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UNIVERSIDADE KIMPA VITA

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICA DO UÍGE


CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

COMUNICAÇÃO INTERNA COMO FACTOR DE CRESCIMENTO


ORGANIZACIONAL
Caso: Organização não-governamental Rede Mulher Angolana (RMA-ONG)
Luanda de 2019 - 2020.

Por

EVALDA MARIA FERNANDO PEREIRA

UÍGE-2020
UNIVERSIDADE KIMPA VITA
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICA DO UÍGE
CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

COMUNICAÇÃO INTERNA COMO FACTOR DE CRESCIMENTO


ORGANIZACIONAL
Caso: Organização não governamental Rede Mulher Angolana (RMA-ONG)
Luanda de 2019 - 2020.

Por

EVALDA MARIA FERNANDO PEREIRA

Monografia apresentada à Universidade


Kimpa Vita como parte do requisito
parcial para obtenção do grau de
Licenciatura em Contabilidade e Gestão

Orientador: Msc. Kukola Kupani

UÍGE-2019
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, meus maiores e melhores orientadores na vida, pós que
sem eles nada seria possível.

I
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar á Deus Todo-Poderoso e criador do Universo, por ter me dado a
vida, saúde, inteligência e uma grande família; aos meus pais, irmãos, docentes, colegas e
amigos que tanto fizeram para que se continuasse com essa trajectória académico.

Agradeço também a Organização (Rede Mulher Angola) por ter aceite o meu pedido para
trabalhar comigo.

Também agradeço de uma maneira especial ao meu Tutor Msc. Kukola Kupani.

II
EPÍGRAFE

A Comunicação interna também tem o poder de transformar trabalhadores de uma empresa


nos melhores embaixadores da sua marca.

Daniela Andrea Perez

III
Resumo

O presente trabalho monográfico debruçar-se sobre a temática “Comunicação interna como


factor de crescimento organizacional” O principal objectivo, é de descrever a importância da
comunicação interna no crescimento da Organização não-governamental Rede Mulher
Angola (RMA-ONG) Luanda de 2019 a 2020. Para uma melhor investigação foi feito um
estudo de caso na organização não governamental Rede Mulher Angola (RMA-ONG) Luanda
de 2019 a 2020. Os métodos utilizados foram: método descritivo e método qualitativo,
utilizou-se a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de Levantamento, com uma população de 16
funcionários e uma amostra de conveniente de 16 funcionários. Os principais resultados
permitiram chegar às seguintes conclusões:

A comunicação Electrónica é um dos instrumentos principal a ter em consideração na


comunicação interna na Organização não-governamental Rede Mulher Angola-Luanda, seja,
13 dos funcionários que representa 81,25% responderam que a comunicação electrónica deve-
se levar em consideração. Através das ferramentas ou canais de comunicação desenvolvem-se
varias formas de gestão e comunicação entre os grupos e empresas. Estas ferramentas são
técnicas e formas de linguagem.

93,75% (15) dos funcionários falaram que sim, a comunicação interna é um factor de
crescimento na Organização não Governamental Rede Mulher Angola, RMA-ONG. A
comunicação interna nas organizações tem como objectivo promover o diálogo com os
colaboradores de forma a melhorar o clima organizacional. Envolve o fluxo de informações
administrativas e toda a comunicação feita com os colaboradores, através dos veículos
formais ou informais. Isto é, as organizações devem trabalhar a comunicação interna para
transmitirem os seus valores aos colaboradores.

Assim em relação as hipóteses, confirmamos as nossas hipóteses e os objectivos pré-definidos


foram alcançados.

Palavras-Chave : Comunicação interna, Factor de crescimento, Organização.

IV
Abstract

This monographic work focuses on the theme "Internal communication as a factor of


organizational growth" The main objective is to describe the importance of internal
communication in the growth of the non-governmental organization Rede Mulher Angola
(RMA-ONG) Luanda from 2019 to 2020 For a better investigation, a case study was carried
out in the non-governmental organization Rede Mulher Angola (RMA-ONG) Luanda from
2019 to 2020. The methods used were: descriptive method and qualitative method,
bibliographic research and research of Survey, with a population of 16 employees and a
convenient sample of 16 employees. The main results allowed reaching the following
conclusions:
Electronic communication is one of the main instruments to be taken into account in internal
communication in the non-governmental organization Rede Mulher Angola-Luanda, ie 13 of
the employees representing 81.25% responded that electronic communication should be taken
into account. Through the tools or channels of communication, various forms of management
and communication between groups and companies are developed. These tools are techniques
and forms of language.
93.75% (15) of the employees said that yes, internal communication is a growth factor in the
non-governmental organization Rede Mulher Angola, RMA-NGO. Internal communication in
organizations aims to promote dialogue with employees in order to improve the
organizational climate. It involves the flow of administrative information and all
communication made with employees, through formal or informal vehicles. That is,
organizations must work on internal communication to convey their values to employees.
So regarding the hypotheses, we confirmed our hypotheses and the pre-defined objectives
were achieved.

Keywords : Internal communication, Growth factor, Organization.

V
ÍNDICE

DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. II
EPÍGRAFE ............................................................................................................................... III
Resumo .....................................................................................................................................IV
Abstract ...................................................................................................................................... V
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ VII
LISTA DE GRAFICOS ............................................................................................................IX
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................. X
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
1. Problemática ........................................................................................................................... 2
2. Hipóteses ................................................................................................................................ 3
4. Objetivos do Trabalho ............................................................................................................ 3
4.1. Objectivo geral .................................................................................................................... 3
5. Justificativa do Tema .............................................................................................................. 4
6. Delimitação do tema ............................................................................................................... 5
7. Dificuldades encontradas ........................................................................................................ 5
CAPITULO I : GENERALIDADES CONCEPTUAIS ............................................................. 6
1.1. Conceito de comunicação .................................................................................................... 6
1.2. Diferentes formas de comunicação ..................................................................................... 7
1.2.1. Comunicação verbal ......................................................................................................... 7
1.3. Comunicação na organização .............................................................................................. 9
1.4. Ferramentas ou canais de comunicação............................................................................. 11
1.4.1. Comunicação Áudio-visual ............................................................................................ 11
1.4.2. Comunicação Electrónica ............................................................................................... 12
1.5. Tipos de comunicação interna nas organizações ............................................................... 13
1.5.1. Comunicação formal descendente ou vertical ................................................................ 13
1.5.2. Comunicação formal ascendente .................................................................................... 13
1.5.3. Comunicação Informal lateral ou horizontal .................................................................. 14
1.5.4. Comunicação Informal diagonal .................................................................................... 14
1.5.5. Comunicação interpessoal .............................................................................................. 14
1.6. Barreiras a comunicação .................................................................................................... 15
1.6.1. Fluxo padrões de comunicação interna .......................................................................... 18

VI
1.7. Importância da comunicação nas organizações ................................................................. 20
1.8. As novas tecnologias e a comunicação.............................................................................. 20
CAPITULO II: APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL
REDE MULHER ANGOLA, RMA-ONG, LUANDA ............................................................ 22
2.1. Histórico da Organização .................................................................................................. 22
2.2. Missão, Visão e Valores .................................................................................................... 23
2.2.1. Missão............................................................................................................................. 23
2.2.2. Visão ............................................................................................................................... 23
2.2.3. Valores ............................................................................................................................ 23
2.3. Objeto social ...................................................................................................................... 23
2.4. Organização de funcionamento ......................................................................................... 24
2.5. ORGANIGRAMA DA ORGANIZAÇÃO ........................................................................ 27
CAPÍTULO III: METODOLOGIA, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
.................................................................................................................................................. 28
3.1. Metodologia do Trabalho .................................................................................................. 28
3.1.1 Métodos ........................................................................................................................... 28
3.1.2. Tipos de pesquisa ........................................................................................................... 28
3.2. Instrumentos de recolha de dados ...................................................................................... 29
3.3. Tipos de Estudos................................................................................................................ 29
3.4. População e Amostra ......................................................................................................... 29
3.5. Tratamento de Dados ......................................................................................................... 30
3.6. Análise e interpretação dos resultados............................................................................... 30
Conclusão ................................................................................................................................. 39
Sugestões .................................................................................................................................. 40
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 41
APÊNDICE .............................................................................................................................. 43

VII
LISTA DE FIGURAS
Figura 04: Comunicação na organização .............................................................................. 10

VIII
LISTA DE GRAFICOS

Gráfico 01: Género dos inquiridos ......................................................................................... 30


Gráfico 02: Faixa etária dos inquiridos ................................................................................... 31
Gráfico 03: Estado civil dos inquiridos .................................................................................. 31
Gráfico 04: Habilitações literárias dos inquiridos .................................................................. 32
Gráfico 05: Anos de serviços na RMA-ONG ………………………………………………. 32
Gráfico 06 : Os instrumentos ou canais de comunicação a ter em consideração na
comunicação interna na Organização não Governamental Rede Mulher Angola, RMA-ONG.
………………………………………..……………………………………………………… 33
Gráfico 07 : A comunicação interna é um factor de crescimento na Organização não
Governamental Rede Mulher Angola, RMA-ONG ………….……….……… 33
Gráfico 08 : Se tem uma relevância da comunicação interna no relacionamento dos
Colaboradores .................................................................................................... 34
Gráfico 09: Os factores que influenciam na comunicação interna da Organização RMA-ONG
………………………………………………………………………………………….……. 35
Gráfico 10: As informações que recebe na sua empresa são exactas as que necessita para
desempenhar seu trabalho ...................................................................................................... 35
Gráfico 11: Como classifica a comunicação entre a Direcção e os colaboradores .................36
Gráfico 12: Se Existe uma área ou equipa destinada a cuidar da comunicação Interna ......... 36
Gráfico 13: Se colaborador da empresa sente-se seguro em comunicar com os colegas ........37
Gráfico 14: Se a comunicação interna nesta empresa desperta um clima positivo, que lhe
permite sentir motivado e melhorar o seu desempenho profissional ...................................... 37
Gráfico 15: Os tipos de comunicação exerce maior influencia dentro da empresa ............... 38

IX
LISTA DE ABREVIATURAS

RMA - Rede Mulher Angolana


ONG - Organização Não Governamental

X
INTRODUÇÃO

As organizações modernas possuem uma característica essencial para o sucesso, que é


o contínuo processo de melhoria de todas as suas actividades, onde se torna indispensável o
uso de uma boa comunicação. Esta, quando ocorre internamente, possibilita a todos os niveis
organizacionais uma melhor interacção no alcance das metas e dos objectivos, promovendo o
desenvolvimento do conhecimento de cada colaborador de forma flexível, enriquecendo o
capital intelectual da empresa, motivando a força de trabalho em equipa e o comprometimento
na obtenção de resultados, permitindo melhor adaptação as novas tecnologias e e a
comunicação (Pinto et al, 2016).

