Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAS


CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA E COMUNICAÇÃO

Trabalho de Literatura Angolana III – 2021/2021

Adriana Alcina Jacinto


Nº 8421

MANANA “UANHENGA XITU”

Professor: Lopes Baptista Morais

Luanda, 2021
Universidade Metodista de Angola
Faculdade de Ciências Jurídicas e Socias
Curso de Língua Portuguesa e Comunicação

Trabalho de Literatura Angolana III – 2021/2021

Trabalho submetido ao professor


Lopes Baptista Morais do Curso de
Língua Portuguesas e Comunicação
da Disciplina de Literatura Angolana
III – 2021/2022 da Universidade
Metodista de Angola (UMA).

Nome: Adriana Alcina Jacinto


Nº. 8421
Sala: T 203
Turma: A
Período: Manhã

Professor: Lopes Baptista Morais

Luanda, 2021
EPIGRAFE

“Deia uma resposta vitoriosa sempre que


questionarem a tua intelectualidade”

1
ÍNDIC
E
EPIGRAFE....................................................................................................................1
ESTRUTURA DO TRABALHO.....................................................................................3
1. PONTO - TEMATICA EM ABORDAGEM NO LIVRO MANANA......................4
1.1. A Tradição.................................................................................................................................4
1.2. Modernismo..............................................................................................................................4
2. PONTO - PROBLEMATICA APRESENTADA NO LIVRO MANANA...............4
3. PONTO - PERSONAGENS DO LIVRO MANANA.............................................5
4. PONTO – RESUMO............................................................................................5
5. PONTO – COMENTÁRIOS.................................................................................6
5.1. Manana “uma história sobre mulheres”.........................................................6
6. PONTO - AVALIAÇÃO SOBRE O LIVRO MANANA........................................6
7. PONTO - APRESENTAÇÃO DO AUTOR DO LIVRO MANANA......................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................8

2
ESTRUTURA DO TRABALHO
O presente trabalho encontra-se dividido nos seguintes pontos:

Ponto I – Qual é a temática em abordagem do livro Manana

Ponto II – A problemática apresentada no livro Manana

Ponto III – Identificação das personagens do livro Manana

Ponto IV – Resumo do livro Manana

Ponto V – Comentários sobre o livro Manana

Ponto VI – Avaliação sobre o livro Manana

Ponto VII – Apresentação do Autor do livro Manana

3
1. PONTO - TEMATICA EM ABORDAGEM NO LIVRO MANANA
A temática que o livro nos releva e a tradição e o modernismo.

1.1. A Tradição
A tradição é uma herança cultural, é uma transmissão oral de doutrinas, ou
seja, costumes transmitidos de geração a geração. A relação de Felito com as
tradições era considerada um instrumento.
Felito respeita os mais velhos, que possuem uma função social de primeiro plano.
Felito mostra-se sempre, sempre humilde, desposto a aprender para o seu tio Chico,
a quem ele pede sempre a bênção e sabe comportar-se de acordo com os
ensinamentos tradicionais.

1.2. Modernismo
Quanto ao modernismo, o texto relata o que se refere ao tempo presente
ou a uma época relativamente recente.
Em Manana, temos a descrição de rito de iniciação, batuque e práticas de
cura Kimbundu. Em Angola como ainda hoje, o batuque era rito sagrado, música
e dança. Em Manana, pode ser entendido como um rito de iniciação feminina e
uma iniciação a Quimbanda.

2. PONTO - PROBLEMATICA APRESENTADA NO LIVRO MANANA

Mentiras e enganos.
Duas condições trazidas pelo narrador por pertencer a dois mundos. Alguns dos
críticos literários, logo que a obra foi publicada, entendem Felito como um
assimilado que não contesta as estruturas vigentes e se utiliza de mentiras para
sobreviver.

4
3. PONTO - PERSONAGENS DO LIVRO MANANA

As personagens referenciadas ou apresentadas no livro são:


A Bia, uma evangélica, Felito, a mãe de Flito, Mbamba, uma mulher forte que
gostaria que o filho estudasse no liceu ou trabalhasse na tipografia e tivesse um
futuro diferente do da sua família.
Depois apareceu Gina, esperta que namora Pilarte e a Manana descrita como uma
pessoa alegre, bonita, simples e Quimbanda.

