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Quarta-feira, 15 de Setembro de 2004 I S RIE-Número 37

BOLETIM DA REP BUCA


PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE OÇAMBIQUE

SUMÁRIO grante do presente diploma ministeri I. fixa os parâmetros de


qualidade da água destinada ao cons mo humano e as moda-
Primeiro-Ministro: lidades de realização do seu controlo. visando proteger li saúde
Despaçho: humana dos, efeitos nocivos result tes de qualquer conta-
minação que possa ocorrer nas dif entes etapas do sistema
Determina a cessação de funções de secretário permanente do
de abastecimento de água desde a captação até à dispeni-
Ministério dos Negócios Estrangeiro e Cooperação a lsaías
Elísio Mondlane. bilização ao consumidor.
Art. 2. O presente diploma 'minist rial entra imediatamente
Ministério da Saúde: em vigor, após a publicação no 80 etim da República.
Diploma Ministerial n." 18012004: Ministério da Saúde. em Maputo, 9 de Março de 2004-
Aprova o Regulamento sobre a Qualidade da Água para o O Ministro da Saúde. Francisco Ferreira Songane.
Consumo Humano.
••• •••• •• ••••••••••• e,e ••••••••••

PRIMEIRO-MINISTRO

Despacho
Nos termos do disposto no n." 2 do artigo 2 do Decreto n." 46/ Regulamento sobre a Qu Jidade da Água
/2000. de 28 de Novembro. determino. com efeitos imedia- para o Consumo Humano
tos, que Isaías Elísio Mondlane cesse as funções de secretário
permanente do Ministério dos Negócios Estrangeiros e ARTIGO I
Cooperação.
(Definições)
Publique-se.
Para efeitos do presente Regulamento entende-se por:
Maputo, 16 de Fevereiro de 2004. - O Primeiro-Mimstro,
Pascoal Manuel Mocumbi. !. Autoridade Competente - a6uela que por lei tem a
responsabilidade de velar pelI, observância dos requi-
sitos de qualidade de águ~ que é abastecida ao
público através das inspecções sanitárias. diagnós-
ticos laboratoriais e monitorlzação de riscos.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
2. Água destinada ao consumo humano: I
a) Toda a água no seu estado original ou após tra-
Diploma Ministerial n." 180/2004
tamento, destinada a ser bebida. a cozinhar,
de 1-5 de Setembro a preparar alimentos ou para outros fins do-
No âmbito das políticas do 'Governo em curso visando mésticos, independentemente da sua origem
aumentar o abastecimento de água nas zonas rurais e urbanas e de ser forneci da a partir de um .sistema de
para a satisfação das necessidades básicas da população, abastecimento de água com ou sem fins co-
• • I
impõe-se a tomada de medidas para que a água dispo- mercrars;
nibilizada, tenha uma qualidade aceitável para o consumo b) Toda a água utilizada numa empresa da indús-
humano, o que irá contribuir para a redução das doenças tria alimentar para o fabrico. transformação,
associadas. conservação ou comercialização de produtos
A Lei n." 16/91, de 3 de Agosto, Lei de Águas. atribui destinados ao consumo humàno.
ao Ministro da Saúde competências para estabelecer os 3. Água Potável - aquela que oSI" ,"pria para o consumo
parâmetros através dos quais se deverá reger controlo da humano, pelas suas qualidade, orgunolépticas, físicas,
qualidade da água para que seja considerada potável e própria químicas e biológicas.
para o consumo humano.
4. Entidade Gestora do Sistema de Abastecimento de
Paraa efectivação do que vem preconizado na Lei n:o 16/ Água - entidade que por lei é responsável pela
/91, de 3 de Agosto. Lei de Águas e no Decreto Presiden- exploração, gestão e fornecimento de água destinada
cial n." 11/95, de 29 de Dezembro. E no usando as
ao consumo humano.
competências atribuídas pelo n," 2 do artigo 56 da referida
Lei determino: 5. CHAEM - Centro de Higiene Ambiental e Exames
Artigo!. É aprovado o Regulamento sobre a Qualidade da Médicos.
Água para o Consumo Humano em anexo, que faz parte inte- 6. Controlo de Qualidade - conjunto de acções realiza-
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das pela Autoridade Competente e Entidade Gestora ARTlG 2


