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Curso: Análise e Planejamento Financeiro


Palestrante: Christian Luiz da Silva
Economista, mestre e doutor em engenharia de produção pela UFSC, pós-
doutor em Administração (Agronegócios) pela USP. Coordenador do Mestrado
e do Núcleo de Pesquisa Acadêmica da FAE Centro Universitário.
Presidente do CORECON-PR gestão 2005. Ganhador do Prêmio Paraná de
Economia em 1999 e como orientador em 2002 e 2005. Mais de 10 anos de
experiência em empresas multinacionais. Mais de uma dezena de artigos
científicos publicados em periódicos e congressos nacionais e internacionais.
Autor de 3 livros e organizador de 3 obras.
Tutora: Erika Marcilio
Graduada em Ciências Econômicas.

Neste curso, abordaremos a utilização das ferramentas da gestão financeira, a


partir de conceitos básicos de administração e finanças.
Contemplaremos a análise da situação financeira das corporações e como
planejar e analisar para obter as melhores decisões financeiras.

Objetivos de Aprendizagem

Conhecer os conceitos básicos de administração e finanças;


Compreender a melhor forma de utilização da administração financeira;
Identificar os objetivos e metas do administrador financeiro;
Analisar os tipos de empresas existentes na atualidade brasileira;
Compreender como tomar as melhores decisões financeiras;
Conhecer a elaboração e a leitura de um orçamento de caixa;
Conhecer as informações de um fluxo de caixa.
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Mapa do Curso
1. Introdução
2. Conceitos Iniciais
3. Estudando o Administrador Financeiro
4. Objetivos da Administração Financeira
5. Decisões Financeiras
6. Orçamento de Caixa
7. Fluxo de Caixa
8. Características das Empresas
9. Considerações Finais

1. Introdução
Olá!
É com muita satisfação que estamos trazendo mais este tema
importantíssimo para a economia atual.
Quando você está administrando uma empresa, muitas vezes
você pode se perguntar: o que eu posso fazer para melhorar
a situação atual da empresa? Mas qual será a melhor saída
para a crise atual?
A partir destas perguntas começam a aparecer outras tantas:
Como a empresa se encontra atualmente? Você está
querendo fazer um financiamento e não sabe qual é a melhor
maneira?
Pois bem, sobre estas questões que iremos tratar ao longo
deste curso, vamos lá! Bom estudo!

Para você começar a entender melhor este assunto iremos trazer inicialmente
alguns conceitos básicos, que você já pode ter ouvido falar, mas apresentaremos
para contextualizar melhor o tema.
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2. Conceitos Iniciais
Antes de entrarmos exatamente na análise e planejamento
financeiro é necessário colocarmos algumas definições que
vão ajudar ao melhor entendimento do assunto.
No clima da empresa muito se fala de finanças e de qual
seria a melhor saída para o problema financeiro. Porém, o
que entendemos por finanças?
Finanças é a maximização da riqueza ou o valor total de
um negócio, ou melhor, é a arte e a ciência de administrar
fundos, porém, nunca se sabe quando a riqueza máxima é
atingida, contudo ela sempre é a meta final de toda
empresa.

As principais áreas de finanças são:


Serviços financeiros: concepção e prestação de assessoria financeira e
entrega de produtos financeiros:
o Bancos e instituições correlatas;
o Planejamento das finanças pessoais;
o Investimentos;
o Bens imóveis;
o Seguros.
Administração financeira: responsabilidades do administrador
financeiro:
o Análise financeira;
o Análise / gerência de orçamento de capital;
o Gerência de projetos financeiros;
o Gerência de caixa;
o Análise / gerência de crédito;
o Administração de fundos de pensão;
o Gerência de câmbio.
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E o que vem a ser esta maximização da riqueza? A


maximização da riqueza é a contribuição para o valor da
empresa pela seleção daqueles investimentos que possuem
a melhor compensação entre risco e retorno.
Já a compensação entre risco e retorno pode ser
relacionada assim: Pense em um dado nível de risco da
empresa, é a taxa desejada de retorno que justifica a
execução do investimento. Melhor dizendo, quanto de
retorno vai dar o projeto para justificar o investimento da
empresa.

