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Cruzamento de Informações

EFD-Contribuições, EFD-Reinf,
ECD, ECF, DCTF, DIRF e PER/DCOMP

Francisco Cunha
SPED:

“O Sped é um instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de


livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive
imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.” (Redação dada pelo Decreto no 7.979,
de 8 de abril de 2013)

objetivos principais
- Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e
fiscais, respeitadas as restrições legais de acesso;

- Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão


única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores; e

- Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no
acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria
eletrônica.

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SPED:

Principais benefícios:

- Diminuição do consumo de papel, com redução de custos e preservação do meio ambiente;

- Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;

- Uniformização das informações que o contribuinte presta aos diversos entes governamentais;

- Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;

- Redução do tempo despendido com a presença de auditores-fiscais nas instalações do contribuinte;

- Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária;

- Fortalecimento do controle e da fiscalização por intercâmbio de informações entre as administrações tributárias;

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SPED:

- Rapidez no acesso às informações;

- Aumento da produtividade do auditor-fiscal através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;

- Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão;

- Redução de custos administrativos;

- Melhoria da qualidade da informação;

- Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;

- Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes;

- Aperfeiçoamento do combate à sonegação.

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DCTF
A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais contêm as informações relativas aos tributos e
contribuições apurados pela pessoa jurídica em cada mês, os pagamentos, eventuais parcelamentos e as
compensações de créditos, como as informações sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

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DCTF:

Obrigatoriedade

Segundo o artigo 3°, da Instrução Normativa RFB n° 2.005/2021, deverão apresentar a DCTF Mensal:

- as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas


- as unidades gestoras de orçamento dos órgãos públicos, das autarquias e das fundações de quaisquer dos
poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;:
- os consórcios que realizam negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e
físicas, com ou sem vínculo empregatício;
- os fundos de investimento imobiliário a que se refere o art. 2º da Lei nº 9.779/1999
- SCP, sendo seus dados informados na DCTF do socio ostensivo, conforme o disposto no § 2º do art. 2º
- as entidades federais e regionais de fiscalização do exercício profissional, inclusive a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).

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DCTF:

Obrigatoriedade

Os fundos especiais criados no âmbito de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas, quando dotados de personalidade
jurídica sob a forma de autarquia.

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DCTF:

Obrigatoriedade

as ME e as EPP enquadradas no Simples Nacional que estejam sujeitas ao pagamento da CPRB, enquanto não
obrigadas à entrega da DCTF Web, deverão informar na DCTF os valores relativos a própria CPRB e os impostos e
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, de que tratam os incisos I, V, VI, XI e XII do §
1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123, de 2006
- IOF
- Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos em aplicações de renda fixa ou variável
- Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente
- Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas
- Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e serviços

II - as pessoas jurídicas excluídas do Simples Nacional, quanto às DCTF relativas aos fatos geradores ocorridos a
partir da data em que a exclusão produzir efeitos;

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DCTF:

Obrigatoriedade

III - as pessoas jurídicas e demais entidades de que trata o caput do art. 2º que estejam inativas ou não tenham
débitos a declarar:
₋ em relação ao mês de ocorrência do evento, nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão parcial ou total;
₋ em relação ao último mês de cada trimestre do ano-calendário, quando no trimestre anterior tenha sido
informado que o pagamento IRPJ e da CSLL seria efetuado em quotas;
₋ em relação ao mês de janeiro de cada ano-calendário; e
₋ em relação ao mês subsequente àquele em que se verificar elevada oscilação da taxa de câmbio, na hipótese de
alteração da opção pelo regime de competência para o regime de caixa prevista no art. 5º da Instrução
Normativa RFB nº 1.079, de 3 de novembro de 2010

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DCTF:

Impostos e contribuições declarados na DCTF

A DCTF conterá informações relativas aos seguintes impostos e contribuições (IN RFB 2.005/2021, Art. 12):

- IRPJ;

- Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF);

- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); (Apresentado por estabelecimento, na DCTF da matriz).

- Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF);

- CSLL;

- Contribuição para o PIS/Pasep;

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DCTF:

Impostos e contribuições declarados na DCTF

- Cofins;

- Cide-Combustível; (Apresentado por estabelecimento, na DCTF da matriz).

- (Cide-Remessa); financia o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação;

- Contribuição do Plano de Seguridade Social do Servidor Público (CPSS); e

- CPRB de que tratam os artigos 7° e 8° da Lei n° 12.546, de 2011.

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DCTF:

Retificação

Quando admitida, será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com observância das
mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada.

A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada e servirá para declarar
novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos
créditos vinculados.

O direito de o contribuinte retificar a DCTF extingue-se em 5 (cinco) anos, contados do 1º (primeiro) dia do
exercício seguinte àquele ao qual se refere a declaração.

Poderão ser transmitidas DCTF retificadoras, desde que não seja ultrapassado o limite de 5 (cinco) declarações
retificadoras para o mesmo mês de apuração.

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DCTF:

Retificação

A retificação não produzirá efeitos quando tiver por objeto:

I - reduzir os débitos relativos a impostos e contribuições:


a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à PGFN, para inscrição em DAU;

b) cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não
comprovadas prestadas na DCTF, sobre pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, já
tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU; ou

c) que tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalização.

II - alteração dos débitos de impostos e contribuições em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada
de início de procedimento fiscal.

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DCTF:

Dispensa

Estão dispensadas da apresentação da DCTF: (IN RFB 2.005/2021, Art. 5°) :

As pessoas Jurídicas optantes pelos Simples Nacional, exceto as sujeitas ao pagamento da CPRB

Os órgãos públicos da administração direta da União;

As pessoas jurídicas e demais entidades em início de atividades, referente ao período compreendido entre o mês
em que forem registrados seus atos constitutivos até o mês anterior àquele em que for efetivada a inscrição no
CNPJ;

As pessoas jurídicas e demais entidades, desde que estejam inativas ou não tenham débitos a declarar, a partir do
2° mês em que permanecerem nessa condição;

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DCTF:

Dispensa

- os condomínios edilícios;

- os grupos de sociedades constituídos na forma prevista no art. 265 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

- os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil (Bacen);

- os fundos mútuos de investimento imobiliário, sujeitos às normas do Bacen ou da CVM;

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DCTF:

Dispensa

- as embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados-gerais, consulados, vice- consulados, consulados


honorários e as unidades específicas do Governo brasileiro no exterior;

- as representações permanentes de organizações internacionais;

- os serviços notariais e registrais (cartórios) de que trata a Lei n° 6.015/1973;

- os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito
de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como dos Ministérios
Públicos e dos Tribunais de Contas;

- os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos políticos, nos termos da legislação
específica;

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DCTF:

Dispensa
- as incorporações imobiliárias objeto de opção pelo RET de que trata a Lei n° 10.931/2004;

- as empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a
registro de propriedade ou posse perante órgãos públicos, localizados ou utilizados no Brasil;

- as comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional celebrado pela República Federativa do
Brasil e um ou mais países, para fins diversos;

- as comissões de conciliação prévia a que se refere o art. 625-A do Decreto-Lei nº 5.452/1943 - CLT;

- os representantes comerciais, corretores, leiloeiros, despachantes e demais pessoas físicas que exerçam
exclusivamente a representação comercial autônoma sem relação de emprego e que desempenhem, em caráter
não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, quando
praticada por conta de terceiros.

