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Inovação, Qualidade e Cidadania

MÓDULO I

FINANÇAS EMPRESARIAIS
(CONCEITOS BÁSICOS)

FORMADOR: HÉLDER DA COSTA


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INTRODUÇÃO

As finanças empresariais no
início, eram consideradas parte integrante
do estudo das ciências econômicas, mas,
devido à sua evolução conceitual e técnica
ao longo dos anos, ganhou espaço e se
tornou uma área independente a partir do
século XX, nos anos 20.

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Essa evolução se fez necessária
para acompanhar o nível de complexidade
dos negócios e das operações que
ocorriam no mercado.

Essa transição provocou,


também, uma mudança de postura,
tornando o estudo das finanças um
processo mais dinâmico.
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A crise econômica de 1929/30, nos
Estados Unidos, foi outro importante marco
nas finanças empresariais, pois a
administração financeira, que até então era
voltada aos aspectos externos da empresa e
se concentrava, principalmente, nos
instrumentos de captação de recursos
financeiros, demonstrou sua fragilidade
quantos aos aspectos internos, trazendo à
tona sua baixa eficiência operacional.
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Com a influência das teorias
trazidas principalmente por Taylor e Ford,
pôde-se avaliar e melhorar a
administração dos aspectos internos das
empresas.

A introdução da sistematização e
repetição das tarefas permitiu que fosse
possível concentrar esforços nos
resultados operacionais e melhorar a
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conhecer a origem do que
estudamos permite uma melhor visualização
para o aprendizado, situando-nos no
conteúdo.
O texto mostrará que o campo de
actuação das finanças empresariais é muito
mais amplo do que se pode imaginar, e
quanto maior a nossa compreensão, maior
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CONCEITO

Quando alguém começa a falar


sobre assuntos da área financeira, tais
como crédito, juros, câmbio, acções,
inflação, nível de produção e emprego,
tributação, lucro ou prejuízo, concentração
de mercado e fusões, qual a sua primeira
impressão?
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Caso você pense apenas em
números, cálculos complicados, deverá
rever as suas ideias, pois a função
financeira envolve mais que isso. Ela
envolve estratégias que podem determinar a
continuidade ou não de uma sociedade
empresarial.
Mas primeiramente temos que
entender alguns conceitos, tais como:
função e finanças.
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FUNÇÃO E FINANÇAS
De acordo com Michaelis (2008, p.
404), função “é a acção de um órgão, aparelho
ou máquina”. Se, portanto entendermos uma
sociedade empresarial desta forma,
perceberemos que a empresa, por analogia, é
um conjunto de órgãos, constituído por
diferentes departamentos ou setores.

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Sendo cada um com
responsabilidades definidas: Recursos
Humanos, Marketing, Produção, Pesquisa e
Desenvolvimento, Comercial, Administrativo
e Financeiro.
A integração das ações destes
setores ou funções é que proporciona o
equilíbrio necessário à perpetuação da vida
de uma empresa.
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Na concepção de Gitman (2001), as
finanças podem ser definidas como “a arte
e a ciência de gerenciamento de fundos”.

Já para Gropelli (2001), o termo


finanças concerne à aplicação de uma série
de princípios econômicos para maximizar a
riqueza ou o valor total dos negócios.

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FINANÇAS EMPRESARIAS – CONCEITO

Segundo Braga (1989), afirma que


finança empresarial compreende um conjunto
de actividades relacionadas à gestão dos
recursos financeiros utilizados pelas
diferentes áreas de uma organização.

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A função financeira desempenha
papel importantíssimo no desenvolvimento
das actividades operacionais, podendo suas
acções determinarem o sucesso ou
insucesso de um empreendimento.

De acordo com Braga (1989, p. 27), a


finança empresarial engloba diversos
aspectos, tais como:
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– Investimentos: neste caso, representam a
preocupação primordial no que diz
respeito à avaliação e escolha de
alternativas para a aplicação de recursos
nas atividades da empresa;
– Financiamento: esta área compreende o
que se deseja definir e alcançar para obter
uma estrutura ideal em termos de fontes
de recursos da composição de
investimentos.
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– Utilização (destinação) do lucro
líquido: significa uma área de decisões,
também comumente conhecido como
política do dividendo, a qual se preocupa
com a destinação dado aos recursos
financeiros que a empresa gera em suas
atividades gerenciais extra- operacionais e
operacionais.

