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ESCOLA SECUNDARIA 7 DE ABRIL

Disciplina: Português

Tema: Vida e Obra de Ungulane Ba Ka Khossa e Luís Bernardo Honwana

Turma: ccs1
Curso: diurno

Chimoio, Junho de 2019


ESCOLA SECUNDARIA 7 DE ABRIL

Disciplina: Português

Discentes:
Agostinho Abel David…………………….…..Nº1
Agostinho Zinessa Francisco……………........Nº4
Isaquel Manuel………………………………..Nº34
Helenata Francisco…………………………….Nº27
Jervania Jose…………………………………...N37
Linete Manuel…………………………………

Docente:
dr.

Chimoio, Junho de 2019

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Índice
1. Introdução..................................................................................................................2

2. Objectivos..................................................................................................................3

2.1. Geral....................................................................................................................3

2.2. Específicos..........................................................................................................3

3. Metodologia de Trabalho...........................................................................................3

4. Vida de Ungulani Ba Ka khosa..................................................................................4

4.1. Obras publicadas por Ungulani Ba Ka Khosa....................................................5

4.2. Prémios ganhos por Ungulani Ba Ka Khosa......................................................5

5. Vida de Luís Bernardo Honwana...............................................................................6

5.1. Obras de Luís Bernardo Honwana......................................................................6

5.2. Prêmios e destaques............................................................................................7

6. Conclusão...................................................................................................................8

7. Referência bibliográfica.............................................................................................9
1. Introdução
O presente trabalho visa abordar assuntos inerentes a a vida e obra dos escritores Ungulane Ba
Ka Khosa e Luís Bernardo Honwana. Visto que nome tsonga, Ungulani ba ka Khosa, seria o
que viria a adoptar ao publicar Ualalapi, em 1987, dando sequência à publicação em 1982, no
Diário de Moçambique na Beira, de um conto intitulado Dirce minha deusa nossa deusa. Em
1988 Ualalapi o recebeu o Prémio Gazeta de Ficção Narrativa e, em 1991, o Prémio nacional
de ficção narrativa, instituído pela AEMO, em ex-aequo com Vozes Anoitecidas de Mia
Couto. Consta da lista dos cem melhores livros africanos do século XX conjuntamente com
Nós matámos o cão tinhoso de Luís Bernardo Honwana e Terra sonâmbula de Mia Couto.

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2. Objectivos
2.1. Geral:
 Falar em torno da vida e obras de Ungulane Ba Ka Khosa

2.2. Específicos:
 Analisar a obra de Ungulane Ba Ka Khosa
 Analisar a obra Luís Bernardo Honwana

3. Metodologia de Trabalho
A metodologia da pesquisa foi essencialmente qualitativa com base no enfoque participativo,
tendo em conta as seguintes abordagens e métodos: a pesquisa bibliográfica e documental.

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4. Vida de Ungulani Ba Ka khosa
Ungulani Ba Ka khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú
Cossa, nasceu a 1º de Agosto de 1957, em Inhaminga, distrito de Cheringoma, Província de
Sofala, Moçambique. Khosa fez o ensino primário e Secundário na província de Sofala,
depois parte em Lourenço Marques actual Maputo. Em Maputo tira o bacharelato em História
e Geografia na Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane depois da sua
formação exerceu a função no Ministério da Educação durante um ano e meio como professor
do ensino secundário e é convidado para trabalhar na Associação dos Escritores
Moçambicanos (AEMO), da qual é membro.
Iniciou a sua carreira como escritor com a publicação de vários contos e participou na
fundação da revisCtah arrua da AEMO. Foi a realidade vivida em Niassa e Cabo Delgado,
onde existiam as zonas de campos de reeducação que eram mal organizadas, que o fez
inclinar mais para a literatura e, por isso, sentiu a necessidade de escrever para falar e expor
essa realidade para as pessoas.
Para além da sua actividade como ficcionista, Ungulani ba ka Khosa tem participado
activamente em debates na Imprensa escrita, com a publicação regular de crónicas em vários
jornais. O estilo provocatório e irreverente com que enfrenta os variados problemas que
aborda tornaram-no uma referência nacional e consagraram a sua popularidade, com destaque
para as camadas jovens urbanas, o que é visível na afluência aos lançamentos dos seus livros.

