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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3

2 FINANÇAS CONCEITOS............................................................................ 4

2.1 Finanças empresariais e o administrador financeiro ............................ 6

3 PROJETOS................................................................................................. 8

4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJETOS................................................ 10

4.1 Análise de investimentos .................................................................... 10

4.2 Valor presente líquido e taxa interna retorno...................................... 13

4.3 Custo de Oportunidade ...................................................................... 16

4.4 Payback Simples e Payback Descontado .......................................... 18

4.5 Análise do risco .................................................................................. 21

5 ESTRUTURA E CUSTO DE CAPITAL ..................................................... 27

5.1 Custo de capital próprio...................................................................... 28

5.2 Custo de capital de terceiros .............................................................. 31

6 FUSÕES E AQUISIÇÕES......................................................................... 32

6.1 Motivos para Fusões e Aquisições ..................................................... 35

7 EFICIÊNCIA DE MERCADO..................................................................... 37

8 GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................................................. 40

8.1 Os quatro pilares da Governança Corporativa ................................... 41

8.2 Origens da governança corporativa ................................................... 42

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 45

10 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 47
1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 FINANÇAS CONCEITOS

Fonte: images.endeavor.org.br

Considerando a definição apresentada no dicionário Aurélio o termo Finanças


se refere a “Ciência e a profissão do manejo do dinheiro, particularmente do dinheiro
do Estado”.
Finanças representa a arte e a ciência da gestão do dinheiro.

O termo finanças pode ser definido como “a arte e a ciência de administrar o


dinheiro”. Praticamente todas as pessoas físicas e jurídicas ganham ou
levantam, gastam ou investem dinheiro. Finanças diz respeito ao processo,
às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na transferência
de dinheiro entre as pessoas, empresas e órgãos governamentais.
Gitman,2010

Corresponde à área preocupada com os processos, as instituições, os


mercados e os instrumentos associados à transferência de dinheiro entre indivíduos,
empresas e órgãos governamentais.
Em nível macro, finanças pode ser definida como campo de estudo de
instituições financeiras e mercados financeiros e retrata o funcionamento destes
agentes dentro do sistema financeiro.
No nível micro, finanças é o estudo do planejamento e controle financeiro, da
gestão de ativos e da captação de fundos por empresas e instituições financeiras.
Finanças está dividida em: Mercado financeiro, finanças corporativas e finanças
pessoais. O mercado financeiro estuda os comportamentos dos mercados, seus
vários títulos e valores mobiliários negociados e as instituições financeiras

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participantes. Finanças corporativas estuda os processos e as tomadas de decisões
nas organizações.
De uma forma mais abrangente, dizemos que ela trata do processo,
instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre
pessoas, empresas e governos. Todos os indivíduos e organizações obtêm receitas e
possuem bens, gastam ou investem. Sendo assim podemos dizer que finanças é a
arte e a ciência de administrar fundos.
Apesar de parecer algo coisa um pouco distante do nosso dia a dia, estamos
constantemente envolvidos com as finanças, tomando decisões financeiras a todo o
momento. Seja a escolha pelo produto mais caro ou mais barato, na matrícula em um
curso, no parcelamento de alguma dívida, negociação salarial, escolha de um fundo
de aposentadoria mais adequado e assim por diante. Assim, precisamos entender de
assuntos financeiros e tomar as decisões financeiras corretas.

“A definição dos objetivos organizacionais de uma empresa ou grupo


empresarial é competência de sua administração. Ou seja, é dela a
incumbência de traçar os objetivos e também de idealizar ferramentas que
venham fazer cumprir esses objetivos. ” OLIVEIRA, Peres (2002 apud
Barbosa, 2016 p. 05).

A Administração Financeira está diretamente ligada à Economia e à


Contabilidade, dessa forma pode ser vista como uma forma de Economia aplicada,
que se baseia amplamente em conceitos econômicos e em dados contábeis para suas
análises. No ambiente macro a Administração Financeira engloba o estudo das
instituições financeiras e dos mercados financeiros e ainda, de como eles operam
dentro do sistema financeiro nacional e global. A nível micro aborda o estudo de
planejamento financeiro, administração de recursos, e capital de empresas e
instituições financeiras.
É necessário conhecimento de Economia para se entender o ambiente
financeiro e as teorias de decisão que constituem a base da Administração Financeira
contemporânea. A Macroeconomia fornece ao Administrador Financeiro uma visão
clara das políticas do Governo e instituições privadas, através da quais a atividade
econômica é controlada. Operando no “campo econômico” criado por tais instituições,
o Administrador Financeiro vale-se das teorias Microeconômicas de operação da firma
e maximização do lucro para desenvolver um plano que seja bem-sucedido. Precisa

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enfrentar não só outros concorrentes em seu setor, mas também as condições
econômicas vigentes.
As teorias microeconômicas fornecem a base para a operação eficiente da
empresa. São extraídos daí os conceitos envolvidos nas relações de oferta e demanda
e as estratégias de maximização do lucro. A composição de fatores produtivos, níveis
ótimos de vendas e estratégias e determinação de preço do produto são todas
afetadas por teorias do nível Microeconômico.
A mensuração de preferências através do conceito de utilidade, risco e
determinação de valor está fundamentada na teoria Microeconômica. As razões para
depreciar ativos derivam dessa área da Economia. A análise marginal é o princípio
básico que se aplica em Administração Financeira; a predominância desse princípio
sugere que apenas se deve tomar decisões e adotar medidas quando as receitas
marginais excederem os custos marginais. Quando se verificar essa condição, é de
se esperar que uma dada decisão ou ação resulte num aumento nos lucros da
empresa.

2.1 Finanças empresariais e o administrador financeiro

Fonte: megri.com

A administração financeira cuida da viabilidade financeira da empresa, portanto


da sua existência. A maioria das decisões tomadas dentro da empresa é medida em
termos financeiros, desta forma o administrador financeiro desempenha um papel-
chave na operação da empresa. É esse profissional quem administra os negócios

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financeiros de qualquer tipo de empreendimento, seja privado ou público, grande ou
pequeno, com ou sem fins lucrativos.
A compreensão básica da função financeira é necessária aos executivos
responsáveis por decisões em todas as áreas, como administração, contabilidade,
pesquisa, marketing, produção, pessoal, etc.
Dentre as funções características do administrador financeiro estão:
 Análise, planejamento e controle financeiro: Baseia-se em coordenar as
atividades e avaliar a condição financeira da empresa, por meio de relatórios
financeiros elaborados a partir dos dados contábeis de resultado, analisando a
capacidade de produção, tomando decisões estratégicas com relação ao rumo
total da empresa. O objetivo é alavancar as operações da mesma para se obter
retorno financeiro e oportunidades de se investir mais nos negócios para o
alcance das metas da empresa.
 Tomada de decisões de investimento: Consiste em decidir sobre a destinação
dos recursos financeiros para aplicação em ativos correntes (circulantes) e não
correntes (realizável em longo prazo e ativo permanente). O administrador
financeiro estuda a situação procurando apresentar os níveis desejáveis de
ativos circulantes, determinam quais ativos permanentes devem ser adquiridos
e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, buscando sempre
o equilíbrio e a otimização entre os ativos correntes e não-correntes. Ou seja,
deve decidir quando, como e quanto investir; se valerá a pena adquirir um bem
ou direito, sempre com o intuito de evitar desperdícios e gastos
desnecessários; e também decidir sobre a imobilização dos recursos correntes,
que se ocorrer com altíssimos gastos na aquisição de imóveis e bens que trarão
pouco retorno positivo e muita depreciação no seu valor, poderá inviabilizar o
capital de giro imprescindível para a sobrevivência da empresa.
 Tomada de decisões de financiamentos: Dizem respeito à captação de
recursos diversos para o financiamento dos ativos correntes e não correntes,
no que tange todas as atividades e operações da empresa e necessite de
capital ou de qualquer outro tipo de recurso para a execução de metas ou
planos da empresa. Levando em conta a combinação dos financiamentos a
curto e longo prazo com a estrutura de capital, ou seja, não se emprestará mais
do que a capacidade da empresa tem para pagar e ser responsável pelas suas
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exigibilidades. Para isso, é preciso pesquisar fontes de financiamento
confiáveis e viáveis, sempre balanceando juros, benefícios e formas de
pagamento.
Dependendo do tamanho e necessidade da empresa, o administrador
financeiro pode exercer essas funções típicas ao atuar em cargos específicos. Todo
administrador financeiro deve levar em conta os objetivos dos acionistas e donos da
empresa, pois conduzindo financeiramente os negócios, de maneira correta,
proporcionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de seus proprietários,
sócios e stakeholders em geral.

3 PROJETOS

Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço


ou resultado exclusivo.
O projeto é temporário; por ter uma data prevista para iniciar e uma data
prevista para terminar e gera entregas exclusivas que podem ser serviços ou produtos
ou resultados específicos.
O ato de gerenciar projetos existe desde o início dos tempos, sendo modificado
e aprimorado pela utilização de ferramentas e técnicas conhecidas nos dias de hoje.
Os projetos em que o gerenciamento era necessário podiam ser dos mais diversos
tipos, desde construções até projetos administrativos.