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FUNÇÃO FINANCEIRA

Lemes Junior, (2005, p. 4)


entendem que a função financeira envolve
um conjunto de ações que objetivam a
criação de valor e a maximização de
riqueza. Estas acções basicamente
acarretam em decisões ora de
investimentos, ora financiamentos ou de
dividendos.
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Os mesmos autores apresentam um
quadro que resume as principais funções
financeiras, destacando que estas podem ser
segregadas em dois grupos: as de tesouraria
e as de controladoria. Vejamos:
FUNÇÕES FINANCEIRAS
TESOURARIA CONTAS A PAGAR
• Administração do caixa; • Gestão de custos e preços;
• Gestão de crédito e cobrança; • Auditoria Interna;
• Gestão de risco; • Contabilidade;
• Decisões de financiamento; • Orçamento;
• Planejamento e Controle Financeiro; • Patrimônio;
• Relações com os Bancos. • Planejamento Tributário;
• Relatórios Financeiros

Fonte: Adaptado de Lemes Junior, Miesa e Cherobim (2005, p. 5).


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Como você pode constatar, existe
uma diferença clara entre as funções
financeiras desenvolvidas pelo profissional
que ocupa a tesouraria e o que ocupa a
contas a pagar. Se observar atentamente o
quadro 1 apresentado, as funções
desempenhadas pelo primeiro se ocupam de
decisões que afetam as organizações no
curto prazo.
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Já as funções de controladoria
envolvem decisões estratégicas e, portanto,
assumem um caráter de longo prazo. Assaf
Neto (2003, p. 29) buscou agrupá-las em
quatro grandes grupos:
– Planejamento financeiro: que envolve
decisões que visam avaliar as necessidades
de recursos das empresas para seus planos
de expansão, bem como evitar percalços
futuros;
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– Controle financeiro: que trata do
acompanhamento e avaliação do
desempenho da empresa, objetivando a
correção de rumos;
– Administração de activos: tenhem como
principal objetivo buscar a estrutura que
melhor rentabilize os investimentos e
minimize riscos;

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– Administração de passivos: que busca a
evidenciação das fontes de recursos
próprios ou de terceiros, possibilitando
menor custo de captação e menores riscos
financeiros.

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CAMPO DE ACTUAÇÃO DE UM PROFISSIONAL
DAS FINANÇAS

O campo de actuação de seus


profissionais ampliou-se consideravelmente ao
longo das últimas décadas, assim como os
instrumentos financeiros também foram
aperfeiçoados, exigindo cada vez mais dos
que adentram esta área de conhecimento.
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Segundo Lemes Junior, (2005, p.
4), o profissional de finanças se envolve
com actividades que incluem o processo
financeiro, os mercados, os instrumentos e
as instituições financeiras, podendo ainda se
dedicar às áreas que envolvem as questões
de natureza pessoal e pública, além é claro
da corporativa, que será o foco de seu
estudo.
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De acordo com Silva (2006, p. 32)
afirma que:
“o papel do administrador financeiro
depende também do porte da empresa. Numa
empresa pequena, não há um órgão
especifico responsável pelo gerenciamento
das operações financeiras, ficando estas
atribuições distribuídas entre a contabilidade e
o proprietário. À medida que a empresa
cresce Inovação, Qualidade e Cidadania
torna-se necessária a profissionalização do
gerenciamento das funções financeiras.
Assim sendo podemos concluir que
uma empresa é um conjunto de atividades e/ou
funções, funções estas que guardam uma
interdependência, não há como se tomar uma
decisão na área comercial sem que a mesma
tenha implicações financeiras, da mesma
forma que não se pode adotar procedimentos-
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-na área de recursos humanos ou produção
sem observar as questões de natureza
financeira. que a mesma tenha implicações
financeiras, da mesma forma que não se
pode adotar procedimentos na área de
recursos humanos ou produção sem
observar as questões de natureza financeira.

