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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO


DIRECÇÃO NACIONAL DE ENSINO SECUNDÁRIO

STOP SIDA STOP COVID -19


FICHA TÉCNICA

Título: O meu caderno de actividades de Física - 9ª Classe


Direcção: Gina Guibunda & João Jeque
Coordenação Manuel Biriate
Elaboradores: Abdul Nizar & Ossufo Mizinho
Concepção gráfica e Layout: Hélder Bayat & Bui Nguyet
Albert Einstein

Impressão e acabamentos: MINEDH


Revisão: Isaías Mulima & Rui Manjate
Tiragem: xxx exemplares.
ÍNDICE
UNIDADE TEMÁTICA I ..................................................................................................................................... 6
Fenómeno Térmico .......................................................................................................................................... 6
I. Resumo de conteúdos .......................................................................................................... 6
1. Introdução a Termodinâmica ............................................................................................... 6
2. Fenómenos térmicos .............................................................................................................. 6
3. Termómetro (Constituição e funcionamento) .................................................................. 7
4. Escalas Termométricas ......................................................................................................... 7
5. Dilatação dos corpos .............................................................................................................. 9
6. Transmissão de calor ........................................................................................................... 10
II. Exercícios resolvidos ........................................................................................................ 11
III. Exercícios de aplicação ................................................................................................. 12
UNIDADE TEMÁTICA II ..................................................................................... Error! Bookmark not defined.
ESTÁTICA DOS SÓLIDOS.............................................................................................................................. 15
I. Resumo de conteúdos ........................................................................................................ 15
1. Introdução a Estática ............................................................................................................ 15
2. Conceito de força .................................................................................................................. 15
3. Momento de uma força ........................................................................................................ 16
4. Máquinas simples .................................................................................................................. 17
5. Alavanca...................................................................................................................................... 17
6. Roldana .................................................................................................................................... 19
7. Plano inclinado....................................................................................................................... 21
8. Sarilho....................................................................................................................................... 22
9. Algumas aplicações de máquinas simples ........................................................................ 23
As máquinas simples são importantes para a vida do homem, pois elas auxiliam o homem
a realizar trabalhos tais como: ....................................................................................................... 23
II. Exercícios resolvidos ........................................................................................................ 23
III. Exercícios de aplicação ................................................................................................. 24
UNIDADE TEMÁTICA III ................................................................................... Error! Bookmark not defined.
ESTÁTICA DOS FLUÍDOS .............................................................................................................................. 27
I. Resumo de conteúdos ........................................................................................................ 27
1. Introdução à Estática dos Fluídos .................................................................................... 27
2. Pressão exercida por um sólido ........................................................................................ 27
3. Densidade absoluta ou massa específica ...................................................................... 28
4. Pressão exercida por um líquido (pressão hidrostática)...................................... 29
5. Pressão atmosférica ............................................................................................................. 31
6. Experiência de Torricelli ................................................................................................ 31
7. Princípio de Pascal ............................................................................................................... 32
8. Vasos comunicantes ............................................................................................................ 33
9. Princípio de Arquimedes ..................................................................................................... 34
10. Condições de flutuação dos corpos .............................................................................. 34
II. Exercícios resolvidos ........................................................................................................ 35
III. Exercícios de aplicação ................................................................................................. 37
UNIDADE TEMÁTICA IV ................................................................................... Error! Bookmark not defined.
ÓPTICA GEOMÉTRICA ................................................................................................................................... 40
I. Resumo de conteúdos ........................................................................................................ 40
1. Introdução a Óptica Geométrica ....................................................................................... 40
2. Luz ............................................................................................................................................. 40
4. Sombra e penumbra ............................................................................................................ 41
5. Eclipses ................................................................................................................................... 42
6.Reflexão da luz ........................................................................................................................ 43
6. Leis da reflexão ...................................................................................................................... 44
7. Espelho plano ........................................................................................................................ 44
8. Espelhos esféricos ............................................................................................................... 45
9. Fenómeno de refracção de luz ........................................................................................... 47
10. Lentes ..................................................................................................................................... 48
II. Exercícios resolvidos ........................................................................................................ 51
Tópico de soluções ........................................................................................................................................ 55
Bibliografia .......................................................................................................................................................... 59
Meu caderno de actividade de Física-9ªClasse MINEDH-DINES

UNIDADE TEMÁTICA I FENÓMENO TÉRMICO

I. RESUMO DE CONTEÚDOS

1. Introdução a Termodinâmica
Termodinâmica é a parte da Física que se dedica ao estudo dos fenómenos térmicos; isto é,
fenómenos relacionados com o aquecimento e arrefecimento dos corpos.

A designação termodinâmica deve-se ao papel fundamental da temperatura no domínio da Física. A


raiz da palavra provém da palavra grega “therme”, que significa calor. Foi necessária a realização de
várias experiências e análise de muitas contradições para diferenciar e finalmente definir os dois
conceitos (Temperatura e Calor).

2. Fenómenos térmicos
Fenómenos térmicos são fenómenos que estão relacionados com o aquecimento ou arrefecimento
dos corpos.
Exemplo:
- Aquecimento da água
- A formação do gelo
- Dilatação do metano quando é aquecido, etc.

2.1. Conceito Temperatura e Calor


a. Temperatura é a medida do estado de aquecimento ou arrefecimento de um corpo.

b. Calor é a energia transferida entre dois ou mais corpos, devido à diferença de temperaturas entre
eles.
Nota: Calor e temperatura são grandezas diferentes. Calor é a causa que produz a elevação ou
aumento da temperatura ao passo que temperatura é uma consequência do calor.

2.2. Equilíbrio Térmico


Quando um corpo quente fica em contacto com um corpo frio, este aquece e o outro arrefece. Passa
sempre energia do corpo mais quente (maior temperatura) para o mais frio (menor temperatura). Esta
transferência de energia termina quando os dois corpos atingem a mesma temperatura; diz-se
então que os corpos atingiram o equilíbrio térmico.

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Meu caderno de actividade de Física-9ªClasse MINEDH-DINES

2.3. Lei Zero da Termodinâmica


A lei zero da termodinâmica diz que: “se dois corpos A e B estiverem separadamente em equilíbrio
com um corpo C, então os dois corpos A e B têm a mesma temperatura”.
Resumindo: “Dois corpos em equilíbrio com um terceiro, estão em equilíbrio entre si”.

3. Termómetro (Constituição e funcionamento)


Termómetro é o aparelho que serve para medir a temperatura.
a. Tipos de termómetros
 Termómetro de mercúrio
 Termómetro de álcool
 Termómetro de gás, etc.

O termómetro mais vulgar e mais usado é o termómetro de mercúrio.

b. Constituição do termómetro
O termómetro é constituído por:
 Um bolbo (contendo mercúrio como substância termométrica);
 Uma coluna de vidro / reservatório de vidro de forma alongada com um tubo capilar de secção
constante fechada na extremidade superior (Calibrado em partes de igual comprimento ou
volume).

c. Funcionamento do termómetro
Quando a temperatura do termómetro varia, o nível do mercúrio sofre um deslocamento, que nos dá
a conhecer a variação do volume desse líquido que corresponde a um determinado valor indicado no
termómetro.

4. Escalas Termométricas
Em 1779 havia dezanove escalas termométricas em vigor, com enormes diferenças entre uma e
outra. Apenas três são usadas hoje: a Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin.

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4.1. Escala Celsius ou Centígrado


É a escala usada na maior parte dos países, oficializada em 1742, pelo astrônomo e físico sueco
Anders Celsius (1701-1744). Nesta escala a temperatura de congelamento da água sob pressão
normal é de 0° C e a de ebulição é de 100° C.

