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Alocação de Ativos e

Rebalanceamento de Carteiras
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CFG – Certificação de Fundamentos em Gestão
Política de Investimentos

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CFG – Certificação de Fundamentos em Gestão
Política de Investimentos
IPS: Política de Investimentos
O IPS (Investment Portfolio Statement) é o documento elaborado entre o profissional e o
cliente que define todas as regras gerais que norteiam a alocação de ativos. Este
documento deverá demonstrar de forma clara os seguintes itens:
Ø OBJETIVOS DE RETORNO do cliente de curto, médio e longo prazo;
Ø RESTRIÇÕES DO INVESTIDOR que devem ser cuidadas;
Ø TOLERÂNCIA AO RISCO do investidor;
Ø RESTRIÇÕES aplicáveis, como necessidade de liquidez, considerações sobre
impostos, requisitos regulatórios e circunstâncias únicas;
Ø Periodicidade do rebalanceamento da carteira;
Ø Metas de investimento geral;
Ø Estratégias que o profissional deverá empregar para atingir os objetivos;
Ø Limites de alocação em cada classe de ativo, podendo ter mínimo e máximo em
cada classe de ativo (renda fixa, ações, imóveis);
Ø Critérios de Seleção dos Ativos.

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Política de Investimentos
IPS: Política de Investimentos
Montar o IPS do cliente envolve muito cuidado e alguns itens são extremamente
relevantes pois podem gerar restrições na carteira de investimentos. São eles:
Ø Horizonte de Tempo (T): quanto mais longo o tempo, maior a disponibilidade e a
capacidade de se tomar risco. São divididas em Pré-Aposentadoria (aquisição de
bens), Aposentadoria e Pós-Morte (Herança). Uma mudança de horizonte de tempo
acontece quando as circunstâncias e padrões de gasto ou receitas do investidor
mudam significativamente (prêmio de loteria).
Ø Impostos (I): Afetam o retorno dos investimentos finais quando o imposto é pago
no final (Sucessão) ou durante a o percurso da carteira (renda/alienação).
Ø Liquidez (L): São associadas às necessidade de liquidez contínuas (gastos mensais
ou periódicos), as imediatas (inesperadas) do investidor e aquelas chamadas de
ocasionais (compra de uma casa na praia).
Ø Aspectos Legais e Regulamentação (L): Restrições legais variam muito de cada
jurisdição mas normalmente são associadas a transferência de patrimônio.
Ø Circunstâncias Únicas (U): Engloba todas as demais situações não cobertas pelas
outras categorias (ex. investimentos indesejados).

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Política de Investimentos
IPS: Política de Investimentos
O Planejamento de Liquidez é fundamental em uma carteira de investimentos, para que
não ocorra a necessidade de ter que transforma um investimento de longo prazo em
dinheiro em um curto espaço de tempo, causando um prejuízo não previsto por causa da
falta de liquidez ou causado pelo risco de resgate antecipado.

Este planejamento se baseia nos objetivos do cliente e nas necessidades de gastos


financeiros. Esta necessidade poderão ser:
Ø Imediatas: são despesas que precisam ser atendidas em um espaço de tempo
muito curto (emergências médicas, etc.). Estes recursos devem vir de investimentos
com alta liquidez, como por exemplo: Fundo de Renda Fixa Curto Prazo; CDB de
liquidez diária de bancos de primeira linha (AAA ou AA); Tesouro SELIC (LFT);
Ø Contínuas: são despesas recorrentes que devem ser honradas regularmente pelos
rendimentos da carteira de investimentos;
Ø Ocasionais: São gastos em eventos planejados, normalmente são valores altos
comparado a carteira de investimentos (reformas na casa, viagens, troca de carro).

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Política de Investimentos
IPS: Política de Investimentos
O profissional deverá deixar acordado qual será o período de revisão dos dados do IPS
(Política de Investimentos) do seu cliente. Mas isso não necessita ser algo rígido, pois o
próprio cliente não só pode, mas também deve comunicar as mudanças relevantes (caso
ocorra antes dos prazos acordados das revisões) para que o profissional possa reajustar o
seu IPS. Para que isso possa ocorrer, o cliente necessita saber quais informações são
relevantes e a troca de conhecimento é muito importante.

