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Acadêmico:
2010
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Administração Financeira
Tomada de Decisão
Decisões de Investimentos:
Referem-se tanto à administração do ativo quanto à implementação de novos projetos.
do ativo:
• estoque elevado de matérias primas;
• estoque elevado de produtos em elaboração;
• estoque elevado de estoque de produtos acabados;
• prazos dilatados de faturamento;
de novos projetos:
As grandes concorrências nas modernas economias de mercado obrigam as empresas a
se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma empresa pode sentir-se segura em uma
boa posição conquistada, porque a qualquer momento um concorrente poderá surgir com um
produto melhor e mais barato. Daí os investimentos em novos projetos.
Decisões de financiamento
Enquanto as decisões de investimentos envolvem importantes aspectos de natureza
não financeira, as decisões de financiamento constituem responsabilidade exclusiva do
administrador financeiro.
Refere-se à composição das fontes de recursos:
• qual deveria ser a proporção entre recursos permanentes e temporários ?
• quanto de recursos próprios e quanto de financiamentos de longo prazo ?
• o mercado reagiria bem ao lançamento de novas ações ?
• em vez de comprar ativos fixos, não deveríamos arrendá-los?
Destinação do lucro.
O lucro obtido em cada exercício social representa a remuneração do investimento dos
proprietários da empresa. Quanto desse lucro deve ser distribuído aos acionistas e quanto seria
retido para a expansão de novos negócios? Essa indagação revela que a política de
distribuição de dividendos está diretamente direcionada com as decisões de financiamento.
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Fayol (1970, p.17) definiu o conjunto de operações das empresas em seis grupos, também
chamados de funções, a saber: técnica, comercial, de segurança, de contabilidade, administrativa e
financeira. Dessas, as duas últimas podem ser definidas como: 1) a função administrativa engloba a
previsão, a organização, a coordenação e o controle das atividades da empresa; 2) a função financeira
engloba a procura e a gerência de capitais da empresa, pois sem a sua intervenção, nada se faz na
empresa.
Braga (1989, p.23) já define que cada empresa pode ser visualizada como um sistema que
multiplica os recursos financeiros nela investidos, e a função financeira é responsável pela obtenção
dos recursos necessários e pela formulação de uma estratégia voltada para a otimização do uso desses
fundos.
Ao administrar um negócio, seja um modesto empreendimento ou uma grande sociedade
anônima, muitas funções diferentes estão envolvidas, como a renovação dos produtos, a abertura de
novos pontos, o marketing e o atendimento aos clientes são pontos críticos para o sucesso de uma
empresa. Mas são as finanças que fazem com que tudo isso aconteça; é o que dirige todo o resto. Sem
capital que atenda às necessidades da empresa, seja para financiar seu crescimento ou para atender às
alterações do dia-a-dia, não pode se desenvolver e testar novos produtos, criar campanhas de
marketing, comprar matéria-prima, manter a empresa ou abrir novas filiais (DUDDLES apud
GITMAN, 1997, p.2).
Finanças pode ser conceituada como a arte e a ciência de administrar fundos. Ela é ampla e
dinâmica, afetando diretamente a vida de todas a pessoas e organizações, financeiras ou não
financeiras, privadas ou publicas, grande ou pequenas, com ou sem fins lucrativos (GITMAN, 1997,
p.4).
A área de Finanças está muito mais complexa e avança a passos mais rápidos atualmente. Os
mercados financeiros estão mais voláteis; as taxas de juros podem subir ou cair acentuadamente, num
período de tempo muito curto. Essas mudanças afetam as decisões financeiras de uma empresa, cuja
orientação tem como objetivo básico a maximização do valor da empresa a longo prazo. Essas
decisões, entretanto, não devem ser tomadas isoladamente. O pessoal de finanças precisa trabalhar em
conjunto com o pessoal de marketing e de operações (DUDDLES apud GITMAN, 1997, p.3).
A área de Finanças pode ser divida em duas amplas partes: serviços financeiros e
Administração Financeira. Os serviços financeiros são voltados à concepção e à prestação de
assessoria, tanto quanto à entrega de produtos financeiros a indivíduos, empresas e governo. Já a
Administração Financeira diz respeito às responsabilidades de um administrador financeiro numa
empresa (GITMAN, 1997, p.4).
A Administração Financeira tem como meta a maximização da riqueza dos acionistas, que
constitui algo mais amplo e profundo do que a maximização dos lucros. Para que a haja essa
maximização, os seguintes aspectos são envolvidos: perspectiva de longo prazo da empresa, valor do
dinheiro no tempo, retorno do capital próprio, risco e dividendos (BRAGA, 1889, p.30).
O papel do administrador financeiro é assegurar que o capital esteja disponível nos montantes
adequados, no momento certo e ao menor custo (DUDDLES apud GITMAN, 1997, p.2).
Suas principais atividades podem ser relacionadas às demonstrações financeiras da empresa;
elas são as seguintes: realizar análises e planejamento financeiro; tomar decisões de investimento; e
tomar decisões de financiamento.
A análise e o planejamento financeiro dizem respeito ao ato de transformar dados financeiros,
de forma que possam ser utilizados parara monitorar a situação financeira da empresa, avaliar a
necessidade de se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e determinar aumentos ou reduções dos
financiamentos requeridos. Seu objetivo principal é avaliar o fluxo de caixa da empresa e desenvolver
planos que assegurem que os recursos adequados estarão disponíveis para o alcance dos objetivos da
empresa (GITMAN, 1997, p.14).
