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INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA EVANGÉLICA NO LUBANGO – ISTEL

CURSO DE TEOLOGIA RESIDENCIAL

TOMÉ TANGA SAUMBA

COSTUMES E CULTURAS: UMA INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA


MISSIONÁRIA

LUBANGO
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TOMÉ TANGA SAUMBA

COSTUMES E CULTURAS: UMA INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA


MISSIONÁRIA

Resumos Crítico apresentado à disciplina de


Antropologia e Contextualização do Instituto
Superior de Teologia Evangélica no Lubango –
ISTEL.

Orientador: Prof. José B. Luacute

Lubango
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Burns, B., Azevedo, D. & Carminati, P.B. (1995). Costumes e culturas: Uma
introdução à antropologia missionária (baseado na obra de E.A. Nida, 3ª ed.).
São Paulo: Vida Nova.

Eugene A. Nida, nascido aos 11 de Novembro de 1914 foi um Ph.D. em


linguista norte-americano focado na tradução da Bíblia e um dos fundadores da
disciplina que hoje é os estudos de tradução, também foi mestre em Grego do Novo
Testameno. Já Bárbara Burns, é mestre e doutora em missiologia e uma missionária
que vem atuando no Brasil desde 1969, focada no ensino de missões. A mesma
coordena a Escola de Missões Transculturais da Missão JUVEP em João Pessoa,
Paraíba.

A presente obra acarreta grande relevância literária cristã na área de missão


e contextualização, destrinchada em dez capítulos. Começando pela inevitabilidade
do choque de culturas (isso no capítulo 1), os autores demonstram que essa é uma
realidade no campo missionário, apontando as diferenças entre os povos como a
principal causa. Ante esses choques, os autores demonstram (isso no capítulo 2)
que é de suma importância o missionário buscar conhecer os diferentes estilos de
vida e comportamentos de um ou mais povos e mais ainda do campo missionário
que ele atuar. Visando lutar contra o racismo no cristão em geral (ainda mais no
missionário), os autores levam o missionário a entender que não existe uma raça
superior ou melhor que outras (isso no capítulo 3). Depois do racismo os autores
focam-se na questão do estilo de vida de cada povo (isso no capítulo 4), enfatizando
as diferenças e como as mesmas fazem sentido aos seus contextos. Há ainda um
reforço sobre a questão dos choques culturais e dos seus impactos (isso no capítulo
5). Combatendo a idolatria existente em muitos povos no capítulo sobre a religião
(isso no capítulo 6) os autores aconselham ou recomendam ao missionário o ensino
da bíblia como a sua prioridade. Voltando aos choques entre culturas, os autores
agora chamam o missionário a ter uma “mente aberta” (isso no capítulo 7) e saber
que a sua maneira de encarar e refletir a vida nem é a mais assertiva e ante essa
verdade ele deve observar também segundo outras lentes. Buscando facilitar a vida
do missionário, os autores ressaltam a necessidade deste aprender a língua nativa
do povo com quem se vai trabalhar (isso no capítulo 8). Ainda sobre identificação
com o povo, os autores agora chamam o missionário a ambientar-se e a buscar
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aprender certos costumes do seu campo missionário (isso no capítulo 9).


Encerrando o livro vemos a ênfase que os autores dão a comunhão entre o
missionário e o povo, a necessidade do missionário tentar viver na pele do povo
(isso no capítulo 10).

Segundo o meu parecer, os autores discutem em torno dos dez capítulos da


obra a necessidade de se fazer uma missão contextual, bem como a pregação do
evangelho de maneira que encontre impacto por parte do povo a quem se transmite.
Por esta razão, eles procuraram detalhar diversos costumes e culturas de vários
povos ao redor do mundo, assim como, a maneira correcta do missionário se
proceder diante de cada uma delas com finalidade de fazer ponte entre ele e o povo
em missão. Este é um facto que merece muita atenção, pois a experiência tem
mostrado na maior parte das vezes um procedimento inadequado por parte de
muitos missionários europeus. Na obra Comunicação transcultural, Van Der Meer,
enfatiza com rigor a necessidade de o missionário procurar ao máximo compreender
os costumes e a cultura do povo com finalidade de não chocar desnecessariamente,
bem como, de não as julgar a luz da sua. Em conformidade a isto, observa-se na
obra Introdução à antropologia missionária de Lidório, a ênfase de se comunicar o
evangelho de maneira adequada ao povo e para tal é necessário conhecer muito
bem o mesmo, ou seja, compreender os costumes e cultura. Para Valmir Santos, o
facto que impede a transmissão correcta do Evangelho é a cosmovisão do
missionário em campo, logo, para mudar o quadro deve-se despir os óculos da
cultura de proveniência para poder aprender as outras. De igual modo, Reifler,
fundamenta que o missionário deve seguir o exemplo de Jesus que mesmo sendo
Deus humilhou-se na forma humana para cumprir a missão que lhe foi incumbida
pelo seu pai. Visto que os erros e os choques são inevitáveis num meio diferente, a
principal contribuição dos autores consiste em ajudar os missionários a diminui-los
no campo de actuação, seja dentro ou fora do país de origem.
Finalmente, em termos de estruturação, conteúdo e bibliografia, a que se
dizer que são extremamente valoráveis e foram expostos de maneira profunda, a
qual leva o público leitor na mudança de pensamento e prática. A linguagem usada é
corrente, clara e compreensível. Os autores estão capacitados em escrever sobre o
assunto, pois possuem a graduação exigida sobre a matéria e a bibliografia
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apresentada é da área missiológica. Por esta razão, eu recomendo-o aos


missionários, Institutos teológicos, bem como, aos pastores.

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