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BUEIA E FILHOS-LOBITO
MATERIAL DE APOIO
(FORMAÇÃO DE ATITUDES
INTEGRADORAS)
(10ª e 11ª Classe)
Coordenador
________________________
Dumilde F. Culembe
LOBITO, 2020
ÍNDICE
FINALIDADES/OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA................................................................3
COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER .........................................................................................3
CAPÍTULO1 : A PESSOA E A CULTURA ...................................................................................5
1.1 A PESSOA E A CULTURA ..............................................................................................5
1.1.1 Introdução ...........................................................................................................5
1.1.1 Noção de pessoa ..................................................................................................5
1.1.2 Características essênciais e distintas da pessoa .....................................................6
1.2 A ESTRUTURAÇÃO DA PERSONALIDADE ......................................................................7
1.3 INFLUÊNCIAS BIOLOGICAS/HEREDITÁRIAS ..................................................................9
1.1.2 O Fixismo.............................................................................................................9
1.3.3 Comparação entre proteínas .............................................................................. 10
1.3.4 O conceito de adaptação .................................................................................... 10
1.3.5 Evolução ............................................................................................................ 10
1.4 INFLUÊNCIA DO MEIO E DA CULTURA ....................................................................... 11
1.5 A PESSOA E O MUNDO ............................................................................................. 12
1.5.1 A experiência cultural e a construção da pessoa ................................................. 12
1.6 A RELAÇÃO DA PESSOA CONSIGO PRÓPRIO E COM OS OUTROS ................................. 14
1.7 AS DIFERENÇAS INTERPESSOAIS E INTERCULTURAIS .................................................. 15
1.8 OS VALORES ............................................................................................................ 17
1.8.1 Hierarquia de valores ......................................................................................... 17
1.9 OS GRUPOS SOCIAIS ................................................................................................. 18
1.9.1 Caracteristicas do grupo social ........................................................................... 18
1.9.2 Tipos de grupos social ........................................................................................ 18
1.10 AS NORMAS SOCIAIS .............................................................................................. 18
1.10.1 As normas socias podem ser: ............................................................................ 18
1.11 NOÇÃO DE ESTATUTO E PAPEL ............................................................................... 19
1.11.1 Papel social ...................................................................................................... 20
1.12 ATITUDES, PRECONCEITOS, CRENÇAS E RELIGIÃO COMO REFÚGIO ........................... 20
1.12.1 Como combater o preconceito? ........................................................................ 21
1.12.2 Crenças religiosas como refúgio ........................................................................ 21
1.13 FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, MUDANÇA E FORMAÇÃO DE ATITUDES .............. 22
1.13.1 A atitude é constituída por três componentes:.................................................. 23
1.14 PADRÕES DE CULTURA E ACULTURAÇÃO (A MODA DE HOJE) ................................... 24
1.15 A EDUCAÇÃO EM ANGOLA ...................................................................................... 25
1.16 O ANALFABETISMO NO NOSSO PAÍS E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS ............................ 27
1.16.1 Como erradicar o analfabetismo? ..................................................................... 28
1.17 COMO CULTIVAR O AMOR À LEITURA ..................................................................... 29
1.17.1 Bons motivos para ler… .................................................................................... 29
PROPOSTAS DE TRABALHO............................................................................................. 30
CAPÍTULO2 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO ....................................... 31
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO .... 31
2.2 GESTÃO ORIENTADA PARA O DESENVOLVIMENTO .................................................... 34
2.3 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO E AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E DE
COMUNICAÇÃO ............................................................................................................. 35
2.4 CONTEXTO DE APRENDIZAGEM CONSTRUTIVA EM TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E DE
COMUNICAÇÃO ............................................................................................................. 36
2.5 O EMPRENDEDORISMO E AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E DE COMUNIAÇÃO .... 37
2.6 A GESTÃO ELECTRÓNICA ........................................................................................... 38
PROPOSTA DE TRABALHO .............................................................................................. 41
CAPÍTULO3 -ESTRUTURA FAMILIAR E A DINAMICA SOCIAL ................................................. 42
3.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 42
3.2 O CONCEITO DE FAMILIA .......................................................................................... 42
3.2.1 NOÇÃO DE FAMILIA ANGOLANA ......................................................................... 42
3.2.2 IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA, DA ESCOLA, DOS MASS MEDIA, DA MODA COMO
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO DA PESSOA ..................................................................... 43
3.2.3 A INFLUÊNCIA DA MODA, DA INFORMAÇÃO E DOS GRUPOS NA FORMAÇÃO E
CONSTRUÇÃO DA PESSOA .......................................................................................... 44
3.3 A MORAL NA SOCIEDADE ( URBANA/RURAL) ............................................................ 46
3.4 OS HÁBITOS E OS COSTUMES .................................................................................... 47
3.4.1 O PARENTESCO .................................................................................................. 47
3.4.2 O alambamento ................................................................................................. 48
3.4.3 O CASAMENTO .................................................................................................. 48
3.4.4 FIDELIDADE........................................................................................................ 49
3.4.5 O DIVÓRCIO ....................................................................................................... 50
3.4.6 A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA................................................................................... 50
3.4.7 A FUNÇÃO ECONÓMICA, REPRODUTIVA E SOCIAL DA FAMÍLIA ............................ 54
3.5 A ADOLESCÊNCIA E AS SUAS FASES ........................................................................... 55
3.6 O PLANEAMENTO FAMILIAR ..................................................................................... 56
3.6.1 A GRAVIDEZ PRECOCE ........................................................................................ 58
3.6.2 O ABORTO ......................................................................................................... 59
3.7 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS ............................................................... 60
PROPOSTA DE TRABALHO .............................................................................................. 62
CAPÍTULO4 QUALIDADE DE VIDA E A PRESERVAÇÃO DA NATUREZA .................................... 63
4.1 QUALIDADE DE VIDA E A PRESERVAÇÃO DA NATUREZA ............................................ 63
4.1.1 Introdução ......................................................................................................... 63
4.2 O PATRIMÓNIO LOCAL E A SUA CONSERVAÇÃO ........................................................ 63
4.2.1 Noção de património ......................................................................................... 63
4.2.2 Tipos de Património ........................................................................................... 63
4.3 A QUALIDADE DE VIDA NA NOSSA SOCIEDADE .......................................................... 64
4.4 A CHUVA, SUA IMPORTÂNCIA E CONSEQUÊNCIA....................................................... 65
4.4.1 Tipos de chuvas ................................................................................................. 65
4.4.2 Importância da chuva......................................................................................... 66
4.4.3 Consequência das chuvas ................................................................................... 66
4.5 O AQUECIMENTO GLOBAL ........................................................................................ 66
4.6 O ENCONTRO COM A NATUREZA (A poluição) ........................................................... 67
4.6.1 Tipos de poluição ............................................................................................... 67
4.7 O PROBLEMA DA ÁGUA E ENERGIA ........................................................................... 68
4.8 DESERTIFICAÇÃO E DESFLORESTAÇÃO ....................................................................... 69
4.8.1 Desertificação .................................................................................................... 69
4.8.2 Desflorestação ................................................................................................... 70
4.9 O LIXO E SUAS CONSEQUÊNCIAS ............................................................................... 71
4.9.1 O lixo ................................................................................................................. 71
4.9.2 Consequências do lixo ........................................................................................ 71
4.9.3 Tipo de lixo ........................................................................................................ 71
4.9.4 Reciclagem ........................................................................................................ 72
4.10 ÊXODOS DEMOGRÁFICOS – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS .......................................... 72
4.10.1 As migrações do interior para o centro das grandes localidades devem-se entre
muitos outros, aos seguintes motivos: ........................................................................ 73
4.10.2 Consequências Demográficas ........................................................................... 73
4.10.3 Consequências económicas .............................................................................. 74
4.10.4 Consequências sociais ...................................................................................... 74
4.11 GLOBALIZAÇÃO ...................................................................................................... 75
4.11.1 Vantagens:....................................................................................................... 75
4.11.2 Desvantagens: ................................................................................................. 75
PROPOSTAS DE TRABALHO............................................................................................. 76
CAPÍTULO5 O CONFLITOS NO MUNDO E O DIREITOS HUMANOS ......................................... 76
5.1 INTODUÇÃO ............................................................................................................. 76
5.2 OS VÁRIOS CONFLITOS A NÍVEL MUNDIAL (GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, ECONÓMICOS
E CULTURAIS)................................................................................................................. 76
5.2.1 Definição do conflito .......................................................................................... 77
5.2.2 OS FACTORES QUE CONTRIBUEM PARA SITUAÇÕES DE CONFLITOS A NÍVEL
MUNDIAL ................................................................................................................... 78
5.2.3 Soluções de negociações para situações de conflitos ........................................... 79
5.2.4 As Instituições Internacionais dedicadas à manutenção da paz e do desarmamento
.................................................................................................................................. 79
5.3 Definição Dos Direitos Humanos ............................................................................... 80
5.3.1 Os Direitos Humanos E A Sua História ................................................................. 80
5.4 A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE ANGOLA............................................................ 87
5.5 A DEMOCRACIA, DEFINIÇÃO E HISTÓRIA ................................................................... 92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................... 93
FINALIDADES/OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER
3
Capacidade de resistir a pressão que outros possam exercer para adopção de práticas
prejudiciais e autodestrutivas (por exemplo: Fumar, consumir drogas, alimentação
desajustada e ter um comportamento sexual de risco);
Capacidade de trabalhar em equipas, partilhando com os outros conceitos e
competências, defendendo as sua posições com assertividade e respeito;
Capacidade de gerir o stress e de lidar com frustração;
Capacidade de construir a sua identidade atraves da reflexão sobre os seus proprios
ideias, motivações e acções.
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CAPÍTULO1 : A PESSOA E A CULTURA
1.1.1 Introdução
Os aspectos biológicos e sociais, bem como a influência do meio e da cultura, são explicitados
com o intuito de demostrar de que forma é que estes modificam e influenciam o dia a dia do
ser humano.
5
A pessoa é o ser mais importante do universo, protagonista da cultura e da história, mas
também o único sujeito com direitos e deveres. Constata-se que só a pessoa humana tem o
direito ao nome próprio; é um ser consciente que se realiza nas relações (afectiva, espiritual,
política, cultural e económica), marcando a diferença no conceito de diversidade.
Segundo Boecio, esta acepção pode ser definida como “Substância individual de natureza
racional”, pelo que o indivíduo concreto é visto como um ser único e individual. O ser humano
é uma pessoa integral: Corpo com dimensão material e espiritual que ocupa tempo e espaço
limitado.
Singularidade- Cada pessoa tem uma realidade ou um mundo interior que a torna única.
Abertura- Cada pessoa é um ser aberto, em constante dialogo e interação com seus iguais, isto
é, pessoas como ela, com o mundo, com a natureza e com todos os outros seres. É
transcendente, ou seja, apreende tudo aquilo que está além dos outros e da natureza, com o
sobrenatural.
Projecto- A pessoa não nasce pessoa feita e acabada. O ser humano é um “feixe de
possibilidade”; cada um de nós tem de escolher esta ou aquela possibilidade e rejeitar outras,
temos de nos construir pela vida fora.
Dignidade/Valor- A pessoa é a mais elevada forma de existência que conhecemos e com mais
alto valor e dignidade(valor absoluto e indiscutível) que há no mundo. Ela ocupa, por isso, o
lugar cimeiro no conjunto de todos os outros seres do universo. Tudo, no mundo está abaixo e
ao serviço da pessoa que cada ser humano é. Não obstante, gostariamos de referenciar aqui a
segunda formula do Imperativo Categórico segundo (Pe. Binga, 2012, p. 4) “Age de maneira
6
que sempre tomes a humanidade, tanto na tua pessoa como na de qualquer outro, sempre
como fim e nunca como meio”. Ora, ninguém deve considerar o outro como meio(objecto)
para alcançar os seus objectivos.
1
(Diogo, p. 215) ESTRUTURAÇÃO DA PERSONALIDADE: ID-é parte obscura e impenetravel da
personalidade. Os seus conteúdos são formados por tudo o que o indivíduo já traz ao nascer(desejos,
pulsões, tendências inatas) e pelos desejos recalcados. Funciona de acordo com o princípio do prazer,
que visa a realização imediata dos desejos, sem obediências às leis lógicas do pensamento, sem regras e
sem moral. Ego-é o intermediário entre o id e o mundo exterior. É uma parte do id que sofre evolução.
O seu desenvolvimento dá lugar ao domínio do princípio da realidade sobre o princípio do prazer, que
visa a realização, o que permite o controlo das pulsões através do pensamento e da adaptação às
exigências do real. Superego- tem um aprecimento mais tardio: resulta de uma diferenciação do ego,
que se produz a partir do complexo da Édipo. Relciona-se com a consciência moral, com a auto-
observação e a autocrítica, com o remorso e a culpabilidade.
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Este componente é fundamental e centralna estrutura da personalidade pois é a partir dele
que as outras estruturas se desenvolvem.
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1.3 INFLUÊNCIAS BIOLOGICAS/HEREDITÁRIAS
Nos séculos XVII E XVIII, vários filósofos revelam teorias evolucionistas em relação a este tema;
Aristóteles e Platão tentaram explicitar a evolução biológica de acordo com as influências
filosóficas do século XVI.
