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7.1 Aspecto financeiro ........................................................................................ 22
7.2 Aspecto econômico ...................................................................................... 22
7.3 Aspecto contábil ........................................................................................... 22
8. ELEMENTOS DE CUSTOS ................................................................................ 23
9. COMENTÁRIOS SOBRE OS ELEMENTOS DO GASTO GLOBAL DOS
PRODUTOS .............................................................................................................. 23
9.1 Preço de venda ............................................................................................ 24
9.2 Gasto global ................................................................................................. 24
9.3 Custos de produção ..................................................................................... 24
9.4 Custos Diretos .............................................................................................. 24
9.5 Custos Indiretos ........................................................................................... 26
9.6 Despesas de Distribuição............................................................................. 27
9.7 Despesas Comerciais .................................................................................. 27
9.8 Despesas de Administração Geral ............................................................... 27
9.9 Lucro ............................................................................................................ 27
10. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ................................................................... 27
10.1 Quanto a origem geral .............................................................................. 28
10.2 quanto ao agente consumidor........................................................................ 28
10.3 Quanto as suas funções ........................................................................... 30
10.4 Quanto a forma de apropriação ................................................................ 30
10.5 QUANTO A SUA ESPÉCIE ...................................................................... 30
11. OUTROS GASTOS DE FABRICAÇÃO ........................................................... 32
LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................................... 34
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................... 47
1. CONTABILIDADE DE CUSTOS
Fonte: suficienciacontabil.com.br
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a adoção generalizada da computação de valores no custo de um produto. Os
contadores se restringiam a contabilizar apenas os custos reais. Era princípio rígido
o registro das transações e das operações somente pelas despesas realmente
incorridas.
Com certo relaxamento desse princípio, quando se considerou que a
Contabilidade de Custos era voltada para as atividades internas da organização, foi
possível o emprego de taxas predeterminadas para a apropriação dos custos indiretos
ao valor dos produtos, dos inventários e dos serviços.
De qualquer modo, essa primeira fase caracterizou pela preocupação com o
registro dos custos.
Contabilidade de Custos ganhou corpo, atingindo sua identidade específica e
começou a ser finalmente considerada como instrumento da Administração.
Com a Segunda Grande Guerra desenvolveram-se modernas técnicas de
administração, e novas concepções levaram à Contabilidade de Custos impulsos
novos, aumentando sua área de influência. As informações de Custo passaram a
apoiar a Administração em suas funções de planejamento e tomada de decisões. A
Contabilidade de Custos cada vez mais passou a responsabilizar-se pela análise e
interpretação das informações quantitativas a fim de fornecer à Administração
instrumentos significativos e oportunos para a gerência da organização.
O desenvolvimento paralelo de Pesquisa Operacional e da Computação
Eletrônica veio dar maior apoio à Contabilidade de Custos. Atualmente as
informações são prestadas mais rapidamente. Problemas, antes, de certo modo
difíceis de serem solucionados, agora o são pelo emprego de técnicas estatísticas e
matemáticas mais sofisticadas, bem como pelo uso crescente do equipamento
eletrônico de processamento de dados. O desafio do moderno contador reside
exatamente no ponto de que ele agora dispõe de maiores recursos para fazer parte
do primeiro quadro na hierarquia administrativa. Por isso mesmo, a Contabilidade de
Custos passou a ser encarada como parcela essencial da Contabilidade Gerencial.
A história do desenvolvimento da Contabilidade de Custos é a história do
desenvolvimento industrial. À medida que as atividades industriais começaram a
seguir, os registros de custos tiveram seu início. Com a concorrência mais acirrada,
sentiu-se a necessidade de melhores informações sobre custos. À medida que o
campo das atividades do administrador se ampliava, tornou-se mais patente a
necessidade de serviços da Contabilidade de Custos. Os quais podemos resumi-los,
conforme segue:
- Contabilização de matéria-prima
- Contabilização de mão de obra direta
- Determinação do Custo - Contabilização dos custos indiretos de fabricação
- Sistema de custos por encomenda
- Sistema de custos por processo
- Determinação do Custo - Uso de estimativas como
com alguma atenção para dados de custo
o controle de custo - Sistema de custo-padrão -
Custeio direto
- Controle de Custo - Contabilidade por responsabilidade
- Controle de custos de distribuição
- Planejamento do Lucro - Planejamento do lucro
- Análise de custo-volume-lucro
-Tomada de Decisão com - Tomada de decisão a curto prazo
escolha alternativa - Tomada de decisão a longo prazo
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1.2 Contabilidade de Custos em Transição
O uso dos dados de custos para fins além da determinação do custo foi outra
cisão importante no desenvolvimento da contabilidade de custos. Mais uma vez, em
virtude da concorrência, o controle de custo evoluiu como o segundo objetivo da
contabilidade de custos.
