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Introdução

Para que exista investimento é necessário que haja formação prévia ou simultânea de
poupança e que existam instituições e mecanismos capazes de transformar poupança em
investimento. O mercado financeiro possibilita que as unidades econômicas (isto é, famílias,
empresas e governos que compõem as sociedades), também chamadas de agentes
econômicos, sejam colocadas em contato, direto ou indireto, a um custo mínimo e com as
menores dificuldades possíveis. Dessa forma, a utilização dos recursos financeiros da
economia pode ser otimizada, resultando em um aumento geral da produtividade, da
eficiência e do bem-estar da sociedade. Ao possibilitar o contacto entre as unidades
econômicas, o mercado financeiro cumpre, também, as seguintes funções: Estímulos à
formação de poupança – as instituições financeiras existentes no mercado financeiro
estimulam a formação de poupança de diferentes formas. Instituições financeiras, como os
bancos comerciais, captam poupança e, em troca, emitem ativos com diferentes graus de
liquidez. O mercado de capitais – onde operam principalmente bancos de investimento e
corretoras de títulos – auxilia as empresas a emitirem títulos próprios, como ações e
debêntures. Outros tipos de instituição financeira, como os fundos de pensão, os fundos de
investimento e as seguradoras, são importantes demandantes desses títulos e, portanto,
também estimulam a formação de poupança; Facilitação da transferência de poupança entre
unidades econômicas – uma vez que o mercado financeiro coloca em contato as diferentes
unidades econômicas, a troca de recursos entre os que possuem recursos financeiros
excedentes e os que necessitam de recursos é facilitada. Os bancos são importantes
facilitadores dessa troca, pois repassam os recursos captados de poupadores a tomadores de
empréstimos.
Obhectivos do trabalho

Objectivos gerais:

 Analisar o comportamento das instituições e mercados financeiros

Objectivos específicos;

 Descrever o relacionamento enmtre finanças e outras áreas


 Caracterizar a relação entres as instituições financeiras o mercados financeiros

Metodologia

Segundo Silva , Menezes ( 2001, p.32) “ nesta etapa onde ira definir onde e como será
realizada a pesquisa . Definirá o tipo de pesquisa, a população (universo da pesquisa), a
amostragem, os instrumentos da colecta de dados e a forma como quer tabular e analisar os
dados.

Do ponto de vista de Objectivos

Segundo Silva , Menezes apud (Gil 1999, p.52) podem ser:

Pesquisa Exploratória- visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a
torná-los explícitos ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas
com pessoas que tiveram a experiências práticas com o problema pesquisado; análises de
exemplos que estimulem a compreensão. Assume em geral as formas de pesquisas
bibliográficas e Estudo de caso.

Pesquisa Descritiva – Visa Descrever as características de determinada população ou


fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas
padronizadas de colectas de dados: Assume em geral a forma de levantamento.

Pesquisa Explicativas – visa identificar os factores que determinam ou contribuem para a


ocorrência de fenómenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o
porque das coisas. Assume em geral a forma de Pesquisa Experimental e pesquisa Exposta-
facto.
Mercados Financeiros

Finanças

Conceitua-se finanças como a arte e a ciência da gestão do dinheiro. De acordo com Gitman
(2004) praticamente todos os indivíduos e organizações estão envolvidos com actividades
financeiras, pois constantemente, recebem, levantam, gastam e investem dinheiro.

Finanças são os processos pelos quais o dinheiro é transferido (por meio de financiamento e
de investimento) entre empresas, indivíduos e governos.

Afeta directamente todos os grupos sociais envolvidos (clientes, fornecedores, bancos,


empregados, governo, investidores) pois se essa empresa se desenvolve e maximiza seu valor
no mercado todos ganham.

As finanças constituem um ramo da economia encarregue da administração do dinheiro. As


finanças internacionais, por conseguinte, estudam o fluxo de efectivo entre os vários países.
Esta área financeira pode dividir-se em dois ramos de estudo: a economia internacional (que
tem em conta a taxa de câmbio, as taxas de juros e outros aspectos financeiros) e as finanças
corporativas (o estudo dos mercados e dos produtos financeiros).