Com o passar do tempo, foi crescendo a necessidade de se seguir um


planejamento, detalhando uma sequência de atividades, para a realização de
um projeto, de modo a garantir seu sucesso. Entre as décadas de 50 e 60,
essa necessidade era mais aparente em empresas realizavam tarefas
complexas em um ambiente dinâmico, como as aeroespaciais, de defesa e
de construção. Já as empresas envolvidas com tarefas mais simples
geralmente mantinham um Gerenciamento de Projetos informal, em que o
gerente de projetos tinha pouca autoridade e a comunicação informal era
predominante. Exemplos de aplicação do Gerenciamento de Projetos entre
as décadas de 50 e 60 foram os programas Polaris, da Marinha Norte-
Americana, e Apollo, da NASA. (KERZNER, 2001; WIDEMAN, 2001 apud
GAUER, Ermano Leopoldino).

Durante as décadas de 70 e 80 muitas empresas aderiram ao Gerenciamento


de Projetos formal, frente ao aumento da complexidade de suas atividades. A partir
da década de 90, o Gerenciamento de Projetos deixou de ser uma escolha, passando
a ser uma necessidade, para continuidade da mesma.
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Nas últimas décadas, os projetos têm se tornado cada vez mais complexos,
dinâmicos e com maiores riscos envolvidos. Isso se deve à globalização do
mercado, ao maior fluxo de informações e ao crescimento tecnológico, os
clientes se tornaram mais exigentes quanto à qualidade de produtos e
serviços, ao mesmo tempo em que seus projetos se tornaram mais
complexos. Neste ambiente de crescente competitividade, as empresas
são pressionadas a trabalhar com maior eficiência, desenvolvendo
produtos melhores a cada nova tendência de mercado.
CASAROTTO (2004 apud GAUER, Ermano Leopoldino)

As características principais dos projetos são unicidade, ou seja, cada projeto


apresenta peculiaridades que o diferenciam dos demais, e temporariedade, que
significa que os projetos apresentam um início e um fim bem definidos. (PMI, 2000;
VARGAS, 2005 apud GAUER, Ermano Leopoldino).
Os projetos são desenvolvidos sob diversas condições, mas três delas se
destacam por serem suas restrições: tempo, custo e desempenho técnico, sendo
desenvolvimento e qualidade. Essas restrições costumam ser representadas através
de um triângulo, onde cada uma se encontra em um dos vértices (ou lados).
Essa representação mostra a dependência entre as restrições, ou seja, a
alteração de uma delas irá afetar as demais. Podemos citar como exemplo, um projeto
realizado em um prazo muito curto afeta o custo, devido à necessidade de horas
extras, e pode afetar também seu desempenho devido à pressa para a conclusão.
Uma figura muito importante no ambiente de gerenciamento de projetos é o
gerente de projetos. As atividades do gerente de projetos envolvem todo o projeto,
incluindo seu planejamento e implementação, com constante coordenação das áreas
funcionais da empresa. Assim, ele é responsável pelo sucesso do projeto. Ao mesmo
tempo, os demais membros da equipe devem reconhecer a competência do gerente
de projetos no que diz respeito ao entendimento geral.
Assim, o trabalho do gerente de projetos envolve muitas responsabilidades,
mas pouca autoridade, ou seja, ao longo do processo de desenvolvimento do
Gerenciamento de Projetos, foram criadas diversas associações dedicadas a esse
assunto. Atualmente, existem inúmeras delas, que representam os interesses em
Gerenciamento de Projetos em seus respectivos países.
Entre todas as associações existentes, uma merece destaque por seu alcance
mundial: o PMI – Project Management Institute.
O PMI é uma associação sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento do
Gerenciamento de Projetos. Fundada em 1969 na Pensilvânia, EUA, possui hoje mais
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de 150.000 associados em todo o mundo. Os trabalhos do PMI incluem publicações
como revistas, livros e boletins informativos. O PMI também certifica profissionais em
Gerenciamento de Projetos (Project Management Professional, PMP) e mantém um
Programa de Desenvolvimento Profissional.
Uma importante contribuição do PMI para o Gerenciamento de Projetos foi o
estabelecimento de padrões para a sua prática. O principal documento feito com esse
objetivo é o PMBOK Guide, A Guide to the Project Management Body of Knowledge,
que descreve as áreas de conhecimento envolvidas no Gerenciamento de Projetos.
O PMBOK é reconhecido mundialmente e também aprovado como um Padrão
Nacional Americano (ANS).

4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJETOS

4.1 Análise de investimentos

A análise de investimentos envolve decisões de aplicação de recursos com


prazos longos, ou seja, maiores que um ano, com o objetivo de propiciar retorno
adequado aos proprietários desse capital.
Orçamento de capital é um processo que envolve a seleção de projetos de
investimento e a quantificação dos recursos a serem empregados e busca responder
a questões como:
 O projeto vai se pagar?
 O projeto vai aumentar a riqueza dos acionistas ou vai diminuí-la?
 Esta é a melhor alternativa de investimentos?
O orçamento de capital requer uma estimativa de fluxos de caixa livres que
serão obtidos com o projeto de análise. As previsões de investimentos em ativos, de
vendas, também de preços, de custos e despesas devem ser elaboradas da forma
mais realista a acurada possível.
De qualquer modo, a incerteza em orçamentos de capital é elevada, pois
envolve cenários econômicos e políticos de longo prazo.
Os métodos mais comuns de avaliação de projetos de investimento são:
 Valor presente líquido – VPL;
 Taxa interna de retorno – TIR.
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 Payback;
 Payback descontado;

Análise de riscos financeiros


A análise de riscos financeiros consiste na avaliação das incertezas
relacionadas às operações financeiras de uma empresa, que incluem da gestão do
fluxo de caixa até a alocação de recursos em investimentos.
O objetivo da análise de riscos financeiros é auxiliar na tomada de decisões
pelo gestor da companhia no sentido de evitar riscos indesejáveis ou criar planos para
minimizar seu impacto sobre as contas da empresa.

Fonte: pilulaempreendedora.com.br

Na análise dos riscos financeiros, as incertezas são mensuradas por meio da


avaliação da probabilidade de que determinado evento ocorra, utilizando métodos de
contabilidade e estatística.
Riscos financeiros têm relação com as operações financeiras de uma
organização. Eles incluem os riscos provocados por uma má administração dos fluxos
de caixa e os riscos ligados a retornos abaixo do esperado nas transações financeiras
e nos investimentos. Entre as possíveis causas desses riscos podemos citar:
 Administração financeira inadequada
 Endividamento elevado
 Exposição a variações de câmbio ou de taxas de juros
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 Operações de mercado ou investimentos com alto grau de incerteza
sobre seus retornos
 Baixa qualidade das informações que pautam a tomada de decisão
O risco financeiro pode ser dividido em risco de mercado, risco de crédito, risco
de liquidez e risco operacional.
Riscos de mercado
São os riscos provocados por possíveis oscilações em preços e cotações. É o
risco a que está exposto, por exemplo, um industrial que importa os seus insumos,
pagando em dólar, mas vende o produto final no mercado nacional. Esse empresário
pode ter prejuízos, por exemplo, no caso de uma queda brusca na cotação na moeda
local, que poderá afetar sua capacidade de pagar seus fornecedores.
Riscos de crédito
São os riscos relativos à possibilidade de o credor não receber um dinheiro que
lhe é devido ou de o pagamento ser feito com atraso.
O exemplo mais comum é o dos bancos que emprestar dinheiro ou fazem
financiamentos para seus clientes. Esses consumidores costumam ser avaliados
antecipadamente de acordo com o risco de não pagarem o que devem. Riscos
maiores costumam ser compensados com taxas de juros mais altas.
Além dos bancos, esse risco também atinge indústrias, comércios e outros
negócios que vendem a prazo. Um pequeno distribuir que recebe por meio de boletos,
por exemplo, está exposto ao risco de o comprador de seus produtos não pagar a
mercadoria após o recebimento.
Riscos de liquidez
O risco de liquidez corresponde à possibilidade de a empresa não conseguir
arcar com os seus compromissos. Uma das causas possíveis é a má gestão do fluxo
de caixa.
Contas com prazos não casados com as previsões de entrada de caixa, por
exemplo, podem fazer com que a empresa não tenha dinheiro para pagar o que deve
no momento do vencimento.
Riscos operacionais
O risco operacional corresponde a perdas geradas por falhas provocadas, por
exemplo, por funcionários, processos, sistemas e eventos externos que afetem as

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operações da companhia. É o caso dos defeitos em equipamentos, do uso de
sistemas de informática obsoletos e da baixa qualificação de funcionários.
Esse é um dos riscos mais difíceis de medir com objetividade. Conseguir
calculá-lo de forma confiável depende de a empresa ter criado um bom banco de
dados com o registro de falhas dessa natureza.
Ao tomar conhecimento dos riscos financeiros a que está exposta, a empresa
pode decidir por evitá-lo ou assumi-lo, podendo tomar as medidas necessárias para
minimizar ou anular os efeitos adversos. As opções de tratamento após a identificação
e análise de um risco financeiro são:
Evitar o risco: A empresa pode não entrar na situação que gera esse risco ou
decidir se retirar dela, por exemplo, se desfazendo de um investimento.
Aceitar o risco e retê-lo: A empresa assume o risco tal como ele se apresenta.
Por exemplo, mesmo sabendo que sua frota de veículos está obsoleta, decide não a
renovar agora, por considerar que o risco que ela representa é tolerável.
Aceitar o risco e reduzi-lo: A empresa toma medidas para minimizar a chance
de problemas. Se há um risco alto de assaltos, por exemplo, a companhia poderá
optar por adquirir um sistema de alarme e vigilância eletrônica, reduzindo as chances
de o evento ocorrer. No caso dos investimentos, a empresa também pode optar por
protegê-los por meio de uma operação de hedge.
Aceitar o risco e transferi-lo ou compartilhá-lo: Nesse caso, a empresa
reconhece o risco, mas transfere suas possíveis consequências para um terceiro. O
exemplo mais simples é a contratação de um seguro que a indenize no caso de o risco
se verificar.
Aceitar o risco e explorá-lo: Nesse caso, não apenas a empresa sabe dos riscos
a que está sujeita como ainda aumenta seu grau de exposição. É o caso dos
investimentos agressivos no mercado financeiro, que têm possibilidades de ganhos
proporcionais aos riscos inerentes.

