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A situação fica um pouco mais complexa quando nos referimos
às empresas do setor de tecnologia e startups. Isso porque,
tratam-se de serviços/produtos inovadores, cuja legislação
brasileira muitas vezes sequer faz menção. E tudo isso, somado
ao cenário de incertezas e ao grande volume de impostos que
incidem sobre empresas desse segmento. Assim, iniciar um
negócio com um planejamento fiscal muito bem estruturado, é
tarefa essencial para quem deseja escalar.
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O que é planejamento
tributário?
Planejamento tributário ou elisão fiscal, é um conjunto de ações,
estudos elaborados e estratégias lícitas utilizado pelas empresas
com o objetivo de reduzir a carga fiscal e tributária de uma
organização.
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A estruturação do planejamento tributário deve ser feito,
preferencialmente, por contadores e outros profissionais capacitados
que realizam a avaliação completa das características do negócio e
através dessa análise, orientam os gestores nas decisões que dizem
respeito aos tributos e impostos.
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O que o planejamento
tributário pode fazer
pelo seu negócio?
A principal vantagem de optar pelo planejamento tributário é
diminuir as despesas da empresa de uma maneira totalmente
segura e dentro da lei. Essa diminuição das despesas reflete
diretamente no preço final do produto/serviço, aumentando a
sua competitividade dentro do seu setor.
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Isso quer dizer que, para o setor de tecnologia, as
inovações tecnológicas correm mais rápido que os
processos de regulamentação promovidas pelos
poderes tributantes brasileiros. Desse modo, é
imprescindível que a definição do objeto social seja
analisada com cuidado redobrado, pois é a partir dela
que será adotado o regime tributário do negócio. E é
aí que mora o problema: as atividades
desempenhadas pelo setor, muitas vezes, ainda não
são classificadas adequadamente pela CONCLA
(Comissão Nacional de Classificação).
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Uma das situações mais comuns é o profissional declarar no
contrato social uma atividade, mas, na prática, desempenhar
outra, fazendo com que a tributação ocorra de uma maneira
errada (há alguns casos em que o próprio cliente solicita a
adequação da empresa). Essa dificuldade de definir qual é a
atividade principal e secundárias, pode fazer o empreendimento
perder muito dinheiro e ainda sofrer multas.
Isso ocorre pois a Lei Complementar 116 não deixa claro qual é
a obrigação da empresa que presta serviço em outra cidade, se
no município sede ou onde foi desenvolvido o trabalho. O
problema é que essa indefinição deixa as empresas de
tecnologia e startups suscetíveis à dupla cobrança do imposto,
afinal, os serviços desempenhados pelos profissionais podem ser
desenvolvidos na sede da empresa, e finalizados no município do
cliente.
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Como fazer um
planejamento tributário?
Para iniciar um planejamento tributário, é necessário entender sobre o controle dos fluxos de caixa. O
controle de caixa é uma ferramenta que visa o gerenciamento financeiro de uma empresa em um período
determinado. Esse controle mostra à empresa o valor dos compromissos e obrigações assumidas, além de,
claro, ter controle sobre os valores a receber.
A convergência do planejamento tributário com o controle de fluxo de caixa se dá pois o planejamento auxilia
o controle através de um ajustamento dos procedimentos financeiros das operações da empresa, dentro da
legislação. Ou seja, ajuda a empresa a escolher, dentro da regularidade, a melhor forma de fazer os
pagamentos sem que o caixa seja prejudicado.
Dessa forma, as melhores datas para o recolhimento dos impostos são definidas pelo gestor responsável.
Podendo focar apenas no saldo positivo do caixa da empresa e a manutenção habitual do fluxo de entradas.
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Conhecendo os regimes tributários e entendendo qual o mais
adequado para cada fase da empresa:
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Os pontos a serem analisados para escolha
correta do regime de tributação são:
Porte do empreendimento
Ramo da atividade
Expectativa de faturamento
para o ano fiscal
Outros
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Simples Nacional
O regime do SIMPLES NACIONAL é aplicado às Microempresas -
MEs (receita bruta anual igual ou inferior a R$360 mil) e às
Empresas de Pequeno Porte - EPPs (receita bruta anual de até
R$4,8 milhões) a partir da data de 01/07/2017.
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Lucro Presumido
O Lucro Presumido é um regime em que a empresa deve ter um
faturamento anual de até R$78 milhões. Nesse tipo de regime de
tributação, o IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e a CSLL
(Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) são calculados com
base nas margens de lucro pré-estabelecidas pela lei.
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Lucro Real
O Lucro Real é um regime tributário obrigatório para todas as
empresas com faturamento superior a R$78 milhões por ano e
para as que desenvolvem atividades financeiras. No entanto, a
depender do caso concreto, é possível que outras empresas
também optem pelo Lucro Real quando esta for a opção mais
vantajosa, afinal, para a escolha do regime tributário mais
adequado são considerados não só o controle financeiro da
empresa, mas também a atividade, faturamento e lucratividade. Nesse regime de tributação ocorre a exigência
relacionada ao cálculo do PIS e do COFINS. A taxa
O Lucro Real é o lucro líquido resultante da diferença entre receita utilizada deve ser de 9,25% sobre o faturamento,
e despesa de uma empresa. Dessa forma, os valores a serem porém, terá direito a se aproveitar do crédito dos
pagos a título de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e referidos tributos .