Serviços financeiros

E a parte das finanças que se ocupa da concepção e distribuição de serviços de assessoria e


produtos financeiros a pessoas físicas, empresas e órgãos governamentais

Os serviços financeiros dizem respeito à concepção e oferta de assessoria e produtos


financeiros a pessoas físicas, empresas e órgãos governamentais. Envolvem diversas
oportunidades de carreira interessantes em instituições bancárias e afins, assessoria financeira
pessoal, investimentos, imóveis e seguros.
Administração financeira

Administração financeira refere- se ao conjunto de atribuições do administrador financeiro de


empresas.

Administrador financeiro aquele que gerência activamente os assuntos financeiros de


qualquer tipo de organização, financeira ou não financeira, privada ou pública, grande ou
pequena, com ou sem fins lucrativos.

É o setor responsável pelo planejamento e controle do capital de forma que atenda às


necessidades da empresa, seja para financiar seu crescimento (inovar e/ou criar novos
produtos, atender aos clientes, …exibir mais conteúdo…

Função da administração financeira

Tesoureiro:

Responsável por actividades como planejamento financeiro e obtenção de fundos, decisões


sobre investimentos de capital, administração de caixa, de crédito e do fundo de pensão.
Controle: actividades contábeis, incluindo administração tributária, informática, contabilidade
de custos e contabilidade financeira. As actividades do tesoureiro constituem preocupação
básica do livro.

Relacionamento de Finanças com a Economia:

Como a maioria das empresas operam dentro da Economia, o administrador financeiro deve
compreender o arcabouço econômico e estar atento às consequências do vários níveis de
atividade econômica e das mudanças na política econômica. Princípio Econômico básico
usado é a análise marginal (benefícios adicionais superar os custos adicionais).

Relacionamento com a Contabilidade:

Contador – Regime de competência: reconhece as receitas no momento da venda e as


despesas, quando incorridas. Administrador financeiro – Regime de caixa: reconhece as
receitas e despesas apenas quando ocorrem entradas e saídas efetivas de caixa. Administrador
financeiro – Tomada de decisão baseado em suas avaliações acerca dos riscos e retornos.
Atividades-chaves do administrador financeiro:

Realizar análises e planeamento financeiro Tomar decisões de investimento e tomar decisões


de financiamento

TQM, aplicação dos princípios da qualidade é um importante conceito para o administrador


financeiro. Pois envolve contínuos esforços para melhorar as operações através do
aperfeiçamento dos processos, visando atingir maior eficiência e satisfação das necessidades
de todos os clientes

RELAÇÃO DE FINANÇAS COM OUTRAS ÁREAS

Para que esses critérios de controle sejam eficazes temos uma relação com áreas que
complementam as finanças. Sendo assim agregando as informações e analisando se a
administração está sendo eficiente.

FINANÇAS X ECONOMIA

A economia, com a lei de oferta e demanda, valorização e desvalorização de ações, alta de


moeda, e vários outros fatores que interferem na economia, resultam drasticamente nas
atividades e arrecadações das empresas.

Quando há acontecimentos que prejudicam suas atividades, além de corte de despesas, pode
ser gerado desemprego e até a falência da empresa.

O aumento de matéria prima e Fornecimentos de produtos, alem da alta de encargos e


tributos.

RELAÇÃO COM A CONTABILIDADE

As atividades financeiras e contabilidade se relacionam diretamente e a contabilidade por sua


vez, traz o controle e inspeção de encargos, lançamento das informações financeiras e
transmitem todos esses dados na base legal.
A contabilidade transformou-se progressivamente numa fonte de informação sobre a situação
da empresa e o desenvolvimento da sua atividade. Esta informação é fundamental para a
elaboração da análise financeira que traduz a situação econômica e financeira empresarial,
permitindo ao analista concluir sobre o volume de negócios, o investimento feito pela
empresa, a produtividade, a sua situação em face de terceiros e as oportunidades de
crescimento ao nível da competitividade. (SOUSA, 2008)

Como vimos, podemos chegar à conclusão de que finanças têm que ser combinada com
vários níveis de informação e assim com uma finalização mais coerente.