Esta alteração em objetivo, contudo, exigiu várias mudanças tanto por parte da
administração, como da contabilidade. Não interessava mais quais custos tinham sido
incorridos, porém quem os incorrera. Passou-se a enfatizar não mais o montante de
custo incorrido, e sim o montante de custo que deveria tê-lo sido. Passou-se a dirigir
a atenção não mais àquilo que era esperado, e sim às áreas deficientes que exigiam
ação corretiva.
CONTABILIDADE DE CUSTOS
3. CUSTOS
O que gastamos para poder fazer alguma coisa é o custo dessa coisa.
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Se a dona-de-casa resolver fazer um bolo ela gasta para conseguir o que deseja. Há
um custo do bolo.
Se um industrial fabrica calçados ele gasta para fazer um par de sapatos e, neste
caso, existe um custo do calçado.
Se o Governo tem por objetivo socorrer uma área onde existe uma doença, gasta
para tal e, neste caso, há um custo de um Programa de Saúde.
Quer a dona-de-casa, quer o industrial, quer o Governo, todos têm custos, ou
seja: todos gastam para conseguirem um bem ou um serviço.
Tomada de Decisão
Tem por objetivo fornecer alternativas para a administração tomar as decisões
mais acertadas. Estas alternativas surgem através do estudo dos custos ocorridos e
projetando-se os futuros.
Através da análise dos custos a administração pode tomar inúmeras decisões,
tais como:
- Redução dos gastos com uma determinada rubrica de despesa;
- Substituição de um determinado equipamento por outro que represente
menor custo ou melhor produtividade;
- Extinção de setores ociosos ou desnecessários;
- Redução do quadro de funcionários;
- Substituição de matérias-primas por outras de valores inferiores, ou a
troca de fornecedores;
- Eliminação de certos privilégios concedidos aos funcionários ou a
direção, quando a situação não permite mantê-los, e concedê-los quando a
empresa estiver em condição de oferecê-los.
- Investir em propaganda para aumentar o faturamento;
- Deixar de produzir um determinado produto, por se tornar inviável, ou
seja, por não trazer o retorno desejado;
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- Conceder benefícios aos funcionários, quando a situação permite e
eliminá-los quando ocorrer o inverso;
- Estabelecer planos ou solucionar problemas especiais;
3.3Elaboração de Orçamento
Apuração do Resultado
O resultado é obtido entre o confronto das receitas e das despesas num
determinado período. Portanto, para obtermos o resultado devemos antes apurar o
volume de custos (despesas) envolvidos na obtenção das receitas.
3.5Comparação dos Custos Referentes a Períodos e Condições
Econômicas Diversas
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O nível de rendimento econômico é obtido através do custo versus retorno. Já o
ponto ótimo de produtividade é determinado em função do nível de produtividade que
a empresa deva obter para absorver mais adequadamente os custos envolvidos com
os fatores da produção.
a) Antes da Fabricação
Nesta etapa encontramos as seguintes atividades mais importantes de
distribuição na ordem aproximada em que são realizadas:
- Pesquisa de Mercado;
- Promoção;
- Propaganda;
- Venda;
- Financiamento;
- Crédito;
b) Depois da Fabricação
Já nesta etapa encontramos as seguintes atividades mais importantes de
distribuição:
- Armazenagem;
- Faturamento;
- Transporte;
- Cobrança;
- Serviços de Produtos
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O processo de distribuição pode ocorrer através de diversas alternativas, desde
a entrega direta ao consumidor, até por meio de uma rede complexa de agentes e
distribuidores. As despesas que formam os custos de distribuição variam do simples
aluguel de lojas e depósitos até aqueles que se originam dos métodos variados de
pagamentos de comissões, passando pelos custos resultantes das mais diversas
políticas de crédito e cobrança.