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DCTF:

Débito inferior a R$ 10,00

Conforme determina a Lei 9.430/1996, no artigo 68 e parágrafo 1º, é vedada a utilização de Darf para o
pagamento de tributos e contribuições de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais).
Neste caso então o imposto ou contribuição arrecadado sob um determinado código de receita, que, no período
de apuração, resultar inferior a R$ 10,00 (dez reais), deverá ser adicionado ao imposto ou contribuição de mesmo
código, correspondente aos períodos subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00 (dez reais),
quando, então, será pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação para este último período de apuração.

Ressalte-se que neste caso, na EFD-Contribuições, a cada mês na apuração do Pis e da Cofins, nos registros M205 e
M605 serão vinculados o código da receita em relação ao débito apurado, diferente da DCTF onde serão
declarados os débitos e serão informados os pagamentos.

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DCTF:

Prazos
As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15° dia útil do 2° mês subsequente ao mês de ocorrência dos
fatos geradores, de acordo com o artigo 9° da IN RFB 2.005/2021, Inclusive no o caso de extinção, incorporação,
fusão e cisão total ou parcial. Entretanto, esta apresentação não se aplica à incorporadora quando a incorporadora
e a incorporada estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.

Penalidades
O atraso na apresentação da DCTF no prazo fixado, sujeita a multa de 2% ao mês-calendário ou fração, incidente
sobre o montante dos impostos e contribuições informados na DCTF, ainda que integralmente pago, no caso de
falta de entrega da declaração ou a sua entrega depois do prazo, limitada a 20%, observado a multa mínima.

Segundo a IN RFB 2.005/2021, artigo 14°, § 2°, observado o valor mínimo exigido, as multas serão reduzidas em:
a) 50% quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;
b) 25% se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. Lei n° 10.426/2002, artigo 7°, § 2°
Multa mínima de R$ 200,00 para as inativas e de R$ 500,00, tratando-se de pessoa jurídica ativa.

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EFD-Contribuições
A EFD-Contribuições é um arquivo digital enviado ao SPED, demonstrando a escrituração da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins, nos regimes de apuração não-cumulativo e/ou cumulativo, com base nos documentos e
operações representativos das receitas auferidas, bem como dos custos, despesas, encargos e aquisições
geradores de créditos da não-cumulatividade.

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EFD-Contribuições:

Obrigatoriedade

Estão obrigadas a adotar e escriturar a EFD-Contribuições:

a) em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1° de
janeiro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;

b) em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1° de
janeiro de 2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;

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EFD-Contribuições:

Obrigatoriedade

c) em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1° de
janeiro de 2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6°, 8° e 9° do artigo 3° da Lei n° 9.718/1998, e na Lei n°
7.102/1983;

§6º - Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência
privada abertas e fechadas,

§8º - Securitização de créditos imobiliários, financeiros e agrícolas

§9º - Operadoras de planos de assistência à saúde

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EFD-Contribuições:

Obrigatoriedade

d) em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1°
de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos artigos 7° e 8° da Medida
Provisória n° 540/2011, convertida na Lei n° 12.546/2011;

7º -
- Informática e Call Center
- transporte rodoviário coletivo de passageiros, enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0
- empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0
- empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE
2.0
- empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0
- empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0

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EFD-Contribuições:

Obrigatoriedade


- empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5,
5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0
- empresas que fabriquem diversos produtos classificados na Tipi, listado nas alíneas do Inciso VIII
- empresas de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0

e) em relação à CPRB, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 01/04/2012, as pessoas jurídicas que
desenvolvam as demais atividades relacionadas nos artigos 7° e 8°, e no Anexo II, todos da Lei n° 12.546/2011.

Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1° de janeiro de 2014, a sócia ostensiva de SCP deverá
transmitir uma EFD-Contribuições separadamente, para cada SCP, além da transmissão da sua própria.

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EFD-Contribuições:

Dispensa
Estão dispensados de apresentação da EFD-Contribuições:

- as ME e as EPP enquadradas no Simples Nacional, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime;

- as pessoas jurídicas imunes e isentas do IRPJ, cuja soma dos valores mensais das contribuições apuradas, objeto
de escrituração nos termos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais);

- as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário ou desde a data de início de
atividades, relativamente às escriturações correspondentes aos meses em que se encontravam nessa condição;

- os órgãos públicos e as autarquias e as fundações públicas; e

- as pessoas jurídicas ainda não inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), desde o mês em que
foram registrados seus atos constitutivos até o mês anterior àquele em que foi efetivada a inscrição.

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EFD-Contribuições:

Dispensa
São também dispensados de apresentação da EFD-Contribuições, ainda que se encontrem inscritos no CNPJ ou
que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais:

a) os condomínios edilícios;

b) os consórcios e grupos de sociedades, constituídos na forma dos artigos 265, 278 e 279 da Lei n° 6.404/1976;

c) os consórcios de empregadores;

d) os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas da CVM ou Bacen;

e) os fundos de investimento imobiliário, que não se enquadrem no disposto no artigo 2° da Lei n° 9.779/1999;

f) os fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas do Bacen ou da CVM;

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EFD-Contribuições:

Dispensa

g) as embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados-gerais, consulados, vice- consulados, consulados


honorários e as unidades específicas do governo brasileiro no exterior;

h) as representações permanentes de organizações internacionais;

i) os serviços notariais e registrais (cartórios), de que trata a Lei n° 6.015/1973;

j) os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como dos Ministérios
Públicos e dos Tribunais de Contas;

l) os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos políticos, nos termos da legislação
específica;

27
EFD-Contribuições:

Dispensa

m) as incorporações imobiliárias sujeitas ao pagamento unificado de tributos de que trata a Lei n° 10.931/2004,
recaindo a obrigatoriedade da apresentação da EFD-Contribuições à pessoa jurídica incorporadora, em relação a
cada incorporação submetida ao regime especial de tributação;

n) as empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a
registro de propriedade ou posse perante órgãos públicos, localizados ou utilizados no Brasil;

o) as comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional celebrado pela República Federativa do
Brasil e um ou mais países, para fins diversos; e

p) as comissões de conciliação prévia de que trata o artigo 1° da Lei 9.958/2000.

