)    Ponto de inflexão
9 9 9
6  12 14 6 1 5
f (1)    Ponto de inflexão
9 9 9

O gráfico de f

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2
b) g ( x) 
x 1
2
i) Df = R\ {1}. ii) g ( x)   0  2  0 impossível, logo a função não tem
x 1
zeros
iii) A função g não é contínua em x = 1, isto é, tem um ponto de descontinuidades
no ponto de abcissa x = 1.

Assímptotas:
Verticais:
2 
lim g ( x)  lim   
x 1 x  1 x 1 
  x 1 é Assímptota vertical
2
lim g ( x)  lim   
x  1 x  1 x 1 
Horizontal
2
lim g ( x)  lim  0  y = 0 é assímptota horizontal
x x    x 1

'
 2  2
iv) g ' ( x)     
x  12
x  ;1 1 1;
 x 1 
g´ - n.e. -
2
g ' ( x)  0    0  2  0 Imp. g n.e.
x 12

A função g não admite extremos, isto é não tem máximos nem mínimos.
'
 2  4
v) g ' ' ( x)   2 
 x  ;1 1 1;
 x 1  x 13 f ´´ - n.e. +
4
g ' ' ( x)  0  0 4  0 f n.e.
x 13
Imp.

14
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O gráfico.

x2  5
c) h( x) 
x
x2 5
i) Df = R\ {0}. ii) h( x)   0  x 2  5  0 impossível, logo a função não tem
x
zeros
Assímptotas:
Verticais:
x2 5 
lim h( x)  lim   
x0 x 1 x 
  x  0 é Assímptota vertical
x 5
2
lim h( x)  lim  
x  0 x 1 x 
Horizontal:
x2 5
lim h( x)  lim    Não tem assímptota horizontal
x x x
Oblíqua:
x2 5
h( x ) x x2 5
m  lim  lim  lim 1
x x x x x   x2

 x2 5  x2 5  x2
b  lim h( x)  mx   lim   x   lim 0
x x
 x  x  x
Logo y = x é assimptota oblíqua

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'
 x2 5  x2 5
iv) h' ( x)     2
 x  x
x 5
2
h' ( x)  0  2  0  x   5  x  5
x
x  ; 5   5 
 5;0 0 
0; 5   5  5;
h´ + 0 - n.e. - 0 -
h 2 5 n.e. 2 5
máx min

 
h  5   2 5 é um máximo;  
h 5  2 5 é mínimo
'
 x2  5 10
v) h' ' ( x)   2   3
 x  x
10
h' ' ( x)  0  3  0  10  0 impossível
x

x  ;0 0 0;
h´´ - n.e. +
h n.e.

A função não tem ponto de inflexão

O gráfico.

16
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EXERCÍCIOS:

y
1. Calcule y e :
x
a. y = 2x -3 e x varia de 3,3 a 3,5.
b. y = x2 + 4x e x varia de 0,7 a 0,85.
2
c. y  e x varia de 0,75 a 0,5.
x
4 16
[Sol.: a) 0,4 e 2 ; b) 0,8325 e 5,55 ; c) e  ]
3 3

2. Calcule  y se y = x2 - 3x + 5, x = 5 e x   0,01. Qual é então o valor de y quando x =


4,99?
[Sol.:  y = -0,0699; y= 14,9301]

3. A procura de cortes de cabelo CC, numa determinada barbearia, depende do preço p (em
centenas de meticais) e pode ser representada pela função procura, CC ( p)  144  p 2 .
Calcule:
a) A taxa de variação média da procura de cortes de cabelo TVMCC resultante da subida
de preço de p  6 (600,00MZN ) para p  8 (800,00MZN ) ;
b) A taxa media de variação na procura TVMCC, dada uma pequena alteração no preço a
partir de p  6 ;
c) A taxa instantânea de variação na procura de cortes de cabelo TVICC em p  6 .

12   p . Considerando p  6 , se  p  1 , TVMCC  12  (1)  13 (a


[Sol.: a) -14; b)

procura decresce de 108 para 95 unidades). E, se  p  2 TVMCC  12  ( 2)  14 (a


procura decresce de 108 para 80 unidades, isto , 28 unidades ou 14 unidades em media por cada
aumento de 100,00 MZN em p ); c) TVICC  12 ]

4. Dada a função oferta S ( p)  50 p 2 , calcule:


a) A taxa de variação média da oferta TVMS, quando o preço sobe de p  3 contos para
p  5 contos;
b) A taxa de variação média da oferta TMVS, face a uma pequena alteração no preço a
partir de p  3 contos;
c) A taxa de variação instantânea da oferta TVIS no ponto p  3 contos.