4.2 Valor presente líquido e taxa interna retorno

O Valor Presente Líquido (VPL) é a ferramenta muita utilizada por grandes


empresas na análise de investimentos, sendo avaliada como o somatório do valor
presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa. Ou seja,

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desconta os fluxos de caixa do projeto que está sendo avaliado a uma determinada
taxa, estipulada pelos shareholders1 . Essa taxa, usualmente chamada de taxa de
desconto, é o retorno mínimo que deve ser esperado para que o projeto seja aceito.
Se o fluxo de caixa do projeto, após ser descontado ao valor da taxa de
desconto, for maior ou igual a zero significa que executar o projeto é viável, pois este
remunera o capital investido a uma taxa igual ou maior que a taxa mínima de retorno.
Quando o VPL for menor do que zero, via de regra, o projeto é rejeitado.
A fórmula de cálculo do VPL é representada da seguinte forma:

Onde: FC: Fluxo de caixa de cada período


I: É a taxa de desconto escolhida e
j = 1.
Assim, como observado, cada fluxo de caixa é dividido pela taxa de desconto
elevada ao seu respectivo período, observando que os juros, neste caso, são
compostos. Para a taxa de desconto, normalmente aplica-se a Selic.
Segundo, Ross, Westerfield e Jordan 2002 (Apud SEBBEN Jéssica, 2018). O
valor presente líquido é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje por
realizar um investimento
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é definida como a taxa de desconto que iguala
ao valor atual líquido dos fluxos de caixa de um projeto a zero. Em outras palavras, a
TIR é a taxa de desconto que anula o VPL.
A fórmula de cálculo da TIR é representada da seguinte forma:

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Shareholder: É uma palavra em inglês bastante comum no contexto empresarial, que em
português significa acionista, ou seja, é uma pessoa que possui pelo menos uma ação de uma
organização ou empresa. Os acionistas (shareholders) podem obter algum lucro se a empresa tem
algum sucesso no mercado.
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Onde, F significa o fluxo de caixa de cada período e o t é o período em questão.
Ao observar a fórmula, notamos que cada fluxo de caixa é dividido pela (TIR) elevada
ao seu respectivo período, sendo que os juros, neste caso, são compostos. E tudo
isso deve ser igual a zero.
Segundo Souza (2014, p. 153, apud SEBBEN Jéssica, 2018), a taxa interna de
retorno:

Representa a taxa que iguala o valor presente das entradas de caixa do


investimento com o desembolso inicial, ou seja, a TIR é a taxa de desconto
que iguala o valor presente líquido do investimento a zero. O processo
decisório, utilizando esse método de análise, dá-se em decorrência do
investimento que apresenta a maior taxa.

No processo decisório, os projetos que tiverem a TIR maior ou igual à taxa


mínima de retorno, definida pelos shareholders, podem ser executados. Já os projetos
que tiverem a TIR menor que a taxa mínima de retorno exigida, via de regra, são
recusados.
O princípio fundamental da TIR é que as entradas líquidas de caixa
intermediárias são reinvestidas à própria TIR. O VPL, por sua vez, supõe que as
entradas líquidas de caixa intermediárias são reinvestidas ao custo de capital da
empresa.
O conflito de avaliação entre estes dois métodos acontece sob certas condições
onde cada um deles classifica alternativas de projeto de forma diferente. Isso pode
acontecer por diversos fatores.
Em casos de conflito sugere-se o método do VPL para escolher qual projeto
deverá ser executado, pois indica o projeto que gerou maior riqueza aos shareholders.
Enfim, pode-se perceber que nenhum método é suficiente para analisar e
comparar projetos, principalmente os mais complexos e com diferentes horizontes de
tempo.
É importante ressaltar que as metodologias devem ser utilizadas como suporte
à tomada de decisão, porém estas devem ser confrontadas e analisadas por
diferentes aspectos que levem em consideração a visão estratégica da empresa.
Como calcular a VPL na calculadora financeira HP 12c:
A função correspondente nesta calculadora aparece de cor laranja com a sigla
NPV, que quer dizer o VPL em inglês (Net Present Value). Esta função se torna ativa
quando pressionamos o botão " f ".
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O cálculo é feito preenchendo cada valor do fluxo de caixa nas funções de cor
azul ativadas com a tecla "g". Os passos são os seguintes:
Digitar o valor de investimento inicial - CHS - g - CFo;
Preencher com os valores do fluxo de caixa - g - CFj;
Caso algum valor preenchido em "CFj" se repita, basta digitar a quantidade
desta repetição - g – Nj.
Digitar a Taxa Mínima de Atratividade - i;
Descobrir a VPL pressionando: f - NPV.
Exemplo
Considerando um VPL para um investimento inicial de R$ 40.000,00 com um
retorno esperado de R$ 5.000,00 ao fim de cada ano e por um período de 12 anos e
uma taxa de 4%. Os passos para este cálculo são:
40.000 - CHS - g - CFo ;
5.000 - g - CFj ;
12 - g - Nj ;
4-i;
Ao final, as teclas: f - NPV
O VPL resultante é o de R$ 6.925,37. Se quisermos também saber qual a TIR
deste investimento basta pressionar "f" e a tecla "IRR" e o resultado é de 6,865%
para este investimento.

4.3 Custo de Oportunidade

É a rentabilidade da melhor opção existente, ao invés do projeto.


Sendo assim, um investidor ao comparar projetos de investimento, sempre
considera como alternativa o investimento cuja remuneração é igual ao custo de
oportunidade do capital investido.
Um critério para a decisão de fazer ou não um investimento é comparar TIR e
Custo de Oportunidade.
Se: TIR > Custo de Oportunidade = vale a pena investir no negócio
TIR < Custo de Oportunidade = não vale a pena investir no negócio
Custo de capital é o valor da taxa de juros que pagamos para ter acesso aos
recursos necessários para efetivar nosso negócio. Podemos citar como exemplo, a

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realização de um empréstimo. Ele deve ser inferior ao rendimento proporcionado pelo
negócio, que é dado pela TIR.
Desta forma, temos um outro critério de decisão:
Se: TIR > Custo de capital = compensa investir no negócio
TIR < Custo de capital = não compensa investir no negócio
A taxa mínima de atratividade é aquela taxa de juros mínima para que o
investidor prefira investir no negócio ao invés da aplicação financeira.
Sabendo-se qual é a taxa mínima de atratividade para um determinado
investidor ou empresa, temos que:
Se: TIR > Taxa mínima de atratividade = vale a pena investir no negócio.
TIR < Taxa mínima de atratividade = não vale a pena.
Investimentos Independentes
São aqueles cujos fluxos de caixa não se relacionam, sendo independentes
entre si, de modo que a aceitação ou rejeição de um projeto
não influencia na aceitação ou rejeição do outro.
Investimentos mutuamente excludentes
São os projetos que competem entre si, por restrições de ordem técnica ou
financeira, de modo que a aceitação de um inviabiliza a aceitação do outro.
Na existência de investimentos mutuamente excludentes, o investidor deve
buscar o investimento que:
Tenha maior VPL;
Apresente maior TIR;
Análise Incremental (Fluxo Incremental)
Se forem fornecidas as informações sobre VPL e TIR de projetos mutuamente
excludentes (ou seja, for preciso escolher apenas um deles), deve-se lançar mão da
análise incremental.
Calcula-se a TIR do fluxo de caixa incremental entre dois projetos.
É a diferença entre o fluxo de caixa entre os 2 projetos, calculada em diversos
pontos no tempo.
A partir destas diferenças calcula-se a rentabilidade desta diferença.
O resultado é o cálculo da rentabilidade do adicional investido no projeto mais
“caro”.

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Faz-se uma análise sobre esta TIR (Taxa Interna de Retorno) é maior do que
a TMA (Taxa Mínima de Atratividade), custo de capital ou custo de oportunidade,
conforme o caso.
Neste caso deve-se dar preferência ao projeto com maior investimento, desde
que ele tenha TIR maior que o mínimo exigido, e o fluxo incremental também tenha
TIR maior que o mínimo exigido.