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EFD-Contribuições:

Empresa sem movimento


Conforme artigo 5°, § 7°, da IN RFB 1.252/2012, a pessoa jurídica tributada no Lucro Real ou Presumido ficará
dispensada da apresentação da EFD-Contribuições nos meses do ano- calendário, em que:

a) não tenha auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e serviços, ou de outra natureza, sujeita ou não
ao pagamento das contribuições, inclusive no caso de isenção, não incidência, suspensão ou alíquota zero;

b) não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração de créditos da não cumulatividade do PIS/Pasep
e da Cofins, inclusive referentes a operações de importação.

A dispensa não alcança o mês de dezembro do ano-calendário correspondente, devendo neste mês proceder à
entrega da escrituração digital, indicando os meses do ano-calendário em que não auferiu receitas e não realizou
operações geradoras de crédito no registro 0120 - Identificação de EFD-Contribuições sem dados a escriturar.

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EFD-Contribuições:

Pessoas jurídicas inativas


Estão dispensados de apresentação da EFD-Contribuições as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o
início do ano-calendário ou desde a data de início de atividades, relativamente às escriturações correspondentes
aos meses em que se encontravam nessa condição.

As pessoas jurídicas que passarem à condição de inativas no curso do ano-calendário, e assim se mantiverem,
somente estarão dispensadas da EFD-Contribuições a partir do 1° mês do ano- calendário subsequente à
ocorrência dessa condição.

Considera-se que a pessoa jurídica está inativa a partir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional,
não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais.

O pagamento de tributo relativo a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação


acessória não descaracteriza a pessoa jurídica como inativa no ano-calendário.

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EFD-Contribuições:

Entidades sem fins lucrativos (imunes / isentas)


As pessoas jurídicas imunes ou isentas do IRPJ ficarão obrigadas à apresentação da EFD- Contribuições a partir do
mês em que ultrapassar o limite de R$ 10.000,00, permanecendo obrigadas pelo restante do ano-calendário.
De acordo com a SC COSIT 99.013/2015 a EFD- Contribuições alcança as apurações do PIS/Pasep e da Cofins
incidentes sobre a receita e da CPRB relacionadas às operações e prestações praticadas pelo próprio contribuinte.
O valores apurados de PIS/Pasep sobre Folha de Salários não constituem fato gerador da EFD- Contribuições.

O valor de R$ 10.000,00, que delimita a obrigatoriedade ou não de apresentação da EFD- Contribuições, refere-se
à apuração mensal do PIS/Pasep e/ou da Cofins incidentes sobre a receita, ou da CPRB, e não ao valor acumulado
dos meses já transcorridos.

31
EFD-Contribuições:

Prazos

Segundo o artigo 7° da Instrução Normativa RFB n° 1.252/2012, a EFD-Contribuições será transmitida


mensalmente ao SPED até o 10° dia útil do 2° mês subsequente ao que se refira a escrituração, inclusive nos casos
de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.

O prazo para entrega da EFD-Contribuições será encerrado às 23h59min59s, horário de Brasília, do dia fixado para
entrega da escrituração.

32
EFD-Contribuições:

Penalidades

A não apresentação da EFD-Contribuições no prazo previsto, ou pela apresentação com incorreções ou omissões,
faz com que o contribuinte fique sujeitos às multas previstas no artigo 57 da Medida Provisória n° 2.158-35/2001.
prazo para pagamento do crédito tributário será até 30 dias a partir da data que o sujeito passivo notificado do
lançamento da penalidade, caso a legislação tributária não estipular outro prazo. Lei n° 5.172/66, art. 160

A multa pela apresentação extemporânea será de:


a) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade
ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou
pelo Simples Nacional, inclusive para as pessoas jurídicas de direito público;

b) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas;

As multas acima terão redução de 50% quando a obrigação for cumprida antes de qualquer procedimento de
ofício.

33
ECF
A ECF é parte do SPED, regulamentada pela IN RFB 2004/2021, é obrigatória sua apresentação para todas as
empresas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado, a partir do ano-calendário de 2014.

34
ECF:

Obrigatoriedade
A partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar a
Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada pela matriz.

No caso de pessoas jurídicas que foram sócias ostensivas de Sociedades em Conta de Participação (SCP), a ECF
deverá ser transmitida separadamente, para cada SCP, além da transmissão da ECF da sócia ostensiva.

35
ECF:

Dispensa
Estão dispensadas do envio da ECF:

a) às pessoas jurídicas optantes Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar n° 123/2006;

b) aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

c) às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham efetuado qualquer atividade
operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais,
durante todo o ano-calendário, as quais deverão cumprir as obrigações acessórias previstas na legislação
específica.

A partir do exercício 2016, ano-calendário 2015, com as alterações da IN RFB 1.595/2015, não há mais a dispensa
do envio da entrega da ECF para as pessoas jurídicas imunes e isentas que não estejam obrigadas a apresentar a
EFD-Contribuições, portanto, todas passaram a ser obrigadas após esta alteração.

36
ECF:

Retificação

A ECF anteriormente entregue poderá ser retificada, nas hipóteses em que admitida, independentemente de
autorização da autoridade administrativa e terá a mesma natureza da ECF originariamente apresentada. A pessoa
jurídica que entregar ECF retificadora alterando valores que tenham sido informados na DCTF, deverá providenciar
acerto dos valores informados nesta declaração. Nas seguintes hipóteses, não serão permitidas as retificações:

a) quando iniciado procedimento de ofício; e

b) quando tiver por objetivo alterar o regime de tributação anteriormente adotado, salvo nos casos determinados
pela legislação, para fins de determinação do lucro arbitrado.

c) Quando a ECF retificadora alterar os saldos das contas da parte B do e-Lalur ou do e-Lacs, a pessoa jurídica
deverá retificar as ECF dos anos-calendário seguinte.