[Sol.: a) 400; b) 300  50 p , se p  3 e  p  2 , TMVS  400 ; c) 300.]

5. A partir da definição da derivada, calcule a derivada de cada uma das seguintes funções:

a) y  4x  3 b) y  4  3 x c) y  x 2  2 x  3 d) 1 2x  1
y e) y
x2 2x  1
1  2x g) y x 1 i) y  1  2 x j) 1
f) y h) y y
1  2x x 2x

17
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2 4 4 1
[Sol.: Resposta: a) 4; b) –3; c) 2 x  2 ; d)  ; e) ; f) ; g) ;
x3 2 x  12 1  2 x 
2
2 x
1 1 1
h)  ; i) ; j)  .]
2x x 1  2x 22  x  2
3

6. Calcule o coeficiente angular da recta tangente às seguintes curvas no ponto xo  1 .


a) y  8  5 x 2 b) y  4 c) y 
2 1
[Sol.: a) –10; b) –1; c)  ]
x 1 x3 8

7. Escreva as equações da tangente e da normal ao gráfico da função no ponto de abcissa


zero:
x 2 1 b) f ( x)  senx c) f ( x)  ln( x  e)
a. f ( x) 
x2
[Sol.: a)x – 4y – 2 = 0; y = 8x + 2y + 1 = 0 b)y = x; y   x c) x –ey + e = 0; ex + y -
1= 0]

8. Encontre as coordenadas do vértice da parábola y  x 2  4 x  1 fazendo uso do facto de


que no vértice o coeficiente angular da tangente é zero.
[Sol.: V (2, -3)]

9. Calcule o coeficiente angular das tangentes à parábola y   x 2  5 x  6 em seus pontos


de intersecção com o eixo dos x. [Sol.: em x = 2, m = 1; em x = 3,
m = -1]

10. Achar a equação da tangente à curva y = x3 + 3x2 - 5 que é perpendicular a recta 2x -6y + 1
= 0. Construir a tangente e indicar o ponto de contacto.

11. Achar a equação da tangente à curva y = x3 – 6x que é paralela a recta 6x + 2y + 1 = 0.


Construir a tangente e indicar o ponto de contacto.

12. Calcule a derivada das y  2x  2 x


3 1 1 4
 d)
y 
1

seguintes funções: b) y  3x 2  x 2  2 x 2 c) 2
2x x
a) y  x 5  5 x 4  10x 2  6
y  1  5x  y  3 x  x 3  1  
6 1
2 6 f) 4
e) f (t )  3 g) h) y  3  4x  x 2 2
t t
3r  2  x 
5
k) y  2x 2 2  x y  x 3  2x 2
i)   j) y   
l)
2r  3 x 
1 

Soluções:
dy dy 3 3 1 dy 1 2
a)  5 x ( x 3  4 x 2  4) b)   x  3 c)  3  3
dx dx 2 x 2 dx x
x2 x2

18
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dy 1  2 y    301  5x
5
t  23 t 2 f)
d)  e) f (t )  
dx 2x t2
y   121  x 2 3 x  x 3  1
3
y 
2  x  d 5
g) h) i) 
y dr 2r  32
5x 4 x8  5 x  3  4x 2
j) y  k) y  l) y 
1  x 6 2x 3  2x 2

13. Calcule as derivadas das seguintes funções:

t2 2  x3  1 
4
d) y  3 sen 2 x
a) y  1 x b) s  c) y   3 
3 t 2  2x  1 
x f) y  4tg 5 x 1 h) y  sen3 x  cos 2 x
e) y  4 cos g) y  cot g 8 x
2 4
i) 
y  cos 1  x 2  j) y  cos1  x 
2
k) y  sen2 3x  2 l) y  e5x
m) y  e x y  e sen 3 x y  e  x cos x y  ee
3 x
n) o) p)
q) y  ln4 x  5 r) y  ln 3  x 2

