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TRIBUTÁRIA E
CONTABILIZAÇÃO
Autor
Alessandra Simão
Indaial – 2021
1a Edição
Legislação Tributária
e Contabilização
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Alessandra Simão
Impresso por:
Apresentação
Olá, estudante!
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Legislação Tributária e
Contabilização!
A contabilidade tributária é uma ferramenta de gestão empresarial
muito importante, a qual fornece informações primordiais para o processo
de tomada de decisão. Contudo, é pouco utilizada, principalmente nas
micro e pequenas empresas. Ela objetiva o estudo das regras de apuração
de tributos, bem como seu controle e planejamento. Para tanto, se baseia nas
normas fiscais que estabelecem as práticas contábeis, os métodos de registros
e demais formalidades exigidas pela legislação.
E quando falamos em normas, decretos e legislações, vale destacar
que o Brasil possui um sistema tributário extremamente complexo de
acordo com especialistas. Outro ponto de destaque em nosso sistema é a
alta carga tributária, em especial quando comparamos o volume arrecadado
e a qualidade de serviços públicos prestados, que são direitos garantidos à
sociedade pela Constituição Federal.
Diante disso, ao longo desta disciplina, teremos uma visão geral do
Sistema Tributário Nacional, assim como dos principais tributos que incidem
nas atividades operacionais das entidades de diferentes regimes tributários.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar
dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
UNIDADE 2
Principais Tributos................................................................................................................................ 47
TÓPICO 1................................................................................................................................................ 49
Tributos Municipais.............................................................................................................................. 49
TÓPICO 2................................................................................................................................................ 57
Tributos Estaduais................................................................................................................................. 57
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 65
TÓPICO 3 ............................................................................................................................................... 67
Tributos Federais................................................................................................................................... 67
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 89
RESUMO................................................................................................................................................. 91
UNIDADE 3
Regimes tributários............................................................................................................................... 92
TÓPICO 1................................................................................................................................................ 94
Simples Nacional................................................................................................................................... 94
TÓPICO 2.............................................................................................................................................. 109
Lucro Presumido.................................................................................................................................. 109
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................. 120
TÓPICO 3 ............................................................................................................................................ 122
Lucro Real.............................................................................................................................................. 122
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................. 134
RESUMO............................................................................................................................................... 137
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 138
UNIDADE 1
Fundamentos da Base
da Tributação
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
CHAMADA
9
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos, mas
entendermos a legislação tributária é de extrema importância, pois, ao permitir
que cada ente governamental exerça a cobrança de tributos sobre a sociedade,
estabelece-se uma rede de controle. No entanto, é necessário ordenar todo esse
mecanismo. Assim, podemos entender que a legislação tributária é um sistema de
regras jurídicas que visa limitar o poder de tributar e proteger os interesses dos
particulares.
Nesta primeira unidade, estudaremos o Sistema Tributário Nacional,
seus princípios, as espécies tributárias e sua importância na gestão dos negócios.
Com isso, conseguiremos entender quanto aos princípios do planejamento
tributário, conheceremos pontos importantes para reconhecermos e classificarmos
adequadamente as espécies tributárias, bem como para organizarmos um
planejamento tributário.
Iremos verificar, ainda nesta unidade, o quanto é relevante termos
conhecimento a respeito das normas e dos decretos que nos ajudam a melhorar
o planejamento tributário e, dessa forma, gerir com mais economia os recursos.
10
TÓPICO 1
UNIDADE 1
Fundamentos da Legislação
Tributária
11
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
12
Fundamentos da Legislação Tributária
DICAS
13
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
14
Fundamentos da Legislação Tributária
15
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
Além disso, é válido mencionar que o sistema tributário nem sempre foi
da forma que se apresenta atualmente. O sistema brasileiro, antes da Constituição
de 1934, era basicamente a estrutura tributária do período imperial, em que a
fonte principal de receitas públicas se baseava em atividades do comércio exterior
e no imposto de importação. A Constituição de 1934 apresentou a importância
dos tributos internos sobre a venda e as consignações por parte dos Estados, ao
passo que a União permaneceu com o imposto de importação e sobre o consumo
(PÊGAS, 2017).