37
ECF:

Retificação

A ECF retificadora não produzirá efeitos quanto reduzir os valores apurados do IRPJ ou da CSLL:

a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em Dívida Ativa da União (DAU)

b) em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não comprovadas prestadas na


DCTF, sobre pagamento, parcelamento, dedução, compensação, exclusão ou suspensão de exigibilidade, já
enviados à PGFN para inscrição em DAU;

c) que tenham sido objeto de exame em procedimento fiscal;

d) que tenham sido objeto de pedido de parcelamento deferido; ou

e) em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada do início de procedimento fiscal desses tributos.

38
ECF:

Prazos
A obrigatoriedade de utilização da ECF teve início a partir do ano-calendário 2014.

A ECF será transmitida anualmente ao SPED até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-
calendário a que se refira a escrituração a partir da alteração dada pela Instrução Normativa RFB n° 1.633/2016 na
Instrução Normativa RFB nº 2004/2021.

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deverá ser entregue pelas pessoas
jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras, até o último dia útil do 3° (terceiro) mês
subsequente ao do evento.

Contudo, nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro a abril do
ano da entrega da ECF o prazo será o mesmo das situações normais, ou seja, até o último dia útil do mês de julho
do mesmo ano.

39
ECF:

Penalidades

O contribuinte que não apresentar a ECF no prazo fixado pelo artigo 3° da IN RFB 2004/2021 ou apresentar com
incorreções ou omissões está sujeito a sofrer penalidades conforme o regime tributário (Pessoa Jurídica tributada
pelo Lucro Real ou não) (IN RFB 2004/2021, Art. 6°).

O prazo para pagamento do crédito tributário será até 30 dias a partir da data que o sujeito passivo for notificado
do lançamento da penalidade, caso a legislação tributária não estipular outro prazo. Lei n° 5.172/66, art. 160

PJ com apuração pelo Lucro Real

a) 0,25% por mês-calendário ou fração, do lucro líquido antes do IRPJ e da CSLL no período a que se refere a
apuração, limitada a 10%, nos casos da não apresentação ou apresentação em atraso.

40
ECF:

Penalidades

O valor da multa fica limitado em:

1 - R$ 100.000,00 para as pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior tiverem auferido receita bruta total,
igual ou inferior a R$ 3.600.000,00;
2 - R$ 5.000.000,00 para as pessoas jurídicas que não se enquadrarem no item 1 acima.

O valor fica reduzido:


1 - Em 90% quando for apresentado em até 30 dias após o prazo;
2 - Em 75% quando for apresentado em até 60 dias após o prazo;
3 - À metade, quando for apresentado depois do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; e
4 - Em 25% se houver a apresentação no prazo fixado em intimação.

41
ECF:

Penalidades

Sem lucro líquido:


Na falta de lucro líquido, antes do IRPJ e da CSLL, relativo ao período da declaração, deverá ser utilizado o lucro
líquido, antes do IRPJ e da CSLL do último período de apuração informado, atualizado pela taxa Selic, até o termo
final de encerramento do período a que se refere a declaração.

De acordo no o Manual de Orientação da ECF, anexo ao Ato Declaratório Executivo COFIS n° 030/2017, ao
preencher o Registro Y720 o programa está preparado para efetuar a atualização pela SELIC automaticamente, o
que indica que no preenchimento deve ser indicado o lucro líquido do período pelo seu valor histórico.

42
ECF:

Penalidades

b) 3% não inferior a R$ 100,00 do valor omitido, inexato ou incorreto.

Não será devida a multa caso o sujeito passivo corrigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes de iniciado
qualquer procedimento de ofício.

O valor desta multa fica reduzida em 50% se forem corrigidas as inexatidões, incorreções ou omissões no prazo
fixado em intimação.

43
ECF:

Penalidades

Demais pessoas jurídicas (imunes e isentas, lucro presumido ou lucro arbitrado)

O artigo 57 da MP 2.158-35/2001 dispõe sobre as penalidades por não cumprimento de obrigações acessórias nos
termos do artigo 16 da Lei n° 9.779/99, ou que cumprir com incorreções ou omitir informações será intimado a
cumpri-las ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e
sujeitar- se-á a multas.

a) a multa pela apresentação extemporânea será de:


1 - R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de
atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro
presumido ou pelo Simples Nacional, inclusive para as pessoas jurídicas de direito público;

44
ECF:

Penalidades

2 - R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham
utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária
(Medida Provisória n° 2.158-35/2001, artigo 57, § 2°);

3 - R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas.

O valor fica reduzido em 50% quando a obrigação for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício (Medida
Provisória n° 2.158-35/2001, artigo 57, § 3°).

b) multa pela intimação será de R$ 500,00 por mês-calendário, por não atendimento à intimação da SRF, por não
cumprimento da obrigação acessória ou para prestar esclarecimento, nos prazos estipulados pela autoridade fiscal,
inclusive para as pessoas jurídicas de direito público (MP 2.158-35/2001, artigo 57, inciso II).

45
ECF:

Penalidades

c) para os casos de cumprir as obrigações acessórias com informações inexatas, incompletas ou omitidas, aplica-se
a penalidade de 3%, não inferior a R$ 100,00, sobre o valor das transações comerciais ou de operações financeiras
próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário.

Redução da multa decorrente de notificação de lançamento


As multas aplicadas em lançamento de ofício estão vinculadas ao prazo de negociação do sujeito passivo em
relação ao vencimento da notificação. Assim, a redução da multa será (Lei n° 8.218/91, artigo 6°):

a) de 50% se o pagamento ou a compensação do débito for feito em até 30 dias da notificação do lançamento;

b) de 40% para pedidos de parcelamento formalizados em até 30 dias da notificação do lançamento.


O pagamento da multa, em qualquer hipótese, deve ser feito no prazo estipulado pela RFB na notificação
correspondente.

46
ECF:

Penalidades

Multa vencida
Após o vencimento da notificação a multa perde as reduções previstas no artigo 6° da Lei n° 8.218/91.

O pagamento de multa fora do prazo é sujeito à incidência de juros de mora, calculados à taxa Selic acumulada
mensalmente a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do vencimento do prazo até o mês anterior ao do
pagamento, e de 1% no mês do pagamento (CTN, artigo 161; Lei n° 9.430/96, artigo 61, § 3°).

47
ECD
A Escrituração Contábil Digital - ECD, atualmente regulamentada pela IN RFB 2003/82021, é parte integrante do
SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração digital, com a transmissão via
arquivo dos seguintes livros:
I - livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II - livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III -livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.