Segundo Dos Reis (2018), Não basta ter uma equipa de grandes talentos altamente
motivados, mas se ela não estiver bem informada, se seus integrantes não se comunicarem
adequadamente, não será possível potencializar a força humana da empresa.

A comunicação interna hoje em dia é uma ferramenta estratégica de negócios. Também


é um factor estratégico para o sucesso das organizações, porque actua principalmente em três
frentes ; fundamentalmente para os resultados de negócio, factor humanizador das relações de
trabalho e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos. A empresa que não
favorece a cultura da comunicação e da participação acaba perdendo confiança,
produtividade, qualidade, credibilidade e, consequentemente, clientes, negocios e mercados, o
que significa a baixa competitividade (Sotomayor et al, 2015).

A comunicação é essencial para assegurar a existência da organização. Note-se que é


inconcebível a noção de grupo sem a noção de que os seus elementos interagem entre si, ou
seja, sem que entre eles haja troca de informação. Porque a organização é um sistema aberto,
a comunicação é imprescindível, seja para garantir a sua coesão interna, seja para garantir a
sua adaptação ao meio ambiente externo.

Alguns aspetos comportamentais envolvidos na comunicação podem fazer com que a


sua eficácia seja baixa num grande numero de situações, com implicações negativas no
desempenho da organização. Daí que muitas organizações providenciem formação neste
domínio aos seus gestores, até porque existe evidencia de que, os gestores que participam em
ações de formação neste domínio, apresentam melhores índices de desempenho, do que
aqueles que o não fizeram.

1
A comunicação humana é todo intercâmbio compreensível de símbolo. Sempre que
existe uma troca de conceitos capazes de serem percebidos pela inteligência através de
qualquer tipo de sinais, estamos diante do fenómeno excitante da comunicação.

Toda a base de vida em sociedade reside no fato de as criaturas humanas terem a


extraordinária possibilidade de comunicarem entre si, isto é, tornar comum, corresponder-se,
transmitir, informar, unir, levar ao conhecimento, tornando-se o Homem um “animal social”.

Esta troca de conceitos acima referida, significa que para comunicar tem que haver
quem emita a mensagem – o Emissor – e quem a Receba – o Receptor -, podendo o emissor
utilizar formas diferentes – canais – para a enviar. Canais estes que se formam multiplicando
e aperfeiçoando ao longo dos tempos. No entanto, estes elementos só são suficientes quando o
código do emissor é conhecido pelo receptor, só assim existirá uma relação de compreensão.

Assim, neste trabalho vai-se abordado aos conceitos relevantes pertinentes ao tema da
comunicação interna como factor de crescimento organizacional, com a definição dos
conceitos, diferentes formas de comunicação, comunicação organizacional como ferramenta
de gestão, as funções da comunicação interna, tipos de comunicações, instrumentos de
comunicação interna nas organizações, comunicação interna como factor de crescimento
organizacional, tipo de crescimentos organizacionais e as novas tecnologias e a comunicação.
Todos esses conceitos acima visando deixar evidente que, a comunicação interna actualmente
se constitui em uma ferramenta estratégica para o crescimento das organizações.

1. Problemática

A comunicação humana é todo intercâmbio compreensível de símbolo. Sempre que


existe uma troca de conceitos capazes de serem percebidos pela inteligência através de
qualquer tipo de sinais, estamos diante do fenómeno excitante da comunicação.

Toda a base de vida em sociedade reside no facto de as criaturas humanas terem a


extraordinária possibilidade de comunicarem entre si, isto é, tornar comum, corresponder-se,
transmitir, informar, unir, levar ao conhecimento, tornando-se o Homem um “animal social”..

A comunicação interna contribui de forma efectiva para o crescimento organizacional,


cabe a nós clarificar a forma como esse processo influi no sistema (Argenti,2006).

Uma comunicação interna eficiente planeada um comportamento positivo dos


colaboradores espelha o sucesso de qualquer organização. Os colaboradores da Organização
RMA, trabalham todos os dias para oferecer uma gama de serviços, e este trabalho está

2
relacionado com compromisso e motivação dos que o realizam. É imprescindível ter uma
comunicação interna propícia que reflecte no crescimento organizacional com o intuito de
melhorar o desempenho e a qualidade da prestação dos serviços. É importante avaliar
sistematicamente a comunicação interna e o crescimento das novas tecnologias e a
comunicação para conhecer melhor a empresa em estudo, a percepção dos colaboradores.

Nestas percepções, formulamos as seguintes questões para analisar a comunicação


interna como factor de crescimento da Organização não-governamental RMA.

1- Quais são os instrumentos a ter em consideração na comunicação interna na


Organização não Governamental RMA ?

2- Será que, a comunicação interna é um factor de crescimento na Organização não-


governamental RMA ?

2. Hipóteses
A hipótese é uma resposta, provável suposta e provisório para o problema (Sousa,
2005). De acordo com as questões levantadas na problemática, propõe-se as seguintes
hipóteses:

1. Suponhamos que os instrumentos de comunicação interna a ter em consideração na


Organização não-governamental RMA-ONG são; comunicação individual ( fala, a
escrita, a audição, a personalidade individual), comunicação de massa,
comunicação nas empresas, a personalidade individual.
2. No que diz respeito ao acto de comunicação pode-se dizer sim tem importância no
crescimento da empresa, tais nas principais atenções estão na partilha de valores e
referências comuns a todos os membros da Organização não-governamental Rede
Mulher Angola

4. Objectivos do Trabalho
O objectivo de um trabalho é o produto final pretendido relativamente a meta por
alcançar de forma geral ou específica. No nosso trabalho, temos:

4.1. Objectivo geral


 Descrever a importância da comunicação interna no crescimento organizacional.

3
4.2. Objectivos específicos

 Analisar se a comunicação interna tem importância no crescimento da


Organização não-governamental RMA;
 Descrever os factores que influenciam da comunicação interna na Organização
não-governamental RMA;
 Demostrar a relevância da comunicação interna no relacionamento dos
colaboradores

5. Justificativa do Tema
A todo custo o homem procurou métodos para uma interligação, mas próxima
possível, com vista a favorecer o seu convívio nos vários domínios da vida, dentro desta
necessidade está a comunicação como um elemento fundamental para a satisfação da mesma.

Comunicar é um dos actos mais importante de todo ser humano, pois a todo momento
comunicamo-nos connosco mesmo e com os mais próximos, esta estrema importância que o
tema traz dentro da sua frequente utilidade e indispensável, comoveu-nos a abordar este tema
visto que as organizações não existiriam sem a comunicação. Assim, sendo despertou-nos a
necessidade de haver uma comunicação pura e perfeita nas organizações entre as hierarquias a
as várias classes que compõe uma empresa.

Igualmente verifica-se que as empresas, mesmo tendo em conta a grande utilidade de


comunicação pouco se preocupam com a comunicação, na sua estruturação, avaliação, para
que a mesma funcione da melhor maneira possível, logo reforça-nos. Para tal, há necessidade
de apresentar matéria para que as organizações despertem no interesse da comunicação no
verdadeiro sentido.

Este tema será de estrema importância pela a Organização não Governamental RMA-
ONG-Luanda, visto que a sua materialização, terá ilações proveitosas que dará uma
sustentabilidade de um clima melhorado da organização que influenciará no processo
produtivo da empresa. Assim como as outras organizações servirão de base para se interessar
da comunicação.

4
6. Delimitação do tema
Para não tratarmos de uma investigação de um sujeito vago, o nosso trabalho
científico delimita-se no espaço e no tempo. Assim sendo, no espaço o trabalho aborda a
comunicação interna como factor de crescimento na Organização não-governamental RMA,
no tempo corresponde a um período compreendido entre 2019 a 2020, ou seja, um (1) Ano.

7. Dificuldades encontradas
Todo e qualquer trabalho científico, a quando da sua elaboração apresenta sempre
dificuldades para o pesquisador, sejam maiores ou menores dependendo de cada situação e
circunstâncias.

Neste caso, não fugiu a esta realidade, pois que foram encontrados desafios de
naturezas variadas e frequentes, como dificuldades financeiras para sustentar os custos
inerentes ao trabalho, limitações de algumas informações sendo que a empresa não compactua
com a ideia de passar informações de forma detalhada e pormenorizada, muita burocracia
para chegar à chefia e responder as nossas questões etc.

8. Estrutura do trabalho

Além da introdução e a conclusão, o nosso trabalho está dividido em três capítulos:

No primeiro capítulo aborda as generalidades conceptuais, onde fizemos uma


abrangência de conceitos atinente ao tema;

No segundo capítulo debruçamos sobre o estudo de caso, nomeadamente pelo breve


historial da Organização não-governamental RMA, sede e objecto social, localização
geográfica, organização e funcionamento e organigrama, e

No último capítulo tratamos sobre a metodologia, análise e interpretação dos


resultados.

