Você está na página 1de 10

Oportunidades de RCT na esfera administrativa:

A Tributação Monofásica do PIS/Pasep e da COFINS


para empresas optantes pelo Simples Nacional
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

2
Os profissionais tributários têm muitas oportunidades para Recuperar Créditos, injetando capital em seus clientes
e acumulando bons honorários. Neste primeiro capítulo da série “Oportunidades de RCT na esfera administrativa”,
iremos abordar “A Tributação Monofásica do PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples
Nacional” e como proceder à recuperação de valores pagos a maior.

O regime monofásico do PIS/Pasep e da COFINS

No regime Monofásico do PIS/Pasep e da COFINS, o recolhimento dos tributos ocorre de forma


antecipada, a partir de um pressuposto do que seria recolhido em toda a cadeia produtiva, até
o consumidor final.

Assim, os fabricantes/produtores ou importadores dos produtos monofásicos ficam


responsáveis pelo recolhimento do PIS/Pasep e da COFINS incidentes sobre toda a cadeia
de produção, fazendo com que a alíquota destas contribuições fique reduzida a zero para os
revendedores e varejistas.
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

Ou seja, o Fisco antecipa todos os fatos geradores do PIS/Pasep e da COFINS, exigindo os montantes
correspondentes na própria origem, de modo que os demais participantes da cadeia de consumo não
precisam promover o recolhimento destes tributos, pois isso já foi feito antecipadamente.

Os produtos monofásicos

Em linhas gerais, são produtos Monofásicos as bebidas frias, medicamentos e artigos de perfumaria,
combustíveis e álcool, veículos, autopeças e pneus. A lista de produtos Monofásicos está consolidada
na tabela do SPED:

• Tabela 4.3.10 - Produtos Sujeitos a Alíquotas Diferenciadas: Incidência Monofásica e por


Pauta (Bebidas Frias) - CST 02 e 04;
• Tabela 4.3.11 - Produtos Sujeitos a Alíquotas por Unidade de Medida de Produto: Incidência
Monofásica ou por Pauta (Bebidas Frias) - CST 03 e 04.
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

4
A oportunidade

Inúmeras empresas optantes pelo Simples Nacional vêm recolhendo mais tributos do que deveriam, por não
realizarem a correta segregação das receitas decorrentes da venda de produtos sujeitos à tributação Monofásica
do PIS/Pasep e da COFINS.

Classificar corretamente os itens comercializados gera economia tributária no processo de apuração no PGDAS,
uma vez que, ao identificar quais itens estão sujeitos à tributação Monofásica do PIS/Pasep e da COFINS, evita-se
tributar uma mercadoria cuja tributação já foi integralmente paga pelo fabricante/produtor ou importador.

É importante ressaltar que o processo de Recuperação de Créditos nestes casos é administrativo. Após a revisão
fiscal, basta retificar as apurações no PGDAS-D e, posteriormente, solicitar a restituição dos valores de PIS/Pasep
e COFINS indevidamente recolhidos através do “Pedido Eletrônico de Restituição”.

Como recuperar os valores recolhidos indevidamente

Para recuperar os valores de PIS e COFINS monofásicos de forma segura e precisa, é preciso
seguir alguns passos:
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

1. Revisão fiscal: o objetivo da revisão fiscal é detectar possíveis inconsistências e adequar as


rotinas da empresa para que fique em conformidade com as exigências legais. É preciso verificar se
os procedimentos estão corretos (classificação fiscal de mercadorias, enquadramento tributário,
emissão de documentos fiscais etc.) e se as informações transmitidas ao Fisco são consistentes.
A revisão fiscal, ao identificar e corrigir procedimentos incorretos, reduz os riscos de notificações e
autuações fiscais, pode gerar redução de carga tributária e, até mesmo, identificar créditos oriun-
dos de pagamentos indevidos ou a maior.

2. Revisão dos códigos NCM: a atribuição da NCM ao produto é responsabilidade do fabri-


cante da mercadoria ou do importador. O problema é que justamente os fabricantes ou importa-
dores têm utilizado com grande frequência classificações incorretas, códigos NCM indevidos, fora
da vigência ou inexistentes. Além disso, as empresas não costumam atualizar seus sistemas, de
modo que o profissional tributário deve revisar todo o cadastro de produtos, identificando NCM´s
inválidas, fora da vigência ou sem pertinência com a natureza da mercadoria.
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

3. Classificação Fiscal de Mercadorias: a classificação fiscal permite enquadrar cada


mercadoria em uma categoria para que seja possível estipular os tributos, os incentivos fiscais
existentes, o tratamento administrativo do produto, controles estatísticos, e a valoração aduaneira.
Quando a classificação fiscal de mercadorias não é feita corretamente, é possível que várias
inconsistências aconteçam, como aplicação incorreta dos tributos ou até mesmo a retenção de
mercadorias na alfândega. Assim, a atribuição da classificação correta, de acordo com a legislação
tributária vigente, evita contratempos e garante o cálculo correto das alíquotas.

