Você está na página 1de 10

Investimentos para Médicos

Se você acabou de se formar em medicina ou já ingressou na profissão, mas ainda


não sabe muito bem como gerenciar o dinheiro, é importante conhecer qual é o
melhor investimento para médicos.

Isso porque os médicos tendem a ter uma renda mensal maior que a maioria da
população, mas isso não é um sinônimo de estabilidade financeira e nem de
riqueza. Existem muitos médicos endividados por não terem boa organização e
não saberem multiplicar seu patrimônio.

Por esse motivo, é crucial que o médico saiba como aplicar bem o
dinheiro para que seu patrimônio cresça de forma consistente.

Enquanto você, médico, cuida da saúde das pessoas, é


preciso que a saúde das suas finanças também seja cuidada.

Continue a leitura para saber mais sobre investimento para


médicos, como investir de olho na aposentadoria e mais:

• Fundamentos do investidor médico


• Gestão financeira e fluxo de caixa
• Dicas de investimentos para médicos
• Um portfólio para todos os climas
Fundamentos do investidor médico
É comum que boa parte dos médicos fiquem presos na correria da rotina. Por isso,
muitas vezes o cuidado com o próprio dinheiro acaba ficando de lado.

Sem tempo e às vezes sem muito conhecimento sobre investimentos, os médicos


acabam perdendo oportunidades de fazer um planejamento financeiro que vai
garantir segurança e rentabilidade.

Assim como não é nada bom negligenciar a própria saúde, também não é saudável
deixar as finanças abandonadas.

O primeiro passo, neste caso, é mudar o comportamento e separar sempre um


tempo para fazer o gerenciamento das contas.

Depois, é preciso estabelecer os objetivos (pessoais e profissionais) para que se


possa visualizar e planejar os investimentos tanto de tempo, quanto de dinheiro.

Dica importante
Caso você tenha uma clínica, a dica importante é jamais juntar as
receitas pessoais com as da empresa. Dessa forma, você consegue
separar melhor os ganhos e despesas e evita confusões.

Sabendo exatamente como está o fluxo de caixa (o que entra e o


que sai de dinheiro), você médico consegue se planejar melhor e
consegue chegar de forma mais rápida e segura aos seus objetivos.
Assim, fica mais claro organizar as seguintes fases do investimento:

• Reserva de emergência: É aquele valor que se guarda para momentos de


eventuais necessidades e imprevistos que possam acontecer. Não há um valor
exato para formação desse colchão de liquidez, mas estima-se que é preciso juntar
de 6 a 12 vezes os seus custos fixos mensais.

• Acumulação de patrimônio: Depois que a reserva de emergência foi


construída, o próximo passo é investir para aumentar o patrimônio. Neste caso, é
preciso investir em alternativas que tenham a ver com o seu perfil de investidor e
os seus objetivos. Mais à frente no texto vamos dar algumas dicas.

• Manutenção e usufruto do patrimônio: Quem soube se planejar e investiu


bem, consegue chegar nessa fase mais cedo, podendo aproveitar melhor a vida.

Gestão financeira e fluxo de caixa


Nem todos os médicos sabem bem quais são os custos de se abrir uma clínica, por
exemplo. Isso é crucial, já que, dependendo do faturamento, há a incidência de
determinados impostos – ou até mesmo ter isenção de tributos.

Entender esses custos é o primeiro passo para evitar frustrações e gastos


imprevistos que possam comprometer o orçamento.

Depois disso, é preciso dar atenção ao seu fluxo de caixa, que nada mais é do que a
gestão de todas as transações financeiras feitas (seja pelo médico, pelo consultório,
hospital ou pela operadora de plano de saúde).
Com todos esses detalhes desenhados, fica mais fácil visualizar e
controlar tudo o que entra e sai de dinheiro.

Quanto ao controle de gastos pessoais, uma dica é a planilha de


controle financeiro da Ável, que pode ser baixada gratuitamente
clicando aqui.

Uma boa gestão financeira pode ser a chave para uma trajetória
bem-sucedida, por isso dê atenção a esses aspectos.