As decisões de investimento tomadas por um administrador financeiro determinam a
combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa, fixando e mantendo
certos níveis ótimos para cada tipo de ativo circulantes, decidindo quais são os melhores ativos
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O relevante é identificar as causas que levam uma empresa a ter problemas de liquidez. O
problema da dificuldade financeira de alguém decorrer de ganhar pouco ou de gastar muito, ou da
combinação desses dois fatores. Entendemos, portanto que a situação de liquidez de uma empresa é
efeito da combinação de diversos fatores de caráter operacional e de decisões estratégicas tomadas
pela sua direção (PEREIRA, 1990, p. 200).
O planejamento de nível de capital de giro depende das projeções dos elementos da estrutura
patrimonial. O disponível, o estoque e os créditos a receber formam o capital de giro. A projeção dos
valores mínimos desses elementos determinará a necessidade mínima do capital de giro. Essa projeção
envolve fatores que variam para cada empresa, dependendo das políticas de estocagem, de vendas e de
compras, assim como da estratégia de risco operacional (SENAC, 1996, p. 65).
As vendas a prazo convertem os produtos estocados em duplicatas a receber, sendo que estas
somente se transformarão em caixa após a concretização da cobrança, podendo nesta fase ocorrer
atrasos e perdas por falta de pagamento. Os passivos de funcionamento são constituídos por fontes não
onerosas de recursos geradas espontaneamente pelas atividades operacionais, tais como: salários a
pagar, encargos sociais e impostos a recolher, obrigações provisionadas. São constituídos também por
fontes onerosas de recursos por envolverem encargos financeiros, exemplos: empréstimos bancários e
duplicatas descontadas (p. 82)
A falta de instantaneidade e sincronização entre os pagamentos, as vendas, e as cobranças,
implica na imprecisão e riscos na conversão dos estoques em duplicatas a receber e destas em
numerário. O descompasso entre os fluxos de pagamentos e de recebimentos deverá ser coberto pelo
capital circulante (CCL), também conhecido por capital de giro líquido.
Com relação ao CCL x Liquidez, o capital circulante líquido constitui uma medida estática da
folga financeira que a empresa apresenta para liquidar seus compromissos de curto prazo. É de supor
que, quando maior for CCL menor será o risco de insolvência da empresa, todavia deve se atentar para
a composição do ativo circulante. Por outro lado o CCL baixo nem sempre implica em dificuldades
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financeiras. Uma grande rede de supermercados compra a prazo de seus fornecedores e gira
rapidamente seus estoques através de vendas a vista, obtendo deste modo grande volume de numerário
correspondente às exigibilidades ainda não vencidas. Aplicando esses recursos no mercado financeiro
a empresa consegue realizar grandes lucros, possibilitando inclusive ofertar determinadas mercadorias
a preços inferiores àqueles que serão pagos aos fornecedores.
O CCL x Rentabilidade, onde se o capital circulante líquido elevado prejudica a rentabilidade,
pois: o excesso de ativos circulantes poderia indicar ineficiência; com exceção dos estoques, os demais
ativos circulantes estão expostos aos efeitos da inflação que corrói o poder aquisitivo dos valores a
receber ou mantidos sob a forma de disponibilidades; os recurso próprios e de terceiros a longo prazo
que compõem o CCL envolvem custos elevados.
O CCL x Passivo Circulante, onde a análise do potencial de crédito da empresa, realizada
pelos seus fornecedores e pelas instituições financeiras, constitui um mecanismo que delimita a
expansão do passivo circulante. A esses agentes interessa que a empresa mantenha determinada folga
financeira representada pelo CCL. Desse modo as empresas não podem contar exclusivamente com
dívidas de curto para compor o seu capital de giro (p. 86).
A análise dos índices financeiros é feita com o objetivo de mostrar o desempenho, ou seja, a
situação em que a empresa se encontra. A interpretação desses índices utiliza cálculos para medir o
desempenho da empresa, sendo eles: demonstrativo do resultado e o balanço patrimonial com
referencia ao período analisado. Os mais interessados em fazer essa análise são os acionistas que
olham os níveis de risco e retorno, os credores que visam a liquidez a curto prazo e a habilidade da
empresa efetuar os pagamentos de juros, e a administração da empresa em questão que se certifica de
que o negócio é saudável e se continuara dando lucro.
Questões:
Fluxo de Caixa
É a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, por um determinado período.
O principal objetivo dessa previsão é fornecer informações para a tomada de decisões, tais
como: prognosticar as necessidades de captação de recursos bem como prever os períodos em
que haverá sobras ou necessidades de recursos; aplicar os excedentes de caixa nas alternativas
mais rentáveis para a empresa sem comprometer a liquidez.
Felipe está realizando o seu planejamento financeiro para o segundo semestre 2010.
Sabe-se que ele ganha 1.040 reais de salário, sendo que nos meses de março a maio ele obtém
uma renda extra de 10% do valor do seu salário através de horas extras. Ele gasta
mensalmente 30% do seu salário fixo com habitação (aluguel, luz, água, iptu). Em passagens
de ônibus, ele precisa reservar 90 reais por mês. A mensalidade do seu curso representa um
gasto de 210 reais mensais. Com alimentação, Felipe gasta 9 reais por dia e 75 reais por mês
com cinema e livros. Com base nessas informações, faça o orçamento de caixa de Felipe para
o segundo semestre de 2010.