Soluções:
36x 2 x 3 1
3
1 ds 10t
a) y  b)  y 
4 x 1 x dt 3t 2  
2 c)
2 x 3
 1
5

d) y '  6 cos 2 x x f) y   20 sec2 5 x


e) y    2 sen
2
g) y    2 cos ec 2 8 x h) 
y  3 cos 3 x  2 sen2 x i) y   2 xsen 1  x 2 
j) y  21  xsen1  x 
2
k) y   3sen6 x  4 l) y   5e 5 x
m) y   3x 2 e x y   3e sen 3 x cos 3x y    e  x cos x  senx
3
n) o)
y  e( x  e
x
) 4 x
p) q) y  r) y 
4x  5 x 3
2

14. Calcule a derivada das seguintes funções implícitas:

a) xy  x  2 y  1  0 b) x 2 y  xy 2  x 2  y 2  0 c) seny cos x  y
d) y  yx 0
6 2
1
e) y  x  seny  0 f) ey  x y
4
g) y  cosx  y  h) cosxy  x 1 1 1
i) x 2
 y 2 2 2

1y y  2 x  2 xy
2
senx
Sol.: a) y   ; b) y   ; c) y    d)
2x x 2  2 y  2 xy 1 cos y
2x 1 1 sen( x  y)
y  e) y   f) y   y g) y    h)
6 y 5 1 1 e 1 1  sen( x  y)
1  cos y
4

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1  ysen( xy) y
y   i) y   
x sen( xy) x

dy
15. Use a derivação logarítmica para calcular :
dx

a) y  xx b) y  x 2 e 2 x cos 3x c) y  x ln x
2 
Sol.: a) y   x x 1  ln x  ; b) y   x 2 e 2 x cos3x  2  3tg 3x  ; c) y   2 x ln x 1 ln x
x 

16. Calcule todas as derivadas até à terceira ordem das seguintes funções:
a) y  4 x 3  6 x 2  6 x  4 b) y  3 sen 2 x c) f ( x)  x  4 x  3 d) f ( x)  x 2  4 
4 3 2

e) y  sen3 x  cos 2 x f) y  e x cos x g) y  e (1  cos x ) h) y  lnsenx

17. Dada função f ( x)  e 3 x .


a. Determine todas as derivadas até à quarta ordem
b. Determine a derivada de ordem n.

18. Achar a diferencial da função:


a. y =3x2 -2x +5 b) g (t )  e 2t  5

Sol.: a) dy = (6x – 2)dx b) dg (t )  2e 2t  5 dt

19. Use diferenciais para estimar :


a. 17 b) 3 28 c) cos44o d) e0,2

20. Calcule:
x 3  2x 2  x  2 ln x ex x  senx
a. lim b. lim c. lim d. lim
x 
x 1 x3  7x  6 x  0 cot gx x   x x

x f. lim x x g. lim x n ln x  x 1 
e. lim x 0 x 0 h. lim  
x  e x
x 1 x  1
 ln x 

1 1
Soluções: a) b) 0 c) +  d) 1 e) 0 f)1 g)0 h)
2 2

21. Numa indústria química, considerou-se a produção de detergente como função do capital
investido em equipamentos e estabeleceu-se P ( q )  3q 2 , onde a produção P é dada em
milhares de litros e o capital investido q é dado em milhares de dólares.

20
Docente: Pedro S. Monjane ---------------------------------------------MATE 1-2023
a) Determine a taxa de variação média de produção para o intervalo 3  q  5 . Qual é o
significado do seu gráfico?
b) Estime, numericamente, a taxa de variação instantânea da produção para q  1 . (Use para
as estimativas do limite h  0.1; h  0.01 e h  0.001)
c) Estime a derivada da produção em q  1 , ou seja, p ' (1) . Qual a unidade de medida
dessa derivada?
d) Qual o significado numérico e gráfico da derivada encontrada no item anterior?
e) Determine a equação da recta tangente à curva para q  1 . Faça também a representação
gráfica.
f) Encontre, algebricamente, a derivada de P em q  1 .
g) Encontre, algebricamente, a função derivada de P em relação a q, ou seja, P ' ( q ) .

22. O custo C para a produção de uma quantidade q de componentes electrónicos é


representado pela função C  f (q ) . O custo é dado em dólares (USD) e a quantidade é
dada em milhares de unidades.
a) Qual o significado e a unidade de medida da derivada f ' ( q ) ?
b) Em termos práticos, o que significa dizer que f (10)  5 ?
c) Em uma produção industrial, o que você espera que seja maior, f ' (10) ou f ' (100) ?