Dicas de investimentos para médicos


Talvez você esteja se perguntando qual é o melhor investimento para médicos. A
verdade é que não existe uma resposta única e ideal, já que ela depende
principalmente do perfil e dos objetivos do investidor. De qualquer forma, os itens
que listaremos abaixo são básicos para a composição de qualquer carteira, o que
varia é o peso que o investidor prefere dar para cada um.

Reserva de emergência
Independente de sua estratégia de investimento, você precisa começar pela criação
da reserva de emergência – aquele valor que você precisa ter guardado para
eventuais necessidades. Esse investimento se baseia em aplicações em ativos
seguros e que te permitem liquidez, ou seja, que você consegue sacar com
facilidade. Tesouro Selic ou até mesmo fundos conservadores de alta liquidez que
investem em renda fixa são boas opções.

No caso do título do Tesouro, a liquidez é diária e o rendimento acompanha o CDI,


taxa que é bem próxima da Selic. Mas é preciso ficar atento à taxa de custódia, que
é obrigatória e “come” 0,25% ao ano sobre o valor.
Se optar por investir em fundos de renda fixa, é preciso avaliar a rentabilidade e os
custos. Isso porque eles podem cobrar uma taxa de administração que pode
diminuir os seus rendimentos.

Acumulando patrimônio
Feita a sua reserva de emergência, você pode começar a diversificar o seu dinheiro
em ativos diferentes, focando sempre em rentabilizar o patrimônio para o longo
prazo. Nessa etapa, duas alternativas a serem consideradas são as ações e os
fundos imobiliários.

Caso queira investir na bolsa de valores, uma boa estratégia é montar uma carteira
com ações de empresas que pagam bons dividendos. Nestes casos, os acionistas
recebem periodicamente uma parte do lucro da empresa da qual é sócio na forma
de dividendos. A boa notícia é que essa renda extra já vem descontada de
impostos, por isso não há a incidência nem de IR.

Outra forma de conseguir uma renda extra é investir em fundos imobiliários.


Através desse ativo, é possível aplicar em imóveis e papéis imobiliários de forma
indireta, adquirindo cotas dos fundos.

Nos FIIs, você recebe um “aluguel” mensal de acordo com a quantidade de cotas
adquiridas. A boa notícia é que esse valor também é isento de Imposto de Renda.

Investimentos para a aposentadoria


Diversificação é a palavra-chave para o investidor que deseja mitigar riscos e
melhorar seus rendimentos. Para quem está pensando no longo prazo, como a
aposentadoria, os planos de previdência privada podem ser boas alternativas.
A previdência privada funciona como uma renda extra para a aposentadoria. Ela
não está ligada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas é um plano
complementar para garantir uma aposentadoria mais confortável.

Um portfólio para todos os climas


O segredo para uma carteira de investimentos de sucesso é mais simples que
parece – o princípio baseia-se em alocação, diversificação e visão de longo prazo. É
preciso alocar o seu dinheiro em diferentes classes de ativos e balancear o capital
entre segurança e rentabilidade, além de investir em negócios de
diferentes setores – que se beneficiam nos mais variados cenários
macroeconômicos.

Ray Dalio, o lendário investidor bilionário americano, fundador da


gestora Bridgewater, criou uma estratégia de investimentos
pensada em suportar todos os momentos econômicos difíceis.
Dalio admite ser impossível prever o futuro, daí a necessidade de
um portfólio que mitiga o impacto financeiro de eventos
econômicos inesperados, conhecidos como Cisnes Negros.