Já vimos três significados importantes, agora iremos


analisar o que significa o administrador financeiro, a análise
e o planejamento financeiro, isto de um modo inicial, pois ao
longo da aula iremos aprofundar mais estes itens. Vamos lá!

O administrador financeiro tem como sua principal função


a gestão financeira associada a um alto executivo da
empresa, denominado freqüentemente diretor financeiro ou
vice-presidente de finanças. Então, a administração
financeira diz respeito às finalidades do administrador
financeiro na empresa tanto como áreas de atuação:
orçamentos, administração do caixa, administração do
crédito, análise de investimentos, captação de fundos entre
outros.

Planejamento financeiro por sua vez é o processo por


meio do qual se calcula quanto de financiamento é
necessário para se dar continuidade às operações de uma
empresa e se decide quando e como a necessidade de
fundo será financiada. Simplificando, a análise financeira é
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a avaliação do balanço patrimonial e do demonstrativo de


resultado.

3. Estudando o Administrador Financeiro


Já vimos que o administrador financeiro se compõe basicamente de
contratados que tomam decisões em benefício dos acionistas. Agora iremos
estudar as suas funções e atividades, vamos lá!
Quais seriam as funções do administrador financeiro?
Visão Organizacional
o Tesouraria: gerências de investimento de capital, de crédito, de
câmbio, de planejamento financeiro e obtenção de fundos, de
caixa e de fundo de pensão;
o Controle: gerente de tributos, de contabilidade financeira, de
contabilidade de custos.
Relacionamento com a Economia
Relacionamento com a Contabilidade
Atividades-chave do Administrador Financeiro
o Análise e planejamento financeiro;
o Decisões de investimentos;
o Decisões de financiamento.

E os objetivos do administrador financeiro?


Maximização do lucro inconveniências;
Maximização da riqueza dos acionistas;
Preservação da riqueza dos stakeholders;
O problema do agente (administrador profissional);
O papel da ética.

Grupos de Interesse (Stakeholders)


Outras pessoas também têm interesse nas ações dos
administradores. Um Grupo de Interesse (stakeholder) é
alguém além dos acionistas ou credores que tem
potencialmente uma exigência no fluxo de caixa da
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empresa.

As principais preocupações que o administrador financeiro


deve ter são:
Com o orçamento de capital;
Com a estrutura de capital; e
Com a administração do capital de Giro.

Orçamento de Capital
Processo de planejamento e gestão dos investimentos de
uma empresa a longo prazo. Nessa função, o administrador
financeiro procura identificar as oportunidades de
investimento cujo valor para a empresa é superior a seu
custo de aquisição. Em termos amplos, isto significa que o
valor do fluxo de caixa gerado por um ativo supera o custo
desse ativo.

Fluxo de Caixa
Medida de liquidez de uma empresa, que consiste na renda
líquida mais os dispêndios que não representaram a saída
de caixa.

Ativo
Todos os bens e direitos de propriedade da entidade,
avaliáveis em dinheiro e que representem benefícios
presentes e futuros.

Estrutura de Capital
Combinação de capital de terceiros e capital próprio
existente na empresa. O administrador financeiro tem duas
preocupações, no que se refere a essa área.
Primeiramente, quanto deve a empresa tomar emprestado e
em segundo lugar, quais são as fontes menos dispendiosas
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de fundos para a empresa. Além destas questões, o


administrador financeiro precisa decidir exatamente como e
onde os recursos devem ser captados, e, também, cabe ao
administrador financeiro a escolha da fonte e do tipo
apropriado de recurso que a empresa, por ventura, tomará
emprestado.

Administração do Capital de Giro


Capital de giro são os ativos e passivos circulantes de uma
empresa. A gestão do capital de giro de uma empresa é
uma atividade diária que visa assegurar que a empresa
tenha recursos suficientes para continuar suas operações e
evitar interrupções muito caras.