Programação de recebimentos:
Previsão de vendas AGO SET OUT NOV DEZ
100 200 400 300 200
Vendas a vista (0,20) 20 40 80 60 40
Após um mês (0,50) 50 100 200 150
Após dois meses (0,30) 30 60 120
Outros recebimentos 30
Total dos recebimentos 210 320 340
Programação de pagamentos:
Compras AGO SET OUT NOV DEZ
70 140 280 210 140
Compras a vista (0,10) 7 14 28 21 14
Após um mês (0,70) 49 98 196 147
Após dois meses (0,20) 14 28 56
Pagamento de aluguéis 5 5 5
Ordenados e salários 48 38 28
Pagamento de impostos 25
Aquisição de equipamentos 130
Pagamento de juros 10
Dividendos em dinheiro 20
Pagamento de empréstimos 20
Total de pagamentos 213 418 305
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Fluxo de Caixa
Estudo de caso
Contas/Mês NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
Saldo inicial
Receita com soja
Receita com porcos
Receita Total
Despesa da família
Pagamento empregado
Mão-de-obra sazonal
Despesa com colheita
Total das despesas
Variação Líquida de caixa
Empréstimos bancários
Débitos bancários acumulados
Pagamento dos empréstimos
Saldo final de Caixa
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COMPANHIA CARAMBOLA
A empresa fatura 20% do total de suas vendas à vista e cobra 40% de suas vendas após
30 dias. O restante é cobrado em 60 dias. Outras entradas de caixa esperadas são de R$
12.000 em janeiro, fevereiro e abril e de R$ 15.000 em março, maio e junho. A empresa paga
10% de suas compras à vista, paga 50% das compras no mês seguinte e 40% dois meses
depois.
Pagamento de ordenados e salários perfazem 20% das vendas do mês precedente. O
aluguel de R$ 20.000 precisa ser pago mensalmente. Os pagamentos de juros de R$ 10.000
referentes a um financiamento de longo prazo vencem em março e junho. A empresa espera
pagar R$ 40.000 de dividendos em parcelas iguais em janeiro e abril, sendo que neste último
mês também vence o prazo para pagamento de impostos no valor de R$ 80.000. O saldo final
de caixa em dezembro foi de 20.000, que é o valor inicial de caixa em janeiro.
PEDE-SE:
Supondo que a empresa deseja manter um saldo operacional de caixa no valor de R$
15.000 em 2010, faça o planejamento de caixa da empresa para os meses de janeiro a junho de
2009, determinando ainda os excedentes de caixa a serem investidos mensalmente e/ou as
necessidades de financiamento de curto prazo. Considere rentabilidade de aplicações
financeiras de curto prazo de 1,2% ao mês e juros de empréstimos bancários de 4,5% ao mês.
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Assim, iniciou-se a longa história do Capital de giro, que ainda hoje é um dos fatores
determinantes para o bom gerenciamento de qualquer empresa.
quanto mais ciclos se completarem em cada período, mais eficientemente estarão sendo
geridos os recursos aplicados no ativo circulante, ocasionando maior rentabilidade.
CCL’ CCL’’
CCL X Liquidez
Visto pelo ângulo do CCL’ (=AO - PO), o capital circulante líquido constitui uma
medida estática da folga financeira que a empresa apresenta para liquidar seus
compromissos de curto prazo.
É de se supor que, quanto maior for o CCL’, menor será o risco de insolvência da
empresa. Todavia, deve-se atentar para a composição do ativo circulante. Se houvesse elevada
participação de estoques de realização difícil ou demorada, a referida folga financeira seria
apenas ilusória.
Outro aspecto refere-se à programação de vencimentos das contas a receber e a
pagar. Poderíamos encontrar grande volume de duplicatas a receber com prazos superiores a
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120 dias, enquanto que as obrigações a curto prazo teriam de ser liquidadas em até 60 dias.
Neste caso, a visão estática de um capital circulante líquido elevado estaria encobrindo uma
defasagem de fluxos de caixa que demandaria o levantamento de empréstimos bancários
e/ou desconto da parte das duplicatas.
Por outro lado, o CCL’ baixo nem sempre implica em dificuldades financeiras. Uma
grande rede de supermercados compra a prazo de seus fornecedores e gira rapidamente
seus estoques através de vendas a vista, obtendo deste modo grande volume de numerário
correspondente às exigibilidades ainda não vencidas.
Aplicando esses recursos no mercado financeiro a empresa consegue realizar
grandes lucros, possibilitando inclusive ofertar determinadas mercadorias a preços
inferiores àqueles que serão pagos aos fornecedores.
Com os negócios em contínua expansão, os recursos assim gerados podem ser
parcialmente desviados para ativos não circulantes, tornando o CCL’ negativo. O grande risco
desse esquema de financiamento de ativos permanentes ou realizáveis a longo prazo com
dívidas de curto prazo decorreria da possibilidade de haver brusca queda nas vendas a vista.
Por contarem com elevado grau de segurança em relação às suas entradas de caixa,
as empresas de energia elétrica, telefone e de outros serviços públicos podem atuar com
CCL’ reduzido ou até negativo.
Então, salvo exceções como as acima apontadas, um CCL’ elevado constitui
indicador de boa liquidez da empresa.
Um capital circulante líquido elevado prejudica a rentabilidade da empresa, pois:
• o excesso de ativos circulantes poderia indicar ineficiência no uso dos recursos financeiros;
• com exceção dos estoques, os demais ativos circulantes estão expostos aos efeitos da inflação que
corrói o poder aquisitivo dos valores a receber ou mantidos sob a forma de disponibilidades;
• os recursos próprios e de terceiros a longo prazo que compõem o CCL” envolvem custos
elevados.
circulantes de tal forma que seja mantido um nível adequado de capital circulante
líquido.
Ativo circulante:
a. se aumenta: diminuem risco e lucratividade
b. se diminui: aumentam risco e lucratividade
Passivo circulante:
a. se aumenta: aumentam risco e lucratividade
b. se diminui: diminuem risco e lucratividade
Bibliografia:
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira, Cap. 16 (até pg. 627) e MARTINS,
Eliseu & ASSAF NETO, Alexandre, Administração Financeira, Cap. 10
ADEMPE (Associação dos Empresários da Pequena e Média Empresa do Brasil). Socorro:
tenho uma empresa! – Como Organizar e Dirigir Uma Empresa. São Paulo, 1997.