O chamado “All Weather Portfolio” defende que há 4 forças que


afetam o valor de um ativo:

• Inflação
• Deflação
• Crescimento econômico crescente
• Crescimento econômico em declínio
Com base nisso, o investidor pode esperar 4 diferentes “climas” na economia:

• Inflação acima do esperado


• Inflação abaixo do esperado
• Crescimento econômico acima do esperado
• Crescimento econômico abaixo do esperado

O objetivo da estratégia é compor uma carteira diversificada a ponto de sobreviver


independente do clima que enfrenta. Assim, Ray Dalio sugere uma alocação da
seguinte forma:

COMMODITIES
7.5%
AÇÕES OURO
30.0% 7.5%

TÍTULOS INTERMEDIÁRIOS
15.0%

TÍTULOS DE LONGO-PRAZO
40.0%

AÇÕES: São consideradas no portfólio porque historicamente produzem bons


retornos. Se você possui um amplo portfólio de ações, está participando da criação
de riqueza das empresas. Nos últimos 100 anos, as ações subiram cerca de 10% ao
ano com os dividendos reinvestidos. A desvantagem são os rebaixamentos. O
mercado caiu quase 90% do topo em 1929, e em 2008/09 o S&P 500 caiu 55%.
Essas quedas são angustiantes para a maioria dos investidores, portanto a
exposição a essa classe deve ser menor para investidores de perfil conservador.
COMMODITIES São ativos tangíveis, como ferro, soja, petróleo, milho, boi gordo,
etc. São ativos reais que usamos no dia a dia. Com a falta de commodities, o mundo
enfrenta choques de oferta, como evidenciado após o Covid-19 e durante a guerra
Ucrânia-Rússia. As commodities tendem a subir quando as ações e os títulos
públicos caem. O aumento dos preços das commodities é inflacionário, resultando
em preços mais baixos para ações e títulos públicos. Para compensar esse risco, as
commodities são incluídas na carteira para equilibrar o portfólio – mitigando a
queda dos preços das ações e o deságio dos títulos públicos.

OURO O metal precioso é globalmente aceito como reserva de valor, negociável


entre países e conversível em diferentes moedas. É considerado “safe haven”,
termo usado para ativos que são destino de fluxo de investimentos em caso de
estresses de mercado. Para se ter uma ideia, durante o pior período da crise
financeira de 2008 (10/10/2007 até 9/3/2009), enquanto o S&P 500 caiu 56%, o
ouro teve valorização de 25%. É um ativo que valoriza quando toda a economia
colapsa – ou seja, serve como “hedge” ou proteção em sua carteira.

TÍTULOS PÚBLICOS Nada mais é do que você emprestar dinheiro ao governo e


ser remunerado com juros por esse empréstimo. É a opção mais segura de
investimento, pois é muito dificil o governo quebrar – visto que para isso
acontecer, todo o país teria que estar deteriorado a ponto de não haver alguma
arrecadação. Mesmo se o governo não tiver como te pagar, ele simplesmente
imprime mais dinheiro. Por ser o investimento mais seguro para o brasileiro,
representa uma porção maior da carteira. Os títulos podem ser de médio ou longo
prazo – isso diz respeito a quando o investidor será remunerado, havendo taxas
mais atrativas no longo prazo.
Conclusão
Quando se trata de estratégia de investimentos, não existe bala de prata, mas
existe uma composição adequada que pode ser desenhada especialmente para
você. Para isso, é preciso buscar informação – como você está fazendo – e
acompanhar o mercado para filtrar os ativos que fazem sentido para o seu perfil.

Caso não se sinta confortável ou não tenha muito tempo para cuidar do seu
dinheiro, fique tranquilo. Existe um profissional que vive e respira o mercado
financeiro e está disposto a te ajudar a cuidar da sua saúde financeira.

Esse profissional é o assessor da Ável, um profissional especializado que monitora


as melhores oportunidades de investimentos de acordo com o seu perfil e objetivo.

Por isso, ter um assessor ao seu lado pode mudar radicalmente a sua rentabilidade,
principalmente se a sua rotina como médico não te permite ter mais tempo para
gerenciar o dinheiro de forma adequada.

Assim, você continua cuidando da saúde das pessoas, enquanto nosso time
trabalha todos os dias para contribuir cada vez mais com o crescimento do seu
patrimônio e sucesso financeiro. Conte com a nossa ajuda para montar uma
carteira personalizada o quanto antes:

MONTAR MINHA CARTEIRA

Você também pode gostar