4.4 Payback Simples e Payback Descontado

Fonte:wrprates.com

Payback, ou “retorno do investimento” é uma técnica utilizada para calcular o


prazo de recuperação do capital investido. É o tempo de retorno do investimento inicial
até o momento no qual o ganho acumulado se iguala ao valor deste investimento.
Normalmente este período é medido em meses ou anos.
Segundo BRUNI e FAMÁ (2007, p.67 apud MATTE, Djessica Karoline) O
método do payback é uma forma simples, fácil e direta, que estima o prazo necessário
para se recuperar o investimento realizado”.
O método de período payback determina o número de períodos necessários
para recuperar o investimento realizado. Quanto mais rápido a aplicação recuperar o
investimento, melhor será o resultado. Para que isso aconteça, a soma acumulada de
entrada caixa deve ser igual ao investimento realizado.
Para determinar a aceitação do investimento, o avaliador deve estipular um
prazo máximo para o retorno do investimento. Esse prazo máximo de retorno é o
tempo que o investidor estipula para ter de volta o dinheiro investido.
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O payback pode ser calculado de duas formas:
Payback Simples: Não considera o custo de Capital da empresa;
Payback Descontado: Considera o custo de Capital da empresa.
Payback simples
É definido como o número de períodos (anos, meses, semanas etc.) para se
recuperar o investimento inicial. Para se calcular o período de payback de um projeto
basta somar os valores dos fluxos de caixa auferidos, até que essa soma se iguale ao
valor do investimento inicial.
Uma vez que o período de payback é encontrado quando os fluxos de caixa
“pagam” o investimento, então basta somar os fluxos de caixa ao valor do investimento
inicial. Observe a tabela a seguir:

n FC Saldo

0 -1500 -1500

1 150 -1350

2 1350 0

3 150

4 -80

5 -50

No exemplo, o payback é de 2 anos.


Vantagens: Simplicidade e rapidez; é uma medida de risco do investimento,
pois quanto menor o período de payback, mais líquido é o investimento e, portanto,
menos arriscado.
Desvantagens: Não considera o valor do dinheiro no tempo, não considera os
fluxos de caixa após o período de payback; não leva em conta o custo de capital da
empresa.

Para obter o Payback Simples de um projeto de investimentos, basta verificar


o tempo necessário para que o saldo do investimento (soma dos fluxos de
caixa colocados e gerados pelo investimento) seja igual a zero. Como o
payback simples não considera o custo de capital, a soma do saldo do
investimento pode ser feita com base nos valores nominais (nas datas
futuras) BRUNI e FAMÁ (2007, p.67 MATTE, Djessica Karoline).

Payback descontado
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Quando o custo de capital é considerado na análise, o método do payback
passa a ser denominado payback descontado (BRUNI e FAMÁ, 2007, p. 72
apud MATTE, Djessica Karoline)

Este método é semelhante ao payback simples, mas com o adicional de usar


uma taxa de desconto antes de se proceder à soma dos fluxos de caixa. Em geral
esta taxa de desconto será a TMA.
Neste método, todos os fluxos de caixa futuro deverão ser descontados por
esta taxa em relação ao período ao qual o fluxo está atrelado.
Por exemplo: Se desejássemos trazer a valor presente (VP) um fluxo que
estivesse a 5 períodos futuros, o procedimento seria o seguinte:

Suponha que o valor desse fluxo é R$500 e a TMA é 12%:

Logo, o payback descontado é igual ao payback simples, com a diferença de


que considera os fluxos descontados (trazidos a valor presente) para encontrar
quando os fluxos de caixa pagam o investimento inicial.
Confira o que ocorre com o payback descontado aplicado ao mesmo fluxo de
caixa utilizado para exemplificar o payback simples, agora utilizando uma TMA de
10%:

n FC VP VP Acumulado

0 -1500 -1500 -1500

1 150 136,36 -1363,64

2 1350 1115,70 -247,93

3 150 112,70 -135,24

4 -80 -54,64 -189,88

5 -50 -31,05 -220,92

No caso deste exemplo, o investimento nunca irá se pagar! Isto ocorre porque
o valor presente acumulado não chega a zero.
20
n FC VP VP Acumulado

0 -1500 -1500 -1500

1 0 0 0

2 0 0,00 0

3 450 338,09 -1161,91

4 1050 717,16 -444,74

5 1950 1210,80 766,05

Percebe-se que desta vez o investimento terá, sim, um período de payback


descontado, e este valor estará entre o fluxo de caixa 4 e o fluxo 5. Mas como
encontrar o valor exato do momento em que ocorrerá o período de payback?
Basta dividirmos o último fluxo de caixa negativo pela soma do último fluxo
negativo com o primeiro fluxo positivo, em valor absoluto, da seguinte forma:

Podendo concluir assim: Além dos 4 anos, ainda será necessário mais 37% de
um ano para que ocorra o período de payback descontado, isto é, 4,37 anos!
Vantagens do payback descontado: Continua simples e prático, como o
payback simples, resolve o problema de não considerar o valor do dinheiro no tempo.
Desvantagens do payback descontado: Apesar de considerar uma taxa de
desconto, continua sem levar em conta os fluxos de caixa após o período de payback.
O período de payback é um dos métodos mais simples para analisar a
viabilidade econômica e financeira de um projeto de investimento. O payback simples
é uma medida muito utilizada no dia a dia, principalmente quando precisamos fazer
contas rápidas e não temos tempo para uma análise mais detalhada.

4.5 Análise do risco

Segundo o PMI (2000), “os riscos são eventos ou condições incertas que, caso
ocorram, provocam um efeito positivo ou negativo nos objetivos do projeto”.
21
O PMI sugere que os riscos possam ter efeitos positivos ou negativos sobre o
projeto, porém, esses riscos com efeitos positivos nada mais são do que as
estimativas positivas do projeto, e as novas oportunidades que surgiriam poderiam
exigir tal contingência de recursos que isso implicaria na realização de um novo
projeto, o que, consequentemente, exigiria uma outra análise. E também, essa
semelhança das estimativas positivas de algumas das variáveis relacionadas ao
projeto não dão a entender que sejam necessariamente riscos.

Fonte: Riscos em projetos: Fiocruz (2007)

Normalmente, as organizações reconhecem a existência do risco quando ele


significa uma ameaça para o sucesso do projeto, podendo ser aceito se estiver em
equilíbrio com o benefício que pode ser ganho ao se aceitar o risco. Se por um lado
um pequeno risco não irá pressionar as barreiras técnicas, de cronograma e custos
do projeto, por outro, assume-se um grande risco quando não há a compreensão
necessária dos elementos que podem levar o projeto ao fracasso. Em geral, os riscos
se opõem às metas técnicas, de cronograma e de custos, podendo haver outras metas
como a satisfação do cliente, por exemplo.
Todos os projetos terão um risco associado a eles ou então não seriam
projetos. É impossível eliminar um risco por completo.
Antes de avançar, é necessário fazer um paralelo entre risco e incerteza. A
incerteza é aquela situação em que não se tem um conhecimento perfeito quanto ao
futuro. Ela deriva da impossibilidade de se contar com todas as informações
necessárias para avaliar o projeto, seja pelo fato de não ser possível coletá-las, seja
pelo fato de o futuro por natureza ser incerto. A incerteza pode ser atribuída a diversas
causas além da falta de informações: excesso de informações, informações de
veracidade duvidosa, fontes sem credibilidade, dados contraditórios, entre outros
fatores.
22
Segundo CLELAND e IRELAND (2002 apud NOBREGA, Newton Carlos
Medeiros) a incerteza, em geral, responde pelas previsões do projeto, pois, uma vez
que não há informações suficientes para a tomada de decisão, as previsões
preenchem esse vazio. Realizar previsões é razoável, porém existe a possibilidade de
fracasso caso elas não se concretizem. A essas incertezas chamam de risco.
O risco pode ser definido então como a medida da incerteza dos eventos que,
se ocorrerem, terão algum impacto sobre os resultados previstos para o projeto. Essa
medida é mensurada em função da probabilidade de ocorrência desses eventos.
Em relação a sua origem, os riscos são divididos em duas fontes, e são
classificados como internos ou externos ao projeto.
É possível determinar que um risco possui três componentes: um evento, a
probabilidade de ocorrência do evento e o impacto do evento.
Riscos internos ou endógenos: São aqueles associados às estimativas e/ou
hipóteses internas e são inerentes ao projeto. Sobre esses riscos a organização pode
exercer um maior grau de controle sendo que eles podem ser reduzidos mediante
ações diretas. Os riscos internos estão relacionados à parte técnica, ao
gerenciamento ou à organização. São exemplos de riscos internos: utilização de
tecnologias complexas, metas de desempenho não realistas, alocação inadequada de
tempo e custos, qualificação da mão-de-obra e inadequação dos recursos financeiros.
Riscos externos ou exógenos são aqueles associados às estimativas e/ou
hipóteses externas, sobre as quais a organização tem pouco ou nenhum controle,
portanto, não há um controle direto sobre sua ocorrência. São exemplos de riscos
externos: a legislação de um país, os problemas trabalhistas e a política econômica.
Podemos mencionar outras formas de risco como por exemplo: Conhecidos ou
desconhecidos.
Riscos conhecidos são aqueles aos quais é possível se antecipar.
Riscos desconhecidos são aqueles não planejados ou então que não eram
conhecidos até então.
Numa outra classificação os riscos são classificados como de negócio ou puros.
Riscos de negócio são aqueles normais a qualquer tipo de atividade como
greve ou falta de materiais.
Risco puro é aquele que representa somente uma chance de perda, por
exemplo, terremoto.