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basta saber quanto custa cada etapa de produção, mas sim verificar se em cada uma
delas está maximizado o desempenho.
6.1 Gasto
6.2 Investimentos
6.3 Custo
6.5 Desembolso
6.6 Perda
6.7 Mercadoria
6.8 Produtos
Produtos são bens que foram fabricados pela empresa através de processos
produtivos onde ocorreu algum tipo de alteração física dos materiais comprados.
Existem vários tipos de processos de produção, entre eles encontram-se:
industrialização, transformação, embalagem, acondicionamento, montagem etc.
Existem dois tipos de produtos:
a) Produtos em elaboração
São os produtos que ainda não estão prontos para serem vendidos. São
produtos que necessitam de mais operações para atingir o estágio necessário para
serem comercializados. Esses produtos também são conhecidos por produtos
semiprontos, produtos semiacabados, produtos em produção.
b) Produtos prontos
São os produtos que foram fabricados pela empresa, com o objetivo de serem
vendidos, e que já se encontram em condições para serem comercializados. Também
são conhecidos como produtos acabados ou produtos elaborados.
6.9 Matéria-prima
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em seu revestimento acabou acontecendo, considera-se que também se passa
chamar a essa madeira de matéria-prima.
Todavia, se não ocorrer mudança física alguma não se chama a esse material
de matéria-prima, mesmo que ele seja usado e aplicado de forma direta, objetiva,
cristalina e inquestionável na fabricação de um produto qualquer.
Assim, o espelho comprado pela fábrica de móveis e aplicado diretamente na
elaboração de um móvel nunca será chamado de matéria-prima nessa fábrica. Ou
então, o motor comprado de terceiros por um fabricante de geladeira não é
considerado matéria-prima.
Os materiais de consumo são os materiais gastos pela empresa, mas que não
possuem nenhuma ligação com os produtos fabricados. Estes materiais podem ser
consumidos tanto na área produtiva como na comercial ou na administrativa. Quando
consumidos na área produtiva, fazem parte do custo do produto, não por que o
produto deles necessita para a sua fabricação, mas sim porque os meios de produção
deles necessitam. Como exemplo podemos citar: material de limpeza, material de
expediente, vestimentas etc.
7. ASPECTOS DOS CUSTOS INDUSTRIAIS
INVESTIMENTOS
INVESTIMENTOS Gastos ativados
Aplicações em recursos
GASTOS para utilização futura CUSTOS
Sacrifícios financeiros que Gastos efetuados com o
diminuem a disponibilidade objetivo de obter-se um
ou aumentam o Passivo CONSUMO bem ou um serviço
Exigível Absorção de recursos em
itens que são consumidos DESPESAS
no presente Gastos efetuados com
o objetivo de obter-se
uma receita
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8. ELEMENTOS DE CUSTOS
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Um custo direto é aquele que pode ser especificamente atribuído a um produto.
Nesse tipo de custo não há necessidade de se utilizar distribuições proporcionais, a
apropriação é feita de maneira direta.
Os custos diretos se subdividem em dois grupos, que são: Material Direto e Mão
de obra Direta.
a) Material Direto:
O material direto representa a parcela dos materiais usados no processo de
fabricação que é imediatamente identificável e mensurável nos produtos produzidos.
Os materiais postos no processo que não atendem a estes dois critérios são
geralmente tratados como material indireto, uma parte do custo indireto de fabricação.
O material direto, também, sofre uma subdivisão, sendo ela em: Matéria-prima
e Componentes.
- Matéria-prima: É o material manipulado na transformação em produto. É a coisa que
passa por transformação ou beneficiamento. O que define a matéria-prima não é a sua
natureza, mas o seu estado primitivo em relação ao objetivo da indústria. Um mesmo
bem pode ser produto numa indústria e matéria-prima em outra. Como exemplo
mencionamos o lingote de aço, que ao mesmo tempo em que é produto da Usina de
Fundição é matéria-prima da Indústria de Laminação de Aço. Da mesma forma que o
fio é produto na Fiação é matéria-prima na Tecelagem.
