Você está na página 1de 33

Gestão Financeira

1
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Demonstrações Contábeis
BP x DRE x DFC
Balanço Patrimonial (BP)
Ø Reflete a posição financeira e patrimonial de uma entidade em determinado
momento.
ØObjetivo: demonstrar a posição de bens, direitos e obrigações em determinado
momento, evidenciando a situação líquida patrimonial.

Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)


Ø Reflete o resultado obtido pela companhia, a partir do confronto entre receitas e
despesas ocorridas em determinado período.
ØObjetivo: demonstrar em detalhes o resultado (lucro ou prejuízo) da companhia
em certo período.

Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)


Ø Reflete as entradas e saídas de caixa de uma companhia em determinado período.
Ø Obrigatória publicação para todas as sociedades de capital aberto ou com
patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões.

2
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Estrutura do Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO
T • Bens ou Direitos • Obrigações com terceiros
• Captações de recursos
D
E • Aplicações de recursos • Capital de terceiros E
• Representam benefícios
N presentes ou futuros V
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
H ð Obrigações da entidade
O
O para com os sócios
ð Captações de recursos
ð Capital próprio

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

3
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Estrutura do Balanço Patrimonial

L + ATIVO PASSIVO
Circulante
I Circulante P
Não circulante
Q (Exigível a R
Não circulante
U (Realizável longo prazo A
a longo prazo)
I Z
D Investimentos O
PATRIMÔNIO
E Imobilizado LÍQUIDO
Z +

4
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Balanço Patrimonial
Ativos
Recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. É tudo aquilo que se
pode transformar em dinheiro!

Ele é dividido em três grandes categorias, conforme sua liquidez (da maior para menor):

Ø Circulante: Bens e direitos que já representam dinheiro ou transformáveis em


moeda até o encerramento do exercício seguinte após a data do balanço.
§ Exemplos: Caixa, Aplicações Financeiras, Estoques, Duplicatas a Receber.

Ø Não Circulante (Exigível a Longo Prazo): Direitos transformáveis em moeda após o


encerramento do exercício seguinte à data do balanço.
§ Exemplos: Duplicatas a receber de longo prazo.
Ø Imobilizado: Bens e direitos de caráter permanente destinados à manutenção da
atividade da companhia.
§ Exemplos: Máquinas, Edifícios, Veículos.

5
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Balanço Patrimonial
Passivos
Obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera
que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

Ele é dividido em duas grandes categorias, conforme seu prazo de vencimento (do menor
para o maior prazo):

Ø Circulante: Obrigações com terceiros, com vencimento previsto até o


encerramento do exercício social seguinte à data do balanço.
§ Exemplos: Empréstimo vencendo em 6 meses, dívida com fornecedor a ser
paga em 15 dias.

Ø Não Circulante (Exigível a Longo Prazo): Obrigações com terceiros, com


vencimento previsto após o encerramento do exercício social seguinte à data do
balanço
§ Exemplo: Financiamento junto ao BNDES com prazo de vencimento de 15 anos.

6
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Balanço Patrimonial
Patrimônio Líquido
Recursos dos proprietários (sócios ou acionistas) aplicados na companhia. Interesse
residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos

Ele é dividido em três grandes categorias, como regra geral:

Ø Capital Social: Recursos integralizados pelos sócios ou acionistas na constituição


da empresa e eventuais reinvestimentos de lucros;

Ø Reservas de Capital: Valores recebidos não originados do resultado da empresa


(exemplo: ágio na emissão de ações);

Ø Reserva de Lucros: Parte dos lucros gerados pela companhia que ainda não foram
distribuídos para sócios ou acionistas.

7
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)
Visão Geral
Reflete o resultado (lucro ou prejuízo) obtido pela companhia, confrontando receitas e
despesas ocorridas em determinado período.