23
Riscos internos
do projeto

Riscos externos
do projeto

Fonte: CLELAND e IRELAND (2002 apud NOBREGA, Newton Carlos Medeiros)

A avaliação de riscos vem se constituindo em importante ferramenta na


avaliação de projetos; seu objetivo é subsidiar o processo decisório, oferecendo ao
tomador de decisão os elementos necessários para o estabelecimento de estratégias
de gerenciamento de riscos.
A avaliação de riscos é fundamental para a determinação de retornos de projeto
de investimento porque constitui uma forma de aprofundamento para a compreensão
dos problemas que afetam um projeto, ocasionando efeitos negativos sobre seus
resultados. Como todo e qualquer projeto está sujeito a forças e fatores que podem
de alguma maneira afetá-lo e, assim, influir no seu resultado final, surge então a
necessidade de compreensão dessas forças e fatores que se ocorrerem, provocarão
um efeito negativo nos objetivos do projeto.
A aplicação da avaliação de riscos passa pela identificação de perigos,
probabilidades de ocorrência, desenvolvimento de cenários e análise de
consequências dos eventos adversos para, a partir daí estabelecer as estratégias de
gerenciamento dos riscos.
A evolução da avaliação de riscos se deu pela formalização de técnicas de
identificação, qualitativas e quantitativas, com o objetivo de avaliar as causas e
consequências dos eventos adversos. Esse movimento partiu de grupos de estudos
com interesse na área de gerenciamento de projetos, e a partir daí surgiram
organizações e manuais que tinham por objetivo padronizar e formalizar conceitos,
diretrizes e técnicas. Esse tipo de avaliação formal difere muito daquela intuitiva, a

24
qual acaba por ser incompleta, por alguns riscos não serem identificados ou
subestimados.
Esses grupos dividiram o processo de avaliação de riscos em três etapas:
identificação dos riscos, análise qualitativa dos riscos e análise quantitativa dos riscos
na avaliação, então, os riscos são identificados, classificados e quantificados segundo
a probabilidade de ocorrência dos eventos associados a esses riscos e o impacto que
terão caso os mesmos se concretizem. Os métodos de avaliação de risco de projetos
de investimentos que serão apresentados neste trabalho têm a vantagem de abarcar
todo o conjunto de resultados possíveis e de permitir a efetiva medida do risco.

Identificação dos Riscos → Qualificação dos Riscos → Quantificação dos Riscos

Na maioria dos projetos os riscos são tão numerosos que não é possível tratar
todos eles com o mesmo rigor. Portanto, uma vez que os dados foram obtidos, é
preciso aplicar uma metodologia de análise de riscos que seja eficaz e rápida na sua
utilização, sob pena de atrasar as atividades do projeto. O propósito da avaliação de
riscos é priorizá-los. Um exemplo disso é a matriz de classificação da
probabilidade/impacto de riscos, ela fornece uma orientação para os esforços,
distinguindo os riscos toleráveis e os intoleráveis.
A finalidade da avaliação de riscos pode ser resumida até aqui como sendo,
prover o responsável pelo projeto do embasamento que lhe permita tomar as melhores
decisões, realizar os ajustes necessários e montar planos de contingência a partir da
compreensão das consequências do risco ao projeto nas dimensões técnicas, de
tempo e de custos.
Avaliação qualitativa dos riscos
O PMI (2000) define a análise qualitativa dos riscos como o processo por meio
do qual se avalia o impacto dos riscos e a probabilidade de que eles venham a ocorrer,
com o objetivo de reduzir os efeitos negativos dos riscos.
Numa análise qualitativa se determinam quais são os riscos mais importantes
ao sucesso do projeto, colocando-os numa ordem de prioridade. As consequências
associadas a esses riscos prioritários são aquelas já mencionadas, as que podem
impedir que o projeto atinja os resultados e desempenho desejados, o que se refletiria
em maior duração do cronograma e custos adicionais.

25
A análise qualitativa utiliza palavras ou escalas explicativas para descrever a
magnitude das consequências potenciais e a probabilidade subjetiva dessas
consequências ocorrerem. Essas escalas podem ser adaptadas ou ajustadas de
acordo com as circunstâncias, podendo se utilizar descrições diferentes para riscos
diferentes.
A análise qualitativa de riscos é normalmente uma maneira rápida e econômica
de estabelecer prioridades para o planejamento de respostas a riscos, e estabelece a
base para a análise quantitativa de riscos, se esta for necessária. A análise qualitativa
de riscos deve ser reexaminada durante o ciclo de vida do projeto para acompanhar
as mudanças nos riscos do projeto. A análise qualitativa de riscos exige saídas dos
processos de planejamento do gerenciamento de riscos e identificação de riscos. Este
processo pode levar à análise quantitativa de riscos ou diretamente ao planejamento
de respostas a riscos (PMI, 2000).
Análise quantitativa dos riscos
Está é a última etapa da avaliação de riscos, definida pelo PMI (2000) como o
processo de análise numérica da probabilidade de ocorrência de cada risco e suas
implicações para os objetivos do projeto, assim como a extensão do risco para o
projeto em geral. Ainda de acordo com o PMI (2000) os objetivos da análise
quantitativa de riscos são:
 Determinar a probabilidade de atingir um objetivo específico do projeto;
 Quantificar a exposição do projeto a riscos e determinar a quantidade de
reservas de contingência necessárias em termos de cronograma e custos;
 Identificar os riscos que requerem mais atenção através da quantificação de
sua contribuição relativa aos riscos do projeto;
 Identificar metas realistas e alcançáveis de escopo técnico, cronograma e
custo.
A maneira pela qual são expressas a probabilidade e as consequências, e os
modos como são combinadas para fornecer o nível de risco irá variar de acordo com
o tipo de risco e com o contexto no qual é utilizado o nível de risco.
Os processos de análise qualitativa e quantitativa podem ser utilizados em
separado ou em conjunto. Para que ambas as análises sejam efetuadas, é necessário
que seja observada a disponibilidade de recursos do projeto, de maneira que as
exigências para proceder tais análises não venham a pressionar de maneira excessiva
26
as barreiras de cronograma e custos do projeto. Também tem de ser observada a
necessidade de se realizar tais análises e suas relevâncias em termos de avaliação
dos riscos. Isso não só determina se é viável ou não proceder tanto à análise
qualitativa quanto à análise quantitativa de riscos como também aponta que métodos
devem ser utilizados para isso (PMI, 2000).

5 ESTRUTURA E CUSTO DE CAPITAL

Fonte: planourbanismo.com.br
O Custo de Capital é uma taxa de juros que reflete a remuneração mínima
exigida por um investidor, uma expectativa de ganho ao escolher uma decisão de
investimento ao invés de outra. Equivale ao ganho mínimo que tornaria uma
alternativa financeira atraente aos investidores.
Pode se dizer que é fundamental para alavancar os investimentos de uma
companhia. Em um negócio que possui bom planejamento, o empreendedor sabe o
quanto precisa ter de lucro para que a empresa se pague. E esta taxa de retorno,
essencial para manter o valor de mercado do empreendimento, é chamada de custo
de capital.
O custo de capital é importante para novos empreendimentos, e também
quando uma empresa já estabilizada no mercado decide ampliar suas atividades e
investir em um novo projeto, e para isso precisa capitar dinheiro.
Nestes casos, há algumas formas mais comuns de conseguir este dinheiro:
Usando as reservas de lucros do negócio; empréstimos; Contratos de leasing; ou
atraindo novos investidores, que pode ser feita com a oferta de novas ações ou com
novas injeções de capital.

27
Há duas formas de abordar a estrutura de capital. A primeira é verificar a
estrutura atual de financiamento da empresa. Neste caso, em geral, o capital
próprio da empresa é o seu patrimônio líquido e como capital de terceiros o
total de empréstimos e financiamentos deduzidos dos caixas e equivalentes
de caixa. (Estudo Técnico 05 Custo de Capital, FOZ SANEATINS Companhia
de Saneamento do Tocantins, p.23, 2013)

O empreendedor precisa estar atento para, “não dar um passo maior do que a
perna”. Isso porque todo investimento demanda um custo, seja com o pagamento de
novos dividendos, para os que optarem por distribuir ações, ou com a possibilidade
de pagamento de juros, para empréstimos. Levando em consideração a possibilidade
de perda de reservas financeiras para quem utilizar os lucros que foram guardados.
Por esse motivo, a empresa precisa ter certeza de que aquela opção é
vantajosa para o seu negócio, tanto quanto o investidor precisa saber se obterá as
vantagens que deseja com tal transação. Dessa forma, é preciso calcular o Custo
Médio Ponderado de Capital, também conhecido como Weighted Average Cost of
Capital (WACC). Esta é uma ferramenta utilizada para descobrir o custo de capital
nestas transações e o quanto a empresa é atrativa, de acordo com o retorno mínimo
que o empreendimento deve alcançar.

Onde:
E = Valor do capital próprio;
D = Valor do capital alheio;
rE = Taxa de custo do capital próprio;
rD = Taxa de custo do capital alheio;
T = É a taxa de imposto.

5.1 Custo de capital próprio

Como o nome diz, o capital próprio é o que provém (em um primeiro momento)
dos fundadores da entidade. É o aporte para dar início aos negócios, complementado
por lucros futuramente e as reservas.