Assim, pode-se dizer que a administração financeira está diretamente relacionada com a
maneira pela qual uma organização obtém, direciona e controla os seus recursos financeiros,
a fim de alcançar os objetivos e metas organizacionais. (ZDANOWICZ, 2004)

Actividades básicas da administração financeira

Além do envolvimento constante com a análise e o planejamento financeiros, as principais


ativi- dades dos administradores financeiros são tomar decisões de investimento e de
financiamento. As decisões de investimento determinam a combinação e os tipos dos ativos
que a empresa detém. As de financiamento determinam a combinação e os tipos de
financiamento por ela usados. Essas decisões podem ser mais facilmente compreendidas por
meio do balanço patrimonial, como mostra a tabela . Entretanto as decisões são efetivamente
tomadas com base nos efeitos do fluxo de caixa sobre o valor geral da empresa.

Balanco Patrimonial
Activo circulante Passivo circulante
Activo imobilizado Dividas de longo prazo e património liquido

Tecnicamente falando, os administradores financeiros fazem recomendações quanto a


decisões tomadas, em última instância, pelo CEO e/ou pelo conselho de administração.
INSTITUIÇÕES E MERCADOS FINANCEIROS

A maioria das empresas bem- sucedidas tem necessidade constante de fundos, que podem
satisfa- zer de três formas a partir de fontes externas. A primeira delas está nas instituições
financeiras, que aceitam depósitos e os transferem a quem necessite de fundos. A segunda
encontra -se nos mercados financeiros, fóruns organizados em que ofertantes e demandantes
de diversos tipos de fundos podem negociar. E a terceira é a colocação privada. Por causa da
falta de estrutura formal das colocações privadas, nos concentraremos no papel que as
instituições financeiras e os mercados financeiros repre- sentam no financiamento das
empresas.

Instituições financeiras

Agem como intermediários, canalizando as poupanças de pessoas físicas, empresas e órgãos


governamentais para empréstimos e investimentos. Muitas instituições finan- ceiras
remuneram direta ou indiretamente seus depositantes com juros sobre os recursos
depositados; outras prestam serviços em troca de tarifas (por exemplo, contas correntes pelas
quais os correntistas paguem encargos). Algumas instituições financeiras aceitam depósitos
de poupança da clientela e investimentos. Emprestam esse dinheiro a outros clientes ou
empresas; outras investem a poupança de seus clientes em ativos remunerados, como
imóveis, ações, ou obrigações; e há quem faça as duas coisas. O gover- no exige que as
instituições financeiras operem segundo determinadas diretrizes reguladoras. Principais
clientes das instituições financeiras Para as instituições financeiras, os principais ofertantes e
demandantes de fundos são as pessoas físicas, as empresas e os órgãos governamentais. A
poupança que os clientes individuais depositam nas instituições financeiras lhes fornece
grande parte dos recursos de que dispõem. Esses clientes não apenas proporcionam recursos
às instituições financeiras, como também os demandam delas sob a forma de empréstimos.
Entretanto, as pessoas físicas como um todo são ofertantes líquidos para as instituições
financeiras: poupam mais do que tomam emprestado. As empresas também depositam parte
de seus recursos nas instituições financeiras, sobretudo em contas correntes mantidas em
diversos bancos comerciais. Dessa forma, como as pessoas físicas, as empresas também
tomam empréstimos dessas instituições, mas são demandantes líquidos de fundos: tomam
mais dinheiro do que poupam. Os órgãos governamentais mantêm em bancos comerciais
depósitos de fundos temporariamente ociosos, alguns tipos de pagamento de impostos e
pagamentos à Seguridade Social. Não tomam recur- sos diretamente das instituições
financeiras, embora, ao vender títulos de dívida a diversas instituições, acabem tomando
delas empréstimos indiretos. Os órgãos governamentais, assim como as empresas, costumam
ser demandantes líquidos de fundos: normalmente tomam mais do que poupam. Todos já
ouvimos falar do déficit fiscal. Principais instituições financeiras As principais instituições
financeiras que operam no mercado norte- americano são os bancos comerciais, as
associações de poupança e empréstimo, as cooperativas de crédito, as caixas econômi- cas, as
companhias de seguro, os fundos de investimento e os fundos de pensão. Essas instituições
atraem fundos de pessoas físicas, empresas e órgãos governamentais, os combinam e
oferecem emprés- timos a pessoas físicas e empresas.