Os principais exemplos de mudanças na Política de Investimentos são:


Ø OBJETIVOS: Antecipação ou a postergação da compra da casa própria ou da
aposentadoria; nascimento de filhos; doenças terminais; casamento;
Ø SITUAÇÃO FINANCEIRA: Mudanças de emprego, herança, prêmio de loteria...
Ø CONHECIMENTO: Formação acadêmica em finanças e experiência profissional;
Ø MUDANÇAS ECONÔMICAS: Aqui vale uma ressalva, pois quando tratamos de
mudanças econômicas, nos referimos a parte de longo prazo e não de curto prazo.
Por exemplo, uma redução na taxa de juros pelo COPOM não modifica o IPS do
cliente, mas mudanças nos ciclos econômicos do Brasil, podem sim.

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Alocação de Ativos

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Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Conceito
O objetivo de construir um modelo eficiente de alocação é determinar quais serão as
classes de ativos e os tipos de produtos que serão aplicados, com os seus devidos
percentuais. Essa construção chamamos de ALOCAÇÃO DE ATIVOS, ou em inglês de Asset
Allocation. Vale ressaltar que os clientes possuem acesso as mesmas classes de
investimentos, mas não a mesma gama de produtos. Todos nós temos acesso a
investimentos em ações, mas nem todos tem acesso a comprar ações de uma companhia
fechada.

Primeiramente, a ALOCAÇÃO DE ATIVOS é dividida entre a classe dos ativos, chamado de


MACRO-ALOCAÇÃO, para posteriormente selecionar os produtos de investimentos
daquelas classes, classificada como MICRO-ALOCAÇÃO. Porém, existem as formas de
como será feita a aplicação dos recursos, ou seja, se o investidor deseja buscar
oportunidades de curto prazo ou apenas de longo prazo, se ele deseja que a carteira de
investimentos possua muita movimentação financeira ou não. Neste sentido, a
ALOCAÇÃO DE ATIVOS é dividida em Estratégica x Tática e Dinâmica x Estática, que
veremos a seguir as suas diferenças.

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Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Macro e Micro-Alocação
Conforme citamos, a ALOCAÇÃO DE ATIVOS pode ser segmentada entre:
Ø MACRO-ALOCAÇÃO: Esta é a parte que se escolhe as classes e as porcentagens
dos ativos que farão parte da carteira de investimentos. Ela ocorre exatamente nesta
Etapa 4 – Desenvolvimento de Recomendações e Apresentação ao Cliente. Para ficar
mais claro, podemos classificar as classes dos ativos resumidamente como:
§ Renda Fixa;
§ Renda variável;
§ Ativos Imobiliários;
§ Investimentos Internacionais;
§ Investimentos alternativos.
Ø MICRO-ALOCAÇÃO: Já esta parte é a escolha dos produtos de investimentos e ela
ocorre após a apresentação ao cliente, portanto, ocorre na Etapa 5 - Implementação
das recomendações de planejamento financeiro. Como exemplo, temos:
§ Escolher entra LFT ou LTN;
§ Investir no setor elétrico;
§ Comprar o imóvel A ou o B.

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Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Estratégica x Tática
Quando se trata de Classe de Ativos, o ASSET ALLOCATION pode ser dividido entre:
Ø ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA (Fixa): Conceitualmente, os objetivos de rentabilidade,
tolerância ao risco e restrições do investidor são integradas aos cenários econômicos
de longo prazo, para que seja definido quais serão as classes de ativos aceitas no IPS
(Política de Investimentos). Desta forma, entende-se que os retornos futuros serão
semelhantes ao retornos passados e a volatilidade tende a ser baixa. Desta forma, se
um investidor necessita de 15% ao ano de retorno para seus objetivos, e sabendo
que o retorno da Renda Fixa foi de 10% ao ano e o do Ibovespa foi de 20% ao ano, a
alocação do estratégica diria que deveríamos investir 50% em cada classe.
Ø ALOCAÇÃO TÁTICA (Flexível): Aqui já falamos de uma questão de “momentum”,
de “timming”, ou seja, é uma alocação que utiliza os princípios da ESTRATÉGICA, mas
que permite ajustes de curto prazo aos pesos das classes de ativos baseados nas
expectativas de curto prazo relativas às performances destas classes de ativos. Desta
forma, se o gestor acredita que o cenário para os próximos meses não seja favorável
para o Ibovespa (Carteira de Ações), ele pode diminuir a exposição a ações e
aumentando em renda fixa, ficando por exemplo, em 80% em renda fixa e 20% em
ações, ao invés de 50% de renda fixa e 50% de Ibovespa.