4.2. Escala Fahrenheit


Esta escala é mais usada nos países de língua inglesa, com excepção da Inglaterra, que já adoptou o
Celsius, foi criada em 1708, pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736). Na escala
Fahrenheit a água congela a 32°F e ferve a 212° F

4.3. Escala Kelvin ou Absoluta


Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson (1824-
1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do
menor estado de agitação de qualquer molécula (0K). Nesta escala o gelo se forma a 273K e a água
ferve a 373K (ao nível do mar).

4.3.1 O zero absoluto (zero Kelvin)


Corresponde à temperatura em que as partículas de um sistema cessariam o seu movimento
vibratório, isto é, estado de agitação nulo. Essa temperatura é na realidade apenas teórica, pois
nunca se conseguiu tal valor. A temperatura mais baixa até hoje conseguida foi de 2,8.10 – 10 K e está
no Guinness, o livro dos recordes (feito anunciado em 1993, realizado no Laboratório de baixas
Temperaturas da Universidade de Tecnologia de Helsinque, na Finlândia).

4.4. Conversão entre as escalas


Às vezes é necessário transformar uma indicação na escala Fahrenheit para escala Celsius e vice-
versa. Abaixo são mostradas as relações que existem entre as escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin.

5 5
TC  .(TF  32) TK  .(TF  32)  273 Onde
TC  TK  273 9 9
ou ou ou TC  Temperatura Celsisus

TK  TC  273 9.TC TF  Temperatura Fahrenheit


9
TF   32 TF  .(TK  273)  32 TK  Temperatura Kelvin
5 5

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5. Dilatação dos corpos


Dilatação térmica é o aumento das dimensões dos corpos devido à elevação da sua temperatura.

De um modo geral, quando aumentamos a temperatura de um corpo (sólido, líquido ou gás),


aumentamos a agitação das partículas que formam esse corpo. Isso causa um afastamento entre as
partículas, resultando em aumento nas dimensões do corpo.

5.1. Dilatação dos sólidos


Existem 3 tipos de dilatação:
 Dilatação linear – aplica-se apenas para os corpos em estado sólido, e consiste na variação
considerável de apenas uma dimensão. Como, por exemplo, em barras, cabos e fios.
 Dilatação superficial – é o aumento da área de um objecto provocado por uma variação de
temperatura.
 Dilatação volumétrica – é a variação do volume de um corpo com a temperatura.

A figura ao lado mostra uma experiência


simples que ilustra a dilatação de um sólido:
à temperatura ambiente, a esfera metálica A
pode passar, com pequena folga, através do
anel B.

Aquecendo-se apenas a esfera, verifica-se que ela não poderá mais passar pelo anel. Devido à
elevação da temperatura, a esfera se dilatou. Se você esperar que a sua temperatura volte ao valor
normal, a esfera se contrairá e tornará a passar pelo anel.

5.2. Dilatação dos líquidos


Como os líquidos não têm forma própria, não é importante o estudo das dilatações lineares e
superficiais dos mesmos. O que interessa, em geral, é o conhecimento de sua dilatação volumétrica.

a. Dilatação aparente
Para se observar a dilatação de um líquido, este deve estar contido em um recipiente, que será
aquecido juntamente com o líquido. Assim, ambos dilatarão e, como o volume do recipiente aumenta,
a dilatação que observamos, para o líquido, será apenas uma dilatação aparente. A dilatação real do
líquido será maior do que a dilatação aparente observada. Esta dilatação real é, evidentemente, igual
à soma da dilatação aparente com a dilatação volumétrica do recipiente.

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b. Dilatação irregular da água


Os corpos sólidos e líquidos, em geral, têm os seus volumes aumentados, quando elevamos a
temperatura. Entretanto, algumas substâncias, em determinados intervalos de temperatura,
apresentam um comportamento inverso, isto é, diminuem de volume quando suas temperaturas
aumentam.

A água, por exemplo, é uma das substâncias que apresenta esta irregularidade na dilatação. Quando
a temperatura da água é aumentada, entre 0° C e 4° C, o seu volume diminui. Elevando-se sua
temperatura para acima de 4° C, ela se dilata normalmente.

É por este motivo que, em países onde o inverno é rigoroso, os lagos e rios se congelam na
superfície, a água de máxima densidade encontra-se no fundo, isto é, a 4° C. Este facto é
fundamental para a preservação da fauna e da flora destes lugares. Se a água não apresentasse esta
irregularidade na dilatação, os rios e lagos se congelariam totalmente, causando danos irreparáveis
às plantas e animais aquáticos.

6. Transmissão de calor
Na natureza existe três formas básicas de transmissão de calor, que são: transmissão de calor por
condução, convecção e por radiação.
a. Transmissão de calor por condução
O calor transmite-se através da matéria sem que esta se desloque. Ao aquecermos uma das
extremidades de uma barra, os átomos aí existentes adquirem maior energia de agitação, e esta
propaga-se a outros átomos até ser atingida a outra extremidade da barra.

Exemplo 1: Quando se segura um metal (Ferro) numa das extremidades e põe-se em contacto com
a chama de uma vela, sente-se quentura devido à transmissão de calor por condução no metal.

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Exemplo 2: Enquanto se cozinha algo, se deixarmos uma colher encostada na panela, que está
sobre o fogo, depois de um tempo ela aquecerá também.

b. Transmissão de calor por convecção


Processo de transmissão de calor que se dá por transporte de matéria. Quando um gás ou líquido é
aquecido, as partes mais próximas à fonte de calor se expandem, tornam-se menos densas e sobem;
as partes frias descem. Isto resulta na transferência de calor do lugar mais quente para mais frio.

Exemplo 1: Quando se põe uma panela com água no fogão, o calor que vai sendo transmitido por
condução às camadas inferiores do líquido é depois transmitido por convecção às camadas
superiores e até a todo líquido.

Exemplo 2: O ar que está nas planícies é aquecido pelo sol e pelo solo, assim ficando mais leve e
subindo. Então as massas de ar que estão nas montanhas, e que está mais frio que o das planícies,
toma o lugar vago pelo ar aquecido, e a massa aquecida se desloca até os lugares mais altos, onde
resfriam. Estes movimentos causam, entre outros fenômenos naturais, o vento.

c. Transmissão de calor por radiação


É a propagação de energia que não necessita de um meio material para acontecer, pois o calor se
propaga através de ondas eletromagnéticas. O Sol transmite o calor por meio das radiações
infravermelhas, luz invisível que tem a propriedade de transportar calor. O corpo que emite a energia
radiante é chamado emissor ou radiador e o corpo que recebe, o receptor.

Exemplo: Imagine um forno micro-ondas. Este aparelho aquece os alimentos sem haver contacto
com eles, e ao contrário do forno à gás, não é necessário que ele aqueça o ar. Enquanto o alimento é
aquecido há uma emissão de micro-ondas que fazem sua energia térmica aumentar, aumentando a
temperatura.

II. Exercícios resolvidos

1. Um turista brasileiro, ao descer no aeroporto de Chicago (EUA), observou um termômetro


marcando a temperatura local (68 °F). Fazendo algumas contas, ele verificou que essa
temperatura era igual à de São Paulo, quando embarcara. Qual era a temperatura de São Paulo,
em graus Celsius, no momento do embarque do turista?

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2. Assinale com V ou F as seguintes alíneas.


a. Sempre que uma substância absorve calor a sua temperatura diminui. (.........)
b. Quando dois corpos com temperaturas iguais são postos em contacto, o corpo mais quente cede
calor ao corpo menos quente. (.........)
c. Não é verdade que a unidade da temperatura no sistema internacional é Kelvin (K). (.........)

3. Quando uma enfermeira coloca um termómetro clínico de mercúrio sob a língua de um paciente,
por exemplo, ela sempre aguarda algum tempo antes de fazer a sua leitura. Esse intervalo de tempo
é necessário
a. para que o termómetro entre em equilíbrio térmico com o corpo do paciente. (.........)
b. para que o mercúrio, que é muito pesado, possa subir pelo tubo capilar. (.........)
c. para que o mercúrio passe pelo estrangulamento do tubo capilar. (.........)