Em 1966, ocorreu uma reforma que simplificou o sistema. Inicialmente,
foram criados os impostos ICM (Imposto sobre Circulação de Mercadorias),
de competência estadual; e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de
competência federal. Estes substituíram, respectivamente, o Imposto sobre
Vendas e Consignações (estadual) e o Imposto Sobre o Consumo (federal). Para
os municípios, ainda foram alocados o ISS (Imposto Sobre Serviços) e o IPTU
(Imposto Predial e Territorial Urbano) (PÊGAS, 2017).
Tributo Destinação
18
Fundamentos da Legislação Tributária
19
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
20
AUTOATIVIDADE
21
AUTOATIVIDADE
a. ( ) I e II.
b. ( ) I, II e III.
c. ( ) I e III.
d. ( ) II e III.
a. ( ) pela moratória.
b. ( ) pelo pagamento.
c. ( ) pela anistia.
d. ( ) pelo parcelamento.
22
TÓPICO 2
UNIDADE 1
Conceitos e Fundamentos da
Tributação
23
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
24
Conceitos e Fundamentos da Tributação
Crepaldi (2019) e Pêgas (2017) conseguem nos ajudar nesse sentido. Eles
esclarecem o que significa cada termo, conforme observamos a seguir:
25
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
ATENCAO
2.4. Impostos
Os impostos estão regulamentados pelo art. 16 e seguintes do Código
Tributário Nacional (CTN), bem como pelo art. 145 da Constituição Federal, em
que se estabelece que os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal,
sendo graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte.
Além disso, de acordo com os art. 16, 17 e 18 do CTN, temos que:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
26
Conceitos e Fundamentos da Tributação
27
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em
função do capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34, de
1967)
28
Conceitos e Fundamentos da Tributação
29
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
E
IMPORTANT
30
Conceitos e Fundamentos da Tributação
Competência Tributos
31
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
Vale ressaltar que algumas regras devem ser observadas pelos tributantes
para que a taxa possua validade, a exemplo da existência de lei que institua a taxa
e esta não ter como base de cálculo a mesma utilizada pelos impostos.
O Código Tributário Nacional (CTN) também nos traz sobre a
contribuição de melhoria em seu art. 81, conforme segue:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (BRASIL, [2007],
on-line)
32
AUTOATIVIDADE
a. ( ) a taxa.
b. ( ) a contribuição de melhoria.
c. ( ) a contribuição social.
d. ( ) o empréstimo compulsório.
33
AUTOATIVIDADE
Dessa forma, com base em nossos estudos até o momento, apresente as principais
características das espécies tributárias.
34
TÓPICO 3
UNIDADE 1
Princípios do Planejamento
Tributário: Elisão, Evasão e
Infrações Tributárias
3.1. Introdução do tópico
As práticas de planejamento tributário são essenciais para uma boa
gestão empresarial. Esse planejamento, além de garantido na Constituição
Federal, é um dever legal determinado pela Lei n. 6.404/1976, conforme seu art.
153, em que temos o seguinte: “O administrador da companhia deve empregar,
no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e
probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios” (BRASIL,
[2019], on-line).
Ainda podemos verificar que os entes governamentais, em todas as
esferas, preocupados com possíveis diminuições das receitas, procuram meios
para descaracterizar um planejamento tributário, classificando-o como ilícito.
Assim, o parágrafo único do art. 116 foi introduzido ao Código Tributário
Nacional pela Lei Complementar n. 104/2001. O trecho em questão determina
que:
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar
atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular
a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos
em lei ordinária. (BRASIL, [2007], on-line)
35
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
Figura 6. Planejamento
36
Princípios do Planejamento Tributário: Elisão, Evasão e Infrações Tributárias
37
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
5. levantar o montante dos tributos pagos nos últimos cinco anos, para
identificar se existem créditos fiscais não aproveitados pela empresa.