dos sistemas de abastecimento de água com vista à (QbJec o)
manutenção permanente da sua qualidade, em con-
formidade com as normas legalmente estabeleci das. O presente, Regulamento tem como objecto fixar os parã-
metros de qualidade: da ãgua de tinada ao consumo humano
7. DNA - Direcção Nacional de Águas.
e as modalidades de realizaçã do seu controlo. visando
8. DNS - Direcção Nacional de Saúde. proteger a saúde humana dos e eitos nocivos resultantes de
9. DSA - Departamento de Saúde Ambienta!. qualquer contaminação que possa ocorrer' nas diferentes. etapas
1O.I?TA- Estação de Tratamento, d~ Água. do sistema de abastecimento d água desde a .captação até
à disponibilização ao consumíd r.
11. Fontes de Água - parte do sistema de abastecimento
de água que serve de ponto de captação de água ARTlG 3
para o consumo humano, podendo ser poço, furos, (Âmbito de a lIc:açio)
lagoas, nascentes, rios, cisternas ou outras.
1. O presente Regulamento ap ica-se aos sistemas de abas-
12. Inspecção Sanítãrla - acções permanentes e sistemá-
ticas de fiscalização realizadas pelos serviços de tecimento de água destinada ao consumo humano que seja
saúde no sistema de abastecimento de água com vista potável. Podem ser: ,
a certificar se a qualidade de água preenche os requi- a) Águas doces superficíals estinadas ao consumo directo
sitos tndícados neste Regulamento. ou à, produção de ág a para o consumo humano;
13. Instalação Domiciliãria-c-rede interna de distribuição b) Águas doces subterrân s, destinadas ao consumo
de água destinada ao consumo humano, que abrange, directo ou à produçã de água para' o consumo
canalizações, reservatórios, torneiras e aparelhos sani- humano;
tários, desde que não sejam da responsabilidade da c) Água distribuída por ou as fontes alternativas desti-
Entidade Gestora. nadas ItO consumo li mano directo;
14. Limite Máximo Admissivel - valor máximo sdmís- ti) Água distnbuída para se utilizada nas indústrias ali-
sível pará um determinado parâmetro físico, orga- mentares, no, tratame to ou na conservação de
noléptico, químico ou microbíologico em água géneros alimentícios ude substâncias destinadas
destinada ao consumo' humano. a serem consumidas p lo homem e que não' podem
15.LNHAA-Laboratório Nacional de ,HIgiene de Águas afectar li salubridade dos géneros alimentares.
e Alimentos.
2. Excluem-se do disposto no número anterior:
16. MISAU - Ministério da Saúde.
a) As águas minerais natura s e engarrafadas que devem
17. Parâmetro Indicador - é o parâmetro físico, organo- ser' abrangi das ' por utras legislações em vigor
léptico, químico 0\.1 microbiol6gico que deve ser .sobre a matéria;
usado como um guia de qualidade.
b) As ãguas que são produtos medicinais;
18: Plano Nacional de Controlo de. Qualidade - docu-
c) Todas as outras águas Ique embora utilizadas em
mento elaborado no âmbito de um processo que asse-
gure a participação de organismos sociais, profissionais lndüstrías alimentares por determinação expressa
e econémieos, directamente envolvidos no abasteci- requeiram uma maior exigência de qualidade:
mento e garantia de qualidade de água destinada ao ARTlGO 4
consumo humano, que contém os objectivos a curto, l
(Autoridade corpetente)
médio e longo prazos, assim como, a descrição das
acções para a sua -implementação do ponto de vista 1. Para efeitos de aplicação das disposições do presente
dos recursos humanos, materiais, econõmícos e finan- Regulamento, a Direcção Nacionhl de Saúde é designada por
ceiros para o efeito. autoridade competente' para garantlr o controlo de qualidade
19: Qualidade de Água para o Consumo Humano - é a de água destinada ao consumo humano, 'bem como, para
característica dada pelo conjunto de valores de parâ- controlar a aplicação das suas disposições.
metros microbíclõgicos, organolépticos e físico-quí- 2. Para -a prossecução dos obíecrívos deste Regulamento
micos fixados que permitem avaliar se. a água é as competências da Direcção Nacional de Saúde serão exer-
potável ou não. cídas por, diversas estruturas desta, desde o nível central,
20. Sistema de Abastecimento de Água - são todos os provincial até ao local.
componentes do processo de -captação, tratamento e 3. A nível central, as competências da autoridade compe-
distribuição de água destinada ao consumo humano. tente serão exercidas pelo Departamento de Saúde Ambiental
21. Sistema Convencional- é todo o sistema de abaste- e pelo Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos,
, cimento de água para o consumo humano que con- a nível provincial pelos Centros de Higiene Ambiental e
templa todas as fases de tratamento de água. Exames Médicos e Laboratórios Provinciais de Água e a
22. Sistema Nacional de Controlo de Qualidade - é cons- , nível local, pelos Centros de Saúde.
tituído pelo conjunto de infra-estruturas, capacidade ARTIGO 5
técnica, equipamentos, técnicas e todo o material (Competência. da autoridade competente)
utilizado para avaliar os requisitos de qualidade de
água para o consumo humano, 1. No âmbito do presente Regulamento, constituem com-
23. Substância Perigosa-s-substâncla ou grupo de substân- petências .da autoridade competente:
cias tóxicas, persistentes e susceptíveis de bioacumu- a) Inspeccionar e avaliar a qualidade da água destinada
lação e ainda outras substâncias ou grupo de substâncias ao consumo humano em conformidade com os
que suscitem preocupações da mesma ordem. requisitos do presente Regulamento;
/5 DE SETEMBRO DE 2004
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b) Verificar as condições higiénico-sanitárias e de garan- 2. Compete. ao Laboratório Nacio al ~ Higiene 'de Águas
tia de qualidade dos sistemas de abastecimento de e Alimentos (LNHAA), enquanto ó ão técnico 'de suporte
água destinada ao consumo humano; do pSA, servir de laboratõrío de re rência para toda a rede-
c) Emitir pareceres técnicos para o licenciamento naci?nal de laboratórios de - control de. qualidade de água
sanitário dos sistemas de abastecimento de água destinada ao consumo humano e dei boratõrío para a cidade
destinada ao consumo humano; e província de Maputo.
d) Efectuar vistorias sanitárias e autorizar o seu funcio- 3. Compete ao Centro de Higien Ambiental e Exames
namento através da emissão das respectivas auto- Médicos (CHAEM):
rizações sanitárias; a) Zelar pela inspecção às font e colheita de amostras
e) Emitir pareceres sanitários sobre as obras e instala- da água destinada ao con uma humano em' todo
ções de captação, tratamento, armazenarnento, trans- o território da província em que se encontra
porte e distribuição de água destinada ao consumo implantado;
humano; b) Zelar pela adopção.demedid apropriadas com vista
J) Inspeccionar os sistemas de controlo e garantia de à protecção da saúde do onsumidor.
qualidade dos sistemas de abastecimento de água 4. Compete -ao Laboratório Provi aI de Águas em c.or-
destinada ao consumo humano; denação com o CHAEM, zelar pel inspecção às fontes,
g) Prestar serviços de análise laboratorial da água desti- colheita e análise de amostras de águ destinada ao consumo
nada ao consumo humano e dos produtos usados humano em 'todo o território da proví ia em que se encontra
no seu -tratamento; implantado.
h) Credenciar os laboratórios para análise -de água desti- S; Compete aos Centros de Saúde. través de um Inspector
nada ao consumo humano; de Agua, zelar pelo controlo de quali ade da água destinada
ao consumo humano a nível local. No exercício desta função
i) Capacitar, treinar e actualizar o pessoal de inspecção
o inspector poderá estar -ou não unido de laboratório
e de análises laboratoriais de águas;
portátil (kit de análises).
j) Definir as orientações práticas para o tratamento de
água em situações particulares e de emergência; ARTIGO 7