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OBJETIVOS DAS FINANÇAS EMPRESARIAIS
Existem diversas opiniões sobre o
objetivo, ou objetivos, das finanças
empresariais. O principal objetivo da
administração financeira é o de buscar a mais
eficiente alocação e captação dos recursos
financeiros da empresa.
Esta tarefa, por si só, é um grande desafio
e exige do profissional da área uma visão
integrada da empresa e do mercado externo.
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Lemes Junior,(2005, p. 4) afirmam
que “o objetivo da administração financeira
é a maximização da riqueza dos acionistas”.

Ross (1998), em outra


perspectiva, informa que o objetivo é a
maximização do valor de mercado do
capital dos proprietários existentes.
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Na percepção de Assaf Neto
(2009, p. 16), o objetivo deve estar voltado
“para a satisfação do retorno exigido pelos
seus proprietários ou por algum parâmetro
de desempenho mais abrangente, que
incorpore o bem-estar de toda a sociedade”.
Em perspectiva complementar,
Assaf Neto (2003, p. 34) assevera que na
actualidade as questões econômicas -
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consideradas como essencial – o que, como
e para quem produzir – são respondidas
pelas forças do mercado. O autor observa
também que esta abordagem está presente
nos objetivos das finanças empresariais ou
corporativas que priorizam as decisões de
investimento, financiamento e dividendos.
Estas decisões objetivam a promoção da
riqueza dos acionistas de forma mais eficaz e
com riscos menores.
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Verificamos então que as
diferentes percepções do objetivo ou
objetivos podem ser sintetizados, conforme
Assaf Neto (2009), da seguinte forma:
• maximizar o lucro;
• maximizar o valor de mercado;
• maximizar a riqueza do acionista e
sustentabilidade.

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Maximizar o lucro
Segundo Araújo e Assaf Neto
(2004, p. 44), no contexto empresarial, o
lucro pode ser entendido como o resultado
obtido com o uso do capital. Avançando esse
raciocínio, a empresa não visa somente
interesses próprios, busca também, um fluxo
de riqueza aos seus acionistas.

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O capital é o estoque de riqueza
capaz de gerar resultados futuros e o lucro é o
fluxo de riqueza superior ao necessário para
manter o capital constante.
A maximização do lucro, segundo
Assaf Neto (2009), representa a medida de
eficácia econômica, todavia o lucro
apresentado não necessariamente
corresponde à efetiva capacidade financeira
de pagamento de umaInovação, Qualidade e Cidadania
empresa, pois, como sabemos, a
demonstração dos resultados (DRE) registra
os fatos pelo regime de competência e não de
caixa. Cabe ainda considerar como restrições
a não consideração dos riscos envolvidos da
atividade e a forma de distribuição dos
resultados.

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Maximizar o valor de mercado
A maximização, no conceito de valor
de mercado, se constitui no melhor critério
para a tomada de decisões financeiras, pois
contempla a elaboração de fluxo de caixa
descontada uma taxa mínima de atratividade,
que embute os riscos associados à actividade
(ASSAF NETO, 2009). Os riscos podem ser
classificados em:
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- Econômicos – também denominados
operacionais, são inerentes à própria actividade da
empresa e às características do mercado em que
opera independente das fontes de recursos que
financiam a empresa;
- Financeiros – recfletem o risco associado às
decisões de financiamento, buscando evidenciar a
capacidade de pagamento que a empresa tem ou
terá para arcar com os compromissos assumidos.

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AS TOMADAS DE DECISÃO FINANCEIRAS

Como você já pode perceber, as


finanças empresariais se ocupam de
decisões que envolvem investimentos,
financiamentos e dividendos, e envolvem
riscos ora inerentes à própria atividade, ora
financeiros.

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Lunkes (2007) destaca que um
modelo de tomada de decisões deve
apresentar pelo menos quatro etapas, a saber:
a definição do problema, a formulação do
objetivo e as alternativas de ação; identificar e
avaliar as diversas opções e, por fim,
selecionar a melhor opção.