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) variam de acordo
com os resultados da organização, ou seja, em caso de prejuízo
em determinado exercício, a empresa estará dispensada do
recolhimento do IRPJ e da CSLL.
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Lucro Arbitrado
Neste regime, o lucro arbitrado, se refere a um cálculo do imposto
de renda. A base utilizada para o cálculo pode ser usada pelo
A Regulação do Imposto de Renda (RIR/99) informa contribuinte ou pela autoridade tributária.
algumas situações que servem de prerrogativa para o
arbitramento: O arbitramento de lucro é uma forma de efetuar a apuração da
base de cálculo do IR por meio da autoridade tributária e ocorre
Não manutenção da escrituração na forma das leis caso a PJ não realize o cumprimento das obrigações necessárias
comerciais e fiscais e a não elaboração das para assim estipular o lucro real ou presumido.
demonstrações financeiras exigidas pela legislação
fiscal, quando a empresa é obrigatoriamente Essa modalidade é geralmente utilizada diante de uma iniciativa
enquadrada no Lucro Real. do Fisco. Mas também é possível de ser utilizada a partir de
movimentos da empresa enquanto contribuinte.
Indícios de fraude ou vícios, erros ou deficiência na
escrituração que a empresa esteja obrigada, de forma
que não seja possível identificar a movimentação
financeira.
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Operacional
Neste planejamento o foco é no cumprimento das obrigações
fiscais no dia a dia da empresa pelo período de 3 a 6 meses. A
equipe contábil demonstra todos os meios que serão articulados
para alcançar todos os objetivos estabelecidos.
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Estratégico
No modelo estratégico o foco é o longo prazo, mas devemos
lembrar que os bons resultados não são alcançados de uma hora
para outra. O período, em média, desse planejamento é de 5
anos. Nesse caso, é necessário realizar revisões constantes para
que não se torne obsoleto.
Importante deixar claro que o planejamento Para este planejamento estratégico é decidido o tipo de regime
tributário não impacta apenas o regime tributário que se enquadra melhor para a empresa, avaliando
tributário, pois é possível também analisar localização, estrutura de capital e o ramo do negócio. Além de
isoladamente alguns impostos como ISS, ICMS, incentivos fiscais que serão utilizados e os profissionais
IPI, IRPJ e mudar a apuração apenas destes. contratados e terceirizados que participarão das decisões
financeiras. Por se tratar de mudanças e decisões nas
características da empresa, normalmente é realizada pelos
proprietários, presidente e diretoria da organização.
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Tático
Focado para o médio prazo, o planejamento tático atua em
menor tempo: entre 1 e 3 anos. Ele visa realizar as ações
planejadas no modelo estratégico.
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Qual o melhor formato para uma empresa de tecnologia ou startup?
Um planejamento mal feito ou que não seja feito da maneira correta pode gerar multas e prejuízos que
poderiam levar uma empresa à falência. A melhor forma de evitar essas incomodações com os órgãos
responsáveis pela fiscalização tributária é a realização de um planejamento fiscal adequado para empresas de
tecnologia.
Esse processo tem início no registro da empresa, realizando a escolha correta da atividade desempenhada (é
serviço ou produto?), além da criação de um contrato social que considere benefícios fiscais para o
empreendimento e ainda a escolha certa do regime tributário.
Fazendo a definição correta de todas essas características do negócio, a organização evita realizar pagamento
de impostos com valor maior do que realmente é necessário, além de possíveis dívidas fiscais e problemas, em
geral, com o Fisco.
As constantes mudanças na legislação e incertezas tributárias por conta dos novos serviços digitais tornam
fundamental a busca por auxílio contábil e jurídico. Profissionais especializados podem avaliar o melhor regime
tributário para o negócio, preparar a empresa para escalar com segurança, e organizar o orçamento para
reduzir os gastos com impostos.
A terceirização desse serviço é um grande aliado das empresas, vez que costumam ser menos onerosas e mais
efetivas quando elaboradas por empresas especializadas no ramo, como a MK Soluções Empresariais.
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O gestor de uma empresa de tecnologia tem que ir
além de contratos prontos, deve estar atento às
diversas peculiaridades que o setor está inserido.
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Pra finalizar...
Conclusão
Apesar de imprescindível, a prática de realizar um planejamento tributário desde
cedo, muitas vezes é negligenciado por gestores empresariais, e esse é,
certamente, um dos principais motivos que levam muitos negócios a fracassarem,
antes mesmo dos processos da empresa começarem a engrenar.
Nesse sentido, diante das incertezas geradas pelo ambiente fiscal brasileiro torna-
se fundamental buscar por profissionais especializados no ramo da tecnologia que
auxiliem no processo de análise das peculiaridades de cada empreendimento.
E temos dito: Um bom planejamento tributário com certeza é peça chave para que
empresas alcancem a desejada escalabilidade de maneira bem mais célere.
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Ser um agente catalisador
de negócios de sucesso é o
nosso propósito.