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→ Finanças
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou valor
total de um negócio. Mais especificamente, maximizar a riqueza significa obter o lucro mais elevado possível
ao menor risco. Na realidade, ninguém sabe quando a riqueza máxima é atingida, embora ela seja
entendida como última meta de cada empresa.
Eis que é importante manter-se a par dos novos avanços na moderna teoria de finanças tanto quanto
em relação aos desenvolvimentos praticados nos mercados financeiros. Finanças tem surgido como uma
disciplina importante que requer atualização constante dos antigos conceitos e refinamento dos novos. Os
últimos avanços nos métodos de avaliação podem ajudar a tomar melhores decisões. A emergência dos
novos instrumentos financeiros, tais como futuros financeiros, opções e outros direitos condicionados sobre
passivos, supre os administradores com os métodos mais sofisticados e efetivos para avaliar e, quando
necessário, alterar decisões financeiras. A.A. Groppelli & Ehsan Nikbakht(1998)
- Fatores Microeconômicos
Os microfatores e os macrofatores são provocadores de situações não previstas pelos
administradores influenciando diretamente nas decisões e soluções a serem seguidas pelos mesmos.
Quando um administrador consegue chegar próximo a algum desses, isto representa um resultado
significante, ou seja, quando eles entendem como responder efetivamente às mudanças na oferta, na
demanda e nos preços (empresa relacionada aos microfatores) tão bem quanto aos mais e abrangentes
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fatores econômicos (macrofatores), entender e responder adequadamente às mudanças na demanda
permite aos administradores financeiros que tirem todas as vantagens das condições do mercado.
Os melhores administradores, desenvolvem e adotam técnicas estatísticas confiáveis e executáveis
que prevejam a demanda e apontem quando as mudanças de direção devem ser feitas. Entretanto, essa
tarefa não é das mais fáceis. Os fatores econômicos não podem ser previstos com precisão e muitas
projeções estão sujeitas a grandes erros. Bons administradores, todavia, podem modificar previsões de
demanda e oferta para aproximá-las razoavelmente dos resultados reais. A.A. Groppelli & Ehsan Nikbakht
(1998)
- Fatores Macroeconômicos
Os fatores macroeconômicos são aqueles que a empresa não tem controle, ou seja, são causados por
influência de algum fato, sejam eles, econômico, políticos, ou outro que venha deturpar o ambiente externo.
As pessoas desenvolvem um sentido sobre o ambiente pela leitura de jornais, revistas, pela internet, ouvindo
notícias, entre outros.
Se o ambiente parece estar se deteriorando, os consumidores tendem a cortar gastos e se tornam
mais conservadores e seus hábitos de compras. Inversamente, quando as condições melhoram, as pessoas
tendem a pôr a mão no bolso. Essas reações às mudanças das forças (macro) econômica externas, tais
como o aumento ou declínio da atividade comercial e alteração tributária, influenciam as decisões tomadas
por uma empresa. A.A. Groppelli & Ehsan Nikbakht (1998)
Ainda segundo A.A. Groppelli & Ehsan Nikbakht (1998), quando o comércio está se expandindo, as
empresas aumentam seus investimentos e produção; quando elas defrontam com a retração do comércio
reduzem seus investimentos. Uma empresa deve também desenvolver uma estratégia flexível para enfrentar
crescimento demográfico, alterações na legislação tributária e as pressões causadas por novas tecnologias.
Convém aos administradores engajarem no planejamento financeiro, pois assim eles estarão preparados, com
diferentes alternativas, sob diferentes condições econômicas.
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orientações dos administradores, nos relatórios internos, para que possam tomar as melhores decisões de
investimentos possíveis.