k) Definir os procedimentos adequados face a um resul- (Parãmetros de quaJl


tado impróprio da qualidade de água destinada ao 1. Constituem parâmetros de quali ade aplicáveis obriga-
consumo humano;
toriamente à água destinada ao cons mo humano os esta-
I) Avaliar, monitorar e supervisionar as activid-ades de belecidos no Anexo I do presente Regulamento.
vigilância sanitária realizadas pelas estruturas de
2. Caso a protecção da saúde humana assim o exija, o
saúde de nível local;
Ministério da Saúde, sob proposta fundamentada da Direcção
711) Elaborar ou propor normas sanitárias sobre os parâ- Nacional de Saúde, ouvida a Direcção Nacional de Águas
metros microbiológicos, físicos e químicos das e outras entidades interessadas poderá alterar os anexos ao
águas destinadas ao consumo humano; presente Regulamento.
n) Colaborar com outras entidades na adopção de espe-
cificações citadas no presente Regulamento; ARTIGOS I
(Controlo de qualidade)
o) Divulgar a legislação em vigor sobre os critérios de
qualidade aplicáveis aos sistemas de abastecimento L O controlo de qualidade da água pAra o consumo humano
de água destinada ao consumo humano; será efectuado em conformidade com 6s pressupostos postu-
p} Exerceroutras funções que venham a ser definidas lados no Plano Nacional de Controlo de Qualidade, observando,
no âmbito do controlo de qualidade de água. no entanto, o regime, modalidades, frequência, parâmetros e
2. Com vista a executar as competências estabelecidas no características de controlo estabelecidas no Anexo Il do pre-
âmbito do presente Regulamento, o MISAU poderá, sob pro- sente Regulamento.
posta da DNS, delegar algumas das suas funções inclusive 2. Qualquer Entidade Gestora de Águas deve:
por meio de acordos, para outros organismos públicos ou a) Elaborar um programa interno de controlo de quali-
privados. dade que deve respeitar, no mínimo, os requisitos
ARTIGO 6
estabelecidos no Anexo 11, incluindo os pontos
críticos de arnostragern, os parâmetros sujeitos
(Competências específicas das estruturas.
ao controlo, as modalidades e a periodicidade de
da autoridade competente)
controlo, bem como as credenciais dos laborató-
1. Compele ao Departamento de Saúde Ambienta] (DSA): rios que efectuam as análises;
a) Dirigir a administração do Sistema Nacional de Con- b) Efectuar a verificação da qualidade de água, de acordo
trolo de Qualidade de Água para o consumo humano; com o programa definido nos termos da alínea
b) Tealizar as acções de planificação, desenvolvimento, anterior, com vista a demonstração da sua con-
implementação e supervisão de todas as activida- formidade com os requisitos deste Regulamento,
des relacionadas com o Sistema Nacional de Con- observando o disposto nos Anexos II e Ill,
trolo de Qualidade de Água para o consumo humano; e) Informar a autoridade competente sobre as situa-
c) Promover, participar e realizar treinamento, pesquisa, ções de incumprimento dos valores indicados para
divulgação, actividades de inspecção e controlo de os parâmetros de qualidade citados neste Regu-
qualidade da água a nível nacional e internacional; lamento;
d) Zelar pela regulamentação, avaliação e advocacia da d) Difundir entre os utilizadores e consumidores afec-
qualidade da água destinada ao consumo humano. tados os avisos que a autoridade competente deter-
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mine. relati vamente às medidas de prevenção para concedida. bem como das medid s- necessárias ,para proteger
minímizar os efeitos que poderão advir do consumo a saúde humana dos efeitos nocwos resultantes de qualquer
de água no caso das situações da alínea anterior. contaminação da água para con~mo humano.
e) Preparare manter. por cada zona de abastecimento. 3. Sempre que seja identificad um perigo potencial pllra
um registo documental contendo: a saúde humana devido, a quai dade da água, a Entidade
i) Planta do sistema de abastecimento com a Gestora comunicará a existência' de tal perigo à autoridade
localização das áreas de abastecimento; competente. a qual prestará o conselharnento adequado à
população servida por aquele.
ii) Estimativa da população servida na área:
iii) Informação sobre as derrogações autorizadas ARTIGO O
para a água forneci da nessa área; (Verlflc89110da co formldade)