23. Para um produto, a receita R, em dólares (USD), ao se comercializar a quantidade q, em


unidades, é dada pela função R  2q 2  1.000q .
a) Esboce o gráfico de R ressaltando os principais pontos.
b) Determine a taxa de variação média da receita para os intervalos 100  q  200 ;
200  q  300 e 300  q  400 . Quais os seus significados gráficos?
c) Estime, numericamente, a taxa de variação instantânea da receita para q  100 . (Utilize
para as estimativas do limite h  0,1 ; h  0,01 e h  0,001.)
d) Estime a derivada da receita em q  100 , ou seja, R ' (100) . Qual a unidade de medida
dessa derivada?
e) Qual o significado numérico e gráfico da derivada encontrada no item anterior?
f) Determine a equação da recta tangente à curva para q  100 . Faça também a
representação gráfica.
g) Encontre, algebricamente, R ' (100) .
h) Encontre, algebricamente, a função derivada de R em relação a q, ou seja, R ' ( q ) .
i) Utilizando a função R ' ( q ) encontrada no item anterior, obtenha R ' (100) , R' (250) ,
R' (300) e represente sobre o gráfico do item (a) as rectas tangentes relativas a essas
derivadas.
j) Comente os sinais de R ' (100) , R' (250) , R' (300) e sua relação com o comportamento da
função R (q ) .

24. Use o teste da derivada primeira para examinar os valores máximos e mínimos locais de
cada uma das seguintes funções:
a) f ( x)  x 2  2 x  3 b) f ( x)  3  2 x  x 2 c) f ( x )  x 3  6 x 2  9 x  8
d) f ( x )  x 3  2 x 2  4 x  8 e) f ( x)  2  x3 f ( x)  x 2  4 
2
f)

21
Docente: Pedro S. Monjane ---------------------------------------------MATE 1-2023
g) f ( x)  x  44 x  33 h) f ( x)  x 3 
48
i) f ( x)  x  13 x  2 3
1 2

Soluções: a) min ( 1;  4) ; b) max (1; 4) ; c) max (1;  4) ; min (3;  8) ; d) max ( 2; 0) ;
2 256
min ( ;  ) ; e) Não possui nem máximo e nem mínimo; f) max (0;16) ; min ( 2; 0) ; g)
3 27
max (0; 6912) ; min ( 4; 0) . Para x  3 a função não tem nem máximo nem mínimo; h)
max (2;  32) ; min ( 2; 32) ; i) max ( 2; 0) ; min (0;  3 4 ) . Para x  1 a função não tem nem
máximo nem mínimo.

25. Examine os valores máximos e mínimos locais das funções do exercício anterior [da
alínea a) à f)]. Usando o método da derivada segunda. Determine também os pontos de
inflexão e os intervalos de convexidade e concavidade.

[Respostas: a) Nenhum pto de inflexão, convexa; b) Nenhum pto de inflexão, côncava; c) Pto de
2
inflexão em x  2 ; convexa em x  2 , côncava em x  2 ; d)Pto de inflexão em x   ;
3
2 2
convexa em x   , côncava em x   ; e) Pto de inflexão em x  2 ; côncava em x  2 ,
3 3
2 3 2 3 2 3
convexa em x  2 ; f) Ptos de inflexão em x   ; convexa em x  e x ,
3 3 3
2 3 2 3
côncava em  x ].
3 3
 2
26. Verifique que o ponto   2,  2  é ponto de inflexão da função y = xex e determine os
 e 
intervalos de concavidade e convexidade.
1
27. Determine os coeficientes a e b da curva y = ax3 + x2 + bx + de modo que o ponto P(1; 6) é
3
ponto de inflexão.
28. Determine as equações das assimptotas das seguintes funções:
x 2 1 x 2  2 x 1
a) y  b) y  c) y  3 2ax 2  x 3 d) y  x  e x
x 1 x
2a
Solução: a) x = -1, y = x - 1 b) x = 0 , y = x + 2 c) y   x  d) y = x
3

29. Esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções, indicando: i) domínio e os pontos
de descontinuidade (se existirem); ii) pontos extremos e intervalos de monotonia; iii)
concavidade e pontos de inflexão; iv) assimptotas e os zeros de cada função (se
existirem).

a) f ( x)  x 3  3x 2  2 b) f ( x)  x 4  2 x 2  4
c) f ( x)  x 3  2 x 2  x d) f ( x)   2 x 4  5 x 3  3
x 1 2
e) f ( x)  f) y 
x x 5