Hoje em dia, ninguém ocupa um espaço territorial ocasionalmente, pelo que se considera que
um indivíduo herda as características dos seus descendentes e do seu meio ambiental. Muitos
são os exemplos no nosso meio e estes validam a afirmação de que a influência consiste na
caracterização do indivíduo ou do grupo através de um determinado ambiente.
1.1.2 O Fixismo
A teoria Fixista determina o ser vivo como um agente fixo e imutável, pelo que a evolução
biológica nunca se verificou; segundo este teórico, os seres vivos actuais sempre existiram na
terra, desde os seus primórdios.
Proposto pelo naturalista francês Georges Cuvier (1762-1832), o Fixismo foi aceite sem
contestação até ao século XVII, fundamentando-se na ideia da criação de todos os seres vivos a
partir de um poder divino. No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, surgiram as
teorias evolucionistas/ transformistas, que se opuseram a este modelo inicial.
Várias hipóteses foram utilizadas para explicação desta teoria, destacando-se a da geração
espontânea e a do criacionismo. A hipótese de geração espontânea foi proposta pelo filósofo
grego Aristóteles sob influência de Platão. Para Aristóteles, os seres vivos seriam formados
constantemente, a partir de matéria não viva como o pó. Uma vez formados, estes seres
permanecem imutáveis, originando descendentes semelhantes em todas as gerações.
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1.3.2.1 O criacionismo
Nenhum ser habita num determinado lugar por acaso. Para sobreviver, este ser deve possuir
características que permitam a sua adaptação ao meio em que vive; estas são herdadas dos
seus ancestrais e serão transmitidas aos seus descendentes por eles.
1.3.5 Evolução
10
Segundo Lamarck, a adaptação representa a faculdade que os seres vivos possuiriam de
desenvolver características estruturais e funcionais que lhes permitissem sobreviver e
reproduzir-se num determinado ambiente.
Como se pode verificar, a cultura política de uma determinada nação representa um vasto e
complexo campo na pesquisa social. Vasto porque apresenta uma multiplicidade de factores
que integram a cultura política, entre eles:
As identidades partidárias;
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ou seja, se estes se alterarem, a cultura política também sofre modificações num determinado
período de tempo. Além disso, uma configuração predominante de valores, crenças e atitudes
pode conviver com configurações menos influentes, as tais subculturas políticas, que são
condicionadas por diferenças das classes sociais, religião, etnia e entre gerações.
Existem ainda algumas teorias que mencionam a existência de uma cultura política das massas
e uma cultura política de elites.
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Ao discutir o conceito de hipermodernidade, Lipoyetsky (2004) aborda a necessidade
crescente da identidade comunitária bem como um novo modo de identificação colectiva.
Afirma ainda que, na sociedade tradicional, a identidade cultural e religiosa foi vivida como
algo natural, suprimindo as escolhas individuais. No entanto, para este autor, este conceito
terminou, pois, a “filiação identitária é um problema, uma reivindicação, um objecto de
propriação dos indivíduos”, ou seja, uma maneira de se autoconstruir, autodefinir e
autoafirmar. Se antigamente a identidade cultural era institucional, actualmente podemos
considerá-la como uma questão individual.
Para Lipoyetsky (2004), “Já não basta sermos reconhecidos pelo que fazemos na condição de
cidadão livres e iguais perante os outros: trata-se de sermos reconhecidos pelo que somos em
nossa diferença comunitária e história, pelo que nos distingue dos outros grupos (…) um
desejo de hiper-reconhecimento que, recusando todas as formas de desdém, de depreciação,
de inferiorizaçaõ do eu, exige o reconhecimento do outro como igual na diferença”.
Quando discute a questão da identidade, Hall (2005) argumento que as velhas identidades que
sustentavam o mundo social estão em declínio, pelo que nascem novas identidades que
fragmentam o indivíduo moderno, visto como unificado. A identidade cultural e a crise de
identidade são vistas por este autor como forma de mudança que desloca as estruturas e
processos centrais da sociedade moderna, abalando as referências da ancoragem no mundo
social. No mundo moderno, as culturas nacionais constituem-se como fontes de significados
para a identidade cultural nas quais as diferenças regionais e étnicas estão subordinadas ao
estado-razão. Cultura nacional é, então, “um discurso – um modo de construir sentido que
influencia e organiza tanto nossa acções quanto a concepção que temos de nós mesmos.
A cultura nacional tem como intuito unificar os membros de uma sociedade uma identidade
cultural, suprimindo as diferenças de classe, género ou raça, como advoga a ideologia da
mestiçagem. Esta cultura “é também uma estrutura de poder cultural”.
A história demostra-nos que a unificação dos lugares ocorreu sob processos de conquista
violenta, forçando a supressão da diferença. Considerando que as nações são constituídas por
diferentes classes sociais e diferentes grupos ético-sociais, Hall acredita que deveríamos
pensar a cultura racional como representação da diferença como identidade, pois a ideia de
classificação torna-se, paulatinamente, mais complicada.
As nações modernas são hibridas e culturais, pois, nenhuma abrange uma única cultura, etnia
ou povo. No Brasil, o grupo hegemônico luta para manter essa ideia viva sob o título de
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democracia racial. Entretanto, os grupos minoritários, principalmente os negros e indígenas,
organizam-se com objectivo de romper as barreiras construídas ideologicamente que os
mantinham na periferia do sistema social. Assim, combate-se a ideia de identidade cultural
única, do jogo do poder, das contradições e das formas de diferenças inerentes a mesma.
O termo relação aplica-se em vários domínios da matéria, da vida e do mundo. A relação entre
os seres humanos bem como a ligação entre estes e o mundo é, naturalmente, importante,
mas exigente.
O conceito de pessoa implica a acção independente: sou pessoa porque posso agir por mim,
mas necessito de me relacionar com os outros para solucionar/satisfazer as minhas
necessidades; também me relaciono comigo mesmo para satisfazer as minhas necessidades
básicas como comer, tomar banho, vestir, etc.
Como ser social, o homem necessita de manter relações significativas, verdadeiras e profundas
para viver. O ser para si e o ser para os outros é uma das verdades mais importantes da
existência humana: “(…) A ética ensina-nos que o outro não é uma coisa, mais sim um eu como
eu. E eu até preciso de outro para viver, para ser feliz. O outro tem valor e dignidade própria,
tem uma dimensão ética tal como eu. Não é uma coisa, é um adversário, não é um inimigo a
bater, não é um sem importância, mas é alguém importante para nós”.
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médico, ao escolher a sua profissão, transmite, indirectamente, o seu desejo de desenvolver o
bem-estar dos outros.
A amizade estabelecida entre os seres humanos é um campo frutifero de ajuda mútua, onde
cada um de nós promove a mudança e o crescimento individual.
Nas relações humana, todos se relacionam do núcleo básico da família para a sociedade. A
família transmite toda a gama de educação considerada como fundamental e primordial na
comunidade, de acordo com a cultura herdada dos seus progenitores e dos seus antepassados;
assim, o indivíduo encara a sociedade com realidade de conhecimentos, comportamentos e de
cultura.
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Relativamente ao tema abordado, o sujeito enfrenta, com muita cautela e afinco, outras
culturas consideradas como desafios e esta situação representa a sua inserção ou aceitação
positiva/negativa no meio em que se relaciona; este meio apenas é positivo quando interage
com os outros e quando consegui interpretar profundamente a complexidade dos problemas
colocados pelos outros. Neste sentido, temos que encarar o ser humano como um ser dotado
de conhecimentos e saberes, dependente do nível de instrução de cada indivíduo.
Não se deve esquecer o facto de que cada indivíduo pertence a um meio caracterizado por
hábitos e costumes peculiares, por isso, pode dizer-se que interagem na sociedade uma
multiplicidade de culturas, adquiridas por experiências/valores/práticas e formação
adquiridas. Constata-se que é essa diferença que enriquece e ergue a comunidade onde todos
participam e contribuem para o seu valor, em prol do seu bem estar. Se vivemos no mesmo
espaço geográfico devemos comunicar com todos os indivíduos pois encontramo-nos num
mundo onde já ninguém vive solitário.
“Educar para a inclusão é não separa o lugar e o tempo de aprender do lugar e do tempo de
ensinar. Onde e quando se aprende, também se ensina. E todos ensinam e aprendem. Nesse
processo, o papel do educador é dar sentido a essa construção. A formação pode se dar no
vazio.
Por outro lado, é importante que a formação continuada e permanentes dos educadores (as)
seja realizada, na actualidade com base no entendimento da multiculturalidade enquanto
criação histórica que, como tal, exige de todos nós o estabelecimento democrático e colectivo
de fins comuns para uma convivência ética. Nessa perspectiva, a educação é instância própria
e espaço privilegiado para a realização da convivência e das trocas entre as diferentes culturas,
o que se torna possível com a criação de espaços interculturais e intertransculturais, onde a
multiculturalidade se fará presente e, por conseguinte, estabelecerá, num primeiro momento,
o que Freire chama de “unidade na diversidade” (1994:157) e, num segundo instante a luta
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pela construção de uma sociedade que fala de paz mas que, para tanto, antes dela e mesmo
como seu pressuposto, faz justiça.”
1.8 OS VALORES
Constate-se que existe uma enorme diversidade de valores, que podem ser agrupados da
seguinte forma quanto à sua natureza:
Estéticos: referem-se à expressão. Exemplos: esbelto, harmonia, belo, feio, trágico, sublime.
“Não atribuímos a todos os valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão, cada
um de nós hieraquiza os valores de forma muito diversa. A hieraquização é a propriedade que
tem os valores de se subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que os
outros.
Exemplo: A maior da população mundial continua a passar graves carências alimentares. Todos
os anos morrem milhões de pessoas por subnutrição. Não é de querer que a hieraquia dos
valores destas pessoas, a satisfação das suas necessidade biológicas não esteja logo em
primeiro lugar”.
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1.9 OS GRUPOS SOCIAIS
Presença de um sistema normativo que regula a conduta dos seus membros e que é aceite por
todos.
Grupos secundários –a relação dos seus membros é por contacto indirecto, passegeiro e
desprovido de continuidade.
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Regras que têm como objectivo orientar o comportamento dos integrantes de um
grupo social de acordo com os valores aceites por estes mesmos grupo.
Moral social: são as normas auto-impostas como, por exemplo, “Não vou comer num
restaurantes na Ilha de Luanda”; o incuprimento tem escassa relevância social,mas
pode ser qualificativo como hipocrisia.
O Estatuto define-se como um regulamento que rege um estado ou uma sociedade. Este
termo pode ser social, sendo considerado como o lugar,a posição o posto, a honra ou o
prestígio anexados à posição que os elementos os elementos ocupam na estrutura social
conjugadamente com a opnião colectiva do grupo, bem como com um conjunto de
comportamentos que este indivíduo pode esperar dos demais em virtude do lugar que ocupa.
Tendo em conta o que foi referido anteriormente o estatuto o estatuto social aborda um
conjunto de privilégios e atributos ligados à posição que determina individuos ou grupos
ocupam na estrutura social.Este conceito pode ser dividido em duas formas:
Status adquirido- quando depende do esforço pessoal para sua obtenção, através das suas
habilidades, conhecimentos e capacidades pessoais; assim, o indivíduo pode alterar ou
competir com outras pessoas ou grupos e triunfar sobre eles. Exemplos: o médico, o professor,
operário de fábrica, etc.
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Status atribuídos- quando, independentemente da sua capacidade para a sua obtenção, este
recebe o cargo logo à nascença.Exemplos:os herdeiros de monarquias.
As Ciências Sociais definem papel social como de devere que condicionam o comportamento
dos individuos junto a um grupo ou dentro de uma determinada instituição; estes papéis
podem ser atribuídas ou conquistados, surgem da interacção social e são sempre resultado de
um processo de socialização.
Preconceito: define-se como um joízo pré concebido que, geralmente, manifesta uma atitude
discriminatória perante indivíduos, locais ou tradições consideradas diferentes ou
“estranhas”.As formas mais comuns de preconceito são o social, racial e o sexual.
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Segundo Max weber (1864-1920), “o indivíduo é responsável pelas acções que toma. Uma
atitude hostil, negativa ou agressiva em relação a um determinado grupo, pode ser classificado
como preconceito”.
A nossa sociedade tem tendência para proliferar preconceitos; todos nós possuímos alguns
tipos de preconceito relativamente a alguém ou a alguma coisa que nos desagrada ou que
caminha na direcção aposta aos nossos valores. Cada ser humano pensa, age e comporta-se de
forma diferente e, tendencialmente, ninguém altera a sua opiníão pela de outro indivíduo; se
assim fosse, a violência e os desentendimentos eram claramente diminutos.
A partir do momento em que o Homem se mentalizar que a igualdade é um direito para todos
mas que a heterogeneidade é um factor de socialização importante, a sociedade vai evoluir
neste campo. O mundo será menos violento quando as diversas personalidades, gostos,
hábitos e costumes forem aceites da mesma forma. O combate ao preconceito inicia-se na
consciência de cada elemento e se queremos uma sociedade livre de preconceito devíamos
trabalhar os nossos comportamentos para aceitar, livremente, todos os factores inerentes a
uma determinada raça, povo, cultura ou religião.