Exercícios
apresentou dados relativos as vendas, nesse sentido, ele revelou que a empresa vende sob as
seguintes condições:
20% a vista
15% em 15 dias
45% em 35 dias
20% em 60 dias
PMR = 30 dias
Vamos reduzir os prazos médios de recebimento das vendas e, assim, vamos reduzir o
ciclo financeiro, porém, estou num mercado altamente competitivo, eu não posso fazer como
eu quero.
Qual deve ser o grande sinalizador das compras?
As vendas. A área de vendas tem que ter muito cuidado porque se esta área falha na
sua análise, nas suas projeções a empresa morre. Na nossa área comercial é trabalhado o
cenário otimista. Devemos pegar 3 cenários.
Onde está o problema do desequilíbrio financeiro no comércio?
- Compra Administração de
Lembrado que quem determina as compras são as vendas e nas vendas está um
camarada chamado cliente muito exigente. Hoje não se vendi qualquer coisa. Uma empresa
comercial não compra para a empresa, mas compra para o mercado.
Outros dados constantes no referido estudo mostraram que pela distância da empresa
dos seus fornecedores as matérias-primas e insumos demoram em média 8 dias. Por
problemas de recepção existe uma demora de 4 dias após a chegada para efetivamente esses
materiais sejam utilizados no processo produtivo cujo ciclo está dimensionado em 23 dias.
Depois de concluído o ciclo produtivo os produtos aguardam em média 5 dias para a
expedição e venda.
Vamos montar o ciclo. Qual é a definição de Ciclo Operacional?
É o tempo compreendido entre a compra até o recebimento da venda.
Nós temos um primeiro período que é o tempo de chegada da matéria-prima e dos
insumos que é de 8 dias. Depois da chegada da matéria-prima temos mais o tempo de
estocagem da matéria-prima e dos insumos que é de 4 dias. A produção dura 23 dias. O tempo
de estocagem de produtos prontos é de 5 dias e depois começam as vendas. O tempo médio de
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operacional?
Não. Se a empresa tiver os recursos para financiar o ciclo operacional não há nenhum
problema. Depende das condições de financiamento desse ciclo financeiro. Se a empresa
conseguir repassar os custos financeiros para as vendas podendo assim ser absorvido pelo
mercado consumidor sem que isto afete a lucratividade, ou seja, a rentabilidade, não há
nenhum problema.
Este é um instrumento de gerenciamento do capital de giro no qual nós trabalhamos
estoques e clientes. Neste caso eu preciso de capital de giro para 27,7 dias. Mas isso pode
mudar porque é dinâmico, precisa ser analisado permanentemente.
Veja no quadro abaixo como as ações tomadas afetam o ciclo financeiro.
A seguir são apresentados alguns valores das contas de uma empresa nos anos de 2008
e 2009:
Elementos 2008 2009
Estoques de produtos 1.521.283 2.115.134
CMV 12.429.378 14.033.155
Contas a receber 813.574 803.736
Vendas Líquidas 15.231.554 16.903.231
Fornecedores 1.118.355 1.144.860
Compras 11.835.527 14.045.681
Exercícios
1) A Loja “Veste Bem”, vende todos os seus produtos a crédito, com prazo médio de cobrança
de 35 dias. O tempo médio entre a entrada e a venda dos produtos é de 42 dias, e o pagamento a
fornecedores, ocorre com um prazo médio de 17 dias. Sabe-se ainda que a empresa possui gastos
anuais, na ordem de 600.000 reais. Com o objetivo de administrar eficientemente o seu caixa, os
administradores financeiros, pretendem alterar os seguintes prazos:
- reduzir os estoques em 7 dias;
- aumentar o prazo de pagamento a fornecedores em 5 dias, e
- diminuir o crédito a clientes em 10 dias.
Em função das decisões acima, verifique se os resultados financeiros são favoráveis para a
empresa, calculando:
a) Ciclo Operacional e Financeiro atual e proposto.
b) Comente os resultados obtidos, em função das alterações nos prazos.
2) Com base nas informações abaixo, calcule: o ciclo operacional e o ciclo financeiro.
3) A Netsystem informática vende os seus produtos a crédito, com prazo médio de cobrança
de 65 dias. O tempo médio desde a compra até a venda dos produtos é de 32 dias, sendo de 07
dias o prazo médio que a empresa espera para receber o produto dos fornecedores desde o
momento em que efetuou o pedido. O pagamento a fornecedores ocorre com um prazo médio
de 35 dias. Com o objetivo de administrar eficientemente o seu caixa, pede-se:
a) Qual é o Ciclo Operacional e Financeiro da empresa.
b) Quais recomendações você sugere para a melhoria do ciclo financeiro da empresa?
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Exercícios de fixação
7) A Sapatex vende os seus produtos a crédito, com prazo médio de cobrança de 45 dias. O
tempo médio desde a compra até a venda dos produtos é de 30 dias. O pagamento a
fornecedores ocorre com um prazo médio de 25 dias. Com o objetivo de administrar
eficientemente o seu caixa, pede-se:
a) Qual é o Ciclo Operacional e Financeiro da empresa.
b) Quais recomendações você sugere para a melhoria do ciclo financeiro da empresa?
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1. SINTOMAS
A) Quando uma empresa está tendo insuficiência crônica de caixa. Quando isso
acontece ela tem insuficiência de dinheiro para saldar seus compromissos. Ela não consegue
atingir seu objetivo de liquidez. Isto é crônico porque ela não vive sem liquidez. Esse é um
sintoma claro de desequilíbrio.
B) Quando ela necessita captar sistematicamente recursos de empréstimos. Quando
isso ocorre a empresa não consegue financiar seu ciclo com recursos próprios. Ela está
sistematicamente captando recursos através de empréstimos de terceiros. Está buscando fontes
correntes ou permanentes de terceiros.