iv) Informação sobre as medidas tomadas para A verificação do cumpriment dos parâmetros de quali-
cumprir com os valores dos parâmetros dade fixados nos termos do artigo 7 do presente Regulamento
de qualidade; é feita:
v) Informação relativa a situações de restrição a) Em habitações 011 esta lecimentos públicos cujos
à utilização que tenha ocorrido. reservatórios e tomei as normalmente utilizadas
!J Tornar acessível ao público a informação a que se para o consumo hu ano recebam água prove.
refere a alínea anterior; niente de uma rede d distribuição geral;
g) Comunicar anualmente à autoridade competente os b) Ao nível dos sistemas ,de ístribuição de abastecimento
resultados da verificação de qualidade de água de água desde a font de captação fi' trataménto
para o consumo humano. bem como as medidas até ao ponto de entre. a aos respectivos utiliza-
tomadas ou a tomar. para corrigir situações de dores;
desconforrnidade detectadas; , c) No caso da água fornec da 11 partir de camiões e
li) Publicar trimestralmente, no 'caso de água fornecida navios-cisternas, no nto de saída;'
a partir de uma rede de distribuição, por meios d) No caso da água utilíeada numa empresa de indústria
dos órgãos de informação ou editais afixados em alimentar. no ponto d sua utilização.
lugares públicos. os resultados obtidos nas análises
ARTIGO I
de demonstração de conformidade. acompanhados
(Amoltra'g m)
de elementos informativos que ,permitam avaliar o
grau de cumprimento dos requisitos de qualidade 1. As amostras de água para consumo humano devem
constantes no Anexo lI. ser tomadas aleatoriamente e extr~íd~s tanto de pontos fixos,
3, A Entidade Gestora pode recorrer a métodos analíticos como de lugares seleceionados a9 'acaso em todo o sistema
alternativos diferentes daqueles definidos pela autoridade de abastecimento de água. inCIUin!o residências ou locais de
competente para determinação da qualidade de água, desde maior afluxo público.
que, se comprove junto desta, que os resultados obtidos são 2. A frequência mínima mensal de amostragem e da rea-
no mínimo, tão fíüveis como os que seriam obtidos pelos lização das determinações analític s constam no Anexo II do
métodos de referência citados no Anexo III do presente presente Regulamento. Para efeito dé controlo de qualidade
Regulamento, deve-se considerar o número de habitantes servidos e os
4. Sempre que haja uso de produtos químicos no tratamento locais de colheita prioritários, tens o em atenção 11 variabili-
da água para o consumo humano, compete à Entidade Gestora dade sazonal, de modo a' obter u1ma imagem representativa
assegurar a respectiva eficácia e garantir. sem comprometer o da qualidade da ilgua.
tratamento, que a contaminação por subprodutos da mesma. , 3. A frequência de amostragens pode ,aumentar em casos
sej~ mantida a um nível tão baixo quanto possível e não ponha de epidemias, inundações ou situações de emergências e IIp6s
em causa a qualidade da água assim tratada e destinada ao interrupções de .abasteclmento deügua ou reparações.
consumo humano.
ARTIGO 12 '
ARTIGO 9
(VlgUincla •• nllllft.)
(Excepções) ,
I. Compete a autoridade competente coordenar as acções
I. A autoridade competente pode determinar 11 não aplica- de vigilância sanitária que incluem:
ção das disposições do presente Regulamento nas seguintes a) A realização de análises e de outras acções, quando
situações: necessário. para avaliação da qualidade da água
a) A água se destine exclusivamente a fins para os destinada ao consumo humano;
quais. a autoridade competente. determine que a b) A avaliação do risco para a saúde pública da qualidade
qualidade de água não terá qualquer influência. da água destinada ao consumo humano.
directa ou indirecta na saúde dos consumidores;
2, Quando se verifique que a qualidade da água distribuída
b) Tratando-se de água destinada ao consumo humano é susceptível de pôr em risco a saúde humana. a autoridade
proveniente de fontes de água que sejam objecto competente deve notificar a Entidade Gestora das medidas
de consumos inferiores a 10 ml/dia, em média, que têm ele ser adoptadas para minimizar tais efeitos. podendo
excepto se essa água for fornecida no âmbito de ainda determinar a suspensão da distribuição de água enquanto
uma actividade 'pública ou de uma' actividade pri- persistirem os factores de risco.
vada de natureza comercial. industrial ou de 3. A responsabilidade da Entidade Gestora cessa sempre
serviços. que se comprove que a presença do factor de risco detectada
2. Nos casos previstos na alínea b) do número anterior aquando, da avaliação da qualidade da água para o consumo
a Entidade Gestora, ou vida 1\ autoridade competente. assegu- humano é devido ao sistema de distribuição predial ou à sua
rará que a população servida seja informada da excepção manutenção.
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mine, relativamente às medidas de prevenção para concedida, bem como das medi as- necessárias ·para proteger
rninirnizar os efeitos que poderão advír do consumo a saúde humana dos efeitos noc vos resultantes de qualquer
de água no caso das situações da alínea anterior. contaminação da água puni con umo humano.
e) Preparar e manter, por cada zona de abastecimento, 3. Sempre que seja identifica' o um perigo potencial para
um registo documental contendo: a saúde humana devido. 11 qUII' idade da água, li Entidade
i) Planta do sistema de abastecimento com a Gestora comunicará a existênci de tal perigo à autoridade
localização das áreas de abastecimento; competente, a qual prestará o conselhamento adequado à
população servida por aquele.
ii) Estimativa da população servida na área; ,
iii) Informação sobre as derrogações autorizadas ARTIGO 10
para a água forneci da nessa área; (Verificação da conformidade)
iv) Informação sobre as medidas tomadas para A verificação do cumpriment dos parãmetros de quali-
cumprir com os valores dos parârnetros dade fixados nos termos do artig 7 do presente Regulamento
de qualidade; é feita;
v) Informação relativa a situações de restrição a) Em habitações ou esta lecimentos públicos cujos
à utilização que tenha ocorrido. reservatériose tomei as normalmente utilizadas
fi Tornar acessível ao público a informação a que se para o consumo hu ano recebam água prove.
refere a alínea anterior; niente de uma rede distribuição geral;
g) Comunicar anualmente à autoridade competente os /J) Ao nível dos sistemas .de
ístribuição de abastecimento
resultados da verificação de qualidade de água de água desde li font de captação e' tratamento
para o consumo humano, bem como as medidas até ao ponto de entr ga aos respectivos utiliza-
tomadas ou a tomar, para corrigir situações de dores;
desconformidade detectadas; . c) No caso da água fome ida a partir de camiões e
11) Publicar trimestralmente, nocaso de água fomecida navios-cisternas, no nto de salda;
a partir de uma rede de distribuição, por meios á) No caso da água utiJi.zad numa empresa de indústria
dos órgãos de informação ou editais afixados em alimentar, no ponto d sua utílização.
lugares públicos, os resultados obtidos nas análises
AIlTIGO I
de demonstração de conformidade, acompanhados
(AmOltr •.~em)
de elementos informativos que ,permitam avaliar o
grau de cumprimento dos requisitos de qualidade 1. As amostras de água para! consumo humano devem
constantes no Anexo lI. ser tomadas aleatoriamente e extr Idas tanto de pontos fixos,
3. A Entidade Gestora pode recorrer a métodos analíticos como de lugares seleceionados a 'acaso em todo o sistema
alternativos diferentes daqueles definidos pela autoridade de abastecimento de água, inclui do residências ou locais de
competente para determinação da qualidade de água, desde maior afluxo público.
que. se comprove junto desta, que os resultados obtidos são 2. A frequência mínima rnensa de arnostragem e da rea-
no mínimo, tão fiãveis como os que seriam obtidos pelos lização das determinações analíticas constam no Anexo 11 do
métodos de referência citados no Anexo III do presente presente Regulamento. ParI! efeitos dé controlo 'de qualidade
Regulamento. deve-se considerar o número de habitantes servidos e os
4. Sempre que haja uso de produtos qufmicos no tratamento locais de colheita príoritãrios, tendo em atenção a variabili-
da água para o consumo humano, compete à Entidade Gestora dade sazonal, de modo a' obter uma imagem representativa
assegurar a respectiva eficácia e garantir, sem comprometer o da qualidade da água.
tratamento, que 11 contaminação por subprodutos da mesma. . 3. A frequência de amostragens pode aumemar em casos
seja rnantida a um nível tão baixo quanto possfvel e não ponha de epidemias, inundações ou situações de emergências e após
em causa a qualidade da água assim tratada e destinada ao interrupções de .abastecimento de ·água ou reparações.
consumo humano.
ARTIGO 12 .
ARTtG09
(Vlgllincla •• nltlii'la)
(ExcepçOel) ,
I. Compete 11 autoridade competente coordenar as acções
I. A autoridade competente pode determinar a não aplica- de vigilância sanitária que incluem:
ção das disposições do presente Regulamento nas seguintes a) A realização de análises e de outras acções, quando
situações; necessário, para avaliação da qualidade da água
a) A água se destine exclusivamente a fins para os destinada ao consumo humano;
quais. a autoridade competente, determine que a b) A avaliação do risco para a saúde pública da qualidade
qualidade de água não terá qualquer influência, da água destinada ao consumo humano.
directa ou indirecta na saúde dos consumidores;
2. Quando se verifique que a qualidade da água distribuída
b) Tratando-se de ãgua destinada ao consumo humano é susceptível de pôr em risco a saúde humana, a autoridade
proveniente de fontes de água que sejam objecto competente deve notificar a Entidade Gestora das medidas
de consumos inferiores a 10 m3/dia, em média, que têm de ser adoptadas para minimizae tais efeitos, podendo
excepto se essa água for fornecida no âmbito de ainda determinar a suspensão da dlstrlbuiçãc de água enquanto
uma actividade 'pablica ou de uma' actividade pri- persistirem os factores de risco.
vada de natureza comercial, industrial ou de 3. A responsabilidade da Entidade Gestora cessa sempre
serviços. que se comprove que a presença do factor de risco detectada
2. Nos casos previstos na alínea b) do número anterior aquando, da avaliação da qualidade da água para o consumo
a Entidade Gestora, ouvida 1\ autoridade competente. assegu- humano é devido ao sistema de distribuição predial ou à sua
rará que a população servida seja informada da excepção manutenção.
15 DE SETEMBRO DE 2004 311
4. Quando se trate de estabelecimentos ou instalações em b) Licençnurnbientat. incluind .indtcação da potencial
que se forneça água ao público, nomeadamente escolas. cre- existência ounão 'de fonl s de' pólúiç~o biológica.
ches, quartéis, estabelecimentos hoteleiros, hospitais ou outros química ou de outra natUt z.1. nó Iócal' de captação
com caracterfsticas .sirnilares, compete à autoridade. cornpe- ou a montante:
tente assegurar que os responsáveis pelo estabelecimento
resolvam as eventuais anomalias de qualidade da águaobser- 3. O prazo máximo para a análise os documentos e emis-
vadas nos seus sistemas específicos. são do parecer sanitário 'não deverá exceder' 15. dias ütéls,
contados a partir é1a data de etitrail do pedido.
ARTIGO 13
AKTIUO 17
(Inspecção)
(Desenho e'requisitos gerais e construção)
I. A inspecção aos sistemas de abastecimento de água
ficará a cargo' de um Inspector de Águas nomeado 'pela Os sistemas de abastecimento de água deverão 'ser con-
âutoriâilde competente ou seu representante: cebidos e construídos em conforrnida e com' as normas defi-
2. O Inspector de Água poderá ser um profissional de nidas pela autoridade que superinten e o sector de abaste-
saúde -ou de administração local desde que esteja munido de cimento de água.
um documento de identificação e capacitado' para o efeito, ARTIGO 1'8
ARTIGO 14 (Materiais e produtos químic s usados no
(Competências do Inspector de águas) tratamento de ág a)
Compete ao Inspector de Águas: I. Os materiais utilizados nos sis em as de tratamento e
a) Representar a autoridade competente em acções de abastecimento de água para o consu o humano não podem
inspecção relativas a qualidade de água para o provocar alterações na sua qualidade ue impliquem redução
consumo humano; do nível de protecção de saúde hum na, conforme 'previsto
b) Alertar a autoridade competente e a Entidade Gestora no presente Regulamento.
sobre as eventuais irregularidades detectadas; 2. As substâncias e os produtos quí icos utilizlÍdos no tra-
c) Caso os resultados obtidos' no controlo de qualidade tamento de água para o consumo hu ano. não podem estar
de água ultrapassem os limites máximos admis- presentes na água distribuída em valo s superiores aos espe-
síveis, o .Inspector deve comunicar à Entidade cificados no Anexo I. nem originar dir cta ou indirectamente.
Gestora para de imediato efectuar a devida cor- riscos para a saúde humana.
recção' sob pena de num período máximo de três 3. Sem prejuízo do disposto em egislação especial •. as
dias suspender-se o fornecimento de água a partir condições citadas nas alíneas anteriores abrangem também
do ponto em que se detectou a anomalia; os trabalhadores do sistema de abastecimento de água:,
d) Decretar o encerramento das fontes que consti: uarn 4, Os materiais e os produtos quím'icos utilizados no tra-
veículo comprovado de contaminantes biológicos. tamento e nos sistemas de abastecimento de água para o
químicos ou de outra natureza que possam causar consumo humano, carecem de uma ap~eciação da autoridade
danos imediatos ou a curto prazo à saúde pública;
competente.
e) Recomendar medidas de excepção à Entidade Gestora
ARTIGO 19
face a situações anómalas da qualidade de água
para o consumo humano. (Promoção contínua da Qualidad . de Água para
l
o Consumo H.umano)
ARTIGO 15
(Livreacesso) A Entidade Gestora deve tomar as medidas necessárias
para assegurar a melhoria contínua da qualidade de água que
I. O Inspector de Água tem livre acesso a qualquer ponto fornece aos consumidores. quer através do melhoramento dO's
dos sistemas de abastecimento de água destinada ao consumo
sistemas existentes. sua ampliação. ou ainda pela construção
humano, no exercício das suas funções.
de novos sistemas. numa perspectiva de aumentar a percenta-
2. O livre acesso também se estende aos reservatórios. gem da população servida por sistemas públicos de abasteci-
torneiras públicas e domiciliares, bem como estabelecimentos mento de água com qualidade.
públicos como escolas, creches, quartéis, hotéis, hospitais e
outras de cariz semelhante. ARl'lG020