“Enquanto o contador volta sua atenção para a coleta e apresentação de dados financeiros, o
administrador financeiro analisa os demonstrativos contábeis, desenvolve dados adicionais e toma
decisões, baseado em suas avaliações acerca dos riscos e retornos inerentes. O papel do contador é
fornecer dados consistentes e de fácil interpretação sobre as operações passadas, presentes ou
futuras da empresa. O administrador financeiro utiliza esses dados, na forma como se apresentam ou
após realizar alguns ajustes, e os toma como um importante insumo ao processo de tomada de
decisão.”. Gitman (2002:13) “A Administração Financeira e a Contabilidade nem sempre se distinguem
facilmente. Em pequenas empresas, controller frequentemente assume a função financeira e em
grandes empresas, muitos contadores estão intimamente envolvidos em várias atividades financeiras.”
Gitman (2002, pag. 11)
O administrador deve manter caixa para manter a empresa e fazer que a mesma honre seus compromissos do
dia-a-dia.
“O administrador financeiro, por outro lado, enfatiza o fluxo de caixa, ou seja, entradas e saídas de
caixa. Ele mantém a solvência da empresa da empresa, analisando e planejamento o fluxo de caixa
para satisfazer as obrigações e adquirir os ativos necessários ao cumprimento dos objetivos da
empresa. O administrador adota o regime de caixa para reconhecer as receitas e despesas que
efetivamente representam entradas e saídas de caixa. O administrador financeiro deve enxergar
além das demonstrações financeiras, para poder detectar os problemas atuais ou os potenciais.”
Gitman (2002, pag. 12)
Qualquer negócio, grande ou pequeno, pode ser descrito como um sistema de relações financeiras e
de movimentos de caixa acionados por decisões administrativas. Como o propósito básico é o valor da
atividade empresarial estão na geração de fluxos monetários, devemos entender, em termos gerais, como
funciona a dinâmica do sistema empresarial. Além disso, temos que relacionar os vários conceitos analíticos
e as ferramentas com o sistema empresarial. Helfert (2000)
Ainda segundo Helfert, as três avaliações conceituais para entendimento do contexto e o significado
da análise financeira:
• Uma representação gráfica do sistema empresarial, mostrando as relações e a dinâmica das três
áreas básicas de decisão de administração:
- Decisões de investimento.
- Decisões operacionais.
- Decisões de financiamento.
• Uma perspectiva abrangente da natureza e do significado das informações financeiras publicadas e
de suas relações com o sistema empresarial:
- Balanços patrimoniais.
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- Demonstrativos de resultado(lucro).
- Demonstrativos de fluxo de caixa (fluxo de fundos).
• Uma avaliação geral dos processos analíticos principais usados para interpretar o
desempenho do sistema empresarial, agrupados pelos pontos de vista analíticos mais importantes:
- Diagnóstico Financeiro Empresarial.
- Sistema Empresarial
As decisões diárias tomadas pelos administradores, de uma forma ou de outra, geram impacto nos
recursos que eles controlam dentro de um inter-relacionamento dinâmico. Decisões causam movimentos de
recursos de vários tipos, os quais, em última instância, resultam em mudanças no padrão de fluxo de caixa do
negócio. O processo pode envolver alguns passos intermediários antes que os movimentos de dinheiro
ocorram, mas aumentos ou reduções de caixa sempre decorrerão de algumas decisões tomada. Em um
negócio próspero, o resultado das origens e aplicações de caixa, ao longo do tempo, gera padrões de fluxo
de caixa positivos, que conduzem à formação desejada do valor econômico e da viabilidade a longo prazo.
Helfert (2000)
- Decisões Operacionais
As estratégias e as decisões-chave devem enfocar a utilização efetiva dos capitais investidos. Isso
requer selecionar o mercado-alvo e fixar políticas adequadas de preços e serviços que sejam competitivas
para satisfazer as necessidades dos clientes e que se baseiem nas competências essenciais da empresa.