C) Sensação de esforço desmedido: por mais que as empresas trabalham, se esforçam,
quanto mais elas querem acertar, parece que pior elas vão. Não basta ter vontade, pensamento
positivo, parece que isso não faz sentido. É toda uma sensação de esforço que não dá
resultado. Esse é um sintoma claro de que há um desequilíbrio.
D) A sensação começa a ficar mais grave "Eu acho que vou quebrar". Quando chega
neste estágio o dono do negócio procura ajuda. O consultor verá se pode ou não salvar o
negócio. Se não pode salvar o negócio tentará pelo menos salvar o dono do negócio. Neste
estágio o dono do negócio se torna bem mais obediente.
2. CAUSAS
A) Excesso de investimentos: A empresa está investindo muito em máquinas. São
decisões de investimento inadequadas que não geram retorno adequado. A empresa investe
excessivamente em estoques ou itens de baixa rotação. O estoque deve ficar apenas algumas
horas na empresa. Eles não são comprados para ficar na empresa. Os estoques são comprados
para atender a uma demanda. Saber comprar é saber atender fundamentalmente o mercado.
Itens de baixa rotação consomem dinheiro.
B) O prazo médio de recebimento é maior que o prazo médio de pagamento. Isso é
muito ruim.
C) Excesso de imobilizações: pego todo o lucro da empresa e vou imobilizando para
atender a interesses pessoais. Isso gera desequilíbrios na empresa.
D) Inflação monetária: É um grande perigo porque faz você perder a noção da
realidade. Com a inflação você tem uma sensação perigosa de investimento. Normalmente as
organizações ficam inchadas. Sem a inflação elas ficam esqueléticas e morrendo.
3.CONSEQÜÊNCIAS
A) Vulnerabilidade ante as flutuações do mercado: se as empresas têm dificuldades
perante os competidores, financiadores, clientes, tecnologia, como essas são todas variáveis
de competitividade, no momento em que ela fica vulnerável perante isso, ela tende a
sucumbir.
A ordem de Peter Druker é a seguinte: "Hoje eu sou competitivo ou eu não sou nada".
B) Atrasos nos pagamentos de dívidas: Quando eu tenho insuficiência crônica de caixa
eu atraso meus pagamentos. A vulnerabilidade também é uma conseqüência. Se eu não tenho
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caixa e dependo de capitais de terceiros, que não são fáceis de obter em condições adequadas,
isso complica muito a minha situação. Isso começa a gerar tensões internas.
C) Tensões internas: As pessoas começam a não se entender, começam a achar
culpados. Isso é muito ruim no sentido de encontrar saídas. Provavelmente, dependendo do
estágio eu já estou com endividamento além do limite, estou com uma imagem desgastada
perante fornecedores e clientes, estou com tensões internas, estou com atraso tecnológico. As
causas disso tudo podem ser em função de um problema financeiro devido a um problema
tecnológico ou por excesso de imobilizações. Eu posso ter várias razões ou causas do meu
desequilíbrio financeiro. Depois que ele acontece ele tem um efeito irradiador negativo
fantástico, não consigo mais conter ele. Dependendo do estágio em que ele se encontra pode
me levar a uma concordata ou até a uma falência.
Isso tudo não acontece por acaso, nenhuma concordata, nenhuma falência, nem os
atrasos nos pagamentos, nem a solvabilidade. Isso acontece porque tem suas razões próprias.
Como nós vimos que tudo tem implicações financeiras diretas ou indiretas de curto, médio e
longo prazo então temos que ver as causas disso tudo.
Medidas de Saneamento
Rentabilidade
Operacional
Rentabilidade do
Patrimônio Líquido
Rentabilidade do
Financiamento
Essas nomenclaturas têm sido comumente utilizadas como se fossem a mesma coisa,
mas representam mensurações econômico-financeiras distintas. Reconhecemos que para um
leigo podem parecer iguais, mas tecnicamente convém fazer a correta distinção entre elas.
Lucratividade e margem podem ser consideradas sinônimos. Representam o lucro
obtido em relação ao valor das vendas. Podemos ter o lucro ou margem unitária como lucro
ou margem total. A lucratividade/margem unitária é o lucro obtido pela venda de cada
unidade de produto ou serviço. A lucratividade/margem total é o lucro líquido total obtido
pelo total das receitas das vendas dos produtos e serviços durante um período.
A margem e a lucratividade são expressas tanto em valor quanto em percentual. Por
exemplo, temos a margem de contribuição unitária em valor e a margem de contribuição
unitária em percentual. Temos o lucro (margem) bruto em valor e o lucro (margem) bruto em
percentual.
A rentabilidade é uma medida definitiva: pode ser comparada com qualquer empresa
ou qualquer investimento. A lucratividade é uma medida parcial: sua mensuração só tem
significado para a empresa analisada, uma vez que, em linhas gerais, cada empresa tem sua
estrutura de custos e despesas em relação às receitas ou ao preço de venda de seus produtos e
serviços. Porém, há uma ligação direta entre essas duas medidas de desempenho econômico-
financeiro, uma vez que por meio da lucratividade ou da obtenção das margens sobre as
vendas se consegue a rentabilidade do investimento.
No exemplo acima, a empresa A tem o menor giro, e a empresa C, o maior. Note que o
valor do investimento é o mesmo para as três empresas, só que a empresa C consegue
produzir receita de vendas 50% a mais que a empresa B e o dobro em relação à empresa A
Caracteriza-se a empresa C com maior produtividade do investimento, pois consegue gerar
muito mais receita operacional do que as outras empresas comparadas.
Por que isso é importante?
A importância do maior giro possível está em que, havendo lucratividade/margem nos
produtos e serviços que a empresa vende, quanto maior a quantidade de venda, e,
conseqüentemente de receita, há a possibilidade de gerar mais lucros, e, portanto,
rentabilidade. Reforçando, se o elemento fundamental da rentabilidade é a lucratividade, o
caminho é o giro do investimento (do ativo).