5
CAPITULO I : GENERALIDADES CONCEPTUAIS
Neste capítulo vamos definir e explicar os conceitos ligados a comunicação interna

1.1. Conceito de comunicação


A comunicação interna engloba todos os actos de comunicação que se produzem no
interior de uma organização e que variam nas modalidades em que são utilizados, nos
instrumentos de veiculação e nas funções que desempenham

Angeloni, (2010), usa a expressão comunicação organizacional para descrever como


as pessoas comunicam estrategicamente dentro das organizações.

Neste âmbito, a comunicação organizacional engloba a comunicação com os


empregados, com os gestores de nível médio, com os gestores de topo e os seus subordinados,
descrevendo como se relacionam uns com os outros dentro da organização.

Antes da comunicação ter a relevância actual, a única aptidão exigida à direcção de


uma organização era estabelecer procedimentos administrativos, instruções de produção e
todas as informações necessárias ao funcionamento da empresa.

Para além da importância que a informação operacional tem para a organização e para o
individuo, a informação que não é directamente essencial ao funcionamento da empresa tem
uma importância cada vez maior.
Cada vez mais os trabalhadores querem estar informados sobre os factores externos e
internos que influenciam a segurança e a natureza do seu trabalho como, por exemplo, as
novas tecnologias, a expansão da empresa ou os despedimentos, as regalias e as políticas
salariais.
Querem estar informados sobre a empresa relativamente aos seus lucros, aos novos
produtos e aos seus objectivos. Querem também estar informados sobre as pessoas nos outros
departamentos, sobre a empresa e as pessoas no geral (Adler, 2002).
A comunicação é uma palavra derivada do termo latino communicare, que significa
“partilhar, participar algo, tornar comum”. A comunicação como sendo, a transmissão e
interpretação de informações com a utilização de símbolos verbais e não-verbais, ou seja, é o
processo de troca de informações, ideias, conhecimentos ou sentimentos entre as pessoas.
Pode definir-se comunicação como sendo o processo de permuta de informação
(mensagem) entre um emissor e um receptor.

6
No ponto de vista da organização, ela é essencial para coordenar as suas partes e
assegurar a articulação com o seu meio ambiente. Imprescindível à existência de qualquer
sistema organizado.

Segundo Bueno (2011), Comunicação Interna é o esforço que uma empresa, órgão ou
entidade faz no sentido de estabelecer canais de relacionamento com seu público interno e
entre os elementos desse público. Devem ser características desse relacionamento a agilidade
e a transparência. Isso não quer dizer que a comunicação seja descendente/vertical
(informações da cúpula para os subalternos) apenas, mas também horizontal/lateral (entre
pessoas de posições hierárquicas semelhantes) e ascendente (subalternos enviam suas
mensagens para seus superiores).

Kunsch et al (2003), lembra que - a comunicação interna deve contribuir para o


exercício da cidadania e para a valorização do homem. Como as pessoas passam a maior parte
do dia no emprego, fazer com que o ambiente seja agradável é fundamental para o seu próprio
bem e para o bem da empresa. Até porque a boa gestão da comunicação interna gera efeito
multiplicador nos outros públicos.

Nós, definimos a comunicação como uma transferência de informação entre duas ou


mais pessoas, utilizando as mensagens pelo intermediário de um canal de transmissão.

1.2. Diferentes formas de comunicação


Pode definir-se a comunicação como sendo o processo de permuta de informação
(mensagem) entre um emissor e um receptor.

No ponto de vista da organização, ela é essencial para coordenar as suas partes e


assegurar a articulação como o seu meio ambiente. Imprescindível à existência de qualquer
sistema organizado, ela constitui como que o seu sistema nervoso (Reis, 2018).

1.2.1. Comunicação verbal


A comunicação pode ser verbal – quando se processa através do discurso, do verbo
(palavra) – não-verbal (quando se processa através de imagens, gestos, atitudes, apresentação
física, tons de voz, organização do espaço, e sua decoração, etc., e não por palavras), ou uma
combinação de ambas. A comunicação interpessoal (entre duas ou mais pessoas), por
exemplo, é uma combinação de comunicação verbal com não-verbal: o tom de voz, a
expressão, a atitude e outros transmitem muita informação sobre quem está a falar e sobre

7
quem está a ouvir; na psicologia diz-se, a propósito, que cerca de 60% desta comunicação é
não verbal.

A comunicação não-verbal tem um papel importante no desempenho dos gestores.


Deve-se-lhe prestar muita atenção, para que não sejam transmitidas mensagens que são
contraditórias como, por exemplo:

- Superior que afirma que é necessário preocuparem-se com questões do futuro, mas
na prática os seus actos evidenciam que a sua preocupação fundamental é com as vendas
imediatas e as cobranças.

- Professor que afirma que o importante é os alunos aprenderem, mas na prática


consome grande parte do seu tempo no avaliá-los.

Na comunicação verbal a mensagem é transmitida através da linguagem, usando


palavras e regras gramaticais. O discurso é linear, ou seja, as palavras apresentam-se numa
ordem sequencial, o que a torna limitativa. A questão essencial é que a velocidade de
interpretação do celebro do receptor é muito superior à necessária para compreender o
discurso linear; assim, ele tem tempo para se debruçar sobre outras questões – por exemplo,
analisar a linguagem não verbal associada, no caso da comunicação interpessoal; racionar
sobre a informação que está a receber; divulgar e, eventualmente, alhear-se do discurso.

A comunicação não-verbal é mais rica que a verbal. O povo diz, por exemplo que
“uma imagem vale mais que mil palavras”. Ora, na realidade, uma imagem A4 ocupa mais
espaço no disco de um computador que uma página de texto. talvez seja esta a razão por que
as crianças, que têm necessidade de preencher uma grande parte do seu celebro, preferem
devorar filmes e joguinhos com imagens (Adriano ,2010).

A comunicação verbal pode ser oral ou escrita.

a) Comunicação oral

A comunicação oral, compreende todas as comunicações realizadas através da voz,


quer seja pessoalmente, quer seja por telefone, teleconferência, rádio, etc. Permite combinar a
comunicação verbal com a não-verbal. Tem a vantagem sobre a escrita de se poder jogar com
as inflexões de voz e, em muitas situações, utilizar a linguagem gestual.

8
b) Comunicação escrita

A comunicação escrita é mais formal, mais cuidada, mais rigorosa, mais fiável, fica
registada, é mais “controlável”. Aqui, como a velocidade a que os olhos do leitor se movem é
ainda mais lenta que a percepção através dos ouvidos, o tempo disponível para o cérebro do
leitor se ocupar de outras questões é ainda maior, podendo a distracção ser mais fácil.

Há quem se refira separadamente à comunicação electrónica, mas esta não é uma


comunicação diferente dos tipos que se abordaram. O que realmente é fundamental assinalar é
que, as tecnologias de comunicação e tratamento da informação conheceram tal evolução a
partir da segunda metade do século XX, que permitiram um nível de interacção sem
precedentes entre as pessoas, possibilitando-lhes caminhar para formas de organização social
mais complexas e a nível planetário (Pinto, 2016).

1.3. Comunicação na organização


As mais diversas formas de comunicação que ocorrem dentro da organização e entre
esta e o exterior, são fundamentais para a sua articulação interna e sua interligação com o
meio ambiente externo.

No dia-a-dia, um gestor assume diversos papéis e executa várias tarefas, cujo sucesso
está intimamente ligado à boa comunicação. O gestor representa a empresa no exterior,
realiza reuniões com colaboradores, clientes, fornecedores, etc.; redige memorandos para
circulação interna, etc.

A comunicação que se estabelece de acordo com regras formalmente estabelecidas é


designada por comunicação formal. A estrutura de uma organização pode permitir a
comunicação em quatro direcções distintas:

 A vertical descendente – dos superiores para os subordinados como, por exemplo,


as instruções verbais, as ordens de serviço, os regulamentos, a definição de
objectivos, etc.
 A vertical ascendente – dos subordinados para os superiores, que pode ser
retroinformação sobre as comunicações descentes ou não, como por exemplo,
informações sobre a evolução dos trabalhos, relatórios de execução, etc.

9
 A horizontal ou lateral – entre profissionais do mesmo nível hierárquico, mesmo
que de diferentes departamentos, cada vez mais importante com o achatamento das
organizações, e que é muito importante para a coordenação das actividades.
 Finalmente, a oblíqua ou diagonal – entre níveis hierárquicos e departamentos
diferentes simultaneamente, e que visa sobretudo resolver questões urgentes e
questões de coordenação de actividades.

O estilo de liderança e as características da estrutura organizacional condicionam, em


certa medida, os diferentes tipos de comunicação. Assim, quando existe um elevado grau de
centralização, verifica-se que existe um elevado grau de comunicação descendente e
ascendente. Se a liderança é autocrática prevalece a descendente. A liderança democrática
implica um aumento da comunicação horizontal (Pinto 2016).

Figura 04: Comunicação na organização

Administrador Delegado

Gestor de
Juridico Produção Finanças Pessoal
vendas

Director Director Director


de Fábrica de Fábrica de Fábrica

Comunicação Horizontal
Comunicação Ascendente e Descendente
Comunicação Diagonal
Fonte: Elaboração própria, adaptado de Pinto et al (2016)

Numa organização existem também de comunicação informal. Este tipo de


comunicação corresponde a todas as trocas de informação que não seguem as regras
formalmente estabelecidas.

Os canais internos de comunicação informal (O grau de informalidade de


comunicação refere-se ao grau com que as expectativas, sobre a forma como as comunicações
se processam, no dia-a-dia, são conformes ao que está estabelecido ou escrito.) estão
associados, em boa parte, ao relacionamento entre as pessoas, independentemente das suas
posições na hierarquia da empresa, e transmitem informações em todas as direcções.

10
Geralmente, as informações circulam mais depressa através dos canais de comunicação
informal do que nos formais. Os gestores não devem ignorar os canais de comunicação
informal, nem tão-pouco menosprezá-los. Devem, pelo contrario tirar deles o mesmo partido,
sem esquecer, contudo, que é imprescindível fornecer uma informação correcta e atempada
aos colaboradores, para evitar boatos e outras falhas de informação que tendam a minar o bom
desempenho da organização (Pinto Marques et al, 2016).