O termo religião advém do latim religio que, vulgarmente, significa prestar culto a uma
divindade; é um conjunto de crenças sobre as causas da naturez, a finalidade da vida e do
universo. Quando é considerada como um agente sobrenatural funciona como uma mensagem
educativa no âmbito da solidariedade, perdão, paz e reconciliação, amor ao próximo, respeito
ao alheio, fé, não-violência, tolerância, irmandade, fidelidade, esperança, perseverança,
segurança entre muitos outros valores.
Crenças: define-se como um princípio orientador, uma máxima, em relação a uma fé ou paixão
por alguma coisa; proporcionar significados e direcções de vida variadas.
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caminho é Jesus e constate-se que é o único amigo com quem podemos realmente contar. As
pessoas encontram Deus e na religião um meio de as levarem à paz.
Desde os primórdios que os homens acreditavam que os fenómenos naturais como, por
exemplo, as trevas, o calor, frio, a vida e a morte, eram controlados por deuses e espíritos.
Segundo as suas crenças, este espírito habitavam nas rochas, árvores ou rios e cada um deles
possuía função diferente. Neste sentido, o crentes julgavam que iriam receber a sua
benevolência, através de oferendas como canções, danças, sacrifícios e magia.
Se analisarmos a história das antigas civilizações, como o Egipto, China, Grécia e Roma,
percebemos que estas eram politeístas, ou seja, possuíam vários deuses que eram temidos
pelos seus adoradores; estes esforçavam-se para não os ofender ou irritar, devido ao medo
que tinham em ser punidos. Sacerdotes, especialmente treinados para interpretar a vontade
divina, ensinavam ao povo como viver conforme a vontade dos deuses e, também, como
homenageá-los. Esta actividade permitia que os sacerdotes oobtivessem um grande poder.
Actuamente, grande parte dos religiosos acredita na vida para além da morte, onde o bem é
recompensado e o mal é punido. O indivíduo alinge um excelente nível ético quando pensa por
si mesmo e quando a sua conduta se dirige a um julgamento consciente e correcto,
demostrando independência interior; a autonomia para definir o bem e o mal, sem seguir
fórmulas sociais, é também uma forma de valorizar a crença e consolidar os valores morais na
nossa sociedade. Não devemos ser escravos das nossas crenças, pois elas travam o nosso
autoconhecimento.
As crenças formam o mundo social e agem como profecias auto-realizáveis. Como seres
humanos temos crenças sobre nós próprios, sobre os outros, sobre os nossos
relacionamentos, sobre aquilo que somos capazes e incapazes de realizar. As nossas vivências
ilustram perfeitamente o facto de religião ser o verdadeiro refúgio da humanidade. Em muitos
casos, esta é assessora psicológica das vítimas e dos aflitos, ajudando-os a lidar com a situação
que enfrentam na actualidade.
22
Desenvolvimento: define-se como um processo dinâmico de melhoria, que implica uma
mudança, uma evolução, crescimento e avanço. Em ciências sociais, este termo é uma noção
qualitativa que se exprime no nível de bem-estar de uma população e na consequente
soociedade, usando como referências os indicadores sociais, culturais, políticos e económicos.
Mudança: significa tornar-se diferente física e moralidade, tendo em conta o que se era
antigamente.
Atitudes: “Do latim aptitudinem atitude, através do italian attitudine significa uma maneira
organizada e coerente de pensar, sentir e reagir em relação a grupos, questões, outros seres
hummanos, ou, mais especificamente, a acontecimentos ocorridos em nosso meio
circundante.”
Kadec, 1978.
Atitude consiste na tendência, mais ou menos constante, para responder a objectos, tais como
a pessoa, um grupo social, uma instituição, uma situação um conceito, etc. Deste modo, não
devemos confundir atitude com coomportamento porque o comportamento é manifestado a
partir da atitude.
As atitudes não são inatas, isto é, não nascem com o indivíduo; estas são adquiridas durante o
processo de integração na sociedade, em situações de convívio familiar e em comunidade. É,
geralmente, na infância que são moldadas com base nas crenças dos progenitores. No
decorrer da evolução intelectual do indivíduo, as influências familiares vão diminuindo.
23
As mudanças de atitude dependem, acima de tudo, de novas informações relativamente ao
objecto. O indivíduo reage de várias formas a essas informações em função das atitudes em
causa. Deste modo, quanto menor for o sentimento e informação acerca do objecto, mais
facilmente se desencadeia uma mudança de atitude. Desta forma, será mais fácil modificar
uma atitude relativamente a pessoa, situações ou objectos dos quais não façam parte da
experiência próxima e imediata do sujeito. Segundo Kardec (1978), “Embora as tentativas de
modificar ou substituir “atitudes” do que aprendê-las”.
Abordamos este tema, podemos definir cultura como um conjunto de elementos materiais e
imateriais que determinam, conjuntamente, o modo de vida de uma comunidade : técnicas,
linguagem, códigos e sistemas sociais, políticos e religiosos.
Em cada sociedade ou grupo social encontram-se padrões culturais comuns, que representam
os comportamentos esperados pelos seus membros. Este referem-se ao conjunto de hábitos e
de comportamentos que são partilhados pelos membros de um grupo social, tais como hábitos
alimentares, cerimónias, rituais, tipos de cumprimentos entre os indivíduos; diferem de
comunidade para comunidade, isto é, o que molda e regula os comportamentos e atitudes
deste elementos varia conforme a sociedade onde se inserem.
A classificação dos indivíduos de acordo com as seguintes categorias: idade, sexo, casamento,
ascendência de e parentesco;
24
As regras para o comportamento sexual;
A produção de arte.
A cultura material compreende todos os utencílios criados pelo ser humano, desde uma
“pedra lascada” até a um comportamento de última geração; este tipo de cultura é,
geralmente, apreciada pelos outros devido ao génio do indivíduo que idealiza uma obra da sua
autoria. Pelo contrário, a cultura imaterial refere-se a todos os princípios adquiridos pela
vivência em sociedade; são exemplos os valores, os recursos, os costumes, as ideologias, entre
outros.
Hoje em dia, a moda passou a ter várias propostas, deixando de ser algo único; liga-se ao
comportamento e ao meio em que se vive, sendo marcada pelos grupos sociais existentes.
Neste sentido, afirma-se que os anos oitenta foram um culminar da moda até aos nossos dias,
intensificando fortemente o fenómeno. As mini-saias, os casacos de malha, a camisola de
manga curta, os cabelos da índia e do Brasil, os tops, os sapatos, as botas, os brilhantes, os
colares e brincos compridos, e a maquilhagem exagerada são bons exemplos de uma moda
que se vulgarizou. Todos os indivíduos que não incluírem estes elementos na sua vida são
considerados homens e mulheres fora da moda.
25
Nas sociedades antigas, não existia a necessidade do espaço escola, porque as crianças
aprendiam o necessário através do processo de observação, tornando-se parte do que estava
a acontecer. Enquanto processo de socialização, a educação e exercida nos diversos espaços
de convívio social, tendo como objectivos fundamentais a adequação do indivíduo à
sociedade, do indivíduo ao grupo bem como dos grupos à sociedade. Neste sentido, criaram-se
escolas que motivaram a aquisição de conhecimentos e habilidades específicas e que não
podiam ser obtidas, facilmente, através dos processos de observação e ajuda.
A nível instituciona, a educação em Angola inicia-se num âmbito não obrigatório, com as pré-
escolas, destinadas a crianças com idade compreendidas entre os 0 e os 5anos. A escolaridade
obrigatória denomina-se ensino de base, tem a duração de nove anos e compreende as idades
dos 6 até aos 15 anos, organizando-se em três ciclo sequências:
Ensino Secundário:
1º Ciclo: 7ª à 9ª classe.
Ensino Superior.
A pesar de a lei Angolana ser gratuita até aos oito anos, o governo afirma que uma
percentagem de estudantes não está matriculada nas escolas devido à falta de
estabelecimento escolares e professores.
Para fazer face ao próprio problema de falta de professores, de acordo com as novas
instituições e escolas construídas e abertas em todo o território nascimento nacional, o
Ministério da Educação contratou cerca de quarenta mil professores em 2010 e continua a
26
implementar a formação dos mesmos. Refere-se também que os recursos alocados às escolas
para a sua administração/funcionamento são parcos.
Apesar da conjuntura estrutural mundial, o governo tem com dever atentar na igualdade de
género na Educação bem como melhorar a qualidade de ensino, proporcionando melhores
condições para o bom trabalho dos professores e procurando novas estratégias para o
desenvolvimento escolar.
“As causas não determinam o carácter da pessoa, mas apenas a manifestação desse carácter,
ou seja, as acções”.
A formação de indivíduos capacitados será um índice para o progresso e para uma elevada
compreensão dos fenómenos socioeconómicos, psicotécnicos e, principalmente, para
apreender as situações naturais e culturais que são inerentes ao nosso país (etnias, tradições,
línguas, hábitos e costumes).
Analfabeto: indivíduo que, mesmo com capacidade de descodificar letras e números, não
incrementa a destreza da interpretação de texto e da realização das operações matemáticas;
também se consideram analfabetos todos os elementos com mais de quinze anos de idade e
com um nível de escolaridade inferior a quatro anos.
O analfabetismo não resulta de acções isoladas; considera-se uma responsabilidade social, isto
é, é uma responsabilidade de todos os elementos da sociedade (governo, instituições,
analfabetos e sociedade em geral). Esta falta de capacidade para ler e escrever é tratada a
partir da identificação das causas e do levantamento do número e tipo de pessoas analfabetas
num determinado país.
27
com 67,4% da população acima dos quinze anos a saber ler e escrever português; assim, a
partir de estudos realizados em 2001, verificou-se que apenas 82,9% dos homens e 54,2% das
mulheres são alfabetizadas. A esperança de um país mais letrado aumenta com o regresso de
vários angolanos que se formaram em países como Portugal, Brasil, África do Sul, Itália ou
Espanha.
O analfabetismo necessita de ser combatido para que o país consiga desenvolver. Neste
sentido, o ponto de partida compete à política do Estado que deve investir na investigação da
relação entre a população, a Escola e os recursos naturais existentes e que tenham sido
implementados na área educativa. Desta forma, identificar-se-ão as causas do baixo índice de
desenvolvimento humano na história, das quais se destacam as seguintes:
Guerra que assolou o país durante mais de vinte anos; consequentemente, a fome, miséria,
destruição, luto, desintegração de famiílias e locações forçadas foram suas consequências.
Pobreza.
Falta de possibilidades/oportunidades.
Preconceito.
Ignorância.
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denominada por Angola; o governo esforça-se para combater este mal, apostando nas
oportunidades de formação para criar homens intelectuais e cultos.
Segundo Zina (1997), a leitura envolve , em primeiro lugar, a identificação dos símbolos (letras
e palavras) e o relacionamento deste com os seus respectivos sons. No início do processo de
aprendizagem da leitura, o indivíduo deverá diferenciar visualmente cada letra impressa,
percebendo e relacionando este símbolo gráfico com seu correspondente sonoro. Quando
este entra em coontacto com as palavras deve, então diferenciar visualmente cada letra que
forma a palavra, associando-a ao seu respectivo som para formação de uma “unidade
linguística significativa”.
A leitura insere-nos num mundo mais vasto de conhecimentos e signicados e cria-nos hábitos
perspicazes a nível de decifração de conteúdos.
Em Angola, a sociedade actual vive uma gritante falta de amor à leitura. Face esta situação
perigosa, o Ministério da Educação em Angola realiza a Feira Internacional da Música e da
Leitura com o intuito de promover a leitura pública para crianças, jovens e adultos.
A leitura é um bem essencial para a juventude, pois torna-se a melhor forma de adquirir
conhecimento e de percepcionar o mundo e a realidade de uma forma mais consistente. Se
difundirmos esses hábitos na nossa sociedade poderemos alargar os horizonntes da nossa
cultura.
A leitura define-se como uma actividade básica na fomação cultural de cada indivíduo, pelo
que uma narrativa bem urdida de um conto, crónica ou outro género literário constitui uma
29
valiosa actividade para os nossos momentos de lazer. Ler beneficia a saúde mental e é
considerada uma actividade neurológica, ou seja, reforça as conexões entre os neurónios.
Tal como afirma Sandroni Machado, “O amor pelos livros não é coisa que apareça de repente.
É preciso ajudar a criança a descobrir o que eles podem oferecer”. Assim, a família, a escola, o
governo e todas as restantes instituições devem cultivar o hábito da leitura. Este passo será
um avanço para o conhecimento e uma forma de alinhamento que contribui para a
consistência do ser humano.
PROPOSTAS DE TRABALHO
Do que lhe foi dado a aprender, ao longo das aulas e debates na turma, responda, de forma
abrangente, às seguintes questões:
Relativamente à pessoa e ao mundo, indique o que aprendeu sobre valores da nossa cultura
comparada com outros valores existentes noutras culturas.
Citando Aristóteles “ O Homem é um animal cívico, um animal político. ” Como entende esta
citação? Explique.
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CAPÍTULO2 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E DE
COMUNICAÇÃO
Desde os primórdios, a comunicação sempre foi realizada das mais variadas formas. Os
homens primitivos comunicavam entre si de uma forma rudimentar, através do fogo, batuque,
apitos, entre outros objetos.