48
ECD:

Obrigatoriedade

Estão obrigadas a apresentar a ECD as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas e as entidades imunes e isentas,
obrigadas a manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial.: (IN RFB 2003/2021, Art. 3°)

a) ME ou EPP, inclusive optante pelo Simples Nacional, que receber aporte de capital, na forma prevista nos artigos
61-A a 61-D da Lei Complementar n° 123/2006 (Investidor Anjo);

b) Pessoas Jurídicas imunes e isentas que auferiram, no ano-calendário, receitas, doações, incentivos, subvenções,
contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados, cuja soma seja igual ou superior a R$ 4,8 milhão, ou
ao valor proporcional ao período a que se refere a escrituração contábil;

49
ECD:

Obrigatoriedade

c) as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a título de lucros, sem
incidência do IRRF, parcela dos lucros ou dividendos superiores ao valor da base de cálculo do Imposto sobre a
renda, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita;

d) As pessoas jurídicas do segmento de construção civil dispensadas de apresentar a EFD- ICMS/IPI ficam
obrigadas a apresentar o livro Registro de Inventário na ECD, como um livro auxiliar.

e) as SCP, quando enquadradas na condição de obrigatoriedade de apresentação da ECD

f) as pessoas jurídicas que mantiverem no exterior recursos recebidos de exportação.

g) as Empresas Simples de Crédito (ESC) de que trata a Lei Complementar nº 167, de 24 de abril de 2019

50
ECD:

Dispensa

Estão dispensadas do envio da ECD, conforme previsto no § 1° do artigo 3° da IN RFB n° 2003,2021:

a) às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar n° 123/2006;

b) aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

c) às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham realizado, durante o ano-calendário,
atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de
capitais as quais devem cumprir as obrigações acessórias previstas na legislação específica;

51
ECD:

Dispensa

d) às pessoas jurídicas imunes e isentas que auferiram, no ano-calendário, receitas, doações, incentivos,
subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados cuja soma seja inferior a R$ 4.800.000,00
ou ao valor proporcional ao período a que se refere a escrituração contábil;

e) às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que não distribuíram, a título de lucro, sem
incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela de lucros ou dividendos superior ao valor da
base de cálculo do imposto sobre a renda, diminuída dos impostos e contribuições a que estiver sujeita.

f) A Itaipu Binacional, tendo em vista o disposto no art. XII do Decreto nº 72.707, de 28 de agosto de 1973.

Entrega facultativa

Para as demais pessoas jurídicas, não enquadradas na obrigatoriedade, a entrega da ECD é facultativa.

52
ECD:

Prazos

Situação normal último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refere a escrituração.

Situação especial ocorrida de janeiro a abril (extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação) último dia
útil do mês de maio do ano- calendário a que se refere a escrituração.

Situação especial ocorrida a partir de maio (extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação)
Último dia útil do mês seguinte ao do evento.

53
ECD:

Penalidades

A não apresentação da ECD no prazo previsto, ou pela apresentação com incorreções ou omissões, faz com que o
contribuinte fique sujeito às multas previstas no artigo 57 da MP 2.158-35/2001. (IN RFB 2003/2021, artigo 11)

O prazo para pagamento do crédito tributário será até 30 dias a partir da data que o sujeito passivo for
considerado notificado do lançamento da penalidade, caso a legislação tributária não estipular outro prazo. Lei n°
5.172/66, art. 160

A Pessoa Jurídica não obrigada à apresentação da ECD não estará sujeita a penalidade citada.

54
ECD:

Penalidades

Entrega Extemporânea
A multa pela apresentação extemporânea será de:

a) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade
ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou
pelo Simples Nacional, inclusive para as pessoas jurídicas de direito público;

b) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas;

As multas acima terão redução de 50% quando a obrigação for cumprida antes de qualquer procedimento de
ofício.

55
ECD:

Penalidades

No período de apuração do DARF, no campo da data, informar, no formato dd/mm/aaaa, correspondente ao 1° dia
útil após o prazo previsto para entrega da declaração; e, no campo do vencimento, informar a data, no mesmo
formato, correspondente ao último dia útil do mês em que ocorreu a entrega da declaração.

Intimação
A multa pela intimação será de:
a) R$ 500,00 por mês-calendário, por não atendimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por
não cumprimento da obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela autoridade
fiscal, inclusive para as pessoas jurídicas de direito público;

b) para os casos de cumprir as obrigações acessórias com informações inexatas, incompletas ou omitidas, aplica-se
a penalidade de 3%, não inferior a R$ 100,00, sobre o valor das transações comerciais ou de operações financeiras
próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário.

56
DIRF
A DIRF tem por objetivo informar os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País; o valor do imposto
sobre a renda e contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários; o
pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior; os pagamentos a
plano de assistência à saúde - coletivo empresarial.

57
DIRF:

Obrigatoriedade

Estão obrigadas a apresentar a DIRF 2018 as seguintes pessoas jurídicas e físicas, que tenham realizado o
pagamento ou crédito de rendimentos sobre o qual tenha incidido IRRF, ainda que em um único mês do ano-
calendário, por si ou como representantes de terceiros (IN RFB 1990/2021, artigo 2°, inciso I):

a) estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, inclusive as imunes e
as isentas;

b) pessoas jurídicas de direito público, inclusive o fundo especial a que se refere o art. 71 da Lei n° 4.320, de 17 de
março de 1964;

c) filiais, sucursais ou representações de pessoas jurídicas com sede no exterior;

d) empresas individuais;

58
DIRF:

Obrigatoriedade

e) caixas, associações e organizações sindicais de empregados e empregadores;

f) titulares de serviços notariais e de registro;

g) condomínios edilícios;

h) instituições administradoras ou intermediadoras de fundos ou clubes de investimentos; e

i) órgãos gestores de mão de obra do trabalho portuário;

59
DIRF:

Obrigatoriedade

Mesmo que não tenha ocorrido a retenção do imposto, as seguintes pessoas jurídicas e físicas, ficam obrigadas a
apresentação (Instrução Normativa RFB n° 1.757/2017, artigo 2°, inciso II):

a) órgãos e entidades da administração pública federal referidas no caput do art. 3° desta Instrução Normativa que
efetuaram pagamento às entidades imunes ou às isentas referidas nos incisos III e IV do art. 4° da Instrução
Normativa RFB n° 1.234, de 11 de janeiro de 2012, pelo fornecimento de bens e serviços;

b) candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes;

c) pessoas físicas e jurídicas residentes e domiciliadas no País que efetuaram pagamento, crédito, entrega,
emprego ou remessa a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, de valores referentes a:

1. aplicações em fundos de investimento de conversão de débitos externos;

60
DIRF:

Obrigatoriedade

2. royalties, serviços técnicos e de assistência técnica;

