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22/11/2021

Contabilidade Fiscal

Marcia Ramos
2021
1

Linha do Tempo
Lei 6.404 Lei 9.249 Lei 9.532 PL 3.741 MP 2.158
Dedutibilidade de Tratamento Altera a Lei Lucros
Dispõe sobre as
Despesas, Cálculo Fiscal do Ágio 6.404/76 Auferidos no
S/A
do JCP e Dividendos Exterior

1976 1977 1995 1996 1997 1998 2000 2001

Lei 9.430
Apuração do Lucro
Decreto-Lei 1.598 Real, Presumido e Lei 9.718
Altera a legislação do Arbitrado e da Regime
IR em atendimento à CSLL, Tributação Cumulativo
Lei 6.404/76 Universal da Renda PIS/COFINS

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Linha do Tempo
Lei 10.637 Lei 10.833 Lei 11.941 Parecer PGFN 202 Aprovação do PLC
Regime não Regime não Altera a Lei Isenta do IR Lucros e Conversão da MP
cumulativo cumulativo 11.638 e Dividendos calculados 627 na Lei 12.973
do PIS da COFINS Institui o RTT com base no PL Fiscal

2009
2002 2003 2004 2007 2009 2014 2017
2013

IN SRF 213
Lei 11.638 IN RFB 1.469 e
Lucros IN RFB 1.397
1.484/14.
Auferidos no Aprova o PL Institui a EFD-IRPJ
3.741/00 Opção na DTCF
Exterior Balanço Fiscal
instituindo os para cálculo do
Lei 10.865 novos padrões JCP, EQP, Lucros e IN RFB 1.492 e
PIS/COFINS contábeis Dividendos 1.515/14
Importação Normas
IN RFB 949/09
IN RFB 1.422
Normatiza o
RTT e Institui o Normatiza a ECF IN RFB
FCONT Extingue o 1.700/17
3 FCONT Normas

Contabilidade Societária

Empresas de
Grande Porte

CPC PME
CVM Pequenas e Médias
Empresas
BACEN SUSEP

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Contabilidade Societária x Fiscal


Receita Bruta até R$ 300MM Receita Bruta > 300MM
Ativo Total até R$ 240MM Ativo Total > 240MM
Pequenas e Médias Empresas Sociedades de Grande Porte
Até R$ R$ 360K a Acima de R$ CPC’s 1 a 49
360K R$ 4.800 MM ICPC‘s 1 a 23
4.800MM OCPC’s 1 a 8
ME EPP PME
ITG 1000 CPC PME R1
OTG 1000 Seções 1 a 35
ITG 2002 Entidades sem Finalidade de Lucros
LC 123/06
LC 123/06

Lei 12.973/14 5

Contabilidade Societária x Tributária


Lei 11.638/07 Lei 11.941/09

Altera a LSA Altera a LSA (Contábil)


(Contábil) Institui o RTT (Fiscal)

Comitê de Pronunciamentos Contábeis Comitê de Pronunciamentos Contábeis


• CPC 00: Pron. Conceitual Basico • CPC 09: DVA
• CPC 01 Valor Recuperável Ativos • CPC 10: Pagamento baseado ações
• CPC 02: Conversão de DFs • CPC 11: Contratos de Seguro
• CPC 03: DFC • CPC 12: Ajuste a Valor Presente
• CPC 04: Intangíveis • CPC 13: Adoção Inicial 11.638/07
• CPC 05: Partes Relacionadas • CPC 14: Instrumentos Financeiros
• CPC 06: Arrendamento Mercantil • CPC 15: Combinação de Negócios
• CPC 07: Subvenção e Assistência • CPC 16: Estoques
• CPC 08: Prêmio Emissão Títulos

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Contabilidade Societária x Fiscal


Lei 11.941/09

Altera a LSA (Contábil)


Institui o RTT (Fiscal)

Comitê de Pronunciamentos Contábeis Comitê de Pronunciamentos Contábeis


• CPC 17: Contratos de Construção • CPC 26: Apresentação das DF’s
• CPC 18: Investimento em • CPC 27: Ativo Imobilizado
Coligada/Controlada • CPC 28: Propriedades para Investimento
• CPC 19: Negócios em Conjunto • CPC 29: Ativo Biológico e Produto
• CPC 20: Custos de Empréstimos Agrícola
• CPC 21: Demonstração Intermediária • CPC 30: Receitas
• CPC 22: Informações por Segmentos • CPC 31: Ativo Não Circulante Mantido
• CPC 23: Políticas Contábeis, Mudança de para Venda e Operação Descontinuada
Estimativa e Retificação de Erros • CPC 32: Tributos sobre o Lucro
• CPC 24: Evento Subsequente • CPC 33: Benefícios a Empregados
• CPC 25: Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes 7

Contabilidade Societária x Fiscal

Lei 11.941/09

Altera a LSA (Contábil)


Institui o RTT (Fiscal)

Comitê de Pronunciamentos Contábeis Comitê de Pronunciamentos Contábeis


• CPC 35: Demonstrações Separadas • CPC 49: Contabilização e Relatório
• CPC 36: Demonstrações Consolidadas Contábil de Planos de Benefícios de
• CPC 37: Adoção Inicial das Normas Aposentadoria
• CPC 38: Instrumentos Financeiros • CPC PME
• CPC 39: Apres. Instrumentos Financeiros
• CPC 40: Div. Instrumentos Financeiros
• CPC 43: Adoção Inicial dos CPCs 15 a 40
• CPC 46: Mensuração a Valor Justo
• CPC 47: Receitas
• CPC 48: Instrumentos Financeiros

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Contabilidade Societária x Fiscal

Lei 11.941/09

Altera a LSA (Contábil)


Institui o RTT (Fiscal)

Comitê de Pronunciamentos Contábeis Comitê de Pronunciamentos Contábeis


• ICPC 01: Contratos de Concessão • ICPC 11: Recectº em Transf. Ativos de
• ICPC 02: :Contratos de Contrução Clientes
Imobiliária • ICPC 12: Mudanças em Passivos por
• ICPC 03 : Arrendamento Mercantil Desativação
• ICPC 04 : Pagamento Baseado em Ações • ICPC 13: Direitos a Participações
• ICPC 06: Hedge em Investimento • ICPC 14 Entidades Cooperativas
• ICPC 07: Distribuição de Lucros in Natura • .ICPC 15: Passivos Decorrentes de um
• ICPC 08 : Proposta de Dividendos Mercado Específico
• ICPC 09 : Demonstrações Separadas • ICPC 16: Extinção de Passivos Financeiros
• ICPC 10 : Ativo Imobilizado e Propr. com Instrumentos Patrimoniais.
Investº • ICPC 17: Contratos de Concessão –
Evidenciação 9

Contabilidade Societária x Fiscal


Lei 11.941/09) Lei 12.973/14

Altera a LSA (Contábil) Extingue o RTT


Institui o RTT (Fiscal) Tratamento Tributário
para os CPC’s
Comitê de Pronunciamentos Contábeis Comitê de Pronunciamentos Contábeis
• ICPC 18: Custos de Remoção de Estéril • ICPC 22 - Incerteza sobre Tratamento de
(Stripping) de Mina de Superfície na Fase de Tributos sobre o Lucro
Produção • ICPC 23 - Aplicação da Abordagem de
• ICPC 19: Tributos Atualização Monetária Prevista no CPC 42
• ICPC 20: Limite de Ativo de Benefício
Definido, Requisitos de Custeio (Funding)
Mínimo e sua Interação
• ICPC 21: Transação em Moeda Estrangeira
e Adiantamento

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Contabilidade Societária x Fiscal


