Você está na página 1de 8

TEMA: DEUS E OS SEUS ACTOS (Jr. 33.

1-9)

INTRODUÇÃO

Durante algum tempo da História Cristã, um mal entendido sobre Deus foi
semeado na Teologia Cristã, o que resultou numa divisão de Deus em duas imagens
contrastantes: um Deus mau, severo e intolerante que pune furiosamente, tão
imediatamente quando o pecado se manifesta aos seus olhos. É um Deus vingativo
que suprime seu amor para nos destruir (esse quadro faz referência ao Antigo
Testamento). E segundo, um Deus bom, que foi apaziguado pelo Filho na sua morte
em lugar dos pecadores. Esse sacrifício foi o único poder que refreou as suas fortes
mãos e tirou delas o cálice do seu furor inflamado contra os pecadores, concedendo
misericórdia e estendendo sua paciência no trato com o pecado (esse quadro faz
referência ao Novo Testamento).

A má notícia é que essa teologia sobre um Deus mau e bom, dividido em


Testamentos, gerou dois extremos na conduta moral dos nossos dias: primeiro,
aqueles que consideram apenas a bondade de Deus, base sobre a qual justificam
sua conduta corrompida, sob a clássica afirmação “Deus me ama e me aceita como
sou; estamos sob a graça e não sob a lei – um Deus que agrada seus maus
corações”; segundo, aqueles que consideram apenas a severidade de Deus, base
sobre a qual justificam seu pavor de Deus, pois ele embora tenha misericórdia não é
um Deus que é amor, “o pecador não pode aproximar-se de Deus tão perfeito e
santo, pois, ele é um Deus que castiga, não um Deus que concede graça; um Deus
de ira e não de amor”.

Esse antagonismo de Deus é um terrível mal degenerado, mas a grande


questão que não se cala quanto ao carácter de Deus é o que o apóstolo Paulo
expôs na Epístola aos Romanos 11.22: Já aprendemos a considerar a severidade e
a bondade de Deus juntas como perfeições dele?

No texto que acabamos de ler, Deus faz um convite ao povo para que bus-+0

que a Sua face e clame ao Seu Nome, o Nome da aliança, pelo que Ele se
dispõe a responder ao povo e mostrar-lhes coisas grandes e insondáveis ou difíceis
sobre o seu futuro, que nós dividimos alguns argumentos:
I. A SEVERIDADE DE DEUS CONTRA O SEU POVO

A primeira mensagem da revelação dos mistérios insondáveis de Deus ao seu


povo é sobre o castigo iminente que Jeová mandará ao seu povo. Ele mesmo,
levantou os babilônios como seu instrumento para castigar o povo com espada, com
fome e com peste, reflexos das promessas de maldições da aliança pronunciadas no
Sinai em Dt 28, por causa da violação da aliança.

A severidade de Deus é vista nestas palavras: “para que eu encha de


cadáveres de homens, feridos por minha ira e meu furor, porquanto desta
cidade escondi o meu rosto, por causa de sua maldade” (Jr. 33.5).

Antes de chegarmos na severidade de Deus aplicada ao povo, vamos


compreender de antemão o quadro sombrio de seus pecados. Primeiro, o povo foi
escolhido por Deus e exaltado num relacionamento pessoal e íntimo com Ele que
qualquer outro povo na terra tinha. Este era um povo eleito de Deus, sacerdócio real,
nação santa e propriedade exclusiva Dele. O povo pertencia somente a Deus, e
Deus ao povo. O povo se havia comprometido a viver uma vida de fidelidade neste
relacionamento a adorar exclusivamente esse Deus Singular e Majestoso, e a amá-
lo de todo coração, alma, forças e entendimento.

Mas passado algum tempo, ele se mostrou infiel ao seu compromisso à aliança.
A acusação mais importante é que o povo rejeitara a Deus e adorara a ídolos. Em
sua rebelião ele rejeitou deliberada e voluntariamente o amor da aliança com suas
prostituições. Eles substituíram Deus e sua adoração exclusiva com os ídolos, o que
era uma violação intencional da aliança. De tão loucos se haviam tornado em adorar
estas coisas que de modo nenhum eram deus, o povo endureceu seu coração e fez
ouvidos surdos aos constantes apelos e acusações de Deus através dos profetas.
Essa cegueira espiritual, deu frutos à frieza do coração para o amor ao próximo,
ninguém se importava com a causa dos mais vulneráveis, as injustiças haviam
crescido demais. Os poderosos usavam todos os meios a seu favor para se
tornarem cada vez mais poderosos, enquanto os fracos desfaleciam em sua
fraqueza e opressão.