Outro aspecto que marca a trajectória de Ungulani ba ka Khosa é o seu carácter interventivo
no seio da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO). Criada em 1982, com vocação
para promover o contacto entre escritores, a AEMO despoletou uma nova dinâmica na vida
literária do país, a par do activismo das páginas literárias e a criação de prémios e concursos
literário, de que resultou o surgimento de uma nova geração de escritores. Desta, salientou-se
imediatamente Ungulani ba ka Khosa que, em 1984, foi co-fundador da revista Charrua, com
Eduardo White, Helder Muteia, Juvenal Bucuane e Pedro Chissano, a que se juntaram Tomás
Vimaró e o artista plástico Ídasse Tembe, com apoio do então secretário-geral Rui Nogar e
patrocínio oficial da AEMO. Embora tivessem surgido outras iniciativas do mesmo tipo,
nomeadamente Forja da Brigada Literária João Dias e ECO, foi a energia dos activistas de
Charrua que se sobrepôs até à própria dinâmica da AEMO. A partir dos anos 90, a geração de
escritores, que tinha dado corpo à revista Charrua tomou conta dos destinos da AEMO, com a

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eleição de Pedro Chissano para Secretário-Geral, situação que prevaleceu até 2007, com
Armando Artur e Juvenal Bucuane. A partir de 2007 a composição da direcção da AEMO
mudou substancialmente com a entrada de Jorge de Oliveira (Jurista e coordenador nos anos
90 da Gazeta de Artes e Letras da Tempo) como Secretário-geral e a inclusão de novos
elementos oriundos dos grupos surgidos nos finais dos anos 90.

4.1. Obras publicadas por Ungulani Ba Ka Khosa


 Ualalapi, 1987 (romance; ganhou o grande prémio de ficção Moçambicana em1 990);
 Orgia dos Loucos, 1990 (edição da Associação dos Escritores Moçambicanos);
 Histórias de Amor e Espanto, 1999;
 No Reino dos Abutres, 2002;
 Os sobreviventes da noite, 2007;
 Choriro, 2009;
 Entre as Memórias Silenciadas, 2013;
 O Rei Mocho, 2016, Brasil. Editora Kapulana;
 Orgia dos Loucos, 2016, Brasil. Editora Kapulana;
 Cartas de Inhaminga, 2017.

4.2. Prémios ganhos por Ungulani Ba Ka Khosa


 Foi o vencedor do Prémio José Craveirinha de Literatura de 2007, com a obra Os
sobreviventes da noite;
 Em 2002 Ualalapi foi considerado um dos 100 melhores romances africanos do século
XX;
 Em 1990 ganhou o Grande Prémio de Ficção Narrativa Moçambicana com Ualalapi;
 Prémio Nacional de Ficção, com Ualalapi (1987), 1994;
 Prémio José Craveirinha de Literatura, com Os sobreviventes da noite (2005);
 Prémio BCI de Literatura, com Entre as memórias silenciadas (2013), 2013;
 Ordem de Rio Branco, Grau de Comendador (2018) concedido pelo Governo Brasileiro,
pelos 30 anos de carreira literária, iniciada com a publicação de Ualalapi, em 1987;
 Prémio José Craveirinha de Literatura, pelo conjunto da obra literária (2018).

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5. Vida de Luís Bernardo Honwana

Luís Bernardo Honwana nasceu na cidade de Lourenço Marques (atual Maputo) em 1942.
Cresceu em Moamba, no interior, onde seu pai trabalhava como intérprete. Aos 17 anos foi
para a capital estudar jornalismo. Seu talento foi descoberto por José Craveirinha] e Rui
Knopfli , famosos poetas moçambicanos.