Receitas

Custos

Despesas

Lucro / Prejuízo

8
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)
Visão Detalhada
Receita Bruta de Vendas
(-) Deduções da Receita Bruta de Vendas
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS
(-) Custo das Mercadorias (ou Produtos) Vendidos Resultado da atividade da
(=) RESULTADO BRUTO COM VENDAS empresa
Receita de Prestação de Serviços
(-) Custo dos Serviços Prestados
(=) RESULTADO BRUTO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Vendas Despesas da empresa
Administrativas
Financeiras
Outras Despesas e Receitas Operacionais
(=) RESULTADO OPERACIONAL Resultado da operação
(±) Outras Receitas e Outras Despesas (Não rotineiras)
(=)RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA Despesas que dependem
(-) Provisão para Imposto de Renda do lucro
(-) Participações e Contribuições
(=) RESULTADO (Lucro ou Prejuízo) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

9
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC)
Visão Geral
Sintetiza de maneira estruturada entradas e saídas de caixa de uma companhia durante
determinado período. Ele é dividido em três grandes contas:

Ø Atividades Operacionais (FCO): Vendas à vista de mercadorias e serviços;


recebimento de vendas a prazo a clientes; pagamentos a fornecedores; receitas
financeiras de aplicações e empréstimos concedidos; pagamentos de salários e
recolhimento de encargos sociais; recolhimento de impostos e outras
movimentações em contas do ativo e passivo circulante;

Ø Atividades de Investimento (FCI): Pagamento por aquisições de imobilizado e


intangível; recebimentos por vendas de imobilizado e intangível; aplicações ou
resgates de investimentos financeiros classificados como não circulante; pagamento
por edificações; aquisições ou vendas de participações acionárias, aquisições ou
vendas de outros ativos não circulantes;

ØAtividades de Financiamento (FCF): Compra ou venda de ações de emissão


própria, empréstimos e financiamentos levantados no mercado financeiro,
pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio.

10
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Variações em rubricas do balanço
Impacto no caixa
Um grande desafio em certos exercícios é calcular o impacto no fluxo de caixa em função
de alterações em rubricas contábeis dos ativos e passivos circulantes.

Quando analisamos variações em contas do Ativo Circulante, a relação é inversa: uma


variação positiva em contas do ativo circulante impactará negativamente o caixa.

Por exemplo, se o Contas a Receber subir de 100 para 150 de um período para o outro,
isso significa que as vendas a prazo superaram as vendas à vista. Com isso, já houve um
registro positivo no faturamento na DRE, mas ainda não ocorreu a entrada de caixa
referente às vendas a prazo.

Porém, se o Contas a Receber reduziu de 200 para 100, podemos concluir que clientes
que tinham comprado a prazo em períodos anteriores efetuaram o pagamento no
exercício corrente. Logo, houve uma variação positiva no caixa.

11
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Variações em rubricas do balanço
Impacto no caixa
Por sua vez, quando analisamos variações em contas do Passivo Circulante, a relação é
direta: uma variação positiva em contas do passivo circulante impactará positivamente o
caixa.

Por exemplo, se a rubrica Fornecedores a Pagar subir de 300 para 500 de um período para
o outro, isso significa conseguimos um prazo de pagamento com fornecedores. Com isso,
podemos dizer que já houve a venda da mercadoria, ou seja, recebemos caixa, mas ainda
não desembolsamos o valor pela compra dessa mercadoria vendida ao fornecedor.

Porém, se a rubrica Fornecedores a Pagar cair de 800 para 400 de um período para o
outro, isso significa que diminuímos nossa dívida com o fornecedor, ou seja, efetuamos o
pagamento de parte desse passivo. Logo, houve uma saída de caixa.

Vamos a dois exemplos numérico para tornar esse conceito mais claro.

12
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Variações em rubricas do balanço
INÍCIO Recebimento/
DRE
ATIVOS PASSIVOS + PL Desembolso

Contas a Receitas 1.000.000 À vista


Caixa 400.000 200.000
pagar
Custos - 800.000 À vista
Salários a
C/R 200.000 100.000
pagar
Salários - 100.000 A prazo
Estoques 250.000 Impostos 200.000
IR - 100.000 À vista
Imobilizado 150.000 PL 500.000 Lucro
0,00
Total 1.000.000 Total 1.000.000 Líquido

No exemplo acima, listamos os valores do Balanço Patrimonial referentes ao início de


determinado período e, ao lado, algumas rubricas do Demonstrativo do Resultado do
Exercício (DRE). Mais ao lado, destacamos como será feito o Recebimento e o Desembolso
de cada rubrica do DRE: à vista ou a prazo.