1.4. Ferramentas ou canais de comunicação


Através das ferramentas de comunicação desenvolvem-se varias formas de gestão e
comunicação entre os grupos e empresas. Estas ferramentas são técnicas e formas de
linguagem, vejamos alguns exemplos:

• A intranet - é uma rede privada dentro de uma organização que está de acordo com
os mesmos padrões de internet, sendo acessível apenas por membros da organização
e é usada para partilhar informações.
• O correio de voz ou voice mail - é um sistema centralizado de controlo de
mensagens telefónicas para um grande número de pessoas.
• A videoconferência - é a chamada telefónica com imagem e som simultaneamente,
que permite ao utilizador ver e ser visto pelo interlocutor enquanto fala.
• Correio electrónico ou e-mail - é um método que permite compor, enviar e receber
mensagens através de sistemas electrónicos de comunicação.
• Pagens - são dispositivos electrónicos utilizados para contactar pessoas através de
uma rede de telecomunicações.
• Os jornais e revistas - são o meio de comunicação impresso que possui conteúdos
gerais de interesse para o público.

1.4.1. Comunicação Áudio-visual


É todo meio de comunicação expresso com a utilização conjunta de componentes
visuais (signos, imagens, desenhos, gráficos etc.) e sonoros (voz, música, ruído, efeitos
onomatopeicos) ou seja tudo que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido (Viana, 2007).

Com base nessa definição entende-se que, a comunicação áudio visual é resultante de
três tipos de comunicação : verbal, sonora e visual, que em conjunto transmitem uma
mensagem específica, projectada para ser percebida concomitante mente pelos olhos e pelos
ouvidos, possibilitando o envolvimento de quem assiste, onde, o espectador não precisa
recriar uma realidade imaginada. Este envolvimento desenvolve-se em paralelo com
11
sencorialidade que, a comunicação áudio visual proporciona. Neste sentido o movimento é
um visualizável no espaço, o movimento vincula o espaço e tempo, é devido a ele que, a fusão
do som com a imagem torna-se perfeito.

1.4.2. Comunicação Electrónica


Comunicação nas organizações vêm sendo aprimorada e enriquecida pela tecnologia
da comparação.

Segundo Viana (2007), ela facilita a comunicação entre entidades dispersa


geograficamente, funciona, e ou culturalmente diversas, ligadas por formas electrónicas de
comunicação. Permite a coordenação do trabalho e a produção de resultados mesmo sem que
os participantes se conhecem.

Ela ocorre através das seguintes ferramentas :

 O correio electrónico (e-mail), é a ferramenta de comunicação mais difundida e


útil, desde o advento do telefone. Ele permite o envio rápido de um grande volume
de informações para vários destinatários a baixo custo em qualquer parte do
mundo.
 As organizações utilizam e-mail para divulgar dados a seus parceiros comerciais,
investidores e clientes. O email permite às empresas trocar informações vitais com
fornecedores e vendedores e possibilita os profissionais geograficamente dispersos
no globo a colaborem de forma objectiva.
 Redes Intranet constituem um conjunto de meios de comunicação, dispositivos e
softwares necessários para conectar dois ou mais sistemas.
 Mensagens instantâneas constituem as ferramentas certas da comunicação eficaz
das empresas com seus públicos. É a maneira mais rápida e barata de os executivos
estarem em contacto entre si.
 A videoconferência é uma extensão dos sistemas de Intranet e extranet.

A imagem e o áudio possibilitam que, as pessoas se vejam, se ouçam e conversem


entre si.

A tecnologia da videoconferência permite que, as pessoas conduzam reuniões


interactivas sem a necessidade de estarem todas no mesmo espaço físico.

12
1.5. Tipos de comunicação interna nas organizações
A comunicação pode ser dividida em dois tipos :

1° tipo : Comunicação Verbal – que inclui a comunicação escrita e a comunicação


oral.

Quando à comunicação escrita esta tem como característica a ausência do receptor o


que obriga a utilização de uma caligrafia legível, a pontuação e ortografia correctas, a
organização lógica das ideias e a correcção frásica. E tem como vantagens o facto de ser
duradoura e permitir um registo da mensagem.

Como desvantagens verifica-se a ausência do receptor impossibilitando o feedback


imediato, não permite explicações adicionais a obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.

A comunicação oral tem a presença do receptor permitindo o feedback imediato, a


passagem instantânea do receptor a emissor e vice-versa, a utilização de comunicação não-
verbal como por exemplo os gestores e a mímica.

2° tipo : Comunicação Não verbal – verifica-se através de gestos, sons, mímica,


expressão facial, posturas, mas também associada à comunicação verbal. Todos estes aspectos
serão uma referência para o receptor interpretar a mensagem e servirão de complemento, se
necessário, a uma comunicação verbal.

Enquanto a comunicação verbal é plenamente voluntária, a não-verbal pode surgir de


situações involuntárias ou de actos comunicativos propositados.

Nas organizações podem ainda verificar-se canais de comunicação de vários tipos,


estes fluxos de comunicação podem ser divididos:

1.5.1. Comunicação formal descendente ou vertical


Ocorre da gestão de topo para os membros de todos os níveis hierárquicos da
organização. E tem a finalidade de informar, instruir e dirigir os colaboradores. Este tipo de
comunicação inclui informações, comunicado da direcção dos objectivos da organização, com
as políticas, regras e regulamentos.

1.5.2. Comunicação formal ascendente

Ocorre na direcção dos subordinados para os seus superiores com o objectivo de


fornecer informações aos níveis de topo. Como por exemplo, relatórios dirigidos à direcção
sobre a evolução de um projecto ou pedidos de esclarecimentos, isto verifica-se quando existe

13
um tipo de gestão participativa, onde os colaboradores têm acesso directo aos níveis
hierárquicos superiores (Dos Reis, 2018).

1.5.3. Comunicação Informal lateral ou horizontal

Ocorre entre os órgãos de linha e os de staff, entre os membros do mesmo nível


hierárquico de diferentes departamentos ou grupos de trabalho interdepartamental e entre os
membros de diferentes grupos de trabalho.

Como por exemplo, o director de marketing com o director financeiro.

1.5.4. Comunicação Informal diagonal

Ocorre entre qualquer nível organizacional e em qualquer direcção, não dependendo


das normas e regras definidas pela organização formal, quando utilizada de forma eficaz pode
ser uma fonte de informações relevante para os gestores. Baseia-se no fluxo de informação
entre uma chefia funcional e membros de outro grupo de trabalho quando ela exerce
autoridade funcional. Visa o fluxo de informação entre especialistas de diferentes áreas
funcionais que se situam em deferentes níveis de gestão (Dos Reis, 2018).

1.5.5. Comunicação interpessoal


A comunicação interpessoal envolve a troca de factos, ideias, opiniões ou emoções
entre duas ou mais pessoas, em presença, operando-se por meio de palavras, letras, símbolos,
gestos, atitudes, etc.

Na comunicação interpessoal as emoções representam um papel muito importante.


Podem tipificar-se da forma seguinte, algumas das diferentes atitudes dos interlocutores:

 A defensiva, que consiste em um interlocutor atacar o outro – exaltar-se, levantar a


voz, acusar o outro, etc. – por supor que o outro está a dizer é uma crítica ou
censura a afirmações, atitudes ou comportamentos seus;
 A justificativa, que consiste em um interlocutor justificar desnecessariamente
afirmações, atitudes ou comportamentos passados por supor que o que o outro está
a dizer lhes refere;
 A indagativa, que consiste em um interlocutor estar a interromper sistematicamente
o discurso do outro, com perguntas sobre pormenores do mesmo, dificultando-lhe
o discurso, numa tentativa de se assegurar de que está a compreender totalmente o
seu conteúdo.

14
 Estas três atitudes revelam posições defensivas, pouco propícias à boa
comunicação; a atitude seguinte é mais recomendável;
 A compreensiva, que consiste em um interlocutor adoptar uma postura adequada e
ouvir o discurso do outro, preocupando-se em lhe dar a entender periodicamente
que o está a compreender; tal pode ser feito resumindo periodicamente o que o
outro está a dizer; se lhe for possível compreender os sentimentos subjacentes ao
discurso do interlocutor, deve, em tais resumos periódicos, dar a entender
implicitamente que está a compreender os seus sentimentos; o outro sente-se
compreendido e tende a baixar as suas defesas, revelando abertamente factos e
sentimentos; cria-se o que se designa por estado de empatia (Pinto et al, 2012).

1.6. Barreiras a comunicação


O processo de comunicação dentro nas organizações nem sempre funciona de forma
adequada, pois apresenta variáveis indesejadas como a cultura ou educação, que interferem na
forma como as mensagens se tornam diferentes no trajecto entre o emissor e o receptor.
Durante este processo surgem as barreiras à comunicação que são os factores que interferem
no processo comunicacional e que impedem que, as mensagens sejam compreendidas.
Vejamos algumas barreiras à comunicação criadas pelo emissor (Dos Réis, 2018):

 Problemas semânticos – as mensagens palavras, frases, expressões ou gestos têm


significados e sentidos diferentes para as pessoas envolvidas no processo, o que
origina a distorção ou a falta de compreensão da mensagem original pelo receptor.
 Filtragem – ocorre quando a comunicação é recebida pelo receptor em parte e não
na sua totalidade e quando o emissor manipula a informação e só comunique
aquilo que considera o mais importante.
 Linguagem intragrupal – é a linguagem de grupos profissionais, sociais ou
culturais que é compreendida somente pelos seus membros, não sendo
descodificada pelas pessoas exteriores aos grupos.
 Diferença de status: a presencia de pessoas de diferentes níveis hierárquicos pode
causar inibições nos participantes.
 Pressões de tempo: estas induzem acções e palavras precipitadas, diminuem a
disponibilidade para ouvir.