4. Compare as seguintes temperaturas.


a. 273 K_____0 °C c. 1 F_____1 °C
b. 212 F______100 °C d. 278 K______2 °C

III. Exercícios de aplicação

1. Diga, com suas palavras, o que entende por fenómeno térmico. Dê quatro seis (6) exemplos de
fenómenos térmicos.

2. Dois corpos A e B, com temperaturas diferentes, sendo TB > TA, são colocados em contacto e
isolados de influências externas.
a. Qual dos corpos é mais frio?
b. Como se denomina o estado para o qual tendem os dois corpos?
c. Quando este estado é atingido, o que pode dizer sobre os valores de TA e TB ?

3. Acha seguro comparar a temperatura de dois corpos através do tacto? Explique sua resposta.

4. Para se medir a temperatura de uma pessoa, devemos manter o termómetro em contacto com ela
durante um certo tempo. Porquê?

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5. A unidade da temperatura no sistema internacional é:


A Celsius B Kelvin C Fahrenheit

6. O que entende por "zero absoluto"? Qual o valor desta temperatura na escala Celsius?

7. Passe para a escala Fahrenheit as seguintes temperaturas:


a. – 5° C b. 35 K

8. Passe para a escala Absoluta as seguintes temperaturas:


a. 26,1° C b. 66,8F

9. Passe para a escala Centígrado as seguintes temperaturas:


a. 45 F b. 88,8 K

10. Na coluna reservada à previsão do tempo, um jornal londrino de um certo dia de Dezembro de
1968 informava que a temperatura nesse dia era de 41 F. Estava frio ou quente nesse dia? Justifique

11. Uma senhora acompanhou seu filho (MIZINHO) ao Hospital Central de Maputo e o médico lhe
informou que a temperatura do MIZINHO era de 98,6 F. O MIZINHO estava doente ou não? Justifique
a sua resposta.

12. Associamos a existência de calor


A a qualquer corpo, pois todo corpo possui calor.
B apenas àqueles corpos que se encontram "quentes".
C a situações nas quais há, necessariamente, transferência de energia.

13. Para se admitir a existência de calor


A basta um único sistema (corpo).
B são necessários, pelo menos, dois sistemas.
C basta um único sistema, mas ele deve estar "quente".

14. Para se admitir a existência de calor deve haver


A uma diferença de temperatura.
B uma diferença de massas.
C uma diferença de energias.

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15. Calor é
A a energia cinética das moléculas.
B a energia transmitida somente devido a uma diferença de temperaturas.
C a energia contida em um corpo.

16. No interior de um quarto que não tenha sido aquecido ou refrigerado durante vários dias
A a temperaturas dos objectos de metal é inferior à dos objectos de madeira.
B a temperatura dos objectos de metal, das cobertas e dos demais objectos é a mesma.
C nenhum objecto apresenta temperatura.

17. A água (a 0 ºC) que resulta da fusão de um cubo de gelo (a 0 ºC), contém, em relação ao gelo
A mais energia B menos energia C a mesma energia

1. 18. Uma mistura de gelo e água a 0 ºC, é mantida isolada a essa temperatura. Nessas condições
A funde-se todo o gelo B funde-se parte do gelo C não funde gelo

19. Dois cubos metálicos A e B são postos em contacto. A está mais "quente" do que B. Ambos estão
mais "quentes" do que o ambiente. Após um certo tempo, a temperatura de A e B será
A igual à temperatura do ambiente
B igual à temperatura inicial de B
C uma média entre as temperaturas iniciais de A e B.

20 Duas pequenas placas A e B do mesmo metal e da mesma espessura são colocadas no interior
de um forno, o qual é fechado e ligado. A massa de A é o dobro da massa de B (mA = 2mB).
Inicialmente as placas e o forno encontram-se todos à mesma temperatura. Muito tempo depois a
temperatura de A será:
A o dobro da de B. B a metade da de B. C a mesma da de B.

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UNIDADE TEMÁTICA II ESTÁTICA DOS SÓLIDOS

I. Resumo de conteúdos

1. Introdução a Estática
Estática é o capítulo da Física que estuda as condições de equilíbrio de um corpo sujeito à acção de
um sistema de forças.

2. Conceito de força
Força é toda causa capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento dos corpos, ou ainda
causar-lhes deformações.

A unidade da força no S.I. é o Newton (N), em homenagem ao físico é matemático inglês Isacc
Newton.
A força resultante que actua sobre um corpo é dada por:

2.1. Características duma força


A força é uma grandeza física vectorial, isto é, possui módulo, sentido, direcção e um ponto de
aplicação.
Exemplo:

Módulo: 10N
Sentido: Da direita para a esquerda
Direcção: Horizontal
Ponto de aplicação: Ponto A

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2.2. Força de gravidade - peso


É a força com que a terra atrai os corpos para o seu centro. O seu ponto de aplicação chama-se
centro de gravidade.

Os centros de gravidade de corpos regulares coincidem com os centros geométricos dos mesmos.
Observe os centros de gravidade das figuras abaixo:

O peso de um corpo é igual a força de gravidade. Assim:

3. Momento de uma força

É a grandeza física que permite avaliar o efeito de rotação de uma máquina simples.
Por exemplo, quando se pretende apertar ou desapertar um parafuso com uma chave qualquer
(francesa, por exemplo), o aperto do parafuso não depende somente da força a aplicar (exercer)
sobre a chave, mas também do ponto onde aplicar a tal força. Quanto maior for o braço da chave,
tanto mais fácil se torna a realização da tarefa.

3.1. Momento de uma força em relação a um ponto

Ao produto da intensidade da força F pelo seu braço (b) dá-se o nome de momento da força (M) em
relação ao ponto "O".

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A unidade do momento da força no S.I é N.m.

4. Máquinas simples
Máquinas simples são instrumentos simples que permitem ao homem realizar as suas tarefas mais
rapidamente, isto é, facilitam o trabalho do homem.

4.1. Tipos de máquinas simples


Existem 3 tipos de Máquinas Simples, a saber:
 Alavanca;
 Roldana;
 Plano inclinado.

Exemplos de máquinas simples: Tesoura, alicate, martelo, carinho de mão, chave de fendas, chave
inglesa, etc.

5. Alavanca
A qualquer sistema rígido, móvel em torno de um ponto fixo, dá-se o nome de alavanca.
Numa alavanca destacam-se os seguintes elementos:
a. Fulcro ou ponto de apoio (O): é o ponto onde o sistema se apoia, quer dizer, onde a alavanca
encontra o seu ponto de rotação.

b. Força potente (FP): é a força que se aplica (força exercida pela pessoa) para vencer ou equilibrar
a Força resistente (FR).

c. Braço da potência (bP): é a distância que vai do ponto de aplicação da força potente até ao fulcro.

d. Braço da resistência (bR): é a distância que vai do ponto de aplicação da força resistente até ao
fulcro.

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FP
FR
bP bR

5.1. Tipos de alavancas


Existem três tipos de alavancas:
a. Inter-fixa – o fulcro situa-se entre a força resistente e a força potente. Exemplo: alavanca,
tesoura, pedal de travão de um carro, etc.

b. Inter-resistente – a força resistente encontra-se entre a força potente e o fulcro. Exemplo:


carrinho de mão, bomba para extrair água, etc.

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c. Inter-potente – a força potente situa-se entre a força resistente e o fulcro. Exemplo: pinça de
gelo.

5.2. Condição de equilíbrio de uma alavanca

Para que uma alavanca esteja em equilíbrio, é necessário que o momento da força potente (MP)
em relação ao fulcro, seja igual ao momento da força resistente (MR) em relação ao mesmo
ponto.