Com o decorrer do tempo e em função das dificuldades que se foram encontrando, as formas
de comunicação foram-se alterando. Como bons exemplos temos o caso de Noé, que enviou
uma pomba para conseguir identificar se teria espaço seco para saírem da arca, mas também a
descoberta da escrita feita pelos sumérios que proporcionou, mais tarde, o aparecimento do
serviço de correios que realizava a distribuição das cartas aos respectivos destinatários.
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Actualmente, as tecnologias encontram-se em constante evolução mas nos séculos passados
eram rudimentares e lentas, em função dos elementos funcionais em que os serviços eram
prestados. Para uma melhor organização, o governo criou mecanismo facilitadores das TIC.
Todavia, os serviços postais usados antigamente foram fundamentais para o desenvolvimento
das novas tecnologias.
Assim temos:
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Serviço de telegramas: serviço prestado pelos correios, aceitando as
mensagens escritas, a fim de serem transmitidas por telegrafia e entregues ao
destinatário.
Serviço de correio electrónico: serviço prestado pelo correios, aceitando
documentos ou comunicações em forma de cartas, gráficos, etc, com o
objetivo de serem transmitidos electronicamente ao destinatário de forma
original.
Os serviços postais devem ser utilizados desde que sejam previamente autorizados pela
autoridade postal. Desse modo, constitui crime contra o serviço postal:
Exercer atividade postal sem prévia autorização da autoridade postal ou sem licença
de exploração dos serviços;
Divulgar o nome do destinatário do objecto expedido;
Abrir o artigo expedido;
Transportar objetos nocivos.
Em função disso, a administração postal adoptará medidas para garantir o sigilo das
correspondências.
Conclusão
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profissional deverão ter um forte impacto no desenvolvimento económico e no equilíbrio
social e, também, como objetivo primordial desenvolver e aperfeiçoar as competências que
permitam aos cidadãos alavancar os benefícios da nova sociedade do conhecimento e da
informação.
Desta forma, a implementação dos sistemas documentais é essencil para uma produção
eficiente baseada na análise e indexação de conteúdos, bem como para uma identificação das
características formais dos documentos e, também, para a qualidade técnica e estética das
imagens, sons e restrições de utilização. Sabe-se que quando as imagens e o som não têm um
tratamento documental adequado tornam-se inacessíveis e, consequentemente, a informação
é morta. Neste sentido, devemos desenvolver estratégias que permitam uma recuperação
eficaz e a rentabilização dos conteúdos para fins comerciais ou educativos.
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O gestor deverá atentar na prestação da equipa, nos softwares de gestão, na gestão
empresarial do negócio de forma a criar um equilíbrio sustentável e substancial para a
empresa, pois o aumento das tecnologias de informação nas empresas e serviços públicos tem
elevado o volume de documentos transmitidos por meio de equipamentos electrónicos entre
os vários agentes económicos.
Uma gestão digna e eficiente bem como a implementação e valorização das novas tecnologias
asseguram o sucesso da empresa.
“ O mundo está cada vez mais pequeno com o acesso ás tecnologias de comunicação e de
informação, por essa razão, é dever de todos nós sermos capazes de adquirir os instrumentos
necessários para as podermos melhor utilizar num mercado global em que serão vitoriosos os
que as conseguirem melhor utilizar em seu proveito.
Por esse motivo, o Governo de Angola reconhece de uma forma inequívoca que o sector das
Tecnologias de Informação e de comunicação (TIC) constitui um importante elemento indutor
do desenvolvimento social e da prosperidade económica do país, um motor da luta contra a
pobreza e a exclusão social e um catalisador para a edificação da sociedade de Informação e
do conhecimento em Angola. ”
Neste contexto podemos afirmar que para sustentar os diversos instrumentos de comunicação
precisamos de interagir com os demais elementos na sociedade onde estamos inseridos,
travando um diálogo espontâneo e aberto, com o intuito de encontrar um consenso.
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A título exemplificativo, em diversas comunidades, dever-se-ão construir pequenos centros de
excelência, que possibilitarão os elementos dessas comunidades a terem conhecimentos
básicos sobre as novas Tecnologias de Informação e comunicação para que não estejam
alheios às novas ferramentas. A constituição de pequenos Cyber Café facilitará aos estudantes
e demais elementos da comunidade consultar uma enorme diversidade de conteúdos.
As TIC educam actualidade uma vez que utilização do computador potencializa a teoria da
informação rompendo os modelos tradicionais do processo de comunicação por este mesmo
facto a escola deverá ser a instituição preferencial para implementação do ensino para as
novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Com efeito é necessário que receba o apoio
das restantes instituições públicas e/ ou privadas.
36
Os profissionais desta área devem disseminar o uso adequado das ferramentas das TIC, para
que os utentes as manejam adequadamente. Cada empresa pode aproveitar estas novas
tecnologias para melhor os registos e possibilitar a organização de dados para as futuras
pesquisas. Todavia, devem cuidar delas para que os referidos dados não sejam alterados
suprimindo assim o patrimônio desta mesma empresa/organização. Este modelo de
informação é fundamental na actualidade e podemos exemplifica-lo através do uso do correio
eletrônico que facilita a troca de informações entre os indivíduos a baixo preço e com um
tempo muito mais curto. A sua aprendizagem pode acontecer em tempo real ou não
dependendo das necessidades dos intervenientes.
A expressão Empreendedorismo está ligada à capacidade de criar e gerir empresas, bem como
oportunidades de sucesso. Neste sentido, tornar-se necessário adoptar um conjunto de acções
para aumentar as hipóteses de êxito dos novos empreendedores; tornar-se obrigatório gerir os
aspectos humanos para colocar cada quadro no seu respectivo lugar, em função do seu saber
fazer.
A evolução do ambiente de negócios, ao nível de várias índoles, trouxe novas demandas nos
gestores e executivos, pois aqueles que não traçarem ou não forem mais exigentes com os
seus planos, programas de acção e com as suas empresas correm o risco de ser incorporados
outros que são mais agressivas no mundo do negócio ou vão à falência total e nunca mais
abrirão as portas. Assim, muitos gestores frustram-se ao verem que os sistemas de informação
que possuem não são capazes de fazer face às necessidades da empresa que dirigem e
sentem-se incapazes de tomar decisões curtas.
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O empreendedor deverá ter as seguintes qualidades:
Iniciativa.
Visão.
Coragem.
Firmeza.
Decisão.
Respeito.
Capacidade de organização e direção.
O sucesso implica o amor à tarefa que o indivíduo tem de realizar. Para isso, este deve analisar
os eventos da sua vida, sejam estes positivos ou negativos; neste sentido, deverá ter uma visão
aberto para abrir novas oportunidades.
1. Maximinizam as oportunidades.
2. São felizes com a sua instituição e trabalham para reforçar as suas capacidades
intuitivas.
3. Criam várias profecias de auto-satisfação para contar os resultados positivos.
4. Têm atitudes que permitem transformar a má em boa sorte.
Um indivíduo deve procurar ter uma atitude positiva e tirar partido de atividades não
planificadas para garantir o sucesso na sua vida profissional ou académica.
De acordo com as necessidades especificas, a gestão dos sistemas documentais tem como
objetivo fulcral facilitar a pesquisa e navegação através dos conteúdos.
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A destruição ou perda de documentos que devem ser mantidos, porque não existe um
armazém centralizado e o não tem conhecimento da duração do tempo de retenção
documentos.
A falta de autenticidade de um documento; a manipulação electrónica de um texto é
de fácil acesso, pelo que é necessário ter imenso cuidado;
A perda do contexto de um documento, quando os documentos que lhe devem estar
anexos não se encontram junto do mesmo;
A perda da acessibilidade por mudanças tecnológicas, porque as alterações no
software, no hardware podem tornar os ficheiros inacessíveis.
Tendo também em conta o que já foi referido, qualquer que seja o modelo adaptado, o
sistema de gestão electrónica de documentos deverá:
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A aquisição e implementação de um sistema de gestão electrónico de documentos infligem,
obviamente, custos. Ainda assim, tem vários benefícios, entre os quais se destacam:
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importância ao tempo, pois as falhas nos documentos podem ser imensuráveis. Um sistema
seguro deve ser o nosso grande objetivo, mesmo que este facto demore mais do que o
previsto. Este passo constitui-se como fundamental para uma gestão electrónica imortal; neste
sentido, tornar-se-á necessário encontrar soluções para o novo, o velho, o digital e o analógico
bem como é extremamente importante não dividir as informações por distintos
computadores- só desta forma será possível controlar adequadamente toda informação.
PROPOSTA DE TRABALHO
41
CAPÍTULO3 -ESTRUTURA FAMILIAR E A DINAMICA
SOCIAL
3.1 INTRODUÇÃO
A familia é a unidade básica da sociedade formada por indíviduos com ncestras em comum ou
ligados por laços afectivos. A mesma apresenta uma estrutura composta por um conjunto de
indivíduos com condições e em posições socialmente reconhecidas e com uma interação
regular socialmente aprovada. Esta pode assumir uma estrutura conjugal que consiste num
homem, numa mulher e nos seus filhos biológicos ou adoptados, habitando num ambiente
familiar comum.
Existem também familias com uma estrutura monoparental, tratando-se de uma organização
da estrutura nuclear tradicional devido a fenómenos sociais, como o divórcio, abandono de lar,
ilegitimidade ou adopção de crianças por uma só pessoa.
A família tradicional é, em regra, extensa, podendo ser poligâmica. Este tipo de organização é
originário e inerente ao sistema cultural tradicional angolana, em todas as suas matizes
regionais e locais. Começou por ter inspiração espiritual animista, porém conciliável com a
visão cristã do mundo. Tem maior predominância nos meios rurais, mas também está presente
em grande parte da população que reside nos meios urbanos, independetemente do estrato
social a que os seus membros pertençam. Nos meios urbanos as famílias organizam-se com
base nas referênicas e valores da cultura tradicional, não possuindo um quadro normativo de
suporte legal.
No nosso país, assim como em alguns país igualmente africanos, a família tem uma relação de
dependência mais alargada. Existe respeito e aceitação em relação aos adultos, tanto que é
muito frequente ouvir uma criança ou adolescente chamar mãe à tia ou pai ao tio.
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3.2.2 IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA, DA ESCOLA, DOS MASS MEDIA, DA
MODA COMO AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO DA PESSOA
A família é o principal agente, inseridonum meio social, que tem como função aprender os
valores sociais omprescindível à sua vida em sociedade. Os pais têm a capacidade de
influenciar no desenvolvimento cognitivo, afectivo dos filhos através do poder educativo,
fazendo-os crescer e desenvolver-se como ser humano.
Como transmissora de cultura e visto que o aluno se matém mais tempo na escola do que no
proprio lar, esta instituição exercerá uma maior influência nas crianças e nos jovens.
De acordo com o que foi referido anteriormente, a escola vai socializar a criança em função da
sua índole, daí que o pedagogo deverá guiar a criança, socializando-a, em função dos
objectivos da escola. A escola, a família, os amigos, os meios de comunicação social, entre
outros, são agentes de socialização que intervêm na vida da criança. Em colaboração com a
família compartilham as funções educacionais com vista a influenciar a criança no seu interior.
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indíviduo. Esses meios propiciaram a necessidade de uma vinculação rápida e eficaz da
informação destinado a distintos indivíduos.
Perante a afirmação anterior demostra-se o papel dos mass media na formação das atitudes e
opiniões como agentes socializadores já que promovem a coesão social. Por isso, a televisão,
pelo facto de transmitir imagens, constitui um objecto culto para as crianças pois, às vezes faz
o papel dos pais, porue as crianças utilizam a televisão para a diversão. A televisão é vista
como portadora de determinadas características como novidade, variedade, mudança e
diversão, interligando-se com as aspirações da criança.
“O desenhista não veste muros, nem enfeita varas, veste pessoas com tudo o que implica. Por
isso, a moda não é só uma realidade, mas é uma ética. O desenhista não pode esquecer a
dignidade da pessoa ao concretizar as suas criações. A roupa tem que servir para salientar essa
dignidade, por isso têm sentido as criticas que se fazem a um tipo de moda que mostra a moda
como um objecto. Ultimamente as passarelas viram-se inudadas por uma moda extravagante
que, apoiando-se nas excentricidades, decotes e linhas apertadas e hiperajustadas desnudam a
mulher mais do que a vestem. São muitos os que vêm neste tipo de moda um retrocesso na
conquista da igualdade” (Ana Sanchez de la Nicta)
A construção da pessoa basea-se nos princípios educativos nascidos no seio familiar; estes
devem ser preservados e não devem sofrer alterações devido à aculturação. Muitas vezes,
apercebemo-nos mais da vida dos outros do que propriamente aquilo que é benéfico para o
nosso quotidiano.
Neste sentido, os media são um órgão de informação massiva fundamental porque nos podem
demostrar tudo aquilo que não consiguimos ver até à actualidade. Este órgão tem a
responsabilidade de informar, não ferindo sensibilidades e respeitando os temas que podem
44
chocar a sociedade, assim, a sua influência nos hábitos de busca de informação de moda situa-
se entre desenvolvimento e evolução. Actualmente, a moda é um agente de benfício para o
próprio indivíduo, funcionando como influência pessoal na construção da identidade social por
ele idealizada. Por este motivo é importante consciencializar as pessoas a racionar e tomarem
atitudes consoante o seu nível de vida. Existem jovens que, por influência da sociedade,
entram para o poder e o fenómeno aculturaçaõ influencia-os naquilo que é passageiro; uns
não têm noção do consumismo das suas vidas e deixam-se levar pelas más companhias.