Em 1964, Honwana se tornou um militante da Frente de Libertação de Moçambique


(FRELIMO) que tinha como propósito conseguir a independência de Portugal. Devido às suas
atividades políticas, foi preso em 1964 e permaneceu encarcerado por três anos pelas
autoridades coloniais. Em 1970, foi para Portugal estudar Direito na Universidade de Lisboa.
Após a Independência de Moçambique, Honwana foi alto funcionário do Governo e
presidente da Organização Nacional dos Jornalistas de Moçambique. Desempenhou também
funções de diretor do gabinete do Presidente Samora Machel. Em 1982, tornou-se Secretário
de Estado da Cultura de Moçambique e, em 1986, foi nomeado Ministro da Cultura de
Moçambique.

Em 1987, foi eleito membro do Conselho Executivo da Organização das Nações


Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Em 1991, fundou e foi o primeiro Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Língua


portuguesa.

Em 1994, foi convidado para entrar para o Secretariado da UNESCO e foi nomeado Diretor
do escritório regional da organização, com base na África do Sul. Honwana é membro
fundador da Organização Nacional dos Jornalistas de Moçambique, da Associação
Moçambicana de Fotografia e da Associação dos Escritores Moçambicanos. Atualmente, está
envolvido na Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND).

5.1. Obras de Luís Bernardo Honwana


 Publicou Nós Matámos o Cão-Tinhoso em 1964. Em 1969, ainda em pleno colonialismo e
com a guerra colonial no auge, a obra é publicada em língua inglesa (com o título de We
Killed Mangy-Dog and Other Stories) e obtém grande divulgação e reconhecimento
internacional, vindo a ser traduzida para vários outros idiomas. O aparecimento desta obra
estabeleceu um novo paradigma para o texto narrativo moçambicano. Na escrita dos
contos que compõem o volume, Honwana favorecia um estilo simples e económico,
prestando atenção aos aspectos visuais das histórias. Um de seus contos "As mãos dos

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pretos" foi registado no livro "Contos Africanos dos países de língua portuguesa", junto a
outros contos dos autores Albertino Bragança, Boaventura Cardoso, José Eduardo
Agualusa, Luandino Vieira, Mia Couto, Nelson Saúte, Odete Semedo, Ondjaki e Teixeira
de Sousa. Todos estes autores vivem ou viveram em países africanos de língua oficial
portuguesa.
 Rosita, até morrer” (conto). Vértice, Coimbra, Portugal, v. XXXI, n. 331-32, ago-set,
1971, p. 634-635; Domingo, Maputo, Moçambique, 31 jan. 1982, p. 18.
 A velha casa de madeira e zinco. Maputo, Moçambique: Alcance Editores, 2017.

5.2. Prêmios e destaques:


 1º Lugar no Concurso Literário Internacional da revista The Classic, África do Sul, 1965;
 “Prémio José Craveirinha de Literatura 2014”, Associação dos Escritores Moçambicanos,
Moçambique;
 Nós matamos o Cão Tinhoso! – Classificado entre os “100 melhores livros africanos do
século XX” (Creative Writing), 2002. Uma iniciativa da “Zimbabwe International Book
Fair”, com a colaboração de African Publishers Network (APNET), Pan-African
Booksellers Association (PABA), associações de escritores africanos, conselhos para o
desenvolvimento do livro e associações de bibliotecas.

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6. Conclusão

O trabalho que aqui foi apresentado retratou sobre a vida e obra de Ungulane Ba Ka Khosa e
Luís Bernardo Honwana. Ao investigar a cerca desta matéria constatei que a literatura
moçambicana é geralmente escrita em língua portuguesa, com algumas misturas de
expressões moçambicanas. Constatei que, sob a forma escrita, a produção literária
sedimentou-se, a partir da década de 1940, por meio de periódicos publicados por intelectuais
e escritores, em geral de contestação ao colonialismo português.

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7. Referência bibliográfica
 Afolabi, Niyi (Ed.) ¬ Emerging perspectives on Ungulani ba ka Khosa. Trenton NJ:
Africa World Press. Inc., 2010.
 Afonso, Maria Fernanda ¬ O conto moçambicano – escritas pós-coloniais. Lisboa:
Caminho, 2004.
 Chabal, Patrick¬ Vozes moçambicanas. Literatura e nacionalidade. Lisboa: Vega, 1994.
Laban, Michel ¬ Moçambique encontro com escritores Vol. III. Porto: Fundação Eng.
António de Almeida, 1998.

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