Os administradores financeiros são incumbidos da


responsabilidade primária de maximizar o preço das ações
da empresa mantendo o risco no menor nível possível. A
fim de atingir essas metas, um administrador deve
determinar quais investimentos fornecerão os lucros mais
elevados e os menores riscos. Uma vez tomada essa
decisão, o próximo passo envolve a seleção dos meios
ótimos para financiar esses investimentos.

4. Objetivos da Administração Financeira


Como já foi dito anteriormente, o objetivo básico da
administração financeira é a maximização de lucro, este
talvez seja o objetivo empresarial mais freqüentemente
citado, mas não é um objetivo muito preciso.
O objetivo geral da administração financeira é maximizar o
valor de mercado do capital dos proprietários existentes, não
importando se a empresa é uma firma individual, uma
sociedade de pessoas (quotas) ou por ações. Em qualquer
delas, as boas decisões financeiras aumentam o valor de
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mercado do capital dos proprietários.

Firma Individual
Empresa de propriedade de um único indivíduo. É um tipo de
empresa de criação mais simples e sujeita a menos
regulamentação. O proprietário de uma firma individual tem
direito a todo o lucro da empresa, porém tem
responsabilidade ilimitada sobre as dívidas da mesma.
Não há distinção entre rendimentos de pessoa física e de
pessoa jurídica, de modo que o lucro da empresa é tributado
como se fosse rendimento de pessoa física.
A duração da firma individual é limitada pela vida do
proprietário e o capital próprio, que pode ser reunido, é
limitado à riqueza pessoal do proprietário.

Sociedade por Quotas


É semelhante a uma firma individual, exceto o fato que tem
dois ou mais proprietários (sócios).
Numa sociedade geral, todos os sócios participam dos lucros
e prejuízos, e todos têm responsabilidade ilimitada por todas
as dívidas da empresa, e não apenas por uma porção delas.

Numa sociedade limitada, um ou mais sócios gerais serão


responsáveis pela gestão da empresa e terão
responsabilidade ilimitada, mas haverá um ou mais sócios
limitados que não terão participação ativa no negócio. A
responsabilidade de um sócio limitado por dívidas da
empresa é restrita ao montante que tenha contribuído para o
capital da sociedade.
A maneira pela qual os lucros ou prejuízos da sociedade são
repartidos é descrita no contrato social.
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Sociedade por Ações


Empresa criada como entidade jurídica independente,
formada por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas. A
formação de uma sociedade por ações envolve a confecção
de um documento de incorporação e um estatuto.
A sociedade por ações é a forma superior de organização de
empresas, no que diz respeito a levantar recursos e transferir
a propriedade de um investidor a outro, mas apresenta uma
grande desvantagem: a dupla tributação.

Pode-se dizer que a Administração Financeira tem três objetivos básicos:


1. Manter a empresa em permanente situação de liquidez, como
condição básica ao desenvolvimento de suas atividades. Uma empresa
apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos são administrados
convenientemente. O importante é manter os fluxos das entradas e saídas de
caixa sob controle e conhecer antecipadamente as épocas em que irá faltar
numerário.

2. Obter novos recursos para planos de expansão, com base em


estudos de viabilidade econômico-financeira e aos menores custos. A empresa
deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar investimentos em tecnologia,
novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca de
maiores benefícios no futuro. A grande concorrência existente nas modernas
economias de mercado obriga as empresas a se manterem tecnologicamente
atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma boa posição, porque a
qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e
mais barato. Deste modo, as empresas são impelidas a desenvolverem
continuamente novos projetos e a tomarem decisões sobre a sua implantação.
Normalmente, isto significa a necessidade de vultuosas somas adicionais de
recursos e uma elevação no risco do empreendimento. O retorno deve ser
compatível com o risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior
retorno.
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3. Assegurar o necessário equilíbrio entre os objetivos de lucro e os


de liquidez financeira, quantificando os planos de expansão de acordo com as
possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros.

5. Decisões Financeiras
E então tudo bem até aqui? Caso tenha alguma dúvida,
retome o conteúdo, não deixe para depois! Após
estudarmos os objetivos do administrador financeiro,
iremos esboçar as decisões, pois todo profissional em sua
carreira precisa tomar várias decisões. Selecionamos as
principais decisões para uma melhor clareza. Vamos lá!