Lei 11.941/09) Lei 12.973/14

Altera a LSA (Contábil) Extingue o RTT


Institui o RTT (Fiscal) Tratamento Tributário
para os CPC’s
Comitê de Pronunciamentos Contábeis
• OCPC 01: Ent. Incorporação Imobiliária
• OCPC 02: Esclarecimentos sobre as
Demonstrações Financeiras de 2008
• OCPC 03: Instrumentos Financeiros
• OCPC 04: Ent.de Incorporação Imobiliária
• OCPC 05: Contratos de Concessão
• OCPC 06: Demonstrações Financeiras Pro-
forma
• OCPC 07: Relatórios Propósito Geral
• OCPC 08: Relatórios de Distribuidoras de
Energia Elétrica
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Contabilidade Societária
O que mudou?

o Alteração da estrutura do Balanço Patrimonial e da Demonstração do


Resultado do Exercício.

o Substituição da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos


(DOAR) pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).

o Instituição da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) para as


Companhias Abertas.

o Requisitos mínimos para Notas explicativas e normas para


Consolidação de DF’s

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Estrutura do Balanço Patrimonial

o Classificação do Ativo e do Passivo em “Circulante” e “Não Circulante”.

o Restrição ao longo do exercício de 2008 e extinção, na data de 5/12/08,


do subgrupo “Ativo Diferido”.

o Criação do subgrupo “Intangível” no grupo do Ativo Não Circulante.

o Patrimônio Líquido: criação da conta “Ajustes de Avaliação Patrimonial”;


destinação integral dos lucros; extinção da Reserva de Reavaliação
(proibição de reavaliação de ativos).

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ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
• Disponibilidades
• Obrigações
• Direitos (Realizáveis no curso do ES)
• Financiamentos (Vencíveis até o ES)
• Estoques
• Outras Contas a Pagar
• Aplicações em Despesas Antecipadas

NÃO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
• Obrigações
• Direitos (Realizáveis após o ES)
• Financiamentos (Vencíveis após o ES)
• Créditos com Pessoas Ligadas

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
• Capital Social
• Participações Permanentes em outras
• Reservas de Capital
Sociedades
• Ajustes de Avaliação Patrimonial
• Direitos de qualquer natureza não
classificáveis no AC nem destinados a • Reserva de Lucros
manutenção da atividade da empresa • Ações em Tesouraria
• Prejuízos Acumulados
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL 14
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Lucros Acumulados - Destinação


RESOLUÇÃO CFC nº. 1.157/09
Itens 115 e 116:
A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se
unicamente às Sociedades por Ações, e não às demais, e para os
balanços do exercício social terminado a partir de 31/12/2008. Essa
conta continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser
feito para receber o resultado do exercício, as reversões de
determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para
distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para
reservas de lucros.

RESOLUÇÃO CFC 1.159/09


Item 50:
Os itens 42 e 43 da NBC T 19.18 e os itens 115 e 116 da Resolução CFC
1.157/09 tratam dos lucros acumulados, sendo permitida a existência
de saldo positivo para todas as entidades, exceto às Sociedades por
Ações. 15

Demonstração do Resultado do Exercício

o Extinção da classificação das Receitas e Despesas em Operacionais e


Não Operacionais.

o A receita deve incluir somente os ingressos brutos de benefícios


econômicos recebidos e a receber pela entidade quando originários de
suas próprias atividades.

o A conciliação entre os valores registrados para finalidades fiscais e a


receita deverá ser evidenciada em Nota Explicativa.

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Demonstração do Resultado
RECEITA BRUTA
(-) DEDUÇÕES
Notas
RECEITA LÍQUIDA Explicativas
(-) Custos do Período
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas Operacionais
(=) LUCRO OPERACIONAL
(+/-) Outras Receitas / Outras Despesas
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IR/CSLL
(-) Provisão para o IR/CSLL e Participação nos Lucros
(=) LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO

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Contabilidade Societária x Fiscal


O que mudou?

o Novos critérios para avaliação de ativos e passivos, com a criação dos


conceitos: “Valor Presente” , “Valor Justo” e “Perda no Valor
Recuperável de Ativos”.

o Subvenção para investimento e prêmio na emissão de debêntures


reconhecidas no resultado do exercício.

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Avaliação de Ativos e Passivos

o Aplicações e Instrumentos Financeiros serão ajustados a valor justo,


quando se referirem a aplicações destinadas à negociação ou
disponíveis para venda; e ao valor do custo de aquisição ou de
emissão (ajustado ao valor provável de realização, quando inferior),
nos demais casos.

o Ativos e passivos não circulantes serão ajustados a valor presente,


sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

o Registro a valor justo na Restruturação societária realizada entre


partes independents e com controle.

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Valor Presente x Valor Justo

o Valor Presente: valor obtido através de fluxo de caixa descontado.

o Valor Justo: valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um


passivo liquidado ou transferido, ou valor de mercado.

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O que mudou com o Novo Padrão Contábil


Até 2007 2008 – 2014* 2015
Lucro Contábil Lucro Contábil
Lucro Contábil (Padrão IFRS) (Padrão IFRS)
ECD

Ajustes Fiscais Ajustes RTT Lucro Tributável


LALUR LALUR / FCONT ECF

Ajustes Fiscais
Lucro Tributável LALUR

Lucro Tributável

(*) Adoção antecipada 21

A Era “Pós RTT”

o Individualização dos ajustes ao Lucro Líquido por natureza na ECF.

o Controle de eventos através de sub-contas, como condição de neutralidade


tributária e rastreabilidade pelo Fisco.

o Volumetria e consistência dos saldos históricos da Parte B do e-LALUR e e-


LACS.

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Controle por Sub-Contas

o Diferenças na Adoção Inicial

o Ajuste a Valor Justo de Ativos e Passivos

o Ajuste a Valor Presente de Passivos

o Ágio por Rentabilidade Futura

o Investimentos no Exterior

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Conceito de Receita Bruta

o Produto da venda de bens nas operações de conta própria;

o Preço da prestação de serviços em geral;

o Resultado auferido nas operações de conta alheia; e

o Receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não


compreendidas nos itens anteriores.

Incluem-se os tributos incidentes e os valores decorrentes dos Ajustes


a Valor Presente (AVP), exceto o valor dos tributos não cumulativos,
cobrados, destacadamente, do comprador ou do contratante dos quais
o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja um mero
depositário.

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Conceito de Receita Líquida

A receita líquida será a receita bruta diminuída de:

o devoluções e vendas canceladas;

o descontos concedidos incondicionalmente;

o tributos incidentes; e

o valores decorrentes do ajuste a valor presente das operações


vinculadas à receita bruta.

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Composição da Receita

Faturamento Operacional Bruto


(-) IPI
(-) ICMS/ST
(=) Receita Operacional Bruta
(-) Devoluções de Vendas
Vendas Canceladas
Descontos Incondicionais Concedidos
Tributos Incidentes
Ajuste a Valor Presente (AVP)
(=) Receita Operacional Líquida

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Lucro Presumido

o Empresas com receita total até 78 milhões e que não estejam


enquadradas nas demais hipóteses de obrigatoriedade do Lucro Real.

o Receitas decorrentes da atividade são tributadas tendo por base


percentuais de presunção.

o Período de apuração trimestral.

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Exclusões
o Vendas canceladas;
o Descontos incondicionais concedidos
o Impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos
quais o vendedor ou prestador é mero depositário.
o Recuperações de créditos que não representem ingressos de novas
receitas
o Lucros e dividendos
o Ganho de equivalência patrimonial

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Base de Cálculo
Atividade IRPJ CSLL
Revenda de combustíveis 1,6% 12%
Comércio e indústria 8% 12%
Serviços de transporte de cargas 8% 12%
Serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico médico, 8% 12%
desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob
a forma de sociedade empresária e atenda às normas da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, 8% 32%
ampliação ou melhoramento de infraestrutura vinculados a
contrato de concessão de serviço público.

Atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, 8% 12%


incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à
venda, bem como a venda de imóveis construídos ou
adquiridos para revenda.

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Base de Cálculo
Atividade IRPJ CSLL
Construção por empreitada com emprego de todos os 8% 12%
materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais
materiais incorporados à obra.
Serviços de transporte (exceto transporte de carga). 16% 12%
Intermediação de negócios (*) 32% 32%
Administração, locação ou cessão de bens e direitos de 32% 32%
qualquer natureza (*)
Demais Serviços (*) 32% 32%

(*) Aplica-se o percentual de 16% na apuração do IRPJ, para a receita bruta anual de
até R$ 120.000,00.

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Alíquotas IRPJ/CSLL

IRPJ
o 15%
o Adicional de 10% sobre o valor do resultado que exceder a R$ 60.000
por trimestre.

CSLL
o 9%

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Lucro Real

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PJ Obrigada ao Lucro Real


o Receita total no ano-calendário anterior superior a R$ 78MM.

o Instituições financeiras e equiparadas; empresas de seguros,


capitalização, entidades de previdência privada aberta; empresas de
factoring; de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do
agronegócio.

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PJ Obrigada ao Lucro Real

o PJ que tenha auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital


oriundos do exterior

o PJ que usufrua de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do


imposto.

o PJ que, no decorrer do ano-calendário, tenha efetuado pagamento


mensal pelo regime de estimativa (antecipação).

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Lucro Real

o PJ obrigada

o PJ optante

Atenção:
Os códigos de recolhimento são diferentes.

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Códigos de Recolhimento

Forma de apuração IRPJ CSLL


Obrigadas ao Lucro Real (Anual) – Estimativa mensal 2362 2484
Optantes pelo Lucro Real (Anual) – Estimativa mensal 5993 2484
Obrigadas ao Lucro Real (Trimestral) 0220 6012
Optantes pelo Lucro Real (Trimestral) 3373 6012
Obrigadas ao Lucro Real (Anual) – Ajuste Anual 2430 6773
Optantes pelo Lucro Real (Anual) – Ajuste Anual 2456 6773

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Períodos de Apuração

o Lucro Real Trimestral: 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31


de dezembro.

o Lucro Real Anual: no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário,


sendo obrigatória a antecipação com base na receita bruta mensal,
exceto de o contribuinte suspender ou reduzir o valor do imposto
através de Balanço/Balancete levantado para este fim.

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Situações Especiais

o Na data da extinção da pessoa jurídica (destinação total do acervo


líquido).

o Na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da


pessoa jurídica.

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Receita Bruta – Regime de Estimativa

o Aplica o novo conceito de receita bruta para cálculo do imposto de


renda e da CSLL pelo regime de estimativa, permanecendo com as
deduções anteriormente aplicáveis (devoluções, vendas canceladas e
descontos incondicionais concedidos).

o Não integrarão a base de cálculo do imposto por estimativa os ganhos


decorrentes de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo,
no momento em que forem apurados.

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Demonstração do Lucro Real


E-LALUR e E-LACS

o PARTE A: registro dos lançamentos de Ajustes (adições e exclusões) ao


Resultado Contábil e a Demonstração do Lucro Real.

o PARTE B: controle dos valores dos ajustes que influenciarão o Lucro


Real de períodos de apuração futuros (adições e exclusões temporárias
e saldos de prejuízos fiscais) e os valores excedentes de deduções do
imposto.

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Demonstração do Lucro Real

LUCRO OU PREJUÍZO ANTES DO IRPJ/CSLL


(+) ADIÇÕES
(-) EXCLUSÕES
(=) LUCRO REAL ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PF/BN
(-) COMPENSAÇÃO PF/BN
(=) LUCRO REAL APÓS COMPENSAÇÃO DE PF/BN
(=) IRPJ/CSLL DEVIDOS
(-) DEDUÇÕES / COMPENSAÇÕES
(-) IRPJ/CSLL A PAGAR
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Adições e Exclusões

o As adições compreendem as despesas que, em virtude de sua natureza


e/ou destinação, não são dedutíveis perante a legislação tributária.

o Uma despesa é dedutível quando é incorrida; necessária e/ou útil para a


manutenção da atividade da pessoa jurídica; e devida e adequadamente
comprovada.

o Exclusões compreendem receitas que, em virtude de sua natureza e/ou


destinação, não são tributáveis perante a legislação tributária.

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Despesas Não Dedutíveis


Exemplos
o Despesas com Brindes.

o Provisões, exceto 13º salário, férias, e provisões técnicas das


companhias de seguros.

o Despesas com aluguel, manutenção e depreciação de bens móveis e


imóveis que não estejam intrinsecamente relacionados com a atividade
exercida pela empresa.

o Doações e patrocínios, exceto as que veremos mais adiante.

o Benefícios pagos em favor de dirigentes, exceto se enquadrados como


remuneração indireta.

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Juros sobre Capital Próprio


Regra de Dedutibilidade
o Cálculo com mediante à aplicação da TJLP (pro rata no período)
sobre as contas do PL

o O valor do JCP não poderá exceder:

1) 50% do lucro líquido do exercício, antes da dedução dos juros,


caso estejam contabilizados em despesa, ou

2) 50% do somatório dos lucros acumulados e reservas de lucros.

O lucro líquido do exercício deve ser


apurado após a dedução da CSLL e
antes da dedução do IRPJ.
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Juros sobre Capital Próprio

o O Patrimônio Líquido a ser considerado no cálculo segundo os


métodos e critérios contábeis vigentes em 31/12/07 (PL Fiscal),
composto pelas contas de capital social, reservas de capital,
reservas de lucros, ações em tesouraria, lucros e prejuízos
acumulados, sem os efeitos dos CPC’s.

o Alternativamente, a pessoa jurídica poderá considerar as contas do


patrimônio líquido mensurado de acordo com as disposições da Lei
nº 6.404/76, na redação dada pela Lei 11.638/07 (PL Societário),
composto pelas contas de capital social, reservas de capital,
reservas de lucros, ações em tesouraria, prejuízos acumulados, com
os efeitos dos CPC’s.

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Juros sobre Capital Próprio


Regra de Transição

Período Situação PL
2008 a 2013 - Societário
2014 Optante Societário
2014 Não Optante Fiscal ou
Societário
2015 Todos Societário

Não deve ser considerado no PL o saldo das contas de


Ajustes de Avaliação Patrimonial e Lucros Acumulados.

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Equivalência Patrimonial
o Em cada balanço, o contribuinte avaliará o investimento pelo valor de
patrimônio líquido da coligada ou controlada, determinado conforme
métodos e critérios contábeis vigentes em 31/12/07 (PL Fiscal).

o No caso de investimento em empresa domiciliada no exterior ou


tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, a empresa
investidora deverá fazer no balanço ou balancete da coligada ou
controlada os ajustes necessários para eliminar as diferenças
relevantes decorrentes da diversidade de critérios contábeis.

o Alternativamente, a pessoa jurídica poderá avaliar o investimento


pelo valor de patrimônio líquido da coligada ou controlada
determinado de acordo com as disposições da Lei nº 6.404/76, com
as alterações da Lei 11.638/07 (PL societário).

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Equivalência Patrimonial
Regra de Transição

Período Investidora Investida PL


2008 a 2013 - - Societário
2014 Optante - Societário
2014 Não Optante Societário
Optante
2014 Não Optante Não Optante Fiscal ou Societário
2015 Todos Todos Societário

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Lucros ou Dividendos

Os lucros ou dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas


tributadas com base no lucro real não integrarão a base de cálculo:

o do Imposto sobre a Renda e da CSLL da pessoa jurídica


beneficiária; e

o do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física beneficiária.

