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A GESTÃO FINANCEIRA COMO FERRAMENTA DO

CRESCIMENTO EMPRESARIAL
INTRODUÇÃO

A gestão financeira pode determinar o rumo dos negócios, pois através dela é possível
tomar decisões de investimento, observar a real situação financeira da organização, e ter o
controlo detalhado sobre as acções, para tomar decisões baseadas em resultados concretos.
Desse modo, a gestão financeira passa a ser um tema relevante para qualquer empresa,
independente do seu porte (pequeno, médio ou grande) ou ramo de actuação (prestação de
serviço, comércio ou indústria), pois ela permite a correta administração dos recursos
financeiros. Isso viabiliza o fortalecimento da organização empresária e, conseguintemente,
proporciona o seu crescimento e a possibilidade de realizar novos investimentos.

Controlar as finanças é uma tarefa desafiadora, mas, ao mesmo tempo, pode ser uma
ferramenta que facilita a gestão financeira quando se adopta uma postura de controlo, ou seja,
quando se pratica o contínuo monitoramento das entradas de recursos e suas aplicações, não
deixando para depois aquelas anotações referente aos gastos. Desta forma, pode-se observar
onde estão sendo alocados os recursos, e, a partir de informações ordenadas, ter mais
possibilidade de acerto na decisão para novos investimentos.

A gestão financeira é uma ferramenta relevante para que uma organização obtenha
bons resultados, pois permite estabelecer metas, estipular prazos e analisar se os resultados
estão de acordo com o que estava planejado pela empresa. Assim, o gestor vai compreender
os princípios básicos desse sector tão importante dentro de uma organização. Pode-se afirmar
que a gestão financeira é responsável pelas decisões que podem determinar os rumos do
negócio e seu sucesso ou fracasso. No entanto, não somente isso está em jogo, pois a empresa,
da mesma forma que recebe influência do meio sociopolítico e económico, também exerce
influência sobre eles.

Segundo Gitman (2004), a gestão financeira é uma ferramenta para controlar, da forma
mais eficaz possível, a concessão de crédito para clientes, planeamento e análise de
investimentos de empresas, visando o desenvolvimento organizacional e evitando gastos
desnecessários.

JUSTIFICATIVA

Hoje, a crise política e económica são outros aspectos que implicam na relevância de
que os empresários e gestores possuam uma base financeira estruturada e organizada. As
ferramentas de gestão financeira visam ajudar as empresas a coordenar seus sistemas de
tomada de decisão, fornecendo informações através de instrumentos de controlo
possibilitando ao gestor agir proactivamente em relação ao que foi planeado e o que realmente
está ocorrendo no dia-a-dia da empresa.

Sendo assim, para que a empresa cresça e tenha capacidade de competir com outras de
forma equilibrada e muitas vezes melhor, é importante que a empresa possua gestão
financeira desde o início da criação do negócio, que vai da ideia até a concretização do
mesmo, como também os obstáculos surgidos durante o tempo.

Apesar de muitos empresários buscarem auxilio com profissionais, ainda é elevado o


índice de mortalidade de empresas. Um dos possíveis motivos que remetem a essa situação é
a falta de gestão, conforme citado anteriormente, porém a não utilização de ferramentas
contábeis e gerenciais impactam directamente esta estatística. Através da análise e verificação
do uso das ferramentas de gestão financeira, o presente trabalho busca quais as ferramentas de
gestão financeira são utilizadas como forma de auxílio no crescimento empresarial.

Problema de investigação

Nesta ordem, surge o seguinte problema:

 Até que medida a gestão financeira constitui uma ferramenta para o


crescimento empresarial?

Objectivos de investigação:

Tendo em conta o problema levantado, traçou-se o seguinte o objectivo geral:

 Compreender a gestão financeira como ferramenta do crescimento empresarial.

Objectivos específicos

Em função do objectivo geral, definiu-se os seguintes objectivos específicos:

 Descrever o conceito gestão financeira;

 Identificar as ferramentas utilizadas nas empresas e estabelecer o perfil da


empresa e do gestor;

 Evidenciar a importância da gestão financeira como forma do crescimento


empresarial.
1.1. Noção de finanças

A Administração Financeira envolve basicamente a gestão de recursos financeiros.