- Componentes: São peças que são adquiridas de terceiros e que integrarão o produto
sem que haja qualquer alteração em sua propriedade inicial. Exemplo: a embalagem e
os cadarços de um par de sapatos; parafusos utilizados para fixar as partes de um
móvel; em fim qualquer peça utilizada na elaboração de um produto que não sofra
nenhuma espécie de transformação por parte de quem está produzindo o referido
produto.
- Outros Materiais Diretos: São materiais de pequeno valor que por conveniência da
empresa são controlados e atribuídos ao custo específico de cada produto. Em muitas
empresas esses materiais não são controlados e são considerados como materiais
indiretos e apropriados aos produtos através de rateio. Como exemplos desses
materiais podemos citar: pregos, tintas, material de solda etc.
a) Material Indireto:
É todo o material não usado como parte imediata no produto que se fabrica. São
elementos indispensáveis, mas que não se constituem no essencial. Como exemplo
temos os suprimentos para a fábrica, como combustíveis, lubrificantes para máquinas,
lixas, material de limpeza, material para manutenção, brocas, material de segurança,
etc.
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9.6 Despesas de distribuição
9.9 Lucro
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Os custos de produção classificam-se por vários aspectos, entre eles os quais
se destacam os seguintes:
Outros Custos e Despesas: São os gastos gerados para produzir e/ou vender
que não estão classificados nos títulos anteriores. Entre eles podemos citar: aluguéis,
energia elétrica, telefone etc.
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Custos das Divisões: Terá como agente consumidor às divisões, o custo,
quando ele estiver relacionado com divisões, ou seja, quando os custos forem
atribuídos por divisões de produtos ou segmentos de mercados.
Custos dos Centros de Custos: Neste caso o agente consumidor é
considerado o centro de custo que absorveu o custo. Aqui o custo está diretamente
relacionado ao centro de custo que o efetuou ou indiretamente, tenha sido efetuado
por outrem, mas o tenha sido realizado em seu benefício.
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10.3 Quanto as suas funções
Custos com Mão de Obra: São os custos envolvidos com a mão de obra
utilizada dentro da empresa. Custos estes representados pelos salários, encargos
sociais e outros custos ligados com a mão de obra.Estes custos podem ser divididos
em:
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Mão de obra Direta: Os custos com a mão de obra direta são aqueles
provenientes da utilização de mão de obra empregada diretamente na transformação
do produto. Como exemplo, podemos citar: a mão de obra do operador de máquina.
Mão de obra Indireta: Os custos com a mão de obra indireta são aqueles
oriundos da utilização de mão de obra que não tenha atuação direta no produto.
Como exemplo, podemos citar: mão de obra de gerente de produção, de chefe de
setor, de pessoal de manutenção, etc.
Custos com Materiais: Estes custos são representados pelos gastos na compra de
insumos necessários à atividade empresarial e podem ser divididos em:
Matéria-prima: Matéria-prima é todo o material que é parte integrante do
produto e que sofre transformação durante o processo produtivo.
Componentes Diretos: Os componentes diretos são representados por todo o
material que é parte integrante do produto, mas que não sofre transformação durante
o processo de produção.
Materiais de Embalagem: Os materiais de embalagem são os materiais
utilizados para acondicionar os produtos que são fabricados. Exemplo: a garrafa para
o vinho, o saco para a farinha etc.
Material Secundário: São materiais que são fisicamente acoplados de forma
direta ao produto, mas, exatamente por sua irrelevância em termos econômicos, ou
então pela dificuldade em se efetuar essa perfeita identificação, e muitas vezes por
ambas as hipóteses, são classificados como materiais indiretos. Exemplo: tintas,
parafusos, pregos etc.
Material Auxiliar de Produção: O material secundário, também conhecido por
material auxiliar, é o material que se desgasta durante o processo produtivo, mas que
não se agrega ao produto. Exemplo: lixas, rebolos, brocas, etc.
Material de Consumo: Material de consumo é o material utilizado nas
atividades secundárias e auxiliares da produção, não tendo relação direta com o
produto. Exemplo: vassouras, lubrificantes, material de limpeza, material de
segurança, etc.