4. Segregação das receitas: em sua maioria, empresas optantes pelo Simples Nacional
(revendedores atacadistas ou varejistas) não realizam a correta segregação das receitas.
É necessário identificar quais receitas têm tributação concentrada e realizar a segregação na
apuração do PGDAS-D, de forma a evitar que seja feito o pagamento das contribuições que já foram
pagas na origem. Para manter uma segregação de receitas correta, é preciso estar com os códigos
NCM sempre atualizados e em consonância com as Legislações federal e estaduais.
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

5. Retificação das informações: a revisão fiscal, possivelmente, encontrará várias inconsistên-


cias quanto à classificação fiscal, códigos NCM e segregação de receitas. Após o apontamento destas
questões é fundamental que as correções sejam feitas, o que evitará o pagamento de tributos a maior
e possíveis autuações fiscais. Além disso, as informações já transmitidas devem ser retificadas, possi-
bilitando que sejam realizados, na sequência, os pedidos eletrônicos de restituição.

Importante:
Considerando que as informações prestadas no PGDAS-D têm caráter declaratório, constituindo
confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições,
é necessário que as retificações sejam elaboradas com responsabilidade e embasamento jurídico.
Assim, é preciso ter em mãos um relatório que contenha toda a movimentação da empresa com a
nova classificação fiscal das mercadorias e, consequentemente, com a nova segregação de receitas.
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

6. Restituição dos valores pagos a maior: após a retificação dos períodos de apuração
onde houve o pagamento de PIS/Pasep e COFINS a maior (revenda de produtos monofásicos ou
ST), o próximo passo é solicitar a restituição destes valores. Basta acessar o “Pedido Eletrônico de
Restituição” e informar o Período de Apuração (PA) em que houve pagamento de PIS/Pasep e CO-
FINS indevido ou em montante superior ao devido. Os valores serão restituídos na conta bancária
da empresa, devidamente corrigidos pela Selic acumulada. Se o contribuinte não apresentar débi-
tos e os dados bancários informados estiverem consistentes, o prazo médio para pagamento da
restituição será de 60 dias. Os lotes para pagamento são programados para o dia 20 de cada mês
ou dia útil seguinte.

7. O aplicativo está disponível no portal do Simples Nacional, menu Simples Serviços


> Restituição e Compensação > Pedido Eletrônico de Restituição
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

A tecnologia como aliada

O processo de Revisão Fiscal, Classificação Fiscal de mercadorias e Segregação de Receitas é complexo e


moroso. Assim, para que o trabalho possa ser feito com precisão e no menor tempo possível, é fundamental
contar com a ajuda da tecnologia.

Ter um sistema que faça a segregação de receitas para empresas optantes pelo Simples Nacional e o
levantamento rápido e preciso de eventuais de créditos de PIS/Pasep e COFINS é crucial para se destacar no
mercado. O e-Recuperador, uma solução e-Auditoria, efetua estes processos com segurança e praticidade.

Deixe o robô trabalhar para você!!!


Com o conjunto de soluções da e-Auditoria, 3ª geração de auditoria digital, você pode fazer
tudo isso e muito mais, de maneira simples e rápida. São oito ferramentas integradas, onde
o robô realiza o serviço que consome mais tempo do profissional tributário e o libera para a
atividade intelectual e de valor reconhecido.
Oportunidades de RCT na esfera administrativa: A Tributação Monofásica do
PIS/Pasep e da COFINS para empresas optantes pelo Simples Nacional

10

AUDITORIA DIGITAL A FAVOR DA CONTABILIDADE CONSULTIVA


Enquanto o robô trabalha para você, mantenha seu foco na estratégia!

Mais de 210 mil empresas auditam mensalmente seus arquivos fiscais, contábeis
e trabalhistas com a solução da e-Auditoria.

Visite www.e-Auditoria.com.br
e saiba mais sobre a 3ª Geração de Auditoria Digital!

Você também pode gostar