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A Pro Educacional é uma plataforma de educação financeira, especializada em
certificações. Criada em 2016, oferece cursos preparatórios de alta qualidade e
com baixo custo para atender a demanda crescente por profissionais no mercado
financeiro. À frente dos nossos cursos estão professores certificados e com
vivência no mercado.

Em busca de uma experiência mais completa e eficiente, enviamos esta apostila


impressa (além da versão on-line), como material de apoio. Todos os cursos
passam por atualizações constantes a fim de acompanhar o conteúdo exigido nos
exames. Além disso, temos um canal aberto de suporte com especialistas para
auxiliar você em seus estudos em todos os momentos.

Esta apostila é parte integrante do Curso Preparatório CFP da Pro


Educacional. Este é um material complementar para seus estudos.
Você pode conferir os exercícios de fixação, simulados e
videoaulas na sua biblioteca acessando

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CNPJ: 27.052.736/0001-60
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Sumário
Introdução ao Módulo I do CFP ...................................................................................................................5
Apresentação – Módulo I do CFP: Definição de planejamento financeiro ...............................................5
Orientação de Estudos – Módulo I CFP...................................................................................................9
1. O Processo de Planejamento Financeiro do Profissional CFP ..........................................................11
1.1. Resumo: O Processo de Planejamento Financeiro do Profissional CFP ...................................11
2. Responsabilidade Fiduciária e Conduta Profissional .........................................................................15
2.1. Resumo: Responsabilidade Fiduciária e Conduta Profissional..................................................15
3. Perfil de Competência do Planejador Financeiro ...............................................................................21
3.1. Resumo: Perfil de Competência do Planejador Financeiro .......................................................21
4. Fundamentos de Economia ...............................................................................................................28
4.1. Resumo: Fundamentos de Economia ........................................................................................28
5. Gestão Financeira .............................................................................................................................43
5.1. Resumo: Gestão Financeira ......................................................................................................43

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Introdução ao Módulo I do CFP
Apresentação – Módulo I do CFP: Definição de
planejamento financeiro
O Processo de Planejamento Financeiro do Profissional CFP®
Ao item 1 do Módulo I do Exame CFP®
O objetivo deste item é verificar se o profissional possui domínio do conteúdo do
Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da PLANEJAR, e
também dos conceitos fundamentais relacionados ao processo de planejamento
financeiro do profissional CFP®, às responsabilidades fiduciárias e de conduta
profissional do planejador financeiro, conhecer e empregar as seis etapas do
processo de planejamento financeiro, e conhecer as funções do planejamento
financeiro (coleta, análise e síntese), evidenciando as competências essenciais
para o cumprimento de suas atividades (PLANEJAR, 2019).

O processo de planejamento financeiro pessoal


Para a Financial Planning Standards Board Ltd. (FPSB):
O planejamento financeiro é o processo de formulação de estratégias para
auxiliar os clientes a gerenciar os seus assuntos financeiros para atingir os seus
objetivos de vida (FPSB, s.d.).

Em outras palavras, o processo de planejamento financeiro pessoal é o processo em


que o profissional de planejamento financeiro parte do diagnóstico e reconhecimento
da situação financeira atual de um cliente para desenvolver e propor, ao mesmo, um
plano-estratégico-financeiro pessoal de ação a ser, pelo mesmo, aprovado (ou não).
Se, implementado, monitorado e ajustado (quando necessário) ao longo do tempo, por
sua vez, serve para gerenciar os seus assuntos financeiros e para atingir os seus
objetivos de vida.

Módulo I - Planejamento Financeiro (proporção de 38% a 46%)


Objetivos
O conhecimento do processo de planejamento financeiro do profissional CFP® visa
permitir aos candidatos desenvolver um plano financeiro estruturado para um cliente.
Adicionalmente aos princípios básicos do processo de planejamento financeiro, são
incluídos neste módulo outros assuntos que sustentam esse processo: (a) a análise da
gestão financeira de um indivíduo ou uma família; (b) o conhecimento de fundamentos
de economia e finanças e (c) a aplicação e avaliação de métodos de análise de
investimentos. Complementam os conhecimentos exigidos de um profissional CFP® o
Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da PLANEJAR, o Perfil de
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Competências do Planejador Financeiro e as Melhores Práticas de Planejamento
Financeiro. Conceitos de matemática financeira e conceitos básicos de estatística são
pré-requisitos para os cálculos que serão exigidos nesse módulo, bem como uma
avaliação e formulação de estratégias em função do ambiente econômico e regulatório,
da necessidade de utilização de operações de crédito e dos investimentos. Os
componentes exigidos na parte de gestão financeira visam preparar os profissionais
para desenvolver estratégias e técnicas de otimização do fluxo de caixa, ativos e
passivos, liquidez, orçamento e o uso responsável do crédito.

1. O Processo de Planejamento Financeiro do Profissional CFP


1.1 Propósito, benefícios e componentes do processo de planejamento financeiro
1.2 Etapas do processo de planejamento financeiro
1.2.1 Definição do relacionamento com o cliente
1.2.2 Coleta das informações necessárias para elaboração de um plano financeiro
(gestão financeira, gestão de investimentos, gestão de risco e seguros, planejamento
da aposentadoria, planejamento fiscal e sucessório)
1.2.3 Análise dos objetivos, necessidades, valores e informações do cliente
1.2.4 Desenvolvimento de recomendações e apresentação ao cliente
1.2.5 Implementação das recomendações de planejamento financeiro
1.2.6 Monitoramento da situação do cliente

2. Responsabilidade Fiduciária e Conduta Profissional


2.1 Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da Planejar
2.1.1 Aplicabilidade e cumprimento
2.1.2 Termos e Expressões (Seção I)
2.1.3 Princípios (Seção II)
2.1.3.1 Princípio 1: Cliente em Primeiro Lugar
2.1.3.2 Princípio 2: Integridade
2.1.3.3 Princípio 3: Objetividade
2.1.3.4 Princípio 4: Imparcialidade
2.1.3.5 Princípio 5: Profissionalismo
2.1.3.6 Princípio 6: Competência
2.1.3.7 Princípio 7: Confidencialidade
2.1.3.8 Princípio 8: Diligência
2.1.4 Regras (Seção III)
2.1.5 Procedimentos Disciplinares (Seção IV)
2.1.6 Melhores Práticas (Seção V)
2.1.7 Normas disciplinares e procedimentos para apuração de descumprimento às
regras do Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional (Anexo)

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3. Perfil de Competência do Planejador Financeiro
3.1 Matriz de Capacidades do Planejador Financeiro
3.1.1 Coleta 3.1.2 Análise
3.1.3 Síntese
3.1.4 Componentes do Planejamento Financeiro: Gestão Financeira, Gestão de Ativos
e Investimentos, Planejamento de Aposentadoria, Gestão de Riscos e Seguros,
Planejamento Fiscal e Planejamento Sucessório
3.2 Habilidades Profissionais do Planejador Financeiro
3.2.1 Responsabilidade profissional
3.2.2 Prática
3.2.3 Comunicação
3.2.4 Cognição

4. Ambiente Macroeconômico, Regulatório e Fundamentos de Economia e


Finanças
4.1 Fundamentos de Economia
4.1.1 Políticas macroeconômicas: monetária, fiscal e cambial
4.1.2 Principais indicadores econômicos: PIB; índices de inflação; IGPM; IPCA
4.1.3 Principais indicadores financeiros: taxa de juros (Selic, DI, TLP, TR); taxa de
câmbio (comercial, turismo, spot e ptax)
4.1.4 Análise de ciclos econômicos
4.2 Sistema Financeiro Nacional
4.2.1 Órgãos de regulação, fiscalização, autorregulação e participantes do mercado
4.3 Normas e Regulação
4.3.1 Prevenção e combate a lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e
valores. Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98 e Lei 12.683/12 e suas
alterações)
4.3.2 Utilização indevida de informações privilegiadas: inside information, inside trading,
front running
4.4 Fundamentos de Finanças e Análise de Investimento
4.4.1 Valor presente, valor futuro, taxa de desconto e fluxo de caixa
4.4.2 Regime de capitalização simples e composto
4.4.3 Proporcionalidade e equivalência de taxas
4.4.4 Taxa de juros nominal x juro real
4.4.5 Estrutura a termo da taxa de juros em moeda local e moeda estrangeira
4.4.6 Desconto bancário e desconto comercial
4.4.7 Perpetuidade
4.4.8 Séries de pagamento: SAC, Price e SAA
4.4.9 Taxa mínima de atratividade e custo de oportunidade
4.4.10 Taxa de desconto em ativos financeiros
4.4.11 Taxa interna de retorno (TIR); TIR Modificada;
4.4.12 Valor presente líquido (VPL)
4.4.13 Payback e Payback Modificado (descontado)
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4.4.14 Custo médio ponderado de capital (CMPC)
4.4.15 Medida de fluxo de caixa incluindo lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (LAJIDA ou EBITDA)

5. Gestão Financeira
5.1 Orçamento e fluxo de caixa
5.1.1 Capacidade de Poupança
5.1.2 Fundo de emergência
5.2 As Contas do Balanço Patrimonial Pessoal
5.2.1 Ativos de uso e não uso
5.2.2 Principais indicadores: índices de liquidez, cobertura de despesas mensais,
endividamento e poupança
5.3 Crédito e Gestão de Dívidas
5.3.1 Modalidades de créditos
5.3.1.1 Rotativo, consignado, pessoal, CDC
5.3.1.2 Financiamento Imobiliário
5.3.1.3 Outras modalidades de crédito: leasing, consórcio, penhor, crédito rural,
BNDES, crédito educacional.

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Orientação de Estudos – Módulo I CFP
Prezado(a), a fim de aumentar ainda mais suas chances de aprovação no referido
exame, dispomos das orientações abaixo:
Esta é uma orientação de estudos para o exame CFP.
O exame é dividido em 6 Módulos.

Tabela – Módulos do exame CFP.


Número de Tempo de duração da Mínimo % de acertos para
Módulo
Questões prova aprovação
I Planejamento
53 2 horas e 40 minutos 49%
Financeiro e Ética
II Gestão de Ativos e
27 1 hora e 20 minutos 48%
Investimentos
III Planejamento de
18 55 minutos 50%
Aposentadoria
IV Gestão de Riscos
15 45 minutos 46%
e Seguros
V Planejamento
14 45 minutos 50%
Fiscal
VI Planejamento
13 40 minutos 46%
Sucessório
Fonte: Elaborada pelo autor.

Atenção: O exame CFP possui conteúdo muito amplo, por isso é necessária muita
dedicação aos estudos e, pela extensão do conteúdo, a previsão de qual tópico será
cobrado é incerta. Sendo assim, é fundamental o conhecimento total sobre todos os
tópicos, fazendo e refazendo todas as questões disponíveis.
Para obter um bom resultado no exame, siga as dicas:
• Crie uma rotina de estudos, de preferência estude sempre no mesmo horário.
Além disso, defina a quantidade de horas a serem estudadas semanalmente;
• Estude enquanto for produtivo - Monte um cronograma viável e factível, para não
se frustrar; respeite os limites do seu corpo, é melhor estudar 4 horas por dia
durante 5 dias do que 10 horas durante 2 dias.
• A ordem dos capítulos foi definida com o objetivo de tornar o conteúdo mais
didático;
• Vídeos são complementares, a leitura do material é essencial - Caso queira
apenas assistir aos vídeos, utilize a biblioteca de vídeos no final do curso.
• Entenda o conteúdo, crie conexões com o que você já conhece, evite decorar;
• Disponibilizamos ao final das aulas exercícios de fixação, são exercícios mais
simples, com o objetivo de reforçar conceitos vistos em aula. Ao final de cada
capítulo também consta uma lista de exercícios com questões de nível médio e
difícil. Esses exercícios aos finais dos capítulos assemelham-se mais ao
conteúdo dos simulados e do exame.
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• Fazer os exercícios no final de cada capítulo é essencial para fixação do
material, dê atenção à sua pontuação, caso necessário, revise o material que
teve maior dificuldade e refaça os exercícios. Lembre-se, é necessário acertar
60% ou mais das questões;
• Não pule exercícios com cálculo, caso não tenha entendido, repita a operação;
• Faça anotações do conteúdo;
• Utilize o resumo para relembrar os principais tópicos estudados;
• Ao final do curso são disponibilizados simulados, faça e refaça os simulados até
obter resultados acima da média e acima dos 60% necessários para aprovação.
Recomendamos realizar a prova quando o seu nível de acerto for superior a
80% nos simulados;
• Foque nas matérias que possui maior dificuldade e também nas matérias com
maiores proporções de questões na prova.
• Se possível, cronometre o tempo em que realiza questões com cálculo e sem
cálculo, para que possa monitorar as áreas específicas de dificuldade e obter o
máximo de aproveitamento já nos exercícios e simulados, e assim, na prova.