22
Docente: Pedro S. Monjane ---------------------------------------------MATE 1-2023
x 2
g) f ( x)  h) f ( x) 
x 4
2
x 1
2

x 1 j) f ( x)  e x (1  x)
i) f ( x)  2
x  4x  3
k) f ( x)  x ln x 2 ex
l) f ( x ) 
x
m) y  x x  3 x 4
2
n) y 
x
3x 3 2
o) y  p) f ( x)  x  3
x2  4 x
q) y  2 x  x 2 r) y 
ln x
x


30. Considere a função y  ln (cos x ); 0  x  . Determine as coordenadas do ponto de
2
tangência do gráfico desta função com a recta de inclinação m  1 .

31. Determine a equação da recta tangente à curva y 2  x  1 , paralela à recta 2 y  x  10 .

32. Mostre que a função y  x 5  20 x  6 é sempre crescente em todo o seu domínio.

33. Mostre que a função y  1  x 3  x 7 é sempre decrescente em todo o seu domínio.

=====/////=====

23
Docente: Pedro S. Monjane ---------------------------------------------MATE 1-2023
Considerações Teóricas
Objectivo: Estudar o significado económico da marginalidade avaliando: o Custo marginal,
Custo médio, Receita marginal, Lucro marginal. O conceito de elasticidade associado ao
preço e à procura (demanda) de um produto e a sua relação com a receita, bem como a
elasticidade associada à demanda, etc.

Funções Marginais:

O SIGNIFICADO ECONÓMICO DA PALAVRA MARGINAL:

Consideremos por exemplo que numa indústria de electrodomésticos, na produção de q


unidades de um certo tipo de aparelho, o custo C em dólares foi estudado e pode se
estabelecer através da fórmula C  0.1q 3  18q 2  1500q  10000. Nessas condições podemos
então responder e relacionar as respostas das seguintes perguntas:

a) Qual é o custo quando são produzidos 50 aparelhos?


b) Qual é o custo na produção do 51o aparelho?
c) Qual é a taxa de variação do custo em relação à quantidade q  50 ?

Donde, para responder às questões apresentadas temos a seguinte resolução:

Resolução:
a) Para determinar o custo neste caso quando são produzidos 50 aparelhos, basta substituir
q  50 na função custo e obter-se:
C (50)  0,1  (50) 3  18  (50) 2  1500  50  10 000  52 500,00

b) Para determinar o custo na produção do 51o aparelho, como já se sabe qual é o custo para
fabricar 50 aparelhos, basta calcular o custo para fabricar 51 unidades e achar a diferença
dos custos. Assim, teremos:
C (51)  0,1  (51) 3  18  (51) 2  1500  51  10 000  52 947,10 ,
donde
C (51)  C (50)  52 947,10  52 500,00  447,10
ou seja, para a fabricação do 51o aparelho, o custo é de $447,10. Isto é, neste caso,
gastou-se $447,10 por uma unidade.

Este resultado pode ser interpretado doutra maneira dizendo que, no nível de produção de
50 unidades, o custo adicional para a produção de mais uma unidade é de $447,10.

c) Para determinar a taxa de variação do custo, em relação a q, quando q  50 , isto é,

C ' (50)  0,3  (50) 2  36  (50)  1500  450 ; significando que a taxa de variação do custo
de produção no nível q  50 é C ' (50)  450 /unidade.

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Donde, comparando o valor obtido em b) para a produção do 51o aparelho, pode notar-se
que esse valor $447,10 é “próximo” da taxa de variação $450,00/unidade no nível q  50
e, isto pode ser justificado considerando que:

C (51)  C (50) C (50  1)  C (50)


Taxa de Variação    447,10
51  50 1

C (50  h)  C (50)
e, se tiver e calculando o limite quando h  0 ter-se-á,
h

C (50  h)  C (50)
C ' (50)  lim  450 / unidade.
h 0 h

Isto significa portanto que o valor $447.10 é uma aproximação deste limite quando se
considera h  1. A este acréscimo de $447.10 que se verifica na produção de uma unidade
para além das 50 produzidas, é chamado custo marginal ou seja, custo adicional para a
produção de mais um electrodoméstico quando já se produziram 50 electrodomésticos. Este
valor pode ser então aproximado pelo cálculo da derivada C ' (50) . Assim, os economistas,
por uma questão prática e pela rapidez nos cálculos, costumam considerar Custo Marginal,
num determinado nível de produção, como a derivada da função custo num ponto dado. Com
efeito, apesar de que no nível q  50 o resultado não seja exactamente o mesmo, considera-se
aqui a aproximação feita e chamaremos então, Custo Marginal em q  50  C ' (50) .