Mercados financeiros

Os mercados financeiros são fóruns em que ofertantes e demandantes de fundos podem


negociar diretamente. Enquanto as instituições financeiras concedem empréstimos e realizam
investimentos sem o conhecimento direto dos ofertantes (poupadores) de fundos, nos
mercados financeiros os ofertantes sabem a quem seus recursos foram emprestados ou onde
foram investidos. Os dois principais mercados financeiros são o mercado monetário e o
mercado de capitais. Transações em obrigações de curto prazo, ou títulos negociáveis,
ocorrem no mercado monetário. Títulos de longo prazo — ações e obri- gações — são
negociados no mercado de capitais. Para levantar recursos, as empresas podem usar
colocações privadas ou ofertas públicas. A colo- cação privada envolve a venda direta de uma
nova emissão de títulos, geralmente sob a forma de obrigações ou ações preferenciais, a um
ou mais investidores, como seguradoras ou fundos de pensão. A maioria das empresas,
contudo, levanta fundos por meio da oferta pública de títulos, que é a venda não exclusiva de
obrigações e ações ao público em geral. Todos os títulos são originalmente emitidos no
mercado primário, o único em que o emissor, seja ele corporativo ou governamental, se
envolve diretamente na transação e se beneficia diretamente da emissão. Ou seja, a empresa
efetivamente recebe o produto da venda dos títulos. Uma vez que os títulos comecem a ser
negociados entre poupadores e investidores, tornam -se parte do mercado secun- dário. O
mercado primário é aquele em que se negociam títulos ‘novos’. O secundário pode ser
considerado um mercado de títulos de ‘segunda mão’.
Relação entre instituições financeiras e mercados financeiros

As instituições financeiras participam ativamente dos mercados financeiros na qualidade de


ofer- tantes e demandantes de fundos. A Figura 1 representa o fluxo geral de fundos por
meio das institui- ções financeiras e dos mercados financeiros e entre eles; também são
apresentadas as colocações privadas. As pessoas físicas, empresas e órgãos governamentais
que fornecem e demandam fundos podem ser nacionais ou estrangeiros. A seguir,
discutiremos sucintamente o mercado monetário,

Dica Pense em como seria ineficiente se cada poupador tivesse que negociar com cada
demandante de poupança em potencial. As instituições fazem com que o processo seja mais
eficiente, agindo como intermediárias entre poupadores e tomadores de fundos.

Mercados financeiros

Ambientes nos quais os fornecedores e os demandantes de fundos podem realizar negócios


diretamente.

Colocação privada Venda de uma emissão de novos títulos, geralmente obrigações ou ações
preferenciais, de forma direta a um investidor ou a um grupo de investidores. Oferta pública
Venda não exclusiva de obrigações ou ações ao público em geral. Mercado primário Mercado
financeiro no qual ocorrem as emissões iniciais de títulos; único mercado no qual o emitente
está diretamente envolvido na transação. Mercado secundário Mercado financeiro no qual
são negociados títulos previamente.
Fig 1-Fluxos de fundos e títulos

MERCADO MONETÁRIO

As transferências de recursos a curtíssimo prazo, em geral com prazo de um dia, como


aquelas realizadas entre as próprias instituições financeiras ou entre elas e o Banco Central,
são realizadas no chamado mercado monetário. Trata-se de um mercado utilizado
basicamente para controle da liquidez da economia, no qual o Banco Central intervém para
condução da Política Monetária. Resumidamente, se o volume de dinheiro estiver maior do
que o desejado pela política governamental, o Banco Central intervém vendendo títulos e
retirando moeda do mercado, reduzindo, assim, liquidez da economia. Ao contrário, caso
observe que a quantidade de recursos está inferior à desejada, o Banco Central intervém
comprando títulos e injetando moeda no mercado, restaurando a liquidez desejada. Em países
onde o mercado financeiro é muito desenvolvido, o mercado monetário pode ser definido
como aquele onde são negociados ativos financeiros públicos e privados de prazo inferior a 1
ano e de elevado grau de liquidez. No Brasil, onde mercados formais para instrumentos
financeiros privados ainda estão se desenvolvendo, o mercado monetário pode ser definido
como aquele onde são realizadas negociações de curtíssimo prazo (overnight) lastreadas em
títulos públicos. O mercado monetário é regido pela atuação do Banco Central que, através de
suas operações de mercado aberto, regulando o nível das reservas bancárias. O SELIC
(Sistema Especial de Liquidação e Custódia), criado em 1979, é o sistema eletrônico utilizado
para registro, custódia e liquidação financeira das operações realizadas com títulos públicos
federais.