A construção da pessoa deve basear-se nos princípios morais e culturais de um povo; não se
diz que não devemos estar na moda, mas devemos respeitar os padrões culturais, evitando o
consumo exagerado de produtos de outros países. Nós devemos estar na moda seguindo o
nosso padrão cultural, os nossos hábitos e costumes e não sermos escravos da moda. Mas,
apesar de tudo, a moda é uma forma de acompanhar o desenvolvimento do mundo,
especialmente, em relação ao vestuário.
Social: o papel social que um elemento desempenho numa sociedade, tendo em conta o seu
estatuto social, influencia as pessoas que o rodeiam.
Pessoal: qualquer elemento é livre de ser o que quiser, desde que respeite as leis e as normas
vigentes no local.
Situacionais: existem países onde as temperaturas são muito baixas, pelo que os visitantes
têm que adequar o seu vestuário àquele que é usado na localidade; podem não gostar, mas é
uma forma de se manterem aculturados.
Devemos salvaguardar aquilo que é nosso para a nossa própria identidade cultural, devemos
ser nós mesmo; independentemente da raça e daquilo que somos como ser humanos, temos
que melhorar aquilo que é nosso e não sermos considerados influenciáveis.
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3.3 A MORAL NA SOCIEDADE ( URBANA/RURAL)
Tradicionalmente, a cidade tem sido pensada como lugar da modernidade, do civismo e como
uma organização, contrariamente, o conceito de campo, que se considera um lugar
marginalizado, retrógrado e sem desenvolvimento.
Todos os seres humanos produzem cultura, isto é, ideias, saberes, concepções, etc. Por
conseguinte, não é privilégio de ninguém e não existe nenhum indivíduo que não tenha
cultura. A religião, a moral, a filosofia, a ciência, as obras literárias, as representações
quotidianas são manifestações culturais. A cultura é constituído socialmente e ela mesma é
um fenómeno social, produzido por partes das relações sociais concretas. A cultura camponesa
tem a sua base no modo de vida camponês, tal como a moderna cultura urbana no modo de
vida moderna e assim sucessivamente.
No nosso caso, podemos dizer que entre a sociedade urbana e a sociedade rural a diferença é
abismal. Na primeira, o desenvolvimento actual é extremamente acelerado e ligado ao
processo de produção de riquezas, determinando o valor da mercadoria, as mudanças, a
tecnologia, e levando os sentimentos destes indivíduos à valorização da tecnologia, do novo,
do que é sofisticado. Pelo contrário, a sociedade rural recupera as lembranças do passado em
geral e não apenas aquelas que são herdadas de gerações anteriores e pelo conservadorismo,
caracteriza-se pela falta de desenvolvimento, de infra-estruturas sociais como cinemas, redes
eléctricas, escolas, estruturas rodoviárias, economia de subsistência, etc.
46
Enquanto que a juventude rural tem, pelo seu próprio modo de vida, uma relação com a
tradição diferente da juventude operária, ambas urbanas e pouco apegadas às tradições
populares e rurais; todavia mantêm uma relação um poucodiferente com as tradições
valorizadas socialmente.
Este termos devem ser ensinados à crianças desde ced, principalmente quando se trata de
educação. A educação higiénica, o amor, o respeito e as boas maneiras não devem ser
esquecidos; os pais devem saber cultivar amizade com os filhos para estes se sintam à vontade
com os outros e construam amizades fora do ambiente familiar.
Devemos ter o hábito de elogiar quando as pessoas fazem algo de bom para que elas se sintam
motivadas a continuar no bom caminho; precisamos de elogiar as actividades de iniciativa para
que as pessoas saibam decidir conscientimente sobre o que será melhor para as suas vidas.
Os adultos necessitam de organização para transmitir este mesmo conceito para as crianças e
para os jovens da nossa sociedade. Temos que acreditar sempre num futuro melhor para
todos, com o intuito de transmitir força às crianças que o venham encontrar, para que esse
seja melhor daquele que foi preconizado para elas, tendo em conta os ensinamentos e a
realidade onde se enquadram. Neste sentido, é importante relembrar que crianças são o
futuro de amanhãe são elas que darão continuidade aos nossos sonhos e às nossas tradições.
3.4.1 O PARENTESCO
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Sob o mesmo princípio matrilinear, no casamento, os bens são geridos com autonomia por
cada um dos cônjuges; quando há separação do casal ou em caso de morte de um deles, os
bens são repartidos pelos familiares uterinos de cada cônjuge.
3.4.2 O alambamento
O alambamento ocorre quando o rapaz descobre uma rapariga de que gosta e com quem
deseja casar; ao notar na rapariga qualidade de trabalho, este ganha interesse em assumir um
comprimisso com ela, dando menos interesse ao aspecto físico.
Este termo é a aplicação de alguns princípios comuns no nosso país e abrange todos grupos
étnicos, variando de cultura para cultura e de clã para clã, mas resulta na união entre duais
pessoas de sexos oposto.
Em culturas do nosso país, pois o conhecimento travado com a rapariga, o rapaz arranja um
amigo lhe entregue um presente de uso pessoal como, por exemplo, um lenço para cabeça.
Segue-se o consentimento da família, partindo de uma reunião familiar. Neste encontro, o
jovem leva uma garrafa de vinho ou, dependedo da reião, uma bebida tradicional. Se a
rapariga, os pais e os tios maternos beberem de mesma garrafa que o “amigo”é aceite e é,
também, nesta altura que a família decidirá que dote terá que ser entregue no dia do
alambamento.
O dote inclui a carta de pedido com algum valor monetário, bebidas quentes, peças de
vestuário, sapatos, lenços, alfinete,materias de cultivo, fósforos, etc.Mas, atenção, o dote não
é uma forma de comprar a rapariga, mas uma maneira do noivo indeminizar a família de
mulher pela perda de uma importante força de trabalho e sustento; é também uma garantia
de durablidade do casamento e uma forma da mulher ser bem tratada, visto que não haverá
devolução de dote caso se separem.
A família da noiva deverá vigiá-la para que a mesma seja fiel ao marido, pois a consequência da
infidelidade femenina é o divórcio e a devolução do dote, causando vergonha para toda a
família.
3.4.3 O CASAMENTO
O matrimónio constoitui a institucionalização das relações que têm como base a união
intersexual. A institucionalização de unão, entre um homem e uma mulher, elabora-se em
virtude de um acto voluntário e lícito, que tem como intuito imediato estabelecer as relações
jurídicas conjugais.
Este termo concidera-se um padrão aprovado socialmente, para que duas pessoas possam
estabelecer uma relação e sejam reconenhecida pelas perpectivas famílias. Porém, para que
esta relação se torne duradora, é imprenscindível que ambos a encarem com
responsabilidadee seriedade.
Em Africa, existem várias formas matrimoniais, isto é, vários conjuntos de requisitos essenciais
que são reconhecidos por lei; estas formas podem ser religiosas oi civis. Apesar de um
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casamento ser, normalmente, entre duas pessoas, existem sociedades onde os casamentos
com mais de duas pessoas já são permitidos.
As pessoas casam-se para “alimentar” o seu lado afectivo, procurar segurança económica e
social, formar família ou obter direito de nacionalidade.
O casamento, sendo religioso, poderá ser celebrado por um padre, pastor ou rabino; sendo
civil será celebrado por um oficial do registo civil.
Casamento aberto (ou liberal) – neste tipo de casamento é permitido ao cônje ter outros
parceiros sexuais por consentimento mútuo;
Casamento branoco ou celebratório – aquele onde não existem relações sexuais entre o casal;
Casamento por convivência – realizado apenas por motivos, sociais oum económico.
3.4.4 FIDELIDADE
O termo fidelidade abrange todos os ramos da vida quotidiana do ser humano, desde a cultura
electrónica á escrita, o mercado, a fíca, a política, entre outras.No entanto, ao longo deste
ponto aboradaremos apenaqs a fidelidade conjugal.Neste sentido, fidelidade conjugal defini-se
como “a manifestação da fidelidade conjugal no domínio de uma relação conjugal – qualquer
que seja a sua natureza em figuras ou em papéis de género – pode ser recíproca,mutuamente
acordada e assentida, ou unilateral, acordada ou não. Implica necessariamente mútua
confiança, aceita esta e considerada como a base da establidade relacional.”
No entanto, o egoísmo e prazer têm-se convertido nas maiores razões para impedir uma
relação astável, sã e benéfica entre os vários indivíduos.
49
inicial, onde o interesse de estar com a pessoa amada é maior. Nesta etapa, o carinho é
constante e ainda se dá pouca importância aos erros do parceiro, fazendo-se tudo para
superar alguns problemas.
3.4.5 O DIVÓRCIO
O conflito poderá começar num simples gesto de intolerância e, muitas vezes, terminará em
algo mais grave. O diálogo entre o casal é um factor determinante e, cas não consigam se
entende, devem procurar ajuda de terceiros(famílias ou amigos mais chegados); em situações
extramas, em que o descontrolo é inevitável, devem procurar ajuda psicologica ou dirigir-se à
OMA (Organização da mulher Angolana).
Este processo pode pode caracterizar-se por mútua consentimento ou por via litigiosa, sendo
que o primeiro é o termino da relação conjugal por vontade de um ou de ambos os cônjuges,
sem necessidade de intervenção de qualquer autoridade judicial; por outro lado, o divórcio
litigioso é requerido por um dos cônjuges por via do tribunal, tendo como base a violação de
algum direito ou falha do dever conjugal, comprometendo a oportunidade de vida em comum.
Na nossa sociedade, a maior parte dos divórcios sucedem-se devido a causas finaceiras e a
falta de trabalho, que motivam as discussões no seio do casal. Evidentimente, os conflitos
afectam os filhos, comprometendo o seu normal desenvolvimento e causando distúrbios de
comportamento.
Uma acção de divórcio nunca será um simples acto e também nunca será tomada de ânimo
leve pois, para além de afectar o casal, os filhos e a restante família também sofrem. Assim,
ressalva-se a importância do diálogo constante para a resolução de conflitos e um esforço para
que haja compreensão por parte de ambos os cônjuges.
50
Este problema não respeita níveis sociais, económicos, religiosos, cultarais ou raciais pois
todos enfrentam. Inclui diversas práticas comuns como a violência física, o abuso sexual de
crianças e os maus-tratos a idosos.
Quanto mais cedo se detectar casos de violência, mais cedo podemos travar os traumas e as
mortes.
Violência física
Este tipo de violência define-se pelo uso de força com a intenção de magor o próxmo, podem
ou não deixar marcas visíveis no corpo (Exemplos: bofetadas, socos, agressões com diversos
objectos, queimaduras com objectos líquidos e quentes). Nos casos dos homens, as intenções
agressivas, por parte da mulher, são cometidas por parceiros (familiares ou amigos da mulher)
ou são apanhados desprevenidos durante o sono; só desta forma é que estas agressoras
conseguem dominar um homem, pois, gelmente, não têm força física para este domínio.
Neste sentido, salienta-se que o embriaguês patológica pode ser tratada, através de sessões
psicoterapêuticas ou anticonvulsionantes (carlamazepina).
É de salientar que muitas mulheres vítimas de violência física são culpadas por estes mesmos
actos principalmente quando a violência se repete pela terceira vez. Na primeira, acredita-se
51
que ela não sabia que ele era violento. Na segunda, aconteceu porque ela resolveu dar mais
uma chance ao companheiro de mudar, mas pela terceira vez, não tem justificação.
Violência verbal
Neste tipo de violência nã existe forças físicas mas uma pressão psicológica vinda de
complexos pessoais; o agressor “inferniza” a vida de outras pessoas, obrigando-as a confessar
coisas que não fizeram.
Exemplo de agressor para com a sua esposa: “ tu tens outro…, tu olhaste para quele
indivíduo…, tu preferes quele homem a mim…”.
Este tipo de violência também é frequente quando há ausência da palavra, isto é, qundo
alguém se dirige a outra pessoa e espera a resposta, obetndo da mesma o silêncio. Maridos e
esposas magoam-se moral e mutuamente quando se acusam em relação a um determinado
tema, seja de manter amqnte ou em relação a aspectos corporais do cônjuge que o rebaixam e
manosprezam.
Violência Psicológica
Este tipo de violência defini-se pela agressão emocional, gestos e posturas agressivas que
reproduzem danos morais e psicológicos no outro indivíduo.
A violência psicológica, tambem conhecida como agrressão emocional é tão mais prejudicialm
do que a física. Caracteriza-se por rejeição, manosprezo, discriminação, humilhação,
desrrespeito e punição exagerada, é uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis,
mas causa cicatrizes emocionais para a toda a vida.
52
destas atitudes, consegue impedir que todos os menbros da família saiam de casa ou se
divirtam.
Uma mãe histérica, por exemplo, actua de forma a impedir que os filhos marido saiam de casa.
Quando o homem histérico é vítima, o problema é muito maior, pois leva a que todos se
sintam culpados.
Existe também outra forma de violência psicológica ou emocional que é aquela em que o
“agressor” faz com que o outro se sinta dependente, inferioe ou culpador, é o tipo de agressão
emocional pior que existe. O agressor com esse perfil gosta quando o outro se sinte
inferiorizado, diminuído e incompetente; poor exemplo, ele faz tudo correctamente, não para
ensinar, mas para mostrar ao outro que é imcapaz, incompentente.