Como os salários são o único valor a ser desembolsado a prazo, a conta Salários a Pagar,
na lista dos Passivos do Balanço, sofrerá um acréscimo de 100.000 (valor a ser pago no
próximo exercício); por sua vez, o caixa também sofrerá um acréscimo de 100.000.

13
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Variações em rubricas do balanço
TÉRMINO
ATIVOS PASSIVOS + PL

Caixa 400.000 + 100.000 = 500.000 Contas a pagar 200.000

C/R 200.000 Salários a pagar 100.000 + 100.000 = 200.000


Estoques 250.000 Impostos 200.000

Imobilizado 150.000 PL 500.000


Total 1.000.000 + 100.000 = 1.100.000 Total 1.000.000 + 100.000 = 1.100.000

Acima, detalhamos as variações nas rubricas Caixa e Salários a Pagar, o que permite a
igualdade do balanço, com acréscimo de 100.000 em ambos os lados, levando ao total de
1.100.000 em cada lado (Ativos e Passivos mais Patrimônio Líquido).

Se houvesse registro de Lucro Líquido, então os lançamentos seriam os seguintes:


Ø Positivo na conta Lucros Acumulados, no Patrimônio Líquido (assumindo que esse
lucro não foi ainda distribuído aos acionistas); e
Ø Positivo, no mesmo valor, na rubrica Caixa.

14
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Variações em rubricas do balanço
INÍCIO Recebimento/
DRE
ATIVOS PASSIVOS + PL Desembolso

Contas a Receitas 200.000 A prazo


Caixa 400.000 200.000
pagar
Custos - 50.000 À vista
Salários a
C/R 200.000 100.000
pagar
Salários - 50.000 À vista
Estoques 250.000 Impostos 200.000
IR - 100.000 À vista
Imobilizado 150.000 PL 500.000 Lucro
0,00
Total 1.000.000 Total 1.000.000 Líquido

Nesse outro exemplo, seguimos a mesma estrutura, mas alteramos os valores do DRE e
também o recebimento das receitas de à vista para a prazo. Os demais valores serão à
vista.

Como agora as receitas serão recebidas a prazo, a rubrica Contas a Receber sofrerá
elevação de 200.000, justamente o valor das vendas a prazo. Porém, para manter a
igualdade do balanço, o Caixa precisará sofrer uma redução de mesma magnitude.

15
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Variações em rubricas do balanço
TÉRMINO
ATIVOS PASSIVOS + PL

Caixa 400.000 - 200.000 = 200.000 Contas a pagar 200.000

C/R 200.000 + 200.000 = 400.000 Salários a pagar 100.000


Estoques 250.000 Impostos 200.000

Imobilizado 150.000 PL 500.000


Total 1.000.000 Total 1.000.000

Acima, detalhamos as variações nas rubricas Caixa e Contas a Receber, o que permite a
igualdade do balanço, com acréscimo de 200.000 em Contas a Receber e redução dos
mesmos 200.000 no Caixa. Como ambas variações ocorreram nos Ativos, o valor total de
Ativos e Passivos + Patrimônio Líquido não sofrerá alterações.

16
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Variações em rubricas do balanço
Impacto no caixa
Resumindo:

IMPACTO NO
VARIAÇÃO RUBRICA
CAIXA

POSITIVA NEGATIVO
ATIVOS CIRCULANTES
(CONTAS A RECEBER, ESTOQUES)
NEGATIVA POSITIVO

IMPACTO NO
VARIAÇÃO RUBRICA
CAIXA

POSITIVA POSITIVO
PASSIVOS CIRCULANTES
(CONTAS A RECEBER, ESTOQUES)
NEGATIVA NEGATIVO

17
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
EBITDA (LAJIDA)
Conceito
O Ebitda é um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e
pelos analistas de mercado. Esta sigla significa “Earnings Before Interest, Taxes,
Depreciation and Amortization”, que traduzido para o português seria Lucros Antes de
Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, portanto, no Brasil, também o chamamos
de LAJIDA.