Investimentos
A preocupação primordial diz respeito à avaliação e escolha de alternativas de
aplicação de recursos nas atividades normais da empresa.
Consiste ainda num conjunto de decisões visando dar à empresa a estrutura
ideal em termos de ativos fixos e correntes para que os objetivos da
empresa, como um todo, sejam atingidos. Nesta área, o enfoque básico é a
obtenção do maior resultado (retorno) possível, dado o risco que os
proprietários da empresa estão dispostos a correr.

Financiamento
O que se deseja fazer é definir e alcançar uma estrutura ideal em termos de
fontes de recursos, dada a composição dos investimentos.
É preciso compreender, desde já, que a função financeira, cuja finalidade é
assessorar a empresa como um todo he proporcionando os recursos
monetários exigidos, não determina, por isso mesmo, quais as aplicações a
serem feitas pela empresa. Isto decorre dos objetivos e das decisões da
administração e/ou dos proprietários da empresa em um nível mais alto. À
administração financeira resta conseguir os recursos necessários para financiar
essa estrutura de investimento ao mais baixo custo possível.
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Utilização (destinação) do lucro líquido


Há uma área de decisões também comumente conhecida pelo nome de política
de dividendos, que se preocupa com a destinação dada aos recursos
financeiros que a própria empresa gera em suas atividades operacionais e
extra-operacionais.
É nesta área que surgem as indicações mais claras do inter-relacionamento
das áreas de investimento, financiamento e utilização do lucro líquido. O inter-
relacionamento deve-se ao fato indiscutível de que o lucro retido pela empresa
(ou seja, o lucro não pago sob a forma de dividendos em dinheiro) constitui-se
numa de suas fontes de recursos. Logo, também é problema das decisões de
financiamento determinar quanto do lucro líquido disponível deve ser retido,
com a decisão complementar forçosa a respeito da proporção que deve ser
distribuída aos proprietários. Além disso, também há relações entre decisões
de investimento e de utilização do lucro líquido. Nas decisões de investimento,
um certo retorno deve ser alcançado.

Digamos então que seja considerada a utilização de lucros


retidos para financiar certas aplicações. Essa possibilidade
deveria ser admitida apenas quando a alternativa de
investimento prometesse um retorno superior aos que os
proprietários poderiam conseguir se eles mesmos aplicassem
os recursos porventura recebidos em decorrência da
distribuição de lucros. As magnitudes relativas dos riscos
envolvidos nas aplicações disponíveis à empresa e aos
proprietários, fora dela, também precisam ser consideradas.

Maiores informações acesse:


http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/7759.pdf
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6. Orçamento de Caixa
Para um perfeito planejamento financeiro é fundamental a
análise do orçamento de caixa e é isto que iremos estudar
neste tópico.
Antes de começarmos, vamos esboçar o que significa
orçamento de caixa e para que ele serve. Vamos lá,
acompanhe a seguir!

Orçamento de caixa é o instrumento para execução do


planejamento e do controle financeiro a curto e médio
prazo da empresa. Por exemplo, indicará quando e quanto
deve ser tomado emprestado para fazer frente às
necessidades de caixa.

Quando for tomada a decisão de fazer um orçamento de


caixa precisa-se definir anteriormente o horizonte de
planejamento em função de lapsos temporais. Normalmente
é determinado por dois fatores:
Objetivo específico do orçamento de caixa;
Natureza dos negócios da empresa.

As empresas mais organizadas, dependendo do tipo de atividade econômica,


podem utilizar três tipos de planejamento de caixa:
1. Planejamento para exercício social ou anual;
2. Planejamento de curto prazo;
3. Planejamento de curtíssimo prazo.
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Os principais tipos de Orçamento de Caixa são:

Orçamentos de destinação - instituições públicas em


que a receita operacional é estimada e a despesa
operacional é fixada para o período orçamentário;
Orçamentos flexíveis - utilizados pelas empresas
privadas ao projetarem o volume de ingresso e de
desembolsos financeiros para detectar a necessidade de
aporte de recursos ou aplicação dos excedentes.