38
Princípios do Planejamento Tributário: Elisão, Evasão e Infrações Tributárias
39
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
UNI
Os juros sobre o capital próprio pode ser deduzido da base de cálculo do Imposto
de Renda. De certa forma, o sócio acabará podendo receber uma quantia menor de
distribuição de lucros, mas, por outro lado, pode maximizar o lucro da empresa.
40
Princípios do Planejamento Tributário: Elisão, Evasão e Infrações Tributárias
[…]
[…]
Dentro das práticas de evasão, algumas espécies são mais comuns, como
alterações, falsificações de documentos e omissão de informações na declaração
de Imposto de Renda. Entre essas práticas, destacam-se:
41
UNIDADE 1 Fundamentos da Base da Tributação
A Lei n. 8.137/1990 ainda nos traz que a pena para esse tipo de prática é
reclusão de dois a cinco anos, bem como uma multa. Além disso, temos que:
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade,
no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em
razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade
quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no
inciso V. (BRASIL, [1999], on-line)
42
Princípios do Planejamento Tributário: Elisão, Evasão e Infrações Tributárias
ATENCAO
43
AUTOATIVIDADE
a. ( ) evasão fiscal.
b. ( ) elisão fiscal.
c. ( ) emissão fiscal.
d. ( ) elusão fiscal.
44
AUTOATIVIDADE
3. Sanção e infração são termos diferentes, mas, muitas vezes, confundidos como
se tivessem o mesmo significado. A infração, por exemplo, consiste na violação
do dever legal, ou seja, do dever tributário.
Nesse sentido, com base em nossos estudos a respeito das infrações, assinale a
alternativa correta.
Assim sendo, com base em nossos estudos, explique qual tipo de ação o empresário
cometeu e quais são as possíveis consequências de seu ato.
45
RESUMO
Nesta unidade, estudamos os fundamentos da legislação tributária e
os princípios constitucionais que orientam a legislação tributária. Os princípios
constitucionais tributários são espécies de limitações ao poder de tributar, sendo
que estão previstos nos art. 150 e 151 da Constituição Federal.
Além disso, também estudamos que o Sistema Legislativo é constituído
de forma piramidal, ou seja, de forma hierárquica. A Constituição Federal é a lei
máxima que as demais devem respeitar, seguidas pelas emendas à Constituição
Federal, pelas leis complementares, pelas leis ordinárias, pelas leis delegadas,
pelas medidas provisórias, pelos decretos legislativos e pelas resoluções.
Um aspecto muito importante de nossos estudos diz respeito às espécies
tributárias. Para muitos, pode haver certa confusão na hora de classificá-las,
considerando todas como impostos. Desse modo, é de extrema relevância saber
classificar adequadamente os tributos.
Por último, pudemos nos aprofundar quanto à outra questão interessante
e importante na contabilidade tributária: o planejamento tributário. O conhecemos
por meio da elisão fiscal, com o objetivo de economizar com o pagamento de
tributos.
CHAMADA
46
UNIDADE 2
Principais Tributos
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
CHAMADA
47
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Os tributos podem ser classificados em diferentes espécies, como impostos,
taxas e contribuições, exercendo papel fundamental para a gestão. De acordo com
a Constituição Federal e o Código Tributário Nacional (CTN), a União, os Estados,
os municípios e o Distrito Federal têm a competência de instituírem, arrecadarem
e fiscalizarem os tributos conforme sua esfera de abrangência, definidos pela
legislação.
48
TÓPICO 1
UNIDADE 2
Tributos Municipais
NOTA
49
UNIDADE 2 Principais Tributos
50
Tributos Municipais
51
UNIDADE 2 Principais Tributos
ATENCAO
52
Tributos Municipais
53
UNIDADE 2 Principais Tributos
Assim, pudemos conhecer três impostos: ISS, ITBI e IPTU, os quais são
previstos no art. 156 da Constituição Federal para competência do município.
Os tributos municipais, portanto, são gerenciados pelos municípios e têm por
objetivo arrecadar recursos financeiros, garantindo o atendimento a serviços para
a sociedade local.
