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Atualmente, outro desafio da globalização é saber lidar com a flutuação do capital, ou seja, o
dinheiro investido não está mais fixado em um único país que concentra a sede de grandes empresas, ele é
oscilante e se transfere rapidamente para qualquer lugar do planeta onde se obtenha maior rentabilidade.
Assim, os mesmos investimentos que circulam na bolsa de valores de São Paulo, já circularam por Tóquio e,
talvez, ainda circulem por Nova Iorque, em um curto espaço de tempo. Isso ocorre porque o tráfego de
informações permite que as economias “conversem”, o que, consequentemente gera uma padronização das
relações econômicas e um aprofundamento das relações de interdependência. Alinhar os interesses dos
investidores de ações com o crescimento ou falência de uma empresa, que pode estar no outro lado do
planeta, requer frieza e grade conhecimento das informações que as cercam.
Outro importante ponto da globalização é a busca que muitas indústrias fazem pelo barateamento do
processo produtivo. Objetivando uma maior lucratividade e competividade no mercado, muitas delas, optam
pela descentralização da produção. Assim, as empresas acabam fragmentando a produção das partes do que
vai compor seu produto final produzindo cada uma delas em países onde a mão de obra, a matéria-prima, a
energia e a carga tributária são mais baratas.
Por exemplo, imagine um sapato de uma famosa marca italiana, mas que é projetado por designers
do Canadá e produzido na China, com o couro vindo da Argentina, cadarços vindos da Rússia, para no fim,
ser comercializado no Oriente Médio.
Assim com a economia cada vez mais internacionalizada os países começam a buscar alianças e
formar blocos econômicos que favorecem seus mercados e balanças comerciais. O objetivo principal, nesse
caso, é aumentar as relações comerciais entre os países membros, favorecendo as transações e se protegendo
da concorrência desleal (a exemplo das barreiras alfandegárias impostas pelos Estados Unidos a alguns
produtos brasileiros). Neste contexto, surgiram a União Europeia (UE), a Comecom, o MERCOSUL, a
ALADI, o NAFTA, o Pacto Andino, a APEC, entre outros. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e cada
vez mais eles se integram. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais
força nas relações comerciais internacionais.
A tendência econômica se repete também na política que passa então a se organizar em grandes
grupos de poder e influência nas decisões mundiais. Desde 1945, quando se criou a ONU, observamos os
primeiros passos para se criar uma iniciativa de tomadas de decisões globais, que se concretizará com
bastante força à partir da década de 1970.
O autor usou o tom do humor para estabelecer uma critica ao atual sistema econômico adotado por muitas
empresas de descentralização da produção. Explique quais as vantagens e as desvantagens deste processo
para um país periférico (em desenvolvimento) como o Brasil.
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As questões sociais
Já vimos que a globalização acabou diversificando os investimentos, pois a produção industrial não está mais
concentrada nos países centrais. Em consequência a isso, o desenvolvimento tecnológico, a melhoria nos
relacionamento entre os países, as trocas internacionais de comércio mais intensas, a abertura das portas até dos mais
resistentes países para diferentes culturas que existe no mundo, fez o consumidor ter acesso a produtos mais acessíveis
e de melhor qualidade.
Porém vale destacar que uma das maiores desvantagens da globalização é a manutenção da concentração de
riquezas. Mesmo com o mundo totalmente interligado, a maior parte da riqueza produzida ainda fica nos países mais
desenvolvidos e apenas ¼ dos investimentos internacionais vão para as nações em desenvolvimento. Esse fato faz
disparar número de pessoas que vivem em extrema pobreza ou até mesmo abaixo da linha da miséria.
A globalização e a revolução tecnológica e científica (que são responsáveis pela automação da produção),
portanto, tem contribuído significativamente para o aumento do desemprego e da pobreza nos países periféricos, onde
a mão de obra, em sua maioria, ainda é pouco qualificada.
E a cultura?
A globalização nos permite conhecer diversas culturas e ter contato com uma variedade imensa de pessoas,
porém também cria padrões de mundiais de comportamento cultural. O cinema e a TV além de levar entretenimento
também estabelece a noção do que é belo, do que faz o indivíduo popular e descolado frente ao seu grupo de amigos,
além de definir os ídolos.
É devido ao alcance mundial possibilitado pelas novas tecnologias da comunicação e informação, que as
grandes empresas globais e outras corporações, ganharam mais poder para praticamente impor “estilos de vida” pelos
cinco continentes. Dita-se através do marketing (direto com propagandas ou indireto através de personagens de séries
e filmes) o que é moda, quais as marcas e artigos que devem ser consumidos, a comida que se deve ingerir e até
mesmo as formas lazer que se deve buscar. Tudo isso associado aos altos investimentos de publicidade e propaganda,
faz essas empresas e corporações usam todas as técnicas de convencimento disponíveis, para fazer a população
superar as suas diferenças culturais locais, que muitas vezes chegam a ser milenares, para padronizar o consumo.
Quer um exemplo? Veja os shoppings centers das cidades brasileiras, há alguns anos atrás eles não
representavam nosso estilo de compras, mas ultimamente andam lotados e são bem aceitos entre praticamente todas as
gerações. Observe também, como cada vez mais existem restaurantes do tipo fast-foods, sempre com grandes filas
para consumir um alimento que tradicionalmente não fazia parte nosso do costume alimentar. Pela mesma linha, as
músicas que se ouve nas rádios, ou ainda os filmes que são exibidos nos cinemas, enfim, culturalmente nada disso
pertencia aos costumes e hábitos dos brasileiros, porém foram incorporados à rotina da maioria da população.
Oficina Globalização. Fundação Bradesco.
Pense, reflita e responda.
Na globalização a típica comida italiana está sendo servida aos moldes dos Estados Unidos. Você acredita que ao
consumir uma pizza nesse formato estamos colaborando com um lado negativo da globalização? JUSTIFIQUE.
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