Tome-se de novo a função custo C  0.1q 3  18q 2  1500q  10000 e preencha-se a tabela
que se segue e depois calcule-se a diferença entre C (a  1)  C (a ) e C ' ( a ) .

Quantidade Custo Calcular Custo Calcular Custo


Produzida C (a ) Marginal por Marginal por
qa [ C (a  1)  C (a ) ] C ' (a)
... ... ... ...
50 52 500,00 ? 450,00
51 52 947,00 447,10 ?
... ... ... ...
65 58 912,50 ? 427,50
66 59 341,60 429,10 ?
... ... ... ...
150 167 500,00 ? 2 850,00
151 170 377,10 2 877,10 ?

Ora, para o nível q  65 electrodomésticos tem-se o custo marginal C ' (65)  427,50 que é
uma boa aproximação para o custo real (429,10) na produção do 66o electrodoméstico.

Função Custo Marginal e outras Funções Marginais:

Assim, como foi possível notar, para cada nível de produção tem-se um custo marginal, o que
motiva a determinação da função Custo Marginal. E, em análises feitas em economia e

25
Docente: Pedro S. Monjane ---------------------------------------------MATE 1-2023
gestão, define-se a função Custo Marginal, simbolizada por Cmg , como a derivada da
função Custo, isto é, Cmg  C ' (q) . Donde, se tivermos:

C (q)  0.1q 3  18q 2  1500q  10000,


Então,
Cmg  C ' (q)  0.3q 2  36q  1500 .

Com este tipo de função, os economistas e os gestores têm o interesse em avaliar como
variam os custos em determinados níveis de produção na medida em que ocorrem variações
nas quantidades produzidas.

Este conceito de custo marginal pode também ser estendido para a análise de outras funções
como: Receita Marginal, Lucro Marginal, Custo Médio Marginal, Produção Marginal, etc.
Assim, formulamos em seguida as correspondentes definições.

Função “Receita Marginal”:

Dá-nos a variação da receita correspondente ao aumento de uma unidade na venda de


um produto. A função Receita Marginal, designada por Rmg , é obtida pela derivada
da Função Receita R (q ) e escreve-se: Rmg  R' (q) .

N.B.: A Receita na venda de um produto é dada por R  p  q onde p é o preço em


função da quantidade demandada q.

Função “Lucro Marginal”:

Dá-nos a variação do lucro correspondente ao aumento de uma unidade na venda de


um produto. A função Lucro Marginal, designada por Lmg ou  mg , é obtida pela
derivada da Função Lucro L(q ) ou  (q ) e escreve-se: Lmg  L' (q) ou  mg   ' (q) .

Função “Custo Médio Marginal’:

A função “Custo Médio”, designada por C me é obtida dividindo-se a função Custo


C (q)
C (q ) pela quantidade q produzida, ou seja, C me  .
q
A função “Custo Médio Marginal” dá-nos a variação do custo médio de um produto
correspondente ao aumento de uma unidade na produção dele. Esta é obtida pela
derivada da função Custo Médio e escreve-se: Cme mg  C ' me (q)

Função “Produção Marginal”:

Dá-nos a variação da produção correspondente ao aumento de uma unidade na


quantidade de insumos (factor de produção = ou capital; ou mão-de-obra; ou matéria-

26
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prima; etc.), utilizado na produção. A função Produção Marginal, designada por Pmg é
obtida pela derivada da função Produção P (q ) e escreve-se: Pmg  P' (q) .
De forma análoga são também estudadas funções marginais como as funções: “Propensão
Marginal a Consumir”; Propensão Marginal a Poupar.