As principais características do Orçamento de Caixa:


Flexibilidade de aplicação para adaptar-se às
oscilações econômicas;
Projeção para o futuro do nível de liquidez -
desejado e provável;
Participação direta dos responsáveis - envolve
vários departamentos.

Objetivo do Orçamento de Caixa


Dimensionar para dado período, se haverá ou não, recursos
disponíveis para suprir as necessidades de caixa da
empresa.

Métodos de Elaboração do Orçamento de Caixa:


1) Método Direto (semelhante ao fluxo de caixa);
2) Método do Lucro Ajustado (necessidade de projeção
anterior do Balanço Patrimonial e DRE do período orçado);
3) Método da Diferença do Capital de Giro.
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Balanço Patrimonial
Demonstrativo contábil que exibe os ativos, passivos e o
patrimônio líquido da empresa, ou seja, é o demonstrativo da
empresa naquele momento.

DRE
Demonstrativo dos resultados do exercício.
O orçamento de caixa pode ser considerado a principal peça
do sistema orçamentário já que sofre a influência dos demais
orçamentos.

7. Fluxo de Caixa
Vimos os objetivos e definições do orçamento de caixa,
agora chegou a hora de colocarmos o que significa o fluxo
de caixa como já falamos anteriormente. Vamos lá,
acompanhe a seguir!

Fluxo de caixa é o conjunto de ingressos e desembolsos


de numerário ao longo de um período orçamentário.
Representa de forma dinâmica a situação financeira de
uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e
todas as aplicações efetuadas.

Objetivos do fluxo de caixa


Facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas
de crédito a obter;
Detectar antecipadamente as carências de
recursos;
Planejar desembolsos evitando acúmulo de
compromissos vultosos em época de pouco encaixe;
Quantificar os recursos próprios disponíveis para
investimentos;
Intercambiar os diversos departamentos com área
financeira;
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Usar eficientemente/eficazmente recursos


disponíveis;
Financiar necessidades sazonais ou cíclicas da
empresa;
Prover recursos para expansões (planta,
operacional, etc.);
Manter determinado nível de caixa em função do
capital de giro;
Auxiliar na análise dos valores a receber e
estoques, para verificar sua conveniência;
Aplicar os excedentes de caixa;
Programar convenientemente empréstimos ou
financiamentos;
Projetar plano efetivo de resgate de débitos;
Integrar os controles financeiros da empresa.

Quais seriam as possíveis causas da falta de recursos na


empresa?

Expansão descontrolada de vendas (maiores


compras);
Insuficiência de capital próprio;
Ampliação exagerada do prazo de vendas;
Compras de porte de caráter cíclico ou para
reserva;
Prazos de recebimentos e de pagamentos
inadequados;
Rotação lenta de estoques e produtos prontos;
Ociosidade do capital fixo pela retração de
mercado;
Distribuir lucros além das disponibilidades;
Altos custos financeiros pelo fluxo irregular de
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caixa.

Outro fator seria as alterações nos saldos de caixa por


fatores externos que a causa principal seria o declínio das
vendas.

No mercado financeiro quando a expectativa de desaquecimento da economia


exige do administrador financeiro algumas medidas que influenciam o fluxo de
caixa, estas medidas se descrevem da seguinte forma:
Política de crédito (restringir o crédito para diminuir as perdas);
Cobrança (reduzir o prazo médio de recebimento);
Manter nível de estoque reduzido;
Políticas de Produção (reprogramar compras e gastos na produção).
o Expansão ou retração do mercado (alteração nos níveis normais
de estoques e suas conseqüências em termos de desembolsos);
o Elevação do nível de preços (inflação);
o Concorrência;
o Alterações nas alíquotas de tributos;
o Inadimplência (controle rigoroso das duplicatas a receber em
termos de valores e condições/forma de cobrança).

