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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO Nº56 “ANTÓNIO


JACINTO”
NAMIBE
CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE

ANDERSON DOS SANTOS

ÂNGELA FRANCISCO

BRUNA ARCANJO

CECÍLIA ADRIANO

A CONTABILIDADE NO PROCESSO DE TOMADA DE


DECISÃO: um estudo de caso no Hospital Centro Materno Infantil-
NAMIBE-Moçâmedes.

MOÇÂMEDES 2022/2023

ANDERSON DOS SANTOS

1
ÂNGELA FRANCISCO

BRUNA ARCANJO

CECÍLIA ADRIANO

A CONTABILIDADE NO PROCESSO DE TOMADA DE


DECISÃO: um estudo de caso no Centro Materno Infantil-NAMIBE-
Moçâmedes.

Trabalho de conclusão do curso apresentado sobre forma de Projecto Tecnológico ao


Instituto Médio Politécnico de Administração e Gestão do Namibe, como requisito para
obtenção do título de Técnicos Médio em Contabilidade.
Orientador: Palmira Catchuingo

MOÇÂMEDES 2022/2023

ANDERSON DOS SANTOS

2
ÂNGELA FRANCISCO

BRUNA ARCANJO

CECÍLIA ADRIANO

A CONTABILIDADE NO PROCESSO DE TOMADA DE


DECISÃO: um estudo de caso no Centro Materno Infantil-Namibe-
Moçâmedes.

Trabalho de conclusão do curso apresentado sobre forma de projecto tecnológico ao Instituto


Médio Politécnico de Administração e Gestão do Namibe, como requisito para obtenção do
título de Técnicos Médios em Contabilidade.

APROVADO EM ____ DE ____________________________________________DE 2023.

JÚRI __________________________________________________________________.

COORDENADOR DO CURSO _______________________________________________.

ORIENTADOR _____________________________________________________________

3
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais que não pouparam esforço
para a nossa formação académica, aos nossos familiares que directa ou
indirectamente nos ajudaram a chegar até aqui, aos nossos amigos que
nos apoiaram muito na elaboração deste trabalho e em especial a
nossa orientadora que pacientemente nos acolheu e guiou o nosso
trabalho até aqui.

4
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos à Deus pelo dom da vida e pela protecção


deste que nascemos até aqui e por permitir a realização deste trabalha,
agradecemos ainda aos nossos pais que financiaram o trabalho, ao
Senhor Director Alfredo Capitango de Lúcio por acompanhar
indirectamente nossa caminhada na instituição, aos professores que
nos formaram deste o primeiro ano até aqui e não se esquecendo da
senhora Professora Palmira Cathiungo por toda lição dada.
“ Em suma só nos resta dizer obrigado”

RESUMO

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Neste trabalho abordamos o assunto que fala da Contabilidade no Processo de Tomada de
decisão nas Organizações para o crescimento empresarial que trás o objectivo Analisar o
contributo da contabilidade, na gestão da organização e no processo de tomada de decisão,
por forma a saber o seu contributo para o bom funcionamento da organização. A metodologia
utilizada para elaboração deste trabalho é meramente teórico que consiste em saber qual é a
importância da Contabilidade no Processo de Tomada de decisão. O trabalho está estruturado
da seguinte forma: na primeira fase apresentamos a parte introdutória do trabalho com as suas
respectivas secções como o problema, as hipóteses objectivas, metodologia população e
amostra. Já na segunda fase temos a fundamentação teórica, onde são abordados os conceitos,
chaves do tema em estudo e com vários subtemas. Já na terceira fase temos apresentação e
análise dos dados, nela são apresentados os resultados da pesquisa, conclusão, sugestões e
apêndice. Para recolha de dados usou-se o inquérito por questionário de perguntas fechadas
para saber diagnosticar o estado actual do Contabilidade no Processo de Tomada de decisões
no Centro Materno Infantil do Namibe.
Palavras-chave: Contabilidade. Tomada de Decisão. Empresas.