Vejamos agora algumas barreiras criadas pelo Receptor da comunicação :

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 Audição selectiva: o receptor descodifica a mensagem de acordo com as suas
necessidades, motivações e expectativas pessoais. Isto significa que o resultado é
que se ouve aquilo que se quer ouvir
 Juízo de valor: é a interpretação projectada sobre a mensagem sendo influenciada
pela avaliação que o receptor faz do emissor.
 Credibilidade da fonte: é a avaliação que o receptor faz da originalidade da fonte.

Nas barreiras da comunicação existem variáveis intervenientes no processo


comunicacional. Essas variáveis são listadas abaixo.

Variável pessoal: podemos interpretar vários factores como barreiras na comunicação,


como por exemplo, a postura corporal, a expressão facial, a aparência do emissor, o nível de
conhecimento, a escolha de palavras usadas pelo interveniente. Um exemplo são a “entrevista
de emprego” pois é nessa altura que o gestor ou psicólogo interpreta esses sinais de forma a
avaliar se o candidato é, ou não, qualificado para o lugar.

 Variável social: encontramos valores que são próprios da sociedade, da educação,


das crenças e da cultura em si. Estes fatores sociais podem constituir barreiras na
comunicação. Exemplo é a forma distinta de realizar um negocio na Nigéria e
Sudão devido às diferentes culturas, etnias e religiões
 Variável linguagem: está interligada com as variáveis pessoais e sociais porque se
não escolhemos bem as palavras que usamos, podemos afectar determinadas
suscetibilidades ou ser vistos como pessoas com um baixo nível de conhecimento.
Esta variável está presente no quotidiano e, caso não saibamos quais os “chavões”,
como por exemplo inflação galopante, que dominam a sociedade em que estamos
inseridos, podemos ter de superar diversas barreiras.
 Variável psicológica: conjuga as variáveis anteriores pois, se soubemos como usar
cada uma delas podemos moda a nossa personalidade de forma a ser aceita por
todos, isto é, mexendo com o estereótipo criado no psicológico do receptor na
informação.
 Para além das variáveis intervenientes no processo de comunicação vejamos
outros factores que podem dificultar ou prejudicar a comunicação dentro de grupos
ou de organizações.
 Filtragem: refere-se à manipulação da informação para o receptor a perceber
como positiva. E é frequente nas organizações cuja estratégia de comunicação é

16
ascendente. Ocorre frequentemente na comunicação ao longo da cadeia
hierárquica.
 Percepção selectiva: o emissor como o receptor vêem e escutam selectivamente,
ou seja, com base nas suas próprias necessidades, motivações experiencias e
características pessoais. De entre as mensagens recebidas, as pessoas tendem a
desconsiderar as que colidem com as suas perspectivas de vida ou não conformam
aquilo em que acreditam.
 Sobrecarga de informação: os indivíduos processam a informação, mas têm uma
capacidade finita e limitada. Esta situação ocorre quando se verifica uma grande
quantidade de comunicação, ultrapassando as possibilidades do receptor de a
apreender, resultado a perca ou distorção de uma parte do seu conteúdo.
 Diferença de status: a classificação hierárquica, que muitas organizações possuem
com o uso de diversos símbolos, pode ser percebida como ameaças pelas pessoas
de níveis hierárquicos inferiores, ocorrendo distorções ou impedimentos à
comunicação.

Foram abordadas algumas situações que podem ser constrangedoras na comunicação,


ou seja, factores criadores de barreiras à comunicação, no entanto, é importante referir
algumas capacidades de comunicação que devem ser desenvolvidas pelas pessoas no contexto
organizacional.

Vejamos estas capacidades de comunicação que devem ser vistas como uma melhora
para a comunicação organizacional, possibilitando uma melhor compreensão e qualidade das
mensagens.

 Empatia: o efeito da empatia consiste quando em uma pessoa consegue comunicar


as suas ideias com muita facilidade e que a sua argumentação é adaptada ao
receptor conseguindo captar a sua atenção tendo assim a acção unânime de quem o
ouve.
 Saber escutar: tão importante como a forma como se comunica é a forma como se
escuta compreendendo as necessidades do seu interlocutor. O ouvinte deve
colocar-se na posição do que fala.
 Utilização de feedback: este mecanismo é importante numa organização que
pretende uma comunicação aberta com os seus colaboradores. Só existindo
feedback, tanto os colaboradores como os gestores podem ter conhecimento do
desenvolvimento verificado na sua organização.
17
Eis alguns jogos ligados à barreiras de comunicação

 Jogo do telefone estragado: este jogo está ligado ao caso da filtragem onde a
barreira na comunicação existe quando a mensagem é passada no comum “boca-a-
boca” e quando chega ao destino está modificada ou filtrada (Dos Reis, 2018).

Podemos ver isso no jogo do telefone estragado, que se baseia numa pessoa começar
por dizer ao ouvido de outra uma frase e esta passa ao próximo e assim sucessivamente,
criando uma cadeia.

Quando chega à última pessoa, esta diz a frase que percebeu e de seguida é analisada
se esta é a frase original da primeira pessoa ou se no meio da cadeia houve ruído causando
com que a frase original esteja modificada.

 Jogo da percepção selectiva: este caso ocorre quando as pessoas apenas entendem
e absorvem da mensagem aquilo que lhes convém ou aquilo que gostariam de
ouvir. Neste jogo é mostrada uma imagem com duas “facetas” a todas as pessoas e
depois elas dizem qual a imagem que observaram primeiro, a que lhes conveio
mais.
 Jogo da mímica: este jogo consiste numa forma de expressão que consiste em
gestos e movimentos corporais onde uma pessoa pode passar ideias e pensamentos
sem utilizar a comunicação verbal, mas apenas fazendo sinais. As pessoas podem
simular corporalmente surpresa, frio, admiração, calor, indiferença, alegria,
tristeza, desespero.

1.6.1. Fluxo padrões de comunicação interna


A comunicação interna é uma das formas de uma organização comunicar com os seus
colaboradores. Ela visa, basicamente, a motivação dos colaboradores, ajudando no
desenvolvimento de um clima favorável nas organizações. O sucesso ou o fracasso da
comunicação interna não só depende do seu processo, mas também da forma como é
transmitida ou do fluxo de informação utilizado. Sendo assim cada organização adopta o tipo
de comunicação e o fluxo de informação que melhor se adequa a ela e aos seus objectivos.

Segundo Adriano, Duarte Rodrigues (2010), os fluxos de comunicação exercem


grande influências sobre a eficácia do processo comunicacional. São eles que constituem os
caminhos, os desvios e os de graus por que atravessa a comunicação. O autor destaca três
princípios tios de fluxo de informação interna nas organizações : descendente, ascendente e
horizontal.
18
1° Fluxo descendente : Angeloni, (2010), classifica esse fluxo como vertical e de
cima para baixo. Segundo ele, a comunicação formal faz parte desse fluxo. Para Viera, Maria
(2007), esse fluxo está relacionado à transmissão de normas, ordens e directrizes da empresa.

O fluxo descende ocorre em empresas autoritárias, onde a intenção é apenas repassar


informações já tomadas aos funcionários, sem poderem opinar e sem consultá-los.

Este fluxo de comunicação, tipo como o mais importante para a direcção da


organização, torna-se causa frequente de problemas, tais como : saturação de informações nos
canais que fazem este tipo de comunicação ; ordens comunicadas às pressas, vagamente e
comunicação realizada sem precisão devido a termos muito técnicos ou sem critérios. Ou seja,
este fluxo de comunicação apresenta distorções na sua execução em virtude de sua prática
rotiniera.

2° Fluxo Ascendente : As comunicações ascendentes ocorrem de forma contrária da


comunicação descendente. Nesse fluxo, as pessoas estão na parte inferior da estrutura
organizacional e enviam informações para a parte superior, onde estão os dirigentes. A
comunicação acontece de baixo para cima, e tende a ser menos formais. É a partir desse fluxo
que a gerência obtêm informações dos seus funcionários.

O sistema ascendente não tem força do sistema formal, e grande parte das mensagens
flua por meio de canais informais, escapando, assim, ao controlo. Os planos de sugestões, os
boletins de resultados de tarefas e os círculos de controlo de qualidade constituem algumas
formas que respondem pelo fluxo ascendente.

3° Fluxo Horizontal : o fluxo horizontal ocorre com pessoas que estejam no mesmo
nível organizacional.

Ainda, segundo Adriano, Duarte Rodrigues (2010o fluxo horizontal é muito


estratégico para efeitos de programas de ajuste e interacção de propósitos com vistas à
consecução de meta. Ainda Kunsch (2003, p.86), Enfatiza a importância desse fluxo ;
« possui papel agregador que proporciona a socialização de informações, assim como o
conhecimento de actividades das outras unidades organizacionais ». Para que a comunicação
exerça seu verdadeiro papel nas organizações são necessários instrumentos, ferramentas que
facilitam a transmissão das mensagens.

19
1.7. Importância da comunicação nas organizações
A comunicação interna nas organizações tem como objectivo promover o diálogo com
os colaboradores de forma a melhorar o clima organizacional. Envolve o fluxo de
informações administrativas e toda a comunicação feita com os colaboradores, através dos
veículos formais ou informais. As organizações devem trabalhar a comunicação interna para
transmitirem os seus valores aos colaboradores.

As actividades nas organizações depenem da comunicação e quando esta falha como


por exemplo, excesso de ruído, gera consequências tais como, colaboradores desmotivados,
baixa produtividade e clientes insatisfeitos (Dos Reis, 2018).

A comunicação auxilia na interação entre os colaboradores e da integração destes na


organização, quando estes recebem, compreendem e interpretam a mensagem. E compreende
um conjunto de ferramentas que visam manter os colaboradores informados do que acontece
na empresa, como por exemplo, a sua missão, visão, valores, planos estratégicos, acções
tácticas.

