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DE FINANÇAS
Introdução
Neste capítulo, você verá como as finanças empresariais são importantes
para o desenvolvimento de qualquer organização. Em nossas atividades
empresariais ou pessoais, necessitamos de recursos financeiros para
a conclusão de transações, como aquisição de materiais, compra de
equipamentos e abastecimento de veículos.
Uma organização empresarial tem como objetivo principal o lucro
— resultado da subtração de receitas e despesas —; para atingi-lo, é
necessário planejamento e controle das ações. Sendo assim, o profissional
da área financeira deve ter informações precisas para tomar a decisão de
como conduzir a organização.
mais altos, pois, assim, não se corre o risco de o valor da dívida aumentar
exponencialmente.
Engana-se quem pensa que a área financeira é apenas um setor ou departa-
mento de uma empresa, pelo contrário, ela atua diretamente nas diversas áreas
da organização. Dessa forma, é importante que você saiba como funcionam
todos os departamentos da empresa, gerando, assim, valor para a sua vida
profissional e como consequência você conseguirá administrar a sua vida
pessoal, sempre levando em consideração o cenário mais adequado para cada
situação. O controle financeiro auxilia os gestores a verificar as decisões de
investimentos, controlar seus gastos, abrir novas filiais ou desenvolver novos
produtos ou serviços.
Finanças empresariais
A constituição de uma empresa exige um agrupamento de recursos financeiros
que podem vir das mais variadas fontes: acionistas que investem o seu capital,
fornecedores que financiam as atividades da empresa por meio da venda
dos estoques de seus produtos, de agentes financeiros, como os bancos, que
financiam parte do capital para os sócios, possibilitando o início da atividade
empresarial.
De acordo com Gitman (2010), à luz dos princípios financeiros, o principal
objetivo do administrador deve ser aumentar a riqueza dos acionistas. Dessa
forma, o administrador financeiro deverá levar em consideração o risco de
cada decisão e o seu impacto futuro. Para que uma operação financeira possa
ser considerada viável, o retorno sobre o investimento sempre deverá ser maior
do que a taxa praticada pelo mercado.
As atividades financeiras estão diretamente ligadas às áreas de economia,
contabilidade, produção, recursos humanos, entre outras. Dessa forma, o gestor
financeiro deve avaliar cada opção antes de realizar a decisão final, sabendo
que isso pode perpetuar ou finalizar as operações empresariais.
e, como tal, precisa de dinheiro para que possa cumprir com as suas obriga-
ções de curto, médio e longo prazo. Isso ocorre em grandes empresas, mas,
no Brasil, a maioria das empresas é de pequeno e médio porte, fazendo com
que as finanças da empresa e as finanças pessoais acabem sendo ministradas
como uma conta única, sem distinção da pessoa física e da pessoa jurídica.
A administração das finanças empresariais aborda duas grandes áreas: ad-
ministração do capital de giro e orçamento de capital:
Administração do capital de giro está relacionada aos itens da conta
de curto prazo da empresa, ao pagamento de fornecedores, aos estoques, à
avaliação das vendas a prazo e à obtenção de recursos financeiros.
Orçamento de capital está relacionado aos itens de longo prazo, à aplica-
ção dos recursos da empresa que serão comprometidos por longos períodos
de tempo, por meio da avaliação de propostas, e a verificação das taxas de
retorno dos projetos avaliados.
Finanças pessoais
Administrar a vida financeira pessoal é uma tarefa que exige muita disciplina,
assim como nas finanças empresariais, pois durante a nossa vida tomamos
decisões financeiras que determinam a forma como as finanças serão compro-
metidas, como a aquisição de um bem, o investimento em ações de grandes
empresas, o pagamento de contas, entre outros.
Finanças públicas
Para que um governo, municipal, estadual ou federal, possa se manter, é
necessária a utilização de recursos financeiros oriundos do recebimento de
impostos, multas, ações, entre outros.
Ao receber esses recursos, o governo devolve uma parte para que possam
ser feitos investimentos para o desenvolvimento da sociedade, ofertando à
população serviços públicos. Dessa forma, o Estado consegue, de certa forma,
regular a economia e promover uma redistribuição da renda para a população.
Introdução a finanças 5
Dessa forma, Assaf Neto e Lima (2011) destacam que a função primordial
da administração financeira está na relação entre financiamento e investimen-
6 Introdução a finanças
Controladoria e controller
A controladoria é responsável pelo processo de gestão da empresa no que se
refere ao controle de informações. Atuando de forma estratégica, possibilita
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Presidência
Eventos Eficiência
Resultado Comunicação
desempenho Eficácia
A atuação do controller deve ser feita tendo como elemento condutor dois
perfis de liderança: o uso da influência e da persuasão. O controller não deve
ter uma atitude impositiva, autocrática ou ditatorial, sob pena de comprometer
o ambiente interno (PADOVEZE, 2012a, p. 28).
Papel da tesouraria
A tesouraria é o coração financeiro de uma empresa, pois a grande maioria dos
recursos financeiros é gerenciada por ela, assegurando que a empresa possa
cumprir com os seus objetivos financeiros e criar novos negócios.
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Finanças
Sistema de informação
de tesouraria
Planejamento Operação
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CAROTA, J. C. Gestão da controladoria: teoria e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 2019.
CORNETT, M. M.; ADAIR JUNIOR, T. A.; NOFSINGER, J. Finanças. Porto Alegre: AMGH,
2013. (Série A).
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
HOJI, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada,
estratégias financeiras, orçamento empresarial. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
LUZ, E. E. Controladoria corporativa. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2014.
MATIAS-PEREIRA, J. Finanças públicas: a política orçamentária no Brasil. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2017.
PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial. Curitiba: IESDE Brasil S. A., 2012a.
PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica aplicada: conceito, estrutura e sistema de
informações. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação.
São Paulo: Thomson, 2003.
PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação.
3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012b.
PIRES, V. Finanças pessoais: fundamentos e dicas. Piracicaba: Equilíbrio, 2006.
Leituras recomendadas
BRASIL. Lei complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências..
Brasília, DF: Presidência da República, [2018]. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm. Acesso em: 8 jun. 2020.
BRASIL. Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal. Brasília, DF: Presidência da República, [1982]. Dispo-
nível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm. Acesso em: 8 jun. 2020.
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