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Universidade de Brası́lia

Departamento de Matemática

Cálculo 1
Lista de Exercı́cios – Semana 10
Temas abordados: Concavidade; Esboço de gráficos; Regra de L’Hôpital
Seções do livro: 4.4; 4.6

1) Para as funções f abaixo determine: pontos crı́ticos, máximos e mı́nimos locais, intervalos
de crescimento e decrescimento, pontos de inflexão, intervalos onde f é côncava para cima
e para baixo, assı́ntotas verticais. Note que as derivadas já estão dadas.

16 − x2 x−8 2(11 − x)
(a) f (x) = , f ′ (x) = , f ′′ (x) = ;
4(x − 2)2 (x − 2)3 (x − 2)4
x2 − x + 1 x(x − 2) 2
(b) f (x) = , f ′ (x) = , f ′′ (x) = ;
x−1 (x − 1)2 (x − 1)3
3√ x−1 1 (x + 2)
(c) f (x) = 3
x(x − 4), f ′ (x) = √ , f ′′ (x) = √ .
4 3
x2 3 3 x5

2) Para cada uma das funções abaixo determine: pontos crı́ticos, máximos e mı́nimos locais,
intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de inflexão, intervalos onde f é côncava
para cima e para baixo. Determine ainda as (possı́veis) assı́ntotas e, finalmente, faça um
esboço do gráfico da função.
(a) f (x) = −2x3 − 3x2 + 12x + 4 (b) f (x) = 3x4 − 8x3 + 6x2 + 2
(c) f (x) = ln(x) (d) f (x) = ex
p p
(e) f (x) = tan(x2 ), x ∈ (− π/2, π/2) (f) f (x) = arctan(x)
x3 − 2
(g) f (x) = arccos(x), x ∈ (−1, 1) (h) f (x) =
x
2x2 − 8
(i) f (x) = (j) f (x) = e−x − e−2x
x2 − 16
x2 − 1
(k) f (x) = x + sen x, x ∈ (0, 2π) (l) f (x) =
x3
3) Repita o que foi feita no exercı́cio acima para as funções seguintes.
200 (x + 1)2 x+1
(a) f (x) = 2x + (b) f (x) = (c) f (x) =
x 1 + x2 x−1
2 /2
(d) f (x) = e−x (e) f (x) = ln(1 + x2 )

4) Resolva as indeterminações abaixo usando a Regra de L’Hôpital. (veja Vı́deo 1)

ex−1 − 1 ln(x + 1)
(a) lim (b) lim+
x→1 x − 1 x→0 x
2
ln x x −1
(c) lim (d) lim 2
x→+∞ x x→+∞ ex

5) Em alguns casos, é necessário aplicar a Regra de L’Hôpital mais de uma vez. Por exemplo,
ex ex ex
lim = lim = lim = +∞.
x→+∞ x2 x→+∞ 2x x→+∞ 2

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Note que tanto o primeiro quanto o segundo limite são indeterminações do tipo ∞/∞,
enquanto o último pode ser resolvido com as regras usuais do limite.
Use a ideia acima para resolver os limites abaixo. (veja Vı́deo 1)

x2
ex − 1 − x − 2 cos2 x − 1
(a) lim (b) lim
x→0 x2 x→0 x2
x2 x3
x2 + 3e3x ln(1 + x) − x − 2
− 6
(c) lim (d) lim
x→+∞ e3x x→0 x3
6) A Regra de L’Hôpital se aplica somente a indeterminações do tipo 0/0 e ∞/∞. Em
alguns casos, quando temos uma indeterminação do tipo 0·∞, uma manipulação algébrica
adequada nos permite aplicar L’Hôpital. Por exemplo,
x−3 1
lim (x − 3)ex = lim = lim = 0.
x→−∞ x→−∞ e−x x→−∞ −e−x

Note que, no segundo limite acima, temos uma indeterminação do tipo ∞/∞, enquanto
no último o denominador tende para infinito.
Use a ideia acima para resolver os limites abaixo. (veja Vı́deo 2)

(a) lim+ x2 ln(x) (b) lim x sen(1/x) = 1


x→0 x→+∞

7) O limite lim+ (1 + x)1/x é uma indeterminação do tipo 1∞ . Ele pode ser calculado,
x→0
observando-se que
1/x ln(1+x)
(1 + x)1/x = eln(1+x) =e x

ln(1+x)
Vimos no primeiro exercı́cio que limx→0+ x
= 1. Assim, como a função exponencial
é contı́nua, temos que
ln(1+x) ln(1+x)
lim+ (1 + x)1/x = lim+ e x = elimx→0+ x = e1 = e.
x→0 x→0

Use a ideia acima para resolver os limites abaixo. (veja Vı́deo 2)

1
(a) lim+ xx (b) lim (1 + 2x) 2 ln(x)
x→0 x→∞

8) Calcule cada um dos limites abaixo.



