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Provavelmente nosso melhor guia nesse ponto é a profecia de Joel.

Examinemo-la. Trata-se de um chamado ao


arrependimento. Deus deseja ardentemente abençoar o Seu povo, mas o
pecado é um obstáculo diante da benção. Por isso, à vista de seu amor e
compaixão, Deus envia um terrível julgamento contra seu povo.
Encontramos a descrição de tal julgamento no primeiro e segundo
capítulos de Joel. Os invasores já chegaram quase até os portões da
cidade. Mas o amor de Deus é infinito! Veja os versículos doze a catorze
do segundo capítulo, onde o Senhor diz: “Voltai para mim de todo o vosso
coração, com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e
não as vossas vestes. Voltai para o Senhor vosso Deus, porque ele é
misericordioso e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em amor, e se
arrepende do mal”.

Muito bem, meu prezado amigo, não sei qual é o seu pecado. Só você e
Deus o conhecem bem. Mas quero que você pense nisto: seria melhor que
você interrompesse a sua oração e se levantasse, que você não mais
continuasse ajoelhado, e se prontificasse a resolver esse problema,
arrependendo-se de seu pecado. “Se eu no coração contemplara o
pecado, o Senhor não me teria ouvido” (Salmos 66:18).
Observe, agora, os versículos quinze e dezessete do segundo capítulo de
Joel. O profeta conclamara o povo para uma reunião de oração. O pecado
fora confessado e abandonado. Agora o povo poderia orar. Cabia ao povo
implorar a Deus, no próprio nome de Deus, a fim de que as nações não
viessem a indagar: “Onde está o seu Deus?” Agora o povo
mostrava-se sincero, e sua oração haveria de prevalecer.
CONVICÇÃO DE PECADO

Hoje em dia os homens olham a salvação com atitude de frieza, de


formalidade, quase automaticamente, como se estivessem tratando de
um negócio. Até parece que estão prestando a Deus um favor, ao
condescenderem em receber sua oferta de redenção. Seus olhos
permanecem enxutos e a consciência aguda de pecado pessoal jamais se
lhes manifesta.
Se quisermos produzir frutos mediante o Espírito Santo, Deus terá que
primeiramente preparar o terreno. O Espírito Santo deverá convencer do
pecado os pecadores, antes que eles possam crer de verdade.
É necessário que o pecado seja profundamente sentido, antes de poder
ser lamentado. Os pecadores devem sentir tristeza, antes de receber
consolo.
Exortamos aqueles que estão em pleno vigor e em boa saúde para que se
apressem a consultar um médico? O atleta que nada com perfeição
porventura implora ao povo que está na praia para que venha salva-lo de
afogamento, se nem sequer já molhou os pés na água do mar?
Deus valorizou bem sua Palavra. Ele a chama de “fogo”, “martelo” e
“espada”. Ora, o fogo queima. Um golpe de martelo fere, esmaga. Um
golpe de espada corta e provoca muita dor. Quando a Palavra de Deus é
proclamada no poder e na unção do Espírito, serão esses exatamente os
resultados. Queimará como fogo, despedaçará como um martelo e
trespassará como uma espada. A dor espiritual e psíquica será tão severa
e real como a dor física. Em caso contrário, há algo errado ou com a
mensagem ou com o mensageiro.
Quando Belsazar, o orgulhoso monarca assírio, viu a aparição da mão de
um homem a escrever sobre a caiadura da parede de seu palácio, „Então
se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as
juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no
outro‟. Tais sintomas de medo jamais foram considerados fenômenos
milagrosos, fora do natural. Por que, então, alguns julgam estranho
quando vêem pecadores despertados com poder pelo Espírito de Deus,
profundamente convencidos da enormidade dos seus crimes? Tão
convictos de culpa, a ponto de entenderem que de fato correm o perigo
de subitamente serem precipitados nas profundezas do lago de fogo? Tão
convictos que imaginam que o inferno vem ao seu encontro desde as
profundezas abismais. Por que alguns indivíduos julgam anti-natural que
tais pessoas manifestem sintomas da mais alarmante aflição e
perturbação intima?

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