Como obter esses recursos e onde aplicá-los é a actividade principal do administrador
financeiro. A obtenção de recursos diz respeito às decisões de financiamento e sua utilização,
e às decisões de investimento (Lemes, 2010).

Gitman (2010) afirma que o termo finanças é relativo a praticamente todas as pessoas
físicas e jurídicas, em como gastam ou investem dinheiro. Finança diz respeito aos processos,
às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre
pessoas e empresas.

Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do dinheiro. Praticamente


todos os indivíduos e organizações recebem ou levantam ou investem dinheiro. A área de
finanças preocupa-se com os processos, as instituições, os mercados e os instrumentos
associados à transferência de dinheiro entre indivíduos, empresas e órgãos governamentais.
Muitas pessoas poderão se beneficiar da compreensão do campo de finanças, pois lhes
permitirá tomar melhores decisões financeiras pessoais. Entender essa área também é
essencial para as pessoas que trabalham em actividades financeiras, porque poderão interagir
eficazmente com o pessoal, os processos e os procedimentos do campo financeiro (Gitman,
2004, p. 4).

Considerando essa premissa, entende-se que a área de finanças é fundamental para o


desempenho das empresas. A gestão financeira deve servir para ajudar a dar directrizes tanto
na vida particular quanto na vida empresarial, alinhando objectivos e acções do administrador,
para que possa alcançar o sucesso do negócio. As finanças lidam com os processos,
negociações e os instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre indivíduos.

1.1. Gestão financeira

A gestão financeira é o coração de toda empresa, é a área responsável por fornecer


recursos para que toda a operação possa existir como um todo e de forma eficiente. Para que
os profissionais sejam capazes de trabalhar bem nesse sector, devem cuidar da entrada de
caixa da empresa e ainda identificar gastos desnecessários. Independentemente do tamanho do
negócio, é preciso investir em uma boa gestão financeira para administrar correctamente o
capital da empresa. Portanto, a gestão financeira é composta por processos administrativos
que envolvem a análise, o planeamento e o controle das actividades financeiras de uma
organização, tornando-a uma presença no mercado.

A gestão financeira é basicamente tudo aquilo é relacionado ao dinheiro, assim,


Gitman (2004) estabelece que o termo “finanças” é a arte e a ciência do dinheiro. Além disso,
a gestão financeira é uma área de estudo que trata os assuntos que estão ligados às finanças
empresariais. Portanto, está directamente relacionada à movimentação de recursos
financeiros, buscando o conhecimento em outras áreas como: Economia, Administração e a
Contabilidade, isso proporciona à empresa ter um melhor comportamento na aplicação desses
recursos monetários.

A gestão financeira é uma ferramenta para ajudar a controlar de forma mais eficaz
possível os recursos financeiros da empresa, podendo contribuir com o planeamento, análise
de investimentos, identificação dos gastos desnecessários e a concessão de créditos para os
clientes, em busca do desenvolvimento organizacional.

Na percepção de Gitman (2010), a Administração Financeira tem como funções


básicas: o planeamento, a administração e o controle de entradas e saídas de fundos, ou
seja, os investimentos e financiamentos necessários à sustentação das actividades da empresa.
O administrador financeiro deve, portanto, utilizar os demonstrativos contábeis, que são as
principais fontes de informações da empresa, porém, com a preocupação de analisá-los sob o
ponto de vista do fluxo de caixa, buscando compreensão sobre o arcabouço económico,
atentando para as consequências da variação dos níveis de actividade económica e das
mudanças de política económica (Gitman, 2010).

As principais actividades financeiras apresentam decisões de investimentos e de


financiamentos. Gitman (2010) afirma que essas decisões de investimento determinam a
combinação e os tipos dos activos que a empresa detém. As de financiamento determinam a
combinação e os tipos de financiamento por ela usados. Portanto, essas decisões podem ser
embasadas por meio do Balanço Patrimonial.