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Alocação de Ativos (Asset Allocation)
Dinâmica x Estática
Também podemos dividir o ASSET ALLOCATION em:
Ø ALOCAÇÃO DINÂMICA (ATIVA): Este tipo de Alocação tem por objetivo ajustar
dinamicamente (ativamente) a seleção de ativos da carteira cliente, baseado na
expectativa de alta ou baixa de determinados setores da economia, vendendo e
comprando ativos. Por exemplo, se o gestor acredita que algum setor se desvalorizou
rapidamente na bolsa de valores, ele pode comprar essas ações para quando se
recuperar, já vender com lucro suas posições.
Ø ALOCAÇÃO ESTÁTICA (PASSIVA): A Alocação Estática se caracteriza pela
manutenção das posições ao longo do tempo, mesmo que possa haver um
desequilíbrio em percentuais da carteira. Poderíamos resumir como um “não fazer
nada”, que também é uma tomada de decisão.

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IPS e Alocação Estratégica na prática
Aplicação Prática
Para concluir com um viés prático, é importante destacar o seguinte:
Ø Exposição a risco na elaboração do IPS: Quando o gestor ou profissional de
investimentos elabora a Política de Investimentos (IPS) e utiliza as premissas da
Fronteira Eficiente e da Teoria Moderna de Finanças (Markowitz), pode-se afirmar
que ele deve basear seus critérios de decisão para alocação estratégica na exposição
deseja pelo investidor ao risco sistêmico (não diversificável).
Isso porque, segundo postulado por Markowitz, o risco não sistêmico, ou
diversificável, deve ser diversificado, como o próprio nome diz. Portanto, o retorno
exigido pelo investidor está associado ao risco sistêmico ao qual ele deseja se expor;
Ø Alocação Estratégica: Para colocar em prática a Alocação Estratégica, o gestor irá
considerar a Política de Investimentos (IPS) e, adicionalmente, as expectativas de
longo prazo para o mercado de capitais;

Ø Grande valor agregado à carteira: muitos defendem que o grande valor agregado
à carteira de investimentos provém principalmente da alocação estratégica dos
ativos.

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Métodos de Alocação de Ativos

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Métodos de Alocação de Ativos
Conceitos
Dentro dos métodos de alocação de ativos, estudaremos os seguintes:

Ø Fronteira Eficiente (Markowitz): Também chamada de Modelo da Média


Variância, é o processo de ponderação do risco, expresso como variância, em relação
ao retorno esperado;

Ø Black Litterman: Incorporação das expectativas do investidor ao Modelo da Média


Variância;

Ø Simulação de Monte Carlo: A probabilidade de resultados para determinada


variável (ex: retorno de um ativo) não pode ser determinada devido à interferência
de variáveis aleatórias. O modelo foca na repetição constante de amostras aleatórias
para atingir os resultados;

Ø Asset-Liability Management (ALM): Modelo que foca no gerenciamento de ativos


e fluxos de caixa para reduzir o risco de perdas em caso de não pagamento de
passivos. É bastante usado por instituições financeiras e por fundos de pensão.

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Métodos de Alocação de Ativos
Fronteira Eficiente (Média-Variância)
O modelo da Média-Variância, baseado na Fronteira Eficiente, é o processo de
ponderação do risco, expresso como variância, em relação ao retorno esperado.

Leva esse nome porque o retorno é estimado pelo média e pelo risco, definido como
sendo a variância.

É utilizado para tomar decisões de investimento - os investidores avaliam quanto risco


estão dispostos a assumir em troca de diferentes níveis de retorno. Com isso, é possível
obter o ponto que maximiza o retorno para um dado nível de risco ou que minimiza o
risco para um dado nível de retorno.

A desvantagem do modelo é que pode gerar, como resultado, carteiras excessivamente


concentradas em determinadas classes de ativo, o que pode inclusive não fazer sentido na
prática. Além disso, o modelo é muito sensível aos dados de entrada e requer muito
cuidado no processo de geração de estimativas de risco e retorno das classes de ativos.