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Decisões de investimentos
Toda e qualquer decisão em uma
empresa apresenta reflexos financeiros
positivos ou negativos. As decisões de
investimentos envolvem as atividades
operacionais (caixa, clientes, estoques), bem
como os investimentos permanentes
(máquinas, equipamentos, imóveis e
pesquisas), dentre outros.
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As decisões de investimento,
segundo Brealey (1997, p.3) estão
relacionadas a quanto a empresa pretende
investir e em quais ativos. Acrescenta Van
Horne (1995, p. 5) a essas ponderações a
decisão de realocar capital, bem como a
necessidade de considerar os riscos
relacionados ao investimento desejado.

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Santos (2006) afirma que a decisão
de fazer investimento de capital é parte de um
processo que envolve a geração e avaliação
das diversas alternativas que atendam às
especificações técnicas do investimento.
Numa decisão de investimento, Ramos
(1996, p. 109) ressalta que os “aspectos
financeiros devem ser analisados,
cuidadosamente, a fim de que a decisão de -
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realizar ou não o determinado investimento
não contrarie o objetivo de maximização da
riqueza dos acionistas”.
Você pode, então, concluir que todo
e qualquer investimento só será viável aos
olhos da empresa quando gerarem os retornos
esperados. No decorrer da disciplina
aprofundaremos isso.

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Decisões de financiamento
As decisões de financiamento,
segundo Hoji (2008, p. 8) são tomadas para
captação de recursos para o financiamento
das atividades operacionais ou não, levando-
se em conta a combinação dos empréstimos e
financiamentos de curto e longo prazo, bem
como a estrutura de capital, ou seja, o quanto
empregarei de recursos próprios e de
terceiros.
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Na mesma direção, Assaf Neto
(2003, p. 30) afirma que as decisões de
financiamento se preocupam com a escolha
das melhores ofertas de recursos e a melhor
proporção entre o capital próprio e o de
terceiros. O mesmo autor objetivamente
afirma que a decisão de financiamento deverá
não só preservar a capacidade de pagamento
do tomador, mas também ser realizado a
custos reduzidos. Inovação, Qualidade e Cidadania
As decisões de financiamento
podem ser classificadas, conforme Lemes
Junior,(2005), em operacionais e financeiras
(onerosas). Quando uma empresa efetua
compras a prazo, ela está sendo financiada
pelo seu fornecedor; os salários, os encargos
sociais e tributários, também se constituem
em outras fontes operacionais de recursos
para as empresas.
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Percebe-se que uma empresa pode
obter recursos sem recorrer às instituições
financeiras caso o ciclo de sua atividade
operacional esteja adequado. Mas esta ação
não é tão simples, por isso as empresas
buscam no mercado financeiro os recursos
necessários ao seu funcionamento.

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As fontes de recursos podem ser
assim classificadas:
• empréstimos;
• financiamentos.
Os empréstimos são recursos
captados normalmente em curto prazo, e não
apresentam destinação específica. Já os
financiamentos são operações de maior prazo
e apresentam sim destinação específica
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Decisões de dividendos
Hoji (2008) e Assaf Neto (2009),
dentre muitos outros, ressaltam que as
decisões anteriores se integram a uma
terceira, as decisões de dividendos. Mas antes
de prosseguir, você sabe o que são
dividendos?
Na opinião de Lemes Junior, (2005, p. 298),
dividendo é a distribuição parcial ou total em
dinheiro do lucro auferido por uma empresa -
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em um determinado período, ou, ainda, dos
lucros acumulados ao longo de sucessivos
períodos.
Na percepção de Van Horne (1995,
p. 6), o valor dos dividendos deve ser
comparado ao custo de oportunidade de reter
os lucros, ou seja, a política de dividendos
interfere nas decisões de financiamentos.

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Em outra perspectiva, Kayo (1997,
p. 2) ressalta que a decisão de reter o lucro
“afeta o nível do fluxo de caixa da empresa e,
portanto, determina a quantidade de recursos
disponíveis para novos investimentos”,
relacionando-a, dessa forma, às decisões de
investimentos.