Dúvidas com relação ao conteúdo ou questionamentos sobre o material didático podem


ser solucionadas através do e-mail: edu@proeducacional.com

Orientações para a prova:


• Faça um resumo na folha de rascunho da prova oferecida pelo examinador;
• Não trave nas questões difíceis, resolva as questões mais fáceis primeiro;
• Elimine as alternativas antes de responder.

Se surgir alguma dúvida, pode perguntar no e-mail edu@proeducacional.com, teremos


o prazer em ajudar!
Com apreço,
Equipe Pro Educacional.

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1. O Processo de Planejamento
Financeiro do Profissional CFP
1.1. Resumo: O Processo de Planejamento Financeiro
do Profissional CFP
Resumo
• “O planejamento financeiro é o processo de formulação de estratégias para
auxiliar os clientes a gerenciar os seus assuntos financeiros para atingir os seus
objetivos de vida” (FPSB).
• O processo de planejamento financeiro compreende seis etapas que
buscam: estabelecer e definir a relação profissional com o cliente; coletar
informações do cliente; analisar e avaliar a situação financeira do cliente;
elaborar e apresentar recomendações de planejamento financeiro ao cliente;
implementar as recomendações de planejamento financeiro do cliente; revisar a
situação do cliente. Neste aspecto:
o estabelecer e definir o relacionamento com o cliente: informar o cliente
sobre o planejamento financeiro e as competências dos profissionais de
planejamento financeiro. Determinar se o profissional de planejamento
financeiro pode atender as necessidades do cliente. Definir o escopo da
contratação, conhecer os direitos e responsabilidades do planejador
financeiro, do cliente e de outros assessores envolvidos na elaboração do
plano financeiro pessoal. Um contrato sobre os termos da contratação dos
serviços.
o coletar as informações do cliente: coletar informações qualitativas.
Identificar os objetivos pessoais e financeiros, as necessidades e as
prioridades do cliente. Coletar informações quantitativas e documentos.
Informações necessárias para elaboração de um plano financeiro (dados
para a gestão financeira, gestão de investimentos, gestão de risco e seguros,
planejamento da aposentadoria, planejamento fiscal e sucessório).
o analisar e avaliar a situação financeira do cliente: para formular uma
estratégia adequada de investimentos, então analisar o perfil do cliente, ou
seja, identificar o perfil de risco do cliente (isto é, analisar e avaliar os tipos de
riscos que ele está exposto (vida, patrimônio, renda, acidentes pessoais,
saúde, aposentadoria, responsabilidade civil, etc.) em função de seus
objetivos, horizonte de investimento e expectativas de retorno.
o desenvolver e apresentar as recomendações de planejamento
financeiro ao cliente: determinar e propor uma política de investimento em
função de sua situação financeira, estágio de vida, perfil psicológico,

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objetivos e restrições. Identificar, avaliar e propor estratégias de
planejamento financeiro.
o implementar as recomendações de planejamento financeiro do cliente:
identificar e apresentar produtos e serviços pertinentes ao plano financeiro
aprovado pelo cliente. Obter aprovação sobre as responsabilidades na
implementação do plano financeiro pessoal.
o revisar a situação do cliente: revisar e reavaliar periodicamente o plano
financeiro pessoal do cliente sugerindo e realizando, quando necessário, os
devidos ajustes. Por sua vez, obtendo aprovação para o emprego de
estratégias que servem como ferramentas para implementar os ajustes
sugeridos.
• Ademais, o planejamento financeiro tem seis componentes, são eles: Gestão
financeira; Gestão de ativos; Gestão de risco e seguros; Planejamento tributário;
Planejamento de aposentadoria, e Planejamento sucessório.
• O plano-estratégico financeiro pessoal criado para o cliente compreende a
análise de dados (quantitativos e qualitativos), como, por exemplo, de objetivos,
de perfil de risco, de avaliação da situação financeira, de monitoramento de
recomendações, e de alternativas de planejamento -financeiro. Em geral, é
criado para médio e longo prazo.
• Plano financeiro pessoal: consiste na formulação de uma estratégia, ou de um
conjunto de estratégias, para então gerenciar o planejamento financeiro, o
planejamento dos investimentos, o planejamento sobre os riscos e seguros, o
planejamento da aposentadoria, o planejamento tributário, e o planejamento
sucessório, de um cliente. Nesse sentido:
o na gestão financeira, são desenvolvidas estratégias para o equilíbrio
financeiro do cliente;
o a gestão de ativos auxilia na alocação mais adequada para o patrimônio
conforme o perfil de risco e o horizonte temporal de investimentos do cliente,
busca-se avaliar sua carteira, de modo a maximizar o retorno e minimizar os
riscos;
o a gestão de risco auxilia na identificação de riscos e formulação de
estratégias de proteção;
o no planejamento tributário busca-se estratégias legais para diminuir o
impacto dos impostos sobre o patrimônio do cliente;
o no planejamento de aposentadoria é calculado o valor mensal que o cliente
desejaria receber em sua aposentadoria e o valor de poupança que vai ser
necessário investir mensalmente;
o o planejamento sucessório é um processo que trata dos impostos e da
morte na gestão das finanças pessoais. Além de tratar da divisão de bens
entre herdeiros e testamento.
• De acordo com a classificação, o conjunto de conhecimentos de planejamento
financeiro é dividido em onze áreas: Tributação; Seguros; Investimentos;
Aposentadoria, poupança e geração de renda; Legislação; Análise Financeira;
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Dívida; Ambiente Econômico e Regulatório; Planos de Previdência Social;
Finanças Comportamentais; Ética e Padrões de Conduta.
• Dentre os benefícios básicos do processo de planejamento financeiro estão:
equilíbrio financeiro, visualização e compreensão de custos de oportunidade,
identificação de riscos, diminuição de incertezas (financeiras e econômicas),
bem como o aumento do nível de renda e o acúmulo de riquezas; ao longo do
tempo.
• Dentre os padrões de desempenho para as melhores práticas de planejamento
financeiro estão estabelecidos: o nível de prática esperada de um profissional de
planejamento financeiro; a prática profissional que resulta na entrega consistente
de planejamento financeiro; as funções e responsabilidades dos profissionais de
planejamento financeiro e de seus clientes no compromisso de um planejamento
financeiro; e a ampliação da percepção de valor do processo de planejamento
financeiro.
• De modo a estabelecer melhores práticas de planejamento financeiro, estão
elencados alguns termos:
o para estabelecer e definir o relacionamento com o cliente:
o o planejador financeiro deverá ser capaz de conhecer as formas de
remuneração aceitas e praticadas, buscado um modelo aceitável para ambas
as partes, para estabelecer uma relação profissional transparente e
adequada com o cliente.
o além do mais, o profissional deverá ser capaz de conhecer o processo e
informar adequadamente o cliente a respeito do mesmo, e delimitar o escopo
e atuação em razão de suas competências profissionais.
o ademais, o profissional deverá ser capaz de conhecer os direitos e
responsabilidades do planejador financeiro, do cliente e de outros assessores
envolvidos na elaboração do plano financeiro pessoal.

Termos definidos pela PLANEJAR:


Cliente – Uma pessoa, pessoas ou entidades relacionadas com as quais o profissional
de planejamento financeiro mantém relacionamento planejador-cliente formal.
Remuneração – Qualquer benefício econômico, monetário ou não monetário, que um
profissional de planejamento financeiro ou partes relacionadas recebam ou que tenham
direito a receber pela prestação de serviços profissionais.
Planejamento Financeiro Compreensivo – processo de desenvolvimento de
estratégias para auxiliar o cliente na gestão de seus assuntos financeiros para atender
seus objetivos de vida, integrando os seis componentes do planejamento financeiro
(Planejamento Financeiro, Investimentos, Gestão de Riscos e Seguros e Planejamento
da Aposentadoria, Planejamento Tributário, Planejamento Sucessório).
Planejamento Financeiro – O processo de desenvolvimento de estratégias para
ajudar os clientes na gestão de seus assuntos financeiros para atingir seus objetivos de
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vida. Na prática, o planejamento financeiro permite rever todos os aspectos da situação
atual e comparar com a situação desejada, desenhando um plano para atingir os
objetivos deste cliente.
Processo de Planejamento Financeiro – Processo pelo qual profissionais de
planejamento financeiro elaboram estratégias para ajudar os clientes na gestão de
seus assuntos financeiros para atingir seus objetivos de vida, incluindo: 1)
Estabelecimento e definição de relacionamento com o cliente; 2) Coleta de informações
do cliente; 3) Análise e avaliação da situação financeira do cliente; 4) Elaboração e
apresentação de recomendações de planejamento financeiro ao cliente; 5) Implantação
das recomendações de planejamento financeiro do cliente; 6) Revisão da situação do
cliente.
Informação Suficiente – Todas as informações necessárias para que o profissional de
planejamento financeiro possa realizar análise e recomendação adequadas.
Termo de Revisão – A frequência, escopo, taxas aplicáveis e outras condições
pertinentes para que o profissional de planejamento financeiro possa revisar e reavaliar
a situação do cliente.

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2. Responsabilidade Fiduciária e
Conduta Profissional
2.1. Resumo: Responsabilidade Fiduciária e Conduta
Profissional
Resumo
• O conteúdo deste capítulo é fundamental em relação às questões cobradas a
respeito de Ética nas provas anteriores, por sua vez, ética na Licença CFP®.
• Sugere-se o conhecimento dos conceitos (e principais empregos), regras e
etapas do planejamento financeiro, presentes no capítulo.
• Por exemplo, para estabelecer relações entre princípios e situações práticas a
serem evidenciadas através de casos.
o Casos em que, evidencia-se a violação (ou não) de princípios do código de
ética.
o Bem como, a relação entre etapas e respectivas ações para o planejamento
financeiro.
• O candidato à certificação CFP® precisa entender os princípios e padrões de
conduta profissional que guiam a atuação do planejador financeiro e sua
responsabilidade legal e fiduciária no desempenho de suas atividades.
• Bem como, demonstrar o conhecimento e aplicabilidade de maneira detalhada
do código de Conduta de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional.
• O candidato à certificação CFP® precisará comprovar o conhecimento e
aplicabilidade de forma detalhada do código de Conduta Ética e
Responsabilidade Profissional da PLANEJAR.
• A aceitação de tal autorização acarretará a obrigação de cumprir as ordens e as
exigências de todas as leis e regulamentos aplicáveis elencados no Código, mas
não se limitando a ele, e de assumir a responsabilidade de agir de maneira ética
e profissionalmente responsável em todos os serviços e atividades profissionais
em que se envolva.
• O Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da Planejar
(“Código”) estabelece Princípios e Regras aplicáveis a todas as pessoas a quem
tiver sido autorizado o uso da credencial e certificação da Planejar e das marcas
CFP®, CERTIFIED FINANCIAL PLANNER e a logomarca CFP® (“Marcas”).
• O código compõe-se de cinco seções e um anexo, em que o candidato precisa
compreender detalhadamente: Termos e Expressões, Princípios, Regras,
Procedimentos Disciplinares e Melhores Práticas, e ser capaz de verificar as
responsabilidades do profissional CFP® em cada relacionamento profissional,
conforme o código de ética e responsabilidade.

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• O código possui, por fim, um anexo com as normas disciplinares e
procedimentos para apuramento e descumprimento das regras do código.

Assim, o candidato precisa ser capaz de conhecer plenamente:


• Os princípios e saber identificar as situações conflitantes, com o escopo do
código, no desenvolvimento de seu trabalho de planejador financeiro, junto ao
cliente.
• As regras e os procedimentos disciplinares do código de ética.
• As melhores práticas de relacionamento entre profissionais CFP® e seus
clientes.
• Os 35 artigos do anexo e suas implicações na atividade do planejador financeiro,
demonstrando conhecimento dos procedimentos para a apuração de
descumprimentos do código de ética e responsabilidade.

No código:
• Dentre os Termos e expressões, chama atenção a definição de:
o Remuneração que significa os ganhos do Profissional CFP® ou Associado
no desenvolvimento de suas atividades;
o Conflito(s) de interesse(s) que significa a situação ou circunstâncias em
que o Planejador CFP® e Associado obtenham ou possam obter, para si ou
para terceiros, vantagem indevida e de que resulte (ou possa resultar)
prejuízo para seus clientes;
o Suitability indica a análise cuidadosa da situação financeira, experiência e
objetivos do cliente, para fins de apresentação de aconselhamento
financeiro. Para a definição do perfil do cliente, devem ser analisados, no
mínimo, os seguintes aspectos: Experiência em matéria de investimentos;
Horizonte de tempo; Objetivos; e Capacidade de tolerância ao risco.
• Os Princípios expressam em termos gerais as bases da conduta e a postura
ética profissional esperada dos Profissionais CFP® que devem persegui-los em
suas atividades profissionais.
• Os Princípios, mais do que uma aspiração, constituem as bases de conduta do
Profissional CFP®.
• Os Princípios do Código expressam o reconhecimento pelos profissionais CFP®
de suas responsabilidades para com o público, clientes, colegas e
empregadores.
• Os Princípios se aplicam a todos os Profissionais CFP® e lhes proporcionam
orientação no desempenho de seus serviços profissionais.
• Dentre os oito princípios: Cliente em Primeiro Lugar; Integridade; Objetividade;
Imparcialidade; Conduta Profissional; Competência; Confidencialidade; e
Diligência.