Os lucros ou dividendos a serem considerados para fins do


tratamento previsto no caput são os obtidos com observância dos
métodos e critérios contábeis vigentes em 31/12/07.

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Lucros ou Dividendos
Tributação da Parcela Excedente

o PF residente no País: incidência do IRRF com base na Tabela


Progressiva Mensal, integrando a base de cálculo do Imposto sobre
a Renda na Declaração de Ajuste Anual do ano-calendário do
recebimento.

o PJ domiciliada no País: deverá ser computada na base de cálculo


do IRPJ e da CSLL.

o PF ou PJ residente/domiciliada no exterior: incidência do IRRF


pela alíquota de 15%, ou 25% quando situadas em Paraíso Fiscal
(IN SRF 1.037/10).

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Lucros e Dividendos
Tratamento Tributário

Período Situação Resultado


2008 a 2013 - Societário
A partir de 2014 Todos Fiscal

Lucro Contábil 100.000,00


(-) Ajustes do RTT 10.000,00
Resultado (=) Lucro após Ajustes do RTT 90.000,00
Fiscal (+) Adições 10.000,00
(-) Exclusões 5.000,00
(=) Lucro Real 95.000,00

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Perda no Valor Recuperável de Ativos


CPC 01 / PME Seção 27

Se o valor recuperável O teste precisa ser feito


do ativo for menor que o anualmente, exceto para
valor contábil, a a PME, que o fará
diferença existente entre somente se houver
esses valores deve ser evidência de perda no
ajusta da pela valor recuperável de
constituição de provisão ativos
para perdas, em
contrapartida ao
resultado do período.
22/11/2021

Perda no Valor Recuperável de Ativos


CPC 01 / PME Seção 27

Os valores reconhecidos como perda no valor recuperável de


ativos (impairment) somente poderão ser reconhecidos para
fins tributários quando ocorrer a alienação ou baixa do bem
correspondente.

o Constituição da Provisão = Adição


o Reversão, Alienação ou Baixa = Exclusão

53

Moeda Funcional
CPC 02 / PME Seção 30
o É a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade
opera. O ambiente econômico principal no qual uma entidade
opera é normalmente aquele em que a entidade gera e gasta
caixa.

o Uma entidade deve considerar os seguintes fatores para


determinar a sua moeda funcional: influência nos preços de venda
dos bens e serviços, e de onde provém mão-de-obra, material e
outros custos do fornecimento de bens e serviços.

o As variações cambiais em decorrência de moeda funcional


diferente do Real, devem ser registradas em conta específica do
Patrimônio Líquido (Ajustes Acumulados de Conversão), para
serem reconhecidas, como receita ou despesa, apenas quando da
venda ou baixa do ativo ou passivo.

54
22/11/2021

Moeda Funcional
Tratamento Tributário

o O contribuinte deverá, para fins tributários, reconhecer e mensurar


os seus ativos, passivos, receitas, custos, despesas, ganhos, perdas e
rendimentos com base na moeda nacional.

o Na hipótese do contribuinte adotar, para fins societários, moeda


diferente da moeda nacional, deverá elaborar, para fins tributários,
escrituração contábil com base na moeda nacional, a qual será
transmitida ao SPED.

o Os ajustes de adição, exclusão ou compensação para fins de


apuração do Lucro Real e base de cálculo da CSLL deverão ser
realizados com base nos valores reconhecidos e mensurados na
moeda nacional.

55

Ativo Intangível
CPC 04 / PME Seção 18
o São bens incorpóreos avaliados pelo custo incorrido na aquisição
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização, feita em
função do prazo legal ou contratual de uso dos direitos ou em razão
da sua vida útil econômica, deles o que for menor.

o Enquadram-se nesse conceito os gastos incorridos na fase de


desenvolvimento, quando for comprovada a viabilidade técnica e
econômica do projeto, e que o ativo gerará benefícios econômicos
futuros, exceto para a PME. Os gastos com pesquisa devem ser
registrados como despesa do exercício conforme incorridos.

o Os custos com desenvolvimento de ativos (por ex. desenvolvimento


de sistemas) devem ser capitalizados e amortizados quando foram
satisfeitos os critérios específicos e comprovada a viabilidade do
projeto e benefícios futuros para a entidade.

56
22/11/2021

Ativo Intangível
Tratamento Tributário

o É permitida a dedutibilidade da amortização de direitos classificados


no ativo intangível, desde que intrinsecamente relacionados com a
atividade exercida pela PJ.

o Poderão ser excluídos, para fins de apuração do Lucro Real, os gastos


com desenvolvimento de inovação tecnológica de empresas
amparadas pelos benefícios da Lei 11.196/05, quando registrados no
ativo intangível, no período de apuração em que forem incorridos. O
contribuinte que utilizar este benefício deverá adicionar ao lucro
líquido, para fins de apuração do Lucro Real, o valor da realização do
ativo intangível, inclusive por amortização, alienação ou baixa.

57

Despesas Pré-operacionais ou Pré-industriais

o Na redação original do item V do artigo 179 da Lei 6.404/76, eram


registrados no grupo Ativo Diferido os gastos pré-operacionais
decorrentes de aplicação de recursos em despesas que contribuiriam
para a formação de mais de um exercício social.

o Com a extinção do grupo pela Lei 11.941/09, tais gastos passaram a


ser contabilizados no Ativo Intangível ou no resultado conforme o
caso.

58
58 Confidencial. Apenas para uso interno na DPC
22/11/2021

Despesas Pré-Operacionais ou Pré-Industriais

FASE PRÉ-OPERACIONAL
Adição das despesas incorridas e controle a Parte B Ativo
Diferido

ÍNÍCIO DAS ATIVIDADES


Exclusão 1/60 do saldo controlado na Parte B

Ativo Intangível

59

Arrendamento Mercantil
Tratamento Contábil
Financeiro Operacional
Os bens adquiridos são Os valores das contraprestações
reconhecidos no ativo imobilizado pagas são reconhecidos diretamente
do arrendatário desde a no resultado do arrendatário, como
formalização do contrato despesas

CPC 06

60
22/11/2021

Arrendamentos
CPC 06 (R2)

o Extingue o modelo duplo de reconhecimento passando para um


modelo único, similar ao leasing financeiro.

o Uso do novo modelo em todos os contratos de locação ou


arrendamento, cujo objeto sejam imóveis e/ou outros ativos
enquadrados no escopo da norma, utilizados na realização de seu
objeto social.

o Reconhecimento dos ativos e respectivas depreciações, bem como


dos passivos e as respectivas despesas financeiras oriundas da
operação financeira.

61

Indicadores de Controle

(i) direito de obter substancialmente todos os benefícios


econômicos advindos do uso do ativo identificado e

(ii) direito de direcionar o uso do ativo identificado.

62
22/11/2021

Inaplicabilidade

o Ativos de direitos de uso, em um leasing ou sub leasing, quando


voltados a explorar recursos minerais, óleo e gás e recursos não
regenerativos similares;

o Ativos biológicos, tratados na IAS 41;

o Serviços de concessão, tratados na IFRIC 12;

o Licenças para uso de propriedade intelectual, tratados na IFRS 15 e


acordos de licenciamento que alcancem intangíveis tratados na IAS 38,
em geral ligados à indústria cinematográfica e artística.

63

Inaplicabilidade

(i) contratos de leasing de curto prazo contrato menor ou igual a 12


meses), não sendo assim considerados os contratos com opção de
compra;

(ii) contratos de leasing de baixo valor, quando o ativo subjacente for


novo, (US$5 mil, extraído da seção “Bases para a Conclusão” do IAS
120, no §BC100). Conceito de “valor estratégico”.