6. Roldana
É uma máquina simples, constituída por um disco rígido que pode girar livremente em torno de um
eixo fixo. À volta do disco existe um sulco, chamado gola por onde se faz passar uma corda. Numa
das extremidades, prende-se o corpo que se pretende equilibrar, puxando-se pela outra extremidade.
Existem dois tipos de roldanas:

6.1. Roldana fixa


É caracterizada por ter o eixo de rotação fixo. Para que exista equilíbrio na roldana fixa, é necessário
que a força potente seja igual a força resistente.

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6.2. Roldana móvel


Na roldana móvel, o eixo de rotação é móvel, isto é, pode subir ou descer conforme as necessidades.

Fr
Fp 
2

A força potente que deve ser aplicada para que uma roldana móvel fique em equilíbrio é igual a
metade da força resistente.

6.3. Associação de roldanas


As roldanas podem ser usadas individualmente ou associadas. Uma forma bastante simples de
associar as roldanas, é em talha.

6.3.1. Talha

Chama-se talha, à associação de várias roldanas móveis e por uma roldana fixa.

Pela gola de cada uma das roldanas móveis, passam cordas diferentes e, as extremidades de cada
corda, ligam-se a pontos e à alça da roldana imediatamente superior.

A força potente numa talha é dada por:

20
Meu caderno de actividade de Física-9ªClasse MINEDH-DINES

FR onde :
Fp 
2n n  é o número de roldanas móveis

6.3.2. Cardinal
O outro modo de aumentar a vantagem mecânica das roldanas consiste na associação de várias
roldanas fixas (num único bloco) com várias roldanas móveis (todas num mesmo bloco). A este tipo
de associação dá-se o nome de cardenal. Há várias maneiras de associar as roldanas em cardenais;
eis algumas:

Para cardenal de 4 roldanas (duas fixas + duas móveis) tem-se , para cardenal de 6 roldanas

(três fixas e três móveis) tem-se etc.

7. Plano inclinado
São superfícies planas, rígidas, inclinadas   90º 90) em relação à horizontal, que servem para
multiplicar forças, constituindo, portanto, máquinas simples.

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Meu caderno de actividade de Física-9ªClasse MINEDH-DINES

Em conformidade com a antiga lei áurea da mecânica (Lei de Ouro da mecânica) que dizia:
A vantagem mecânica do plano inclinado depende da relação entre o comprimento do plano e a sua
altura.

8. Sarilho
É um tipo de máquina simples que também tem a finalidade de multiplicar forças.

O sarilho é composto por um cilindro metálico ou de madeira que pode girar em torno de um eixo
horizontal, accionado por uma manivela. Sobre o cilindro enrola-se uma corda na qual uma das suas
extremidades está fixa ao cilindro e na outra se suspendem corpos que se pretendem elevar, baixar
ou equilibrar, sendo necessário aplicar na manivela do sarilho uma força potente para fazer girar o
cilindro.

Onde:
Rm → raio ou comprimento da manivela (bp)
Rc → raio do cilindro (bR)

O funcionamento de um sarilho é semelhante ao de uma alavanca interfixa. Por analogia, pode-se


escrever a condição de equilíbrio de um sarilho da seguinte maneira:

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9. Algumas aplicações de máquinas simples


As máquinas simples são importantes para a vida do homem, pois elas auxiliam o homem a realizar
trabalhos tais como:
 Levantar corpos pesados aplicando menor força, elevar blocos de pedra, fardos, carros,
camiões, barris, caixotes, etc;
 Extrair água do poço;
 Transportar cargas, diminuindo o esforço humano.

II. Exercícios resolvidos

1. Durante as aulas de física falámos sobre máquinas simples. Observe as figuras abaixo e escreva o
nome de cada máquina nelas representada.

2. A figura mostra a Rita a equilibrar uma pedra grande através de uma alavanca.
Pedra Menina Rita

a. Que tipo de alavanca está representada na figura?


b. Calcule o valor da força exercida pela Rita
(força potente). 0,5 m 2,5 m FP  ?
FR  2000 N

3. Sobre a figura abaixo, é correcto afirmar que:


a. É uma talha e tem 3 roldanas;
b. É um cadernal e tem 3 roldanas móveis;
c. É uma talha e tem 3 roldanas móveis;
d. É um cadernal e tem 3 roldanas;
e. As alíneas a) e c) estão correctas.

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Resolução:
A Roldana Móvel
B Sarinho
C Alavanca Inter-fixa
D Plano inclinado

III. Exercícios de aplicação

1. Aplicando a sua inteligência, o homem busca, constantemente, a maneira de aproveitar ao máximo


a sua força. Dê dois exemplos de máquinas simples que permitem ao homem aplicar as suas ideias.
1.2. A figura representa uma alavanca. De acordo com as condições da figura, calcule o valor da
força F1 necessária para equilibrar a força F2

1.3. A figura representa o Sr. Lúcio com o seu sobrinho Francisco a brincarem num baloiço de um
parque de diversões. De acordo com as condições da figura, responda às questões que se seguem.

a. Que tipo de alavanca representa o baloiço?


b. Calcule a distância que o Francisco está
sentado do centro do baloiço, sabendo que este
está em equilíbrio.

3. Durante as aulas de Física, o professor falou de máquinas simples.


a. Defina, por palavras suas, uma roldana:
 Fixa;
 Móvel.
b. Explique por palavras suas a diferença entre uma roldana fixa e móvel.
c. Qual delas é mais vantajosa? E justifique porquê?
d. Indique cinco (5) aplicações de roldanas na vida diária.

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4. Observe com atenção as seguintes figuras e responda às questões que se seguem.

a. Indique o nome de cada máquina simples.


b. Calcule, em cada caso, o valor da incógnita,
sabendo que estão em equilíbrio os sistemas e,
em seguida, calcule as massas de cada corpo.
(use g  10m / s )
2

c. Qual das máquinas é mais vantajosa? Porquê?

5. Para aumentar as vantagens mecânicas das roldanas, elas são usadas em forma associada.
a. Quantas maneiras de associar as roldanas você conhece? Defina pelo menos uma das maneiras.
b. De que depende a força que deve ser aplicada numa talha para mantê-la em equilíbrio, se a força
a ser equilibrada for constante?

6. Observe com muita atenção as seguintes figuras.


a. Indique o nome de cada máquina simples.
b. Quantas roldanas móveis têm cada máquina simples? E
quantas fixas?
c. Qual é a importância das máquinas simples na vida do
homem?

d. Determine o valor da força FR em cada caso e massa de cada corpo, sabendo que os sistemas

estão em equilíbrio. (use g  10m / s ).


2

7. As figuras que se seguem representam sistemas constituídos por uma alavanca e uma roldana.
Determine, os valores das incógnitas, em cada caso, para que os sistemas fiquem em equilíbrio.

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8. O raio do cilindro de um certo sarilho mede 4cm e o comprimento da manivela mede 28cm . Que
força será necessário aplicar na manivela do sarilho para que se possa equilibrar um fardo com o
peso 630N ?

9. O raio do cilindro de um determinado sarilho é 6 vezes menor que o raio da manivela. Qual deve
ser a intensidade da força a aplicar na manivela desse sarilho para que se possa equilibrar um balde
com a massa de 6.6Kg. (use g  10m / s ).
2

10. Observe com muita atenção as figuras abaixo. A alternativa que contém os tipos dessas
alavancas, respectivamente, é:
A Inter-resistente, inter-fixa e inter-potente;
B Inter-fixa, inter-potente e inter-resistente;
C Inter-fixa, inter-resistente e inter-potente;
D Inter-potente, inter-resistente e inter-fixa.