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Métodos de Alocação de Ativos
Black Litterman
Procura sanar o problema do excesso de concentração em determinadas classes de amvo,
resultado possível do modelo da Média-Variância, a parmr da incorporação de crenças ou
visões do invesmdor no processo de alocação.

A inclusão das crenças do invesmdor faz com que o modelo Black-Linerman possa ser
diretamente umlizado em um processo de invesmmento que combine modelos de apoio à
tomada de decisão com análises de cenários econômicos derivadas da experiência e
opinião de economistas e gestores de recursos.

A incerteza que existe nas esmmamvas futuras da média e da variância dos retornos dos
amvos e a sensibilidade aos dados de entrada dos modelos de alocação, porém, são
desvantagens desse modelo.

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Métodos de Alocação de Ativos
Simulação de Monte Carlo
A Simulação de Monte Carlo faz referência a um dos distritos do Principado de Mônaco,
famosos por seus cassinos onde se jogam roletas, dados, entre outros. Isso porque o
acaso e os resultados aleatórios são fundamentais tanto para os jogos no Principado,
como para a técnica de modelagem que leva o nome desse local do sul da França.

A probabilidade de resultados variáveis (ex: expectamva do retorno de um amvo) não pode


ser determinada devido à interferência de variáveis aleatórias. Para contornar isso, a
simulação foca na repemção constante de amostras aleatórias para amngir os resultados
desejados quanto à previsão de determinada variável.

Em outras palavras, a técnica elege uma variável e atribui a ela um valor aleatório. O
modelo é então executado e um resultado é fornecido. Este processo é repemdo várias
vezes ao atribuir à variável em questão muitos valores diferentes. Assim que a simulação
for concluída, os resultados são calculados em conjunto para fornecer uma esmmamva.

O procedimento é conhecido por ser mais robusto e, portanto, menos sensível a erros nas
expectamvas. Contudo, envolve um grande esforço matemámco e computacional.

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Métodos de Alocação de Ativos
Asset Liability Management
Modelo que foca no gerenciamento de ativos e fluxos de caixa para reduzir o risco de
perdas em caso de não pagamento de passivos.

A gestão por Asset Liability Management se preocupa com o tempo em que ocorrerão os
fluxos de caixa. Isso porque os ativos precisam estar disponíveis e líquidos no momento
do pagamento dos passivos.

É muito utilizado para gerir a carteira de empréstimos de Instituições Financeiras e de


Fundos de Pensão, além das reservas matemáticas de seguradoras.

Sua abordagem procura maximizar a diferença entre ativos e passivos para cada nível de
risco, reduzindo assim o risco de descasamento de fluxos de caixa. Contudo, utiliza
expectativas de retornos esperados, o que pode influenciar negativamente o modelo, por
conta da incerteza de tais retornos.

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Rebalanceamento de Carteiras

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Rebalanceamento de Carteiras
Regular e Percentual
Estas são duas maneiras de modificar os ativos nas carteiras de investimentos. Conforme
o próprio nome diz, o REBALANCEAMENTO REGULAR, também chamado de
CALENDÁRIO, ocorre periodicamente (mensalmente, trimestralmente, ...). É muito
comum de ser visto em carteira de ações de corretoras (exemplo: Carteira Recomendada
Mensal de Ações).

Já o tipo PERCENTUAL DA CARTEIRA, também conhecido por CORREDOR, é uma forma


de equilíbrio de risco, por não estar mais exposto ao previsto inicialmente no IPS em
algum tipo de mercado (ações, renda fixa, imobiliário,...) ou em algum ativo específico.

Por exemplo, a carteira de investimentos de um cliente está posicionada em 5% na ação


XYZ. Após alguns dias, a empresa valoriza 100%. Com isso, este ativo passa a ter uma
posição muito mais expressiva do que o inicial (aproximadamente de 10% agora), fazendo
com que a carteira seja rebalanceada por motivo percentual.