(iii) Julgamento de materialidade (informação extraída da seção “Bases


para a Conclusão” do IAS 120, §§BC84-BC86).

64
22/11/2021

Arrendamento Mercantil
Tratamento Tributário

o A aquisição de bens pelo arrendatário de bens em desacordo


com a Lei 6.099/74, nas operações em que seja obrigatória a sua
observância, será considerada operação de compra e venda à
prestação.

o O preço de compra e venda será o total das contraprestações


pagas durante a vigência do arrendamento, acrescida da parcela
paga a título de aquisição (valor residual).

o Nesta hipótese, as importâncias já deduzidas, como custo ou


despesa operacional serão glosadas.

65

Arrendamentos
Tratamento Tributário

Natureza Lucro Real


Depreciação Adição
Despesa Financeira Adição
Contraprestação Exclusão

66
22/11/2021

Subvenção para Investimento


CPC 07 / PME Seção 24
o Subvenções para investimento são recursos governamentais
transferidos para as empresas sob a forma de incentivos financeiros
ou fiscais para fomentar a construção de fábricas, ampliação de
instalações, instalação de projetos relevantes, com a finalidade de
criação de emprego, e desenvolvimento de regiões ou setores da
atividade econômica.

o Pela norma contábil, a subvenção governamental deve ser


reconhecida como receita, ao longo do período, confrontada com as
despesas que se pretende compensar, em base sistemática, desde
que atendidas as condições do Pronunciamento.

67

Subvenção para Investimento


CPC 07 / PME Seção 24

o Isenções ou reduções de tributos que tenham a característica ou a


tipificação legal de incentivos fiscais (como o caso das aplicações em
áreas incentivadas) devem ser reconhecidas como subvenções
governamentais no resultado das entidades, atendidos os requisitos
estabelecidos, e não mais no patrimônio líquido. Portanto, estas
devem ser registradas pelo valor bruto do tributo como se devido
fosse, em contrapartida à receita de subvenção equivalente.

o Opcionalmente, de acordo com o artigo 195-A da Lei 6.404/76, na


redação dada pela Lei 11.638/07, a assembléia geral poderá, por
proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de
incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou
subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser
excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.

68
22/11/2021

Subvenção para Investimento

Para que não sejam tributadas deve haver destinação para conta de
Reserva de Incentivos Fiscais prevista no artigo 195 A da Lei 6.404/76,
após ter sido registrado no resultado e a partir da conta de Lucros ou
Prejuízos acumulados.
Lei 6.404/76
Reserva de Incentivos Fiscais
Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta
dos órgãos de administração, destinar para a reserva de
incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de
doações ou subvenções governamentais para
investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo
do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202
desta Lei). (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007).

69

Pagamento Baseado em Ações


CPC 10 / Seção 26

o Reconhecimento como despesa com base no valor justo das opções


quando outorgadas a administradores e empregados e distribuídas.

o Para fins tributários, o valor da remuneração dos serviços prestados


por empregados ou similares, efetuada por meio de acordo com
pagamento baseado em ações, deverá ser adicionado ao lucro
líquido para fins de na apuração do Lucro Real e da base de cálculo
da CSLL no período de apuração em que o referido custo ou a
despesa forem apropriados.

o A referida remuneração será dedutível somente depois do


pagamento, quando liquidados em caixa ou outro ativo; ou depois
da transferência da propriedade definitiva das ações ou opções,
quando liquidados com instrumentos patrimoniais.

70
22/11/2021

Ajuste a Valor Presente


CPC 12

Ativos e passivos de O AVP deve ser


longo prazo e, de curto reconhecido em conta
prazo, quando retificadora vinculada ao
relevantes, devem ser respectivo direito ou
avaliados a valor obrigação, sendo baixado
presente, expurgando o em resultado como
efeito inflacionário despesa ou receita
causado pelo prazo de financeira por ocasião da
recebimento ou liquidação do recebível ou
pagamento. do exigível,
respectivamente.

Ajuste a Valor Presente


CPC 12

Ativo
(AVP) s/ Receita Bruta = Adição
Receita Financeira = Exclusão

Passivo
Despesa Financeira = Adição
Depreciação = Exclusão

72
22/11/2021

Combinação de Negócios
CPC 15 / PME Seção 19
o Combinação de negócios é definida como uma operação, ou outro
evento, por meio do qual um adquirente obtém o controle de um ou
mais negócios, independentemente da forma jurídica da operação.

o No caso de incorporação ou fusão de sociedades, em que há a efetiva


mudança de controle, e que a transação não é entre entidades sob
controle comum, a entidade adquirente deve ajustar a posição
patrimonial (balanço patrimonial) da adquirida na data de aquisição
para refletir seus ativos e passivos reconhecidos e mensurados a
valor justo.

o A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos e passivos


é definida como mais ou menos valia, conforme o caso, e o ágio ou
ganho por compra vantajosa (deságio) é calculado sobre o valor justo
menos o valor pago.

73

Combinação de Negócios
CPC 15 / PME Seção 19
o Purchase Price Allocation (PPA) corresponde ao processo de alocação
da diferença entre o valor de aquisição de uma empresa e seu valor
contábil em ativos e passivos identificáveis da companhia adquirida.

o Isso implica na alocação entre ativos intangíveis (como contratos,


marcas, clientes, força de trabalho etc.) e ativos tangíveis (como
terrenos, edificações, equipamentos etc.).

o O valor não alocado remanescente é definido como ágio ou goodwill.

74
22/11/2021

Combinação de Negócios
CPC 15 x PME Seção 19
o No CPC 15 o ágio é contabilizado em subconta do investimento e não
é amortizado (é sujeito a teste de impairment apenas).

o No CPC PME, o ágio é contabilizado no intangível e amortizado pelo


prazo máximo de 10 anos (há teste de impairment somente se
houver evidências de perda do valor recuperável).

75

Partes Dependentes

o O adquirente e o alienante são controlados, direta ou


indiretamente, pela mesma parte ou partes;
o Existir relação de controle entre o adquirente e o alienante;
o O alienante seja sócio, titular, conselheiro ou administrador da
pessoa jurídica adquirente;
o O alienante seja parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou
companheiro das pessoas relacionadas no item anterior; ou
o Em decorrência de outras relações não descritas nos itens
anteriores, que permitam inferir dependência entre as pessoas
jurídicas envolvidas, ainda que de forma indireta.

76
22/11/2021

Ágio na Aquisição de Participações Societárias


Lei 9.532/97 Lei 12.973
Critérios de
I - PL Contábil da I - PL Contábil da Reconhecimento e Alocação
Investida Investida Há critério de ordem (PPA):
• Primeiro aloca-se aos ativos
Ágio ou deságio indicado II- Mais ou Menos identificáveis adquiridos e aos passivos
dentre os seguintes Valia: diferença entre assumidos a valor justo; e
fundamentos econômicos: o valor justo dos • Posteriormente, aloca-se o montante
ativos líquidos da residual ao ágio por rentabilidade futura
(a) Valor de mercado dos (goodwill) ou o ganho por compra
investida e o seu PL.
bens do ativo; vantajosa (deságio).
(b) Valor de Rentabilidade
com base em previsão de Formalidades
resultados futuros da • Devem ser registrados em sub-contas
entidade III- Ágio por rentabilidade distintas
(c) Fundo de Comércio, futura (goodwill): a diferença • Laudo.
intangíveis e outras entre o valor pago pelo
razões econômicas investimento e o valor justo Regra Geral
dos ativos líquidos da • Critério fiscal acompanha o critério
investida. contábil.