A partir das taxas praticadas nas negociações diárias realizadas no SELIC, obtém-se a taxa
SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no
SELIC), que representa importante referencial para a formação das taxas de juros no
mercado, uma vez que é aceita, no Brasil, como a taxa de juros livre de risco, por envolver
títulos públicos. A cada reunião ordinária, o Comitê de Política Monetária (COPOM) fixa
uma meta para a taxa SELIC, a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do
Comitê. Se for o caso, o COPOM também pode definir um viés, que é uma prerrogativa dada
ao presidente do Banco Central para alterar, na direção desse viés, a meta para a taxa SELIC
a qualquer momento entre as reuniões ordinárias.

MERCADO DE CAPITAIS

De acordo com a literatura internacional, no mercado de capitais são negociados títulos de


prazo superior a 1 ano. No Brasil, a expressão mercado de capitais vinha sendo usada como
sinônimo de mercado de ações, mas seu significado foi ampliado, devido ao crescimento da
participação de instrumentos financeiros de dívida, como debêntures, notas promissórias,
recebíveis.

O prazo desses títulos não é necessariamente superior a 1 ano; assim, a denominação


mercado de capitais se refere a formas não intermediadas de captação de recursos e a
posterior negociação desses títulos no mercado. Do ponto de vista dos investidores, o
mercado de capitais surge como alternativa às aplicações tradicionais em produtos oferecidos
pelos bancos ou pelo governo. É nesse mercado que os poupadores têm a oportunidade de
participar de empreendimentos que consideram interessantes, desde que dispostos a assumir
os riscos daí decorrentes. Espera-se, em especial nos títulos patrimoniais, uma rentabilidade
superior aos investimentos tradicionais, embora com risco também superior. Isso porque,
diferente do mercado de crédito, em que o risco das operações é centralizado nos bancos, no
mercado de capitais o risco da operação em que os recursos são aplicados é assumido pelos
próprios investidores. Conceitua-se o mercado de capitais, portanto, como o segmento do
mercado financeiro em que são criadas as condições para que as empresas captem recursos
diretamente dos investidores, através da emissão de instrumentos financeiros, com o objetivo
principal de financiar suas atividades ou viabilizar projetos de investimentos.

Os países capitalistas mais desenvolvidos possuem mercados de capitais fortes e dinâmicos.


A fraqueza desse mercado nos países subdesenvolvidos difi culta a formação de poupança,
constitui um sério obstáculo ao desenvolvimento e obriga esses países a recorrerem aos
mercados de capitais internacionais.

Os principais instrumentos fi nanceiros transacionados no mercado de capitais são: ações;


debêntures; e notas promissórias (commercial papers). O mercado de capitais é composto de
dois segmentos: mercado primário e mercado secundário.

Mercado Primário

É quando o título é lançado pela primeira vez no mercado, ou seja, quando é feita a emissão
primária do título, e, nesse momento, ocorre aporte de recursos para a empresa emissora. O
lançamento de títulos para subscrição pública é denominado underwriting. Subscrição de
Títulos (Underwriting) O lançamento (emissão primária) de títulos e de ações de empresas é
feito através de instituições fi nanceiras especializadas – banco de investimento (ou banco
múltiplo com carteira de investimento), uma corretora ou distribuidora. A empresa
interessada em lançar papéis no mercado de capitais contrata a instituição fi nanceira para que
esta proceda à análise da situação fi nanceira presente e das perspectivas da própria empresa,
assim como das condições mais adequadas – em termos de volume, preço – de lançamento
dos títulos no mercado.