As decisões financeiras ocorrem ao longo do tempo. Quando se referem às actividades


normais da empresa, relacionadas aos pagamentos e recebimentos do dia-a-dia, são ditas
decisões financeiras de custo prazo, conhecidas também como administração do capital de
giro. As decisões financeiras de longo prazo são aquelas pertinentes aos investimentos, e
financiamentos e resultados, com prazos superiores há um ano (Lemes, 2010).
Decisões de investimento são os bens duráveis que a empresa faz para aprimorar a
empresa (máquina, espaço físico, marca etc.), ou seja, onde posiciona o dinheiro para
aperfeiçoar a capacidade de produção e prestação de serviço.

Lemes (2010) entende por investimento toda a aplicação de capital em algum activo,
tangível ou não, para obter determinado retorno futuro. Um investimento pode ser a criação
de uma nova empresa ou a implementação de um projecto em uma já existente.

Do ponto de vista da lucratividade, o objectivo dos negócios é fazer cada real


investido produzir a maior quantidade impossível de riqueza, isso se consegue com
funcionários capazes e motivados que sabem entender a determinadas necessidades e desejos
dos clientes, através de produtos e serviços vendidos com altas margens de lucro e de
quantidade crescente, produzindo grandes sobras de dinheiro. Por esse motivo, todos os
negócios, dependendo do tamanho do sector, são as máquinas que utilizam os seus próprios
produtos e serviços (Marcnatto, 2018).

Para relacionar com alguns problemas dos seus clientes ou então satisfazer
determinadas necessidades em troca de um lucro, essa máquina universal possui cinco peças
fundamentais, que atuam de modo sincronizado, isto quer dizer que, quanto mais rápidos e
eficientes forem essas engrenagens, mais o negócio produzirá lucro e crescerá. Agora, sem
conhecer as regras que fazem a máquina dos negócios funcionarem, corre-se o risco de ter
prejuízo, de quebrar. Por outro lado, conhecendo e dominando as regras fundamentais do
negócio, determina-se o funcionamento dessas engrenagens, podendo-se visualizar os lucros
aumentarem cada vez mais. Essas engrenagens são: produtos e serviços; lucro;
investimentos; dinheiro e pessoas.

apresentados os elementos Marconatto (2018) do Livro do Lucro.

1. Produtos e Serviços: é onde tudo começa, é imprescindível ter um produto bom e


com preço acessível para que gere lucro. Assim, obtém-se um valor acumulado de
vendas aceitável para cobrir o custo do próprio produto, fazendo as despesas gerar
ganhos.

2. Lucro: são as entradas dos produtos e serviços a partir das vendas. Os gastos
acontecem para viabilizar a sua produção e as suas vendas. Então, o lucro tem dois
elementos- chave: vender muito (com boas margens de lucro) e gastar relativamente
pouco. Isso significa aperfeiçoar suas despesas e seus custos para que cada real gasto
gere o máximo possível de ganhos. O lucro sempre obedece a uma equação universal e
muito simples.

3. Investimento: é a quantia de dinheiro que sócios, investidores e emprestadores


colocam no negócio para fazê-lo existir e produzir lucros continuamente de volta para
eles. Quanto maior for o lucro em relação ao investimento no negócio, maior será o
retorno (mais riqueza cada real investido estará gerando). Esse é o objectivo maior de
quem quer enriquecer.

4. Dinheiro: é o oxigénio dos negócios. Quando ele acaba, acaba o negócio; quando ele
é bem gasto, de modo a produzir mais dinheiro, o negócio cresce e prospera. Dinheiro
e lucro são coisas bem diferentes. Prova disso é que se pode ter um negócio muito
lucrativo e, ainda assim, quebrar por falta de caixa. Ou ainda, pode-se passar por uma
crise e ter prejuízo e, ainda assim, aguentar firme, mas só se houver dinheiro.

5. Pessoas: os sócios e seus colaboradores são as pessoas que dão vida ao negócio.
Todos têm um impacto imenso sobre o quanto de lucros geram. Ao mesmo tempo, na
maioria das vezes, a mão-de-obra é um dos maiores gastos das empresas. A
produtividade e a capacidade de entrega de cada colaborador são chaves para alcançar
uma alta lucratividade.