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UNIDADE TEMÁTICA III ESTÁTICA DOS FLUÍDOS

I. Resumo de conteúdos

1. Introdução à Estática dos Fluídos


Estática dos Fluídos é a parte da Física que estuda as condições de equilíbrio estático dos fluidos.

Fluido é uma substância que pode escoar na fase líquida ou gasosa. Uma diferença entre líquidos e
gases é a capacidade de ser comprimido, ou seja, a compressibilidade. Os gases são facilmente
comprimidos, por isto, são chamados de compressíveis. Enquanto os líquidos só são comprimidos
com técnicas avançadas que envolvem altíssima pressão, por isto, na prática são chamados de
incompressíveis. Na figura abaixo, a compressibilidade de um gás e a incompressibilidade de um
líquido são ilustradas.

2. Pressão exercida por um sólido

A pressão pode ser definida como a intensidade de uma força actuante F numa determinada área A.

E é dada pela seguinte expressão:

A unidade de pressão no SI é o Newton por metro quadrado (N/m2), também denominada pascal
(Pa).

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Na literatura industrial, encontram-se outras unidades como:


 atmosfera (atm);
 torricelli (torr);
 quilograma-força por centímetro quadrado (kgf/cm2);
 bar;
 milímetro de mercúrio (mmHg).

Deve-se observar que o valor da pressão depende não só do valor da força exercida F, mas também
da área A na qual esta força está distribuída. Por outro lado, uma mesma força poderá produzir
pressões diferentes, dependendo da área sobre a qual ela actuar. Assim, se a área A for muito
pequena, poderemos obter grandes pressões, mesmo com pequenas forças. Por este motivo, os
objectos de corte (faca, tesoura, enxada, etc.) devem ser bem afiados e os objectos de perfuração
(prego, broca, etc.) devem ser pontiagudos.

3. Densidade absoluta ou massa específica


É a relação entre a massa m e o volume V de um corpo. A massa específica ou densidade absoluta
do corpo será representada pela regra ρ e definida da seguinte maneira:

No sistema SI, a unidade de densidade é kg/m3; no sistema CGS a unidade é g/cm3.

A densidade absoluta é uma propriedade específica, isto é, cada substância pura tem uma densidade
própria, que a identifica e a diferencia das outras substâncias. Ela também pode ser utilizada na

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identificação e no controle de qualidade de um determinado produto industrial, bem como ser


relacionada com a concentração de soluções.

4. Pressão exercida por um líquido (pressão hidrostática)

Considerando um líquido em equilíbrio no interior de um recipiente, a pressão que ele exerce no


fundo do recipiente (ponto A) é directamente proporcional à densidade do líquido, à aceleração de
gravidade local e à profundidade.
Em termos matemáticos:

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Note que a forma do recipiente não afecta a pressão e que esta é a mesma em todos os pontos de
mesma profundidade. Isto implica que líquidos em equilíbrio têm a sua superfície livre sempre na
horizontal e que pontos situados à mesma profundidade têm pressões iguais:

4.1. Equação fundamental da Hidrostática – Lei de Steven (diferença de pressões)

Considerando um líquido em equilíbrio no interior de um recipiente, sendo PA e PB as pressões nos


pontos A e B, a diferença das pressões é directamente proporcional à densidade (ρ) do líquido, à
aceleração da gravidade local (g) e à diferença de nível entre os pontos (h).

Quando a superfície do líquido está sujeita à acção da pressão atmosférica, o cálculo da


pressão no ponto P é realizado com base na seguinte fórmula:

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5. Pressão atmosférica
Na superfície da Terra, experimentamos uma pressão devido ao facto de estarmos submersos dentro
de um fluido que é o ar (uma mistura de gases). Essa mistura de gases, que envolve a Terra, é a sua
atmosfera. Por isso, a pressão desse fluído é conhecida como pressão atmosférica.

No SI, a Patm é em Pascal (Pa); mas é uma unidade pequena, kPa. É geralmente usada para a
pressão atmosférica.

Em aplicação com vácuo, a unidade “torr” é geralmente usada; 1 mmHg = 1 torr.

IMPORTANTE
A pressão atmosférica diminui com a altitude, isto é, quanto maior for a altitude, menor será a
pressão atmosférica e vice-versa.

6. Experiência de Torricelli

Torricelli, realizou uma famosa experiência que, além de demonstrar que a pressão atmosférica
existe realmente, permitiu a determinação de seu valor.

Para realizar sua experiência, Torricelli tomou um tubo de vidro, com cerca de 1 m de comprimento,
fechado em uma de suas extremidades, enchendo-o completamente com mercúrio. Tampando a
extremidade livre e invertendo o tubo, mergulhou esta extremidade em um recipiente contendo
também mercúrio. Ao destampar o tubo, Torricelli verificou que a coluna líquida descia, até estacionar

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a uma altura de cerca de 76 cm acima do nível do mercúrio no recipiente. Concluiu, então, que a
pressão atmosférica, Patm, actuando na superfície do líquido no recipiente, conseguia equilibrar a
coluna de mercúrio. Como a altura da coluna líquida no tubo era de 76 cm, Torricelli chegou à
conclusão de que o valor da pressão atmosférica, equivale à pressão exercida por uma coluna de
mercúrio de 76 cm de altura, isto é;

Por este motivo, a pressão de 76 cmHg é denominada 1 atmosfera (1 atm) e definida como uma
unidade de pressão.

7. Princípio de Pascal

O princípio físico que se aplica, por exemplo, aos elevadores hidráulicos


dos postos de gasolina e ao sistema de freios e amortecedores, deve-se ao físico e matemático
francês, Blaise Pascal (1623-1662). Em 1653, ele enunciou:

“Qualquer acréscimo de pressão num ponto qualquer de um líquido em repouso é


integralmente transmitido a todos os outros pontos desse líquido e em todas as direcções”.

O princípio de Pascal é ilustrado pela operação de uma prensa hidráulica

7.1. Prensa Hidráulica


A pressão provocada por esta força é transmitida para todas as partes do líquido, Portanto, como a
pressão transmitida é a mesma, temos:

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Como se pode observar, a prensa hidráulica é um aparelho que multiplica forças, com um factor igual
à relação entre as áreas dos dois pistões.

8. Vasos comunicantes
Chamam-se vasos comunicantes ao conjunto de dois, ou mais vasos que se comunicam entre si por
meio de um tubo, de vidro, de plástico ou de borracha. Num sistema de vasos comunicantes, quando
o líquido está em repouso a superfície livre do líquido atinge o mesmo nível em todos os vasos,
qualquer que seja a forma destes, sendo a superfície livre um plano horizontal.

Exemplos de vasos comunicantes:

8.1. Vasos comunicantes contendo líquidos imiscíveis


Quando dois líquidos que não se misturam (imiscíveis) são colocados num mesmo recipiente, eles se
dispõem de modo que o líquido de maior densidade ocupe a parte de baixo e o de menor densidade
a parte de cima. A superfície de separação entre eles é horizontal.
Exemplo: água e petróleo.

Caso os líquidos imiscíveis sejam colocados num sistema constituídos por vasos comunicantes,
como um tubo em U, eles dispõem-se de modo que as alturas das colunas líquidas, medidas a partir
da superfície de separação, sejam proporcionais às respectivas densidades. Na figura ao lado, sendo
ρ1 a densidade do líquido menos denso, ρ2 a densidade do líquido mais denso, h1 e h2 as respectivas
alturas das colunas, obtemos:

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9. Princípio de Arquimedes

Arquimedes expressou as conclusões de suas observações num princípio que conhecemos como o
princípio de Arquimedes, e que diz o seguinte:

Então, para calcular o valor do empuxo exercido sobre um corpo, basta calcular o peso do líquido
deslocado pelo corpo.

10. Condições de flutuação dos corpos


Nem todos os objectos que colocamos num líquido se comportam da mesma forma: alguns afundam,
outros ficam na superfície, outros, descem um pouco e param no meio do líquido.