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Como já viu anteriormente, os
recursos para investimentos na empresa
podem ser obtidos na forma de capital
próprio ou de terceiros, e que um e outro
apresentam um custo que pode se revelar
maior ou menor em dado momento.
Portanto, a definição de uma política de
investimentos torna-se um imperativo para
qualquer empresa.

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Em linha com Assaf Neto, Lemes Junior,
(2005, p. 306) afirmam ser complexa a
escolha da melhor política de dividendos, e
consideram ainda que esta deva atender às
seguintes recomendações:
• priorizar a implementação de todos os
projetos de investimentos que possam
resultar em agregação de valor;

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• Buscar estruturar o capital necessário aos
investimentos que representem o menor
custo total do capital;
• Respeitar as preferências dos investidores
em relação ao fluxo de pagamentos dos
dividendos;
• Evitar alterações constantes e relevantes,
pois estas podem aumentar a percepção de
incerteza e risco dos investidores.

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O CUSTO DE CAPITAL

O custo de capital pode ser


apurado de acordo com a fonte de
recursos. E como você já percebeu, as
empresas utilizam de recursos próprios e
de terceiros. Um grande engano de muitas
empresas é achar que o capital próprio não
tem custo.
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O que você acha?
Pois bem, na opinião de Assaf Neto
(2003), o custo do capital próprio revela o
retorno desejado pelos acionistas de uma
empresa em decorrência das decisões de
alocação dos recursos próprios.

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Por exemplo:
Imagine que você aplicou AKZ
100.000,00 para montar a sua empresa e ao
final de um ano tenha retirado Akz
13.000,00. Isso representa uma taxa de
retorno de 13% ao ano.

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A conclusão é de que os
acionistas estão exigindo uma remuneração
de 13% ao ano. Se encontrarmos no
mercado financeiro uma operação com uma
taxa menor que essa, é melhor utilizar o
capital de terceiros.
Ainda conforme Assaf Neto
(2003), o custo de capital de terceiros é
definido de acordo com as fontes onerosas,
sejam elas representadas por empréstimos
ou financiamentos.
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Além das taxas de juros, devemos
analisar os impactos dos prazos de carência
e amortização, as garantias exigidas. Algo
que poucas empresas avaliam na análise das
operações é o benefício fiscal – redução do
imposto de renda a pagar, decorrente do
impacto das despesas financeiras nos seus
resultados.

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O PAPEL DO GESTOR FINANCEIRO E A
IMPORTÂNCIA DA POSTURA ÉTICA EM SUAS
ACÇÕES E DECISÕES

Saiba que o gestor financeiro é o


principal responsável pela criação de valor
para o accionista ou proprietário da empresa.
Sanvicente (1997, p.17) ressalta
que:
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O administrador financeiro é um
indivíduo ou grupo de indivíduos preocupados
com a obtenção de monetários para que a
empresa desenvolva suas atividades
correntes e expanda sua escala de
operações, se assim for desejável, e com a
análise da eficiência com a qual os recursos
são utilizados pelos diversos setores e áreas
de atuação da empresa.
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O gestor financeiro é o principal
responsável pela criação de valor para o
accionista ou proprietário da empresa. O
papel deste sofreu significativas mudanças
ao longo do tempo: seu campo de actuação
ficou maior. Gitman (2001) demonstra que
este profissional poderá actuar como
analista financeiro, gerente de orçamento
de capital gerente de projectos -
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de investimentos, gerente de caixa, analista
ou gerente de crédito e gerente de fundos de
pensão, sem falar no surgimento nos últimos
anos do “personal finance”. Do gestor, ainda
são requeridos conhecimentos sobre
economia, contabilidade, dentre outros.

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Na percepção de Gitman (2001), o
gestor financeiro deve entender o quadro
geral da economia, conhecer as estruturas
de mercado, noções de macroeconomia, tais
como taxa de juros, nível de emprego,
inflação e câmbio. A contabilidade contribui
com a elaboração de relatórios, como
balanços patrimoniais, demonstrações de
resultado e fluxo de caixa.