O estudo demonstra a lógica da lucratividade, composta por alguns elementos essenciais para
a estrutura financeira do negócio que tem como base o lucro. Investimento e o dinheiro são
os itens que irão revelar como a empresa está estruturada financeiramente. Para que o
negócio seja lucrativo e para entender como essas engrenagens se desenvolvem para trabalhar
com equilíbrio em direcção ao sucesso, foram produzidas algumas perguntas em relação aos
cinco elementos mencionados anteriormente.

Quadro 3: Engrenagens da lucratividade


Fonte: Adaptado de Marconatto, (2018).

No Quadro, observa-se que cada engrenagem contém perguntas para serem respondidas pelas
empresas conforme a realidade de cada uma. Desta forma, para que o negócio seja lucrativo, e
necessário entender como essas engrenagens são utilizadas, para fazê-las trabalhar com vigor
e equilíbrio. “Assim como todos os negócios funcionam com base em um mesmo mecanismo,
a produção de lucros também possui uma lógica universal, que sempre se repete em todos os
empreendimentos” (MARCONATTO, 2018).

Portanto, a gestão financeira é essencial, pois permite viabilizar o fortalecimento da


organização e proporciona seu crescimento e a possibilidade de realizar novos investimentos.
Essas características são importantes para a saúde do negócio, assim, quanto mais eficientes e
activas, maiores serão os resultados.

Segundo Gitman (2004), a gestão financeira, possui três actividades básicas, conforme o
quadro a seguir:

Tabela 2– Actividades Básicas do Administrador Financeiro

Fonte: Adaptado de GITMAN, 2001.

Para Assaf Neto (2007);

A crescente complexidade do mundo dos negócios determinou, ainda, que o responsável pela
área financeira desenvolvesse uma visão mais integrativa da empresa e de seu relacionamento
com o ambiente externo [...] Nos dias atuais, a área financeira passou de uma postura mais
conservadora e de absoluta aceitação dos fatos para uma posição bem mais questionadora e
reveladora dos fenómenos financeiros.

Neste contexto, é necessário que dentro da empresa, exista a participação de um gestor


financeiro, ou ao menos de alguém que tenha uma visão económica e financeira do seu
negócio. Em relação a isto, Hoje (2006) classifica três funções básicas de um administrador
financeiro:

 Análise, planeamento e controle financeiro;

 Tomadas de decisões de investimentos; e

 Tomadas de decisões de financiamentos.

Hoji (2006) destaca ainda que “o empresário deve estar atento a estas funções básicas em seu
negócio. Deve analisar planejar e controlar o uso de seus recursos financeiros e tomar
decisões de investimentos e financiamentos precisas e inteligentes”.

Para que qualquer decisão seja tomada, é necessária uma análise criteriosa do gestor
financeiro, e para isso, o conhecimento é indispensável. Segundo Iudícibus (1998), para tomar
suas decisões financeiras em bases racionais, o indivíduo precisa de um objectivo. Sem um
objectivo ele não teria um critério razoável para guiá-lo em suas escolhas.

Planeamento Financeiro

O Planeamento Financeiro é uma ferramenta de administração financeira que consiste no


processo através do qual se calcula quanto de financiamento será necessário para dar
continuidade nas operações e estabelece como e quando a necessidade de fundo será
financiada.

Nesse sentido, o planeamento financeiro determina o modo pelo qual os objectivos


financeiros podem ser alcançados. Para ter um bom plano financeiro é necessário ter uma
previsão do que vai ser feito no futuro. Essa é uma parte importante do trabalho do gestor,
pois pode definir os planos financeiros e orçamentos da empresa. Além disso, esses
instrumentos podem oferecer uma estrutura para coordenar as diversas tarefas da empresa e
estabelecer um padrão pelo qual é possível avaliar os eventos reais (GTIMAN, 2004).

O autor Gitman (2010) afirma que “o planeamento financeiro é um aspecto importante das
operações das empresas porque fornece um mapa para a orientação, a coordenação e o
controle dos passos que a empresa dará para atingir seus objectivos.” Assim, o autor trás dois
aspectos fundamentais no planeamento financeiro: o planeamento de caixa e o planeamento
de lucro. O autor relata que “o planeamento de caixa envolve a elaboração do orçamento de
caixa da empresa e o planeamento de lucro envolve a elaboração de demonstrações pró-
forma” (GITMAN 2010).