Vamos imaginar que todas as três empresas do exemplo consigam obter a mesma
margem líquida em cada venda realizada, da ordem de 12%. Observe na tabela abaixo que a
empresa C obtém um maior montante de lucro líquido. A rentabilidade da empresa C é de
24%, contra apenas 12% da empresa A.
Vendas
Menos
Custo dos
produtos
Lucro
Menos Líquido
Margem
Despesas líquida
Dividido por
Operacionia
Vendas
Menos
Despesas
Taxa de retorno
Financeiras sobre o ativo
Multiplicado por total
Menos
Imposto de
renda
Vendas
Giro do
ativo total
Ativo Dividido por
Circulante Ativo Total Taxa de
retorno sobre
Mais Multiplicado por o patrimônio
líquido
Ativo
(ROE)
permanente
Passivo
Total do
Circulante Exigível passivo +
PL = Ativo
total total
Mais
Exigível a Mais Multiplicador de
Dividido por alavancagem
longo prazo Patrimônio financeira MAF
líquido
Patrimônio
líquido
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Lucro
Operacional (-)
Custo das
Vendas
Margem Custos e
Operacional ÷ despesas +
Operacionais Despesas
Operacionais
Receita
Taxa de Retorno Operacional
sobre o Ativo x Líquida
Operacional
Estoques
Giro do Ativo
Operacional ÷ Capital de Giro
Duplicatas a
Ativo
Operacional + + receber, líq. da
provisão
Ativo Fixo
(Imobilizado líq.
da deprec. acum. Disponibilidades
37
VF n VP Saldo
1000 0 -1000 -1000
200 1 196 -804
200 2 191,92 -612,08
200 3 187,76 -424,32
200 4 183,51 -240,81
200 5 179,18 -61,62
200 6 174,77 113,14
Podemos ver que a soma dessas operações (todas trazidas à data zero) fez com que o
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saldo final se tornasse positivo a partir do sexto período. A soma de todos esses fluxos
trazidos a uma data comum é chamada de Valor Presente Líquido. O Valor Presente Líquido
nesse caso é de 113,14, ou seja, se a empresa comprasse um equipamento por 1.000 reais e
esse equipamento tivesse vida útil de 6 anos (considerando os períodos como anuais) o
investimento seria viável uma vez que retornou um valor maior do que foi investido.
A Fórmula Geral então para o cálculo do VPL então seria:
VPL = Valor 1 * (1+i)^n + Valor 2 * (1+i)^n + Valor 3 * (1+i)^n + ... + Valor n (1+i)^n
Logo:
C0 é o fluxo de caixa feito na data zero. (Que no caso acima era de -1000)
Cn é o fluxo de caixa feito no período n
n é o número do período em que foi feito determinado fluxo
i é a taxa de juros corrente ao período n
Período de Payback
O que é período de Payback?
Este método visa calcular o nº de períodos ou quanto tempo o investidor irá precisar
para recuperar o investimento realizado. Um investimento significa uma saída imediata de
dinheiro. Em contrapartida se espera receber fluxos de caixa que visem recuperar essa saída.
O Payback calcula quanto tempo isso irá demorar.
Método de cálculo
João deseja comprar um micro computador no valor de R$ 1.600,00. O salário de João
é de R$ 4.000,00. Ele costuma gastar em média para o seu sustento e o de sua família
aproximadamente 90% do seu salário. Os 10% de renda estão destinados a seus gastos sejam
para a poupança ou para o consumo imediato. João sabe que dispõe de R$ 400,00 para gastar
mensalmente com o que quiser. Assim sendo João decidiu comprar o computador e ao chegar
na loja conversou com o gerente e com seu "bom papo" conseguiu com que o gerente
dividisse o computador em quatro vezes sem juros. Assim sendo, a primeira coisa que veio a
sua cabeça, e que viria a cabeça de todos nós, é quanto tempo ele levará para pagar o
computador. Usando uma simples conta, chegaríamos a conclusão de que João iria demorar
quatro meses para pagar o computador, pois o mesmo é quatro vezes maior do que o preço
que João pode gastar por mês (1600 = 4 * 400). Diríamos então que o Payback desse
investimento é de quatro períodos. A conclusão lógica é que a fórmula do Payback é:
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Método de cálculo
Vamos utilizar um exemplo para descrever como a TIR é calculada. Suponha que a empresa
WYS necessita investir R$ 30.000.000,00 para obter fluxos futuros de R$ 11.000.000,00, R$
12.100.000,00 e R$ 13.310.000 ao longo de 3 anos. Vejamos como seria calculada a TIR.
• Se a taxa de retorno for maior que a taxa de juros do mercado, é rentável fazer o
investimento.
• Se a taxa de retorno for menor que a taxa de juros do mercado, não é rentável fazer o
investimento.
• Quando a taxa de retorno se equivale a taxa de juros do mercado, o investimento é
indiferente, pois a rentabilidade é nula.
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1) Os alunos Carlos e Marcos resolveram abrir uma sorveteria. O capital para abrir a
sorveteria é 8.000 reais. Como eles só tinham disponível 40% do capital necessário; o restante
foi conseguido através de um empréstimo a ser pago em 4 anos com juros de 13% ao ano.
Sabendo-se que a previsão de lucro feita pelos dois é de 2.100 reais por ano; este investimento
é viável para uma taxa de retorno de 14% e período de funcionamento de 5 anos?
3) Um gerente financeiro está realizando uma análise preliminar para lançamento de um novo
projeto. Depois de consultar os setores da empresa, ele conseguiu estabelecer as seguintes
estimativas:
O prazo de análise do investimento foi fixado em 4 anos;
O valor total do Investimento será de R$ 400 na data zero;
O fluxo de caixa dos retornos anuais após os impostos será de R$ 120;
A taxa mínima requerida para este projeto é de 10% ao ano.