Para saber o que ocorre com o objecto, precisamos de estudar a relação entre as forças que agem
sobre ele. Podem ocorrer três situações distintas:

Na tabela abaixo, está um resumo que explica o que ocorre em cada uma das três situações:

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II. Exercícios resolvidos

1. Calcule a pressão exercida sobre uma superfície de 4m2 , quando é aplicada uma Força de 12N.
Resolução:

2. Para determinar a pureza de uma peça de ouro de 5,02 g, mergulhou-se a peça em um recipiente
graduado, contendo água. Pela diferença do nível da água antes e depois de mergulhar a peça,
determinou-se o volume da peça em 0,26 cm3. A peça é realmente de ouro?
Resolução:

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3. Um peixe de água salgada está submerso no mar a 50 m de profundidade, em um local onde a


pressão atmosférica é de 1,0 atm. Sabendo-se que a densidade da água do mar é de 1,03.103 kg/m3
e g=10 m/s2 , determine a pressão a que o peixe está submetido.
Resolução:

4. Um grande reservatório contém dois líquidos, A e B, cujas densidades são ρA=0,70 g/cm3 e ρB=1,5
g/cm3 (veja a figura ao lado). Despreze a pressão atmosférica.

a. Identifique os líquidos A e B. Justifique.


b. Qual é a pressão no ponto 1?
c. Calcule a pressão no ponto 2
d. Qual é a pressão no ponto 3?

Resolução:
a. Identifique os líquidos A e B. Justifique.
R: O líquido A é o de cima, pois tem menor densidade.

b. Qual é a pressão no ponto 1?


R: A pressão no ponto 1 é igual a zero, pois não há líquido e a pressão atmosférica é desprezada.

c. Calcule a pressão no ponto 2?

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d. Qual é a pressão no ponto 3?

III. Exercícios de aplicação

1. Um objecto de madeira flutua num poço de água (  água  1000 Kg / m ). A madeira possui 0,5 kg
3

de massa e a aceleração de gravidade local é de 10 m/s2. Determine:


a. A força de empuxo?
b. O volume de água deslocado pela madeira?

2. Um objecto com massa de 10 kg e volume de 0,002 m3 é colocado totalmente dentro da água (

  1 g / cm 3 ). (use g = 10 m/s2)
a. Represente todas forças que actuam sobre o objecto.
b. Qual é o valor do peso do objecto?
c. Qual é a intensidade da força de empuxo que a água exerce no objecto?
d. Qual é o valor do peso aparente do objecto?
e. Desprezando o atrito com a água, determine a aceleração do objecto.
f. O objecto flutua ou afunda? Justifique.

3. Um cubo de madeira (  c = 0,65 g/cm3), com 20 cm de aresta, flutua na água (  água  1 g / cm ).


3

Determine a altura do cubo que permanece dentro da água.

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4. Uma pedra está mergulhada num rio, apoiada sobre o seu leito. Você abaixa-se e a levanta, mas
sem tirá-la da água.
a. Faça um esquema mostrando as forças que agem sobre a pedra.
b. Ela lhe parecerá mais leve ou mais pesada do que se estivesse fora da água? Justifique.
c. Porque é que a pedra se encontra apoiada sobre o leito do rio.

5. Um tronco está boiando na superfície de um lago. Metade do tronco está emersa na água e a outra
está imersa. O volume do tronco é igual a 1 m3. Considere a densidade da água do mar como sendo
1000 Kg/ m3.
a. Faça um esquema indicando as forças que actuam sobre o tronco.
b. Calcule o valor do empuxo recebido pelo tronco.
c. Qual é o seu peso? E qual a sua massa?
d. Calcule a densidade do material que compõe o corpo.

7
6. A figura abaixo mostra um corpo, que flutua em água com do seu volume emerso.
8
5
O mesmo corpo flutua num determinado líquido com do seu volume emerso. Calcule a razão
6
entre a massa específica do líquido e a da água.

7. Um corpo de massa m e volume V está submerso num líquido de densidade  . A força de


impulsão é F. Um outro corpo de massa 4m e volume 2V está submerso num líquido de densidade

.Compare as forças de impulsão nos dois casos.
2

8. Um corpo foi mergulhado num líquido. Depois de ser largado, verificou-se que ele ficou em
equilíbrio. Então não é incorrecto afirmar que:
a. O empuxo é menor que o peso.
b. O empuxo é maior que o peso

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c. A densidade do corpo é igual a do líquido


d. A densidade do corpo é maior que a do líquido.
e. O empuxo é igual ao peso.

9. Uma pedra, cuja massa específica é de 3,2 g / cm3, ao ser inteiramente submersa em determinado
líquido, sofre uma perda aparente de peso, igual à metade do peso que ela apresenta fora do líquido.
A massa específica desse líquido é, em g / cm3,
a. 4,8 b. 3.2 c. 2,0
d. 1,6 e. 3,2

10. Um ovo colocado num recipiente com água vai até o fundo, onde fica apoiado, conforme a figura.
Adicionando-se sal em várias concentrações, ele assume as posições indicadas nas outras figuras B,
C, D e E.

A situação que indica um empuxo menor do que o peso do ovo é a da figura:


a. A b. B c. C
d. D e. E

11. Dê respostas objectivas aos problemas que a seguir são apresentados, esquematizando sempre
que necessário.
a. A altura duma coluna líquida é de 9m. Faça o esquema do exercício e calcule
a pressão dum ponto que se encontra a 6m do fundo do fluido, sabendo que a
densidade do fluido é de 3000 Kg/m3. Considere g=10 m/s2.

b. Do problema representado pela figura ao lado, calcule a variação da pressão


(PB-PA) entre os dois pontos. Sabe-se que a densidade do fluido é de 3000kg/m3, considere
g=10m/s2.

c. Faça o esquema do problema e calcule a pressão total no fundo de um lago à 2m de profundidade.


São dados: patm = 105 N/m2; g = 10 m/s2, ρágua = 1000 kg/m3.

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UNIDADE TEMÁTICA IV ÓPTICA GEOMÉTRICA

I. Resumo de conteúdos

1. Introdução a Óptica Geométrica


A óptica é a parte da Física que estuda os fenómenos relacionados com a luz.

2. Luz
A luz, ou luz visível como é fisicamente caracterizada, é uma forma de energia radiante. É o agente
físico que, actuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão.

2.1. Fontes de luz


Fontes de luz são todos os corpos dos quais se podem receber luz, podendo ser fontes primárias ou
secundárias.
 Fontes primárias: também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz
própria, como por exemplo, o sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa,...

 Fontes secundárias: também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a
luz que recebem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os
objectos visíveis que não têm luz própria.

2.2. Meios de propagação da luz


a. Meio transparente
É um meio óptico que se deixa atravessar totalmente pela luz, ou seja, o observador vê um objecto
com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc...

b. Meio translúcido
É um meio óptico que se deixa atravessar parcialmente pela luz., ou seja, o observador vê o objecto
através do meio, mas sem nitidez.

c. Meio opaco
É um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um objecto
através do meio.

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2.3. Raios de luz


São a representação geométrica da trajectória da luz, indicando sua direcção e o sentido da sua
propagação. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta orientado no sentido da
propagação.

2.4. Feixe de luz


É um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:

a. Convergente: os raios de luz convergem para um ponto;

b. Divergente: os raios de luz divergem a partir de um ponto;

c. Paralelo: os raios de luz são paralelos entre si.

3. Princípios da Óptica Geométrica


1º) Princípio da propagação retilínea da luz: num meio homogêneo e transparente, a luz propaga-
se em linha recta.

2º) Princípio da reversibilidade dos raios de luz: o caminho seguido pela luz independe do sentido
de propagação.