28
O custo de capital próprio dispõe sobre o retorno desejado pelos acionistas de
uma empresa em suas decisões de aplicação de capital próprio. Constitui o segmento
de estudo mais complexo das finanças corporativas, assumindo diversas hipóteses e
abstrações teóricas em seus cálculos.
Pode se definir como retorno mínimo que os acionistas exigem de seu capital
investido na empresa. Equivale ao rendimento mínimo que a empresa deve obter para
remunerar seus acionistas e manter o preço de mercado de suas ações.
O custo de capital próprio (Ke) é calculado com base em taxas de juros de
mercado e no risco. Pode ser entendido como a remuneração mínima que viabiliza
economicamente um investimento, ou seja, a que produz um retorno capaz de cobrir
o custo de oportunidade do capital investido. Apesar de outras abordagens disponíveis
na literatura financeira para estimar o custo de capital próprio, será utilizado o modelo
de precificação de ativos (CAPM), mais utilizado no mercado e que possui
fundamentação econômica.
Para esse modelo de precificação, o custo de oportunidade de capital próprio é
estimado considerando a remuneração de ativos livres de risco, acrescido do prêmio
pelo risco de mercado ponderado pelo risco da empresa.
Se a empresa apresenta um risco igual ao da carteira de mercado, definido por
risco sistemático, o custo de capital próprio é igual à taxa livre de risco acrescida do
ágio de risco de mercado.
O modelo do CAPM aceita que os acionistas sejam investidores bem
diversificados, convivendo somente com a parcela do risco sistemático. A taxa de
retorno esperada deve remunerar o risco que não foi eliminado, com o qual o acionista
deve conviver, denominado de risco sistemático.
A formulação básica da taxa de retorno esperada (custo de capital próprio) de
uma companhia pelo método do CAPM é:

Onde:

29
Ke = Custo de capital próprio;
RF= Taxa de juro livre de risco;
β= Coeficiente beta da ação;
RM = Retorno da carteira de mercado;
RM – RF = Prêmio pelo risco de mercado;
βx (RM – RF) = Prêmio pelo risco do ativo

Uma abordagem bastante utilizada para cálculo do coeficiente beta de uma


empresa é desenvolvida através de dados históricos de mercado. A técnica estatística
empregada é a regressão dos retornos da ação em confronto com os retornos da
carteira de mercado. Os índices Ibovespa e NYSE ou S&P são geralmente usados
para representar a carteira de mercado no Brasil e nos EUA, respectivamente.
É conceitualmente aceito que o risco de um ativo é composto pelo risco de
mercado e pelo risco específico do próprio ativo. O risco de mercado, mais
especificamente, mede o risco não diversificável de um ativo, que corresponde à
influência de fatores não controláveis do mercado em que esse se insere. O risco
específico, por sua vez, relaciona-se às peculiaridades do próprio ativo analisado.
O risco de um ativo depende do valor do β:
 β > 1 ⇒ indica que o ativo sofre impacto acima da média no que se refere ao
risco de mercado. Quando o mercado se valoriza, o ativo em questão valoriza-
se ainda mais, e vice-versa;
 β = 1⇒ indica que o investidor aloca seus recursos em um ativo que apresenta
os mesmos riscos e rentabilidade da carteira de mercado;
 β < 1 ⇒ caracteriza um ativo defensivo, uma vez que amortece as variações
verificadas com a carteira de mercado. Assim, o ativo em questão segue a
mesma tendência do mercado, porém em uma magnitude menor.

O modelo pode assumir várias formas, com a incorporação de outros riscos.


No caso de países emergentes, há o risco soberano, ou risco de que os países não
paguem pelos títulos públicos que venderam no mercado. Quanto maior este risco
para o país, maior o prêmio de risco envolvido.

30
5.2 Custo de capital de terceiros

Fonte: e-diariooficial.com

O Capital de Terceiros é empréstimos ou financiamentos. Os empréstimos são


utilizados pelas empresas para capital de giro, refinanciamento ou qualquer outra
finalidade. Já os financiamentos possuem um destino específico.
A maioria dos problemas administrativos em muitas empresas vem da
dificuldade de alguns empresários entenderem a diferença entre o capital próprio e o
de terceiros, e quais são os custos de cada um desses modelos.
O Capital de terceiros: é o dinheiro que entra na empresa por meio de recursos
de entidades externas, principalmente advindo de empréstimos. Esse valor está
relacionado ao passivo real do negócio e precisa ser devolvido em conformidade com
o contrato de crédito assinado.
Quando se fala em capital de terceiros, significa que o capital vem de outras
fontes, que não seja interna da empresa, isto é, recursos externos. Nesse caso, se
trata de empréstimos, financiamentos e recursos de fornecedores.
O capital de terceiros possibilita o aumento dos recursos, do quadro de
funcionários, da atividade em si e, por consequência, do lucro, que pode ficar cada
vez maior na medida que o capital de terceiros é utilizado. Essa é uma excelente
forma, por exemplo, para a realização de projetos com potencial de sucesso.
No entanto, há algumas desvantagens, como a ausência da autonomia e
liberdade obtida com o capital próprio. Mas a principal preocupação está, na verdade,

31
na necessidade de a empresa conseguir lucro suficiente para cobrir a “dívida” feita.
Todos os riscos, devem ser levados em conta!
O custo de capital de terceiros, em sua maioria tem seu custo explicito nos
contratos que a empresa assina quando recebe o empréstimo. Esse mesmo contrato
tem cláusulas que garantem ao emprestador que o credor deve devolver o capital e
os juros acordados independentemente do resultado da empresa devedora.
Até por conta dessa “garantia de recebimento independente do resultado”, os
recursos de terceiros têm um risco menor para quem está emprestando e por isso um
custo menor para a empresa que está pedindo emprestado.

6 FUSÕES E AQUISIÇÕES

Fonte: capitalinvest-group.com

Mergers and Acquisitions (M&A), ou Fusões e Aquisições (F&A), é um termo


geral que se refere à consolidação de empresas ou ativos. Falando de cada conceito
separadamente, temos que: Fusão é uma estratégia corporativa na qual duas ou mais
empresas se juntam para formar uma nova empresa.

Os processos de F&A’s são inerentes à concorrência capitalista. Acumulação


de capital, inovações, ganhos de produtividade e acirramento da competição,
levando a pressões pela eliminação de concorrentes ou pela abertura de
novos mercados, são processos que marcaram a história do capitalismo
desde o seu início. Tais fatores foram potencializados pelo surgimento do
capital financeiro monopolista organizado na forma de sociedade anônima,
pelo aumento da intervenção estatal na economia e pelo desenvolvimento do
mercado bancário de capitais, o que impulsionou as F&A’s. Cano (2002, p.
151 apud ANTÔNIO DE CAMARGOS; VIDAL BARBOSA, 2009).

32
Fusões e aquisições, é um tipo de atividade empresarial, e assim como todas
as outras atividades elas afetam a sociedade. As atividades das grandes empresas,
nacionais ou multinacionais, têm relação direta com a qualidade de vida das pessoas
através de uma complicada rede de inter-relacionamentos. Se as ações e atividades
das empresas geram resultados positivos, as pessoas são beneficiadas pela
prosperidade econômica. O oposto ocorre quando negativamente afetadas quando
tais ações e atividades geram prejuízos.
As fusões e aquisições afetam os aspectos de uma empresa: estrutura,
processo, controles, administração e até mesmo no gerenciamento de pessoas como
a motivação e carreiras. Estas atividades empresariais envolvem bilhões de reais,
causam desgastes na área trabalhista, por exemplo, deslocando trabalhadores. No
Brasil e no exterior também são afetadas, com boatos e notícias de fusões e
aquisições. Estes rumores e notícias acarretam aumento no valor das ações e nos
índices das bolsas de valores, as pessoas são beneficiadas pela valorização das
ações e do mercado. No entanto, há casos em que ocorre o oposto, ou seja, são
negativamente afetadas.
Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
uma nova, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
A diferença entre fusão e incorporação é que na incorporação desaparecem as
sociedades incorporadas, mas a incorporadora, uma sociedade preexistente,
permanece com a sua vida normal, enquanto na fusão desaparecem todas as
sociedades fusionadas e surge uma sociedade nova.
Para uma contabilização adequada, partimos do princípio de que o resultado
do exercício apurado individualmente pelas duas empresas extintas o foi de forma
completa: com depreciações, provisões ajustadas, receitas e despesas alocadas por
regime de competência etc.
Prevista no art. 225 da LSA e art 1.119 do CC, essa ferramenta permite que
duas ou mais empresas se unam para dar origem a uma nova organização, que
sucederá todos os direitos e obrigações das originais. Assim, as empresas anteriores
deixam de existir, permanecendo somente a recém-criada.
Na maioria dos casos, a administração da nova empresa fica a cargo dos
gestores das originais ou da que era maior entre elas. A fusão ainda se subdivide em
cinco subtipos:

33
 Horizontal: as empresas fundidas são do mesmo setor;
 Vertical: são de negócios diferentes, mas se complementam;
 Conglomeração: as atividades das empresas são totalmente distintas;
 Extensão de mercado: produzem o mesmo produto, mas operam em mercados
diferentes;
 Extensão de produto: as empresas têm produtos relacionados e operam no
mesmo mercado.
O sucesso de uma transação de F&A (Fusões e Aquisições) é o resultado direto
da experiência do comprador na identificação, análise e execução do negócio.
O Processo pode ocorrer em sete etapas, como segue:
1) Desenvolvimento do plano de execução: Essa é a hora de estabelecer os
objetivos principais, identificar produtos e tecnologias alvo, identificar fatores
críticos de sucesso, aprofundar o conhecimento da empresa, definir pessoas
envolvidas e prazos.
2) Avaliação da empresa: Nesta etapa, a posição financeira da empresa deve ser
avaliada, respondendo às seguintes perguntas: Quais são os benefícios
prováveis dessa transação? Quais são os riscos?
Deve-se também avaliar a empresa de acordo com sua posição financeira
(incluindo projeções financeiras). A avaliação se concentra em questões como
volume de vendas, receita, custo e balanço.
3) Valuation: estimar o valor da empresa alvo de forma sistematizada, usando um
modelo quantitativo. Além de avaliar o valor do alvo, deve-se identificar
alternativas para estruturar as transações de fusão ou aquisição, avaliá-las e
selecionar aquela que melhor permita à organização alcançar seus objetivos e
desenvolver uma oferta.
4) Tomada de decisão: a liderança corporativa deve determinar os benefícios e
as desvantagens da aquisição ou fusão proposta e tomar uma decisão.
5) Negociação e estruturação: nesta etapa, o objetivo dos envolvidos é entrar em
acordo sobre o preço e a estrutura da transação.

34
6) Execução do processo de Due Diligence2: uma vez que a proposta for aceita,
os líderes da organização adquirente devem assegurar uma revisão completa
e abrangente de due diligence da entidade alvo, a fim de compreender
completamente as questões, oportunidades e riscos associados à transação.
A Due Diligence (falamos sobre isso neste artigo) envolve uma revisão da
posição financeira, jurídica e operacional da empresa alvo para garantir a
precisão das informações obtidas anteriormente.
7) Conclusão: passada a fase de due diligence, segue uma etapa de ajustes finais
e, em alguns casos, alguns termos são negociados. Por fim, redige-se um
contrato de venda e, após assinado, conclui-se a transação financeira, a qual
é anunciada para o mercado.

6.1 Motivos para Fusões e Aquisições

Fonte: Movimentos e Características das Fusões e Aquisições no Brasil

Na maioria das vezes, F&A está relacionado com:


 Estratégia de mercado;
 Necessidade de obter sinergia;
 Ganho de eficiência com a obtenção de recursos; e

2
A expressão inglesa “Due Diligence” em tradução literal significa “diligência prévia”, seu
procedimento se trata de uma avalição de risco prévia a uma contratação, uma aquisição, uma
celebração de parceria, a formação de um consórcio de empresas enfim, sempre que se tenha um
relacionamento jurídico e comercial relevante entre partes.
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 Oportunidade de comprar uma empresa por um valor inferior ao seu real valor.
Existe todo um plano de negócios com definição de estratégias, metas e
objetivos que devem ser seguidos antes de um processo de M&A iniciar. É de suma
importância, que as unidades de negócios envolvidas numa fusão, ou a compradora
(no caso de aquisição), analisem o planejamento orçamentário. Assim, será possível
que todos os envolvidos façam os ajustes necessários.
Por isso, o ideal é que como controller você avalie a Gestão Orçamentária da
empresa. Quanto mais madura a Gestão Orçamentária de uma empresa, mais bem
avaliada ela é pelo mercado.
Exemplos de fusões e aquisições no mercado brasileiro:
 A fusão da Sadia com a Perdigão, concorrentes históricas, originando a Brasil
Foods (BRF), uma das maiores do ramo alimentício no mundo.
 A fusão da Azul e a Trip que formaram o grupo Azul Trip, que já superou 15%
de marketshare.
 A fusão do Itaú e Unibanco, que se juntaram para formar o Itaú Unibanco.
 As empresas educacionais Kroton e Estácio, que se tornaram líder do mercado
brasileiro, no segmento.
 No ramo de varejo, entre o Pão de Açúcar e as Casas Bahia. Por meio da
Globex, as duas empresas se transformaram em uma só, mas as marcas foram
mantidas.
Alguns exemplos de aquisições de empresas mais conhecidas:
 Aquisição da GVT pela Telefônica/Vivo.
 A Ultrapar adquiriu a rede Ale de postos de combustíveis
 A conhecida marca de bebidas e sucos Ades, foi adquirida pela Coca Cola
 No mesmo ramo a “do bem” foi adquirida pela Ambev
 No ramo financeiro, a XP Investimentos foi adquirida pelo Itaú Unibanco
 No mesmo segmento, o Bradesco adquiriu HSBC e BBVA, o Itaú Citibank,
Redecard e Bank Boston e o Santander Banespa.
 Facebook comprou o Whatsapp
 Microsoft comprou Skype e Linkedin
 Google comprou Waze

36
7 EFICIÊNCIA DE MERCADO

Fonte: oppag.com.br

Um dos pilares centrais da moderna Teoria de Finanças, e certamente um dos


mais controversos desde sua formulação, a Hipótese dos Mercados Eficientes (HME)
tem sido matéria de inúmeros estudos visando a sua comprovação e até mesmo
rejeição desde a década de 70. Tal teoria descarta a possibilidade de ganhos
consistentes com sistemas de negociação que se baseiem apenas nas informações
disponíveis.

Um investidor médio, seja ele indivíduo, fundo de pensão ou fundo mútuo,


não deve esperar superar o mercado consistentemente, e os recursos que
tais tipos de investidores utilizam para analisar e negociar ativos são
desperdiçados, sendo melhor manter, passivamente, a carteira de mercado,
esquecendo a gestão ativa de carteiras. Pode-se afirmar, seguramente, que
o campo acadêmico das finanças em geral e, especificamente, o campo de
análise e precificação de ativos foi construído com base na HME. Shleifer
(2000, apud SARAIVA RABELO JUNIOR; HIRATA IKEDA, 2004)

A questão é: Se os mercados são eficientes e, em caso oposto, qual o fator


leva a ineficiências, estes dados são base para a avaliação de investimentos. Pois se
os mercados forem, de fato, eficientes, o preço do mercado fornece a melhor
estimativa de valor, e o processo de avaliação se torna o de justificar o preço de
mercado.
Se os mercados não forem eficientes, o preço de mercado pode se desviar do
valor real, e o processo de avaliação é direcionado para a obtenção de uma estimativa
razoável de seu valor. Aqueles que fazem boas avaliações, então serão capazes de
obter retornos “maiores” que outros investidores, devido a sua capacidade de
37
identificar empresas super e subavaliadas. Para obter maiores retornos, no entanto,
os mercados têm de realizar correções de seus erros, ou seja, tornarem-se eficientes
com o tempo. Dessa forma o investidor escolherá o horizonte de tempo necessário ao
seu sucesso.
Também há muito que pode ser aprendido com os estudos de eficiência de
mercado que destacam segmentos em que o mercado parece ser eficiente. Essas
“ineficiências” podem fornecer a base para a análise do universo de ações que permita
colher uma subamostra que mais provavelmente tenha ações subvalorizadas.
Considerando-se o montante de ações, isso não apenas poupa tempo para o analista
como também aumenta significativamente as probabilidades de se encontrarem ações
super e subvalorizadas.
Podemos citar como exemplos, alguns modelos de eficiência sugerem que
ações “negligenciadas” por investidores têm mais chances de estarem subvalorizadas
e de obter retornos adicionais. Uma estratégia que procure empresas com baixo nível
de investimentos institucional (como uma percentagem das ações em circulação)
pode render uma subamostra de empresas negligenciadas, que podem então ser
avaliadas utilizando modelos de avaliação para se chegar a uma carteira de empresas
subvalorizadas.
A teoria para a HME consiste em três argumentos básicos:
 Investidores são assumidos como racionais e, consequentemente, avaliam e
precificam ativos de forma racional;
 À medida que alguns investidores não são racionais, suas participações no
mercado (negociações) são assumidas como aleatórias, cancelando-se e não
produzindo efeitos nos preços praticados pelo mercado;
 À medida que esses investidores irracionais o são de maneira similar entre si,
a presença de uma maioria de arbitradores racionais, no mesmo mercado,
elimina sua influência nos preços.

O argumento da racionalidade dos investidores implica que os mesmos


precificam cada ativo pelo seu valor fundamental, ou seja, o valor presente de seus
fluxos de caixa futuros descontados pelo seu risco. Adicionalmente, quando qualquer
informação que implique alteração dos fundamentos desse ativo é descoberta, os
investidores respondem imediatamente, aumentando o preço do ativo se as
38
informações forem positivas e diminuindo-o se forem negativas. Logo, os preços dos
ativos incorporam todas as informações quase que imediatamente, ajustando-se a
novos níveis correspondentes aos novos valores presentes dos fluxos de caixa.

Em sua forma extrema, a teoria de mercados eficientes diz que todos os


títulos sempre são corretamente precificados, o que significa que o mercado
como um todo é realmente sábio. Ross (2002 apud SARAIVA RABELO
JUNIOR; HIRATA IKEDA, 2004)

Os fundamentos teóricos como as provas empíricas propostas como base da


HME vêm sendo contestados. A base que sustenta os mercados como eficientes,
quanto a arbitragem, têm-se revelado mais fracos do que poderiam supor os teóricos
da eficiência de mercado. Ao mesmo tempo, uma série de recentes estudos tem
revertido algumas das evidências iniciais que deram sustentação à hipótese.
Diante destes questionamentos que surgem as Finanças Comportamentais
propondo uma visão alternativa dos mercados financeiros.