“As operações do negócio devem ser executadas a um custo eficiente e mantidas como tal
para obter sucesso sobre a concorrência.” Helfert (2000, pag. 25)
Para aplicar os conhecimentos adquiridos com a avaliação conceitual do sistema empresarial, tem que
procurar por informações que:
Considerando que demonstrativos financeiros são a fonte de muitos esforços analíticos, temos que
entender primeiro a natureza, a abrangência e as limitações deles antes que possamos usar os dados e
observações, daí derivados, para nossos julgamentos analíticos. Demonstrativos financeiros refletem os
efeitos cumulativos de todas as decisões administrativas passadas. Porém, eles envolvem uma considerável
ambigüidade. Os resultados da contabilidade financeira publicados, em grande parte, abertos à interpretação
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especialmente do seu analista busca entender o desempenho econômico da empresa e a base para avaliar
os resultados. Helfert (2000)
- Balanço Patrimonial
É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa (Ativo), assim como as
obrigações(Passivo Exigível) em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada Patrimônio
Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de
fora da empresa, quer gerado por esta em suas operações e retidos internamente.
O passivo Exigível e o Patrimônio Líquido mostram a origem dos recursos que se acham investidos no
Ativo. Especificamente, o Patrimônio Líquido não representa nada de concreto. Quando a empresa é
constituída, os sócios entregam-lhe determinado Capital representado por dinheiro ou bens. Nesse momento,
a empresa possui apenas esses bens e o numerário que recebeu dos sócios. Matarazzo (1998)
“Os passivos exigíveis são obrigações específicas que representam direitos dos
financiadores sobre os ativos do negócio e têm prioridade de reembolso em relação aos
proprietários. O patrimônio líquido registrado, com efeito, representam uma quantia residual
dos proprietários, sobre os ativos remanescentes, após subtraídas todas as obrigações
exigíveis.” Helfert (2000,)
Ainda segundo Helfert (2000), as categorias principais de ativos, ou de fundos aplicados, são:
• Ativos circulantes (bens e direitos que possuem um giro que acompanha o curso normal do negócio, dentro
de um período de um ano, tais como, caixa, títulos negociáveis, contas a receber e estoques).
• Ativos fixos (como terrenos, recursos minerais, edifícios, equipamentos, maquinaria e veículos), que
possuem uma vida útil maior que uma ano.
• Outros ativos, tais como marcas, patentes e vários outros itens intangíveis. As fontes principais dos fundos
obtidos são:
• Passivos circulantes, que são obrigações para com fornecedores, agências governamentais de impostos e
tributos, empregados e financiadores, a serem saldadas dentro de um ano.
• Passivos exigíveis a longo prazo, que são uma variedade de instrumentos de dívida pagos além do período
de um ano, tais como títulos de dívida, empréstimos e hipotecas.
• Patrimônio líquido que representa a quantia líquida registrada de capitais fornecidos por várias classes de
proprietários do negócio, como também os lucros retidos após a distribuição de dividendos. Os balanços
patrimoniais são instrumentos estáticos, como uma fotografia, pois refletem as condições da empresa na data
de sua elaboração. Eles também são cumulativos, porque representam os efeitos de todas as decisões e
transações que aconteceram desde o começo do negócio e foram sendo atualizados até a data do último
balanço apurado.
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- Área de Decisão Gerencial
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Balanço Patrimonial Consolidado
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- Demonstrativo do Fluxo de Faixa
O demonstrativo que concentra os resultados operacionais concorrentes e as consequentes
mudanças no balanço patrimonial é o demonstrativo do fluxo de caixa, ou demonstrativo de fluxo de fundos.
Ele nos fornece um quadro dinâmico das últimas mudanças no caixa, que constituem o resultado das
decisões combinadas feitas durante um determinado período. Helfert (2000)
“O demonstrativo oferece, pois, uma avaliação imediata do impacto combinado sobre o caixa
provocado pelas decisões da administração durante o período. O demonstrativo permite julgar a
grandeza e as relações desses movimentos de caixa, tais como a habilidade da empresa de
financiar as necessidades de investimento mediante resultados operacionais, a grandeza e
conveniência de mudanças nos financiamentos e movimentos desproporcionais nas necessidades
de capital de giro.” Helfert (2000, pag. 36)
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Demonstrativo do Fluxo de Caixa
REFERÊNCIAS:
CUNHA OLIVEIRA, Ricardo. Administração Financeira: uma análise conceitual. Revista Estação Científica. Juiz de Fora, nº 15, janeiro –
junho / 2016