De modo público, em lugares altos, homens se prostituíam em cultos religiosos,


assim como um casal praticava sexo ilícito em honra a uma divindade. Eles não
apenas fizeram isso, como também, sacrificavam seus próprios filhos, fruto do seu
amor, como ofertas a essas divindades. Esse povo usou lado a lado no templo tanto
a adoração aos ídolos como uma religiosidade formal a Deus, “Eis que confiais em
palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Que é isso? Furtais e matais,
cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros
deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa
que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes
a praticar estas abominações” (Jr. 7.8-10). Serviam a Deus externamente, com
lábios o honravam, mas seu coração estava em rejeição e rebelião ao Supremo. Se
gloriavam do Templo ao mesmo tempo que o profanavam. Em momentos de crise e
aperto, buscava socorro e segurança das potências mundiais, e não de Deus. Essa
impiedade do povo de Deus, mistura do culto a Deus e dos ídolos, se elevou aos
males de seus vizinhos idólatras, de modo que tal confusão confundia seus vizinhos.

Todo esse mal crescia em categorias (espiritual, moral, político, cultural e social),
e também em escala crescente (gênero, faixa etária, classes sociais), mas nada
disso se compara à corrupção interior do coração humano, pois é enganoso e
desesperadamente mau desde a meninice. O coração do povo era tão doente que
não havia cura para as suas feridas, nem remédio para as suas chagas. A sua
impiedade manifesta não apenas sua natureza pecaminosa, mas também sua
incapacidade humana de por si mesmo mudar a si próprio, tal como se ouve nessas
palavras: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas?
Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr. 13.23). A
grandeza da sua maldade e da multidão dos seus pecados tinham alcançado seu
limite. A grande questão é: O que Deus fará diante de tudo isso? Passará por cima,
fechará seus olhos ignorando tais ofensas? Ou dará a resposta devida ao pecado?

Nestas frases “feridos por minha ira e meu furor” e “escondi o meu rosto”,
encontramos o primeiro acto de Deus contra o seu povo: ele castigaria com furor
inflamado o seu povo. Nada nem ninguém faria Deus mudar o que Ele já havia
determinado fazer contra o seu povo, nem mesmo Samuel e Moisés, ou Noé, Daniel
e Jó. Uma vez que o povo de Israel havia provocado o Senhor à ira com deuses
estranhos, e o irritado com abominações, a reação inevitável da natureza perfeita de
Deus ao mal é punição. Com essas frases, o profeta desejava exprimir que havia
dentro de Deus “uma intolerância santa para com a idolatria, a imoralidade e a
injustiça. Onde quer que essas ocorrem, agem como estímulos ao
desencadeamento de sua resposta de ira ou indignação”. Ele jamais é provocado
sem motivo, “feridos por minha ira ... por causa da sua maldade”. “O mal e somente
o mal o provoca, e deve ser assim necessariamente, visto que Deus deve ser Deus
(e proceder como Deus). Se o mal não o provocasse à ira ele perderia nosso
respeito, pois já não seria Deus”.

Deus já não mais olharia com misericórdia o seu povo, ele removeria o seu braço
do seu povo, removendo consigo todo o bem que lhe desejava fazer, tudo o que
tornava a vida digna de ser vivida. Deus demonstraria ao povo que suas acusações
não passavam de um mero espantalho, de uma retórica com argumentos vazios,
mas que Ele tinha poder para realizar tudo o que havia predito por meio dos
profetas: o povo sofreria nas mãos de um povo ímpio, seria levado ao cativeiro o que
colocaria em risco sua nacionalidade vivendo em escravidão, eles sofreriam
gravemente pela fome que comeriam seus próprios filhos como alimento, o Templo
e os palácios reais com toda a sua glória e riqueza seriam reduzidos a pó, homens,
mulheres e crianças de todo gênero morreriam terrivelmente pela espada, os muros
da cidade seriam destruídos expondo ao perigo e vergonha aqueles que não fossem
ao cativeiro.

Precisamos olhar para a história dos juízos de Deus, a fim de compreendermos o


quanto Ele leva a sério o pecado, porquanto é um insulto à Sua Majestade Singular,
uma ofensa à Sua gloriosa Santidade e uma rejeição ao Seu entranhável amor.
Olhemos para alguns juízos de Deus ao Seu povo:

Por um pecado Moisés foi impedido de entrar em Canaã, Miriã foi castigada com
lepra por ciúme e insubordinação à liderança de seu irmão, Davi foi severamente
punido quando adulterou com Bateseba, o bebé morreu, Amnom, o herdeiro do
trono, foi assassinado pelo seu irmão, Absalão foi morto e Adonias executado (seus
próprios filhos lhe causaram tristeza e conflitos internos de estupro, incesto público,
atentado ao poder e morte, tudo isso, despedaçou sua família); o povo de Israel que
voltou do cativeiro, gerações mais adiante sofria nas mãos do Império Romano com
os altos impostos e a mistura cultural, o Senhor Jesus Cristo sofreu no Jardim do
Getsêmani com apenas a visão do furor de Deus que seria derramado sobre si que
fê-lo suar e sangrar, e na cruz o furor inflamado de Deus derramado contra o pecado
que o Senhor Jesus carregava e o abandono do Pai ao Filho, que removeu todo o
bem naquelas três horas de trevas foi a única coisa que fez aquele santo homem
entrar em tremenda agonia na alma expresso pelo seu triste e profundo sofrer:
“Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste”, ou melhor, por que escondeste o
teu rosto de mim? Ananias e Safira foram castigados de imediato por terem mentido
o que levou à morte, e por fim, encontramos as advertências às sete igrejas da Ásia
Menor que por frieza espiritual (amor a Deus e ao próximo), idolatria e imoralidade
sexual, tolerância aos falsos ensinos e à sensualidade, formalidade religiosa
(cristianismo nominal) e indiferença (acomodação espiritual), e hoje sabemos que
por não obedecerem aos conselhos de Deus foram removidas de seu lugar – não
mais existem, ficaram na história. Deus vomitou essas congregações por não
levarem a sério o pecado, e não defenderem seu ódio e punição merecida ao
pecado.

Nós, a igreja da Sr. do Monte, não estamos isentos desse quadro dos juízos de
Deus, porque o pecado é o mesmo, terrivelmente maligno, e Deus é o mesmo,
Santo e Irado: Ele continua punindo o pecado hoje. Se não velarmos a viver de
acordo à aliança com Deus, “Santidade ao Senhor”, dando-lhe adoração exclusiva
como Único Deus verdadeiro, em sinceridade interior, lealdade e obediência não
haverá escape para a punição nem esperança para a bênção. Pastores, velem pelo
povo de Deus, ensinando a verdade, examinando os seus caminhos e conduzindo-
os pelo exemplo no caminho da santidade e relacionamento íntimo e pessoal com
seu Senhor.

Teólogos, sejais como Jeremias e os demais profetas, sejam sensíveis, primeiro


a Deus, buscando a consciência de sua presença que nos conduza a uma conduta
moral piedosa e mensagem fiel que difere dos falsos porta-vozes de Deus; segundo
sejam sensíveis às condições sociais e religiosas do povo e se esforcem em
interpretar a fé e aplicá-la nessa presente geração. Não moldem o supremo Deus
aos caprichos dos homens maus destes dias, a fim de agradá-los, ganhar seu
respeito e torná-los adeptos da fé cristã. Não se envergonhem de pregar a
severidade e os juízos de Deus na presente era.

Aos Santos no Senhor, não desprezem a ardem ira de Deus, seu declarado ódio
ao pecado e sua determinação santa e justa de puni-lo tal como merece. Não
troquem seu Deus, por falsas religiões, não sacrifiquem seus filhos para
enriquecerem ou agradarem qualquer um que seja, não descaiam da graça para se
perderem loucamente na imoralidade sexual, muito mais do que vir à igreja,
considerem por alta reverência a presença do Deus santo que aqui está, mais do
que tomar os emblemas considerem o significado e a responsabilidade que a cruz
traz sobre nós. Fujamos de toda tentação de sermos parecidos com o mundo à
nossa volta, não troquemos o privilégio de sermos o povo escolhido de Deus, com o
molho de lentilhas que o mundo nos oferece hoje. Acima de tudo, não tomemos a
grandeza e a multidão dos privilégios que a cruz comprou e nos oferece de graça
como desculpa para o pecado, porque todos eles testificam contra nós, nas palavras
de Jesus: “Quem muito lhe foi dado muito lhe será cobra, mas ao que muito lhe foi
confiado, muito mais se lhe pedirá”. Antes, “retenhamos a graça, pela qual sirvamos
a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é
fogo consumidor” (Hb 12.28-29).

Aos pecadores perdidos e não arrependidos, de quanto mais terrível julgamento


e punição sofrereis nas mãos de Deus, depois de tudo que ouvistes que Ele faz com
o seu povo escolhido? Escapareis impunes? Se o salvo é tão severamente punido
quando provoca a Deus quando pecado, quanto mais a ti que estás mergulhado no
pecado e o desafias constantemente? Ouça, de quanto mais severa punição julgas
ser digno sofrer nas mãos de Deus por se fazeres inimigo do Seu Filho e do
presente de Seu amor, profanares o sangue da nova aliança com o qual podes ser
purificado e separado para Deus e zombares em afronta o Espírito da graça?
Embora o juízo de Deus pareça demorado, ele é certo, pois, o “moinho de Deus mói
devagar, mas mói fino”. Então, eu suplico com amor, corra para Cristo deposite toda
sua confiança nele, creia no sacrifício consumado no Calvário para sua salvação e
purificação completa, clame ao Espírito para ajudar-te a suplicar, a fim de que
encontres graça e sejas liberto do pecado e do dia ira de Deus.