1 + x − 1 − (x/2) x
(a) lim (b) lim
x→0 x2 x→0 arctan(x)
x
8x2

1
(c) lim+ 1 + (d) lim
x→0 x x→0 cos(x) − 1

9x + 1 2
(e) lim √ (f) lim x−2 e−x
x→+∞ x−1 x→−∞
 
ln(ln(x)) 1
(g) lim (h) lim x cos
x→+∞ ln x x→0 x
2
(i) lim (cos x)1/x (j) lim+ xr ln(x), com r > 0
x→0 x→0
tan(x)
(k) lim x2 ln(x) (l) lim
x→+∞ x→0 x

p(x) x
(m) lim , onde p é um polinômio (n) lim+ p
x→+∞ ex x→0 sen(x)

3+x x2 − 8x + 16
(o) lim− (p) lim−
x→2 x−2 x→4 x−4

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RESPOSTAS

1) (a) pontos crı́ticos: x = 8 (mı́nimo local)


crescente em: (−∞, 2); (8, +∞)
decrescente em: (2, 8)
concavidade voltada para cima em: (−∞, 2); (2, 11)
Observe que estaria incorreto dizer que f é côncava para cima em (−∞, 11) porque 2 6∈ dom(f )
concavidade voltada para baixo em: (11, +∞)
ponto de inflexão: x = 11
assı́ntota vertical: x = 2
assı́ntota horizontal: y = −1/4

(b) pontos crı́ticos: x = 0 (máximo local); x = 2 (mı́nimo local)


crescente em: (−∞, 0); (2, +∞)
decrescente em: (0, 1); (1, 2)
Observe que estaria incorreto dizer que f é decrescente em (0, 2) porque 1 6∈ dom(f )
concavidade voltada para cima em: (1, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (−∞, 1)
assı́ntota vertical: x = 1

(c) pontos crı́ticos: x = 0 (não é extremo local); x = 1 (mı́nimo local)


crescente em: (1, +∞)
decrescente em: (−∞, 1)
concavidade voltada para cima em: (−∞, −2); (0, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (−2, 0)
pontos de inflexão: x = −2; x = 0

2) (a) pontos crı́ticos: x = −2 (mı́nimo local); x = 1 (máximo local)


crescente em (−2, 1)
decrescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞, −2); (1, +∞)
concavidade voltada para cima em: (−∞, −1/2)
concavidade voltada para baixo em: (−1/2, +∞)
ponto de inflexão: x = −1/2

(b) pontos crı́ticos: x = 0 (mı́nimo local); x = 1 (não é extremo local)


crescente em (0, +∞)
decrescente em (−∞, 0)
concavidade voltada para cima em: (−∞, 1/3) ∪ (1, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (1/3, 1)
pontos de inflexão: x = 1/3 e x = 1

(c) pontos crı́ticos: não existem


sempre crescente
concavidade sempre voltada para baixo
pontos de inflexão: não existem
assı́ntota vertical: x = 0

(d) pontos crı́ticos: não existem


sempre crescente

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concavidade sempre voltada para cima
pontos de inflexão: não existem
assı́ntota horizontal: y = 0

(e) pontos crı́ticos: x =


p0 (mı́nimo local)
crescente em : (0, pπ/2)
decrescente em: (− π/2, 0)
concavidade sempre voltada para cima
pontos de inflexão: não existem
p p
assı́ntotas verticais: x = − π/2; x = + π/2

(f) sempre crescente


concavidade voltada para cima em: (−∞, 0)
concavidade voltada para baixo em: (0, +∞)
ponto de inflexão: x = 0
assı́ntotas horizontais: y = −π/2; y = π/2

(g) sempre decrescente


concavidade voltada para cima em: (−1, 0)
concavidade voltada para baixo em: (0, 1)
ponto de inflexão: x = 0

(h) pontos crı́ticos: x = −1 (mı́nimo local)


crescente em cada um dos intervalos seguintes: (−1, 0; (0, +∞)
decrescente em: (−∞, −1)
concavidade voltada para cima em: (−∞, 0) ∪ (21/3 , +∞)
concavidade voltada para baixo em: (0, 21/3 )
pontos de inflexão: x = 21/3
assı́ntotas verticais: x = 0