3. juros e comissões em geral;

4. juros sobre o capital próprio;

5. aluguel e arrendamento;

6. aplicações financeiras em fundos ou em entidades de investimento coletivo;

7. carteiras de valores mobiliários e mercados de renda fixa ou renda variável;

8. fretes internacionais;

61
DIRF:

Obrigatoriedade

9. previdência complementar e Fapi;

10. remuneração de direitos;

11. obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas;

12. lucros e dividendos distribuídos;

13. cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em viagens de turismo,
negócios, serviço, treinamento ou em missões oficiais;

62
DIRF:

Dispensa

14. rendimentos referidos no art. 1° do Decreto n° 6.761, de 5 de fevereiro de 2009, que tiveram a alíquota do
imposto sobre a renda reduzida a 0% (zero por cento), exceto no caso dos rendimentos específicos mencionados
no § 4° do mesmo artigo; e

15. demais rendimentos considerados como rendas e proventos de qualquer natureza, na forma prevista na
legislação específica; e

d) pessoas físicas e jurídicas na condição de sócio ostensivo de sociedade em conta de participação.

63
DIRF:

Prazos

A Dirf deve ser apresentada até as 23h59min59s, horário de Brasília, do último dia útil do mês de fevereiro do ano
subsequente àquele no qual o rendimento tiver sido pago ou creditado.

Extinção, fusão, cisão e incorporação


No caso de extinção decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, a pessoa jurídica deverá
apresentar a Dirf relativa ao ano-calendário em que ocorreu a extinção até o último dia útil do mês subsequente
ao da ocorrência do evento, exceto se o evento ocorrer no mês de janeiro, caso em que a Dirf poderá ser
apresentada até o último dia útil do mês de março do mesmo ano-calendário.

Saída definitiva do Brasil ou encerramento de espólio


A Dirf relativa ao ano-calendário de ocorrência do fato deverá ser apresentada pela fonte pagadora pessoa física:

64
DIRF:

Prazos

no caso de saída definitiva do País, até a data da saída em caráter permanente

no caso de saída temporária do País, no prazo de até 30 (trinta) dias, contado da data em que a pessoa física
declarante completar 12 (doze) meses consecutivos de ausência, hipótese em que a saída será considerada
definitiva

II - no caso de encerramento de espólio, até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento,
exceto se o evento ocorrer no mês de janeiro, caso em que a Dirf poderá ser apresentada até o último dia útil do
mês de março do mesmo ano-calendário

65
DIRF:

Penalidades

A apresentação da declaração após o prazo sujeita o contribuinte à multa de 2% ao mês- calendário ou fração,
incidente sobre o montante dos tributos e contribuições informados na DIRF, ainda que integralmente pago, no
caso de falta de entrega ou entrega após o prazo, limitada a 20%, observado a multa mínima (Lei n° 10.426/2002,
artigo 7°, inciso II e Instrução Normativa SRF n° 197/2002, artigo 1°).

A multa mínima a ser aplicada é de (Lei n° 10.426/2002, artigo 7°, § 3° e Instrução Normativa SRF n° 197/2002,
artigo 1°, § 3°):

a) R$ 200,00, tratando-se de pessoa física, pessoa jurídica inativa e pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional;

b) R$ 500,00, nos demais casos.

66
DIRF:

Penalidades

Observado a multa mínima, as multas serão reduzidas (Lei n° 10.426/2002, artigo 7°, § 2° e Instrução Normativa
SRF n° 197/2002, artigo 1°, § 2°):

a) em 50%, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;

b) em 75%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.


Para efeito de aplicação da multa, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo
originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de
não-apresentação, da lavratura do auto de infração (Lei n° 10.426/2002, artigo 7°, § 1° e Instrução Normativa SRF
n° 197/2002, artigo 1°, §1°).

O prazo para pagamento do crédito tributário será até 30 dias a partir da data que o sujeito passivo for
considerado notificado do lançamento da penalidade (Lei n° 5.172/66, artigo 160).

67
DIRF:

Penalidades

Multa por incorreções ou omissões

A apresentação da declaração com incorreções ou omissões, sujeita o contribuinte à multa de R$ 20,00 para cada
grupo de 10 informações incorretas ou omitidas (Lei 10.426/2002, Art 7°, inciso IV e IN SRF 197/2002, Art 2°, § 2°).

A penalidade será aplicada quando forem constatadas na DIRF as seguintes irregularidades, não sanadas no prazo
fixado em intimação Instrução Normativa SRF n° 197/2002, artigo 2°):

a) falta de indicação do número de CPF ou CNPJ;

b) indicação do número de inscrição no CPF de forma incompleta, assim entendido o que não contenha onze
dígitos, sendo nove dígitos base e dois para a formação do dígito verificador (DV);

68
DIRF:

Penalidades

c) indicação do número de inscrição no CNPJ de forma incompleta, assim entendido o que não contenha quatorze
dígitos, sendo oito dígitos base, quatro para a formação do número de ordem e dois para a formação do DV;

d) indicação de número de inscrição no CPF ou no CNPJ inválido, assim entendido o que não corresponda ao
constante no cadastro mantido pela RFB;

e) não indicação ou indicação incorreta de beneficiário;

f) código de retenção não informado, inválido ou indevido, sendo, inválido (o código que não conste da Tabela de
Códigos de Imposto de Renda Retido na Fonte, vigente em 31 de dezembro do ano a que se referir a DIRF) ou
indevido (o código que não corresponda à especificação do rendimento ou ao beneficiário);

69
DIRF:

Penalidades

g) beneficiário informado mais de uma vez por um mesmo declarante, sob um mesmo código de retenção;

h) outras irregularidades verificadas no preenchimento da DIRF.


O declarante será intimado a corrigir as irregularidades constatadas na declaração, no prazo de 10 dias, contados
da ciência à intimação (Instrução Normativa SRF n° 197/2002, artigo 2°, § 1°).

70
EFD-Reinf
A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) foi instituída pela IN RFB n°
1.701/2017, sendo uma obrigação acessória vinculada ao ambiente SPED.

71
EFD-Reinf:

Obrigatoriedade

Estão obrigados a entrega da EFD-Reinf (IN RFB n° 1.701/2017, artigo 2°):

- As pessoas jurídicas que prestam e que contratam serviços realizados mediante cessão de mão de obra nos
termos do artigo 31 da Lei n° 8.212/91.