Religião;
Frustração;
Desemprego;
Problema finaceiro;
Gravidez;
Mudança de emprego;
Alcoolismo ou toxicodependência;
Personalidade sádica;
53
Vivências infantis de agressão e violência parental.
Marcas físicas;
Danos emocionais;
Traumas;
Conflitos de valores: no caso das crianças, esats vão aplicar, futuramente, aquilo que
aprenderam na sua infançia; logo, teram tendência para serem violentos quando forem
adultos;
Timidez;
Morte.
Dar a conhecer os maus tratos aos familiares, vizinos ou pessoas amigas que tanto podem
prestar apoio e asistência, como serem possíveis testemunhas em processo-crime ou em caso
de divórcio letigioso.
A família é unida por múltiplos laços capazes de manter moral, material e reciprocamente os
membros durante uma vida e durante as gerações.
Função social
Como unidade social, a família enfrenta inúmeras tarefas de desenvolvimento. Dentro delas,
cada elemento exerce as suas funções que incluem a protecção e socialização dos seus
membros como resposta às necessidades da sociedade a que pertence.
54
3.5 A ADOLESCÊNCIA E AS SUAS FASES
Crescimento físico
Durante a adolescência, o corpo do individio cresce gradulmente até aos 16nanos, embora
apena os rapazes atinjam a maturidade, em média, dois amais tarde que as raparigas. No
entanto, o crescimento não é contínuo. Por exemplo, o “salto no crescimento” nas raparigas
acontece entre aos 14 e 15 anos e, nos rapazes, acontece dois anos mais tarde. Paralelamente
ao crescimento esxiste, também, um au,ento substancial no peso que depende, claramente,
do tipo de alimentação e da forma de vida.
Este facto provoca uma desproporção relactivamente ao tronco, por isso é que, nesta altura,
notamos movimentos desajeitados, típicos dos jovens.
Até aos 11 anos de idade , as crianças têm a mêsma força muscular, no entanto, o crescimento
muscular dos rapazes é maior, o que explicita a força física dos homens quando são adultos.
Raparigas
Aparecimento do acne;
Rapazes
Mudança na voz;
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Polução nocturnas;
Aparecimento do acne;
Planeamento famíliar define-se como “um projecto que visa assegurar que as pessoas têm
acesso a informação, a método de contacepção eficazes e seguros, a serviços de saúde que
que contribuem para uma vivência de forma segura e saúdavel”.
Alteram a movimentação do óvolo nas trompas; se este está fecundado resultará em aborto.
56
Estudos comprovam que a pílula apresenta, entre outros, os seguentes efeitos colaterais:
dostúrbios circulatórios, cancro da mama, cancro cervical, tumores hapáticos e malformação
fetal, etc.
Fecundação artificial
A fecundação artificial é condenada pela igreja, não somente por atentar contra a lei natural
da procriação, mas também por implicar problemas morais e éticos, colocando em risco a vida
humana.
Métodos naturais
Os métodos naturais não têm incovenientes e são mais eficazes, estimulam o conhejcimento
mútou do casal, incentivam o respeito dos cônjuges e unem o casal. Destacam-se os
seguentes:
Métoçdo da tabelinha: a mulher ovula apenas uma vez por mês, no 14º dia antes da próxima
menstruação; o óvulo vive aproximadamente 10 horas após a ovulação e o espernatozóide 72
horas depois da ejeculação no muco fértil;
Os contraceptivos
O único método com 100% de eficácia para se evitar a gravidez indesejada e/ou doenças
sexualmente transmissíves é a abstinência. Neste sentido, antes de se optar por um método
contraceptivo deve-se marcar uma consulta de planeamento famíliar para que se possa
observar a idade, o estilo de vida e, principalmente, os efeitos colaterais que possam surgir da
escolha do método.
57
Métodos contraceptivos
As harmonas injetáveis;
O preservativo;
Diagrama;
Nesta fase, os problemas físicos , emocionais e sociais são de uma ordem inquientante; neste
sentido podemos destacar:
As mães solteiras que engravidam numa fase desenvolvimento, pelo que tanto o rapaz como a
rapariga necessitam de acompanhamento parental;
Os relacionamentos sem noção dos riscos e das responsabilidades, que nascem por falta de
uma preparação física e psicológica de ambos os elementos da relação;
O facto de um dos elementos abandonar o outro, aquando da gravidez, sem se importar das
consequências que poderam sofrer.
Quando uma jovem engravida precocemente, os factores para este acontecimento podem
envolver vários factores, entre os quais destacamos:
A estrutura familiar;
A baixa auto-estima.
Tendo em conta o que foi referido anteriormente, torna;se fundamental o apoio da família à
adolescente no caso desta engravidar precocemente; o apoio moral é essencial para aumentar
a sua responsabilidade; o diálogo, a segurança, o afecto e o auxílio tornam-se primordiais para
58
o desenvolvimento saudável quer da criança que nasce, quer dos pais que ainda são muito
jovens. Assim sendo, os problemas são solucionados e o flagelo do abordo ilegal e as
consequentes mortes podem ser diminuídas, pois já se iniciou o trabalho da maturidade nestes
adolescentes.
Falta de acompanhamento na educação sexual por parte dos responsáveis pela adolescente.
Tabu que existe em muitas famílias sobre a Educação Sexual; consequentemente, a rapariga
não aborda a sua vida sexual em casa.
Rejeição social;
Problemas legais;
Casamento forçado;
3.6.2 O ABORTO
O aborto caracteriza-se pela morte de uma criança no ventre da sua mãe, efectuada antes do
seu nascimento em qualquer uma das suas etapas.
Esta prática sempre foi considerada muito perigosa e, por ser rara, falhava frequentemente,
causando a morte da mãe e/ou do bebé. Estudos recentes demostraram que este termo não é
uma prática segura em nenhuma circunstância, nem é mais seguro que um parto.
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Tipos de aborto
Provocado: realizado quando a mãe não deseja a criança, sendo feito em casa, de forma
química ou cirúrgica.
Causas do aborto
Motivos Económicos.
Consequências do aborto
Físicas: sintomas físico sem explicações orgânicas que resultam em aborto espontâneos --
doresgastrointestinais, insónia, fraqueza, dor de cabeça contínua.
A Sida
Sintomas: os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe tendo febre, transpiraçao e
debilidade geral; em 30% dos casos verifica-se o inchaço das glándulas do pescoço, e virilhas.
Se o inchaço durar três meses podemos assegurar que o indivíduo é portador do HIV- Sida.
Faça o teste!
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Formas de contágio: partilhar seringas infectadas, relações sexuais com portadores da doença;
sexo oral; transmissão ao fecto pela mãe; não partilhar material cortante como, por exemplo,
material de manicur (use o seu próprio matérial).
Hepatite b
Doença causada por um vírus que ataca o figado, sendo o sangue e a saliva os principais meio
de transmissão; o vírus sobrevive durante bastante tempo e resiste a alguns desinfectantes,
pelo que caso não seja tratada adequadamente pode causar a morte.
Sintomas: semelhante aos sintomas gripais, náuseas, vómitos, diarreias, cansaço, falta de
apetite, surgimento de icterícia, alterações da cor, das fezes e da urina.
Formas de contágios: transmissão ao facto pela mãe, através do sémen e secreçoes vaginais,
suor, lágrimas e saliva.
Candidíase
Esta doença é causada pelos fungos candida albicans, que se desenvolvem num local quente e
húmido da vagina.
Formas de contágio: por contacto sexual ou proliferação do fungo; algumas doenças, como a
diabete ou hipotiroidismo, favorecem o aparecimento desta doença; a gravidez, as irrigações
vaginais e os fámacos com cortisona e os antialergénicos são outras formas de contágio.
Herpes genital
Esta doença afecta os órgãos genitais e as zonas envolventes e é causada pelo vírus Herpes
simples; não tem cura, apenas existem medicamentos que aliviam as dores.
Sintomas: surgem quatro ou cinco dias após o contágio e caracterizam-se por vesículas em
forma de cacho que acabam por rebentar, sendo acompanhadas por um ardor intenso.
Gonorreia
Esta doença é uma infecção genital provocada por bactérias designadas por gonococos. Pode
afectar o colo do útero da mulher e, também, a uretra bem como a região anal. Caso não se
trate pode conduzir à esterilidade em ambos os sexos.
61
Sintomas: ardor e um pus acinzentado ou esverdeado, na vagina ou no pénis, entre 15 a 30
dias após o contágio; dor ao urinar.
Prevenção: use o preservativo; use desinfectantes adequados para a higiene dos órgãos
genitais.
Sífilis
Sintomas: no local da infecção, na zona genital, um pequeno nódulo rosado evolui para úlcera
indolor. Na segunda fase da doença, há uma erupção cutânea com sintomas de mal-estar,
fadiga, dores de cabeça e outros.
Formas de contágio: através de relações sexuais. Dar um beijo numa zona que tenha uma
pequena ferida é muito arriscado. No entanto, não há contágio através do uso toalhas, sanitas
e outros objectos.
Recomendações:Em caso de achar que contraiu uma D.S.T. deve ir ao Hospital para ser
orientado por um médico, fazer os testes e seguir as orientações dos mesmos.
Se um amigo, familiar, colega ou outro indivíduo lhe pedir conselhos, encaminhe-o ao hospital
mais próximo.
Ajude todos aqueles que têm uma D.S.T., ouvindo-o. Com o carinho dos amigos e da família
beneficiará uma vida com qualidade. “Ame o próximo”!
PROPOSTA DE TRABALHO
Responda de forma integrada e integradora, o que lhe foi dado a aprender sobre o modelo em
estudos e nos debates realizados na turma.
62
Justifique os principais factores que conduzem à existência destas famílias.
4.1.1 Introdução
Para que percebamos o tema em questão teremos que em primeira estância definir o conceito
chave do mesmo para melhor aclarar.
Património define-se como o conjunto de bens materiais ou imateriais que, pela sua
importância, devem ser considerados para a identidade de uma determinada cultura de um
povo; é tudo aquilo que pode ser herdado e passado de geração em geração
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Exemplo: Museu Nacional da Escravatura em Luanda; Museu das Forças Armadas em Luanda;
Museu Nacional de História Natural em Luanda; O Santuário da Mama Muxima, na Quissama –
Bengo
A Conservação do Património
O Património é um bem que merece ser conservado porque foi deixado pelos nossos
antepassados, pela sua beleza e importância estética, bem como pela qualidade de vida que
pode proporcionar aos seres humanos.
As gerações que nos seguem têm direito a usufruir de tudo o que também pudemos ter ao
longo da nossa vida, mas é um direito inalienável também conservar esta herança maravilhosa.
Os museus, os animais, as florestas, as barragens, os edifícios históricos devem ser tratados
com respeito e devem, também, ser renovados sem nunca perder os seus padrões originais.
O património é a riqueza da nossa cultura, pelo que deve estar presente ao longo da vida de
todos os humanos, para que estes se lembrem que a nossa Pátria reforçou o mundo com
valores físicos e estéticos fundamentais.
A qualidade de vida é um método utilizado para medir as condições de vida do ser humano.
Constate-se que esta medição envolve a qualificação do bem-estar físico, mental, psicológico e
emocional; bem como a socialização, a saúde, a educação, a situação económica regularizada e
outras circunstâncias fundamentais na vida do homem.
Angola é um país em constante mudança e podemos afirmar que, nos últimos anos, ganhou
novas orientações sociais e económicas. O reconhecimento internacional que lhe é feito
cresceu devido ao grande poderio em riquezas naturais e energéticas como diamante e o
petróleo.
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Relativamente a alguns país da SADC (Southern African Development Community), Angola é
um país próspero, “Cansado da guerra e de enterrar os seus filhos”.
A assistência à população, denominada por qualidade de vida, deve ser construído através dos
seguintes factores:
A chuva é um fenómeno através do qual ocorre a precipitação de água em forma de gotas que
caem sobre a costa terrestre. Este fenómeno pode ser dividido em três tipos, que
abordaremos em seguida.
Chuvas Orográficas: originam-se a partir do contacto de uma massa única com uma área de
relevo mais elevado.
Chuvas Convectivas: chuvas cansadas pelo movimento de massas de ar mais quente que
sobem e condensam as gotículas de água presentes nas nuvens, originando nuvens carregadas
que se revestem em chuva.
Chuva Ácida: é a precipitação atmosférica cuja acidez seja substancialmente maior do que o
resultante da dissociação do dióxido de carbono. A principal causa desta acidificação é a
presença de gases, particularmente ricos em enxofre e azoto, na atmosfera.
65
4.4.2 Importância da chuva
Irrigação na agricultura.
Aumento do caudal dos rios, de onde é retirada água para o benefíeio doméstico.
O desabamento de terras;
A queda de casas;
A libertação de alguns metais tóxicos, “acordando” os vulcões (no caso de chuvas ácidas);
A desflorestação.
O aquecimento global é provocado pela quantidade excessiva de radiação solar que a terra
recebe. Constate-se que a atmosferas terrestre absorve 91% deste calor, enquanto os
restantes 9% são retidos para o espaço.