ARTIGO 16
(Fontes de Água tndivlduais)
(Requisitos sanitários de Instalação e modificação dos Exceptuando as solicitações, as fontes de água de uso
sistemas de abastecimento de água) individual não serão objecto de controlo de rotina de quali-
dade por parte da autoridade competente no âmbito da
l. A instalação ou modificação de um sistema de abasteci-
implernentação do presente Regulamento. recaindo a respon-
mento de água para consumo humano, carece de um parecer
sabilidade de garantir o controlo para o efeito, no respectivo
sanitário que deverá ser requerido à autoridade competente
através dos CHAEM ou- DPS da província onde esta se proprietário.
encontre localizado, contendo a identificação completa do ARTIGO 21
proponente. (Água em situações especiais e de emergência)
2. O requerimento deve ser acompanhado da seguinte
documentação: I. Serão definidos critérios particulares de qualidade em
situações especiais e de emergência. nomeadamente:
a) Descrição da localização da fonte e do processo de
tratamento, incluindo os equipamentos utilizados, a) Inundações. secas, situações mcreorológicas especiais
os procedimentos adoptados com vista à garantia ou outras catástrofes naturais;
de qualidade e o pessoal afecto a esta função; b) Condições geológicas especiais;
372 I SÉRIE - NÚMERO 37

c) Águas sujeitas a enriquecimento ,natuml em determi- c) Mapear as ãreas de, m ior risco epldemiolégico;
, nadas substâncias. determinando 'que sejam exce- d) Definir prioridades. mo ilização de. recursos e direc-
didos os limites fixados, cionar as intervençõ s: e
2. Em presença de .qualquer uma das situações previstas e) Renovar as licenças SU!1 tárias de exploração de siste-
no número anterior. fi Enti(lade Gestora pode. fundamentando. mas de abastecimento de água destinada ao con-
caso a caso. solicitar a autoridade competente que lhe seja sumo humano,
concedida uma excepção para um ou mais valores limites
dos parãmetros fixados nos anexos do presente Regulamento. ARTIG 23