SUMMARY

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Neste trabalho abordamos o assunto que fala da Contabilidade no Processo de Tomada de
decisão nas Organizações para o crescimento empresarial que trás o objectivo Analisar o
contributo da contabilidade, na gestão da organização e no processo de tomada de decisão,
por forma a saber o seu contributo para o bom funcionamento da organização.
A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho é meramente teórico que consiste em
saber qual é a importância da Contabilidade no Processo de Tomada de decisão. O trabalho
está estruturado da seguinte forma:
Na primeira fase apresentamos a parte introdutória do trabalho com as suas respectivas
secções como o problema, as hipóteses objectivas, metodologia população e amostra. Já na
segunda fase temos a fundamentação teórica, onde são abordados os conceitos, chaves do
tema em estudo e com vários subtemas. Já na terceira fase temos apresentação e análise dos
dados, nela são apresentados os resultados da pesquisa, conclusão, sugestões e apêndice.
Para recolha de dados usou-se o inquérito por questionário de perguntas fechadas para saber
diagnosticar o estado actual do Contabilidade no Processo de Tomada de decisões no Centro
Materno Infantil do Namibe.
Key words: Contabilidade. Tomada de Decisão. Empresas.

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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01- Géneros…………………………………………………………………37

Gráfico 02- Idades…………………………………………………………………….38

Gráfico 03- Estado civil………………………………………………………………39

Gráfico 04- Qual é o estado de interação entre seus colegas………………………..40

Gráfico 05- Comunicação influencia no desenvolvimento organizacional ………..41

Gráfico 06- Que impacto a comunicação tem para o desenvolvimento de interação

organizacional………………………………………………………………………….42

Gráfico 07- Será que a comunicação é indispensável para o crescimento de uma determinada

organização……………………………………………………………...43

Gráfico 08- dos tipos de comunicação existente qual é o mais usual na instituição..44

Gráfico 09- Será que a falta de comunicação dentro da instituição, pode levar a mesma a um

mal funcionamento……………………………………………………………...45

Gráfico 10- Como classificas o processo comunicativo com os seus colegas……….46

Gráfico 11- A comunicação informal é activa na instituição…………………………47

Gráfico 12- Quais são as técnicas utilizadas para melhorar a comunicação interna na

organização……………………………………………………………………………48

Gráfico 13- Como avalia o processo comunicativo na instituição………………….49

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LISTAS DE SIGLAS

PGC- Plano Geral de Contabilidade

DF´s- Demonstrações Financeras

BP- Balanço Patrimonial

DRE- Demonstração de Resultado do Exercício

DFC- Demonstração do Fluxo de Caixa

ROI- Return On Investment ou Retorno do Investimento

S.I- Sistema de Informação

TI- Tecnologia de Informação

TIC´s Tecnologia de Informação e Comunicação

ERP- Enterprise Resource Planning ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial

LC- Liquidez Corrente

LR- Liquidez Reduzida

LI- Liquidez Imediata

EG- Endividamento Geral

C.E- Composição de Endividamento

PMR- Prazo Médio de Recebimento

PMP- Prazo Médio de Pagamento

MOV- Margem Operacional sobre as Vendas

MLV- Margem Líquidas sobre as Vendas

R.A- Rentabilidade do Activo

PL-Património Líquido

Índic

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e
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................13
PROBLEMA..........................................................................................................................................................14
HIPÓTESE............................................................................................................................................................14
OBJECTIVO GERAL..........................................................................................................................................14
OBJECTIVO ESPECÍFICO................................................................................................................................14
JUSTIFICATIVA..................................................................................................................................................15
POPULAÇÃO E AMOSTRA..............................................................................................................................15
ESTRUTURA DO TRABALHO.........................................................................................................................15
INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS.................................................................................................16
CAPÍTULO I- ENQUADRAMENTO TEÓRICO.............................................................................................17
1.1 CONTABILIDADE....................................................................................................................................17
1.1.1 Evolução histórica da Contabilidade................................................................................................17
1.1.2 Importância da Contabilidade na tomada de decisão nas Empresa................................................19
1.1.3 Objectivo da contabilidade...............................................................................................................20
1.1.4 Utilizadores das informações contabilísticas...................................................................................21
1.2 TOMADA DE DECISÃO............................................................................................................................22
1.2.1 Tomada de decisão através dos sistemas de informação..................................................................23
1.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO...................................................................................................................23
1.3.1 Sistemas Integrado de Gestão Empresarial (Enterprise Resource Plannnig – ERP)......................24
1.3.2 Características do Sistema ERP.......................................................................................................24
1.4 DEMOSTRAÇÕES CONTABILÍSTICAS.......................................................................................................25
1.4.1 Balanço Patrimonial.........................................................................................................................26
1.4.2 Demonstração do resultado do exercício.........................................................................................27
1.4.3 Demonstrações dos fluxos de caixa..................................................................................................27
1.5 NECESSIDADE DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA.................................................................................27
1.5.1 Características da Informação.........................................................................................................28
1.6 EMPRESAS..............................................................................................................................................28
1.6.1 Finalidades económica e sociais da empresa...................................................................................28
1.6.2 OBJECTIVOS DA EMPRESA......................................................................................................................29
1.6.3 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS.............................................................................................................29
1.6.3.1 Aspecto Económico.......................................................................................................................30
1.6.3.2 Aspecto Administrativo.................................................................................................................30
1.1 Aspecto Jurídico................................................................................................................................31
CAPÍTULO 2: ENQUADRAMENTO TÉCNICO - METODOLOGIA E ANÁLISE DOS RESULTADOS
.................................................................................................................................................................................32
2.1 TIPO DE INVESTIGAÇÃO.........................................................................................................................32
2.2 METODOLOGIA..................................................................................................................................33
2.3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA EMPRESA (HOSPITAL CENTRO MATERNO INFANTIL-
NAMIBE-MOÇÂMEDES)...................................................................................................................................33
2.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA.................................................................................................................33
2.5 ANÁLISE DOS DADOS..........................................................................................................................33
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................................35

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INTRODUÇÃO
A Contabilidade possibilita a obtenção de informações económicas e financeiras acerca da
empresa e sua principal finalidade consiste em controlar e analisar o património das entidades.
Com as mudanças aceleradas e o crescimento económico, tornam-se necessários profissionais
da área contabilística cada vez mais capacitados e actualizados para atender à demanda e às
constantes exigências do mundo em que o trabalho se tornou tão competitivo.
A contabilidade é o processo onde são registadas todas as transacções que ocorrem dentro das
organizações. Com os avanços tecnológicos, muita coisa mudou desde os primórdios da
humanidade; isto é, a Contabilidade também evoluiu junto com a tecnologia, saindo da
contabilização manuscrita dos processos contabilísticos, passando os dados serem
processados electronicamente; daí veio os sistemas informatizados. Por fim o código geral
tributário, por efeito desse progresso as empresas neste momento têm uma grande economia
de papel, de gastos operacionais e melhor gestão do tempo.
Num mercado cada vez mais competitivo e exigente, as empresas precisam adaptar-se à
realidade factual, relativo a análise contabilística, por esta ser de suma importância no
posicionamento estratégico e funcional da organização no sistema em que actua; assim, a
contabilidade é o carro chefe para chegarmos às análises contabilísticas. É nelas que se
colectam todos os dados, esses por sua vez se transformam em demonstrações financeiras ou
económicas. (Marion, 2002, p. 23), “enfatiza que a Contabilidade é o grande instrumento que
auxilia a administração a tomar decisões”.
A demonstração contabilística consiste em técnicas que permitem a comparação e a
interpretação dos demonstrativos da empresa, podendo apresentar informações úteis nas
transacções realizadas. Nesse sentido, é necessário que se tenha um conhecimento da
empresa, pois os dados são sequências variáveis. Para que o analista consiga interpretá-las é
preciso observá-las à luz das políticas da empresa, ou seja, analisar essa variável de acordo
com o letrado da organização. Santos (apud KILIAN, 2010, p.10), destaca que o
conhecimento para a interpretação dos dados gerados por meio da aplicação contabilística,
certamente, será um diferencial durante a tomada de decisões pela empresa.