66
Devido à poluição atmosférica e aos seus efeitos, alguns cientistas apontam que o
aquecimento global no planeta, a média e longo prazo, terá um carácter irreversíivel. Assim
sendo, deveríamos diminuir as emissões de gases que provocam o aquecimento.
Poluição hídrica: define-se como a poluição da água; provoca imensos danos nas águas do mar
e dos rios e consequências graves na saúde humana.
Exemplo: caso não sejam tratados, os esgotos provocam doenças como a febre tifóide, cólera,
disenteria e meningite.
Poluição do solo: define-se pela poluição realizada na camada superficial da terra. A presença
de elemntos químicos estranhos no solo, como resíduos sólidos ou líquidos produzidos pelo
homem, prejudicam a saúde humana. Este tipos de poluição pode classificar-se como urbana
ou rural.
Lixo urbanos: resulta da actividade doméstica e comercial dos indivíduos que habitam as
cidades.
Lixo rural: resulta da contaminação do solo provocada pelo uso de substâncias tóxicas no solo
tais como curtumes para a criação de gado e fertilizantes para o crescimento das plantas.
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Os aterros sanitários constituem uma das formas de depósito de lixo urbano sem qualquer
forma de tratamento ou reciclagem. Recomenda-se que estes se devam situar fora das
localidade/centros urbanos e com uma duração mínima de dez anos para evitar a
contaminação de doenças.
Poluição sonora: é a poluição provocada pelo som, ou seja, a compressão mecânica ou onda
mecânica que se propaga de forma circuncêntrica em meios que tenham massa e elasticidade,
sejam eles sólidos, líquidoos ou gasosos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_sonora
Insónia.
Depressão.
Stress.
Perda de audição.
Dores de cabeça.
Cansaço.
Perda de memória.
A escassez deste elemento é um problema sério para a humanidade e sabe-se, inclusive, que
muitos humanos faleceram por falta de água potável. Neste sentido, devemos investir e
desenvolver um conjunto de acções para melhorar a produção, a distribuição ou
abastecimento de água potável a toda a população tais como:
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A construção de barragens;
Tendo em conta o que foi referido anteriormente, as famílias deixariam de percorrer longas
distâncias para procurarem água e, consequentemente, a probabilidade de ter doenças como
a cólera seria mais diminuta.
A energia eléctrica considera-se como fonte secundária de energia pois depende de uma fonte
primária como a água, o carvão ou o petróleo; gera-se através de diferenças de potencial
elêctrico entre dois pontos e conforme a transformação adequada é possível obter energia em
forma de luz, movimento ou calor.
A energia e a água são fontes que se interligam e constate-se que para produzir energia são
necessárias grandes quantidades de energia, bem como para o transporte de água são
essenciais grandes quantidades de energia. Assim, se a água é escassa também a energia falta
às populações. Sem energia, a vida diária dos humanos seria muito mais complexa, até porque
esta actividade serve para realizar trabalhos:
Luminosos – lâmpadas.
A electricidades é um bom fundamental para o ser humano mas deve ser utilizada apenas
quando é necessário, pelo que devemos desligar sempre as lâmpadas quando não são
necessárias bem como diminuir o número de electrodomésticos presentes nas nossas casas.
4.8.1 Desertificação
Este termo define-se como um fenómeno que corresponde à transformação de uma área num
deserto. Segundo a Convenção das Nações Unidas de combater à desertificação, este conceito
determina a degradação da terra nas regiões áridas (seca), semiáridas e sub-húmidas secas,
resultantes de factores como:
As variações climáticas;
A actividade humana.
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A desertificação acontece quando o solo de determinados lugares começa a ficar cada fez mais
estéril, o que significa que a terra perde os seus nutrientes e a capacidade de fazer nascer
qualquer tipo de vegetação, quer sejam florestas naturais ou plantações feitas pelo homem.
Desemprego.
Pobreza.
4.8.2 Desflorestação
Conselhos:
Licenciar empresas para o abate, para que se elimine o abate antárctico de árvores.
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As empresas legalizadas devem replantar, “reflorestar”, dez árvores mesmo quando abatem
uma só; só assim combatemos a desflorestação.
4.9.1 O lixo
O lixo é todo e qualquer material/ produto que se considera inútil, sem valor produzido pela
actividade humana, e que se deseja eliminar. Este conceito pode ser considerado uma
concepção humana porque em processos naturais não existe lixo, mas produtos inertes pois
este pode ser reutilizado a partir da reciclagem desde que seja adequadamente tratado.
A reciclagem tornou-se, assim, fonte de renda e emprego para a população e ajuda, ainda, a
combater a poluição. De referir ainda a extrema importância do conhecimento que o lixo
hospital ou nuclear não pode ser reutilizado em nenhuma forma.
Produzidos pelo ser humano são altamente tóxicos e perigosos pois transmitem, com
facilidade, uma grande quantidade de bactérias, fungos, vírus e causadores de doenças.
Lixo orgânico: considera-se todo o material/ produto que se considera inútel; tem origem
animal ou vegetal; podem ser restos de alimentos, folhas, sementes, carnes, ossos, papéis
madeira que serão reutilizados na Agricultura, por exemplo o adubo.
71
Lixo ou resíduos inorgânicos: considera-se todo o material que não é de origem biológica mas
de origem da natureza (exemplos: restos de metal, plástico, vidro, etc.), são perigosos quando
não são sujeitos ao tratammento e, normalmente, a sua decoposição/degradação é lenta.
4.9.4 Reciclagem
Tal como a própria palavra indica, Demo significa povo e Grafia compreende-se como estudo,
ou seja, estudo do povo. A Demografia define-se como a ciência geográfica que estuda a
dinâmica populacional humana e cujo objecto compreende os estudos estatísticos, a estrutura
e a distribuição das populações humanas. Neste sentido, esta análise baseia-se, essecialmente,
das características de uma determinada sociedade como, por exemplo, a Educação, a
Nacionalidade, a Religião e a etnia.
Este conceito alberga, naturalment, dois tipos de êxodo que estudaremos em seguida.
Êxodo Urbano: deslocalização dos indivíduos da cidade para o meio interior, devido à falta de
qualidade de vida nas cidades e aos grandes custos inerentes nestas localizações.
Êxodo Rural: os indivíduos do campo deslocam-se para a cidade, para terem melhores
condições de vida; procuram sustentar as suas famílias, libertando-se da miséria que vivem nos
meios interiores.
As regiões interiores angolanas têm uma fraca densidade populacional devido ao êxodo rural.
A fome, a sede e as doenças ligadas à subnutrição fizeram com que grande parte da população
do interior procurasse melhores condições de vida nas localidades mais desenvolvidas. No
entanto, esta situação provocará, por um lado, a desertificação do interior do país e, por
outro, o excesso de população nas cidades. Consequentemente, muits pessoas vão ficar
desempregadas, levando a marginalização de vários indivíduos.
72
4.10.1 As migrações do interior para o centro das grandes localidades
devem-se entre muitos outros, aos seguintes motivos:
Fuga à pobreza.
Guerra.
Violência.
Interior:
Envelhecimento da população.
Cidades:
73
Rejuvenescimento da população.
Interior:
Diminuição do desemprego.
Cidades:
Diminuição dos salários, devido ao aumento da população com idade para trabalhar.
Este tipo de consequências só se manifesta nas cidades pois, por um lado, permitem o
enriquecimento cultural mas, por outro lado, reflectem:
Os conflitos sociais;
O aumento da intolerância
O aumento da criminalidade.
74
4.11 GLOBALIZAÇÃO
Este fenómeno permite aos países mais desenvolvidos, cujos mercados internos já se
encontrem saturados, um aumento claro da sua economia. A dinâmica capitalista de uma
aldeia global consente a realização de transacções financeiras e a expansão de negócios.
Assim, diz respeito à interacção entre os países e a aproximação das pessoas, tendo em conta
aspectos sociais, culturais, políticos e económicos.
Este termo encontra a sua origem no período mercantilista, entre os séculos XVI E XVIII, com a
queda dos custos de transportes marítimo bem como com o aumento da dificuldade das
relações políticas europeias. O seu impacto é muito forte pois afecta todas as áreas da
sociedade, principalmente, a comunicação, o comércio internacional, a liberdade de
modernização e de movimentação, dependendo, obviamente, do nível de desenvolvimento de
integração das nações ao redor do planeta.
4.11.1 Vantagens:
4.11.2 Desvantagens:
Desigualdades sociais.
75
PROPOSTAS DE TRABALHO
Indique a razão pela qual nos devemos dar ao trabalho de salvar uma espécie em risco de
extinção?
Como pode a conservação ter lugar num mundo dominado pela economia, desenvolvimento e
pela expansão humana?
5.1 INTODUÇÃO
A Geografia dos conflitos exibe as várias áreas de tensão espalhadas pelo globo, tendo
como rivalidades étnicas, religiosas, nacionalistas e em casos de disputa entre estados ou
mudanças de fronteiras.
Conflitos geográficos
Colômbia: país onde existe uma guerra civil; grupos armados objectivaram a tomada de
poder, usando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia; é um dos conflitos mais
duradouros e sangrentos da América Latina.
África: na Nigéria, o conflito nasceu entre cristão e muçulmanos; este país é o principal
exportador de petróleo em África, mas 112 milhões de pessoas vivem na pobreza; as
76
péssimas condições de vida causaram mais de 250 grupos étnicos e vários conflitos
religiosos.
Conflitos históricos
Principais conflitos:
Primeira Guerra Mundial (1914-1918): guerra entre a Tríplice Entente (Império Russo,
Império Britânico e França) e Estados Unidos (a partir de 1917) contra as Potências
Centrais (Império Alemão, Império Austro-Hungaro e Império Turco-Otomano).
Segunda Guerra Mundial (1939-1945): foi o maior conflito da história, com cem milhões
de militares mobilizados; os principais países envolvidos foram os Países Aliados (União
Soviética, Estados Unidos, Império Britânico, China, Polónia, França e Brasil) e os Países do
Eixo (Alemanha, Itália e Japão); esta guerra foi, também, o conflito mais letal de toda a
humanidade, totalizando setenta milhões de mortos.
Conflitos económicos
Conflitos culturais
O Mundo parou porque uma mulher muçulmana ia ser apedrejada até ``a morte. Isto é um
atentado aos direitos humanos! Devemos analisar as pessoas para a aceitação de todas as
culturas, desde que as mesmas não violem os Direitos do Homem.
O vocábulo conflito deriva do latim conflitctu, que significa choque, embate ou luta; pode
também ter o sentido de guerra, oposição, alteração, desordem ou momento crítico.
77
Normalmente, os conflitos nascem em todos os sistemas sociais, pessoais e internacionais
e são um mal permanente no desenvolvimento das sociedades. Este termo associa-se à
capacidade da sociedade para o resolver, fazendo-se valer de estruturas como tribunais,
quando o mesmo resulta em casos extremos de violência. O termo violência refere-se,
maioritariamente, à parte física; ainda assim, não se descarta a violência psicológica e
emocional.
Tendo em conta o que foi abordado no parágrafo anterior, o termo conflito surge da
discrepância de objectivos entre duas ou mais partes que não contam com um mecanismo
efectivo de coordenação ou mediação. Entenda-se que as partes são os Estados ou, como
se denomina no mundo contemporâneo, as comunidades dentro dos Estados. Assim,
quando estas comunidades não resolvem as suas discrepâncias, a guerra é um perigo
iminente, afectando milhares de civis inocentes.
Refere-se ainda, neste estudo, que “ quando as diferenças permanentes são exploradas por
políticos demagogos, esta actividades favorece a escalada da violência”.
A grande crise alimentar tem aumentado nos últimos meses e, paulatinamente, atinge
milhões de pessoas em todo o mundo, representando uma ameaças para todos nós. O
preço dos produtos agrícolas ascendeu com o aumento do preço do petróleo, trazendo
sérios problemas às comunidades, especialmente às mais vulneráveis.
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A crise levou a revoltas alimentares em mais de trinta países até agora, sendo que os casos
mais preocupantes se encontram no Médio Oriente, na Ásia e em África; o ciclone Nargis,
que destruiu Myanmar, contribuiu para uma situação trágica, assim como as secas e
mudanças climáticas que reduziram o desenvolvimento agrícola.
Caso algum país seja atacado, a ONU (Organização das Nações Unidas) tem como deve
intervir e ajudar na luta e na conservação da paz. Registe-se que Angola foi apoiada pela
ONU para tentar encontrar a paz quando existia guerra no nosso país. Realça-se que os
capacetes azuis também marcaram presença nas eleições livres, onde ganhou o MPLA
(Movimento Popular de Libertação de Angola).
Vaclv Havel afirma que a Aliança é, acima de tudo, um instumento em prol da Democracia.
79
OUA – Organização da Unidade Africana
A palavra direito provém do vocábulo latino directus e significa liberdade para todos.
Segundo o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos do Homem, “Todos os
seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Neste
sentido, o indivíduo tem direito à liberdade de expressão, liberdade de pensamento e
igualdade perante a lei, “ os direitos humanos são as liberdades e os direitos de todos os
seres humanos”.
Ao longo dos anos, filósofos e juristas trabalharam conjuntamente para que a existência, a
liberdade e a posse de bens pudessem ser direitos adquiridos por os cidadãos. Hobbes,
Locke e, mais tarde, Montesquieu, Voltaire e Rousseau demostraram que os direitos
humanos criaram uma nova concepção de obediência, limitando, desta maneira, o domínio
do Estado.