3. A autoridade competente. deve num. prazo máximo de, (Tal! ~)


IS dias conceder as excepções que lhe forem solicitadas ao 1, A prestação dos serviços n âmbito do controlo de qua-
abrigo do número anterior, Indícando o prazo da excepção Iidade da água. lícenclarnento s nitãrio, certlflcação e análises
desde que as mesmas não constituam 'perigo potencial para laborutoriais. implicarâo como ontrapartlda o pagamento de
a saúde humana e o abastecimento não possa ser mantido' uma taxa li ser estabelecida por 'despacho conjunto dos
por outra fonte alternati va razoável. Ministros da Saúde e do Plan e Finanças, sob proposta da
4, Caso a excepção tenha de ser prorrogada pura além do Autoridade Competente,
prazo estipulado a Entidade Gestora deverá efectuar um 2, Sempre Ique se verificar rnà depreciação, considerável
segundo pedido li autoridade competente apresentando infor- da moeda a autoridade compet nte. efectuará a actualização
mações sobre: ' das taxas,
a) Razões da prorrogação;
3, Exceptua-se do disposto n n," 1 do presente artigo. os
b) Parâmetros que devem sofrer excepções; serviços efectuados no âmbito de rotina ou realizados por
c) Proposta de novos valores fixados para esses parâ- iniciativa da autoridade com tente no âmbito das suas
metros; obrigações.
d) Área geográfica e total de população abrangida; ARTIG 24
e) Quantidade de água forneci da por dia; (PenaUd dei)
f} Plano de controlo de Qualidade e medidas correctivas:
1. A realização de qualquer' a· tividade regulada nos termos
g) Duração prevista, da prorrogação, deste Regulamento sem a obs rvãncla das disposições por
5. Sempre que sejam concedidas excepções no âmbito do este estatuídas, implicará li apll ação de sanções que li auto-
presente artigo. a Entidade Gestora informará a população ridade competente, considerar a~equada para sanar li anomalia
afectada e prestará o aconselhamento necessário aos utiliza- detectada, I
dores para os quais as excepções possam representar um 2, A autorfdade competente, poderá aplicar ao infractor as
risco' especial. seguintes sanções: I
ARTIGO 22 a) Repreensão verbal e/ou etcrita;
(Relat6rIQs) b) Multa nos termos da les islação aplicável para casos
1, A autoridade competente efectuará o controlo dos sis- análogos;
temas de abastecimento de água destinada ao consumo hu- c) Suspensão da autorizaç o/licença sanitária para ex-
mano. de acordo com o plano Jle controlo de qualidade da ploração do sistema de abastecimento de água
água, destinada ao.consumo humano;
2. Os dados resultantes do controlo deverão ser reportados d) Revogação da. autorizaç o/llcença sanitária para ex-
em relatórios técnicos anuais relativos à aplicação do dis- ploração do sistema de abastecimento de água
posto. no presente Regulamento sobre a qualidade de água destinada ao consump humano.
para o consumo humano,
3. A aplicação de qualquer das sanções previstas no n.· 2.
3. Esses relatórios técnicos deverão ser partilhados com a do presente artigo não isenta p infractor, do procedimento civil
Entidade Gestora do sistema de abastecimento de água e o QU criminal determinàda por outra, legislação pertinente,
público em geral.
4. Os dados resultantes do controlo serão usados como ARTIGO 25
critério para: (Disposições finais)
a) Avaliar a eficácia do sistema de controlo de qualidade O presente Regulamento aplica-se especialmente a água
instalado; para o consumo humano, sem prejuízo da restante legislação
b) Avaliar os riscos para -a saúde; em vigor referentes a matéria ~náloga,
15 DE SETEMBRO DE 2004
373

Anexo I
Parâmetros de qualidade de água destinada ao consumo h1umano
e seus riscos para a saüce puouea

Parte A - Para a água tratada destinada ao consumo humano fornecida por sister17as de abastecimento
público, redes de distribuição, camiões ou navios cisternas, ou utilizada numa empresa 'a indústria alimentar.

1.,. Parâmetroe microbiológlcos

Par'metro Limite máximo Unidades Riscos para a


admlssível Saúde Pública

NMP-/ 100 ml
Coliformes totais Ausente , Doenç s
N.o de colónias/ 100 rnt gastroi rtestinais

Coliformes ·fecais Ausente NMP*/ 100 ml Doenç s


gastroi htestinais
N.o de colónias/ 100 ml

Vi brio choleras Doenç s


Ausente 1000 ml gastroi testinais
·(NMP):NúmeroMaisProvável

2- Parâmetros físicos e organolétpticos

Parãmetro Limite máximo Unidades Riscos para a Saúde


admlssível Pública

Cor 15 TCU Aparência


I
Cheiro lnodoro Sabor
I
Condutividade 50-2000 f.Ihmo/cm

pH 6,5-8,5 Sabor, corrosão, irritação


da pele

Sabor Insípido

Sólidos totais 1000 mg/l Sabor, corrosão

Turvação 5 NTU Aparência, dificulta a


desinfecção
",

374 I SÉRie - NÚMERO 37

3- Parâmetros qulmlcos

Parimetro 'Limitamáximo Unidades RI cos para a Saúde


admissivel Pública

Amoníaco 1,5 mg/l Sabor e c~eiro desagràd~vel


Alumrnlo ,0,2 mg/l Afecta"o I Istema locomotor
e caus anemia
Arsénico 0,01 mg/l Cancro d pele
Antimónlo 0,005 mg/l Cancro n sangue
Bárió .0,7 mg/I Vasocons ríção e doenças
, cardiov ascuíares
Boro 0,3 mg/l Gastroen :erites à eritremas
Cádmlo 0,003 mg/l Vasocons ríção urinána
Cálcio 50 mg/l Aumenta ~ dureza da água
Chumbo 0,01 mgll Intoxicaçi o aguda
Cianeto 0,07 mg/l Sócio e p' ralisla
Cloretos 250 mg/l Sabor de agradável e
corrosão
Cloro residual total 0,2-0,5 mg/l Sabor e c eira desagradável
Cobre 1,0 mgll Irritação i testinal
Crómio 0,05 mg/l Gastroant rites, hemorragias
e convulsões
Dureza total 500 mg/l Depósitos, corrosão e espumas
Fósforo 0,1 mg/l Aumenta ~ proliferação dos
microo~ganlsmos
Ferro total 0,3 mg/l Nacrose h:emorráglca
Fluoreto 1,5 mg/l Afeclao lI cido esquelélico
Matéria orgânica 2,5 mg/l Aumenta proliferação dos,
rníoro-c rganismos'
Magnésio 50 mg/l Sabor des agradável
Manganês 0,1 mg/l Anemia, a eota o sistema
nervoso
Mercúrio 0,001 mgll Distúrbios renais e neurológicos
Mollbdénio 0,07 mg/l Distúrbios urinários
Nitrito "
3,0 mg/I Reduz o 02 no sangue
Nitrato 50 mg/l Reduz o d2 no sangue '
Níquel. 0,02 mg/l ECl:emas ~ Intoxicações
Sódio 200 mg/l Sabor des~gradável
Sulfato 250 mg/l Sabor ,9 corrcsac
Selénio 0,01 mg/l Doenças c~ardlovasculares
Sólidos totais dissolvidos, 1000 mg/l Sabor desagradável
Zinco 3,0 mg/l / Aparência e sabor desagradáveis
Pesticidas totais 0,0005 mg/l Intoxicações e distúrbios de
vária ardem
Hldrocarbonetos aroma- 0,0001 mg/l Sabor desagradável, intoxicações
ücos policfcllcos e'distúrbios de vária ordem
15 DE SETEMBRO DE 2004
375