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• Princípio 1 – Cliente em Primeiro Lugar.
o Colocar os interesses do cliente em primeiro lugar.
▪ É marca característica de profissionalismo do planejador financeiro CFP®
e associado colocar os interesses do cliente em primeiro lugar, agindo de
forma honesta e não colocando ganhos ou vantagens pessoais acima dos
interesses do cliente.

• Princípio 2 – Integridade.
o Fornecer serviços profissionais com integridade.
▪ O Profissional CFP® e associado ocupa uma posição de confiança dos
clientes e a fonte primordial dessa confiança é a honestidade, isenção e
transparência do profissional de planejamento financeiro pessoal. Agindo
com integridade, o Planejador CFP® e Associado mantêm e aprimoram a
imagem pública do uso das marcas CFP® e o compromisso de bem
servir.

• Princípio 3 – Objetividade.
o Fornecer serviços profissionais de forma objetiva.
▪ A objetividade na atuação do Planejador CFP® e Associado requer
honestidade intelectual e imparcialidade na atuação dentro do escopo de
serviço acordado. As recomendações devem ser feitas de forma
pragmática, isenta, transparente e respaldada em princípios técnicos.

• Princípio 4 – Imparcialidade.
o Ser justo e imparcial nos relacionamentos profissionais.
▪ A imparcialidade exige do Profissional CFP® e Associado manter com os
clientes uma relação profissional íntegra, então identificando, revelando e
gerenciando possíveis conflitos de interesse envolvidos no processo de
planejamento financeiro. Informando clientes e colegas sobre os seus
direitos e deveres; os tratar da maneira que gostariam de ser tratados.

• Princípio 5 – Conduta Profissional.


o Agir com postura profissional exemplar.
▪ A conduta profissional exige comportar-se com dignidade, agindo com
respeito para com os clientes, colegas, instituições vinculadas ou
concorrentes e órgãos reguladores, sempre em conformidade com a
legislação vigente e as regras e princípios deste código. A conduta
profissional pressupõe o espírito de cooperação e requer que
posicionamentos públicos sejam feitos com moderação.

• Princípio 6 – Competência.
o Manter e desenvolver as habilidades e os conhecimentos necessários para
fornecer serviços profissionais de forma competente.
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▪ Competência exige atingir e manter um nível adequado de habilidades,
capacidades e conhecimentos para o fornecimento de serviços
profissionais de planejamento financeiro pessoal (“Perfil de Competências
do Planejador Financeiro”). Inclui, também, a sabedoria e maturidade para
conhecer as suas limitações e as situações em que a consulta a, ou o
encaminhamento para, outro(s) profissional (is) for apropriada.
Competência exige que o Profissional CFP® tenha um comprometimento
com a educação continuada.

• Princípio 7 – Confidencialidade.
o Proteger a confidencialidade de todas as informações dos clientes.
▪ Confidencialidade exige do planejador financeiro CFP® e Associado a
guarda e proteção das informações dos clientes, de forma a permitir
acesso prudente apenas às pessoas autorizadas. Um relacionamento de
confiança com o cliente só pode ser construído sob o entendimento de
que as informações serão tratadas de forma discreta e segura e não
serão reveladas inadequadamente.

• Princípio 8 – Diligência.
o Fornecer serviços profissionais de forma diligente.
▪ A diligência exige que o planejador financeiro CFP® e Associado
atendam aos compromissos profissionais com zelo, dedicação e rigor,
cuidando e supervisionando adequadamente a execução dos serviços
profissionais de acordo com o escopo, condições e prazos acordados
com o cliente.

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Quadro - Resumo-conceitual.
Princípio Principais Conceitos Principais Regras
Colocar os interesses Nenhuma
do cliente em primeiro
lugar. Agir de forma
Cliente em
honesta.
Primeiro Lugar
Não colocar ganhos
1
ou vantagens pessoais
acima dos interesses
do cliente.
Fornecer serviços Não deverá fornecer, direta ou indiretamente,
profissionais com informações falsas ou enganosas relacionadas às
integridade. suas qualificações ou serviços.
Agir com honestidade, Não deverá omitir a clientes ou terceiros os potenciais
Integridade
isenção e benefícios gerados em proveito próprio não deverão
2
transparência. incorrer em conduta desonesta, fraudulenta, enganosa
ou falsa.
Exercer julgamento adequado e prudente ao oferecer
e prestar serviços.
Fornecer serviços Comunicar todos os fatos relevantes.
profissionais de forma Deverá fazer e/ou implementar recomendações
Objetividade objetiva. adequadas “suitability” a seu cliente.
3 Imparcialidade. Deverá tomar as medidas razoáveis e necessárias
para garantir que o cliente.
Compreenda as recomendações
Ser justo e imparcial Deve segregar o patrimônio e interesses do cliente
nos relacionamentos daqueles do Profissional, do empregador ou de
profissionais. quaisquer outros, a menos que tal procedimento seja
Imparcialidade Revelar e gerenciar expressamente autorizado por escrito entre as partes
4 possíveis conflitos de e que haja capacidade suficiente de rastrear cada um
interesse. dos ativos do cliente de forma precisa.
Reciprocidade. Devolver documentos ou qualquer outro bem do
cliente mediante solicitação do mesmo.
Agir com postura Não deverá emprestar ou tomar dinheiro emprestado
Conduta profissional exemplar. do cliente.
Profissional Zelar pela imagem Realizar os serviços profissionais observando as leis,
5 pública das Marcas regras, códigos e normas aplicáveis a sua atividade e
CFP®. em conformidade com o Código.
Manter e desenvolver Assessorar seus clientes apenas naquelas áreas de
as habilidades e os sua competência.
conhecimentos Manter seus conhecimentos atualizados e satisfazer
Competência
necessários para todas as exigências de educação continuada.
6
fornecer serviços
profissionais de forma
competente.
Proteger a Exceto se tiver de responder a processos legais ou
confidencialidade de para satisfação da legislação e regulamentação
Confidencialidade
todas as informações oficiais vigentes.
7
dos clientes. Agir com prudência para proteger a segurança das
informações e a propriedade do cliente.
Fornecer serviços Exercer juízo razoável e prudente ao fornecer serviços
profissionais com zelo profissionais.
dedicação e rigor. Supervisionar ou direcionar de forma prudente e
Diligência Execuções nas responsável quaisquer subordinados ou terceiros.
8 condições acordadas. Identificar e manter atualizados os dados sobre todos
os ativos e outros bens do cliente.
Fornecer serviços profissionais adequados
respeitando o escopo e prazo acordado.
Fonte: Elaborado pelos autores a partir do website Planejar (s.d.).
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• São definidas 25 Regras determinam os padrões éticos derivados dos dogmas
contidos nos Princípios, clarificam os padrões de conduta ética e
responsabilidade profissional que devem ser observados e perseguidos em
determinadas situações. As regras que se aplicam ao campo de atuação de um
Profissional CFP®, e são aplicáveis às atividades afins.
• Em caso de eventual descumprimento dos Princípios e Regras contidos neste
Código será objeto de apuração pela Planejar, seja de ofício ou mediante o
recebimento de denúncia, devendo o respectivo procedimento disciplinar ser
conduzido de acordo com o estabelecido nas normas disciplinares.
• As Melhores Práticas de Relacionamento entre Profissionais CFP® e
Associados e Clientes constituem recomendações que incluem que os mesmos:
desenvolvam mecanismos para formalizar com seu cliente o escopo do trabalho,
custos envolvidos, remuneração pelos serviços, prazos acordados e outros itens
que as partes julguem necessários; comuniquem ao cliente qualquer informação
que possa afetar sua decisão de contratá-lo; informem ao cliente que a Planejar
é o canal oficial para reclamações.
• De maneira complementar, está anexada Normas disciplinares e
procedimentos para apuração de descumprimentos às regras do Código de
Conduta Ética e Responsabilidade Profissional, que estão especificadas em 34
artigos. As normas disciplinares indicam que o descumprimento dos princípios e
regras por um profissional o sujeita à imposição das penalidades, tais como:
o advertência privada do conselho de normas éticas, por meio de reprimenda
por escrito, não publicada, porém apontada nos registros da Planejar e,
então, diretamente enviada ao profissional.
o advertência pública do conselho de normas éticas a ser divulgada pelos
meios de comunicação da Planejar.
o proibição temporária, divulgada nos meios de comunicação da Planejar, do
uso das marcas.
o revogação do direito de uso das marcas e exclusão do quadro de
profissionais CFP® certificados, divulgada nos meios de comunicação da
Planejar.

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3. Perfil de Competência do Planejador
Financeiro
3.1. Resumo: Perfil de Competência do Planejador
Financeiro
Resumo
• O objetivo desse tópico, no presente módulo, foi o de informar as habilidades,
atributos, competências e atitudes esperadas de planejador financeiro certificado
pela Planejar.
• Financial Planning Standards Board (FPSB) é uma organização originária de
Chicago, nos EUA (em 1969), de prestadores de serviços financeiros.
Atualmente, está em cerca de 26 países, com cerca de cento e oitenta mil
profissionais certificados.
• O FPSB objetiva monitorar a marca CFP® através dos países licenciados, com
o estabelecimento de um padrão mundial; fornecer informações ao público (em
geral) e investidores; divulgar e difundir o processo de planejamento financeiro;
além de exigir um alto padrão de qualificação, considerando os parâmetros:
Experiência Profissional; Educação; Exame de certificação; Ética.
• Os países membros do FPSB Council têm como missão global: a criação de
uma profissão: planejador financeiro pessoal; o desenvolvimento da marca
CFP® em benefício da população; o aumento da reputação local por meio da
credibilidade global da marca CFP®; a alavancagem de iniciativas educacionais
locais e internacionais; o estímulo de acordos de reciprocidade e de melhores
práticas entre os países; o estreitamento de relações junto das autoridades nos
países signatários; a adesão de todos os países associados aos padrões.
• O candidato à certificação CFP® deverá demonstrar, em detalhes, o
conhecimento sobre a matriz de capacidades do planejador financeiro, conforme
a classificação do FPSB: coleta, análise e síntese.
o Coleta: fase de coleta das informações necessárias para montar um plano
financeiro pessoal. Contemplando a correta preparação, disposição, e
tabulação das informações quantitativas e qualitativas para elaborar um
plano financeiro.
o Análise: fase em que o profissional identifica e analisa problemas, faz
análise financeira e analisa os resultados para elaborar estratégias ao
cliente. Além de avaliar informações e em considerar oportunidades e
restrições em potencial para elaborar estratégias.
o Síntese: Fase em que o profissional sintetiza as informações para elaborar e
avaliar estratégias para iniciar um plano financeiro.

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• O FPSB classificou as capacidades do Planejador Financeiro nos termos de
Coleta, Análise e Síntese em seis componentes de Planejamento Financeiro:
na Gestão financeira, na Gestão de ativos, na Gestão de risco, no Planejamento
tributário, no planejamento da aposentadoria e, no Planejamento sucessório.
• Com relação à Gestão financeira, em um primeiro momento, o profissional
deve coletar informações relativas aos ativos e passivos do cliente, ao o fluxo de
caixa, renda, e/ou obrigações do cliente. De modo a ter informações necessárias
a preparar um orçamento. Também se deve ser determinada a propensão do
cliente a poupar, analisando o perfil de gastos e dívidas do cliente.
o Na fase de análise, o profissional deve avaliar o impacto de mudanças
potenciais em receitas e despesas; identificar demandas conflitantes do fluxo
de caixa e avaliar alternativas de financiamento.
o Na fase de Síntese é preciso formular estratégias de gestão financeira;
avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de gestão
financeira; otimizar as estratégias para fazer recomendações de gestão
financeira. Além de priorizar os passos de ação para auxiliar o cliente e
implementar as recomendações de gestão financeira.
• Em termos de Gestão de ativos, em um primeiro momento, deve-se preparar
demonstrativos do patrimônio, fluxo de caixa e orçamento do cliente. Bem como
coletar informações necessárias para preparar um demonstrativo detalhado de
investimentos atuais. Determinar a atual alocação de ativos e fluxos de caixa
disponíveis do cliente, assim como deve determinar a experiência do cliente,
seus objetivos de investimentos, sua tolerância risco; e suas expectativas de
retorno.
o Na fase de análise, o profissional deve avaliar se as expectativas de retorno
dos investimentos são compatíveis com a tolerância ao risco, além de avaliar
se as detenções de ativos são compatíveis com a tolerância ao risco e a taxa
de retorno requerida.
o Na fase de Síntese é preciso formular estratégia de gestão de ativos; avaliar
as vantagens e desvantagens de cada estratégia de gestão de ativos;
otimizar as estratégias para fazer recomendações e gestão de ativos e
priorizar os passos de ação para auxiliar o cliente a implementar as
recomendações de gestão de ativos.
• Em termos de Gestão de risco, em um primeiro momento, faz-se necessário
coletar dados sobre a atual cobertura de seguros do cliente, identificar possíveis
obrigações financeiras. Deve-se determinar os objetivos de gestão de risco do
cliente, bem como as questões pertinentes de estilo de vida, problemas de
saúde e a disposição do cliente em tomar previdências para gerenciar o risco
financeiro.
o Na fase de análise, o profissional avaliar a exposição ao risco financeiro;
avaliar a exposição a risco do cliente diante da atual cobertura de seguros e
estratégias de gestão de risco. Além de avaliar as implicações de mudanças