Mercado Secundário

Negociação de títulos após a emissão primária. Nesse caso, os títulos trocam de mãos, sem
que a empresa receba qualquer recurso. A existência de um mercado secundário é de
fundamental importância para estimular a emissão primária ao conferir liquidez para os
títulos.

O mercado de capitais tem uma grande importância no desenvolvimento do país, pois


estimula a poupança e o investimento produtivo, o que é essencial para o crescimento de
qualquer sociedade econômica moderna.

Os títulos podem ser negociados em dois tipos de mercado:


Bolsas de Valores

São mercados organizados, em que operações de compra e de venda de ações e de títulos são
realizadas a partir de um conjunto de regras. Geralmente, os investidores têm acesso a uma
grande quantidade de informações sobre as operações realizadas nas bolsas de valores. Para
terem suas ações negociadas em bolsas de valores, as empresas precisam cumprir uma série
de exigências que tornam mais transparentes as suas situações financeiras e as formas como
se relacionam com seus acionistas. As operações com ações em bolsas de valores são
realizadas por sociedades corretoras. Pessoas físicas ou jurídicas, fundos de investimento e
outras instituições financeiras operam através das corretoras. Atualmente todas as
negociações com ações no Brasil são realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo
(BOVESPA). A BOVESPA dispõe de um sistema eletrônico de negociação
(MEGABOLSA), pelo qual as ofertas são inseridas em terminais remotos nas corretoras para
serem vistos por todos os participantes.

Mercado de Balcão São negociações realizadas fora das bolsas de valores. Nesse mercado, os
negócios são fechados por meios eletrônicos entre as instituições e entre elas e os seus
clientes. As ações transacionadas no mercado de balcão têm menor liquidez do que as
transacionadas em bolsas e, portanto, estão mais sujeitas a oscilações de preço e a
manipulações.

Bolsa de Valores

Provêem o local onde as empresas podem levantar fundos através da venda de títulos novos e
os compradores de títulos podem obter liquidez. Bolsa de Valores Organizadas. Mercado de
Balcão (OTC – over the counter).

Bolsa de Valores Organizadas

Organizações tangíveis que atuam como mercados secundários. New York Stock Exchange
(NYSE) American Stock Exchange (AMEX) Praticamente somente grandes empresas podem
operar no “pregão”.

Mercado de Balcão Mercado intangível para a compra e venda de títulos que não são
registrados nas bolsas de valores.

Os dealers do OTC estão vinculados aos comprados e vendedores de títulos através do


NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotation System), que
constitui uma sofisticada rede de telecomunicações, veiculando os preços de compra e venda
de milhares de títulos.

Os preços negociados resultam da competitividade de ambas as ofertas e da negociação.

TRIBUTAÇÃO DE EMPRESAS

Os impostos são inevitáveis e as empresas, assim como as pessoas físicas, precisam pagar
impos- tos sobre seus rendimentos. Os rendimentos das firmas individuais e das partnerships
são tributados como se fossem renda de seus proprietários; os rendimentos das sociedades por
ações estão sujeitos ao imposto de renda da pessoa jurídica. Independentemente da sua forma
legal, toda empresa pode gerar dois tipos de rendimento: ganhos ordinários e de capital. Sob a
lei vigente, ambos podem ser tratados de forma diferente na tributação de pessoas físicas, mas
não no caso de entidades sujeitas a imposto de renda de pessoa jurídica.

Resultados ordinários

Os resultados ordinários de uma sociedade por ações são aqueles obtidos por meio da venda
de bens e serviços.

Tributação de pessoa jurídica

Lucro Normal ou Operacional – lucro obtido por uma SA com a venda de produtos ou
serviços.

Alíquota média do imposto de renda – divisão do imposto de renda pelo lucro tributável.

Alíquota marginal do imposto de renda – a alíquota pela qual o lucro adicional é tributado.

A alíquota média é mais útil na avaliação histórica dos impostos, enquanto que a alíquota
marginal é frequentemente usada para tomada de decisão financeira.
Conclusão
REFERÊNCIAS

GITMAN, J.L., 2000, 2ªedição. Princípios da Administração Financeira Essencial

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