Este capítulo discute as principais inovações e transformações recentes no sistema financeiro, incluindo: 1) a securitização, que envolve a transformação de dívidas em títulos negociáveis; 2) o crescimento dos derivativos e investidores institucionais; 3) a tendência dos bancos se tornarem universais; e 4) a desregulamentação e liberalização financeira.
Este capítulo discute as principais inovações e transformações recentes no sistema financeiro, incluindo: 1) a securitização, que envolve a transformação de dívidas em títulos negociáveis; 2) o crescimento dos derivativos e investidores institucionais; 3) a tendência dos bancos se tornarem universais; e 4) a desregulamentação e liberalização financeira.
Este capítulo discute as principais inovações e transformações recentes no sistema financeiro, incluindo: 1) a securitização, que envolve a transformação de dívidas em títulos negociáveis; 2) o crescimento dos derivativos e investidores institucionais; 3) a tendência dos bancos se tornarem universais; e 4) a desregulamentação e liberalização financeira.
Prof.: Giuliano Contento de Oliveira Aluno: Luís Felipe Avi RA: 240317
CARVALHO, Fernando Cardim de et al. Economia monetária e financeira: teoria e política. 2a
ed. Rio de Janeiro: Campus, 2007.
Capítulo 20 – Principais Inovações e Transformações Recentes do Sistema Financeiro
Neste capítulo, visando apresentar as principais inovações e transformações do sistema
financeiro nos últimos tempos, os autores elencam tais mecanismos e fazem sua respectiva caracterização. Dessa forma, vamos discutir as seguintes inovações/transformações: 1) Securitização; 2) Derivativos e Emergências para Investidores Institucionais; 3) Tendência de Universalização dos Bancos; 4) Desregulamentação e Liberalização Financeira. 1) Securitização Nos últimos anos, uma mudança fundamental começou a ocorrer: a emergência de investidores institucionais, Investidores institucionais, como fundos de pensão e fundos mútuos de investimento em mercados monetário e de capitais permitiram precisamente a transformação de atitudes que viabilizam a expansão das operações de colocação direta de papéis. Este processo é chamado de securitização. O termo securitização deriva da palavra inglesa securities, que significa títulos financeiros. A securitização se refere à transformação de obrigações financeiras geradas anteriormente em processos de oferta de crédito em papéis colocáveis diretamente no mercado. Ela descreve um processo de desintermediação financeira, em que cada vez mais bancos mudam seu padrão de atuação, deixando de ser intermediário de crédito para se tornarem corretores e promotores de negócios. A securitização corresponde a dois tipos diferentes de processos financeiros. A securitização primaria corresponde ao apelo crescente à colocação direta de papéis de tomadores junto ao público não financeiro, em substituição ao crédito bancário anteriormente utilizado, um exemplo disso é a captação de recursos de curto prazo para financiamento de capital de giro pelas empresas, através de comercial papers, ao invés da tomada de recursos junto a bancos comerciais. A securitização secundaria refere-se ao processo de transformação sofrido pelos próprios intermediários financeiros que buscam se adaptar às novas tendências de mercado. 2) Derivativos e Emergências para Investidores Institucionais Os derivativos são ativos cujo valor é derivado de outros. Seu papel mais importante é a possibilidade que oferecem de decompor e negociar em separado os riscos que cercam uma dada transformação financeira. Assim em transações domesticas, é possível separar os riscos de produção dos riscos de variação de preços, por exemplo, em operações financeiras internacionais, derivativos permitem separar os riscos de juros dos riscos de câmbio, os riscos de amortização dos referentes ao serviço de uma dívida etc. Investidores institucionais compreendem um conjunto relativamente heterogêneo de iniciativas que tem como traço comum o de constituírem pools de recursos para aplicação financeira. A agregação de recursos em um pool permite um aproveitamento muito melhor das oportunidades de acumulação de riqueza que o mercado financeiro oferece, seja porque permite uma gestão profissionalizada das carteiras de ativos, mas também porque permite uma alocação mais eficiente de riscos e retornos, porque alarga os horizontes de aplicação e porque dá maior poder de mercado ao poupador que, isoladamente, não teria escolha e, possivelmente, nem acesso a mercados, diante das instituições como, por exemplo, bancos de investimento. 3) Tendência a Universalização dos Bancos Como resultado das transformações já discutidas, tornam-se rapidamente obsoletas as formas de organização segmentadas que não sejam resultado de uma escolha estratégica privada. Forçados pela globalização financeira, os bancos universais se veem às voltas com a competição de bancos estrangeiros, especialmente americanos, que trazem consigo as inovações financeiras para as quais estavam despreparados. Por outro lado, as novas frentes abertas pela inovação financeira, como os processos de securitização e operação com derivativos em um cenário em que fronteiras nacionais são cada vez menos importantes, abrem perspectivas de lucros muito superiores àqueles acessíveis nos tradicionais mercados de crédito. 4) Desregulamentação e Liberalização Financeira A globalização implica uma redução sensivelmente maior da soberania nacional. Isto porque enquanto a internacionalização anteriormente praticada limitava-se a abrir as economias nacionais à penetração de capitais estrangeiros, a globalização implica um movimento adicional, de redução das diferenças de natureza legal e institucional entre aquelas economias. Globalização implica equalização de condições de operação e, com isso, a tendência à unificação dos mercados. A busca de uma integração mais completa nos fluxos de bens e serviços internacionais é uma razão para a desregulação da economia, entendida não como a eliminação de toda e qualquer forma de intervenção na economia, mas, sim como a eliminação daquelas medidas cujo intuito, explícito ou implícito, seja apenas a defesa de espaços privilegiados por parte de agentes econômicos nacionais contra outros nacionais ou contra estrangeiros. Portanto, a percepção de que controles, além de indesejáveis, são também inócuos tornou-se dominante e, com isso, abriu-se movimento sustentado de redução drástica de regras de regulação do setor financeiro em geral e do bancário em particular. Dessa forma, cabe aos reguladores a supervisão da escolha estratégica mais geral, para garantir a minimização dos riscos sistêmicos que realmente devem concentrar a atenção das autoridades, deixando sua aplicação específica para ser acompanhada e controlada pelos agentes privados diretamente interessados nela, dotados da informação necessária para tal, tornada disponível pela legislação referente à divulgação dos dados relevantes.
Os fundos de investimento de uma forma simples: O guia de introdução aos fundos de investimento e as estratégias de investimento mais eficazes no domínio da gestão de activos