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na cobertura de seguros e priorizar as necessidades de gestão de risco do
cliente.
o Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de gestão de risco;
avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de gestão de risco.
Além de priorizar os passos de ação para auxiliar o cliente a implementar as
recomendações de gestão de risco.
• Em relação ao Planejamento tributário, em um primeiro momento, é preciso
coletar as informações necessárias para determinar a situação tributária do
cliente, identificar a natureza tributável dos ativos e passivos. Além de identificar
as pessoas envolvidas na situação tributária do cliente e as atitudes do cliente
com relação à tributação.
o Na fase de análise, o profissional dele avaliar a adequação das atuais
estratégias e estruturas tributárias e o impacto financeiro das alternativas de
planejamento tributário.
o Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de planejamento
tributário; avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de
planejamento tributário. Além de priorizar os passos de ação para auxiliar o
cliente a implementar as recomendações de planejamento tributário.
• Em relação ao Planejamento de aposentadoria em um primeiro momento, faz-
se necessário coletar dados sobre possíveis fontes de renda e as despesas
estimadas de aposentadoria. Para além, deve-se determinar os objetivos de
aposentadoria do cliente, bem como suas atitudes do cliente com relação à
aposentadoria.
o Na fase de análise, deve-se avaliar os requisitos financeiros na data da
aposentadoria, o impacto de mudanças das premissas nas projeções
financeiras e os tradeoffs necessários para atingir objetivos de
aposentadoria.
o Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de planejamento de
aposentadoria; avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de
planejamento de aposentadoria. Além priorizar os passos de ação para
auxiliar o cliente a implementar as recomendações de Planejamento de
aposentadoria
• Em relação ao Planejamento sucessório, em um primeiro momento, é preciso
coletar contratos legais e documentos que afetem as estratégias de
planejamento sucessório. Bem como identificar os objetivos de planejamento
sucessório do cliente e a dinâmica familiar e as relações comerciais que
poderiam impactar as estratégias de planejamento sucessório.
o Na fase de análise, deve-se calcular as possíveis despesas e impostos em
função da morte, além das necessidades específicas dos beneficiários e a
liquidez da sucessão no momento da morte.
o Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de planejamento
sucessório; avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de

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planejamento sucessório. Além de priorizar os passos de ação para auxiliar o
cliente a implementar as recomendações de planejamento sucessório.
• Para o profissional CFP® é essencial ter a habilidade de responsabilidade
profissional para trabalhar no interesse dos clientes e defender e fomentar os
interesses da profissão em prol da sociedade. Para tanto, o FPSB classificou as
habilidades profissionais requeridas de um profissional de planejamento
financeiro em quatro áreas: Responsabilidade Profissional, Prática,
Comunicação, e Cognição.
o A habilidade de Responsabilidade Profissional refere-se ao
estabelecimento de confiança em todas as relações profissionais. Em atuar
no interesse do cliente ao prestar serviços profissionais. Bem como,
demonstrar honestidade intelectual, imparcialidade e discernimento ético.
Entre outros fatores.
o A habilidade de Prática relaciona-se com o seguimento do código
profissional, das leis, regulamentos. Além do que se relaciona com a
capacidade de manter-se a par de mudanças nos ambientes econômicos,
políticos, regulatórios e exercer autonomia e iniciativa no desempenho de
atividades profissionais. Entre outros fatores.
o A habilidade de Comunicação relaciona-se com estabelecer uma boa
ligação com o cliente, comunicando verbalmente e por escrito as informações
de maneira compreensível. Além do mais, faz-se necessário que o
profissional CPF apresente uma postura atenciosa e um raciocínio lógico e
persuasivo. Entre outros fatores.
o A habilidade de Cognição relaciona-se a aplicação método ou fórmulas
matemáticas conforme adequado, bem como com a avaliação dos pontos
fortes e fracos de possíveis linhas de ação, tomando decisões
fundamentadas quando conta com informações incompletas ou incoerentes,
demonstrando a capacidade de adaptar seu pensamento e comportamentos.
Entre outros fatores.
• A capacidade de atuar de maneira eficaz como profissional de planejamento
financeiro exige que a pessoa domine o conhecimento teórico e prático em um
amplo leque de tópicos de planejamento financeiro e de áreas afins.
• O FPSB classificou o conjunto de conhecimentos de planejamento financeiro em
onze áreas: tributação; seguros; investimentos; aposentadoria; poupança e
Geração de Renda; legislação; análise Financeira; dívida, ambiente Econômico
e Regulatório; planos de Previdência Social; finanças Comportamentais e; ética
e Padrões de Conduta.
• Consequentemente: Se, o perfil de competências: capacidades, habilidades, e
conjunto de conhecimentos; em planejamento financeiro, for eficazmente
combinado. Então, define como competente o desempenho do profissional de
planejamento financeiro (- FPSB).

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Termos da matriz de capacidades
• Gestão Financeira: estratégias e técnicas para otimizar o fluxo de caixa, os
ativos e passivos a curto e médio prazo.
• Gestão de Ativos: estratégias e técnicas para otimizar o retorno dos ativos
levando em conta os requisitos e as restrições do cliente.
• Gestão de Risco: estratégias e técnicas para gerenciar a exposição financeira
devido ao risco pessoal. Os termos risco, exposição ao risco e tolerância ao
risco referem-se ao risco de perda financeira devido a circunstâncias pessoais.
• Planejamento Tributário: estratégias e técnicas para maximizar o valor
presente do patrimônio da família após a tributação.
• Planejamento de Aposentadoria: estratégias e técnicas para acumulação de
patrimônio e retiradas nos anos de aposentadoria.
• Planejamento Sucessório: estratégias e técnicas para a preservação e
distribuição de ativos acumulados.
• Alocação de Ativos: abordagem para decidir como investir um conjunto de
recursos em um amplo leque de classes de ativos para determinar um mix de
ativos mais condizentes com os objetivos de retorno do cliente com níveis de
risco aceitáveis.
• Necessidades: um item ou condição que são necessários.
• Objetivos: um resultado que é buscado e desejado.
• Estratégia(s): plano concebido para atingir um ou mais objetivos específicos.
• Plano Financeiro: a estratégia ou grupo de estratégias (detalhadas e
metodicamente formuladas) usadas para gestão financeira de uma pessoa para
atingir seus objetivos.
• Práticas Fundamentais de Planejamento Financeiro: as competências que
percorrem todos os componentes de planejamento financeiro e se relacionam
com a integração e as inter-relações entre as capacidades do Planejador
Financeiro.
• Orçamento: demonstrativo que estima os recursos financeiros e gastos de um
determinado período.
• Demonstração de Fluxo de Caixa: demonstrativo que resume as entradas e
saídas de caixa em um dado período.
• Demonstrações Financeiras Pessoais: demonstração do patrimônio,
demonstração do fluxo de caixa e orçamento, em conjunto.
• Demonstrativo de Patrimônio: um demonstrativo dos ativos e passivos.
• Cliente: Pessoa, pessoas ou entidades relacionadas com quem o profissional de
planejamento financeiro tem uma relação formal de planejador-cliente.
• Informações Qualitativas: informações sobre qualidades, atitudes e
preferências do cliente.
• Informações Quantitativas: informações objetivas e mensuráveis sobre o
cliente.

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Considerações sobre exercícios:
• Sabe-se que há exercícios que exigem matemática financeira, e, por vezes,
alguns conceitos de estatística.
• Paralelamente, deve-se conhecer e saber usar as seis etapas do processo de
planejamento financeiro. Bem como, as suas três funções.
• De maneira abrangente. Um tópico recorrente de análise é o de verificar alguma
situação prática definida cujo problema consiste de avaliar o procedimento
adotado, por profissional certificado, em termos de capacidade e aderência às
melhores práticas, quando aplica determinado método sobre uma das três
funções do planejamento financeiro, por sua vez, em um dos seis componentes
de planejamento financeiro. O que pode, também, ser relacionando à etapa que
lhe é subjacente, então entre as seis etapas do processo de planejamento
financeiro.
o Coleta é a fase que o profissional coleta as informações que são necessárias
para montar um plano financeiro pessoal. Contemplando a correta
preparação, disposição, e tabulação das informações. Competência em
coletar informações quantitativas e qualitativas.
o Análise é a fase em que o profissional identifica e analisa problemas, faz
análise financeira, e analisa os resultados para elaborar estratégias ao
cliente. Competência em avaliar informações para elaborar estratégias e em
considerar oportunidades e restrições, em potencial.
o Síntese é a fase em que o profissional sintetiza as informações para elaborar
e analisar estratégias para iniciar um plano financeiro. Competência em
elaborar e analisar estratégias para fazer um plano financeiro.
• Cada capacidade do planejador financeiro caracteriza uma tarefa que o
profissional de planejamento financeiro executa ao assessorar o planejamento
financeiro a um cliente.
• O FPSB classifica a cada capacidade em seis componentes de planejamento
financeiro, isto é, gestão financeira, gestão de ativos, gestão de risco,
planejamento tributário, planejamento de aposentadoria e planejamento
sucessório.
• As seis etapas de planejamento financeiro:
o Estabelecer e definir o relacionamento com o cliente: Informar o cliente sobre
o planejamento financeiro e as competências dos profissionais de
planejamento financeiro. Determinar se o profissional de planejamento
financeiro pode atender as necessidades do cliente. Definir o escopo da
contratação. Um contrato sobre os termos da contratação dos serviços.
o Coletar as informações do cliente: Identificar os objetivos pessoais e
financeiros, as necessidades e as prioridades do cliente. Coletar informações
quantitativas e documentos. Coletar informações qualitativas. Informações
necessárias para elaboração de um plano financeiro (dados para a gestão

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financeira, gestão de investimentos, gestão de risco e seguros, planejamento
da aposentadoria, planejamento fiscal e sucessório).
o Analisar e avaliar a situação financeira do cliente: Analisar as informações do
cliente. Avaliar os objetivos, necessidades e prioridades do cliente.
o Desenvolver e apresentar as recomendações de planejamento financeiro ao
cliente: Identificar e avaliar estratégias de planejamento financeiro.
Desenvolver as recomendações de planejamento financeiro. Apresentar ao
cliente as recomendações de planejamento financeiro.
o Implementar as recomendações de planejamento financeiro ao cliente:
Chegar a um acordo sobre as responsabilidades durante implementação.
Identificar e apresentar produto(s) e serviço(s) para implantação.
o Revisar a situação: Chegar a um acordo sobre as responsabilidades e
condições para revisão periódica da situação do cliente. Analisar e reavaliar a
situação do cliente.