3º) Princípio da independência dos raios de luz: um raio de luz, ao cruzar com outro, não interfere
na sua propagação.

4. Sombra e penumbra
Quando um corpo opaco é colocado entre uma fonte de luz e um anteparo é possível delimitar
regiões de sombra e penúmbra.

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 Sombra é a região do espaço que não recebe luz directa da fonte.

 Penumbra é a região do espaço que recebe apenas parte da luz directa da fonte, sendo
encontrada apenas quando o corpo opaco é posto sob influência de uma fonte.

5. Eclipses
A explicação científica dos eclipses é bastante simples e baseia-se nos movimentos da Terra e da
Lua em volta do Sol e na propagação rectilínea da luz.

5.1. Eclipse solar


Durante o movimento da Terra em volta do Sol, a Lua move-se em volta da Terra. Quando a Terra, a
Lua e o Sol encontram-se no mesmo plano e estando a Lua situada entre a Terra e o Sol, o cone de
sombra da Lua cai sobre a Terra

5.2. Eclipse lunar


O eclipse lunar ocorrerá, quando a Lua penetrar na região do cone de sombra da Terra. O eclipse
será parcial quando a Lua estiver na posição “1” e total quando a Lua estiver na posição “2”

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6.Reflexão da luz

Reflexão é o fenômeno que consiste no facto de a luz voltar a se propagar no meio de origem, após
incidir sobre uma superfície de separação entre dois meios.

AB = raio de luz incidente


BC = raio de luz reflectido
N = recta normal à superfície no ponto B
T = recta tangente à superfície no ponto B
i = ângulo de incidência, formado entre o raio incidente e a recta normal.
r = ângulo refletido, formado entre o raio refletido e a recta normal.

A reflexão da luz pode ter efeitos diferentes, dependendo do tipo da superfície reflectora:

a. Reflexão difusa ou irregular


A luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja, os raios
incidentes são paralelos, mas os reflectidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, como as
paredes.

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b Reflexão regular
A luz que incide na superfície retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os raios incidentes e
reflectidos são paralelos. Ocorre em superfícies bem polidas, como espelhos.

6. Leis da reflexão
Os fenômenos em que acontecem reflexões, tanto regular quanto difusa, obedecem a duas leis
fundamentais que são:

1ª Lei da reflexão
“O ângulo de incidência (i) é sempre igual ao ângulo de reflexão (r).”

2ª lei da reflexão
“O raio de luz incidente e o raio de luz refletido, assim como a reta normal à superfície, pertencem ao
mesmo plano, ou seja, são coplanares”.

7. Espelho plano
Um espelho plano é aquele em que a superfície de reflexão é totalmente plana.
Para saber mais...
Os espelhos geralmente são feitos de uma superfície metálica bem polida. É comum, usar-se uma
placa de vidro onde se deposita uma fina camada de prata ou alumínio em uma das faces, tornando a
outra um espelho.

7.1. Construção das imagens em um espelho plano


Para se determinar a imagem em um espelho plano, basta imaginarmos que o observador vê um
objecto que parece estar atrás do espelho, isto ocorre, pois, o prolongamento do raio reflectido passa
por um ponto imagem virtual (PIV), "atrás" do espelho.

Nos espelhos planos, o objecto e a respectiva imagem têm sempre naturezas opostas, ou seja,
quando um é real o outro deve ser virtual, portanto, para se obter geometricamente a imagem de um
objecto pontual, basta traçar por ele, através do espelho, uma recta e marcar simetricamente o ponto
imagem

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8. Espelhos esféricos
Espelhos esféricos são superfícies reflectoras que têm a forma de calota esférica. Existem dois tipos
de espelhos esféricos:

a. Espelhos esféricos convexos


São convexos se a superfície reflectora for a parte externa.

c. Espelhos esféricos côncavos


São côncavos se a superfície reflectora for a parte interna.
Fazendo a luz solar incidir num espelho côncavo, os raios reflectidos se concentram num ponto, e o
ponto onde se concentram esses raios se chama foco do espelho.

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8.1. Elementos dos Espelhos Esféricos

C: é o centro de curvatura do espelho (centro da esfera);


R: é o raio de curvatura do espelho;
Vértice (V): é a intersecção entre o eixo principal e a calota esférica;
Eixo principal: é a recta que passa pelo centro de curvatura e sai perpendicular ao vértice do
espelho;
F = foco do espelho (F= R/2);
FV = distância focal.

8.2. Propriedades dos espelhos esféricos


1. Todo raio luminoso que incide no espelho paralelamente ao eixo principal, reflecte passando pelo
foco, ou em sua direcção.

2. Todo raio luminoso que incide no espelho passando pelo foco (ou em sua direcção), reflecte
paralelamente ao eixo principal.

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3. Todo raio luminoso que incide no espelho passando pelo centro de curvatura (ou em sua
direcção), reflecte sobre o centro de curvatura (ou em sua direcção).

8.3. Formação de imagens


Para encontrar as imagens nos casos abaixo, basta traçar dois dos raios principais conhecidos (nos
exemplos um está representado em verde e outro em laranja) e verificar onde a reflexão de ambos
se encontram.

8.4. Características das imagens


1. Natureza (real, virtual ou imprópria)
a. Real: quando a imagem for formada por raios de luz;
b. Virtual: quando a imagem for formada pelos prolongamentos (pontilhados) dos raios de luz;
c. Imprópria: quando não formar imagem (só existe um caso assim).

2. Orientação (direita ou invertida)


a. Direita: quando o objecto e a imagem apontarem para o mesmo lado;
b. Invertida: quando o objecto e a imagem apontarem para lados opostos.

3. Tamanho (maior, menor ou igual)


a. Maior: quando a imagem for maior que o objecto;
b. Menor: quando a imagem for menor que o objecto;
c. Igual: quando a imagem tiver o mesmo tamanho do objecto.

9. Fenómeno de refracção de luz


Chama-se refracção de luz à mudança de direcção de propagação que o raio luminoso sofre ao
passar de um meio óptico para o outro.

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Meio óptico
É um corpo transparente em que a luz pode propagar-se.
Exemplos: ar, água, vidro.

9.1. Fenómeno de refracção de luz

9.1.1. “ Para dois dados meios ópticos, a razão entre o seno do ângulo de incidência e o seno do
ângulo de refracção é uma constante ”.
sen
 n ; n  índice de refracção
sen
9.1.2. “ O raio incidente, o raio refractado e a recta normal a superfície de separação entre meios
ópticos, no ponto de incidência, encontram-se no mesmo plano.
10. Lentes
Chama-se lente óptica ao corpo transparente limitado por duas superfícies curvas ou uma curva
e outra plana.

10.1. Tipos de lentes


As lentes são classificadas em função das formas das suas superfícies, conforme se apresentar em
curvadas para fora ou para dentro. Assim existem:

a. Lentes convexas ou convergentes – se as duas superfícies se apresentam curvadas para fora.

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b. Lentes côncavas ou divergentes – se as superfícies se apresentam curvadas para dentro.

10.2. Representação esquemática das lentes


a. Elementos de uma lente

10.3. Construção de imagens nas lentes convergentes


Para que você consiga descobrir quais são as características de uma imagem gerada por uma lente,
terá que conhecer o comportamento de alguns raios de luz.

1º CASO: o objecto está situado antes do centro de curvatura

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2º CASO: o objecto está situado no centro de curvatura

3º CASO: o objecto está situado entre o centro de curvatura e o foco

4º CASO: o objecto está situado no foco

5º CASO: o objecto está situado no foco e o centro óptico

Nota: Se o objecto estiver situado no infinito, os raios incidentes vindo do infinito são paralelos ao
eixo principal e, por isso, ao refractarem na lente, cruzam-se no foco. Neste caso, a imagem é real e
fica situado no foco.