- As pessoas jurídicas responsáveis pela retenção das Contribuições para o PIS/Pasep, COFINS e da CSLL;

As pessoas jurídicas optantes pelo recolhimento da CPRB;

- O produtor rural pessoa jurídica e agroindústria quando sujeitos a contribuição previdenciária substitutiva sobre
a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural nos termos do artigo 25 da Lei n° 8.870/94, na
redação dada pela Lei n° 10.256/2001 e do artigo 22-A da Lei n° 8.212/91, inserido pela Lei n° 10.256/2001,
respectivamente;

72
EFD-Reinf:

Obrigatoriedade

- adquirente de produto rural, nos termos do art. 30 da Lei nº 8.212/1991, e do art. 11 da Lei nº 11.718/2008;

- As associações desportivas que mantenham equipe de futebol profissional que tenham recebido valores a título
de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos
desportivos;

- A empresa ou entidade patrocinadora que tenha destinado recursos a associação desportiva que mantenha
equipe de futebol profissional a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,
propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;

- As entidades promotoras de eventos desportivos realizados em território nacional, em qualquer modalidade


desportiva, dos quais participe ao menos uma associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional;

73
EFD-Reinf:

Obrigatoriedade

- As pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram rendimentos sobre os quais haja retenção do Imposto
sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), por si ou como representantes de terceiros.

74
EFD-Reinf:

Grupo Obrigados Início


Entidades Empresariais com faturamento no ano-calendário de 2016 superior a
R$ 78 milhões.
Facultada a opção pela utilização do Reinf:
1 01.05.2018
a) Entidades Empresariais com faturamento no ano-calendário de 2016 menor
ou igual a R$ 78 milhões;
b) Entidades Sem Fins Lucrativos.
Demais Entidades Empresariais, exceto empresas optantes pelo Simples
Nacional que estejam enquadradas neste regime em 01.07.2018 mediante
2 consulta ao CNPJ; ou 01.01.2019
que não fizeram essa opção quando da sua constituição, se posterior à
01.07.2018.
Obrigados a EFD-Reinf que não estejam enquadrados nos Grupos 1, 2 e 4.
exemplo:
a) Empresas optantes pelo Simples Nacional que estejam enquadradas neste
3 regime em 01.07.2018 mediante consulta ao CNPJ; 01.05.2021
c) Entidades Sem Fins Lucrativos (que não tenham manifestado a opção
facultada a partir de 05/2018);
d) Pessoas Físicas, exceto os empregadores domésticos.
4
Entes da Administração Pública e Organizações Internacionais e Outras
01.04.2022 75
Instituições Extraterritoriais
EFD-Reinf:

Dispensa

Para que ocorra a dispensa da transmissão da EFD-Reinf deverá ocorrer a situação “Sem Movimento”. A situação
“Sem Movimento” para o contribuinte só ocorrerá quando não houver informação a ser enviada para o grupo de
eventos periódicos.

Neste caso, deve ser enviado o evento “R-2099 – Fechamento dos Eventos Periódicos”, com as informações de
fechamento, declarando a não ocorrência de fatos geradores, na primeira competência do ano em que esta
situação ocorrer. Caso a situação sem movimento persista nos anos seguintes, o contribuinte deverá repetir este
procedimento na competência janeiro de cada ano.

No caso da necessidade de informar a ausência de movimento de forma extemporânea, o contribuinte deve enviar
o evento “R-2099 – Fechamento dos Eventos Periódicos”, declarando no campo competência sem movimento
{compSemMovto}, a primeira competência a partir da qual não houve movimento, cuja situação perdura até a
competência atual.

76
EFD-Reinf:

Prazos
A EFD-Reinf será transmitida ao Sped mensalmente até o dia 15 do mês subsequente ao que se refira a
escrituração (IN RFB n° 1.701/2017, artigo 3°).

Penalidades

A não apresentação da Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) no prazo
previsto, ou pela apresentação com incorreções ou omissões, faz com que o contribuinte fique sujeito às seguintes
multas (IN RFB n° 1.701/2017, artigo 2°-A):

a) de 2% ao mês calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos tributos informadas na EFD-Reinf, ainda
que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou de entrega após o prazo, limitada a 20%,
observado a multa mínima; e

b) de R$ 20,00 para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas.

77
EFD-Reinf:

Para aplicação da multa, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para a
entrega da declaração, e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, a data da
lavratura do Auto de Infração ou da Notificação de Lançamento (IN RFB n° 1.701/2017, artigo 2°-A, § 1°):

Multa mínima

A multa mínima a ser aplicada, após os cálculos acima indicados, será de (IN RFB n° 1.701/2017, artigo 2°-A, § 2°):

a) R$ 200,00, no caso de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores; ou

b) R$ 500,00, se o sujeito passivo deixar de apresentar a declaração no prazo fixado ou apresentá-la com
incorreções ou omissões.

78
EFD-Reinf:

Redução da multa

Observado o valor mínimo exigido, as multas serão reduzidas em (IN RFB n° 1.701/2017, artigo 2°-A, § 3°):

a) 50%, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;

b) 25%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.

MEI e Simples Nacional

O MEI e as ME e EPP enquadradas no Simples Nacional, poderão substituir a reduções mencionada anteriormente
(desde que observadas a multa mínima), pelas seguintes reduções (IN RFB n° 1.701/2017, artigo 2°-A, § 4°):

a) 90%, para o microempresário individual (MEI); e


b) 50%, para a ME e EPP enquadradas no Simples Nacional.

79
EFD-Reinf:

Redução da multa decorrente de notificação de lançamento

As multas aplicadas em lançamento de ofício podem ser reduzidas, sendo que estas reduções estão vinculadas ao
prazo de negociação do sujeito passivo em relação ao vencimento da notificação. Assim, a redução da multa será:

a) de 50% se o pagamento ou a compensação do débito for feito em até 30 dias da notificação do lançamento;

b) de 40% para pedidos de parcelamento formalizados em até 30 dias da notificação do lançamento (Lei n°
8.218/91, artigo 6°).

80
EFD-Reinf:

Multa vencida

Após o vencimento da notificação a multa perde as reduções de 50% ou 40% previstas no artigo 6° da Lei n°
8.218/91.

O pagamento de multa fora do prazo é sujeito à incidência de juros de mora, calculados à taxa Selic acumulada
mensalmente a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do vencimento do prazo até o mês anterior ao do
pagamento, e de 1% no mês do pagamento (CTN, artigo 161; Lei n° 9.430/96, artigo 61, § 3°).

b) 25%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.

81
EFD-Reinf:

Crime Tributário

Será considerado crime contra a ordem tributária prevista no artigo 2° da Lei n° 8.137/90, caso as pessoas jurídicas
e as equiparadas omitam informações ou apresentem informações falsas, sem prejuízo da cobrança das referidas
penalidades.