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4. Fundamentos de Economia
4.1. Resumo: Fundamentos de Economia
• O profissional CFP deverá conhecer o ambiente macroeconômico, regulatório,
bem como os fundamentos de economia e finanças. Para tanto, deverá ser
capaz de entender, analisar, interpretar e explicar os principais instrumentos de
política monetária, tais como taxa básica de juros, taxa real e nominal, depósito
compulsório, taxa de redesconto, sistema de metas de inflação, decisões do
COPOM e impacto nas decisões de investimento, na oferta e no custo efetivo
das diversas modalidades de crédito.
• Política monetária parte de um conjunto de medidas para a finalidade de
controlar o volume de liquidez (quantidade de dinheiro em circulação) na
economia (por sua vez, a disposição dos agentes econômicos). Basicamente,
com ação direta sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação para a
defesa do poder de compra da moeda. Em outras palavras, o objetivo da política
é a de manter o equilíbrio dos preços.
• Podemos conceituar taxas de juros como valores (representados em forma de
percentual) que remuneram o capital investido ou que são cobrados de quem
toma empréstimos ou investe recursos. O rendimento financeiro de um capital
seja empréstimo ou investimento é conhecida como taxa de juros, que
normalmente são expressas em percentual e pode ser apresentada de acordo
com o período de utilização dos recursos mensal, semestral e anual.
• A taxa básica de juros da economia do Brasil é tida por taxa Selic, pois, todas
as outras taxas de juros, e, empréstimos, da economia dependem dela. Assim,
ela influência o conjunto de juros de toda a economia do Brasil, pois é utilizada
nas operações do governo federal e dos bancos, sendo o principal instrumento
de política monetária do COPOM no tratamento dos juros da economia.
• A Taxa Selic possui efeito direto sobre a poupança e investimentos. Bem como,
interfere no retorno do capital e no custo do capital. Nesse sentido, quando se
diminui a taxa de juros, pode-se estimular a atividade econômica (de curto
prazo), quando se aumenta a taxa de juros, pode-se reprimir a inflação.
• A Taxa Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada
das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos
federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e
liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas.
• Base monetária pode ser entendida como sendo a soma do papel moeda em
poder do público com as reservas totais dos bancos comerciais, ou seja, é o
total de moeda colocada em circulação pelo banco central, onde papel moeda
emitido menos caixa do BACEN é igual a papel moeda em circulação e papel

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moeda em circulação menos caixa dos bancos igual a papel moeda em poder do
público.
• O depósito compulsório é um instrumento de política monetária para a
manutenção do controle da quantidade de dinheiro em circulação na economia.
A taxa de redesconto também é um instrumento de política monetária do BC se
define pela taxa de juros que ele cobra quando concede empréstimos aos
bancos comerciais.
• O sistema de metas de inflação é um regime monetário em que o BC se
compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha
com uma meta pré-estabelecida, e publicamente anunciada. Ressalta-se que, no
Brasil, a meta da inflação é definida em termos da variação anual do índice
IPCA.
• O COPOM tem por função definir as diretrizes da política monetária e taxa
básica de juros e, por conseguinte, a Meta da taxa Selic (seu eventual viés), e
analisar o relatório de inflação. Da mesma maneira, o COPOM possui o poder
de intervir, de maneira direta e indireta, no nível de preços no mercado. A taxa
básica de juros possui efeito direto sobre a precificação dos ativos disponíveis
para investimento.
• A taxa Selic é uma referência-base para o retorno em investimentos de renda
fixa. No caso de investimentos prefixados se conhece a rentabilidade desde o
início, pois ela é previamente fixada. Tal que, uma vez predefinida no dia do
investimento jamais será alterada. Ao passo que, o investimento pós-fixado é
aquele que possui a rentabilidade subjacente atrelada a indexadores (como, por
exemplo, % do IPCA, Selic, CDI, etc.). Tal que, só se conhece a sua
rentabilidade ao fim com o seu resgate.
• À exemplo, uma redução (isto é, o acréscimo percentual negativo) da taxa
Selic fará com que a rentabilidade de um investidor – em renda fixa pós-fixada
(atrelada ao Certificado de Depósito Interbancário – CDI) – diminua. Ao passo
que uma redução (isto é, o acréscimo percentual negativo) da taxa Selic fará
com que a rentabilidade de um investidor – em renda fixa prefixada (com juro
fixo ao ano) – possa aumentar.
• A política fiscal é o conjunto de operações com relação aos dispêndios do ente
estatal e aos recursos que este obtém para o financiamento subjacente. Bem
como, à influência de tais gastos e receitas sobre a contração ou a expansão da
atividade econômica.
• A Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) refere-se à
metodologia internacional para avaliação de políticas fiscais, consistindo na
soma entre o resultado primário do setor público não financeiro, e a
apropriação de juros nominais por competência. Nesse sentido, o resultado
primário de determinado ente, por sua vez, diz respeito à diferença entre
receitas e despesas primárias, em um período de tempo.
• A taxa de câmbio está entre um dos preços fundamentais da economia, que
denota a razão entre os preços gerais em vigência entre dois países diferentes.
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O câmbio pode ser mais efetivo em determinar a inflação de preços do que as
taxas de juros, pois afeta quase todos os preços da economia.
• A taxa de câmbio pode variar conforme a natureza da operação, a forma de
entrega da moeda estrangeira, o valor da operação, o cliente, o prazo de
liquidação, etc.
• Localmente, a terminologia câmbio comercial (ou dólar comercial) e câmbio
turismo (ou dólar turismo) é usada pelo mercado para indicar as diferentes taxas
praticadas conforme a natureza da operação. Tal que, a designação câmbio
comercial (ou dólar comercial) é usada para as operações realizadas no
mercado de câmbio, como, por exemplo, exportação, importação, transferências
financeiras, entre outras. Envolvendo qualquer moeda estrangeira.
• A designação câmbio turismo (ou dólar turismo) é habitualmente usada para
classificar as operações de compra e venda de moeda(s) para viagens
internacionais, sendo em espécie ou não.
• A taxa de câmbio spot refere-se às negociações à vista, ou seja, aquelas que
estritamente não envolvem nenhuma forma de mercado futuro. Em uma
operação de câmbio, cada uma das partes está simultaneamente comprando
uma moeda e vendendo alguma outra moeda. Tal que, se, um agente que troca
seus bolívares por reais está, ao mesmo tempo, comprando reais e vendendo
bolívares. Então, ao mesmo tempo, o outro agente, no negócio, está comprando
bolívares e vendendo reais.
• A taxa de câmbio ptax é a taxa que serve como referência e não como taxa
obrigatória, ou seja, é a taxa média do dia apurada com base nas operações
realizadas no mercado, por exemplo: no Brasil o BC coleta e divulga as taxas
médias praticadas no mercado interbancário. Entretanto, as taxas de câmbio são
livremente acordadas entre as partes, isto é, entre comprador ou vendedor da
moeda externa, e o agente autorizado pelo BC a operar no mercado de câmbio.
• O cupom cambial é a remuneração efetiva de dólares convertidos em reais e
aplicados no mercado financeiro brasileiro, ele é dado através da variação da
taxa de juros menos a variação do câmbio no período. Por exemplo, um
investidor estrangeiro decide aplicar seus recursos no Brasil, no período de um
ano seus recursos valorizaram 15%, ao mesmo tempo a real desvalorizou 5%.
Isso faz que com o rendimento real de suas aplicações seja de
aproximadamente 10%.
• A arbitragem cambial normalmente é uma operação especulativa, visando
obter lucros rápidos, com a aquisição de uma moeda em cujo mercado seu
preço é mais baixo para ser vendida em outro mercado onde o preço está mais
alto, ou então para aproveitar distorções existentes em algum momento nas
diversas cotações nos diversos mercados cambiais.
• O mercado de câmbio no Brasil se refere à compra e venda de moeda
estrangeira e a operações realizadas por instituições autorizadas pelo Banco
Central do Brasil, que incluem operações relativas a ouro-instrumento cambial,
recebimentos, pagamentos, transferências do país e para o exterior referentes
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às despesas com cartões de crédito internacionais, transferências postais, entre
outros.
• O câmbio é fundamental para o crescimento de uma economia, caso seja
estável permite um crescimento econômico sustentável ao longo do tempo.
Se for instável pode reverter todo processo de crescimento. Destacam-se três
tipos de regimes cambiais: taxa de câmbio flutuante, taxa de câmbio fixa, e
taxa de câmbio atrelada (de bandas cambiais).
• O regime de câmbio flutuante oscila (isto é, flutua) no dia-a-dia conforme a
oferta de moeda estrangeira, a demanda externa por moeda nacional. Isto,
depende da percepção dos investidores estrangeiros e especuladores sobre a
situação econômico-política nacional.
• Em um regime de taxa de câmbio fixa, a taxa tem de ser constante ao longo do
tempo (isto é, imutável). Por sua vez, em relação a uma unidade com valor de
referência. Manter a taxa de câmbio fixa exige que o BC negocie qualquer
quantidade de moeda estrangeira pela taxa de câmbio fixada, neste caso, as
reservas internacionais têm de ser elevadas na moeda em que se fixa.
• No regime cambial de “bandas cambiais” (ou atrelado) a taxa de câmbio varia
diariamente, porém dentro de bandas que são estritamente determinadas pelo
BC.
• O Produto Interno Bruto (PIB) enquanto indicador para a avaliação do padrão
de desempenho econômico é amplamente aceito por agências financeiras
internacionais que tem o objetivo de medir comparativamente o crescimento
econômico dos estados-nações. Isto é, trata-se do somatório do que foi
produzido em um país durante um período de tempo determinado.
• O PIB faz referência ao valor agregado (depurado do conjunto de transações
intermediárias) medido a preços de mercado de todos os bens e serviços finais
que são produzidos dentro do território econômico da unidade econômica em
consideração.
• O PIB pode ser medido através de três formas alternativas: ótica da produção,
ótica da renda, ótica de despesa.
• A inflação é a consequência do aumento generalizado dos preços. Pode ocorrer
pelo aumento da quantidade de moeda em circulação na economia, como, por
exemplo, pela impressão de mais moeda pelo BC (expansão monetária),
aumento do consumo, desvalorização da moeda nacional, entre outras razões.
• Os índices de preços são indicadores econômicos ligados à inflação. No Brasil
existem diversos, entre os mais importantes deles podemos citar o IPCA, o
INPC, o IPC-FGV, o INCC, o IPA e o IGP. Abaixo temos um resumo sobre cada
um deles.
• O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o principal índice para
medir a inflação pela função de verificar a variação de preços dos mais
diferentes produtos e serviços disponíveis na economia de mercado do Brasil. O
objetivo do IPCA é o de medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços
comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo
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rendimento varia entre um e quarenta salários mínimos, para qualquer fonte de
rendimentos.
• O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) é um dos índices usados para
medir a inflação no Brasil é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
desde 1989. O IGP-M é bastante usado como um indexador de contratos, por
exemplo, em negócios imobiliários.
• A taxa DI que é a referência básica para a rentabilidade dos investimentos de
renda fixa e também de vários fundos de investimento, em especial, a taxa é
praticada nos empréstimos entre instituições financeiras. Em geral, os títulos de
renda fixa remuneram um percentual da taxa DI. Sua trajetória é segue próxima
à da taxa Selic.
• A Taxa de Longo Prazo (TLP) é o principal custo financeiro dos financiamentos
de longo prazo do BNDES, composta por uma parcela fixa, de Juros Reais Pré-
Fixados (TLP-Pré) e uma parcela variável, que diz respeito a correção
monetária, isto é Inflação (IPCA).
• A Taxa Referencial (TR) é de responsabilidade do Banco Central (BC), em
termos de valor. Na prática, é obtida pelo Banco Central através de uma
pesquisa com os 30 maiores bancos do país e analisa as taxas de juros dos
CDBs. A TR é empregada como um fator de correção monetária de
empréstimos, do FGTS, de investimentos e é referência para quem analisa a
“poupança”.
• Ciclos econômicos são um tipo de flutuação encontrada na atividade
econômica dos países que organizam seu trabalho principalmente em atividades
empresariais. Um ciclo consiste em expansões ocorridas, quase que ao mesmo
tempo em muitas atividades econômicas, seguidas por recessões, contrações e
retomadas similarmente generalizadas que se fundem na fase de expansão do
próximo ciclo;… essa sequência de mudanças é recorrente (costuma acontecer),
mas não periódica; a duração dos ciclos varia entre 1 e 12 anos.
• Os ciclos econômicos são desvios temporários da trajetória de crescimento
normal da economia, entretanto, parte das perdas e dos ganhos do produto que
ocorrem durante um ciclo econômico pode torna-se permanente.
• São fatores básicos dos ciclos econômicos: Atividade econômica agregada,
Co-movimento, Persistência, Expansões e contrações.
• O Brasil aderiu às normas do Acordo de Basiléia, a partir da data da publicação
da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) de nº 2.099, isto é, em 17
de agosto de 1994. O Acordo da Basiléia, tem como finalidade de trazer maior
transparência, segurança e estabilidade para as negociações de bancos
internacionais. Bem como, em trazer melhores condições para estes bancos
competirem entre si, em igualdade de condições, e independente do país de
origem.
• Basiléia I teve como objetivo de reduzir a incerteza e a instabilidade do sistema
bancário internacional. Bem como, a de minimizar as desigualdades
competitivas entre os bancos internacionalmente ativos, resultantes de regras
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diferentes para o requerimento de capital mínimo por agentes reguladores
nacionais.
• Basiléia I trouxe três conceitos: Capital Regulatório; Fatores de Ponderação de
Risco dos Ativos; Índice mínimo de capital para cobertura do risco de crédito.
• Basiléia II remonta a junho de 2004 quando publica-se um “novo acordo de
capital” a que refere-se para os objetivos de estimular a maior disciplina e de
maior transparência de mercado; o favorecimento da adesão de melhores
práticas para a gestão de riscos; a promoção da estabilidade financeira.
• Basiléia II está baseada em três pilares/ premissas: o requerimento de capital
mínimo; a supervisão bancária e governança; a transparência com o mercado.
• Basileia III visa tornar o sistema bancário mais resiliente. Através de medidas de
aperfeiçoamento que fortaleçam a gestão de risco, a supervisão, e a regulação
do sistema bancário. Bem como, com regras mais específicas para os bancos
em termos de respectivos: capital próprio e liquidez, para lidar com eventos de
crises, diminuindo o risco de contágio de crises financeiras para o resto da
economia.
• O banco de compensações internacionais (BIS) é uma organização
internacional que, através da cooperação internacional, promove à estabilidade
monetária e financeira global. A sua missão é a de servir aos bancos centrais na
busca pela estabilidade monetária e financeira, em fomentar a cooperação
internacional nessas áreas, e, atuar como um banco para os bancos centrais.
• O sistema financeiro tem o papel de estruturar as relações econômicas que
envolvem dinheiro, desde, por exemplo, a compra de um automóvel por uma
pessoa física até a aquisição de uma máquina por uma empresa.
• O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por instituições normativas
e reguladoras, como o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central do
Brasil (BACEN, BCB ou BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que
desenvolvem mecanismos (leis) a fim de sistematizar o funcionamento das
demais instituições financeiras públicas e privadas que servem como
intermediárias de captação, distribuição e transferências de recursos financeiros
de toda a sociedade.
• As instituições do SFN estabelecem as funções normativas, harmonizam os
direitos e deveres dos clientes e apresentam a eles as soluções mais
adequadas. Esse sistema é composto por três tipos de instituições:
• Órgãos normativos: Determinam regras gerais para o bom funcionamento do
SFN. São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar
(CNPC).
• CNSP: Acompanha a evolução do mercado segurador nacional, não só
estabelecendo as normas, mas também observando a evolução dos indicadores
de risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos contratos de seguros,
podendo assim permitir a modernização e evolução deste serviço.