54
AUTOATIVIDADE
Nesse sentido, considerando nossos estudos até o momento com relação aos
tributos municipais IPTU e ITBI, analise as afirmativas a seguir.
55
AUTOATIVIDADE
a. ( ) I e III.
b. ( ) II, apenas.
c. ( ) III, apenas.
d. ( ) I e II.
Assim sendo, qual é a alíquota máxima permitida a ser cobrada pelos municípios?
a. ( ) 2%.
b. ( ) 3%.
c. ( ) 4%.
d. ( ) 5%.
Nesse contexto, com base em nossos estudos e diante das legislações vigentes,
avalie criticamente a decisão do município em questão.
56
TÓPICO 2
UNIDADE 2
Tributos Estaduais
57
UNIDADE 2 Principais Tributos
E
IMPORTANT
58
Tributos Estaduais
• débito de estoque;
• débito de ICMS a recuperar;
• crédito de caixa/fornecedores;
• débito de caixa/banco;
• crédito de receita de vendas;
• débito de custo de mercadoria vendida (CMV);
• crédito de estoque;
• débito de ICMS sobre vendas;
• crédito de ICMS a recuperar.
59
UNIDADE 2 Principais Tributos
E
IMPORTANT
60
Tributos Estaduais
ATENCAO
61
UNIDADE 2 Principais Tributos
NOTA
Crédito de IPVA a pagar (passivo) = R$ 900,00 Débito de despesa mensal com IPVA
62
Tributos Estaduais
63
UNIDADE 2 Principais Tributos
64
AUTOATIVIDADE
a. ( ) R$ 70,00.
b. ( ) R$ 77,00.
c. ( ) R$ 120,00.
d. ( ) R$ 180,00.
65
AUTOATIVIDADE
II. O imposto não incide apenas sobre carros ou motos, contemplando todos os
veículos automotores (automóvel, motocicleta, aeronave ou embarcações).
a. ( ) I, apenas.
b. ( ) II e III.
c. ( ) III, apenas.
d. ( ) I, II e III.
66
TÓPICO 3
UNIDADE 2
Tributos Federais
67
UNIDADE 2 Principais Tributos
E
IMPORTANT
Alguns desses campos, inclusive, estão previstos no art. 195 da CF, como
saúde, previdência e assistência social, pertencentes à seguridade social.
A Contribuição Previdência Patronal (CPP), conforme a Lei n. 8.212/1991,
em seu art. 22, refere-se ao tributo devido pela empresa referente ao INSS. A
norma também assegura que esse tributo incide sobre as remunerações pagas aos
funcionários, correspondendo a uma alíquota de 20% sobre a folha de pagamento.
Ademais, a receita auferida pela pessoa jurídica significa que, mesmo
havendo a redução no faturamento, a empresa deverá recolher o mesmo valor
de CPP, pois a única possibilidade de redução é diminuindo os pagamentos das
pessoas físicas.
Conforme nos explica Carota (2018), as contribuições devidas ao INSS
são distribuídas da seguinte maneira:
68
Tributos Federais
Salário Alíquota
R$ 1.045,00 7,5%
R$ 1.045,00 a R$ 2.089,60 9%
69
UNIDADE 2 Principais Tributos
NOTA
70
Tributos Federais
INSS
patronal
20%
SAT Salário
1% a educação
2,5%
3%
Encargos
SESI,
FGTS sobre a SESC e
8% folha de SEST
pagamento 1,5%
SENAI,
INCRA SENAC e
0,2% SENAT
1%
SEBRAE
0,6%
71
UNIDADE 2 Principais Tributos
Importador
Receitas de loterias
Trabalhadores e segurados
Contribuição PIS/PASEP
Empregadores e empresas
Contribuição para o
Financiamento da
Seguridade Social (COFINS)
72
Tributos Federais
[...]
73
UNIDADE 2 Principais Tributos
[...]