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A POSTURA E A ÉTICA DO GESTOR
FINANCEIRO
Segundo Gropelli e Nikbakht (1998),
observa-se que a administração financeira é uma
área desafiadora e compensadora, sendo
estimulante pelo fato dos gestores financeiros ser
atribuída a responsabilidade de planejar o
crescimento e a direção futuros de uma empresa,
o que pode afetar de forma considerável a
sociedade na qual ela está inserida.
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Portanto, os deveres para com a
sociedade podem interferir nos lucros das
empresas.

Nessa relação devem ser observados os


aspectos sociais, morais, ambientais e éticos,
pois estes fazem parte do processo de decisão
de investimento e não podem ser ignorados
pelos gestores financeiros.

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Segundo Michaelis (2009, p. 365),
a ética pode ser entendida de duas formas:
uma primeira a preconiza como parte da
filosofia que se dedica ao estudo os valores
morais e os princípios ideais de conduta
humana. Ainda segundo o mesmo autor,
pode ser considerada como um conjunto de
princípios morais que devem ser respeitados
no exercício de qualquer profissão
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CONCLUSÃO
O desenvolvimento das finanças
corporativas possibilitou a criação de
ferramentas e metodologias de avaliação
mais sofisticadas para os modelos de
avaliação de risco atuarem frente a um
mercado volátil e instável (cotações de
papéis, taxas de câmbio, taxas de juros e
outros indicadores da economia).
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Além disso, o aumento da
produtividade, as competências naturais que
facilitaram o ingresso e o aumento na
participação no mercado externo, são fatores
que tornam as oportunidades neste mercado
extremamente promissoras e destacam a
administração financeira como uma
ferramenta fundamental para o crescimento e
desenvolvimento das empresas.
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Quanto a tomada de decisões,
devemos ressaltar que o processo de tomada
de decisões financeiras é uma ciência exata,
pois é baseado em informações e premissas
que permitem a comprovação e a aplicação
das teorias desenvolvidas. A melhor escolha
proporcionará um custo menor para os
recursos, com relação ao retorno esperado.

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Ter informações com qualidade e
em quantidade satisfatória para o processo
de elaboração de modelos financeiros é
essencial para a administração financeira.
Quanto mais completos de informação forem
os modelos, mais próximos da realidade
serão e contribuirão de forma mais eficiente
para o processo de tomada de decisão.

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E quanto maior for o conhecimento
sobre o mercado no qual se está inserido,
melhores serão as chances de prever e
entender comportamentos característicos de
cada mercado. Dessa forma, é possível
realizar ações corretivas com maior rapidez e
eficiência ou evitar ações precipitadas que
possam comprometer as operações ou a
rentabilidade da empresa.
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A fragilidade da economia frente às crises
do mercado internacional é um fator que
expõe o investidor a riscos e que dificulta o
processo de planejamento e elaboração de
modelos para a gestão financeira.
O risco-país, pontuado pelas principais
agências de risco internacional, torna o
financiamento mais caro pelo simples fato
de a empresa ser do país avaliado.
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Apesar de os fundamentos da
economia permanecerem estáveis e as reservas
de capital se apresentarem satisfatórias, as
elevadas taxas de juros e a falta de credibilidade
trazem dificuldades para a rolagem da dívida e
mantêm o risco elevado.
A taxa de juros é um fator
fundamental para o processo de tomada de
decisões financeiras, pois encarece os projetos
e exige esforços muito elevados para que eles
se tornem viáveis
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A compreensão do contexto ético
deve imperar nas relações do gestor
financeiro e os diferentes agentes, sejam
eles econômicos, políticos.
Temos um grande volume de
informações nas mãos dos gestores. Filtrar,
avaliar e contextualizar as informações
também são atribuições do profissional de
finanças, pois saber extrair qual informação
será relevante para o negócio é tarefa -
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difícil, que exige do administrador uma visão
global bem acurada.
A avaliação das informações será
também muito importante no processo de
definição de ameaças e oportunidades. Olhar
para o mercado e decidir a relevância dos
fatos para a empresa e elaborar prioridades
olhando para dentro e fora da empresa são
decisivos na administração financeira.

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OBRIGADO!

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