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10.4. Construção de imagens nas lentes divergentes

Qualquer que seja o objecto numa lente divergente, a sua imagem terá sempre as seguintes
características: virtual, direita, menor que o objecto e forma-se entre o foco e o centro óptico do
mesmo lado do objecto.

II. Exercícios resolvidos

a. O que entende por reflexão de luz?


b. Na figura abaixo está representada a projecção da imagem de um objecto O situado além do
centro de curvatura de uma lente convergente. Indique as características da imagem.

c. As figuras abaixo representam feixes de raios luminosos. Classifique cada feixe sabendo que o
sentido de propagação é da direita para esquerda.

a) c)
b)

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Resolução:
1. Resposta: Reflexão de luz é o retorno da luz para o meio donde provém ao atingir uma superfície.
2. Resposta: A imagem é real, invertida, menor que o objecto e forma-se entre f  e c .

3. Resposta:
a. Divergente: os raios de luz divergem a partir de um ponto;
b. Paralelo: os raios de luz são paralelos entre si.
c. Convergente: os raios de luz convergem para um ponto;

As figuras abaixo representam a reflexão da luz em duas superfícies. Classifique cada reflexão
segundo o tipo de superfície reflectora.

A figura ao lado representa a imagem de um menino situado antes do “C” num espelho esférico.

a. De que tipo de espelho esférico se trata?

b. Caracterize a imagem quanto à:


 Orientação:_____________________________________
 Posição: _____________________________________
 Natureza: _____________________________________
 Tamanho: _____________________________________

Em grandes lojas e supermercados, utilizam-se espelhos estrategicamente colocados. Estes


espelhos podem ampliar ou reduzir as imagens. Tendo em vista essas informações, diga se os tais
espelhos são planos ou esféricos?
A figura representa um espelho côncavo. Construa a imagem do objecto dado e caracterize-a.

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a. Natureza: .............................................................................................................................................
b. Tamanho: ............................................................................................................................................
c. Orientação: ..........................................................................................................................................
d. Posição: ..............................................................................................................................................
A figura ao lado representa a imagem de um menino situado entre o “F” e o “V” num espelho esférico.

a. De que tipo de espelho esférico se trata?


...................................................................................................................................................................

b. Caracterize a imagem quanto à:


 Orientação: ......................................................................................................................................
 Posição: ...........................................................................................................................................
 Natureza: .........................................................................................................................................
 Tamanho: ........................................................................................................................................

Das alternativas que se seguem, escolha apenas a incorrecta.


a. Lentes são corpos transparentes limitados por duas superfícies curvas ou uma curva e outra plana.
(.......)
b. As lentes deixam-se atravessar pela luz, por isso não são instrumentos ópticos. (.......)
c. As lentes biconvexas permitem-nos observar alguns pormenores de objectos muito pequenos.
(.......)

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d. Uma lente pode ser considerada um instrumento óptico. (.......)

10. Dê quatro (5) exemplos de instrumentos ópticos.


A figura representa um espelho plano. Construa a imagem do objecto dado e caracterize-a.

a. Natureza: .............................................................................................................................................
b. Tamanho: ............................................................................................................................................
c. Orientação: ..........................................................................................................................................
d. Posição:...............................................................................................................................................

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Tópico de soluções

Unidade Temática I: Fenómeno Térmico

1. Fenómenos térmicos são fenómenos que estão relacionados com o aquecimento ou


arrefecimento dos corpos. Exemplos: Aquecimento da agua, Formação de gelo, dilatação
de metal, ferver agua, calor, nevoeiro e orvalho.
2. a) O corpo A porque a sua temperatura é melhor que a do corpo B.
b) Equilíbrio térmico.

c) pode-se dizer que os valores são iguais-

3. Não, porque os nossos sentidos não são o melhor meio de medir a temperatura pois a
nossa sensação de calor ou frio depende da temperatura do nosso corpo.
4. Porque o termômetro precisa atingir o equilíbrio térmico.
5. Celsius
6. Corresponde à temperatura em que as partículas de um sistema cessariam seu
movimento vibratório, isto é, estado de agitação nulo, -273oC.
7. a) 23oF
b) -396,4oF

8. a) 299,1ºK
b) 292,3ºK

9. a) 7,2ºC
b) -184,2ºK

10. No dia estava frio porque a temperatura era de 5ºC


11. O Mizinho não estava doente porque a sua temperatura era normal (37º C)
12. C
13. B
14. A
15. B
16. B
17. C
18. B

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Meu caderno de actividade de Física-9ªClasse MINEDH-DINES

19. A
20. C

Unidade Temática II: Estática dos sólidos

1. Alavanca e plano inclinado.


2. 20N
3. a) Alavanca Inter-fixa
b) 2,4m

4. a) Roldana fixa é aquela que apresenta o eixo de rotação fixo e a roldana móvel é aquela
que apresenta o eixo de rotação é móvel
b) a diferença entre a roldana fixa e móvel é que uma a móvel pode subir ou descer

c) A mais vantajosa é a roldana móvel porque economiza mais forca que a fixa

d) Aplica-se para erguer objectos pesados

5. a) Roldana móvel e roldana fixa


b) X=25N e m=2.5Kg, Y=100N e m=10Kg

c) A máquina X é mais vantajosa porque gasta menos força

6. a) Talha e Cardinal
b) Chama-se talha, à associação de roldanas constituídas por várias roldanas móveis
e por uma roldana fixa.
7. a) i. Roldana móvel ii. Roldana móvel
b) i. duas roldanas moveis ii. Três roldanas moveis

c) Facilita o trabalho do Homem

d) i. 500N ii. 708 N

8. i. x = 24m ii. y = 20N


9. 90N
10. 11N
11. B

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Unidade Temática III: Estática dos Fluídos

1. a) 5N b) 0,0005m3

2. a)

b) 100N
c) 20N
d) 80N
e) 8m/s2

3. 13cm
4. b) Mais leve devido ao peso aparente.
5. b) 5000N c) 5000N e 500kg d) 500kg/m3
6. 21/20
7. As forças de impulsão são iguais.
8. E
9. D
10. A

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Unidade Temática IV: Óptica Geométrica


.
1. A – Reflexão regular B – Reflexão difusa
2. a) Trata-se de um espelho esférico côncavo
b) Orientação: Invertida
Posição: entre centro de curvatura e o foco
Natureza: real
Tamanho: menor que objeto

3. Espelhos planos
4.

a) Natureza: Real
b) Tamanho: Maior que o objecto
c) Orientação: Invertida
d) Posição: Além do centro de curvatura

5. a) Trata-se de um espelho esférico côncavo


b) Orientação: Directa
Posição: Atrás do espelho
Natureza: Virtual
Tamanho: Maior que objeto

6. B
7. Cinco exemplos de instrumentos ópticos: Espelhos, lentes, microscópios, lupas e óculos.
8. a) Natureza: Virtual
b) Tamanho: Igual ao objecto
c) Orientação: Directa
d) Posição: Mesma distância que objecto

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BIBLIOGRAFIA
INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. (2010) Física,
Programa da 8ª Classe. INDE/MINED – Moçambique;
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António Máximo e Beatriz Alvarenga. (2006) Física Volume 2, São Paulo;
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Nicolau e Toledo. (1998). Física Básica, São Paulo.
ARAÚJO, M. S., & ABIB, M. L. (Junho de 2003). Atividades Experimentais no Ensino de
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Novembro de 2009). O Uso do Experimento no ensino de Física: Tenêndias a partir do
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BAGANHA, D. E., & GARCIA, N. M. (8 de Novembro de 2009) . ESTUDOS SOBRE O USO E O


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BEREZUK, P. A., & INADA, P. (2010). Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas
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BORGES, A. T. (dezembro de 2002). Novos rumos para o laboratório escolar de ciência. Caderno
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