Neste caso, a Secretaria da Receita Federal pode determinar regime especial para cumprimento de obrigações,
conforme artigo 33 da Lei n° 9.430/96.

82
PER/DECOMP
O Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação, representado pela sigla
PER/DCOMP, é o meio disponibilizado pela Receita Federal do Brasil com o objetivo de facilitar e simplificar o
acesso do contribuinte (seja pessoa física ou jurídica) à restituição ou a compensação de quantias recolhidas a
maior, a título de tributo ou contribuição administrados pela RFB.
É por meio do PER/DCOMP, o contribuinte poderá reaver os respectivos valores de créditos em espécie, via conta
bancária, ou compensá-los com débitos que sejam também administrados pela RFB

83
PER/DECOMP:

Restituição e Ressarcimento

O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição de tributo ou contribuição pagos indevidamente ou
em valor maior que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei
posteriormente declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação declaratória ou em recurso
extraordinário, extingue-se após o transcurso de cinco anos, contados da data da extinção do crédito tributário
(Código Tributário Nacional - Lei n° 5.172/66, artigos 165 e 168; Ato Declaratório SRF n° 96/99).

84
PER/DECOMP:

Reembolso

Conforme instruções constantes no portal da Receita Federal, o direito de solicitar o reembolso extingue-se em
cinco anos contados a partir do dia seguinte:

a) do recolhimento ou do pagamento indevido;

b) em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar em julgado a decisão judicial que tenha
reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória;

c) do vencimento da competência em que deixou de ser efetuado o reembolso, mediante dedução;

d) do vencimento para recolhimento da retenção efetuada com base na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação
de serviços.

85
PER/DECOMP:

Compensação

O prazo máximo para o sujeito passivo apresentar a declaração de compensação de tributos administrados pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil é de cinco anos, conforme instruções do portal da RFB.

Poderá ser apresentada declaração de compensação que tenha por objeto crédito apurado ou decorrente de
pagamento efetuado há mais de cinco anos, desde que o referido crédito tenha sido objeto de pedido de
restituição ou de ressarcimento apresentado à RFB antes do transcurso do referido prazo (IN n° 1.717/2017, artigo
68, parágrafo único).

86
PER/DECOMP:

Atualização dos créditos

O crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou reembolso, será restituído,
reembolsado ou compensado com o acréscimo de Selic para títulos federais, acumulados mensalmente, e de juros
equivalentes a 1% em relação ao mês em que a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo ou for considerada
efetuada a compensação de ofício (IN RFB n° 1.717/2017, artigo 142).

Atualização das tabelas dentro do Programa PER/DCOMP

O programa PER/DCOMP deve ser atualizado periodicamente (mensalmente) para o aperfeiçoamento de suas
funcionalidades e para a correção de seus índices (tabelas).

Para verificar qual a versão do programa e das tabelas instaladas no computador, deve ser acessado o item "Ajuda"
do programa e selecione a opção "Sobre o PER/DCOMP". Deverão ser comparadas as versões que aparecem nesta
tela com as existentes para Download.

87
PER/DECOMP:

PER/DCOMP Web

O PER/DCOMP Web é uma ferramenta disponível no Portal e-CAC que permite aos contribuintes realizarem o
pedido de restituição e a declaração de compensação de:

a) Pagamento Indevido ou a Maior por PF e PJ (inclusive quotas do IRPF); e Contribuição Previdenciária Indevida ou
a Maior por PJ.

b) Retificação de Documentos

c) Pedido de Cancelamento

88
PER/DECOMP:

Recursos disponíveis

a) Interface gráfica mais amigável;

b) Recuperação automática de informações constantes na base de dados da Secretaria da Receita Federal do Brasil;

c) Consulta aos rascunhos e aos documentos transmitidos em qualquer computador com acesso à internet;

d) Impressão em PDF da segunda via do PER/DCOMP e do recibo de transmissão;

e) Facilidade na retificação e no cancelamento a partir da consulta dos documentos transmitidos;

f) Dispensa da instalação e da atualização das tabelas do programa no computador do usuário.

89
90
Antes do SPED Após o Sped

Conferência Manual Auditoria Eletrônica

Ver o Presente e
Auditar o Passado
projetar o Futuro

Repressiva Preventiva

Isolada Integrada

91
Antes do SPED Após o Sped

Por Amostragem Todas as Operações

Fiscalização presencial Fiscalização a distância

Provas físicas Provas eletrônicas

Generalista Especialista

92
CRUZAMENTOS
DCTF X DARF

93
DCTF X DARF
Pagamento normal

94
DCTF X DARF
Pagamento a maior

95
DCTF X DARF
Pagamento a maior

96
DCTF X DARF
Pagamento a maior

97
CRUZAMENTOS
Cofins

98
EFD Contribuições X ECD
Cofins

99
EFD Contribuições X ECD
Cofins

100
DCTF X EFD-Contribuições
Cofins

101
CRUZAMENTOS
ESTIMATIVA

102
DCTF X ECF
Estimativa

103
DCTF X ECD
Estimativa

104
ECF X ECD
Estimativa

105
DARF X DIRF

106
DIRF X EFD-Contribuições

107
DIRF X ECF

108
CRUZAMENTO INTEGRAL

109
Dados da empresa

mês base IRPJ Adic. total


jan/16 0,00
fev/16 0,00
mar/16 0,00
abr/16 0,00
mai/16 0,00
jun/16 0,00
jul/16 0,00
ago/16 0,00
set/16 0,00
out/16 0,00
nov/16 300.000,00 45.000,00 8.000,00 53.000,00
dez/16 300.000,00 45.000,00 6.000,00 51.000,00

Retenção de R$ 1.500,00 em 12/2016

110
DARF X DCTF
Estimativa 11/2016

111
ECF X DCTF
Estimativa 11/2016

112
ECF
Apuração 12/2016

113
ECF X ECD
Saldo Negativo

114
ECF X PER/DCOMP
Saldo Negativo

115
ECD X PER/DCOMP
Saldo Negativo

116
ECF Retenção

117
EFD-Reinf

EFD-Reinf
Retenções de tributos
na fonte sobre serviços
contratados.

EFD
DCTF ECF PER/Dcomp ECD
Contribuições
 Débitos  Retenção fonte  Retenção fonte  Compensação  Registros

 IRRF  IRRF  CSRF*  Débitos Contábeis

 CSRF  CSRF* * PIS  Créditos

 CPRB *CSLL *COFINS

118

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