II. A BONDADE DE DEUS EM FAVOR DO SEU POVO

A segunda mensagem da revelação dos mistérios insondáveis de Deus ao seu


povo é sobre esperança e restauração. Deus haveria de fazer extraordinário com o
seu povo, faria uma reforma radical no coração do seu povo e uma purificação moral
dos seus pecados. Estes são os ecos dos actos característicos da “Nova Aliança”
proclamados no cap. 31 deste livro.
A bondade de Deus é vista nas seguintes palavras: “eis que lhe trarei a ela
saúde e cura e os sararei; e lhes revelarei abundância de paz e segurança.
Restaurarei a sorte de Judá e Israel...Purificá-los-ei de toda a sua iniquidade
com que pecaram contra mim; e perdoarei todas as suas iniquidades com que
pecaram e transgrediram contra mim” (Jr. 33.6-8).

Mas antes de avançarmos com a bondade de Deus, voltemos de novo a


severidade de Deus. Uma coisa que nos declaramos acima é que essa severidade
de Deus muito mais do que apenas castigo violento e vingativo é um remédio
disciplinar ao seu povo, a punição era antecipação destes poderosos actos que Ele
viria a realizar. Primeiro a destruição, depois a restauração. Primeiro a vergonha
depois a glória. Sim, “a ira de Deus é o amor de Deus”. Ele faz a ferida, e Ele
mesmo a cura. Mesmo quando pune seu povo, não se esquece de ser
misericordioso...Ele tem prazer na misericórdia. Amém.

Se a ira de Deus já nos está quebrando por dentro, creio firmemente que a
bondade o fará ainda mais. Falar da santidade de Deus e do seu juízo nos dará
muito mais que falar do seu amor, e muito mais nos maravilharemos ao
contemplarmos lado a lado a severidade e a bondade de Deus como suas
perfeições.

O povo declaradamente, havia traído Deus e desfeito a aliança com Ele. O povo
provou ser inclinado para o mal e não estava disposto a mudar de direção. Eles se
opuseram fortemente contra Deus, estavam tão incapacitados de por si mesmos
fazerem novas as coisas. É justamente, nesta direção contrária a Deus que o povo
estava seguindo que Deus diz: “eis que lhes trarei saúde e cura e os sararei”.

O povo de Israel tinha ido longe no pecado, estava profundamente afectado


pelos grilhões do pecado, muito mais do que o cativeiro na Babilônia, o pecado tinha
muito mais poder na vida do povo do que Nabucodonosor teria sobre eles, as
monstruosidades semeadas em seu coração eram tão venenosas, mas jamais
ofuscariam o ousado amor de Deus. Deus iria longe, além das muralhas da
incredulidade, além das perversidades malignas exteriores demonstradas, à fonte de
todo o mal: o coração. Uma vez que o problema humano é sistêmico, Deus
começaria de lá, de dentro para fora.
Essa corrupção e engano do coração humano embora fosse tão abundante, a
graça de Deus superabundância muito mais, pois em seu poder daria um novo
coração, cuja vontade não mais estivesse sob o domínio do mal. Deus escreveria
em seus corações a lei, e não mais em tábuas, fortaleceria sua consciência de modo
que prontamente se dispusessem em cumprir com os seus mandamentos. Deus
lhes daria seu Espírito Santo que os capacitaria a temer e amar a Deus de todo o
coração e poder para vencer o pecado.

Nessa aliança eterna que Deus firmaria com o povo, eles teriam uma comunhão
íntima e pessoal com Deus individualmente, tal como Deus declara” “serei o seu
Deus, e eles serão o meu povo”. O pertenceria somente a Deus e Deus
pertenceria igualmente ao povo. Nesta comunhão, Deus se comprometia a nunca
deixar de lhes fazer bem. Ele velaria pela causa do povo totalmente, ele se
preocuparia com cada detalhe da história do povo. O povo, por outro lado,
encontraria satisfação plena em Deus, não mais trocariam a Deus com qualquer
coisa, nem devotariam seu amor a estranhos. Eles dependeriam de Deus em tudo e
para tudo, em Deus teriam a sua glória, não mais sua sabedoria, força ou riqueza.

Maravilha das maravilhas, é que Deus se permitiria ser conhecido pelo povo

III. A IDENTIDADE DE DEUS NO SEU POVO

Você também pode gostar