Este indicador representa a geração operacional de caixa da companhia, ou seja, o quanto


a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levar em
consideração os efeitos financeiros e de impostos.

A utilização do EBITDA ganha importância, pois analisar somente o lucro ou prejuízo de


uma companhia (o seu resultado final) tem sido insuficiente para avaliar seu real
desempenho. Isto por que muitas empresas tem seu lucro ajustado por fatores
puramente contábeis, ou por fatores que não são o “core business” da companhia (parte
central da empresa), como por exemplo, ganhos de operações financeiras e não
operacionais.

18
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
EBITDA (LAJIDA)
Cálculo do EBITDA
(+) RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Impostos Incidentes sobre Vendas (tais como PIS/COFINS)
(=) Receita Líquida de Vendas
SUBTRAIR O
OPERACIONAL (-) Custo dos Produtos Vendidos
(-) Despesas Operacionais (Vendas, Administrativas, Outras)
(=) EBITDA (LAJIDA) = LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO
(-) Despesas Financeiras (tais como Juros e JCP)
SOMAR O NÃO (-) Depreciação e Amortização
OPERACIONAL
(-) Tributos (IRPJ e CSLL)

(=) RESULTADO LÍQUIDO

19
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
EBITDA (LAJIDA)
Exemplo
A empresa RToro Education S/A obteve no seu último ano fiscal, os seguintes resultados
financeiros:
Ø Receita Líquida: R$ 100.000,00
Ø Despesas com fornecedores: R$ 60.000,00
Ø Despesas operacionais: R$ 17.000,00
Ø Despesas financeiras: R$ 4.000,00
Ø Depreciação: R$ 4.000,00
Ø Amortização: R$ 2.000,00
Ø Impostos (IRPJ e CSLL): R$ 7.000,00
Ø Lucro Líquido: R$ 6.000,00

Desta forma, qual foi o valor do seu EBITDA?

20
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
EBITDA (LAJIDA)
Solução do Exemplo
O EBITDA, também chamado de LAJIDA, pode ser calculado partindo tanto da sua Receita
Operacional (descontando seus custos operacionais), quanto do seu Lucro Líquido
(adicionando a parte não operacional: Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações).
Desta forma, mostraremos das duas formas para chegarmos na resposta de R$ 23.000,00:

R$ 100.000,00 RECEITA LÍQUIDA


(-) R$ 60.000,00 Despesas com Fornecedores
SUBTRAI
(-) R$ 17.000,00 Despesas Operacionais
(=) R$ 23.000,00 EBITDA (LAJIDA) LA
(+) R$ 4.000,00 Juros (Despesas Financeiras) J
(+) R$ 7.000,00 Impostos (IRPJ e CSLL) I
SOMA (+) R$ 4.000,00 Depreciação D
(+) R$ 2.000,00 Amortização A
R$ 6.000,00 LUCRO LÍQUIDO
21
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Análise das Demonstrações Financeiras Contábeis
Visão Geral

Liquidez Solvência Rentabilidade


Retorno sobre o Ativo
Liquidez Geral Cobertura de Juros
(ROA)
Saldo de Tesouraria sobre Retorno sobre o Patrimônio
Liquidez Corrente
vendas Líquido (ROE)
Participação de Capitais de
Liquidez Seca Margem Bruta
Terceiros
Grau de endividamento Margem Operacional
Margem Líquida

22
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Análise das Demonstrações Financeiras Contábeis
Índices de Liquidez

Índice Fórmula
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜
Liquidez Geral
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑛ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
Liquidez Corrente
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
Liquidez Seca
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

23
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Análise das Demonstrações Financeiras Contábeis
Índices de Solvência