O processo da comunicação no ambiente de trabalho forma um ciclo integrado,


envolvendo todas as áreas da organização em beneficio de acções sinergéticas na procura dos
mesmos objectivos.

Nas organizações a comunicação institucional é de grande importância tendo como


objectivo criar uma imagem positiva da empresa para a imprensa, sociedade e colaboradores.

As organizações interagem com os seus clientes externos para produzir os produtos e


traduzir benefícios de acordo com o atendimento e expectativas destas.

A comunicação organizacional ocorre a varias níveis afetando pessoas com


personalidades, crenças e necessidades diferentes. E por isso deve ser adaptada de forma a
aumentar a eficiência da mensagem para originar melhores resultados nas organizações
(Clemen,2005).

1.8. As novas tecnologias e a comunicação


O desenvolvimento rápido da electrónica tem provocado alterações, cada vez mais
imediatas e significativas, nos meios de comunicação nas organizações e intra-organizacões.
A convergência das tecnologias, no processamento e comunicação de dados, de imagem, de
texto e de voz (redes, correio electrónico, internet, intranet, videoconferência, etc.), tem

20
contribuído para tornar mais eficazes as comunicações nas organizações e, em particular, as
comunicações à distância.

É difícil prever o impacto que terá nas organizações, embora já se possam antever
alguns contornos: maior facilidade e rapidez de acesso à informação, melhor coordenação de
colaboradores dispersos geograficamente, por exemplo, integração e automatização dos
processos de negócios a montante (fornecedores) e a jusante (clientes), incremento da
possibilidade de participação dos colaboradores nas actividades de gestão dos seus superiores
hierárquicos, etc. As novas tecnologias parecem favorecer a tendência para as empresas terem
fronteiras cada vez menos demarcadas em relação ao seu meio ambiente, a trabalharem cada
vez mais em “rede” com outras empresas e, dentro delas, os seus colaboradores também
trabalharem cada vez mais “em rede” (Pinto et al, 2016).

Espera-se que a inteligência artificial possa dar um grande contributo para melhorar a
eficácia da comunicação, na medida em que contribua para resolver a questão do conteúdo
semântico dos vocábulos, para resolver as questões da tradução entre diferentes línguas, para
resolver as questões que se prende, com o excesso de informação, etc.

21
CAPITULO II: APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO NÃO
GOVERNAMENTAL REDE MULHER ANGOLA, RMA-ONG, LUANDA

2.1. Histórico da Organização

Iniciou a sua actividade em Janeiro de 1995, com carácter voluntário, apartidário, sem
fins lucrativos e independente, do ponto de vista administrativo e financeiro.

O seu objectivo construir sinergias para a reflexão e acção colectiva, tendo em vista a
promoção da igualdade de oportunidades entre as mulheres e os homens e a defesa dos
direitos das mulheres, com recurso aos mais variados meios, nomeadamente, pesquisa,
lobbying, advocacia, divulgação, comunicação, sensibilização e formação.

É composta por 80 organizações de base comunitária locais, organizações não-


governamentais laicas, religiosas, de acção comunitária, de investigação e de organizações
femininas de partidos políticos.

De forma a melhorar a sua gestão corrente e garantir uma maior eficiência e eficácia
na prossecução dos seus objectivos, é necessário que a RMA execute os procedimentos
administrativos constantes deste manual.

Este Manual de Procedimentos Administrativos (MPA) tem por objectivo padronizar


todos os procedimentos Administrativos a serem cumpridas, referentes à rotina das áreas de
Recursos Humanos, de Finanças, de Logística e Aprovisionamento e de Visibilidade e
Publicidade. Tais procedimentos, quando bem implementados permitem a utilização
apropriada dos recursos (equipamentos, mão-de-obra, materiais, entre outros) e a
uniformização e simplificação dos processos de trabalho.

Cada liderança é responsável pela supervisão e garantia dos procedimentos, visando


assegurar o conhecimento.

O MPA foi elaborado com base em alguns procedimentos já seguidos pela RMA,
conjugados e enriquecidos com contribuições pertinentes obtidas junto Directora de
programa, do Coordenador Administrativo e Financeiro e do Assistente dos Recursos
Humanos. Cumpre frisar que os procedimentos inclusos estão, igualmente, em consonância
com as normas, os regulamentos e os procedimentos vigentes na PSI Angola e com a
legislação angolana em vigor.

22
Na parte inicial do MPA estão listados os princípios gerais que visam o
relacionamento harmonioso dos actores intervenientes no quotidiano da RMA e o código de
ética a ser seguido. É ilustrado, igualmente, o organograma da RMA, os principais órgãos e
funções, as relações existentes entre os diferentes departamentos, suas principais actividades e
responsabilidades.

A segunda parte do MPA destaca um conjunto de procedimentos para as áreas de


Recursos Humanos, Finanças, Logística e Aprovisionamento, e Visibilidade e Publicidade.
Na última parte encontramos um conjunto de documentos anexos, como formulários e demais
ferramentas imprescindíveis ao bom funcionamento dos diferentes departamentos da RMA.

É um Fórum de organizações não-governamentais, organizações Comunitárias de base


que defendem interesses de género em Angola. Surgiu da necessidade de existir mudança de
atitudes e comportamentos de Mulheres e Homens em Angola. Iniciou a sua actividade em
Janeiro de 1995, com carácter voluntário, apartidário, sem fins lucrativos e independente, do
ponto de vista administrativo e financeiro.

A RMA tem como objectivo construir sinergias para a reflexão e acção colectiva,
tendo em vista a promoção da igualdade de oportunidades entre as mulheres e os homens e a
defesa dos direitos das mulheres, com recurso aos mais variados meios, nomeadamente,
pesquisa, lobbying, advocacia, divulgação, comunicação, sensibilização e formação.

2.2. Missão, Visão e Valores


2.2.1. Missão
Contribuir para a promoção e igualdade de direitos entre Mulheres e Homens em
Angola.

2.2.2. Visão
Extinguir a discriminação baseada no género e ser uma organização reconhecida pela
excelência na defesa dos direitos da mulher.

2.2.3. Valores
Ética; Igualdade; Liberdade; Respeito e Cultura de Paz.

2.3. Objecto social


A (RMA) é um Fórum de organizações não-governamentais, que tem objeto social, a
contribuição para a melhoria da informação, comunicação e troca de experiência entre as

23
organizações, as associações, grupos e pessoas individuais sobre questões da promoção da
igualdade de género em Angola.

2.4. Organização de funcionamento


 Director
Tem a responsabilidade total e a liderança na planificação, implementação e
monitorização dos projectos.
 Gestor Administrativo e Financeiro
Incumbe ao Gestor Administrativo e Financeiro Liderar e coordenar o
desenvolvimento e a implementação de políticas, procedimentos e sistemas de controlo e
apoio financeiro, incluindo contabilidade, auditoria, orçamentação, IT, de acordo com os
padrões de qualidade da RMA e dos Doadores de projectos. Ele é, igualmente responsável
pela gestão administrativa e de Recursos Humanos, e da área logística e de aprovisionamento.
 Gestor de Programa
Actua no planeamento e execução dos programas de interacção social. Realiza o
planeamento e execução de projectos, de acordo com o plano de acção e o cronograma.
Operacionaliza eventos, cursos e palestras dos projectos. Acompanha e avalia os resultados
dos projectos executados. Orienta as pessoas envolvidas nos projectos. Organiza os recursos
dos projectos. Planeia, solicita e presta contas dos recursos financeiros e materiais
necessários.
 Coordenador de Monitoria e Avaliação
É o responsável pela monitoria e avaliação das actividades do projecto, incluindo a
elaboração de relatórios de acordo com as directrizes dos parceiros, assegurar que as
ferramentas do projecto sejam bem compreendidas e que sejam inovadores, assegurar a
formação da equipa do projecto no uso de ferramentas de recolha de dados, realizar visitas de
monitoria e avaliação para monitorar actividades; participar no planeamento e implementação
das actividades do projecto; assegurar a existência de um sistema de reporte regular e
funcional em todos os níveis do projecto; analisar os dados e acompanhar o progresso do
projecto em relação às metas acordadas.
 Coordenador de comunicação

Distribui, orienta e executa acções de comunicação interna e externa visando a


divulgação e preservação da imagem e serviços prestados pela RMA, zelando pela observação
dos princípios que norteiam suas actividades.

24
 Coordenador de Recursos Humanos

O Coordenador de Recursos Humanos é o profissional responsável pela coordenação


dos processos de contratação e demissão, como pagamentos relativos à LGT, renovação de
contractos, programa de treinamento, entre outros.

 Assistente de Monitoria e Avaliação

Faz o seguimento das actividades do projecto e assegura a colecta atempada dos


dados. Participa na planificação, desenho de instrumentos, formação de pessoal e gestão de
dados e reporte.

 Assistente de Logística

Controla todo o processo de aquisição e distribuição de bens e serviços para os


projectos e controla a planificação e gestão de toda a informação de segurança. É igualmente
responsável pela gestão do património (cadastramento, inventariação e abate).

 Assistente Administrativo

O assistente administrativo presta suporte na área de gestão das empresas, com foco na
administração financeira, nos processos operacionais e de logística. É o profissional
responsável pelo gerenciamento das tarefas de rotina essenciais ao funcionamento de qualquer
organização, como emissão de documentos, actualização de cadastro, atendimento a
fornecedores, controlo dos recebimentos e envios de correspondências e de documentos e
organização dos arquivos.