77

Ágio na Aquisição de Participações Societárias


Custo de Aquisição
Balanço Patrimonial da investida levantado na data de
I - PL Contábil da aquisição ou até 2 meses, no máximo, antes dessa data.
Investida

II- Mais ou Menos Deverá ser baseado em Laudo elaborado por perito
Valia: diferença independente que deverá ser protocolado na RFB ou cujo
entre o valor justo sumário deverá ser registrado no cartório de títulos e
dos ativos líquidos documentos, até o último dia útil do 13º mês subsequente
da investida e o seu ao da aquisição da participação.
PL.

III- Ágio por Ágio é residual. Não será necessário preparar suporte
rentabilidade futura documentação específico para fins tributários.
(goodwill)

78
22/11/2021

Ágio na Aquisição de Participações Societárias


Amortização após Incorporação, Fusão ou Cisão
Condições Gerais
o Amortização dedutível somente na hipótese do Laudo ter sido
elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado.
II- Mais ou Menos o Amortização não dedutível caso os dados constantes no
Valia: diferença Laudo estiverem incorretos ou não merecerem fé.
o Amortização dedutível somente na hipótese de aquisição
entre o valor justo
entre partes não dependentes.
dos ativos líquidos o Amortização dedutível somente se os valores que compõem a
da investida e o seu mais valia e o ágio puderem ser identificados (contabilizados
PL. em subcontas distintas).

Condições Específicas
o Mais Valia: bem ou direito deve estar intrinsecamente
relacionado com a produção ou comercialização de bens e
III- Ágio por serviços.
rentabilidade futura
o Não será permitida na hipóteses do ágio ter sido apurado em
(goodwill) operação de substituição de ações ou quotas de participação
societária.

79

Ágio na Aquisição de Participações Societárias


Alienação ou Baixa do Investimento

Mais ou Menos Valia de Ativos e Passivos e Ágio por Rentabilidade


Futura
o Serão computados como componentes para determinar o ganho
ou perda de capital na alienação ou liquidação do investimento
avaliado pelo método de equivalência patrimonial, ainda que
tenham sido realizados na escrituração comercial do contribuinte.

Ganho por Compra Vantajosa


o Será computado na apuração do Lucro Real no período de
apuração da alienação ou baixa do investimento.

80
80
22/11/2021

Custo de Empréstimos
CPC 20 / PME Seção 25

Diretamente atribuíveis à Capitalização de encargos


aquisição, construção ou financeiros e variações
produção de um ativo cambiais decorrentes de
qualificável formam empréstimos em moeda
parte do custo de tal estrangeira.
ativo.

Ativos Qualificáveis - Exemplos


• Estoques
• Plantas Industriais para Manufatura
• Usinas Termoelétricas
• Ativos Intangíveis
• Propriedades para Investimentos

Construção de
Longa Duração

82
22/11/2021

Custos de Empréstimos
Tratamento Tributário

PERÍODO DE CONSTRUÇÃO DO ATIVO DE LONGA DURAÇÃO


Exclusão dos juros incorridos

USO E REALIZAÇÃO DO ATIVO


Adição da parcela da depreciação referente aos juros e outros
encargos

83

Custos com Desmobilização


CPC 25 / PME Seção 21

o Uma provisão deve ser contabilizada quando uma obrigação


existente na data do balanço é provável, ou seja, existe mais 50%
de chance do pagamento vir a ocorrer, e quando é possível sua
mensuração. Se for provável, porém não for possível a
mensuração, deve ser feita apenas a divulgação em Notas
Explicativas.

o Passivo contingente é uma obrigação não provável, devendo ser


provisionado; se tiver probabilidade classificada como possível, a
divulgação de nota explicativa é obrigatória; se tiver
probabilidade dada como remota, não há a necessidade de
qualquer provisionamento ou mesmo divulgação em nota
explicativa.

84
22/11/2021

Custos com Desmobilização


Tratamento Tributário

o Os gastos de desmontagem e retirada de item de ativo


imobilizado ou restauração do local em que está situado serão
dedutíveis na apuração do Lucro Real e da base de cálculo da CSLL
quando efetivamente incorridos.

o Caso constitua provisão para gastos de desmontagem e retirada


de item de ativo imobilizado ou restauração do local em que está
situado, a pessoa jurídica deverá proceder ao ajuste no Lucro
Líquido, no período de apuração em que o imobilizado for
realizado, inclusive por depreciação, amortização, exaustão,
alienação ou baixa.

85

Ativo Imobilizado
CPC 27 / PME Seção 17

Norma contábil Norma Fiscal


vida útil refere-se à Vida útil admissível para
expectativa do prazo de fins de dedutibilidade de
geração de benefícios acordo com os prazos
econômicos para a previstos no Anexo I da IN
entidade que detém o SRF 1.700/17, com
controle. exceções.
22/11/2021

Depreciação Contábil < Depreciação Fiscal

ATÉ O CUSTO DE AQUISIÇÃO


(-) Exclusão da diferença na apuração do Lucro Real e base de cálculo
da CSLL

APÓS O CUSTO DE AQUISIÇÃO


(+) Adição da depreciação contábil na apuração do Lucro Real e base de
cálculo da CSLL

87

Ajuste a Valor Justo (AVJ)


CPC 46
o O valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo
ou que seria pago pela transferência de um passivo em condições
de mercado, por partes independentes.

o A legislação contábil estabelece a obrigatoriedade de mensuração a


valor justo de ativos e passivos, como por exemplo, na classificação
de alguns instrumentos financeiros (CPC 48 / PME Seções 11 e 12);
na contabilização de propriedades para investimento (CPC 28 / PME
Seção 16); nos contratos de concessão (ICPC 01); na permuta de
unidades imobiliárias (ICPC 02); e na contabilização de ativos
biológicos (CPC 29 / PME Seção 34).

88
22/11/2021

Ajuste a Valor Justo

Ajustes Positivos
o Ganho computado no Lucro Real pela realização do ativo
(depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa) ou pela
liquidação ou baixa do passivo, exceto se não for evidenciado em
subconta distinta.

Ajustes Negativos
o Perda será dedutível pela realização do ativo (depreciação,
amortização, exaustão, alienação ou baixa) ou pela liquidação ou
baixa do passivo.
o Perda não será dedutível se não for controlado em subconta
específica.

89
89 Confidencial. Apenas para uso interno na DPC

Diferimento da Receita
Mudança no Regime de Tributação

A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido


tributada com base no Lucro Real, deverá adicionar à base de cálculo
do imposto de renda, correspondente ao primeiro período de
apuração no qual houver optado pela tributação com base no Lucro
Presumido ou Arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia
diferido.

90
22/11/2021

Demonstração do Lucro Real

LUCRO OU PREJUÍZO CONTÁBIL DO PERÍODO


(+) ADIÇÕES
(-) EXCLUSÕES
(=) LUCRO REAL ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PF/BN
(-) LIMITE DE 30% DO LUCRO REAL / BC CSLL
(=) LUCRO REAL APÓS COMPENSAÇÃO
Parte B

91

Prejuízos Não Operacionais

o Os prejuízos decorrentes da alienação de bens e direitos do


ativo imobilizado, investimento e intangível, ainda que
reclassificados para o ativo circulante com intenção de venda,
poderão ser compensados somente com lucros de mesma
natureza, observado o limite de 30%.

o A regra não se aplica em relação às perdas decorrentes de baixa


de bens ou direitos em virtude de terem se tornado
imprestáveis, obsoletos ou caído em desuso, ainda que
posteriormente venham a ser alienados como sucata.

92
22/11/2021

Alíquotas IRPJ/CSLL

IRPJ
o 15%
o Adicional de 10% sobre o valor do resultado que exceder a R$
20.000 x nº de meses.