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Problema
Segundo (Lakatos & Marconi, 1992), para ser considerado apropriado, o problema deve ser
analisado sobre os seguintes aspectos de valoração: viabilidade, relevância, novidade,
exequibilidade e oportunidade.
“Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara,
compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos
e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas
características. Desta forma, o objectivo da formulação do problema é torná-
lo individualizado, específico, inconfundível” (Rudio, Introdução ao projeto
de pesquisa cientifica., 1980).
A falta de conhecimento sobre a contabilidade, constitui uma problemática constrangedora na
funcionalidade e optimização das organizações no processo de tomada de decisão. Face a
situação vivenciada e constatada, formulou-se a seguinte questão:
Que contributo tem a contabilidade no processo de tomada de decisão nas organizações
(Hospital Materno Infantil) ?

Hipótese
Para (Rudio, 1980), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se
desconhece. Esta suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto,
ser testada para a verificação de sua validade. Trata-se de antecipar um conhecimento na
expectativa de que possa ser comprovado.
H0: A Contabilidade proporciona ferramentas especificas que são uteis no processo de
tomada de decisão da organização.
H1: A Contabilidade não proporciona ferramentas especificas que são uteis no processo de
tomada de decisão da organização

Objectivo geral
Analisar o contributo da contabilidade, na gestão da organização e no processo de tomada de
decisão.

Objectivo específico
 Efectuar um levantamento bibliográfico sobre a Contabilidade;
 Compreender como tem sido o processo de Contabilidade;
 Determinar a importância da contabilidade como instrumento de apoio à gestão,
fornecendo informações necessárias para a tomada de decisão.

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Justificativa
Para Lakatos & Marconi (1992), é a parte do trabalho que apresenta respostas à questão do
porquê da realização da pesquisa. É de suma importância para conseguir financiamento para a
pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma.
A importância da Contabilidade nas empresas é cada vez mais evidente, enquanto a área que
permite analisar e avaliar o desempenho económico e financeiro de uma organização e
canalizar as suas acções a fim de que a estratégia definida seja conseguida.
Neste contexto o objectivo desse trabalho consiste em analisar o contributo da contabilidade,
na gestão da organização e no processo de tomada de decisão, por forma a saber o seu
contributo para o bom funcionamento da organização, constituindo assim a principal razão da
definição do presente trabalho investigativo com o tema “A Contabilidade no processo de
tomada de decisão; Um Estudo de caso no Centro Materno Infantil.

Estrutura do Trabalho
A estrutura do presente trabalho tem o seu ponto de partida a introdução, evidenciando o
problema e os objectivos pretendidos pela pesquisa; além da hipótese e da justificativa do
tema.
No primeiro capítulo será espelhado a fundamentação teórica, onde naturalmente se fará o
levantamento bibliográfico em torno do tema.
E no segundo capítulo será feito um estudo de caso no Centro Materno Infantil ressaltando os
aspectos metodológicos, bem como a caracterização da empresa em estudo, apresentando os
resultados e as referidas análises.
E por final, apresentar a conclusão e as sugestões e apêndice do estudo feito.

Instrumento de recolha de dados


Para recolha de dados será usado o inquérito por questionário de perguntas fechadas, com
vista a alcançar uma maior profundidade nos dados colectados, bem como nos resultados
obtidos, busca por via do confronto dessas respostas uma melhor compreensão do
denominado estudo científico.
Para o desenvolvimento do trabalho, será utilizado pesquisa bibliográfica, que buscará
informações em livros, artigos científicos e na internet;
Segundo Gil (1999,p.128), questionário pode ser definido “como a técnica de investigação
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito as

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pessoas, tendo por objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas etc.”

14
Capítulo I- ENQUADRAMENTO TEÓRICO

1.1 Contabilidade

A Contabilidade é um sistema de informações e avaliações que regista os eventos que alteram


o Património de uma entidade, destinado a prover seus utilizadores com demostrações e
análises de natureza patrimonial e financeira.
Segundo (Iudícibus, Martins, & Gelbke, 1990, p. 66) que entendem contabilidade como “um
sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de
natureza económica, financeira, física e de produtividade, com relação a entidade objecto de
contabilização”.
Segundo (Sá, Teoria da contabilidade., 1999, p. 42) que conceitua contabilidade como uma
“ciência que estuda os fenómenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e
comportamentos dos mesmos em relação à eficácia funcional das células sociais”. Logo,
contabilidade não só olha o passado da gestão, mas também procura contribuir com o futuro
da empresa por meio de análises situacionais e projecções que auxiliem a tomada de decisões.
Para (Iudícibus S. d., 1994), o objectivo da contabilidade é manter um banco de dados cujas
informações possam servir de alguma forma a todos os usuários (externos e internos).