Índice Fórmula
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑒 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠
Cobertura de Juros
𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑎𝑟𝑖𝑎
Saldo de Tesouraria sobre vendas
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠
Participação de Capitais de 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑛ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
Terceiros 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑛ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
Grau de endividamento
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

24
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Análise das Demonstrações Financeiras Contábeis
Índices de Rentabilidade
Índice Fórmula
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
Retorno sobre o Ativo (ROA)
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑀é𝑑𝑖𝑜
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜
Margem Bruta
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
Margem Operacional
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
Margem Líquida
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠

25
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Manipulação de Informações Financeiras
Conceito
Infelizmente, as demonstrações contábeis estão sujeitas a ações mal intencionadas, que
podem levar à manipulação de informações financeiras e, em última instância, possíveis
fraudes.

As manipulações financeiras podem ser divididas em três grandes categorias:

Ø Manipulação de Receitas: pode estar relacionada ao reconhecimento antecipado


de receitas, reconhecimento atrasado de despesas e à classificação de receitas não
operacionais ou ganhos não recorrentes como receitas recorrentes.

Ø Manipulação de Fluxo de Caixa: podem se configurar manipulações de fluxo de


caixa a partir, por exemplo, da classificação de fluxos de caixa não operacionais como
sendo operacionais.
Ø Manipulação de Indicadores Chave da Empresa: quando receitas, despesas e
fluxos de caixa são manipulados, invariavelmente os indicadores que são calculados a
partir desses números também terão impactos, o que pode levar a interpretações
equivocadas sobre os indicadores da companhia.

26
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Grau de Alavancagem
Exemplo
Antes de entrarmos no conceito propriamente dito de alavancagem, vamos analisar o
exemplo abaixo, em que variamos em 10%, para mais e para menos, o volume de vendas
e calculamos o impacto no LAJIR (Lucro Antes de Juros e IR) e LAIR (Lucro Antes de IR).
Queda das Aumento das
Rubrica Cenário Base
vendas vendas
Variação das vendas (em relação ao cenário base) -10% +10%
(a) Receita (vendas) 2.880.000,00 3.200.000,00 3.520.000,00
(b) Custo do Produto Vendido (50% vendas) - 1.440.000,00 - 1.600.000,00 1.760.000,00
(c) Despesas fixas (Alavancagem Operacional) - 600.000,00 - 600.000,00 - 600.000,00
(a) – (b) – (c) Lucro antes de Juros e IR (LAJIR) 840.000,00 1.000.000 1.160.000,00
Variação LAJIR (em relação ao cenário base) -16% +16%
(d) Despesas financeiras (Alavancagem Financeira) -200.000,00 -200.000,00 -200.000
(a) – (b) – (c) – (d) Lucro antes de IR (LAIR) 640.000,00 800.000,00 960.000,00
Variação LAIR (em relação ao cenário base) -20% +20%

27
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Grau de Alavancagem
Exemplo
Antes de entrarmos no conceito propriamente dito de alavancagem, vamos analisar o
exemplo abaixo, em que variamos em 10%, para mais e para menos, o volume de vendas
e calculamos o impacto no LAJIR (Lucro Antes de Juros e IR) e LAIR (Lucro Antes de IR).
Queda das Aumento das
Rubrica Cenário Base
vendas vendas
Variação das vendas (em relação ao cenário base) -10% +10%
(c) Despesas fixas (Alavancagem Operacional) - 600.000,00 - 600.000,00 - 600.000,00
Variação LAJIR (em relação ao cenário base) -16% +16%
(d) Despesas financeiras (Alavancagem
-200.000,00 -200.000,00 -200.000
Financeira)
Variação LAIR (em relação ao cenário base) -20% +20%

Note que o LAJIR variou 16% em relação ao cenário base, em função de uma variação de
10% do volume de vendas. E o LAIR variou 20% em relação ao cenário base, em função de
uma variação de 10% do volume de vendas.

28
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Grau de Alavancagem
Exemplo
A variação proporcionalmente maior do LAJIR e do LAIR, em função de uma alteração no
volume de vendas, se deve à existência de valores fixos, respectivamente: despesas
operacionais e despesas financeiras.