CSLL
o 20% para PJ’s de Seguros Privados, Capitalização e cooperativas de
crédito; 25% para bancos (*).
o 9% para as demais PJ’s.

(*) Lei 14.183/21 – 15% e 20% a partir de 2022


93

Deduções do IRPJ
o IRRF por PJ de direito privado;
o IRRF por órgãos públicos federais, entidades da administração pública
Federal, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
o IRRF sobre os rendimentos de aplicações financeiras;
o Incentivos Fiscais

Deduções da CSLL
o CSRF por órgãos públicos federais, entidades da administração pública
federal, estadual, municipal e do Distrito Federal;
o CSRF por outras pessoas jurídicas sobre receitas computadas na
apuração da base de cálculo.

94
22/11/2021

Incentivos Fiscais
Incentivo Despesa Dedução Limite
Dedutível do IRPJ
Doações a Instituições Sim - Despesa limitada a
Científicas 1,5% do Lucro
Operacional
Doações a Entidades Sim - Despesa limitada a 2%
Civis do Lucro Operacional
Doações a OSCIP Sim - Despesa limitada a 2%
do Lucro Operacional
Doações ao Fundo da Não 100% 1% do valor do IRPJ
Criança e do Adolescente
Desporto Não 100% 1% do valor do IRPJ

Programa Empresa Não 100%


Cidadã

* A utilização conjunta de incentivos é limitada a 4% do IRPJ. 95


95

Incentivos Fiscais
Incentivo Despesa Dedução Limite
Dedutível do IRPJ
Projetos Culturais (artigo 18 Não 100% 4% do valor do IRPJ
da Lei Rouanet)
Projetos Culturais (artigos Sim 40% 4% do valor do IRPJ
25 e 26 da Lei Rouanet) 30%
Obras audiovisuais (projeto Sim 100% 4% do valor do IRPJ
aprovado pela ANCINE)
Obras audiovisuais - 100% 3% do valor do IRPJ
(certificados de
investimento da CVM)
Obras audiovisuais - 100% 3% do valor do IRPJ
(aplicação em quotas no
FUNCINES

* A utilização conjunta de incentivos é limitada a 4% do IRPJ.

96
96
22/11/2021

Contribuições para o PIS e a COFINS


Regime Alíquota Base de cálculo Forma de apuração

Cumulativo PIS 0,65% Receitas auferidas Não há créditos na


(Lucro COFINS 3% em razão do objeto aquisição de
Presumido) social da empresa insumos,
mercadorias e
serviços
Não PIS 1,65% * Total das receitas Há desconto de
Cumulativo COFINS 7,6%* auferidas pela créditos (art. 3º Lei
(Lucro Real, com empresa 10.833/03)
exceções)

A partir de julho de 2015, as alíquotas contribuições incidentes sobre as receitas


financeiras passaram a ser 0,65% e 4%, respectivamente para o PIS e a COFINS,
exceto para as receitas de variação cambial em decorrência de exportações e
obrigações da PJ, bem como nos contratos de hedge, as quais permaneceram a 0%.
As receitas de juros sobre capital próprio são tributadas pelas alíquotas básicas.
97

Exceções ao Regime Não Cumulativo

o Instituições financeiras e equiparadas.


o Empresas de vigilância e transporte de valores.
o Receitas decorrentes de serviços de telecomunicações.
o Receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação
de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de
sons e imagens.
o Receitas decorrentes de transporte coletivo rodoviário, metroviário,
ferroviário, aquaviário, e aeroviário (vôos domésticos e táxi aéreo) de
passageiros.

98
22/11/2021

Exceções ao Regime Não Cumulativo


o Receitas decorrentes de serviços prestados por hospital, pronto-socorro,
clínicas e laboratórios.
o Receitas decorrentes de serviços prestados de educação (infantil,
fundamental, médio e superior)
o Receitas de venda em lojas francas.
o Receitas de serviços de call center, telemarketing e atendimento em geral
o Receitas decorrentes da execução de obras de construção civil
o Receitas decorrentes de serviços de hotelaria e organização de feiras e
eventos.

99

Exceções ao Regime Não Cumulativo


o
o Receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de
viagem e turismo.

o Receitas decorrentes das atividades de desenvolvimento de software


e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso (exceto
importado), bem como de análise, programação, instalação,
configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção
ou atualização de software, inclusive páginas eletrônicas.

100
22/11/2021

Exceções ao Regime Não Cumulativo


o
o Receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada,
de areia para construção civil e de areia de brita.

o Receitas decorrentes de produtos sujeitos ao regime de substituição


tributária.

101

Exclusões da Base de Cálculo

o Vendas canceladas

o Descontos incondicionais concedidos

o IPI

o ICMS

o Receitas em decorrência da adoção de normas contábeis

102
102
22/11/2021

Isenção / Não Incidência

o Exportação de mercadorias para o exterior.

o Serviços prestados a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou


domiciliadas no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas.

103

Regime Não Cumulativo - Créditos

o Bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na


produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda,
adquiridos no mês da apuração.

o Bens adquiridos para revenda, adquiridos no mês de apuração.

o Edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros


utilizados nas atividades da empresa, tendo como base de cálculo os
encargos de depreciação e amortização incorridos no mês.

o Máquinas e equipamentos e outros bens incorporados ao ativo


imobilizado, adquiridos para utilização na produção de bens destinados
à venda, ou na prestação de serviços.

104
22/11/2021

Regime Não Cumulativo - Créditos

o Contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoas


jurídicas, aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a
pessoas jurídicas, utilizados nas atividades da empresa, incorridos no
mês de apuração.

o A energia elétrica e térmica consumidas nos estabelecimentos da


pessoa jurídica.

o Armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos


de bens para revenda ou insumo, quando o ônus for suportado pelo
vendedor.

105

Regime Não Cumulativo - Créditos

o Vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou


uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as
atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e
manutenção.

o Bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na


produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços.

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Créditos - Premissas
o Aquisição de PJ (inclusive SIMPLES Nacional).

o O IPI incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o custo


dos bens, para fins de crédito.

o Os créditos correspondentes a operações para as quais seja permitido o


diferimento das receitas deverão ser apropriados na mesma proporção
em que ocorrer estas forem recebidas.

o É permitido o crédito das contribuições pagas na importação de


produtos (Lei 10.865/04), desde enquadrados nas hipóteses
mencionadas.

107

Aquisição de Bens para Revenda

IN SRF 404/2004 IN RFB 1.911/2019


Art. 8º Do valor apurado na forma do art. 7º, a pessoa Art. 167. Para efeitos de cálculo dos créditos decorrentes
jurídica pode descontar créditos, determinados da aquisição de insumos, bens para revenda ou bens
mediante a aplicação da mesma alíquota, sobre os destinados ao ativo imobilizado, integram o valor de
valores: aquisição :
I - das aquisições efetuadas no mês: I - o seguro e o frete pagos na aquisição, quando
(...) suportados pelo comprador; e
§ 3º Para efeitos do disposto no inciso I, deve ser II - o IPI incidente na aquisição, quando não recuperável.
observado que:
I - o (IPI) incidente na aquisição, quando recuperável, Estoque de Abertura (Art. 183)
não integra o valor do custo dos bens; e
§ 2º Os valores do ICMS e do IPI, quando recuperáveis,
II – o ICMS integra o valor do custo de aquisição de não integram o valor do estoque a ser utilizado como
base de cálculo do crédito a que se refere o caput
bens e serviços.
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Aquisição de Bens Utilizados como Insumos


na Produção de Bens/Serviços

IN SRF 404/2004 IN RFB 1.911/2019


§ 4º Para os efeitos da alínea "b" do inciso I do caput, Art. 172. Para efeitos do disposto nesta Subseção,
entende-se como insumos: consideram-se insumos os bens ou serviços considerados
I - utilizados na fabricação ou produção de bens essenciais ou relevantes, que integram o processo de
destinados à venda: produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de
a) a matéria-prima, o produto intermediário, o prestação de serviços
material de embalagem e quaisquer outros bens que
sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a
perda de propriedades físicas ou químicas, em função
da ação diretamente exercida sobre o produto em
fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo
imobilizado;