Custos com Serviços: Os custos com serviços são os custos representados pela
aquisição de serviços fora da empresa. Serviços estes relacionados com a elaboração
de operações nos produtos ou partes destes, ou ainda, em equipamentos da empresa.
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11. OUTROS GASTOS DE FABRICAÇÃO
São os demais gastos dependidos para produzir e que não fazem parte dos
grupos acima: Exemplo: energia elétrica, aluguel, telefone etc.
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REFERÊNCIAS
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Leitura complementar
Autores:
Neiva Baseggio
Edison Luiz Leismann
Elisângela Maria da Silva
Marluci demozzi
Disponível em:
http://www.uninova.edu.br/Uni/Revista/artigos/artigo04.pdf
Acessado em:
22/11/2016
RESUMO
INTRODUÇÃO
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Nos dias de hoje em que a competitividade é cada vez maior, é de extrema
necessidade a busca contínua para aprimorar a qualidade em todos os segmentos
buscando a aceitação e a permanência de um produto ou serviço no mercado. O
preço de venda de um bem não pode superar significativamente os preços de seus
concorrentes sem arriscar-se a consideráveis perdas de venda, por essa razão
difundiu-se a máxima de que os preços de venda são determinados pelo mercado.
Porém, o mercado só pode sugerir e não determinar o preço de venda aproximado
de um produto.
No mundo globalizado a facilidade de encontrar o produto desejado é cada vez
maior, as empresas necessitam de fatores que as tornem mais atraente, e o
conhecimento dos elementos de formação do preço de venda dos produtos e serviços
constitui-se numa vantagem competitiva para as organizações.
Na tarefa de encontrar um equilíbrio no preço praticado e de demonstrar a
importância de formar preços por meio de estudos, a contabilidade de custos tornase
altamente relevante, com seus sistemas e métodos de informação que permitem
melhor gerenciamento das empresas.
De acordo com Martins (1998), a contabilidade de custos tem duas funções
relevantes, uma no auxílio ao controle e a outra na ajuda as tomadas de decisões. No
que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados,
orçamentos e outra formas de previsão e em seguida acompanhar o efetivamente
acontecido para comparação com valores anteriormente definidos, já a tomada de
decisões o papel da contabilidade de custos consiste na alimentação de informações
sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo
sobre medidas de corte de produtos, opção de compra e fixação de preços de venda.
Este artigo pretende descrever alguns métodos de fixação de preço de venda e
demonstrar também para as empresas de Nova Mutum a importância da utilização
da contabilidade de custos na formação do preço de venda de um produto ou serviço
para a manutenção e permanência do mesmo no mercado.
O mesmo está estruturado, inicialmente, em uma análise do surgimento da
contabilidade de custos assim como sua utilização e descrição de alguns elementos
importantes, a seguir uma discussão sobre preço de venda e os fatores que podem
influenciar para um preço mais competitivo.
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Contabilidade de Custos
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Custos
O conhecimento dos custos é vital para saber se determinado produto é
rentável ou não, e se é possível diminuir ou minimizar seus custos.
De acordo com Bertó e Beulke (2005), custo é uma expressão monetária que deve
ter uma menor quantidade final, boa, rentável de produtos ou serviços para repor
fisicamente, ao término de cada ciclo operacional, uma maior quantidade inicial de
insumos e consumos do próximo ciclo.
Silva (2008) diz que custos são recursos aplicados na transformação dos ativos,
representados por gastos relativos à utilização de bens ou serviços aplicados para
produção de outros bens e serviços.
Martins (1998) concorda com o conceito de Silva quando afirma que custo é
um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços,
e acrescenta ainda que o custo é também um gasto, só que reconhecido como tal,
isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e
serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço.
Bruni (2006) afirma que custos representam na verdade uma transição de um
investimento que tem como destino final o valor de estoques. A conversão de matéria
em produto em elaboração e a conversão dos produtos em elaboração em produtos
acabados representam custos.
De acordo com Leone (1981), existem vários tipos de custos, alguns tipos de custos
são conhecidos e sua determinação pela Contabilidade é uma atividade repetitiva,
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corrente. Outros tipos somente são levantados ou estabelecidos à medida que a
Administração necessita deles.