Fatores Internos que afetam os saldos de caixa decorrem de decisões


tomadas quanto às políticas de:
Produção (aquisição de máquinas, expansão da fábrica/linhas de
produtos, manutenção do nível de produção em períodos de quedas de
demanda e suas conseqüências);
Vendas (prazos de entrega e vencimento das duplicatas; propaganda,
publicidade e promoção; comissões de vendas; descontos e abatimentos a
conceder, etc.);
Distribuição (entrega própria ou transportadora, frete pago ou a pagar,
rodovia, ferrovia, marítimo, aéreo, etc.);
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Compras (Prazos obtidos x prazos concedidos; descontos concedidos


pelo fornecedor em função de à vista / a prazo em relação à taxa de juros do
mercado, etc.);
Pessoal (as contratações, dispensas e treinamento).

Leia um pouco mais acessando:


www.geranegocio.com.br/html/peqneg/p3.html

8. Características das Empresas


Existem no mercado financeiro empresas que estão em
equilíbrio financeiro e aquelas que estão em
desequilíbrio financeiro. Neste tópico, iremos demonstrar
quais as principais características destas empresas.
Vamos lá!

Inicialmente vamos colocar as características das empresas que estão


equilibradas financeiramente:
Equilíbrio entre ingressos e desembolsos em termos de valor;
Aumento do capital próprio;
Rentabilidade satisfatória do capital empregado;
Menor necessidade de capital de giro;
Tendência de aumento no índice de rotação de estoques;
Prazos médios de recebimentos e de pagamentos estáveis;
Inexiste imobilização excessiva;
Não há falta de produtos prontos ou mercadorias para o atendimento
das vendas, etc.

O desequilíbrio financeiro da empresa pode ser descrito em sintomas, causas


e conseqüências.
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Quanto aos sintomas o administrador financeiro deve tentar alivia-los.


São considerados sintomas do desequilíbrio financeiro:
Insuficiência crônica de caixa;
Captação sistemática de recursos através de empréstimos;
Sensação de esforço desmedido;
Sensação de quebra repentina;
Perda do controle empresarial.

Quanto às causas, o administrador deve tentar eliminá-las. Ou seja, eliminar:


Excesso de investimentos em estoques;
Prazo Médio de recebimento maior que o prazo médio de pagamentos;
Excesso de imobilizações;
Inflação monetária;
Recessão econômica.

Em termos de conseqüências (que devem ser evitadas), o desequilíbrio


financeiro traz:
Vulnerabilidade ante as flutuações de mercado;
Atrasos nos pagamentos de dívidas;
Tensões internas;
Concordata ou falência.
Para equilibrar financeiramente a empresa, devem ser tomadas
medidas saneadoras como:
Aumento de capital próprio através da entrada de novos sócios ou do
reinvestimento dos lucros;
Redução do ritmo de atividade operacional;
Adequação do nível de operações ao nível de recursos disponíveis;
Contenção dos custos e despesas operacionais;
Desmobilização de recursos ociosos;
Planejamento e controle financeiro.
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9. Considerações Finais
Ao iniciar um negócio, o empresário deve considerar
diversos fatores: Informações sobre o mercado em que
pretende atuar, análise do segmento em questão,
conhecimentos de práticas de gestão, reconhecimento
do público-alvo e o foco no cliente e predisposição para
enfrentar desafios são alguns desses fatores, que,
aliados a certas características individuais
indispensáveis a qualquer ramo poderão definir o
sucesso ou fracasso do negócio.

Estas são algumas das avaliações que o empresário


deve fazer antes de começar um empreendimento,
porém quando a empresa já está montada em pleno
funcionamento, precisa-se alimentar as informações
diárias para o perfeito funcionamento.
Um orçamento, um fluxo de caixa bem feito e elaborado
pode contribuir significativamente para o alcance de
bons resultados.
Tomando estas precauções você poderá perfeitamente
analisar como sua empresa se encontra e planejar um
futuro de investimentos e crescimento. Boa sorte e
sucesso para você!
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Material Complementar
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema
de informação contábil. 4ª edição, Atlas. São Paulo, 2004.
GROPPELLI, A.A. e NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira. 2ª edição.
Editora Saraiva. São Paulo, 2002.
ATKINSON, Anthony A. e BANKER, Rajiv D. e Kaplan, Robert S. e YOUNG, S.
Mark. Contabilidade Gerencial. Editora Atlas. São Paulo, 2000.

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