Parte B - Para a água destinada ao consumo humano fomecida por fontes de ab stecimento públiç,Q.
sem tratamento

1 - Parâmetros mlcroblológlcos
"-.
Parâmetr~ limite máximo
admissível Unidades

MP*/10.0 ml
Coliformes totais - N.o d colónias /100 ml

Coliformes fecais O-lO r MP*/100ml

N.od colónias /100 ml


Vibrio cholerae Ausente 1000 ml
{NMP): Número Mais Provável

2 - Parâmetros físicos e organolétpticos


Limite máximo
Parâmetro Unidades
admissivel

Cõr 15 TCU
. Cheiro Inodoro
-Condulividade 50-2000 ubrno/cm
PH 6,S-a,5 I
Sabor Insípido
Sólidos totais 1000 mg/I
Turvação .- 5 NTU
376.. J SÉRIE-"N'UMekO 37

3 - ParâíTletros químicos

Parâmetro Limite máximo Unidade.


admlssl)/81

:
Amoníaco 1,5 mg/l
. Arsénico 0,01 mg/l
Antimonlo 0,005 mg/l
Bário 0,7 mg/i ., "

Boro 0,3 mg/I


Cádmio 0,003 mg/l
Cálcio' ..
'
50 mg/l
Chumbo 0,01 mgll
Cianeto 0,07 mg/l
Clorelos 250 mgJl
Cobre 1,0 mgil
Crómio 0,05 mg/l
Dureza total 500 mg/l
Fósforo 0,1 rrig/l
Ferro total 0,3 mg/l
.Fluorsto 1,5 mgll
Matéria orgânica 2,5 mg/l
Magnésio 50 mg/I
Manganês 0,1 ngll -,

, Mercúrio 0,001 mgll.,


'
Molibdénio
,
'0,07
I mg/l
Nitrito 3,0 ' '
'mgll
Nitrato 50 I mg/l
'Níquel 0,02 I mg/I "

Sódio ·200 mg/I


Sulfato 250 mg/I
Selénio 0,01 mg/l "

SólidQStotais 1000 mg/l


Zinco 3,0 .mg/I
Pesticidas totais 0,0005 mg/l
-
15 DE SETEMBRO DE 2004

Anexo 1/ 3. Frequência mfnima mensal d amostragens de água


Controlo de qualidade de água destinada ao consumo huma o fornecida por _uma
rede de distribuição ou por um sam1ã<r.oU flavio
Este anexo tem como objectivo definir os vários tipos e cisterna e a utilizada numa empresadé _Íf)àlÍilr.iá
modalidades de _controlo a serem usados como rotina' ou alimentar submetida ou não a' urrr tratamento .. :;e -
inspecção assim como as- frequências mínimas de amostra- gundo a POPulação servida.
gem e análise de água destinada ao consumo humano for-
~. mmimo de amostras
necida por sistemas de abastecimento público, rede de Populaçio servida
por mês
distribuição. camiões ou navios cisternas e a utilizada numa
empresa de indústria alimentar submetida ou não a um <5000 1
tratamento. 10000 2

1. Regime de controlo - Define-se como regime de controlo 25000, '5'

o seguinte: 100000 20
"

a) Controlo inicial- Contemplando inspecção e a análise 1000000 100


do leque máximo de parârnetros recomendados, e des- 2000000 200
tina-se a verificar se a fonte é apta. definir o seu perfil
5000000 300
inicial que servirá de base informativa para o posterior
monitoramento.
4. Parâmetros e clrcunstánclas para os vários tipos
b) Controlo de rotina - Abarca as análises dos parâme-
de controlo de qualidade
tros essenciais de rotina, definidos para o tipo de fonte
e população servida e seleccionadas na base do risco 1. Parâmetros mlcmblológlcos
sanitário.
Nota 1, Todá a água destinada ao consumo . humano'
c) Controlo periódico - Contempla a análise dos mesmos fornecida por uma rede de distribui ão ou por uni" cainíiio
parârnetros que o controlo inicial e visa verificar, perio- ou navio cisterna e a utilizada nun a empresa de indústria
dicamente, a aptidão da fonte, Orienta a realização de alimentar submetida a um controlo nicial e Periódico, deve
grandes medidas de reabilitação/protecção, respeitar a análise microbiológica d :

d) Controlo excepcional- Realiza-se quando recomendado - Coliformes totais;


por situações excepcionais. tais como cheias, suspeita - Coliformes recais;
de contaminação acidental e inclui a realização de aná- - Vilirio cholerae,
lises de parãmetros especiais. em função da causal Nota 2. Para o controlo de rotina deve-se efectuar a anã-
Isuspeita em referência, lise de coli formes totais.
2, Modalidades de controlo - Constituem as modalidades Nota 3, Em caso de controlo exc pc ional • acrescentam-se
aos parâmetros microbiológicos citados na Nota 1 e outros-
de controlo o seguinte:
a) Auto controlo - A Entidade Gestora efectua inspecção.
I
considerados pertinentes dependendo de cada caso,
Nota 4, Para a água destinada ao consumo humano sem
amostragem· e análises regulares, conforme o plano
tratamento respeitam-se os coliformes totais, fecais e Vibrio
previamente aprovado pela Autoridade Competente,
cholerae para' qualquer tipo de controlo (inicial, rotina, perió-
Guarda registo das constatações e medidas adoptadas
em função dos resultados, Trimestralmente e sempre
dico e excepcional), I .
que ocorram desvios notifica a Autoridade Competente 2. Parâmetros físicos e organolépticos
a qual poderá não só ajudar na gestão da qualidade mas Nota 1, Todos os -parâmetros físico-organolépticos citados
também tomar outras providências junto ao consumidor abaixo devem ser objecto de análise no controlo inicial.
e aos serviços de assistência médica, rotina. periódico e excepcional da água destinada ao consumo
humano fornecida por uma rede de distribuição ou por um
b) Controlo externo - A Autoridade Competente efectuará
camião ou navio cisterna e a utilizada numa, empresa de
análises periódicas conforme a periodicidade indicada
indústria alimentar submetida ou não a um tratamento.
no presente Regulamento as quais, juntamente com a
informação resultante do auto-controlo constituirão o -Côr;
dossier da fonte/sistema em referência. -Cheiro;
- Condutividade;
-pH;
- Sabor;
Nota - Nos dois casos a inspecção é componente fundamental do
- Sólidos totais dissolvidos;
controlo e deverá ser efectuada.em conformidade com os
procedimemos a serem definidos pela Autoridade Competente, -Turvação,
3i8 I SÉRIE - NÚMERO 37