Martins (1998), diz que todos os custos podem ser classificados em fixos e variáveis
ou em diretos e indiretos ao mesmo tempo. Assim, a matéria-prima é um custo direto
e variável, os materiais de consumo são normalmente custos indiretos e variáveis, os
seguros das fábricas são custos indiretos e fixos, etc. Os custos diretos são variáveis,
quase sem exceção, mas os indiretos são tanto fixos como variáveis, apesar da geral
predominância dos primeiros.
A seguir serão abordados alguns dos principais tipos de custos.
Custo Direto
Custo Indireto
Custo Fixo
Bertó e Beulke (2005) relatam que os custos fixos se mantêm inalterados face
ao volume de atividade, dentro de certos limites de capacidade, ou seja, não se
modificam em razão do crescimento ou da retração ao volume dos negócios dentro
desses limites. Exemplos: manutenção, folha de pagamento da administração.
Silva (2008) mais uma vez reafirma o que Bertó e Beulke relataram, pois de
acordo com o mesmo custo fixo é aquele que independe da quantidade produzida.
Exemplos: aluguel, depreciação, mão-de-obra indireta mensalista.
Custo Variável
De acordo com Silva (2008) custo variável é aquele que ocorre em função da
quantidade produzida, por exemplo: matéria-prima, combustível, mão-de-obra para
produção.
Já Bertó e Beulke (2005) relatam que custo variável não está necessariamente
relacionado com a identificação entre custos/despesas com o produto/mercadoria
/serviço. Na realidade, o foco desses custos/despesas está mais relacionado com o
volume vendido. Constituem valores que se modificam em relação direta com o
volume vendido. Exemplos: variação no custo total da mercadoria em razão das
oscilações da quantidade vendida, ICMS de venda, PIS/COFINS etc.
Métodos de Custeio
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empresas, crescente importância dos custos indiretos de fabricação, e a concorrência
que trouxe no bojo a necessidade de estabelecer preços, como talvez, o mais
importante fator do desenvolvimento desses sistemas.
Segundo Martins (1998), “custeio significa método de apropriação de custos.“
Existem vários métodos de custeio, mas este artigo restringiu-se a estudar o
Custeio por Absorção, Custeio Variável ou Direto, Custeio Padrão e o Custeio
baseado em Atividade (ABC).
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Para Silva (2008) no sistema de custeio variável, os custos são variáveis ou
fixos de acordo com o nível de atividade, volume ou quantidade produzida. O autor
relata ainda que esse tipo de custeio é indicado para controles gerenciais.
De acordo com Martins apud Silva (2008) custeio variável ou direto é o
processo segundo o qual apenas os custos variáveis de materiais, mão-de-obra e
custos indiretos de fabricação, usados na produção do produto ou no desempenho
de um serviço ou atividade, são atribuídos a estes, enquanto que os custos fixos são
considerados como custos do período.
Custeio ABC
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= Resultado da empresa
Silva (2008) afirma que o sistema de custeio ABC é um método de análise que
busca rastrear os gastos de uma empresa para analisar e monitorar as diversas toras
de consumo de recursos diretamente identificáveis com suas atividades mais
relevantes e destas para os produtos e serviços.
Preço de Venda
A formação do preço de venda, de um produto ou serviço, para alcançar uma
rentabilidade pré-determinada (geralmente através de orçamento) é perseguida pelas
empresas, é estudada por administradores e autores nos cursos de contabilidade e
administração, bem como nestes setores dentro das empresas. É grande por parte
dos gestores a ânsia de conhecer os resultados financeiros, por produto ou serviço,
para avaliar quais são mais rentáveis. A comparação do resultado realizado com o
pré-estabelecido serve também para se avaliar os recursos envolvidos na
comercialização assim como os desvios ocorridos nas vendas.
As empresas devem em primeiro lugar conhecer seu ponto de equilíbrio e a
margem de contribuição de seus produtos isoladamente e ponderar esses produtos
pelo seu peso respectivo no faturamento total, identificando a média geral. É de
extrema importância as empresas conhecerem a rentabilidade de cada produto ou
serviço, pois assim, saberá quais produtos ou serviços dão mais ou menos lucros e
aqueles que dão prejuízos.