 Assistente de Recursos Humanos

O Assistente de Recursos Humanos presta assistência na promoção de treinamentos e


capacitações para os funcionários, administração dos salários e benefícios oferecidos e
também promove avaliações de desempenho, planeamento de carreira e optimização do
tempo, sempre prezando para o desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários e
pela satisfação e saúde no trabalho. Está sob as responsabilidades do Assistente de Recursos
Humanos prestar informações aos funcionários da instituição, a respeito de assuntos
relacionados com o trabalho, actuar no processo selectivo, prestar apoio em dinâmica de
grupos, aplicar teste psicológicos, dar pareceres sobre os candidatos, seleccionar currículos e
contactar candidatos, controlar contractos temporários, substituições ou aumento de quadro de
funcionários, controlar os vencimentos de contrato por experiência e transferência dos
funcionários de sectores, controlar e realizar o contrato de voluntários e encaminhar ao

25
responsável do sector, conferir folhas de pagamentos e promover benefícios, tal como férias,
para funcionários, entre outras.

 Assistente de Finanças

O Assistente de Finanças deve auxiliar as actividades da área financeira,


nomeadamente, o controlo bancário, a elaboração dos relatórios financeiros e dos mapas
contabilísticos mensais, o processo de recebimentos, de pagamentos e organização de
documentos.

 Assistente de Tecnologias de Informação

O Técnico de Informática será responsável pela manutenção dos computadores,


actuando tanto de forma preventiva como correctiva. Actua no hardware dos computadores,
trocando peças, realizando limpeza de periféricos, avaliando a necessidade de actualização
tecnológicas ou substituição de componentes, indicando tecnologias mais adequadas ao
sistema utilizado e ao usuário, e no software, instalando programas e aplicativos, verificando
e corrigindo erros, configurando, desinstalando e actualizando programas, utilitários e
aplicativos, de acordo com os padrões de qualidade da Organização e do doador do Projecto.

 Assistente de Aprovisionamento

O Assistente de Aprovisionamento é responsável pela escolha dos fornecedores e dos


produtos a adquirir. Ele executa as compras nacionais de acordo com as orientações do Gestor
Administrativo e Financeiro, e controla o stock dos produtos em armazém, assegurando a
atualização contínua dos preços.

 Assistente de campo

O Assistente de campo é encarregue de fazer a entrega de documentos e


correspondências, o pagamento de facturas, distribuição de expediente, entre outros serviços.

26
2.5. ORGANIGRAMA DA ORGANIZAÇÃO

27
CAPÍTULO III: METODOLOGIA, ANALISE E
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

3.1. Metodologia do Trabalho

De acordo com Gil (2008), a metodologia descreve os procedimentos a serem seguidos


na realização da pesquisa. Sua organização vária de acordo com as peculiaridades de cada
pesquisa.

3.1.1 Métodos

a) Método Descritivo que tem como objectivo primordial a descripção das


características que compõem factos, fenómenos e processos, ou seja, são incluídos neste
método as pesquisas que levantam opiniões, atitudes e crenças de uma população (Vaz Freixo
Manuel João, 2010). Este método permitiu-nos descrever todos os factos pesquisados,
observar e repassar para o trabalho tudo o que se foi analisado e pesquisado sobre o tema
deste trabalho, de acordo com as respostas dadas pelos profissionais pesquisados.

b). Método qualitativo – quando analisa um determinado fenómeno, procurando


estabelecer por que motivo ele acontece, que factores intervêm nele, que relação tem com
outros fenómenos, etc. (COUTINHO, C. P., 2011). No nosso trabalho, permitiu analisar
determinado fenómeno, procurando estabelecer por que motivo ele acontece, que factores
intervêm nele, que relação tem com outros fenómenos, etc.

3.1.2. Tipos de pesquisa

a) Pesquisa Bibliográfica; permitiu-nos conhecer as diferentes formas de


contribuição científica que se realizaram sobre o tema em análise. Neste caso o estudo
bibliográfico desta monografia dispôs especialmente de publicações relacionadas a livros,
artigos, teses, dissertações e textos diversos etc.

b) Pesquisa de Levantamento; é quando a pesquisa envolve a interrogação directa

das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Pois foi realizada uma pesquisa com os
funcionários que fazem parte deste estudo, analisando seu comportamento, através das respostas
que os mesmos deram aos questionários que foram aplicados.

28
3.2. Instrumentos de recolha de dados

A recolha de dados passou pela documental da RMA-ONG, onde procurou identificar


os diferentes tipos de comunicação interna (informal, formal, descendente, ascendente,
horizontal, lateral, etc. no período de 2019 e 2020). Foi ainda utilizado um guião de
questionários com as perguntas fechadas, (de alternativas que o informante escolhe livremente
sua resposta entre duas opções : sim e não) que permitiram a sua condução junto de 16
funcionários da RMA de áreas diversificadas.

Marconi (2004, p.100), « questionário é um instrumento de colecta de dados


construído por uma série ordenada de perguntas ».

O estudo utilizou um inquérito por questionário para os dados qualitativos, constituído


por questões sócio – demográficas com este instrumento recolhemos elementos que nos
permitiram caracterizar a população. Recolhemos dados como : género, Faixa etária, Estado
civil, habilitações literárias, tempos de serviços na organização e as questões profissionais que
levaram-nos a analisar os factores que influenciam na comunicação interna nas Organizações.

3.3. Tipos de Estudos

Existem vários tipos de estudos. Neste trabalho utilizou-se, o estudo qualitativo de


natureza exploratória e tratando-se de um estudo transversal.

Um estudo qualitativo valoriza a qualidade socialmente construída da realidade, a


relação entre o investidor e o objecto em estudo e os constrangimentos situacionais que
enformam a investigação (Almeida & Freire, 2010).

A natureza exploratória consiste em explorar e descrever um fenómeno ou um


conceito relativo a uma população, para que possam estabelecer características dessa
população. Enquanto o estudo transversal recolhe os dados num único momento no decurso
da investigação (Fortin, 2009).

3.4. População e Amostra

Segundo Marconi “a população é o conjunto de seres animados ou inanimados que


representam pelo menos uma característica em comum”

29
A população alva deste trabalho foi composta pelos funcionários da RMA localizada
em Luanda, especificamente no município de Talatona Num universo de 16 funcionários
distribuídos entre os diversos cargos e áreas, e as 16 pessoas participaram do preenchimento
dos questionários que constituem a nossa amostra de conveniência.

3.5. Tratamento de Dados

Para elaboração dos gráficos e analisar os dados colectados no questionário, foi


utilizado software Microsoft Office Excel 2007.

3.6. Análise e interpretação dos resultados


Como já referimos, na fase metodológica, os dados foram recolhidos através da
aplicação de um questionário. Posteriormente, os mesmos, depois de analisados, são
apresentados como recursos a tabelas e gráficos.

Os dados serão apresentados em duas partes: Primeira parte tratará da caracterização


sócio-demográfica e na secunda parte a caracterização profissional sobre a comunicação
interna.

Parte I: Caracterização Sócio – Demográfica dos inquiridos.


Gráfico 01: Género dos inquiridos

50% 50%

Masculino Feminino

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

Neste gráfico, é possível observar que, 8 funcionários representam 50%, são do género
masculino e 8 funcionários ou 50% também do género feminino. Conforme é apresentado o
gráfico acima, que a organização está com género equilibrado.

30
Gráfico 02: Faixa etária dos inquiridos

37,50% 18,75%

43,75%

De 20 a 30 anos De 31 a 40 anos
Acima de 40 anos

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

O gráfico acima mostra que 43,75% (7) dos funcionários encontra na faixa etária de 31
a 40 anos de idade, 37,5% (6) acima de 40 anos e 18,75% (3) encontra na faixa etária de 20 a
30 anos de idade. Observamos que, a maioria dos funcionários inquiridos nesta organização
tem faixa etária de 31 a 40 anos de idade.

Gráfico 03: Estado civil dos inquiridos

6,25% 6,25%
25%

62,50%

Solteiro (a) Casado (a)/União de facto


Divorciado (a)/ Separado (a) Viúvo (a)

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

A olhando no gráfico, vimos que 10 ou seja 62,5% dos funcionários são casados
(a)/União de facto, 4 ou 25% são solteiros (a), 1 ou 6,25% é divorciado (a)/ Separado (a) e
Viúvo (a). Isto significa que a maioria dos funcionários desta organização são casados
(a)/União de facto.

31
Gráfico 04: Habilitações literárias dos inquiridos
6,25% 0% 18,75%

50% 25%

Ciclo do Ensino Básico Médio


Bacharelato Licenciatura
Mestrado

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

Na quarta representação gráfica, mostra a habilitações literárias dos funcionários onde,


50% (8) são licenciados, ou possuem nível superior completo, enquanto que 25% (4) são do
Bacharelato, 18,75% (3) são do médio e o resto 6,25% (1) são do mestrado. Isto é, a maioria
dos funcionários da organização são licenciados.

Gráfico 05: Anos de serviços na RMA-ONG

18,75% 18,75%

62,50%

1 ano a 2 anos 3 anos a 5 anos Mais de 5 anos

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

Neste gráfico buscou-se saber o tempo de trabalho dos funcionários na organização,


observa-se que 10 funcionários ou seja 62,50% estão entre 3 anos à 5 anos e o resto de 1 Ano
à 2 anos e mais de 5 anos de serviço com 18,75% (3). Verifica-se com esse resultados, que a
maioria dos funcionários trabalham a mais de 3 anos na organização.

32
Parte II: Caracterização Profissional sobre a comunicação interna.

Gráfico 06 : Os instrumentos ou canais de comunicação a ter em consideração na


comunicação interna na Organização não Governamental Rede de Mulher Angolana,
RMA-ONG.

0%
18,75% 0%

81,25%

Comunicação Oral Comunicação Escrita


Comunicação Auto-Visual Comunicação Electrónica

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

Como mostra o gráfico 06, podemos observar os resultados da tabela acima, ilustram-
nos que 81,25% (13) responderam, a comunicação Electrónica, 18,75% (3) a comunicação
oral e nenhum a comunicação escrita e Auto-Visual. Isto significa que, a comunicação
Electrónica é o instrumento a ter em consideração na comunicação interna na Organização
não Governamental Rede de Mulher Angolana. Segundo Viana, (2007), é através das
ferramentas ou canais de comunicação desenvolvem-se varias formas de gestão e
comunicação entre os grupos e empresas. Estas ferramentas são técnicas e formas de
linguagem.