[…]
74
Tributos Federais
UNI
75
UNIDADE 2 Principais Tributos
76
Tributos Federais
NOTA
Crepaldi (2019) nos explica que, da mesma forma como no PIS, as operações
de exportação são isentas, mas as operações de importação incidem sobre o COFINS,
conforme estabelecido pela Lei n. 10.865/2004.
77
UNIDADE 2 Principais Tributos
78
Tributos Federais
1º - Reconhecimento da receita
Débito = Caixa/banco
Crédito = Receita de vendas
2º - Baixa no estoque
Débito = CPV
Crédito = Estoque
3º - Contabilização do IPI
80
Tributos Federais
Na vendedora
Receita de vendas R$ 100.000,00
IPI (25% x R$ 100.000) R$ 25.000,00
ICMS (17% x R$ 100.000) R$ 17.000,00
Base de cálculo do PIS e COFINS (R$ 100.000) R$ 100.000,00
PIS (1,65% x R$ 100.000) R$ 1.650,00
COFINS (7,60% x R$ 100.000) R$ 7.600,00
Na compradora
Faturamento R$ 125.000,00
IPI (25% x R$ 100.000) R$ 25.000,00
ICMS (17% x R$ 100.000) R$ 17.000,00
Base de cálculo do PIS e COFINS (R$ 100.000) R$ 100.000,00
PIS (1,65% x R$ 100.000) R$ 1.650,00
COFINS (7,60% x R$ 100.000) R$ 7.600,00
Na vendedora
Receita de vendas R$ 100.000,00
IPI (25% x R$ 100.000) R$ 25.000,00
ICMS (17% x R$ 100.000) R$ 17.000,00
Base de cálculo do PIS e COFINS (R$ 100.000) R$ 100.000,00
PIS (1,65% x R$ 100.000) R$ 1.650,00
COFINS (7,60% x R$ 100.000) R$ 7.600,00
Na compradora
*A empresa comerciante não é contribuinte de IPI. Não tem direito ao crédito do IPI.
Valor dos produtos R$ 100.000,00
IPI (25% x R$ 100.000) R$ 25.000,00
Valor total na NF R$ 125.000,00
ICMS (17% x R$ 100.000) R$ 17.000,00
Base de cálculo do PIS e COFINS (R$ 125.000) R$ 125.000,00
81
UNIDADE 2 Principais Tributos
82
Tributos Federais
A regra geral, como destaca Pêgas (2017), é que toda receita é tributável.
Contudo, há exceções a serem consideradas, ocorrendo adições, que são as adições
de receitas exigidas pelo fisco e não contabilizadas como receita.
Algumas receitas e despesas não são consideradas pelo fisco, por isso,
devem ser excluídas da base de cálculo da contribuição, sendo classificadas como
receitas contabilizadas e não exigidas, e despesas aceitas e não contabilizadas
pela empresa.
Após os ajustes de adições e exclusões, teremos o valor apurado pelo
fisco, resultado ou prejuízo ajustado, que será a base de cálculo da CSLL.
83
UNIDADE 2 Principais Tributos
NOTA
84
Tributos Federais
85
UNIDADE 2 Principais Tributos
86
Tributos Federais
E
IMPORTANT
TUROS
ESTUDOS FU
87
UNIDADE 2 Principais Tributos
88
AUTOATIVIDADE
Nesse sentido, com base em nossos estudos quanto ao PIS, podemos afirmar
que:
89
AUTOATIVIDADE
a. ( ) R$ 150.000,00.
b. ( ) R$ 248.000,00.
c. ( ) R$ 226.000,00.
d. ( ) R$ 244.000,00.
Sendo assim, qual valor de IPI será cobrado pela ABC e acrescido no preço de
venda para a XYZ ME, considerando que a empresa exerceu a opção de pagar
antecipadamente?
90
RESUMO
Quando tratamos de tributos, a maioria das pessoas se confundem
com as diferentes espécies tributárias e com a competência do ente federativo
responsável pela gestão dos tributos. Na verdade, os tributos são gerenciados
pela União, assim como pelos Estados e municípios, os quais utilizam os recursos
para atender às necessidades da sociedade e manter a máquina pública em
funcionamento.