Aquisição de Bens Utilizados como Insumos


na Produção de Bens/Serviços

IN SRF 404/2004 IN RFB 1.911/2019


§ 4º Para os efeitos da alínea "b" do inciso I do caput, Conforme Lista Exemplificativa do item 9.2
entende-se como insumos:
I - utilizados na prestação de serviços:
a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de
serviços, desde que não estejam incluídos no ativo
imobilizado; e
b) os serviços prestados por pessoa jurídica
domiciliada no País, aplicados ou consumidos na
prestação do serviço.
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Aquisição de Bens Utilizados como Insumos


na Produção de Bens/Serviços
IN RFB 1.911/2019 – Exemplo do que é considerado como insumo (art. 172)
• bens ou serviços que, mesmo utilizados após a finalização do processo de produção, de fabricação ou de prestação de
serviços, tenham sua utilização decorrente de imposição legal;
• bens ou serviços considerados essenciais ou relevantes, que integram o processo de produção ou fabricação de bens
ou de prestação de serviços e que sejam considerados insumos na produção ou fabricação de bens destinados à venda
ou na prestação de serviços;
• combustíveis e lubrificantes consumidos em máquinas, equipamentos ou veículos responsáveis por qualquer etapa do
processo de produção ou fabricação de bens ou de prestação de serviços;
• serviços de manutenção necessários ao funcionamento de máquinas e equipamentos utilizados no processo de
produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços;
• bens de reposição necessários ao funcionamento de máquinas e equipamentos utilizados no processo de produção ou
fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de serviços;
• serviços de transporte de produtos em elaboração realizados em ou entre estabelecimentos da pessoa jurídica; e
• bens ou serviços especificamente exigidos pela legislação para viabilizar a atividade de produção de bens ou de
prestação de serviços por parte da mão de obra empregada nessas atividades, como no caso dos equipamentos de
proteção individual (EPI).

Aquisição de Bens Utilizados como Insumos


na Produção de Bens/Serviços
IN RFB 1.911/2019 – Exemplo do que não é considerado como insumo (art. 172)
• bens incluídos no ativo imobilizado;
• embalagens utilizadas no transporte do produto acabado;
• bens e serviços utilizados na pesquisa e prospecção de minas, jazidas e poços de recursos minerais e
energéticos;
• bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo intangível que não chegue a ser concluído ou
que seja concluído e explorado em áreas diversas da produção ou fabricação de bens e da prestação de
serviços;
• serviços de transporte de produtos acabados realizados em ou entre estabelecimentos da pessoa jurídica;
• despesas destinadas a viabilizar a atividade da mão-de-obra empregada no processo de produção ou
fabricação de bens ou de prestação de serviços, tais como alimentação, vestimenta, transporte, cursos, plano
de seguro e seguro de vida, ressalvado o disposto no inciso VI do art. 181;
• bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos em operações comerciais; e
• bens e serviços utilizados, aplicados ou consumidos nas atividades administrativas, contábeis e jurídicas da
pessoa jurídica.
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Regime Híbrido
O crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e
encargos vinculados às receitas sujeitas à não cumulatividade, pelo
método de:

o Apropriação Direta: por meio de sistema de contabilidade de custos


integrada e coordenada com a escrituração; ou

o Rateio Proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos


comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à
incidência não cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada
mês.

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Créditos - Contabilização
Interpretação Técnica 1 IBRACON / 04

o O montante do PIS e da COFINS calculado sobre a receita deve ser


demonstrado como dedução de vendas.

o Os créditos sobre os estoques como redutor do custo das vendas.

o Os créditos sobre despesas em conta específica redutora dessas


despesas, integrando o resultado operacional.

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Créditos - Contabilização

ADI SRF 3/07

Art. 1º O valor dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição Social para o
Financiamento da Seguridade Social (COFINS), apurados no regime não-cumulativo não
constitui:
I - receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução do valor devido das
referidas contribuições;
II - hipótese de exclusão do lucro líquido, para fins de apuração do lucro real e da base de
cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Art. 2º O procedimento técnico contábil recomendável consiste no registro dos créditos da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS como ativo fiscal.
Parágrafo único. Na hipótese de o contribuinte adotar procedimento diverso do previsto no
caput, o resultado fiscal não poderá ser afetado, inclusive no que se refere à postergação
do recolhimento do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da CSLL.
Art. 3º É vedado o registro dos créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS em
contrapartida à conta de receita.

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Exercício 1
A empresa Beta, optante pelo Lucro Presumido, vendeu mercadorias no
valor de R$ 2.400.000,00 em Jan/19, em 24 meses. Para minimizar o efeito
inflacionário a empresa Beta incluiu no preço juros no valor de R$
240.000,00. Em Fev/19 e Mar/19, a empresa recebeu parcelas do cliente,
no valor de 100.000,00, com juros incluídos no preço equivalentes ao valor
de 10.000,00. Considerando que a empresa reconhece suas receitas para
fins tributários pelo regime de competência, calcule os tributos sobre o
lucro devidos e efetue os lançamentos contábeis.

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Exercício 2
Sabendo-se que a empresa Beta teve o resultado contábil no valor de R$ 800.000,00 em
dezembro de 2019, analise os dados a seguir, faça os ajustes de adição e exclusão cabíveis e
apure no Lucro Real:
AVP s/ Receita Bruta R$ 100.000,00
Provisão para Impairment de Máquinas R$ 100.000,00
Provisão para Abandono de Área R$ 100.000,00
Despesas com Brindes R$ 10.000,00
Despesas com Pessoal R$ 50.000,00
Despesas Comerciais R$ 50.000,00
Receita Financeira (AVP) R$ 150.000,00
Resultado positivo de equivalência patrimonial. R$ 150.000,00
IRRF sobre serviços prestados R$ 21.000,00
CSRF sobre serviços prestados R$ 14.000,00
Saldo Prejuízo fiscal (Parte B) R$ 600.000,00

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Exercício 3
A contabilidade da empresa de Comercio e Servicos “Alfa”, possui as seguintes
informações:
Receita Bruta da Vendas 200.000
AVP s/ Receita Bruta (20.000)
ICMS s/ Vendas 34.200
Receita de Aplicação Financeira 100.000
Receita Financeira (AVP) 1.000
Aquisição de Estoque 80.000
ICMS s/ Compras 14.400
Considerando os dados acima, calcule o valor das contribuições para o PIS e a
COFINS devidas pelo regime cumulativo e não cumulativo, e faça os
lançamentos contábeis.

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Bibliografia Sugerida

o DAS NEVES, Silvério; VICECONTI, Paulo; AGUIAR, Francisco. Curso Prático


de Imposto de Renda e Tributos Conexos. 17ª Ed. Fiscosoft Thompson
Reuters, 2018.

o PEGAS, Paulo. Manual de Contabilidade Tributária. 9ª Ed. Freitas Bastos,


2017.

o HIGUCHI, Hiromi. Imposto de Renda das Empresas. 41ª Ed. IR


Publicações, 2016.

o MARTINS, Eliseu; ERNESTO Rubens , DE LUDICIBUS Sergio. Manual de


Contabilidade das Sociedades por Ações. E. Atlas – 3ª edição 2019

119

Contato:
marciaramos.mrb@gmail.com

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