Gráfico 07 : A comunicação interna é um factor de crescimento na Organização não-


governamental Rede de Mulher Angolana, RMA-ONG.

0% 6,25%

93,75%

Sim Não Não sei

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

33
Neste gráfico, abordamos a questão se a comunicação interna é um factor de
crescimento na Organização não-governamental RMA, vimos que 93,75% (15) falaram sim,
6,25% Não sei e nenhum não. Isto é, a maioria dos funcionários confirmam que, a
comunicação interna é um factor de crescimento na Organização não-governamental RMA-
ONG. A comunicação interna nas organizações tem como objectivo promover o diálogo com
os colaboradores de forma a melhorar o clima organizacional. Envolve o fluxo de
informações administrativas e toda a comunicação feita com os colaboradores, através dos
veículos formais ou informais. Segundo Angeloni M.T. (2010), as organizações devem
trabalhar a comunicação interna para transmitirem os seus valores aos colaboradores.

Gráfico 08 : Se tem uma relevância da comunicação interna no relacionamento dos


colaboradores.
0%

37,50%

62,50%

Sim Não Não sei

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

Analisando o gráfico acima, 62,50% (10) afirmam que sim a comunicação interna tem
uma relevância no relacionamento dos colaboradores, 37,50% (6) consideram que não tem
relevância e nenhum não sei. De forma geral podemos dizer que a maioria dos funcionários
confirma que a comunicação interna tem uma relevância no relacionamento dos
colaboradores.
A circular interna, qualquer que seja a sua apresentação, é uma forma de comunicação
escrita, muito vulgarizada nas empresas. Estas são redigidas e enviadas a cada secção, chefe
de serviço ou a determinado funcionário permitindo uma eficaz difusão interna de ordens,
instruções ou informações.

34
Gráfico 09: Os factores que influenciam na comunicação interna da Organização
RMA-ONG.

0% 0% 12,50%
12,50%

75%

Comunicação descendente Comunicação ascendente


Comunicação lateral Comunicação na organização
Comunicação interpessoal

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

O gráfico 09, observa-se que apenas 75% ou seja 12 funcionários dizem que, a
comunicação interpessoal, 12,50% (2) funcionários respondem que, a comunicação lateral e a
comunicação na organização e nenhum a comunicação descendente e a comunicação
ascendente. Isto é, a maioria dos funcionários inqueridos, confirmam que a comunicação
interpessoal influencia na comunicação interna da Organização RMA-ONG. Todas estas
formas de comunicação podem ser orais ou escritas. Por este motivo é importante que
conhece algumas regras de comunicação, antes de aprofundar os seus vários tipos: Regras
fundamentais de comunicação: Na comunicação directa é sempre possível a resposta, isto é, o
emissor e o receptor alternarem constantemente os seus papéis. Na comunicação oral indirecta
existe a mesma possibilidade de resposta, mas não se dispondo agora do gesto como meio
auxiliar de comunicação.

Gráfico 10: As informações que recebe na sua empresa são exactas as que necessita
para desempenhar seu trabalho.

37,50%
62,50%

Sim Não

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

35
De acordo com os resultados apresentados neste gráfico, 62,50% (10) respondem que
não são exactas e 37,50% (6) dizem que sim são exactas. Isto é, a maioria dos funcionários
dizem que, as informações que recebe na sua empresa não são exactas as que necessita para
desempenhar seu trabalho. Segundo Beirão, I. (2008), a comunicação está no núcleo da gestão
organizacional, uma vez que, consiste em relacionamentos interpessoais. Através do processo
communication, os líderes procuram influenciar pessoas a realizarem as suas actividades na
empresa e comprometerem-se na execução dos objectivos e metas traçadas.

Gráfico 11: Como classifica a comunicação entre a Direcção e os colaboradores.

12,50% 0% 25%

62,5

Excelente Boa Péssima Não tem opinião

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

Com forme os resultados do gráfico apresentam, 62,50% (10) dos funcionários, dizem
que não tem opinião, 25% (4) falam que é boa, 12,50% (2) que é péssima e nenhum
funcionário diz excelente. Isto significa que a maioria dos inqueridos falaram que não tem
como explicar a comunicação entre a Direcção e os colaboradores. A comunicação interna
tem como objectivo principal de permitir aos gestores da empresa de dispor a informação cuja
precisa na empresa. Esse objectivo torna-se possível graça aos diferentes canais presentes
dentro da empresa. Desse objectivo resultam outros objectivos.

Gráfico 12: Se Existe uma área ou equipa destinada a cuidar da comunicação


Interna.
0% 0%

100%

Sim Não Não sei

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

36
O gráfico acima expressa que 16 inquiridos ou 100% dos funcionários dizem que sim
e nenhum não e não sei. Isto significa que a maioria dos funcionários confirmam que existe
uma área ou equipa destinada a cuidar da comunicação interna na Organização não
Governamental Rede Mulher Angola, RMA-ONG.

Gráfico 13: Se colaborador da empresa sente-se seguro em comunicar


com os colegas.
6,25%

25%

68,75%

Sim Não As vezes

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

Quando a questão do colaborador da empresa sente-se seguro em comunicar com os


colegas, vê-se claramente no gráfico acima que 68,75% (11) dos funcionários responderam
que não, 25% (4) as vezes e 6,25% (1) sim. Isto é, a maioria diz que o colaborador da empresa
não sente-se seguro em comunicar com os colegas.

Gráfico 14: Se a comunicação interna nesta empresa desperta um clima positivo, que lhe
permite sentir motivado e melhorar o seu desempenho profissional.

18,75%

81,25%

Sim Não

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

37
Tal como se verifica através do gráfico 81,25% (13) dos funcionários dizem não
desperta um clima positivo e 18, 75% (3) sim, desperta um clima positivo. Isto significa que a
maioria dos funcionários da organização confirmaram que, a comunicação interna nesta
empresa não desperta um clima positivo, que lhe permite sentir motivado e melhorar o seu
desempenho profissional. De acordo com Argenti, Paul, A. (2006), a comunicação interna
favorece o desenvolvimento da cultura de empresa e a difusão dos valores comuns. Ela
oferece aos serviços de recursos humanos um suporte de difusão dos valores da empresa e
contribui à integração dos novos empregados.

Gráfico 15: Os tipos de comunicação exerce maior influência dentro da empresa.

18,75%

81,25%

Comunicação formal Comunicação informal

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados dos inquéritos (2020)

No que tange o tipo de comunicação, o gráfico ilustra que 81,25% (13) dos
funcionários falam que a comunicação informal e 18,75% (3) dizem que a comunicação
formal. Sendo assim verifica-se que a maioria dos inqueridos confirmaram que a
comunicação informal exerce maior influencia dentro da empresa. Todas estas formas de
comunicação podem ser orais ou escritas. Por este motivo é importante que conhece algumas
regras de comunicação, antes de aprofundar os seus vários tipos: Regras fundamentais de
comunicação: A comunicação informal; as mensagens são transmitidas fora dos canais da
empresa.

38
Conclusão

Este trabalho tem como tema ``Comunicação interna como factor de crescimento
organizacional, caso da Organização não governamental Rede Mulher Angola (RMA-ONG)
Luanda de 2019 a 2020``. O principal objectivo é de descrever a importância da comunicação
interna no crescimento organizacional. Para uma melhor investigação foi feito um estudo de
caso na organização não-governamental RMA Luanda de 2019 a 2020. Os métodos utilizados
foram, método descriptivo que permitiu-nos descrever todos os factos pesquisados, observar e
repassar para o trabalho tudo o que se foi analisado e pesquisado sobre o tema deste trabalho,
de acordo com as respostas dadas pelos profissionais pesquisados e método qualitativo,
permitiu analisar determinado fenómeno, procurando estabelecer por que motivo ele acontece,
que factores intervêm nele, que relação tem com outros fenómenos, etc.

Utilizou-se a técnica Bibliográfica que permitiu-nos conhecer as diferentes formas de


contribuição científica que se realizaram sobre o tema em análise e a técnica de Levantamento
que envolveu a interrogação directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer, com
uma população de 16 funcionários e uma amostra de conveniente de 16 funcionários; isto é, a
população é igual a amostra. Os principais resultados permitiram chegar às seguintes
conclusões:

- Primeiro resultado; a comunicação Electrónica é um de instrumentos principal a ter


em consideração na comunicação interna na Organização não-governamental Rede Mulher
Angola-Luanda, seja, 13 dos funcionários que representa 81,25%. Através das ferramentas ou
canais de comunicação desenvolvem-se varias formas de gestão e comunicação entre os
grupos e empresas. Estas ferramentas são técnicas e formas de linguagem.

- Segundo resultado; 93,75% (15) dos funcionários falaram que, a comunicação


interna é um factor de crescimento na Organização não-governamental, RMA-ONG. A
comunicação interna nas organizações tem como objectivo promover o diálogo com os
colaboradores de forma a melhorar o clima organizacional. Envolve o fluxo de informações
administrativas e toda a comunicação feita com os colaboradores, através dos veículos
formais ou informais. Isto é, as organizações devem trabalhar a comunicação interna para
transmitirem os seus valores aos colaboradores.

Assim em relação as hipóteses, confirmamos as nossas hipóteses e os objectivos pré-


definidos foram alcançados.

39
Sugestões

Sugerimos aos gestores da RMA-ONG:


1- Explicar a relevância da comunicação interna no relacionamento dos colaboradores.
2- De organizar seminários sobre a importância das informações para desempenhar
seu trabalho.
3- Procurar motivar o pessoal para permitir despertar um clima positivo, que lhe
permitirá sentir motivado e melhorar o seu desempenho profissional.
4- Dar importância da comunicação formal, isto é, na comunicação formal encontra as,
instruções, regras, autoridade e directivas etc., para atingir os objectivos da organização.

40
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APÊNDICE

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