Nessa visão, a teoria econômica não leva a esperar um mercado financeiro


eficiente, pelo contrário: desvios significativos e sistemáticos da eficiência são
esperados e passíveis de continuidade por longos períodos de tempo.
As Finanças Comportamentais podem ser definidas resumidamente como o
estudo da falibilidade humana nos mercados competitivos. Shleifer (2000,
apud SARAIVA RABELO JUNIOR; HIRATA IKEDA, 2004)

De forma simplificada, pode dizer que as Finanças Comportamentais focam seu


campo de atuação exatamente nos supostos pilares da HME: racionalidade do
investidor e arbitragem como ferramenta eficaz de correção de possíveis desvios da
eficiência. Como diz Thaler & Barberis (2002 apud SARAIVA RABELO JUNIOR;
HIRATA IKEDA, 2004), seus dois principais componentes de pesquisa são:
 Limites à arbitragem: argumenta que pode ser difícil para os investidores
racionais desfazerem os desvios causados por investidores menos racionais;
 Psicologia do Investidor: cataloga os tipos de desvios da pura racionalidade
passíveis de verificação nos mercados reais. Aborda como os investidores, no
mundo real, formam suas crenças e avaliações e, mais genericamente, como
formam sua demanda por títulos.
A HME, é antes de tudo, uma consequência de equilíbrio entre mercados
competitivos, compostos por investidores totalmente racionais. Mas, notavelmente, a
HME não é sustentada apenas na total racionalidade dos investidores. Pela HME, o
mercado tende a ser eficiente mesmo com a presença de investidores não totalmente
39
racionais, assumindo-se, em uma proposição clássica, que estes negociam de forma
aleatória. Quando há um grande número desses tipos de investidores e quando suas
estratégias de negociação são não correlacionadas, suas operações tendem a
cancelar-se, não afetando, significativamente, os preços dos ativos, que tendem a
manter-se próximo de seus valores fundamentais.

8 GOVERNANÇA CORPORATIVA

Fonte: cdlniteroi.com.br

Segundo o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, é o sistema


pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de
administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes
interessadas.
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em
recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e
otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a
recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade
e o bem comum.

40
8.1 Os quatro pilares da Governança Corporativa

Baseia-se na criação de um sistema para direção das empresas. Os sócios,


membros do conselho, fiscalização interna e controle participam do processo de
criação de regras para a gestão dos processos administrativos.
Os interesses devem estar alinhados para não gerar choques dentro da
empresa e todos entenderem claramente a hierarquia interna durante as tomadas de
decisões.
É importante que todos saibam claramente o seu papel na empresa. Os
processos de Governança Corporativa contribuem para a organização dos
empreendimentos, de forma a otimizar a gestão da organização.

Embora haja muitas definições de governança corporativa, é possível agrupá-


las em duas categorias. A primeira caracteriza-se pelas definições da
governança como um conjunto de padrões comportamentais referentes às
ações das companhias em termos de eficiência, desempenho, estrutura
financeira e tratamento de acionistas e de outros stakeholders. A segunda
categoria, por sua vez, centra suas conceituações na estrutura normativa a
que as companhias estão sujeitas, cujas fontes são os sistemas legais, os
mercados financeiros e os vários órgãos regulatórios. CLAESSENS (2003
apud CELIA VILELA RIBEIRO, 2009)

A Governança Corporativa se apoia em quatro pilares principais: transparência,


equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa de acordo com o IBGC
– Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.
Transparência: Consiste no desejo de disponibilizar para as partes
interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas
impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao
desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação
e à otimização do valor da organização;
Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios
e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos,
deveres, necessidades, interesses e expectativas;
Prestação de contas (accountability): Os agentes de governança devem prestar
contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo,
assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com
diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis;
41
Responsabilidade corporativa: Os agentes de governança devem zelar pela
viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades
negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em
consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro,
manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) no curto,
médio e longo prazos.
Os comportamentos adotados pela governança corporativa refletem benefícios
internos e externos dentro de uma organização. Empresas extremamente
estruturadas e com alto valor de mercado utilizam das práticas para mostrar seus
valores de forma clara. A eficiência administrativa para resolução de conflitos internos
e a transparência agregam valor à empresa, pois a adoção de boas práticas beneficia
o interesse do mercado como um todo.
As empresas mais estruturadas são consideradas de baixo risco para os
investidores. Os conceitos adotados pela Governança Corporativa são essenciais
para avaliar retornos de investimento e garantir a melhor opção no mercado.
A aplicação dos conceitos de Governança Corporativa contribui efetivamente
para o funcionamento adequado dos processos, maior eficiência e, portanto, melhores
resultados.

8.2 Origens da governança corporativa

De acordo com o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa Ao


longo do século 20, a economia dos diferentes países tornou-se cada vez mais
marcada pela integração aos dinamismos do comércio internacional, assim como pela
expansão das transações financeiras em escala global. Neste contexto, as
companhias foram objeto de sensíveis transformações, uma vez que o acentuado
ritmo de crescimento de suas atividades promoveu uma readequação de sua estrutura
de controle, decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. A
origem dos debates sobre governança corporativa remete a conflitos inerentes à
propriedade dispersa e à divergência entre os interesses dos sócios, executivos e o
melhor interesse da empresa.
Na primeira década do século 21, o tema governança corporativa tornou-se
ainda mais relevante, a partir de escândalos corporativos envolvendo empresas norte-

42
americanas como a Enron, a WorldCom e a Tyco, desencadeando discussões sobre
a divulgação de demonstrações financeiras e o papel das empresas de auditoria. O
congresso norte-americano, em resposta às fraudes ocorridas, aprovou a Lei
Sarbanes-Oxley (SOx), com importantes definições sobre práticas de governança
corporativa.
Com o passar do tempo, verificou-se que os investidores estavam dispostos a
pagar um valor maior por empresas que adotassem boas práticas de governança
corporativa e que tais práticas não apenas favorecessem os interesses de seus
proprietários, mas também a longevidade das empresas. Ademais, as discussões
internacionais foram fortalecidas pelas iniciativas da Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que criaram um fórum para tratar
especificamente sobre o tema, o Business Sector Advisory Group on Corporate
Governance. Diretrizes e princípios internacionais passaram a ser considerados na
adequação de leis, na atuação de órgãos regulatórios e na elaboração de
recomendações.
Em paralelo, no Brasil, o movimento por boas práticas mostrou-se mais
dinâmico a partir das privatizações e a da abertura do mercado nacional nos anos
1990. Neste interim, em 1995, ocorreu a criação do Instituto Brasileiro de Conselheiros
de Administração (IBCA), que a partir de 1999 passou a ser intitulado Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), almejando influenciar os protagonistas
da nossa sociedade na adoção de práticas transparentes, responsáveis e equânimes
na administração das organizações. Ainda, em 1999, o IBGC lançou a primeira edição
do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa.
No Terceiro Setor, organizações sem fins lucrativos que buscam contribuir para
uma sociedade melhor e mais justa. Conforme o Guia das Melhores Práticas de
Governança para Fundações e Institutos Empresariais, “o aprimoramento da
governança é um esforço contínuo que, no Brasil, não findou com a lei das OSCIP”, é
preciso expandir “as boas práticas de governança para todas as organizações da
sociedade civil, estabelecendo assim as bases do que poderá ser o sistema de
autorregulação do terceiro setor”. Ainda segundo o guia, “seus principais agentes -
sejam eles financiadores ou executores de projetos - podem e devem adotar práticas
que sirvam de exemplo para os demais, reforçando a legitimidade do setor”. Os
princípios básicos de governança corporativa permeiam, em maior ou menor grau,

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todas as práticas do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, e sua
adequada adoção resulta em um clima de confiança tanto internamente quanto nas
relações com terceiros.

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9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTÔNIO DE CAMARGOS, Marcos; VIDAL BARBOSA, Francisco. FUSÕES E


AQUISIÇÕES DE EMPRESAS BRASILEIRAS: CRIAÇÃO DE VALOR E SINERGIAS
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l.], p. 1-63, nov. 2007.

CELIA VILELA RIBEIRO, Maria. GOVERNANÇA CORPORATIVA: UM ESTUDO DO


IMPACTO DE SEUS MECANISMOS INTERNOS SOBRE O DESEMPENHO
FINANCEIRO E O VALOR DE MERCADO DE BANCOS BRASILEIROS, [S. l.], p. 1-
92, jan. 2009.

DIEGO MACIEL BARBOSA, Charles. O ORÇAMENTO EMPRESARIAL COMO


FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO: UMA INVESTIGAÇÃO NAS
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Tocantins, p. 1-52, 2013.

45
SARAIVA RABELO JUNIOR, Tarcísio; HIRATA IKEDA, Ricardo. Mercados
eficientes e arbitragem: um estudo sob o enfoque das finanças
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46
10 BIBLIOGRAFIA

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BREALEY, Richard. Princípios de finanças corporativas. Porto Alegre: AMGH,


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