Com os dados acima, calcule o Valor Presente Líquido desse projeto, assinalando abaixo a
única alternativa correta;
A ( ) R$ (19,62) B ( ) R$ 19,62 C ( ) R$ 40,30
D ( ) R$ 50,38 E ( ) R$ 780,38
5) A empresa onde você trabalha pretende comprar um tear novo por 100.000 reais. Os fluxos
de caixa futuros serão de 50.000 nos próximos 3 anos. Considerando juros de 14% ao ano, o
investimento é viável?
6) Um amigo lhe faz uma proposta. Por uma quantia “X” que você aplicaria na empresa dele
você receberia 400 reais no 1º ano; 800 no 2º; 500 no 3º; 400 no 4º e 300 no 5º ano. Se você
deseja um valor mínimo de retorno de 9%, qual o valor máximo que você deveria aplicar na
empresa de seu amigo para que esse investimento seja viável?
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2) Uma empresa está avaliando duas propostas de investimento de capital cujas informações básicas
são apresentadas a seguir:
Fluxo de caixa esperado
Alternativa Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
A ($ 1.300.000) $ 900.000 $ 750.000 $ 600.000 $ 600.000
B ($ 1.300.000) $ 300.000 $ 400.000 $ 1.350.000 $ 1.700.000
Sabe-se que a taxa de retorno exigida pela empresa atinge 30% a.a. Diante desses valores:
a) Determinar a taxa interna de retorno e o valor presente líquido de cada projeto.
b) Admitindo que os projetos possam ser implementados conjuntamente, você recomendaria os dois
investimentos?
c) E na hipótese de serem mutuamente excludentes, ou seja, somente um deles poder ser aceito, qual
deles seria economicamente mais atraente?
3) Suponha que estejam sendo avaliadas duas alternativas de investimento, X e Y, cujas informações
básicas são fornecidas a seguir. Sabendo que os projetos são mutuamente excludentes, ou seja, a
direção da empresa deve decidir-se por somente um deles, demonstre a decisão mais correta a ser
tomada através de uma análise incremental. A taxa de retorno exigida pela empresa é de 30%.
Projeto Investimento Inicial Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
X 400 120 160 200 240 280
Y 800 160 240 280 600 920
a) Se a taxa de desconto mínima aceitável atingir 16%, indicar as alternativas de investimento que
podem ser aceitas.
b) Qual a alternativa que apresenta a maior taxa de rentabilidade periódica?
c) Qual a TIR da alternativa D?
d) O projeto C é mais rentável (apresenta maior TIR) que o projeto D?
e) A TIR do projeto B é maior ou menor que 20%?
f) A TIR do projeto A é menor que 8%?
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Exemplo 1: Compra de um produto de 5.000 reais para pagar em 7 meses com juros de
4%a.m.
Exemplo 2: Compra de um produto de 5.000 reais para pagar em 7 meses com juros de
4%a.m. e prazo de carência de 2 meses, pagando juros nesse período.
Exemplo 3: Compra de um produto de 5.000 reais para pagar em 7 meses com juros de
4%a.m. e prazo de carência de 2 meses, sem o pagamento de juros nesse período.
Exemplo 1: Compra de um imóvel de 28.000 reais para pagar em 7 anos com juros de
10%a.a.
Exemplo 2: Compra de um imóvel de 28.000 reais para pagar em 7 anos com juros de
10%a.a. e prazo de carência de 2 meses, pagando juros nesse período.
Exemplo 3: Compra de um imóvel de 28.000 reais para pagar em 7 anos com juros de
10%a.a. e prazo de carência de 2 meses, sem o pagamento de juros nesse período.
Opção 1 Opção 2
$ % $ %
GIRO
Estoque de materiais 24.000,00 9,56% 0,00 0,00%
(-)Fornecedores (8.000,00) -3,19% (16.266,67) -13,96%
Estoque de produtos acabados 43.000,00 17,13% 48.800,00 41,88%
Clientes 60.000,00 23,90% 60.000,00 51,49%
Soma 119.000,00 47,41% 92.533,33 79,41%
ATIVO FIXO
Imóveis – Fábrica 48.000,00 19,12% 0,00 0,00%
Equipamentos – Fábrica 60.000,00 23,90% 0,00 0,00%
Equipamentos – 24.000,00 9,56% 24.000,00 20,59%
Administração/Vendas
Soma 132.000,00 52,59% 24.000,00 20,59%
TOTAL 251.000,00 100,00 116.533,33 100,00
Fica evidente que o ativo decorrente da escolha pela opção 1 é muito maior do que se
escolhida a opção 2, porque, internando mais processos, há necessidade de mais ativos fixos e
estoques. A opção 2 exige menos investimentos. Outro ponto importante é a estrutura
percentual do ativo. A opção 1 tem 52,59% de ativos fixos e 47,41% de capital de giro. A
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opção 2 tem muito mais participação de capital de giro (79,41%), já que, por não ter fábrica,
exige menos investimentos em ativos fixos.
Lucro Esperado
Retorno do Investimento
Esta é a análise final dentro desta etapa de definição. O retorno do investimento é que
deve ser o elemento a determinar a escolha de uma alternativa ou outra. Ele é a relação entre o
lucro operacional e os ativos necessários para se obter esse lucro, pelo processamento das
transações e operações necessárias para produzir, administrar e vender o produto escolhido
para a nova empresa ou unidade de negócio. Esta análise é apresentada a seguir. A
anualização da rentabilidade foi feita de forma simples, multiplicando por 12 a rentabilidade
mensal obtida.