Nesta unidade, pudemos estudar os principais impostos municipais,
estaduais e federais. Há mais a ser estudado, mas, logicamente, falarmos de
todos os tributos ficaria inviável diante da complexidade do Sistema Tributário
Brasileiro. De qualquer modo, cada ente federativo possui a competência sobre
um grupo de tributos, conforme estabelece a Constituição Federal e o Código
Tributário Nacional.
A União possui a maior fatia de arrecadação, com cerca de 60% do total
arrecadado no país. O objetivo da arrecadação federal é custear gastos do Estado.
Os Estados, por sua vez, arrecadam em torno de 28% do total com impostos no
Brasil, objetivando manter a administração estadual, assim como os serviços à
população. Por fim, os impostos municipais têm a finalidade da manutenção
da administração de cada município, bem como oferecer serviços públicos à
sociedade.
CHAMADA
91
UNIDADE 3
Regimes tributários
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
CHAMADA
92
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Para realizar um planejamento financeiro adequado e conseguir uma
economia no pagamento de tributos, é inevitável conhecermos os impostos, as
taxas e as contribuições que a empresa terá como obrigação de recolher, conforme
o regime tributário. Além disso, é essencial que a organização conheça quais são
as formas de tributação existentes e tenha seu faturamento em mãos.
Conforme o Decreto n. 9.580/2018, juntamente com a Lei Complementar
n. 155/2016, no Brasil, temos quatro regimes de tributação: Simples Nacional,
lucro presumido, lucro real e lucro arbitrado.
De forma resumida, o Simples Nacional tem sua apuração realizada
mensalmente com base na receita bruta mensal. O lucro presumido, por sua
vez, tem sua apuração trimestral com base na receita bruta. Já o lucro real tem
apuração trimestral com base no lucro real e apuração anual com base na receita
bruta mensal e no ajuste anual DIRPJ. Por fim, o lucro arbitrado é determinado
por períodos de apuração trimestrais encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30
de setembro e 31 de dezembro.
No entanto, nesta unidade, focaremos apenas nos três primeiros regimes
de tributação. Conheceremos em mais detalhes suas particularidades, diferenças
e semelhanças, bem como de que maneira eles são aplicados no dia a dia das
empresas.
93
TÓPICO 1
UNIDADE 3
Simples Nacional
94
Simples Nacional
c
Fonte: roman-, Freepk (2021).
NOTA
Para as microempresas (ME), estas precisam ter uma receita bruta igual ou
inferir à R$ 360.000,00. Já para as empresas de pequeno porte (EPP), estas devem
ter uma receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior à R$ 4.800.000,00.
O Simples é tido como um sistema unificado por abranger o recolhimento
de diversos impostos e inúmeras contribuições em uma única guia, a qual
chamamos de Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
95
UNIDADE 3 Regimes tributários
96
Simples Nacional
NOTA
[…]
97
UNIDADE 3 Regimes tributários
• de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário
ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado
nos termos da Lei Complementar n. 123, de 2006, desde que a receita bruta
global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000;
98
Simples Nacional
99
UNIDADE 3 Regimes tributários
Até R$ 180.000,00 4% 0
O anexo II, por sua vez, corresponde às alíquotas e aos faturamento para
as empresas industriais. Nesse caso, temos os seguintes dados:
Tabela 27. Anexo II de empresas industriais
100
Simples Nacional
Até R$ 180.000,00 6% 0
101
UNIDADE 3 Regimes tributários
E
IMPORTANT
102
Simples Nacional
IRPJ R$ 27,75
PIS/PASEP R$ 3,38
CSLL R$ 16,65
COFINS R$ 15,65
INSS R$ 38,82
ISS R$15,54
Pelo pagamento
103
UNIDADE 3 Regimes tributários
Além disso, outros pontos merecem atenção. Por exemplo, quem é MEI,
deve ter uma renda bruta acumulada nos anos-calendário anteriores e em curso
de até R$ 81.000,00. Se pensarmos no início da atividade, o limite diminui um
pouco, passando para R$ 6.750,00, multiplicado pelo número de meses do início
da atividade até o final do respectivo ano-calendário, considerando as frações de
meses como um mês inteiro.