A evolução ao longo dos anos foi clara, mas entre 1945 e 1948, durante a Guerra Mundial,
as atrocidades foram tão cruéis que se criou a ONU (Organização das Nações Unidas), com
o intuito de estabelecer e manter a paz no mundo.
80
A 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral da ONU proclamou, então, a Declaração
dos Direitos Humanos e estabeleceu a paz e o consenso entre os povos como um dos seus
objectivos principais.
Preâmbulo
A Assembleia Geral
Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a
atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os
órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela
educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por
medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua
aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros
como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
Artigo 1.º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de
fraternidade.
Artigo 2.º Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados
na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de
língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de
nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção
fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da
naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou
sujeito a alguma limitação de soberania.
81
Artigo 3.º Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 6.º Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares da sua
personalidade jurídica.
Artigo 7.º Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da
lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8.º Toda a pessoa tem direito a recurso efectivo para as jurisdições nacionais
competentes contra os actos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela
Constituição ou pela lei.
Artigo 10.º Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja
equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida
dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que
contra ela seja deduzida.
Artigo 11.º 1. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a
sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que
todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas. 2. Ninguém será
condenado por acções ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto
delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida
pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi
cometido.
Artigo 12.º Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família,
no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra
tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a protecção da lei.
Artigo 13.º 1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua
residência no interior de um Estado. 2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país
em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.
Artigo 14.º 1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar
de asilo em outros países. 2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de
processo realmente existente por crime de direito comum ou por actividades contrárias
aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 15.º 1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade. 2. Ninguém pode ser
arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo 16.º 1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de
constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o
casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais. 2. O casamento não
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pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos futuros esposos. 3. A família é o
elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado.
Artigo 17.º 1. Toda a pessoa, individual ou colectiva, tem direito à propriedade. 2. Ninguém
pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 19.º Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que
implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e
difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de
expressão.
Artigo 20.º 1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas. 2.
Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21.º 1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios
públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes
livremente escolhidos. 2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade,
às funções públicas do seu país. 3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos
poderes públicos; e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar
periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo
equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.
Artigo 22.º Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e
pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais
indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com
a organização e os recursos de cada país.
Artigo 23.º 1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a
condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego. 2.
Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual. 3. Quem
trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua
família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por
todos os outros meios de protecção social. 4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com
outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses.
Artigo 24.º Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma
limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.
Artigo 25.º 1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e
à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao
alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem
direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou
noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua
vontade. 2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas
as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozam da mesma protecção social.
83
Artigo 26.º 1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo
menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é
obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos
superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. 2. A
educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos
do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a
amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o
desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 3. Aos pais
pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos
Artigo 27.º 1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da
comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que
deste resultam. 2. Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados
a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.
Artigo 28.º Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional,
uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades enunciadas
na presente Declaração.
Artigo 29.º 1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível
o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade. 2. No exercício deste direito e no
gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com
vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades
dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-
estar numa sociedade democrática. 3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão
ser exercidos contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artigo 30.º Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira
a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a
alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades
aqui enunciados.
O papel da mulher estava estagnado no tempo nas mais diversas sociedades, inclusive nos
ocidentais. Constate-se que não sofram uma evolução cronológica nem social nas
comunidades.
Ainda assim realçam-se alguns nomes, como a inglesa Dora Russel, a egípcia Hoda
Sharaawi, a porto-riquenha Luisa Capetillo e a sul-africana Shamima Shaikh, que
defenderam sempre os direitos e a liberdade da mulher na sociedade, lutando contra a
descriminação.
84
Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, relativamente aos direitos da Mulher
Africana.
“Protocolo À Carta Dos Direitos Do Homem E Dos Povo, Relativo Aos Direitos Da
Mulher Em África
Considerando que o artigo 66.º da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos
prevê a adopção de protocolos ou acordos especiais, se forem necessários, para completar
as disposições da Carta Africana e que a Conferência dos Chefes de Estado de Governo da
Organização da Unidade Africana, reunida na sua 31.ª Sessão Ordinária em Adis Abeba,
Etiópia, em Junho de 1995, endossou, através da sua Resolução AHG/Res.240 (XXXI), a
recomendação da Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos no sentido de se
elaborar um Protocolo sobre os Direitos da Mulher em África; Considerando igualmente
que o artigo 2.º da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos estabelece o
princípio da não discriminação com base na raça, na etnia, na cor, no sexo na língua, na
religião, na opinião política ou qualquer outra, na origem nacional e social, na fortuna, no
nascimento ou em outra situação.
Considerando ainda que o artigo 18.º da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos
Povos exorta os Estados Partes que eliminem todas as formas de discriminação contra a
mulher e assegurem a proteção dos direitos da mulher, tal como estipulado em
declarações e convenções internacionais. Notando que os artigos 60.º e 61.º da Carta
Africana dos Direitos do Homem e dos Povos reconhecem os instrumentos regionais e
internacionais relativos aos direitos humanos e às práticas africanas, em conformidade às
normas internacionais dos Direitos do Homem e dos Povos, como referências importantes
para a aplicação e a interpretação da Carta Africana; Evocando que os direitos da mulher
são reconhecidos e garantidos em todos os instrumentos internacionais relativos aos
Direitos Humanos, nomeadamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O pacto
internacional relativo aos direitos civis e políticos, assim como aos direitos económicos,
sociais e culturais, a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação
contra a Mulher e o seu protocolo facultativo, outras convenções e pactos internacionais
relativos aos direitos da mulher, como sendo direitos humanos inalienáveis,
interdependente e indivisível. ”
Direito à vida.
Direito à felicidade.
85
Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los.
Segundo Paul Johnson, “a raça humana tem estado a funcionar com metade da sua energia
criativa”, pelo que em cem anos o desperdício ou a não utilização do talento feminino será
considerado um erro sério e incompreensível.
O peso dos poderes entre homens e mulheres é ainda demasiado exacerbado e, neste
sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos trabalha com o intuito de igualar as
oportunidades quer para o homem, quer para a mulher.
A criança é um ser humano ingénuo que devemos criar e educar, sem nunca esquecer
todos os direitos que lhe são inerentes e fundamentas para o seu correcto
desenvolvimento. Sabemos que é um ente que necessita de amor afecto para um
crescimento harmonioso, bem como cuidados especiais para ter qualidade de vida.
Infelizmente, o Mundo só direccionou os seus olhos para os direitos das crianças depois da
2ª Guerra Mundial, onde estas sofreram verdadeiras atrocidades tais como violações e
enforcamentos. Ainda hoje, em alguns locais do mundo, existem maldades contra as
crianças que chegam a ser acusadas de feitiçarias e até são mortas pelos próprios
familiares. A Pedofilia e o trabalho infantil continuam a ser comuns na sociedade, mas já
começamos a trabalhar com objectivo de suprimir este tipo de comportamentos.
86
O conjunto de normas, valores e princípios foram uma inspiração para se obter a
Declaração dos Direitos da Criança. Neste contexto, a criança não é só uma extensão da sua
família, mas membro duma sociedade, sendo ainda considerada “o futuro do amanhã”.
A criança deve ter condições para se desenvolver física, mental, moral, espiritual e
socialmente, com liberdade e dignidade.
Toda a criança tem direito a um nome e a nacionalidade e, tanto quando possível, o direito
de conhecer os pais e de ser educada por eles.
A criança deve crescer amparada pelos pais e sob a sua responsabilidade, num ambiente
de afecto e de segurança.
Uma criança que seja prejudicada física ou mentalmente deve receber tratamento,
educação e cuidados especiais.
A criança deve ser protegida contra o abandono e a exploração. Não deverá trabalhar
antes de uma idade adequada.
Nos países, este termo refere-se especialmente à constituição nacional que define
princípios políticos fundamentais e estabelece a estrutura, os procedimentos, os poderes e
os deveres do governo.
Para estabelecer de uma forma mais clara a constituição Angolana, referimos, em seguida,
alguns artigos da nossa constituição. Os restantes artigos poderão ser consultados na
própria Coonstitutição, realçando-se que esta não pode ser rasurada ou modificada.
PREÂMBULO
87
Nós, o Povo de Angola, através dos nossos lídimos representantes, Deputados da Nação
livremente eleitos nas eleições parlamentares de Setembro de 2008; Cientes de que essas
eleições se inserem na longa tradição de luta do povo angolano pela conquista da sua
cidadania e independência, proclamada no dia 11 de Novembro de 1975, data em que
entrou em vigor a primeira Lei Constitucional da história de Angola, corajosamente
preservada graças aos sacrifícios colectivos para defender a soberania nacional e a
integridade territorial do país; Tendo recebido, por via da referida escolha popular e por
força do disposto no artigo 158.º da Lei Constitucional de 1992, o nobre e indeclinável
mandato de proceder à elaboração e aprovação da Constituição da República de Angola;
Cônscios da grande importância e magna valia de que se reveste a feitura e adopção da lei
primeira e fundamental do Estado e da sociedade angolana; Destacando que a Constituição
da República de Angola se filia e enquadra directamente na já longa e persistente luta do
povo angolano, primeiro, para resistir à ocupação colonizadora, depois para conquistar a
independência e a dignidade de um Estado soberano e, mais tarde, para edificar, em
Angola, um Estado democrático de direito e uma sociedade justa; Invocando a memória
dos nossos antepassados e apelando à sabedoria das lições da nossa história comum, das
nossas raízes seculares e das culturas que enriquecem a nossa unidade;
88
TÍTULO I PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Artigo 1.º
(República de Angola)
Artigo 2.º
Artigo 3.º
(Soberania)
Artigo 4.º
1. O poder político é exercido por quem obtenha legitimidade mediante processo eleitoral
livre e democraticamente exercido, nos termos da Constituição e da lei.
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2. São ilegítimos e criminalmente puníveis a tomada e o exercício do poder político com
base em meios violentos ou por outras formas não previstas nem conformes com a
Constituição.
Artigo 5.º
(Organização do território)
2. O disposto no número anterior não prejudica as adições que tenham sido ou que
venham a ser estabelecidas por tratados internacionais.
4. A definição dos limites e das características dos escalões territoriais, a sua criação,
modificação ou extinção, no âmbito da organização políticoadministrativa, bem como a
organização territorial para fins especiais, tais como económicos, militares, estatísticos,
ecológicos ou similares, são fixadas por lei.
Artigo 6.º
3. As leis, os tratados e os demais actos do Estado, dos órgãos do poder local e dos entes
públicos em geral só são válidos se forem conformes à Constituição. Artigo 7.º (Costume)
Artigo 8.º
(Estado unitário)
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A República de Angola é um Estado unitário que respeita, na sua organização, os princípios
da autonomia dos órgãos do poder local e da desconcentração e descentralização
administrativas, nos termos da Constituição e da lei.
Artigo 9.º
(Nacionalidade)
Artigo 10.º
(Estado laico)
Artigo 11.º
2. A paz tem como base o primado do direito e da lei e visa assegurar as condições
necessárias à estabilidade e ao desenvolvimento do País.
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salvaguarda do Estado e o asseguramento da estabilidade e do desenvolvimento, contra
quaisquer ameaças e riscos.
Definição de Democracia
A palavra Democracia deriva do vocábulo grego demos que significa povo. Neste sentido,
pode ser definida como um regime governamental, onde o povo tem um poder soberano
sobre o poder legislativo e executivo.
Democracia é o “ governo do povo, pelo povo e para o povo”, tendo como objectivo
generalizado fomentar os valores da tolerância, cooperação e compromisso.
História da Democracia
O governo democrático nasceu em Atenas, na antiga Grécia, no século V a.C; neste tempo, o
povo reunia-se em assembleia e votava, sempre que existia necessidade de tomar decisões
em relação a algum assunto fulcral para a comunidade
Embora esta realidade fosse a desejada, só se concretizava em 10%, sendo que apenas
alguns atenienses tinham direito ao voto: as mulheres, os escravos e os estrangeiros não
eram considerados cidadãos e eram totalmente excluídos das grandes decisões. Roma foi
também um caso onde existia abuso de poder por parte dos monarcas e a Democracia era
apenas uma mera utopia que, na realidade, não existia.
John Locke, filósofo liberal, distinguiu a esfera pública da esfera privada, bem como a
sociedade política e a sociedade civil. Segundo o seu pensamento, o poder apenas é
legítimo se a sua origem for parlamentar, o que significa que ninguém tem o direito de
ocupar um cargo político só porque nasceu numa família nobre.
Rousseau defendeu uma democracia aproximada com a da velha Grécia. Na opinião deste
filósofo, os governantes não são representantes do povo, mas seus agentes. Desta forma,
devem ser subordinados à soberania popular que toma decisões através de assembleias e
referendos.
Ao longo dos anos, muitos foram as opiniões acerca do conceito de Democracia e existiram
várias modificações até a actualidade.
Para uma interpretação mais aprofundada deste tema, ler-se o preâmbulo da constituição
Angolana, presente no ponto anterior.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pe. Binga, E. (2012). Texto de apoio de Ética Especial- ICRA-Cursos de Ciências Religiosas: Ética
da Pessoa. Benguela: ICRA.
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