De acordo com Silva (2008) a formação do preço de venda é uma finalidade
bastante lembrada como um típico produto de um sistema de custos, havendo o mito
de que quem dispõe de um melhor sistema realiza um melhor cálculo de preço de
venda. Poderíamos dizer que um bom sistema de custos proporciona, em primeiro
lugar, uma noção muito clara de custos em diversas áreas de atuação, convergindo
em especial para o valor dos bens processados. Já o estabelecimento de preços, em
rigor, depende em igual intensidade da qualificação do sistema e das forças do
mercado.
Bertó e Beulke (2005) relatam que a formação do preço de venda dos produtos
e ou serviços, elemento essencial da gestão econômico-financeira e mercadológica
das empresas, envolve inúmeros fatores em sua composição, entre eles se
destacam: estrutura de custos; demanda (mercado); ação da concorrência; governo
e objetivos pretendidos com o produto ou serviço.
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Silva (2008) afirma ainda que cálculo do preço de venda não depende
exclusivamente do custo dos bens, mas em boa dosagem da própria política de
preços, de tal modo que alguns autores delimitam a função cálculo como atribuição
da área de custos, e a função preço como sendo exclusivamente da área de
comercialização.
A empresa pode reduzir seu preço, sem necessidade, para aumentar seu caixa no
curto prazo ou ainda como parte de uma campanha, com foco no longo prazo, para
aumentar a sua fatia de mercado.
Para tomar essa decisão os gestores devem conhecer bem os custos para
não correr riscos.
De acordo com Bruni (2006) a formação de preços representa uma das mais
importantes e nobres atividades empresariais. A definição equivocada do preço pode
arruinar um negócio.
Kloter (2003) ressalta que, através da história os preços têm sido fixados por
compradores e vendedores que negociam entre si. Os vendedores pedem preço
acima do que esperam receber e compradores oferecem menos do que esperam
pagar. Por meio de uma negociação saudável se chega a um preço aceitável. Hoje,
o mercado dita os preços, pois é ele que diz o que está disposto a pagar, em função
da sua renda. Cabe então às empresas verificar quais produtos são viáveis
economicamente para elas e adequar os investimentos e recursos aplicados, de
maneira mais racional e com eficiência, para que aumente a produtividade, com a
consequente diminuição de custos e o aumento da rentabilidade dos produtos.
Bruni (2006) afirma que o preço pode ser apresentado em função de quatro
componentes: os custos (que correspondem aos gastos produtivos ou incorporados
no produto), as despesas (que correspondem aos gastos não incorporados ao
estoque dos produtos, representando gastos comerciais ou de vendas,
administrativos ou financeiros), os impostos (diversos são os tributos incidentes sobre
o preço, como o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, o Programa de Integração Social –
PIS, e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins) e o lucro
(que representa a remuneração do empresário).
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Já Silvente (2009) afirma que as decisões de preço são influenciadas por três
fatores: os clientes, os concorrentes e os custos. Os clientes e os concorrentes
definem se a empresa tem pouca influência sobre preço ou se pode fixar seus
próprios preços. Produtos com muitos concorrentes, muitos clientes e que não são
percebidos por esses com diferenciação, tal qual um produto de mais qualidade, não
permitem que a empresa gerencie sobre seu preço.
Mark-Up
Margem de Contribuição
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provocam. A empresa só começa a gerar lucro quando a margem de contribuição dos
produtos vendidos superar os custos e despesas fixos e também ao lucro.
Sendo assim, podemos afirmar que a margem de contribuição é a diferença entre o
preço de venda e a soma dos custos mais despesas variáveis, podendo ser
representado da seguinte forma: MC = PVun – CDVun, onde:
MC = Margem de contribuição CDVun = Custos e Despesas Variáveis Unitário.
PVun = Preço de venda
Ponto de Equilíbrio
Considerações finais
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTÓ, Dalvio José e BEULKE, Rolando. Gestão de Custos. São Paulo: Saraiva,
2005.
BRUNI, Adriano Leal. A Administração de Custos, Preços e Lucros. São Paulo: Atlas,
2006.
KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. 9º Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
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RODRIGUES, Luis Carlos e OLIVEIRA, José Vilmar de. Disponível em:
http://www.admpg.com.br/2009/pt/selecionados.php. Cópia acessada em:
08/01/2010.
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