O microempreendedor ainda deve exercer apenas as ocupações
constantes no anexo XI da Resolução CGSN n. 140/2018, possuir somente um
estabelecimento e não participar de outra empresa como sócio, titular ou
administrador. Não pode contratar mais de um funcionário — sendo que este
receberá um salário mínimo previsto em lei federal/estadual ou o piso salarial da
categoria profissional, o qual é definido por lei federal ou convenção coletiva da
categoria em questão (BRASIL, [2021]).
Ademais, o MEI não deve guardar, cumulativamente, com o contratante
do serviço, uma relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade, nem
realizar suas atividades mediante cessão ou locação de mão de obra (BRASIL,
2018).
104
Simples Nacional
105
UNIDADE 3 Regimes tributários
ATENCAO
Atividade Valores
106
AUTOATIVIDADE
II - Os tributos FGTS, IPTU, ISS, ICMS, CSLL e IPI fazem parte dos
compreendidos no DAS do Simples Nacional.
a. ( ) I e III.
b. ( ) II, apenas.
c. ( ) III, apenas.
d. ( ) I e II.
107
AUTOATIVIDADE
108
TÓPICO 2
UNIDADE 3
Lucro Presumido
NOTA
Para as empresas prestadoras de serviços cuja receita bruta anual seja igual
ou inferior a R$ 120.000,00, o lucro presumido mensal será determinado mediante a
aplicação do percentual de 16% sobre a receita bruta de cada mês. No entanto, esse
percentual não se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de
transporte de carga, sujeitas ao percentual de 8%; nem às sociedades prestadoras de
serviços de profissões regulamentadas, sujeitas ao percentual de 32%.
Importante destacar que, para uma empresa optar pelo lucro presumido,
é necessário estabelecer algumas regras e certos procedimentos:
110
Lucro Presumido
111
UNIDADE 3 Regimes tributários
112
Lucro Presumido
Receitas %
Transporte de cargas 8%
Serviços hospitalares 8%
113
UNIDADE 3 Regimes tributários
Receita bruta
(+) Acréscimos
114
Lucro Presumido
115
UNIDADE 3 Regimes tributários
Receita bruta
(+) Acréscimos
116
Lucro Presumido
Receitas %
Revenda, para consumo, de combustível, derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás
12%
natural
117
UNIDADE 3 Regimes tributários
Receita bruta
118
Lucro Presumido
Por fim, vamos a um terceiro exemplo, com base nos seguintes dados:
Receita bruta
119
AUTOATIVIDADE
Assim sendo, supondo que uma empresa apresente, ao final do trimestre, uma
parcela do lucro presumido de R$ 75.000,00, a parcela do lucro presumido
que excede o limite de R$ 60.000,00 fica sujeita à incidência de adicional de
imposto à alíquota de:
a. ( ) 15%.
b. ( ) 10%.
c. ( ) 12%.
d. ( ) 32%.
Diante disso, com base em nossos estudos, podemos afirmar que, quanto ao
lucro presumido, as arrecadações de PIS e COFINS deverão ser cumulativas,
sendo que as alíquotas são, respectivamente, de:
a. ( ) 0,65% e 3%.
b. ( ) 3% e 0,65%.
c. ( ) 1,65% e 7,6%.
d. ( ) 7,6% e 1,65%.
120
AUTOATIVIDADE
a. ( ) I, apenas.
b. ( ) I e II.
c. ( ) II, apenas.
d. ( ) II e III.
4. O IRPJ sobre o lucro presumido será pago sobre a base de cálculo presumida,
conforme a receita de cada atividade da empresa. Para a venda de mercadorias ou
produtos, por exemplo, há um percentual de receita de 8%. Diante disso, imagine
a seguinte situação: uma empresa comercial teve seu lucro arbitrado no primeiro
trimestre de 2020, embora suas receitas sejam conhecidas. O arbitramento teve
como causa a escrituração imprestável, que dificultou a apuração das despesas.