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• CNPC: Além de ser um órgão normativo, precisa também estar atento aos
movimentos e reflexos que a economia e a gestão dos planos de previdência
complementar podem causar no montante de recursos acumulados pelos
clientes para assim modernizar a legislação, garantindo os planos futuros de
aposentadoria dos contratantes desses produtos.
• Entidades supervisoras: Estão subordinadas aos órgãos normativos e atuam
de modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do Brasil (BACEN),
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados
(Susep) e Superintendência de Previdência Complementar (Previc).
• Operadores: Estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o
público no papel de intermediário financeiro. São eles: Bancos e caixas
econômicas, cooperativas de crédito, instituições de pagamento,
administradoras de consórcios, corretoras e distribuidoras, demais instituições
não bancárias, bolsa de valores, bolsa de mercadorias e futuros, seguradoras e
resseguradoras, entidades abertas de previdência, sociedades de capitalização
e entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).
• Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo do Sistema Financeiro
Nacional. Composto pelo Ministro da Fazenda (presidente do Conselho);
Ministro do Orçamento, Planejamento e Gestão e o Presidente do Banco Central
(BC).
• Dentre as principais atribuições do CMN: autorizar a emissão de papel moeda;
fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto á compra e
venda de ouro; disciplinar o crédito em todas as modalidades; limitar, sempre
que necessário as taxas de juros, descontos, comissões entre outras; determinar
o percentual de recolhimento do compulsório; regular as operações de
redesconto; regular a constituição, funcionamento e fiscalização de todas as
instituições financeiras que operam no País.
• O BC é o executor (principal) das orientações do CNM. A responsabilidade mor
do BC é o de garantir o poder de compra da moeda nacional. O papel do BC é
zelar pela apropriada liquidez da economia nacional; manter as reservas
internacionais em nível apropriado; estimular da formação de poupança; zelar
pela estabilidade do sistema financeiro; promover do permanente
aperfeiçoamento do sistema financeiro.
• Os bancos múltiplos são Instituições Financeiras (IF) privadas ou públicas que
realizam as operações ativas, passivas e assessórias das diversas IF, por
intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de
desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito,
financiamento e investimento.
• Os bancos comerciais são sociedades anônimas que possuem como objetivo
promover o encontro entre os agentes superavitários e os agentes deficitários,
além de realizar operações financeiras de curto prazo. Como eles possuem
depósito à vista criam moeda.
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• Os bancos de investimento são IF privadas especializadas em operações de
participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de
recursos de terceiros. As principais operações ativas são financiamento de
capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores
mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos. São
instituições criadas para conceder créditos de médio e longo prazo para as
empresas.
• O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o
principal instrumento de execução da política de investimento do Governo
Federal e tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e
serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País.
O BNDES exercitará suas atividades, visando a estimular a iniciativa privada,
sem prejuízo de apoio a empreendimentos de interesse nacional a cargo do
setor público.
• A comissão de valores mobiliários (CVM) – 1976 – é uma autarquia federal
vinculada ao Ministério da Economia para fiscalizar (e disciplinar) as operações
ou valores mobiliários e “demais assuntos” intrínsecos ao mercado de títulos. A
competência da CVM compreende, em sua esfera, as companhias de capital
aberto e incentivadas, fundos de investimento, ofertas públicas de valores
mobiliários e as instituições participantes do sistema de distribuição. Bem como,
os clientes e investidores que operam no mercado de valores mobiliários.
• A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de
seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
• O SPC, bem como a Serasa, são entidades que cadastram devedores. Por sua
vez, possuem banco de dados sobre cadastros de devedores. Tal que, são
entidades que, por natureza, avaliam as informações do banco de dados para
orientar pessoas jurídicas (a elas associadas) na tomada de decisões sobre
concessão de créditos e apoio a negócios.
• O CADE é uma autarquia federal, vinculada ao ministério da justiça (MJ).
Ressalta-se que, não se trata de uma agência reguladora da concorrência. É
uma autoridade de defesa da concorrência. Sua responsabilidade é a de julgar e
de punir administrativamente, em instância única, pessoas físicas e jurídicas,
que cometam infrações à ordem econômica, não cabendo recurso para outro
órgão.
• As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de
Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de
capitais, e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores
mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. Têm a função de dar
maior liquidez e segurança ao mercado acionário.
• A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) é responsável
pela guarda, compensação e liquidação das operações que ocorrem na BM&F
Bovespa, seja no mercado à vista ou nos mercados de derivativos. Os serviços
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prestados pela CBLC são: Custódia dos Títulos, Liquidação, Controle de risco e
Empréstimo.
• O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos,
regras, instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão
suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do
mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto estrangeira, visando a maior
proteção contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras.
• O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central
do Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos
escriturais de emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à
liquidação de operações com esses títulos.
o Além do sistema de custódia de títulos e de registro e liquidação de
operações, integram o Selic os seguintes módulos complementares:
Negociação de custódia dos títulos públicos federais: oferta Pública (Ofpub);
oferta a Dealers (Ofdealers); lastro de Operações Compromissadas (Lastro);
e negociação Eletrônica de Títulos (Negociação).
• As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de
recursos do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures,
notas promissórias) e contratos de derivativos.
• A bolsa de mercadorias e futuros era uma bolsa autônoma desde sua criação,
porém, como citamos, em 2008 juntou-se com a Bovespa (Bolsa de Valores de
São Paulo), formando a partir daquele ano uma única bolsa de valores e futuros,
a BM&F Bovespa. Após 2017, no entanto, passou a ser chamada de B3.
• A B3 é atualmente a única bolsa de valores em operação no Brasil. Embora
importante, pois o país tem representatividade econômica mundial, a nossa
bolsa está longe de figurar entre as principais do mundo.
• Nesta lista de bolsas mais importantes estão a NYSE, situada na ilha de
Manhattan em Nova York, EUA, que é a maior do mundo, seguida pela
NASDAQ, também de Nova York, na qual são negociadas ações de empresas
de alta tecnologia. Na sequência da lista estão as bolsas de valores de Tóquio
no Japão, a bolsa de Londres na Inglaterra, a Euronext situada em Amsterdam
na Holanda, a DAX de Frankfurt na Alemanha, as de Hong Kong de Hong Kong
e Xangai na China, e assim por diante.
• Dentre os deveres e obrigações da B3 estão: Manter equilíbrio entre seus
interesses próprios e o interesse público a que deve atender, como responsável
pela preservação e autorregulação dos mercados por ela administrados; Cabe à
entidade administradora aprovar regras de organização e funcionamento dos
mercados manutenção de elevados padrões éticos de negociação nos mercados
por ela administrados;
• As Regras de Negociação da Bolsa (B3) devem: evitar ou coibir modalidades
de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda,
oferta ou preço dos valores mobiliários negociados em seus ambientes;

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assegurar igualdade de tratamento às pessoas autorizadas a operar em seus
ambientes;
• Além de evitar ou coibir práticas não equitativas em seus ambientes; fixar as
variações de preços e quantidades ofertadas, em seu ambiente de negociação
que for caracterizado como centralizado e multilateral, que exige a adoção de
procedimentos especiais de negociação, bem como os procedimentos
operacionais necessários para quando tais variações forem alcançadas,
respeitadas as condições mínimas que forem estabelecidas pela CVM em
regulamentação específica.
• As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVMs) são
instituições autorizadas a negociar valores mobiliários e derivativos no mercado
de negociações (pregão). Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
o Banco Central permitiram que as Sociedades Distribuidoras de Títulos e
Valores Mobiliários atuassem no mercado de negociações (pregão).
• As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de
Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de
capitais, e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores
mobiliários entre investidores e tomadores de recursos.
• As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) oferecem os serviços:
Plataformas de investimento pela internet (homebroker); Consultoria financeira;
Clubes de investimentos; Financiamento para compra de ações (conta margem);
Administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes;
Intermediação de operações de Câmbio; Administração de fundos e clubes de
Investimento; Uma corretora pode atuar também por conta própria; e Na
remuneração pelos serviços, essas instituições podem cobrar comissões e
taxas.
• Clearing House: também conhecida como câmara de compensação, identifica a
parte de uma bolsa de valores na qual as transações dos clientes são
processadas e registradas. Ela é responsável por assegurar que todas as
transações sejam realizadas, eliminando o risco de crédito.
• Uma Clearing é uma câmara, ou prestadora de serviços de compensação e
liquidação de ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de outros ativos
financeiros, e principalmente de compensação e de liquidação de operações
realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros e de compensação
envolvendo operações com derivativos.
• Sociedades de fomento mercantil (factoring): Destinam-se ao fornecimento
dos recursos necessários ao giro dos negócios das suas empresas-clientes,
através da compra à vista dos créditos, por elas (factoring) aprovadas,
resultantes das vendas a prazo realizadas por suas empresas-clientes.
• A factoring só pode ter como cliente empresa (pessoa jurídica). Empresa de
factoring não faz empréstimos, portanto, não pode cobrar juros. No entanto, tem
incidência de IOF sobre as atividades da empresa de factoring.

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• Lavagem de dinheiro é definida como uma atividade em que ocorre a
transformação de recursos obtidos através de meios ilícitos em meios
aparentemente lícitos, ou seja, ativos legais.
• Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de
dinheiro realiza-se por meio do seguinte processo: o distanciamento dos fundos
de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; o disfarce de
suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e a
disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido
suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado
“limpo”.
• O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) era o órgão
máximo responsável pelo combate à lavagem de dinheiro. Estava vinculado ao
Ministério da Fazenda e tinha como finalidade disciplinar e aplicar penas
administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências de atividades
ilícitas. A diretoria e conselho eram indicados pelo Ministro da Justiça. Em 20 de
agosto de 2019 o COAF foi substituído pela Unidade de Inteligência Financeira
(UIF).
• A Unidade de Inteligência Financeira (UIF) é vinculada ao Banco Central do
Brasil e responde à Diretoria Colegiada do Banco Central, mas não é parte
integrante da estrutura do BACEN, possuindo autonomia técnica e operacional.
A sua diretoria e o conselho são indicados pelo presidente do BACEN.
• A lavagem de dinheiro ocorre através de um processo constituído por três
fases independentes que, não raro, ocorrem simultaneamente:
o Colocação: Essa é a primeira etapa do processo de lavagem de dinheiro, na
qual ocorre a colocação do dinheiro de origem ilícita no sistema econômico.
Para ocultar a origem do dinheiro, ele é movimentado em países com regras
mais permissivas e com um sistema financeiro liberal. A colocação se dá
através de depósitos e da compra de bens e ativos. Diferentes técnicas são
utilizadas para dificultar a identificação da origem do dinheiro. Entre essas, as
mais comuns são o fracionamento dos recursos ilícitos em valores menores e
a utilização de estabelecimentos comerciais que trabalham com dinheiro em
espécie.
o Ocultação: Nessa etapa se procura dificultar o rastreamento contábil dos
recursos ilícitos. Diferentes ações são tomadas para destruir as evidências e
dificultar investigações sobre a origem do dinheiro. Normalmente os recursos
são movimentados de forma eletrônica em transações complexas e em
grande número, o que dificulta o rastreamento, monitoração e identificação
da fonte ilícita dos recursos.
o Integração: Por fim, ocorre a adição dos ativos ao sistema econômico. Para
isso, os agentes investem em empreendimentos propícios às suas atividades
(mercado de capitais, mercado imobiliário, obras de arte), sendo comum se
utilizar mais de uma dessas atividades e que elas prestem serviços entre si.