4. PONTO – RESUMO

A história é narrada por Uanhenga Xitu, um escritor mais conhecido por


Uanhenga.
Ao longo da obra, acompanhamos a história de Felito, tentando entender
como ele vai conseguir se safar das armações e confusões em que se mete. O texto
representa alguns factos reais.
Felito, era um trabalhador (carpinteiro) que sobrevivia dos trabalhos que
arrumava na cidade.
Manana, morava no Catambor, um Musseque pequeno encravado em um
monte no actual distrito da Maianga e do Prenda. Catambolo, situa-se nos sítios do
alto da Maianga e é descrito como um lugar longe, pobre e perigoso. Na Ilha, vivia
parte da família de Manana.
A obra narra também a região do Bengo e na Funda. São espaços rurais
(mato) que conservam as antigas tradições, o sagrado e as forças invisíveis da
natureza.
Em Manana, o batuque, pode ser entendido como um rito de iniciação
feminina e uma iniciação a Quimbanda. Enquanto que em Angola, o batuque era rito
sagrado, música e dança.
Adriano Parreira, descreve em 2013 os significados de batuque nos diferentes
grupos existentes em Angola.

5
5. PONTO – COMENTÁRIOS

Grande parte das ações do livro passa-se entre dois musseques de Luanda,
Rangel onde Felito morava e Catambor (chamado de catambola no livro), residência
de Manana. Esses dois espaços são muto antigos e existem até os dias actuaís.
Apesar da obra ser contada a partir de um personagem masculino, Manana
pode ser lida também como uma história sobre e para mulheres.
Manana é um livro que parte de um enquadramento africano – angolano e
Kimbundo para falar das misturas de diferentes ordens

5.1. Manana “uma história sobre mulheres”


As histórias contadas por Uanhenga Xitu em suas diferentes obras
apresentam um olhar e uma narrativa de protagonistas homens, como Mestre
Tamoda, Felito, O Ministro, o que não impede, entretanto, de construir mulheres
fortes.
Em suas obras, Unhenga Xitu também denuncia uma sociedade
profundamente desigual em relação aos direitos das mulheres. O Ministro é
dedicado a uma de suas irmãs, que pergunta a ele porque o homem, logo após
enviuvar, pode se casar novamente e a mulher não, se, de facto os direitos são
iguais? E que a Organização das Mulheres Africanas (OMA), deveria pôr os homens
na linha. Em Manana, vemos exemplos de violências domésticas contra mulheres
que apanham dos companheiros e sofrem importunação sexual.

6. PONTO - AVALIAÇÃO SOBRE O LIVRO MANANA

A leitura é um dos principais requisitos responsáveis pelo desempenho


escolar na vida das pessoas em especial nós como alunos. Alem de tudo trata-se de
um ótimo livro que possui muitos ensinamentos. A obra é uma ótima porta de
entrada para entender alguns aspectos do universo social e cultural. O livro
transmite cultura e conhecimentos, acredito que para avaliação do livro é
indiscutível. Bons livros transmitem saberes, o conhecimento humano, deve muito
aos livros. Quanto ao livro, tive acesso a novas palavras, conceitos e ideias que
talvez não conhecia antes. Por fim concluí que a leitura neste livro foi prazerosa,
especialmente quando temos bons livros para ler.

6
7. PONTO - APRESENTAÇÃO DO AUTOR DO LIVRO MANANA

Uanhenga Xitu nasce em 29 de Agosto de 1924, na Sanzala “aldeia” de


Nganga Zuz e em Calomboloca, concelho de Catete, região de Icolo e Bengo,
interior de Angola, aproximadamente 100 Km da capital. Filho de André Gaspar
Mendes de Carvalho e Luiza Miguel Fernandes, tendo como avós paternos Gaspar
Domingos Mendes de Carvalho e Eva André Francisco e avós maternos Miguel
Gaspar Fernandes e Isabel António Jorge.
Em finais da década de 1940, passou a viver em Luanda, onde viria a falecer
em 2014, depois de ter transitado por outros países, como França, Portugal,
Alemanha e Brasil.
Como escritor, adotou sempre o Uanhenga Xitu, uma variação “em português
“do nome Wayenga a Xitu “em Kimbundo”, em que Xitu significa “carne” e
Wanyenga “pendurar”, levar a carne, cujo significado é andar com carne pendurada.
Uanhenga Xitu, quase sempre se apresentava em público com seu tradicional
chapéu “o Quijinga” , que diz ter-lhe sido oferecido na prisão do Tarrafal, pelos
presos da Guiné, com os quais mantinha boa relação. Segundo ele, trata-se de um
tipo utilizado apenas pelos mais velhos, como símbolos de dignidade e que mesmo
em Angola, os sobas usavam alguns tipos específicos de chapéus como símbolo de
distinção social. Dessa forma, o chapéu era o símbolo físico de uma distinção social
de quem o usava. Assim, definia-se mais como um mais velho do que como escritor.
“Para ele em Africa, ser mais velho é uma responsabilidade.”

7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

UANHENGA XITU, (2019, 1ª ED). Manana.


ALMEIDA, (2005). Metodologia do Trabalho Científico.
ALVES, M. (2010 s.d.). Como escrever teses e monografias. Brasil:
Campus/Elsevier.

Você também pode gostar