O planeamento de lucro pode envolver na elaboração de demonstração pró-forma, isto porque


são úteis para o planeamento financeiro interno, também são frequentemente exigidos por
credores atuais e em potencial. O planeamento financeiro estabelece directrizes de
crescimento e mudanças na empresa, procurando sempre uma visão global dos principais
elementos de política de investimento e financiamento da empresa. O plano financeiro, por
exemplo, é o resultado final do planeamento financeiro, assim, as informações do orçamento,
fluxo de caixa e do Balanço Patrimonial são relevantes durante todo esse processo, para
analisar os dados e as estratégias da empresa.

Perfil do administrador financeiro

Pode-se analisar que o administrador tem com o foco principal desenvolver as actividades das
empresas, tais como o planeamento, a elaboração de orçamentos e tomada de decisões (tanto
no investimento e de financiamento quanto a gestão do caixa).

Para ter uma boa gestão financeira, o administrador deve corresponder a essas acções através
da principal maximização de lucro da empresa. Assim, com esses aspectos, pode-se observar
que o gestor financeiro deverá sempre verificar o caixa da empresa de forma eficiente e ao
mesmo tempo buscar sempre os recursos no mercado para que não tenha problemas, e para
que no final tenha um resultado melhor para as suas aplicações. Essa postura deve fazer parte
do perfil desse indivíduo.

Os sete pontos do empreendedor

Para se tornar um bom empreendedor, é necessário sempre ter a responsabilidade e


compromisso com o mercado de actuação, para que assim não ocorra a falta de atenção na
hora de verificar a existência desse potencial que o próprio administrador pode estabelecer.

Pode-se dizer que o papel do empreendedor é muito importante para o mercado e que ele
estabelece uma função muito significativa para economia das empresas. Assim, o
empreendedor tem que ter uma visão superior do que realmente pretende fazer, pois assim,
consegue desenvolver seu negócio, sempre buscar conhecimentos, até que esteja pronto e
acessível a certas mudanças. Também deve responder com agilidade a imprevistos que
possam surgir no caminho, além de estar preparado e sempre agregando valor para seu
produto ou serviço, buscando se destacar no mercado e se transformar em um empresário de
grande sucesso. Para discorrer sobre o empreendedor, serão abordados sete pontos destacados
por Meneghetti (2013):

1) Potencial natural que varia por especificação e por intensidade

O líder, por natureza, nasce com um potencial diferente dos outros: pode dar mais e é capaz
de fazer mais. Por nascimento, já existe algo de diverso; ele nasce com a tendência de ser um
líder. Esse potencial, porém, ele deve especificar, desenvolver e historicizar. O líder é aquele
que possui a coragem de investigar-se diversos, ganhando e realizando sucesso.
(MENEGHETTI, 2013, p, 69)

Considerando esse argumento do autor, entende-se que algumas pessoas já nascem com
capacidade liderística elevada, ou seja, apresentam características definidas pela própria
natureza, distinguindo-as dos outros. Depois, é necessário desenvolver-se líder, ou seja,
construir-se na história e dar andamento ao que a natureza já deu de partida. Portanto, é
sempre necessário não contradizer a natureza de si mesmo.

2) Evolução técnica racional em ISO com o potencial natural

[...] o líder, em economia, tem o máximo sucesso, que é também a consequência de uma
escola, de um aprendizado e de um sacrifício. Essa é uma preparação individualista, é preciso
especializar-se no conhecimento da técnica. Depois, o potencial de natureza encontra as
coordenadas para chegar a excelência [...] (MENEGHETTI, 2013, p, 69)

Nesse trecho, pode-se observar que, além do potencial natural, o líder, ou empreendedor,
necessita de conhecimentos práticos, habilidades, competência e competitividade. Ou seja, é
necessário também tornar-se líder, aprender a exercer o ofício, para assim alcançar o sucesso
e a realização.

3) A ambição

A ambição é a volição, a intencionalidade do ato, o vector daquele quântico que o sujeito tem
dentro de si. Para ser um líder vencedor, junto ao potencial e à técnica racional é fundamental
a ambição e a coragem de pagar um preço diverso pelo fato de ser diverso. Se não há
ambição, a inteligência é inútil. (MENEGHETTI, 2013, p 70).