Com isso, uma variação de 10% nas vendas levou a uma variação de 16% no LAJIR: aqui
evidenciamos a presença da Alavancagem Operacional.

Em outras palavras, o LAJIR sofreu uma alteração de 16%/10% = 1,6x a variação das
vendas. Essa proporção se mantém para qualquer variação no volume de vendas, a partir
desse cenário base. Em se alterando o cenário base, então teríamos outros valores de
alavancagem.

29
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Grau de Alavancagem
Exemplo
Por sua vez, a variação de 16% no LAJIR foi seguida de uma variação de 20% do LAIR, em
função da despesa financeira fixa. Aqui evidenciamos a presença da Alavancagem
Financeira.

Em outras palavras, o LAIR sofreu uma alteração de 20%/16% = 1,25x a variação do


LAJIR. Essa proporção se mantém para qualquer variação no volume de vendas, a partir
desse cenário base.

Por fim, em função do efeito conjunto da Alavancagem Operacional e Financeira, o LAIR


sofreu uma alteração de 20%, em função de uma mudança de 10% nas vendas. Aqui
evidenciamos a presença da Alavancagem Total.

Em outras palavras, o LAIR sofreu uma alteração de 20%/10% = 2x a variação das vendas.
E, assim como nos demais casos, essa proporção se mantém para qualquer variação no
volume de vendas, a partir desse cenário base.

30
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Grau de Alavancagem
Conceito
É possível também calcular os Graus de Alavancagem Operacional (GAO), Financeira (GAF)
e Total (GAT) a partir das seguintes fórmulas:

Índice Fórmula Interpretação

𝑄 (𝑃 − 𝐶𝑉) Variação do LAJIR em


GAO relação à variação das
𝑄 𝑃 − 𝐶𝑉 − 𝐶𝐹 vendas
Variação do LAIR em relação
𝐿𝐴𝐽𝐼𝑅 à variação do LAJIR. Pode
GAF
𝐿𝐴𝐽𝐼𝑅 − 𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆 também ser calculado como
ROE/ROI.
Variação do Lucro Líquido
GAT GAO X GAF em relação à variação das
vendas
Em que: Q =Quantidade; P = Preço de Venda (por unidade); CV = Custo Variável (por
unidade); CF = Custo Fixo Total
31
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
Fórmula Dupont
Retorno sobre Patrimônio Líquido

Retorno sobre Lucro Líquido (LL)


Patrimônio Líquido =
(ROE) Patrimônio Líquido (PL)

Retorno sobre Lucro Líquido (LL) Vendas Líquidas Ativo Total


Patrimônio Líquido = x x
(ROE) Vendas Líquidas Ativo Total Patrimônio
Líquido (PL)
Margem Líquida Giro do Ativo Alavancagem

32
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão
CMPC – Custo Médio Ponderado de Capital
Conceito
O CMPC (em inglês WACC – Weighted Average Capital Cost) representa a média do custo
de capitais próprios e de capitais de terceiros de uma empresa. São esses capitais que
sustentam a companhia, seja por meio de financiamento (capital de terceiros) ou
investimentos internos (capital próprio), sendo que cada fonte tem um peso na Estrutura
de Capital.

𝐏𝐋 𝐃
CMPC = ×𝐑𝐏 + ×𝐑𝐓× 𝟏 − 𝐈𝐑
𝐏𝐋 # 𝐃 𝐏𝐋 # 𝐃
Retorno Custo do
Peso do Requerido pelos Peso do Capital de Benefício Fiscal
Capital acionistas Capital de Terceiros
Próprio (CAPM) Terceiros

q Onde:
Ø PL: Patrimônio Líquido Ø RP: Retorno do Capital Próprio (CAPM das ações)
Ø D: Dívidas Ø RT: Retorno de Terceiros (YTM de debentures)
Ø PL + D = Total de Ativos Ø IR = Alíquota do imposto de renda

33
CFG – Certificação de Fundamentos de Gestão

Você também pode gostar