3. Parâmetros químicos destinada ao consumo humano ornecida por uma rede de


distribuição ou por um camião ou navio cisterna e a utilizada
Os parãmetros químícos que devem ser objecto de análise numa empresa de indústria alirne tar submetida ou não a um
no controlo inicial, rotina, periódico e excepcional da água tratamento vem 'evidenciadas na abela abaixo,

Parâmetros Controlo InIcIal' Controlo de ,rotIna Controlo periódico

Amonfaco
· · ·
Alumfnio
· , •
Arsénico
· l'l .
,
Antim6nio
· ·, -
Bário
·• ·
Boro
·
Cádmlo
Cálcio
·
·, ·
··
Chumbo
,
Cianeto · ;
·
-Oloretos
Cloro residual total
·

· ·
,
Cobre
, •
Crómio · ·
Dureza total
· · ·•
Fósforo
·
Ferro total
· · ·
Fluoreto
·· · ·
Matéria orgânica
· ·
Magnésio
·· ,
·
Manganês
·
Mercúrio
· ·• .
Molibdén,io
· I
Nitrito
· ·
Nitrato
· · ,.·
. Nrquel
·
Sódio
· ·
Sulfato
· ·
Selénlo
· ·
Sólidos totais dissolvidos · ·
Zinco · ..
·
Pesticidas totais · ·
Nota 1. Todos os parâmetros qufmicos citados nesta tabela Nota 3. O elemento químico Arsénico [*) será sujeito
são objecto de análises no controlo inicial e periódico. a uma análise de rotina se decretado pela Autoridade
Nota 2. No controlo de rotina serão analisados apenas Competente.
os parâmetros com anotação (*).
/5 DE SETEMBRO DE 2004 379

5. Água. para o consumo humano em situações de Anexo 11I


emergênçla
Métodos de referÉ!ncia para an álise dos parimelro$
5.1. Frequência de amostragem
a) Parâmetros microbiológicos
Fonte e modo de abastecimento I Amostras para análise
ICamiõés cisternà e equiparáveis I Sempre que chega um novo lote' ParJmetro Modo de reierénci Unidades

Colilormes totais Tubos múltiplos NMP'/100ml


Nota:. (*) - Para este efeito designa-se novo lote: novo camião.
cisterna ou equiparável, nova fonte de água. A mudança de um N.o de colónias /1 00 mI'
deles corresponde a mudança de lote. Membrana liltrant
Coliformes lecais Tubos múttíplos NMP'/l00ml

5.2; Parâmetros de qualidade Membrana filtrant N.· de colónlas 1100 ml


Vibrio cholerae Ml'mbrana filtrant O/l000ml
a) Parâmetros microbiológicos
, (NMP):NúmeroMaisProvável
Limite mllxlmo
Par.metro admissivel Unidades

Colilormes totais NMP'/looml


Ausente
N.· de colónias 1100 ml

Coliformes fácais Ausente NMP'/loo ml


b) Parárnetros físicos e organolép icos
N.· de colónias J 100 ml

Vibrio cholerae Ausente 1000ml ' Pal"metro Modo de reI. neia Unidades
, (NMP):NúmeroMal. Provável
Côr E~pectrolo ómetro TCU
Diluiç o
Nota - Estas determinações mícrobíolõgícas só' poderão ser efec-
uadas se a fonte de ãgua for consistentemente a mesma. Cheiro
Oondutividade Electron etrie- ·Jlhmolcm.
PH Electron ~tria .
Sabor
b) Parãmstros ffsicos e organolétpticos Sólidos totais dissolvido:; Gravim Iria mg/l '.

Turvação Nelelom trico NTU


Limite máxImo
Par6metro Unidades Espectroloto etria de
admissIvel
absorção m lecular
'Cô'r 15 TCU
Cheiro lnadoro
Condutividade 50·2000 uhmo/cm
PH 6,5·8,5
Sabor Insípido
Sólidos totais 1000 mg/l
Turvação 5 NTU

c) Parâmetros químicos

Limite máximo Unidades


Parêmetro
admissivel

Cloro residual total 0,25-1,0 mg/l

Outros (conforme a Variáveis em função -


causa da emergência) dos parâmetros oon-
siderados
380 I SÉRIE - NOMERO 37

c) Parâmetros químicos

Parâmetroa Metodos de referência Unidades

Amoníaco Espectrofotometria de absorção rnolecular 'mg/l


Alumlnio Esp@ctrofotometria de absorção atómica mg/l
Arsénico Espectrofotometria de absorção atómica mg/l
Antimónio Espectrofotometria de absorção atómica mg/l
Bário Espectrofotometria de absorção atómica mg/l
. Boro Espectrofotometria de absorção molecular mg/l
Cádmio Espectrofotometria de absorção atómica mg/l
Cálcio Tltulaçâo mg/l
Chumbo Espectrofotometiía de absorção atómica mg/l
Claneto Espectrofotometria de absorção molecular mg/l
Cloretos ntulação I mg/l
'Cloro residual total I;spectrofotometria de absorção m.olecular mg/l
ntulação I
Cobre Espectrofotometria de absorção atómica I mg/l
Crómlo Espectrofotometria de absorção atómica I mg/l
Dureza total Titulação I F!lg!I
Fósforo Espetrofotometria mg/l
Ferro total EspectrofQtometria de absorção molecular m~
Fluoreto . -Espectrofotometria de absorção moleoular mg/l
Eléctrodo especifico
Matéria orgânica Oxidação / Titulação mgll
Magnésio Titulação !Tig/l
Manganês Espectrofotometria de absorção atómica . mg'1I
Mercúrio Espectrofotometria de absorção atómica mg/l
Mo.libdénio Espectrofotometria de absorção molecular mg/I I

Nltrito Espectrofotometria de absorção molecular mgll


Nitrato Espectrofotometrla de absorção molecular mg/l
Eléctrodo especifico
N/quel Espectrofotometria de absorção atómica mg/l -

Sódio Espectrofotómetro de chamas mg/l


Sulfato Nefelometrla .
Gravlmetria
Espectrofotometria de absorção molecular
Selénio Espectrofotometria de absorção atómica mg/l
Sólidos totais dissolvidos Secagem a 1800 C mg/l
Gravimetrla
Zinco Espectrofotometrla de absorção atómica mg/l
Hidrocarbonetos Infravermelho mg/l
Aromáticos pollclclicos
Cromatografia de fase gasosa
Pestlcidas totais Cromatografla de fase gasosa mg/l
Praço - 7000,00 MT

IMPRENSA NACIONAl. DE MOÇÁMBIQUE

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