De posse dessa análise, verificamos que, apesar do lucro operacional da Opção 2 ser
menor, pelo fato de ela ter exigido menos investimentos de recursos financeiros na estrutura
de ativos, a rentabilidade é maior – 19,57%, contra os 15,78% da opção 2. A opção 1 exigiu
mais ativos, à luz dos dados elaborados. Assim, mesmo tendo lucro maior, a rentabilidade
final foi menor que a opção 2. A decisão seria, neste momento, pela opção 2.
Empresa A Empresa B
Valor - $ Participação % Valor - $ Participação %
Financiamentos 100.000 10% 250.000 25%
Debêntures 250.000 25% 350.000 35%
Ações preferenciais 300.000 30% 150.000 15%
Ações ordinárias 350.000 35% 250.000 25%
Total 1.000.000 100% 1.000.000 100%
Empresa A Em presa B
Capital de Terceiros
Grau de Endividamento =
Capital Próprio
operacional está relacionada com os ativos e sua estrutura não é afetada pela estrutura de
capital. Outrossim, a estrutura de capital, considerando os juros devidos ao capital de
terceiros, afeta a rentabilidade líquida, que é o lucro residual, de direito dos acionistas. Não
estamos considerando os impostos sobre o lucro neste momento, para fins de simplificação.
Tabela 5 – Endividamento e Rentabilidade
Hipótese 1 – Taxa de juros de 12% a.a.
Estrutura A Estrutura B Estrutura C
Lucro operacional antes dos juros 150.000 150.000 150.000
Juros de 12% a.a. s/ Capital de terceiros 0 60.000 90.000
Lucro líquido para os acionistas 150.000 90.000 60.000
Rentabilidade do Ativo 15,0% 15,0% 15,0%
Rentabilidade dos Acionistas 15,0% 18,0% 24,0%
1) Dialógica Sistemas está decidindo qual a melhor estrutura de capital para a empresa. Na
alternativa A, a empresa teria 200.000 ações e não teria dívida alguma. Na alternativa B, a
empresa tomou emprestado $4 milhões no banco e recomprou 100.000 ações, ficando com
essa dívida e somente 100.000 ações. Os juros sobre o endividamento da empresa são de 10%
e não existem impostos.
a) Se o LAJIR for de $600.000, qual dos planos oferece um maior Lucro por Ação (LPA)?
b) Se o LAJIR for de $3.4 milhões, qual dos planos oferece um maior Lucro por Ação (LPA)?
BALANÇO PATRIMONIAL
CIRCULANTE CIRCULANTE
Disponível 10.000 Fornecedores 150.000
Duplicatas Receber 70.000 Empréstimos a Pagar 100.000
Estoque 80.000 IPI a Pagar 10.000
--------- ---------
160.000 260.000
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO
CIRCULANTE
Empréstimos à Coligadas 120.000 Financiamentos a Pagar 110.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Investimentos 140.000
Imobilizado 50.000 Capital Social 100.000
Diferido 30.000 Reserva de Lucros 30.000
---------- ------------------------ ---------
220.000 130.000
Total 500.000 Total 500.000
Considerar que a empresa tem apenas dois anos de existência. Os empréstimos a pagar no
curto prazo foram avalizados pelos sócios (tem garantia). Os dados do Balanço Patrimonial foram
auditados (maior credibilidade).
Admita que você seja um consultor financeiro que irá aconselhar um grupo espanhol
interessado em adquirir a empresa. Após uma análise cuidadosa o grupo faz as seguintes questões
1) Uma indústria concentra maior parte dos investimentos no imobilizado. A Titubeante S.A. tem
apenas 10% dos Investimentos no Imobilizado. Por que?
( ) a) Talvez a empresa não seja Indústria. Houve um equívoco.
( ) b) Pode ser uma Indústria totalmente Automatizada.
( ) c) Talvez a empresa trabalhe com “Leasing”.
( ) a) R$ 260.000 e R$ 130.000
( ) b) R$ 500.000 e R$ 420.000
( ) c) R$ 220.000 e R$ 160.000
6) A qualidade do endividamento é:
( ) a) Péssima, pois tem dívidas com fornecedores a curto prazo.
( ) b) Razoável, pois tem cerca de 30% em dívidas a longo prazo.
( ) c) Boa, pois mesmo com dívidas tem lucros acumulados.
7) O Departamento Financeiro deixou vazar que provavelmente a empresa está atrasando um tipo
de obrigação. O que poderia ser?
( ) a) Empréstimo Bancários a pagar.
( ) b) Fornecedores.
( ) c) IPI a pagar.
8) Analisando o ativo permanente da empresa, você diria que estas aplicações são sensatas?
( ) a) Não, pois existe uma concentração muito elevada em investimentos.
( ) b) Não, pois existe uma concentração muito elevada em imobilizado.
( ) c) Sim, pois provavelmente a empresa trabalha com leasing?
9) Se você fosse contratado para ser o administrador dessa empresa, as decisões que tomaria
seria:
( ) a) Vender parte dos investimentos e injetar capital próprio.
( ) b) Receber as duplicatas e solicitar um empréstimo para pagar os que estão vencendo.
( ) c) Liquidar os Estoques e parcelar os fornecedores.
Justifique sua resposta.
10) O Grupo não entendeu porque Lucros Acumulados estão no lado do Passivo.
( ) a) Eles tem razão, o correto seria Disponível.
( ) b) Foi lançado no Passivo para o Balanço bater.
( ) c) Representa o Lucro reinvestido pelos proprietários.
11) Admitindo que os Itens no Ativo fossem totalmente realizáveis (vendíveis pelo valor
evidenciado no Balanço) e que o preço da empresa fosse $ 130.000 você recomendaria ao
Grupo espanhol a compra da empresa ?
( ) a) Não.
( ) b) Sim.
( ) c) Deveria pensar mais.
Justifique sua resposta.