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Rebalanceamento de Carteiras
Regular e Percentual
Além disso, podemos citar ainda as seguintes caracterísmcas:
Ø Custos: o rebalanceamento regular ou calendário tende a envolver menores
custos comparamvamente ao rebalanceamento percentual ou por corredor, pois esse
úlmmo pode ser precipitado mais de uma vez entre as datas de rebalanceamento por
calendário;
Ø Desvio da alocação estratégica: como o rebalanceamento percentual ou corredor
é acionado quando a composição da carteira sofre alguma mudança significamva (a
ser definida pelo invesmdor), esse formato tende a minimizar desvios da alocação
estratégica comparamvamente ao rebalanceamento regular ou calendário,
principalmente em cenários de maior volamlidade;
Ø Aversão a riscos: existe uma relação inversa entre a aversão a risco do invesmdor e
o corredor para rebalanceamento. Assim, quanto maior/menor a aversão a riscos do
invesmdor, menor/maior será o corredor, disparando assim o rebalanceamento mais
rapidamente/lentamente em caso de maior volamlidade.
Dentro dos rebalanceamento, veremos as três estratégias cobradas no Exame:
Ø Buy-and-Hold;
Ø Constant Mix;
Ø CPPI.

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Buy-and-Hold
Ao invés de uma estratégia dinâmica, através da qual o gestor deve rebalancear a carteira
de acordo com alguma regra, a estratégia de BUY AND HOLD é uma estratégia PASSIVA
em que não se deve fazer nada. O gestor aloca os amvos da carteira de acordo com a
Polímca de Invesmmentos (IPS) e depois não altera mais.

q PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Ø Tolerância de risco diretamente relacionada à riqueza,
Ø Possui valor de piso (valor formado com todos os recursos invesmdos em ttulos
públicos de curto prazo).
Ø Estratégia linear;
Ø Potencial de alta ilimitado.
Ø Eficiente fiscalmente (sem muitas transações).

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Buy-and-Hold: Exemplo
Rafael adota a estratégia Buy-and-Hold e possui um patrimônio de R$ 500.000. Sua
intenção é investir 40% do patrimônio em BOVA11 e o restante num fundo indexado DI.
Após 12 meses o Ibovespa teve valorização de 30% e o fundo DI de 10%. Passados os 12
meses, quanto deverá estar alocado entre os ativos de renda variável e de renda fixa?

q RESPOSTA: Como o cliente adota uma estratégia buy-and-hold, não haverá alteração da
carteira ao longo do tempo por tratar-se de uma estratégia de investimentos passiva.
Assim, devemos apenas calcular a distribuição inicial e aplicar a rentabilidade dos ativos
nas referidas posições. Desta forma:
Ø Carteira = R$ 200.00,00 (40% em BOVA11) + R$ 300.00,00 (60% em Fundo DI)
Valorização e posição final da Carteira:
Ø BOVA11 (valorização de 30%) = R$ 200.00,00 × 30% = R$ 260.000,00
Ø Fundo DI (valorização de 10%) = R$ 300.00,00 × 10% = R$ 330.000,00
Ø Total = R$ 590.000,00

No entanto, a posição de Rafael agora será de 44% em BOVA11 e 56% em Fundo DI, sendo
que ele não deve fazer nada para ajustar.

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Constant Mix
Em contraste com a estratégia de buy and hold, o CONSTANT MIX (também chamado de
pesos constantes, já que sempre deve manter o mesmo percentual em cada classe de
ativos, após o rebalanceamento) requer um rebalanceamento constante da carteira para
alocações especificadas, usando corredores ou datas de calendário. Desta forma, se as
ações da carteira subirem muito, o investidor vende e adiciona mais renda fixa (para
manter o mesmo percentual das classes dos ativos no início), se as ações caírem, ele irá
comprar mais ações, sacando da renda fixa.

q PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Ø Estratégia Ativa, com rebalanceamento frequente;
Ø Mantém uma exposição de ações e dinheiro que é uma porcentagem fixa da
carteira total;
Ø Estratégia Contrária (fornece liquidez): Vende ações à medida que sobem, compra
à medida que caem (Estratégia Côncava);
Ø Baixa proteção de queda: sem valor de piso;
Ø Má performance em mercados com tendência;
Ø Pode gerar excessivo pagamento de impostos.