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o Informação privilegiada: engloba todas as informações que não são de
conhecimento do público geral, obtidas durante a execução da função de um
profissional. Essas informações, muitas vezes, são estratégicas e, se
utilizadas de forma imoral, podem beneficiar/prejudicar outras pessoas,
sendo possível se identificar dois casos em que o seu uso foge aos padrões
éticos: Insider Trader e Front Runner.
• Insider Trader: quando um indivíduo utiliza as informações privilegiadas que
tem acesso em benefício próprio ou de terceiros. Um exemplo clássico de
Insider Trader se refere à delação premiada dos irmãos Batista. Ela resultou em
uma queda elevada das ações da JBS. Os irmãos prevendo a queda do preço
das ações as venderam para a JBS por R$ 328 milhões. Assim, eles se
aproveitaram das informações privilegiadas que possuíam para lucrar acima dos
demais acionistas da empresa.
• Front Runner: quando determinada instituição utiliza as informações
privilegiadas que tem acesso em benefício próprio. Ocorre principalmente
quando um cliente determina que seja realizada alguma ação, mas a instituição
realiza a ação para si mesma e apenas em um segundo momento para o cliente.
• Confidencialidade: esse princípio determina que os profissionais que possuem
acesso a informações privilegiadas devem as manter em sigilo, salvo se a
publicação da informação for determinada por lei.
• Conflitos de interesses: o conflito de interesse é observado quando um
profissional possui motivações e interesses pessoais que o levam a influenciar
nos objetivos e nas atividades realizadas pela organização em que trabalha. Na
presença de conflito de interesse é dever do profissional informar a sua
ocorrência e tomar as medidas cabíveis para que ele não ocorra.
• O Fluxo de Caixa Livre (FCL) ou Fluxo de Caixa Livre da Empresa (FCLE) é
também conhecido por Fluxo de Caixa da Empresa (FCE) e, em inglês, é
chamado de Free Cash Flow. Ele é o valor presente do fluxo de caixa livre para
a empresa, que é obtido com base na série de recebimentos que compõe o fluxo
e no Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC).
• Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE): é um órgão de apoio
institucional ao Departamento de Economia. A tabela da FIPE indica o preço
médio de certos produtos, como por exemplo: carros, caminhões e motos.
• O entendimento da matemática financeira é crucial para qualquer profissional
do mercado financeiro. Considere as noções importantes a seguir: Valor Futuro
(FV) é o Valor futuro em unidades monetárias, ou seja, quanto valerá no futuro o
capital que foi aplicado conforme uma taxa de juros; Valor Presente (PV) é o
capital inicial em unidades monetárias.
• Formalmente temos que: FV = PV (1 +it) (Juros Simples); FV = PV (1 + i)t
(Juros Composto)
• Onde, J = Juros; PV = Valor Presente; FV = Valor futuro; i = Taxa de juros; e t=
Prazo.

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• Taxas equivalentes: no regime de capitalização composta utiliza-se a seguinte
fórmula para efetuar o cálculo de taxas equivalentes: (1 + ia) = (1 + ip) t .
• Taxa nominal: uma taxa de juro é definida como nominal quando o prazo difere
da capitalização ou quando incorpora as taxas de inflação. Dessa forma, é
possível notar que se trata de um valor aparente.
• Taxa efetiva: em situações em que a taxa de juro é calculada sobre o valor
efetivamente emprestado ou aplicado, ou seja, pode indicar a lucratividade final
de um investimento.
• Considere a seguinte fórmula para o cálculo da taxa efetiva: Tx Efetiva = (1 + Tx
informada)t – 1
• Em que: n = número de períodos de capitalização
• Taxa real: a taxa de juros reais são os juros já com a inflação descontada, ou
seja, uma taxa sem os efeitos inflacionários. O objetivo dessa taxa é observar o
ganho real, sem que a alteração dos preços interfira no cálculo.
• Considere a seguinte fórmula do cálculo de Taxa Real: ir = (1 + ie) / (1 + if) – 1
• Em que ir = taxa real; ie = taxa efetiva; e if = inflação.
• Anuidades é o nome que se dá aos pagamentos sucessivos, tanto a nível de
financiamentos quanto de investimentos. Se a renda possui um número finito de
termos será chamada de temporária, caso contrário é chamada de permanente.
• Anuidades postecipadas: são aquelas na qual o pagamento ocorre no fim de
cada período e não na origem. Exemplo: pagamento de fatura de cartão de
crédito.
• Anuidades antecipadas: são aquelas nas quais os pagamentos são feitos no
início de cada período respectivo. Exemplo: financiamentos com pagamento à
vista.
• Anuidades diferidas: são aquelas na qual o primeiro pagamento é feito após
um determinado período. Exemplo: promoções do tipo “compre hoje e pague
daqui a x dias”.
• A taxa de desconto é o preço do dinheiro, sendo mais conhecida como taxa de
juros. Como qualquer preço, ela é o equilíbrio entre a oferta e a demanda por
moeda, sendo utilizada para calcular o custo do capital.
• A Taxa Interna de Retorno (TIR): é a taxa de juros para a qual o VPL é nulo,
também é utilizada em análise de investimento e determina a taxa de retorno de
um projeto investido. Quanto maior a TIR, melhor e mais lucrativo será o projeto
ou novo negócio. Pense na TIR como a taxa de juros que uma aplicação
financeira precisaria render para ser tão lucrativa quanto o projeto ou novo
negócio.
• O Valor Presente Líquido (VPL) é o somatório dos termos de um Fluxo de
Caixa Descontado. Quanto maior o VPL, mais lucrativo será o projeto ou novo
negócio. O VPL indica qual o lucro que o projeto ou novo negócio trará.
• A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é a taxa de juros que indica o mínimo
que um investidor exige de rendimento em uma aplicação. Como cada pessoa
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possui propensão ao risco único, a taxa mínima de atratividade varia entre os
investidores.
• O custo de oportunidade representa o custo do investidor em realizar uma
determinada aplicação. Em outras palavras, identifica o retorno que deixa de ser
adquirido caso ele aplicasse em alternativas.
• O método de período de payback determina o número de períodos necessários
para recuperar o investimento realizado. Quanto mais rápido a aplicação
recuperar o investimento, melhor será o resultado. Para que isso aconteça, a
soma acumulada de entrada de caixa deve ser igual ao investimento realizado.
• O período de payback simples determina o tempo necessário à recuperação do
investimento, sem considerar o valor do dinheiro no tempo. Ele acumula os
valores das entradas dos primeiros períodos até que esse valor acumulado seja
igual ao valor do investimento. Ao chegar a esse ponto, tem-se o período de
payback.
• No período de payback descontado, a forma de implementação é similar, a
diferença é que não serão utilizados valores nominais dos fluxos, assim como no
payback simples, mas serão utilizados os valores descontados para o presente
por meio de uma taxa de juros. Ou seja, cada fluxo é descontado por uma taxa
de juros.
• A taxa de desconto adequada para descontar os fluxos de caixa de uma
companhia, deverá ser ponderada entre a parcela de capital próprio e de
terceiros, dando origem ao Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC),
denominado na terminologia original por Weighted Average Cost of Capital ou
apenas pela sigla WACC.
• O lucro bruto é a receita líquida deduzida dos custos de produção. Tem por
objetivo mostrar a lucratividade das operações da empresa, sem ainda
considerar as despesas administrativas, comerciais e operacionais. É um tipo de
“Lucro antes de Impostos”.
• O lucro líquido, última linha da Demonstração de Resultados, é o Lucro
Operacional mais as receitas financeiras e menos Despesas financeiras,
Despesas não operacionais, extraordinários e não recorrentes, Imposto de renda
e contribuição social.
• O lucro operacional mostra capacidade de geração de resultados proveniente
das operações normais da empresa, ou seja, seu potencial de gerar riqueza em
decorrência de suas características operacionais, independentemente de suas
fontes de financiamento.
• Entretanto, o lucro operacional pode ser em alguns casos o Lucro Antes de
Imposto de Renda (LAIR); pode também ser o Lucro Antes de Juros e
Imposto de Renda (LAJIR), em inglês Ernings Before Interest and Taxes
(EBIT); e até o Lucro Operacional Líquido de IR, ou em inglês Net Operating
Profits Less Adjusted Tax (NOPLAT). É um tipo de “Lucro antes de Impostos”.
Isso dependendo de como a demonstração é apresentada.

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• O Lucro antes de Impostos (LAIR) é o lucro antes de Imposto de Renda e
Contribuição Social.
• Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA ou
EBITDA): O EBITDA é a receita menos os custos e as despesas, sem levar em
consideração ainda a depreciação ou a amortização, por isso, ele é fortemente
correlacionado com o fluxo de caixa livre da empresa.

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5. Gestão Financeira
5.1. Resumo: Gestão Financeira
Resumo
• O orçamento é um meio de coordenar individualmente os esforços num plano
de ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores e guiado por
julgamentos racionais dos fatores que influenciarão o rumo dos negócios no
futuro.
• A partir do orçamento de caixa vão ser previstos os valores de dados (i.e.,
aqueles esperados nos termos de entradas e de saídas) no futuro, com base em
demonstrações passadas, o que, por sua vez, fornece evidências para prováveis
faltas de caixa. Bem como, para o momento ideal de uma determinada aplicação
financeira.
o Transações que impactam positivamente o caixa pessoal: Rendas em
geral, venda de itens do ativo, Empréstimos bancários e financiamentos e
Retornos de investimentos financeiros.
o Transações que impactam negativamente o caixa pessoal: os
pagamentos com a compra de bens e/ou serviços, os pagamentos de juros,
os pagamentos com a compra de ativos tangíveis e os pagamentos de
prejuízos.
• As Receitas referem-se à entrada de recursos financeiros no caixa, ou seja,
dinheiro, bem como, direitos a receber (tipo, duplicatas a receber). Por exemplo,
salário, pró-labore, venda de algum bem, retorno de investimentos, etc.
• Os gastos fixos, em geral, são de bens e serviços relacionados às
necessidades básicas de uma pessoa, por exemplo, PH. Com pagamentos
periódicos: ano a ano, mês a mês, e dia a dia. Muitos são de utilidade humana
universal, como, por exemplo, água.
• Os Gastos variáveis, em geral, compreendem bens e serviços relacionados ao
bem-estar. Sem periodicidade definida.
• Os Gastos financeiros são os gastos pessoais efetivamente realizados em
operações com tributos, impostos, juros, tarifas, cárcere privado, etc.
• Investimentos: Renda fixa, renda variável, etc.
• Imobilizados: Veículos, eletrodomésticos, etc.
• Obrigações com terceiros: Empréstimos e financiamentos, entre outros.
• Agrupamento em categorias de gastos: Habitação; Alimentação; Saúde;
Educação; Transporte; Lazer; Financeiros; Estética e tecnologia; e
Investimentos.
• Um roteiro básico em termos da coleta de informações necessárias (entre o
que se ganha e o que se perde em um período) para preparar um orçamento

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pessoal é discriminar: receitas atuais, passadas e agendamento; gastos atuais,
passados e agendamento; inventário de todos os gastos previstos.
o Além disso, é preciso elaborar tabela que lista a todos os gastos, partindo do
mais prioritário para aqueles que podem ser reduzidos ou, até mesmo,
excluídos (se supérfluos), para o menos prioritário.
o De modo a complementar a coleta de informações necessárias faz-se: um
conjunto com as medidas percentuais dos valores diários (ou mensais e
anuais) para cada uma das categorias de gastos (ou itens), em relação à
receita (líquida) corrente e esperada.
o Bem como discriminação de custos fixos, custos vulneráveis à variação
cambial e inflação; projeção de orçamento mensal e anual, comparação de
despesas reais para com despesas projetadas. E, por fim, faz-se uma base
de dados agrupando todos os dados.
• O orçamento, bem como, o fluxo de caixa, compreende os seguintes
elementos:
o Entradas: salários, receitas de juros, receitas de dividendos, as receitas de
aluguéis, renda (s) de aposentadoria (s), reembolso de tributos, pensão
alimentícia e outras receitas.
o Saídas: aplicações mensais (investimentos), aplicações mensais
(previdência), custos fixos, gastos com moradia, gastos com veículos,
seguros, tributos, Internet/televisão, academia, custos variáveis, alimentação,
compras e Férias.
• O orçamento pessoal é uma medida de projeção para a finalidade de mensurar
e acompanhar as estimativas de todas as receitas e de despesas, precisamente,
ao longo do tempo.
• Orçamento Pessoal
o A análise da situação econômico-financeira atual (ativos e passivos) do
cliente permite com o desenvolvimento do seu orçamento pessoal (ou
familiar) a elaboração de um plano de investimentos estratégico, determinada
a sua capacidade para correr riscos.
o Por definição, o orçamento pessoal é uma medida de projeção para a
finalidade de mensurar e acompanhar as estimativas de todas as receitas e
de despesas, precisamente, ao longo do tempo. Por sua vez, conforme o
plano financeiro pessoal. O que se expõe a riscos (mensuráveis ou não), em
termos de ativos ou de passivos.
o O relatório de balanço patrimonial de uma pessoa física indica a sua posição
financeira em termos dos registros de bens, direitos, e obrigações em um
período (considerado).
o Por sua vez, para o lado dos ativos, a disposição das contas é de
agrupamento em ordem decrescente de liquidez.
o Enquanto, que, para o lado dos passivos, a disposição das contas é de
agrupamento em ordem crescente de vencimento, ou seja, de maturidade.