Nessa passagem, observa-se que é necessário ter ambição. Deve-se sair da zona de conforto e
ter autoconfiança de onde se quer chegar, Deve-se estabelecer um comprometimento da vida
pessoal. Esse conceito pode ser compreendido como a necessidade de ser um líder de
persistência e foco nos objectivos, para conquistar grande sucesso na sua carreira.

4) Amor pelo próprio trabalho

Um líder deve amar o objecto que produz [...] Sendo ele é capaz realizado, transmite
realização e capacidade àqueles que compram na sua empresa [...] (MENEGHETTI, 2013, p,
70)

Pode-se observar a partir desse trecho que é necessário amar o próprio projecto, isto é, amar
aquilo que se faz, agradar-se com o que se produz. Se não agrada para si mesmo, quer dizer
que não se está no caminho certo, e que os outros também não se agradarão do produto ou
serviço que se vende. Para isso, ambição e amor devem estar juntos, porque quando se
escolhe a própria ambição, ao mesmo tempo devem existir amor e prazer superior àquilo que
se vende.

5) Conhecimento superior específico sobre o seu sector

[...] o líder deve possuir o conhecimento mais actualizado e mais curioso sobre o seu objecto
de produção. Não se trata de ter uma enciclopédia do saber, mas, sobre o próprio sector, deve
ser o máximo especialista [...] (MENEGHETTI, 2013, p 71).

O líder deverá possui conhecimentos técnicos e habilidades em uma determinada área, para
chegar ao sucesso na liderança, que exige diferentes capacidades. Dentre essas capacidades, o
líder necessita de base o autoconhecimento, pois não se pode estar à frente de outras pessoas
sem conhecer e a si mesmo. Um bom líder deve compreender e conhecer seus pontos fortes e
fracos e sempre trabalhar no que precisa ser aperfeiçoado.

6) Transcendência solitária ao utilitarismo funcional

A transcendência solitária ao utilitarismo funcional sempre esteve na parte onde a inteligência


funciona mais, finalizada ao mais ser para ser mais. Ainda que os outros não o compreendam,
a família não o aprova, os amigos se vão, o líder deve ter a coragem de ser só. O importante é
que ele tenha certeza daquilo que está fazendo. Deve fundamentar-se na utilidade que está no
seu projecto. (MENEGHETTI, 2013, p 72)

Sobre esse aspecto, o autor diz que o líder deve ultrapassar todas as situações na própria
mente para que, assim, o escopo seja sempre a sua prioridade, e que as acções sejam úteis e
funcionais à empresa. O líder deve relativizar os problemas e muitas vezes resolver sozinho as
situações, mesmo quando as pessoas ao seu redor não o compreendam. O negócio e ele são
partes de um todo, ou seja, ele é quem melhor compreende daquilo que faz, e por isso já tem
uma visão de como melhor se resolve a situação apresentada. O líder deve sempre estar se
movendo com criatividade para não perder o objectivo do projecto.

7) Racionalidade sobre a intuição

A intuição, organizada em racionalidade histórica constante, determina, inevitavelmente, o


sucesso. O líder, inserido no contexto, imediatamente fareja onde se encontra a solução.
(MENEGHETTI, 2013, p 74).

Para finalizar o último ponto, o autor escreve a respeito da intuição do líder, que o permite
perceber a realidade mesmo quando ela não está explícita. Trata-se de um instrumento próprio
da natureza humana, para alcançar sempre o sucesso. Através desta leitura, compreende-se
que a intuição é a chave para descobrir o que fazer a qualquer momento.

A partir do estudo feito pelo autor, Meneghetti (2013), nota-se que “um grande líder, quando
desenvolve os seus negócios, desloca bens, interesses, propicia trabalho a centenas de
pessoas, estimula a sociedade, revitaliza-a, impõe uma dialéctica que dá impulso de
progresso”.

O líder é aquele que sabe servir, que sabe fazer funcionar, que sabe construir a harmonia das
relações entre todos, para que exista um nível máximo de produção de valores e de coisas
(MENEGHETTI, 2013, p 24). O líder vê e faz, é um individuo que tem capacidade e missão
de conduzir e orientar pessoas, para que o grupo possa alcançar seus objectivos.

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