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Constant Mix: Exemplo
Rafael adota a estratégia Constant Mix e possui um patrimônio de R$ 500 mil. Sua
intenção é investir 40% do patrimônio em BOVA11 e o restante em um fundo de renda
fixa indexado ao CDI. Após 12 meses, o Ibovespa teve valorização de 30% e o fundo DI
de 10%. Passados os 12 meses, quanto deverá estar alocado entre os ativos de renda
variável e de renda fixa?

q RESPOSTA: Como o cliente agora adota uma estratégia Constant Mix, após calcular o
valor da carteira depois de 12 meses, deve-se ajustar a carteira para os mesmos
percentuais iniciais:
Ø Carteira = R$ 200.00,00 (40% em BOVA11) + R$ 300.00,00 (60% em Fundo DI)
Valorização e posição final da Carteira:
Ø BOVA11 (valorização de 30%) = R$ 200.00,00 × 30% = R$ 260.000,00
Ø Fundo DI (valorização de 10%) = R$ 300.00,00 × 10% = R$ 330.000,00
Ø Total = R$ 590.000,00

Neste momento, devemos ajustar a carteira para os mesmo percentuais do início:


Ø BOVA11 (40%) = R$ 590.000,00 x 40% = R$ 236.000,00 (vendeu ações)
Ø Fundo DI (60%) = R$ 590.000,00 x 60% = R$ 354.000,00 (investiu mais no fundo DI)

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
CPPI
A estratégia CPPI (Constant Proportion Portfolio Insurance), com tradução literal de
“Seguro de Carteira de Proporção Constante”, possui como estratégia uma alocação para
ações através de uma fórmula. Mas como a tradução nos leva a entender, esta estratégia
leva em consideração ter uma proteção do portfólio constantemente. O seu raciocínio é
de que quando as ações caírem muito, o investidor irá vender tudo e manter um valor
“constante protegido”, no entanto, se as ações estiverem subindo, o mesmo irá comprar
mais ações. Podemos dizer então, que é uma estratégia contrária ao Constant Mix.

Colocando em prática, o investidor especifica um valor mínimo, um piso (F) para a sua
carteira e depois escolhe um multiplicador (m). A diferença entre o total de ativos (TA) e o
piso, será multiplicado por este fator (m), chegando na quantidade de ações que será
investida.

q FÓRMULA:
Ações = m×(TA − F)

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
CPPI: Exemplo
Rafael adota a estratégia CPPI e possui um patrimônio de R$ 500.000. Sua intenção é
investir em BOVA11, manter um piso de R$ 400.000,00 e ter um multiplicador de 1,5x.
Após 12 meses o Ibovespa teve valorização de 30% e o fundo DI de 10%. Passados os 12
meses, quanto deverá estar alocado entre os ativos de renda variável e de renda fixa?

q RESPOSTA: Como o cliente agora adota uma estratégia CPPI, após calcular o valor da
carteira nesse período, deve-se ajustar a mesma para o devido multiplicador:
Ø Carteira em ações = 1,5 × (500.000 – 400.000) = R$ 150.000,00
Valorização e posição final da Carteira:
Ø BOVA11 (valorização de 30%) = R$ 150.00,00 × 30% = R$ 195.000,00
Ø Fundo DI (valorização de 10%) = R$ 350.00,00 × 10% = R$ 385.000,00
Ø Total = R$ 580.000,00

Neste momento, devemos ajustar a carteira para manter o mesmo piso de R$ 400 mil:
Ø Carteira em ações = 1,5 × (R$ 580.000,00 – R$ 400.000,00) = R$ 270.000,00
Ø BOVA11 = R$ 270.000,00
Ø Fundo DI = R$ 310.00,00

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
CPPI: Resumo
Desta forma, podemos afirmar que a estratégia CPPI possui as seguintes características:
Ø Chamada também de Estratégia Momentum;
Ø É uma Estratégica Convexa;
Ø Tolerância de risco é zero, quando a carteira atinge o valor de piso;
Ø Má performance em mercados planos, mas voláteis;
Ø Boa performance em mercados com tendência (compra mais ações a medida em
que o mercado está se valorizando);
Ø Protege o risco de queda nos mercados em baixa (vende as ações a medida em
que o mercado está se desvalorizando, pois quando a carteira atingir o valor mínimo,
ele venderá todas as ações e deixará todo o recurso aplicado em renda fixa);
Ø ESTRATÉGIA CONTRÁRIA AO CONSTANTE MIX;
Ø Como comprar um seguro:
§ Compra ações quando o mercado sobe;
§ Vende mais rápido quando o mercado cai.

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Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento
Performance das Estratégias

Estratégia CONSTANT
BUY & HOLD CPPI
MIX
/
Mercado

Tendência de Alta 3º 2º 1º

Plano
com oscilações 1º 2º 3

Tendência de Baixa 3º 2º 1º

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