Exercícios - Aplicação

1) Dada a receita R (x) = -2x2 + 10x, obtenha o valor de x que a maximiza. (R: x = 5/2)

2) Dada a função de demanda p = 40 – 2x, obtenha o preço que deve ser cobrado para
maximizar a receita. (R: p = 20)

3) Com relação ao exercício anterior, qual o preço que deve ser cobrado para maximizar
o lucro, se a função custo for C = 40 + 2x? (R: p = 21)
x3
4) A função custo mensal de fabricação de um produto é C =  2 x 2  10 x  10 , e o
3
preço de venda é p = 13. Qual a quantidade que deve ser produzida e vendida
mensalmente para dar o máximo lucro? (R: x = 4,65 aproximadamente)

5) Dada a função custo anual de uma empresa C (x) = 40x – 10x2 + x3:
C ( x)
a) Ache o custo médio Cme (x) = . (R: Cme =40 – 10x + x2)
x
b) Ache os intervalos de crescimento e decrescimento do custo médio, indicando
eventuais pontos de máximo e mínimo. (R: x < 5 decres; x > 5 cresc.; 5 é MIN)

6) A função demanda mensal de um produto é p = 40 – 0,1x, e a função custo mensal é


x3
C =  7 x 2  60 x  50 . Obtenha o valor de x que maximiza o lucro, e o
3
correspondente preço. (R: x = 12,16)

7) Uma empresa opera num mercado em que o preço de venda é constante e igual a $
20,00. Seu custo marginal mensal é dado por Cmg = 3x2 – 6x + 15. Qual a produção
mensal que dá o máximo lucro? (R: x = 2,63)

8) Uma empresa produz um produto com custo mensal dado por C(x) =
x3
 2 x 2  10x  20 . Cada unidade do produto é vendida a $ 31,00. Qual a quantidade
3
que deve ser produzida e vendida para dar o máximo lucro mensal? (R: x = 7)

9) Dada a função receita R(x) = -2x2 + 1000x, obtenha a receita marginal no ponto x =
50. (R: R’(50) = 800)

10) Dada a função custo C(x) = 0,1x3 – 18x2 + 1500x + 10000, obtenha:
a) o custo marginal Cmg; (R: C’(x) = 0,3x2 – 36x + 1500)
b) Cmg(65) e a interpretação do resultado; (R: C’(65) = 427,5)

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c) Cmg (150) e a interpretação do resultado. (R: C’ (150) = 2850)

11) O custo de fabricação de x unidades de um produto é C (x) = 2x2 + 5x + 8.


Atualmente o nível de produção é de 25 unidades. Calcule, aproximadamente, usando
diferencial de função: df  f ' ( x 0 ) . x , quanto varia o custo se forem produzidas 26
unidades. (R: df = 105)

12) A receita mensal de vendas de um produto é R (x) = 26x – 5x2 e seu custo é C (x) =
14 + 6x. Obtenha a quantidade x que maximiza o lucro e o seu correspondente preço.
(R: xmáx = 2 e p = $ 16)

13) A função receita de uma empresa é R (x) = 6x2 + 2x +1, em que x é o número de
unidades produzidas. Atualmente o nível de produção é de 6 unidades, e a empresa
pretende reduzir a produção em 0,5 unidades. Usando a diferencial de função:
df  f ' ( x 0 ) . x , dê aproximadamente a variação da receita. E interprete os
resultados. (R: df = - 37)

14) Em uma fábrica de ventiladores, o preço de um tipo de ventilador é dado por p = -2x
+ 800, onde 0  x  400. Suponha que o custo para a produção dos ventiladores seja
dado por C (x) = 200x + 25000.
a. Obtenha a função lucro marginal. (R: L’ (x) = -4x + 600)
b. Obtenha o valor de x que dá o lucro máximo. (R: xmáx. = 150)
c. Obtenha o preço que deverá maximizar o lucro. (R: p(150) = $ 500)

15) Um monopolista (produtor único de um certo bem) tem um custo mensal dado por
C(x) = 5 +2x + 0,01x2. A função de demanda mensal é p = - 0,05x + 400.
a. Qual o preço que deve ser cobrado para maximizar o lucro? (R: $ 234,17)
b. Analise a situação. E se a capacidade máxima de produção for de 2000
unidades por mês, qual o preço a ser cobrado? (R: $ 300,00)
c. Analise a situação. E se a capacidade máxima de produção for de 4000
unidades por mês, qual o preço a ser cobrado? (R: $ 234,17)

16) Considere que numa empresa Têxtil, o custo, em dólares, para produzir q calças é dado
por C (q)  0.001q 3  0.3q 2  45q  5000.
a. Obtenha a função custo marginal
b. Obtenha o custo marginal aos níveis q  50 , q  100 e q  200
c. Calcule o valor real para produzir a 201a calça e compare o resultado com o obtido na
alínea anterior