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o Habitualmente, a estrutura de informações e características de um relatório
de posição financeira segue, aproximadamente, o seguinte padrão:
▪ Ativos e Passivos (listados a valor de mercado).
▪ Notas de rodapé (isto é, a descrição de detalhes sobre ativos e
passivos).
▪ O período do relatório (corretamente).
▪ O patrimônio líquido.
▪ O caso familiar (se houver a separação de bens, então ativos e
passivos devem possuir as iniciais dos nomes dos respectivos
proprietários).
▪ Categorias de ativos.
▪ Recursos monetários correntes (isto é, dinheiro ou similares).
▪ Ativos financeiros em investimentos (isto é, portfólio de ativos).
▪ Bens de uso pessoal (isto é, imóveis (e.g., casa), móveis (e.g., carro)).
▪ Ativos impreterivelmente listados em ordem de liquidez decrescente
(liquidez é a velocidade de conversão dos ativos em dinheiro).
▪ Passivos impreterivelmente listados conforme respectiva maturidade
(isto é, data de pagamento).
▪ Passivos de curto-prazo (isto é, com vencimento em até 12 meses).
▪ Passivos de longo-prazo (por exemplo, dívidas, financiamentos e
empréstimos).
▪ Patrimônio líquido (isto é, ativos menos passivos).
• Como sugestão, construa o seu próprio balancete pessoal, e determine a sua
capacidade de correr riscos.
• O relatório de balanço patrimonial de uma pessoa física indica a sua posição
financeira em termos dos registros de bens, direitos, e obrigações em um
período. Por sua vez, para o lado dos ativos, a disposição das contas é de
agrupamento em ordem decrescente de liquidez. Enquanto, que, para o lado dos
passivos, a disposição das contas é de agrupamento em ordem crescente de
vencimento, ou seja, de maturidade.
• A poupança é a sobra financeira e pode ser dirigida para alguma modalidade
disponível de investimento para que seja remunerada, serve para atingir
objetivos, financiar projetos, reduzir os riscos com eventos inesperados e em
maximizar uma gestão financeira pessoal.
• Propensão Marginal ao Consumo (PMgC) é um valor que varia entre 0 e 1, e
expressa o comportamento do “cliente” em relação aos rendimentos obtidos.
Quanto mais propenso o “cliente” for a consumir, tanto maior será o valor de sua
PMgC. Por exemplo, se o “cliente” está disposto a comprometer 70% de sua
rentabilidade com o consumo. Então, a sua PMgC é igual a 0,7.
• Ao contrário, a Propensão Marginal à Poupança (PMgS) do “cliente”
representa a parcela de sua rentabilidade à qual comprometer-se-á a poupar.
Consequentemente, se a PMgC do “cliente” é igual a 0,7. Então, a PMgS do

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“cliente” é igual 0,3. Por sua vez, comprometendo 30% de sua rentabilidade com
a poupança.
• Um pressuposto-guia para a elaboração do orçamento pessoal é que as
despesas não devem ser maiores do que as receitas. Aliás, a intuição-básica
sobre um orçamento financeiro é a de se gastar menos do que se ganha, pois
há a formação de poupança.
• A determinação do montante suficiente de poupança para atender os
compromissos do “cliente” pode partir de quatro fases: Fase do planejamento
orçamentário, Fase do registro (no livro de caixa), Fase do agrupamento das
contas do orçamento e Fase da avaliação do orçamento.
• O índice de poupança do “cliente” em termos de orçamento pessoal, mensal,
mostra o percentual da receita mensal que sobra para investir. De modo a
encontrar o índice de poupança, a princípio, é necessário encontrar o resultado
disponível para investir (poupança: + ou -) é igual a Despesas menos Receitas.
Ademais:
• Índice de poupança = Resultado disponível para investir (poupança: +) /
Receitas.
• Conforme for o caso, na elaboração do planejamento financeiro pessoal,
inúmeras situações particulares precisam ser relevadas, como, por exemplo, a
de ciclo de vida, a de situação de morte, a de divisão de bens, a de despesas
com educação, a de estado de saúde, a de regime matrimonial, a de processos
de separação, etc.
• O profissional CFP deverá ser capaz de dimensionar o orçamento mínimo
necessário para atender as necessidades básicas do cliente, calcular o valor
necessário para criar um fundo de emergência adequado para as necessidades
atuais e futuras do cliente, e determinar os instrumentos financeiros adequados
para a constituição do fundo de emergência.
o Patrimônio Mínimo de Sobrevivência (PMS): No planejamento financeiro
do cliente, é necessário possuir uma reserva financeira para eventos
inesperados. Por sua vez, compreende ter reservas financeiras para eventos
de perda, como desemprego, etc. O PMS sugere uma reserva equivalente a
seis vezes o consumo mensal da pessoa. Assim, servirá como estabilizador
em meio a situações imprevisíveis.
o Ressalta-se que a decisão pelo PMS deve ser maior do que oportunidades
de consumo ou investimentos de risco, pois o foco do plano se perderia. Com
isso, deve ficar em aplicação de baixo risco e liquidez imediata. Pois somado
a isso, é preciso acumular reservas suficientes para sustentar uma qualidade
de vida na aposentadoria.
• As restrições de liquidez em um plano financeiro, por meio de um orçamento
de caixa, referem-se à capacidade real de cumprir com as obrigações cotidianas
(isto é, diárias) e com as obrigações imprevistas do cliente (investidor). Tal que,
as restrições de liquidez destacam-se por necessidades de liquidez imediatas,

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necessidades de liquidez contínuas, e necessidades de liquidez eventuais (ou
ocasionais).
o Necessidades de liquidez contínuas dizem respeitos aos gastos normais
que devem ser pagos periodicamente pelo retorno orçamentário (ou do
portfólio pessoal).
o Necessidades de liquidez imediatas dizem respeito às despesas que
necessitam serem prontamente ou brevemente honradas, frequentemente
através do fundo de excedentes (por exemplo, PMS). Se não houver isso,
uma alternativa é usar reservas de outros fundos.
o Necessidades de liquidez eventuais (isto é, ocasionais) frequentemente
originam-se através da liquidação de parte do orçamento, porque contêm
gigantescas quantidades esperadas de fluxo de caixa.
• O relatório de balanço patrimonial de uma pessoa física indica a sua posição
financeira em termos dos registros de bens, direitos, e obrigações – registradas
conforme a sua liquidez – em um período (considerado), bem como a sua
situação líquida em um determinado período.
o Para o lado dos ativos, a disposição das contas é de agrupamento em
ordem crescente de liquidez. Por sua vez, compreende as aplicações de
recursos, em geral, em bens e direitos. – Além disso, o ativo se refere à
qualquer recurso (bens e direitos) que poderá gerar riquezas.
o Enquanto que, para o lado dos passivos, a disposição das contas é de
agrupamento em ordem crescente de vencimento, ou seja, de maturidade.
Por sua vez, compreende as exibilidades e obrigações, isto é, a captação de
recursos com terceiros, como, por exemplo, empréstimos e financiamentos
para o capital de giro e para a aquisição de bens.
o O patrimônio líquido representa a diferença entre o ativo e o passivo, isto é,
o valor líquido subjacente. Em outras palavras, o patrimônio líquido de uma
pessoa (ou seja, os seus recursos), em um determinado período, é
considerado pela diferença dos seus bens menos as suas dívidas, isto é, a
sua situação líquida.
• Indicadores de liquidez: são índices financeiros para verificar o crédito de uma
pessoa, isto é, a capacidade monetária para a cobertura de suas obrigações no
passivo, servindo para a proteção patrimonial. Por sua vez, possuem a
capacidade de avaliar as obrigações financeiras de uma pessoa, otimizando a
sua gestão financeira.
o Índice de liquidez corrente: trata-se de indicadores que medem a
capacidade do indivíduo cumprir com os seus pagamentos durante um
período de curto prazo. Ou seja, a propensão pessoal em honrar com as
contas pessoais.
o Índice de Cobertura de despesas mensais: O índice de cobertura de
despesas mensais representa a divisão entre as reservas financeiras e
despesas mensais. Por sua vez, medindo em quanto tempo será possível
manter um determinado padrão de custos, despesas e pagamento de juros
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(durante determinado período). Em geral, usa-se meses como base de
cálculo.
o Índice de Cobertura Pessoa Física (ICPF): ou Índice de liquidez imediata, é
um indicador que mede a capacidade pessoal de cumprir para com as
obrigações (especialmente no curtíssimo prazo). Por sua vez, é específico e
limitado ao caixa, aplicações financeiras e saldos bancários.
Consequentemente, não se considera contas a receber, estoque e outros
valores de entrada.
o Índice de poupança: mostra o percentual da receita mensal, em termos de
orçamento mensal, que sobra para investir.
• O Custo Efetivo Total (CET) é a taxa que compreende todos os encargos e
despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil
financeiro, contratadas ou ofertadas a pessoas físicas, microempresas e
empresas de pequeno porte.
• Crédito Direto ao Consumidor (CDC): trata-se de uma categoria de
financiamento dirigida para a compra de bens de consumo duráveis (por sua
vez, os de origem nacionais ou estrangeiros e passíveis de alienação fiduciária,
etc.) e ainda para as operações em relação à prestação de serviços (como, por
exemplo, pacotes turísticos, passagens e estadias, etc.) pelas pessoas físicas.
• O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) objetiva maximizar o mercado
imobiliário para a classe de renda intermediária. Bem como, em ser mais
independente do estado.
o O SFI traz alternativas para clientes de sociedades de crédito imobiliário,
companhias hipotecárias, associações de poupança e empréstimo, bancos
múltiplos com carteiras imobiliárias, etc. Além do que, ambos, de alguma
maneira, relacionam-se com a Caixa Econômica Federal.
o No modelo do sistema financeiro imobiliário é possível usar recursos do FAT
por meio da: Carta de crédito caixa letra individual; Carta de crédito caixa
letra hipotecária longa (residencial ou comercial); Carta de crédito FAT
habitação (individual).
o O ITBI é o imposto sobre transmissão de bens imóveis, isto é, o valor
cobrado pela transferência do imóvel do vendedor para o comprador,
variando entre 2% a 3% (o que depende do lugar, uma vez que é cobrado
pela prefeitura).
o Um custo é o Registro/Escritura que é cobrado quando se dá a entrada do
contrato do financiamento de registro do imóvel, sendo pago pelo comprador,
no cartório.
• O arrendamento mercantil (leasing) é, por definição, um arrendamento, uma
classe de aluguel com a opção de compra ao fim do contrato. Em geral,
empresas de arrendamento mercantil (leasing) associam-se a bancos,
especificamente elas compram algum produto (ou o possuem) para um cliente, o
qual aluga o produto, por prazo especificado. Por sua vez, ao fim do prazo, o

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cliente tem a opção de comprar o produto pelo valor previamente acordado (por
exemplo, o valor de mercado do produto) ou de entregá-lo.
o O leasing financeiro é uma operação de financiamento integral de bens
móveis e imóveis, por sua vez, estabelecido via contrato, pela forma de
locação de bens entre uma de empresa arrendamento mercantil, isto é, de
leasing (arrendador), e o usuário (arrendatário).
• Consórcios: referem-se à formação de grupos de pessoas que dão a forma a
fundos comuns e, então, passam a arrecadar contribuições (em geral, mensais)
em recursos monetários correntes (em geral, dinheiro) para a finalidade de
destino que é a de proporcionar a cada consorciado (ou seja, associado ao
consórcio) a aquisição de um bem, ou conjunto de bens, ou, ainda determinado
serviço.
• Crédito Rural: o objetivo desta modalidade de financiamento é promover os
investimentos rurais feitos por produtores rurais ou por cooperativas rurais. Bem
como, para facilitar o custeio da produção e a venda de produtos agropecuários,
de maneira adequada e oportuna.
• Produtos do BNDES: O BNDES tem um conjunto estruturado de produtos
financeiros, dos quais derivam linhas, programas e fundos. As linhas de
financiamento e os programas têm regras específicas de acordo com o
beneficiário, setor e/ou empreendimento apoiado, sendo as linhas de
financiamento voltadas para atender a demandas permanentes, enquanto os
programas buscam suprir demandas específicas, com prazo de vigência e
dotação previamente estabelecidas. O BNDES trabalha com captações e gestão
de recursos financeiros que possibilitam as operações de financiamento de
longo prazo, por meio de instituições financeiras credenciadas.
• Crédito educacional: atualmente, a oferta de produtos de crédito educacional
em Brasil parte de um setor com Instituições Públicas e Instituições Privadas.
Instituições Públicas partem do estabelecimento do Financiamento ao Estudante
do Ensino Superior (FIES).
• O FIES atende o aluno com dificuldades econômicas e não atende a todos os
alunos, uma vez que há uma seleção (que considera um conjunto de variáveis
socioeconômicas), diferente dos casos em que há a oferta de bolsa de estudos
(por exemplo, Prouni) em que não há o financiamento estudantil.

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