A receita de vendas totalizou R$ 625.000,00, e a empresa tem um ganho de capital
de R$ 700,00.
Com base nisso, sabendo que existia saldo de prejuízo fiscal na parte B do LALUR
de R$ 250.000,00, qual é o IR devido no ano?
121
TÓPICO 3
UNIDADE 3
Lucro Real
122
Lucro Real
123
UNIDADE 3 Regimes tributários
(+) Adições
(-) Exclusões
125
UNIDADE 3 Regimes tributários
E
IMPORTANT
Suponha que uma empresa optante pelo lucro real tenha auferido o
lucro contábil de R$ 800.000,00 antes do Imposto de Renda e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido ao final do terceiro trimestre de 2020.
Em julho de 2020, foram recebidos os dividendos no valor de R$ 50.000,00,
contabilizados como receitas. Em agosto de 2020, foi realizada a contabilização de
R$ 30.000,00, referente a despesas de consultoria sem comprovação fiscal. Já em
setembro de 2020, ocorreram gastos com as férias para a família do diretor de
marketing no valor de R$ 20.000,00, contabilizados como despesas comerciais.
Além disso, no terceiro trimestre a empresa contabilizou a receita de R$ 20.000,00
por ganho de equivalência patrimonial. Também consta nos registros o valor de
R$ 2.200,00 de Imposto de Renda Retido na Fonte, decorrente de receitas apuradas
no lucro real.
127
UNIDADE 3 Regimes tributários
(+) Adição
(-) Exclusões
128
Lucro Real
Revenda para consumo de combustíveis derivados de petróleo, álcool etílico carburante e gás
1,6%
natural.
Qualquer outra atividade (exceto prestação serviço) para a qual não esteja previsto um
8%
percentual específico.
Venda Serviços
129
UNIDADE 3 Regimes tributários
131
UNIDADE 3 Regimes tributários
132
Lucro Real
Venda Serviços
(+) Acréscimo
(-) Deduções 0
133
AUTOATIVIDADE
a. ( ) R$ 153.800,00.
b. ( ) R$ 145.800,00.
c. ( ) R$ 135.800,00.
d. ( ) R$ 160.300,00.
134
AUTOATIVIDADE
Com base nessas informações, de acordo com a legislação vigente, o valor a ser
recolhido de Imposto de Renda e CSLL é de:
a. ( ) R$ 145.440,00.
b. ( ) R$ 148.440,00.
c. ( ) R$ 150.440,00.
d. ( ) R$ 151.440,00.
Com base nisso e em nossos estudos até o momento, podemos afirmar que o
LALUR é:
135
AUTOATIVIDADE
136
RESUMO
Ao longo desta unidade, pudemos nos aprofundar quanto aos regimes
tributários de Simples Nacional, lucro presumido e lucro real.
Primeiramente, no que diz respeito ao Simples Nacional, verificamos a
tentativa de simplificação da arrecadação por meio da guia DAS, abrangendo
os tributos IR, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e CPP, bem como os diversos
benefícios envolvidos nesse tipo de tributação, como: facilidade de regularização,
pagamento de imposto unificado pela DAS e contabilidade simplificada. Além
disso, conhecemos os principais pontos do Microempreendedor Individual (MEI)
e sua simplificação de legalização.
Com a sequência de nosso conteúdo, pudemos entender que o lucro
presumido pode ser encarado como uma simplificação do lucro real, mas não
factível a todas as empresas, sendo necessário verificar as vedações. O lucro real,
por outro lado, é permitido a todas as empresas que desejarem adotar o regime.
Ele pode ser adotado pelo critério anual com estimativa mensal e trimestral.
O que devemos entender é que não há um regime de tributação que seja
mais benéfico para a totalidade das empresas. É primordial analisar e considerar
as particularidades, além da atividade, das operações e do faturamento,
vislumbrar sobre os tributos que podem ocasionar uma carga tributária menor
para a organização!
CHAMADA
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REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República, [2020]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso
em: 20 abr. 2021.
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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