17) Na fabricação de um produto, o custo, em dólares, para produzir q unidades é dado


por C (q)  0,1q 3  3q 2  36q  100 .
a) Obtenha a função Custo Marginal
b) Obtenha o custo marginal aos níveis q  5, q  10 e q  15 explicando os seus
significados
c) Calcule o valor real para produzir a 11a unidade e compare o resultado obtido na
alínea anterior

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Docente: Pedro S. Monjane ---------------------------------------------MATE 1-2023
18) Numa fábrica de pneus, o preço de um tipo de pneu é dado por p  0.4q  400
( 0  q  1000 ).
a) Obtenha a função Receita
b) Obtenha a função Receita Marginal
c) Obtenha a receita marginal aos níveis q  400 ; q  500 e q  600 , interpretando o
resultado
d) Esboce o gráfico da receita marginal e interprete o seu crescimento ou decrescimento e
os intervalos em que a receita marginal é positiva ou negativa, relacionando tais
resultados
e) Esboce o gráfico da receita.

19 Numa fábrica de ventiladores o preço de um tipo de ventilador é dado por p  2q  800 ,
onde 0  q  400 .
a) Obtenha a função Receita
b) Obtenha a função Receita Marginal
c) Obtenha a receita marginal aos níveis q  100, q  200 e q  300 , interpretando os
seus significados
d) Esboce o gráfico da Receita Marginal e interprete o seu crescimento ou decrescimento
e intervalos em que a receita marginal é positiva ou negativa relacionando tais
resultados
e) Esboce o gráfico da receita

20 Uma empresa de pneus tem a receita na venda de um tipo de pneus dada por
R(q)  0.4q 2  400q , ( 0  q  1000 ), conforme o problema 7. Agora, supondo que o custo
para a produção dos pneus é dada por C (q )  80q  28000,
a) Obtenha a função Lucro
b) Obtenha a função Lucro Marginal
c) Obtenha o lucro marginal aos níveis q  300 , q  600 , interpretando os resultados
d) Obtenha a quantidade que dá lucro máximo a partir das derivadas do lucro.

21 Numa fábrica de ventiladores a receita na venda de um ventilador é dado por


R(q)  2q 2  800q onde 0  q  400 . Suponha que o custo para a produção de ventiladores
seja dado por C (q)  200q  25000 .
a) Obtenha a função Lucro
b) Obtenha a função Lucro Marginal
c) Obtenha o lucro marginal aos níveis q  100 e q  200 interpretando os resultados
d) Obtenha a quantidade que dá o lucro máximo a partir das derivadas do lucro

22 Numa fábrica de móveis, o custo ao produtor ao produzir q unidades de sofás é dado pela
expressão C (q)  5q 2  200q  500 .
a) Obtenha as funções Custo Marginal; Custo Médio e Custo Médio Marginal
b) Obtenha o custo médio mínimo
(nota: o custo médio mínimo ocorre no ponto em que o custo marginal é igual
ao custo médio, pois, analisando com cuidado a derivada do custo médio,
tem-se,

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'
 C (q) 
(C me )'    , ou seja,
 q 
C ' (q).q  C (q).q' C ' (q).q  C (q).1
Cme mg   .
q2 q2
E, igualando o custo médio marginal a zero, segue,
C ' (q).q  C (q)
0  C ' (q).q  C (q)  0
q2
C (q)
C ' (q)  , isto é, Cmg  Cme c.q.d)
q
c) Esboce o gráfico do custo médio (tendo em atenção o estudo a assímptota que é pode
ser encontrada no estudo geral das funções)
d) Esboce sobreposto os gráficos do custo médio e do custo marginal

23 Numa fábrica de portões electrónicos o custo ao produzir-se q unidades de um tipo de


portão é C  5q 2  50q  125 .
a) Obtenha as funções Custo Marginal Cmg, Custo Médio Cme e Custo Médio Marginal
Cmemg
b) Obtenha o número de portões produzidos que dá o custo médio mínimo. Obtenha
também o custo médio mínimo
c) Esboce o gráfico do custo médio
d) Esboce, sobrepostos os gráficos do custo médio e do custo marginal

“ Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são atitudes preguiçosas. Elas nos


dispensam de reflectir.” Henri Poincaré - matemático francês.

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