(i) pontos crı́ticos: x = 0 (máximo local)


crescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞, −4); (−4, 0)
decrescente em cada um dos intervalos seguintes:: (0, 4); (4, +∞)
concavidade voltada para cima em: (−∞, −4) ∪ (4, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (−4, 4)
pontos de inflexão: nenhum
Observe que estaria incorreto dizer que x = −4 ou x = 4 são pontos de inflecão porque, ainda que
a concavidade troque, a função não é contı́nua nestes pontos
assı́ntotas verticais: x = −4; x = 4
assı́ntotas horizontais: y = 2

(j) pontos crı́ticos: x = ln 2 (máximo local)


crescente em: (−∞, ln 2)
decrescente em: (ln 2, +∞)
concavidade voltada para cima em: (ln 4, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (−∞, ln 4)
pontos de inflexão: x = 2 ln 2 = ln 4
assı́ntotas verticais: não existem
assı́ntotas horizontais: y = 0

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(k) pontos crı́ticos: x = π (não é extremo local)
crescente em: (0, 2π)
decrescente em: nunca
concavidade voltada para cima em: (π, 2π)
concavidade voltada para baixo em: (0, π)
pontos de inflexão: x = π
assı́ntotas verticais: não existem
assı́ntotas horizontais: não existem

√ √
(l) pontos crı́ticos: x = − 3 (mı́nimo local); x = √ 3 (máximo√local)
crescente em cada um dos intervalos seguintes: (− 3, 0); (0, √ 3)√
decrescente em cada um dos intervalos √ seguintes::√ (−∞, − 3); ( 3, +∞)
concavidade voltada para cima em: (− 6, 0)√∪ ( 6, +∞) √
concavidade voltada para √ baixo em:√ (−∞, − 6) ∪ (0, 6)
pontos de inflexão: x = − 6; x = 6
assı́ntotas verticais: x = 0
assı́ntotas horizontais: y = 0

3) (a) pontos crı́ticos: x = −10 (máximo local); x = 10 (mı́nimo local)


crescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞, −10); (10, +∞)
decrescente em cada um dos intervalos seguintes: (−10, 0); (0, 10)
concavidade voltada para cima em: (0, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (−∞, 0)
pontos de inflexão: não existem
assı́ntotas verticais: x = 0

(b) pontos crı́ticos: x = −1 (mı́nimo local); x = 1 (máximo local)


crescente em: (−1, 1)
decrescente em cada um dos intervalos √ seguintes:√(−∞, −1); (1, +∞)
concavidade voltada para cima em: (− 3, 0)√∪ ( 3, +∞) √
concavidade voltada para √ − 3) ∪ (0, 3)
baixo em: (−∞, √
pontos de inflexão: x = − 3, x = 0 e x = 3
assı́ntotas verticais: não existem
assı́ntotas horizontais: y = 1

(c) pontos crı́ticos: não existem


decrescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞, 1); (1, +∞)
concavidade voltada para cima em: (1, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (−∞, 1)
pontos de inflexão: não existem
assı́ntotas verticais: x = 1
assı́ntotas horizontais: y = 1

(d) pontos crı́ticos: x = 0 (máximo local)


crescente em: (−∞, 0)
decrescente em: (0, +∞)
concavidade voltada para cima em: (−∞, −1) ∪ (1, +∞)
concavidade voltada para baixo em: (−1, 1)
ponto de inflexão: x = −1 e x = 1
assı́ntotas verticais: não existem

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assı́ntotas horizontais: y = 0

(e) pontos crı́ticos: x = 0 (mı́nimo local)


crescente em: (0, +∞)
decrescente em: (−∞, 0)
concavidade voltada para cima em: (−1, 1)
concavidade voltada para baixo em: (−∞, −1) ∪ (1, +∞)
ponto de inflexão: x = −1 e x = 1

Apresentamos abaixo o gráfico de cada uma das funções do exercı́cio.

200 (b) f (x) = (x+1)2


(a) f (x) = 2x + 1+x2
x

x+1 (d) f (x) = e−x


2
/2 (e) f (x) = ln(1 + x2 )
(c) f (x) =
x−1

Figura 1: Gráficos do exercı́cio 3

4) (a) 1 (b) 1 (c) 0 (d) 0

5) (a) 0 (b) −1 (c) 3 (d) não existe

6) (a) 0 (b) 1

7) (a) 1 (b) e1/2

(a) −1/8 (b) 1 (c) 1 (d) −16


(e) 3 (f) 0 (g) 0 (h) 0
8)
(i) e−1/2 (j) 0 (k) +∞ (l) 1
(m) 0 (n) 1 (o) −∞ (p) −1

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