1.1.1 Evolução histórica da Contabilidade

A Contabilidade constitui um dos conhecimentos mais antigos da humanidade, e surgiu em


função da necessidade que o ser humano tem de controlar o seu património. É tão antiga
quanto a própria humanidade. Há inclusive, hipóteses de que à contabilidade tenha surgido
antes mesmo da escrita e até que tenha sido base para o surgimento deste segundo (Ávila,
2006). Em termos históricos, registos indicam que a ciência contabilística surgiu praticamente
com o advento da civilização. Com a sedentarização da humanidade e a descoberta da
humanidade de armazenar bens, nasceu a necessidade de controlo desses bens. Há evidências
históricas de registos contabilísticos nas civilizações dos Sumérios, Babilônios, Assírios,
Egípcios, Hebreus, Gregos, etc. (Padoveze, 2008)

Já nos primeiros registos da escrita (aproximadamente em 3.000 a.C.), percebe-se a existência


de um primitivo controlo de riqueza e posses na civilização Suméria, o mesmo povo a quem
se credita a autoria do calendário e dos números decimais. Sendo a escrita uma sucessão de
símbolos com significados, a probabilidade de registo de bens ser anterior ao surgimento da
escrita é muito grande. Há quem defenda que os primeiros registos contabilísticos tenham

15
ocorrido a mais de 6.000 anos atrás. (SÁ, 1997) Sá, um dos maiores escritores sobre a
contabilidade, no livro História Geral e das Doutrinas da Contabilidade (1997), comenta que
os primeiros registos foram feitos em tábuas de argila, na Suméria. Para saber o movimento
de um dia, os registos eram anotados em uma tábua maior, surgindo o diário. Ao classificar as
tábuas da mesma natureza, surgiu a razão.
Admite-se que foram os sumérios e babilônios os autores do sistema de “débito” e “crédito”,
baseado na identificação mental do que “é meu” e do que “é seu”. As contas, como
instrumentos de registos, já haviam nascido como primeiras manifestações inteligentes do
homem, mesmo antes que esse tivesse inventado a escrita ou soubesse calcular. As provas de
tais origens remotas, provenientes do Paleolítico Superior, existem em várias partes do mundo
(inclusive nas grutas de Montalvânia, em Minas Gerais). Tais provas foram objectos de
trabalho de Antônio Lopes de Sá apresentado na Itália em homenagem aos 450 anos da
Universidade de Messina, em Convenção Internacional de História da Contabilidade realizado
em Taormina, na Sicília. (Sá, 2004)
Encontramos na Bíblia, mais especificamente no livro de Jó, capítulo 1, v. 3, a descrição do
património do homem, chamado Jó: “Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas
juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de
maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente”.
Em suma, pode-se resumir a evolução da ciência contabilística da seguinte forma:
Contabilidade do mundo antigo - período que se inicia com a civilização do homem e vai
até 1202 da Era Cristã, quando Leonardo Fibonacci publica o Liber Abaci, um compêndio
sobre cálculo comercial.
Contabilidade do mundo medieval - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, com o
surgimento do Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas), de
Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, enfatizando que a teoria contabilística do débito e do
crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos. Esta obra representa o marco
básico na evolução da contabilidade. Pacioli é considerado, portanto o “pai dos autores de
contabilidade”.
Contabilidade do mundo moderno - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento
da obra “La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche”, de Francesco
Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
Contabilidade do mundo científico - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de
hoje. A obra de Francesco Villa, em 1840, é considerada o marco inicial da contabilidade
como ciência.

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Pai da Contabilidade título esse dado ao Frei italiano Luca Pacioli, que em 1494, em
Veneza/Itália, publicou a obra “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et
Proporcionalitá”, de onde se destaca o Tratado XI, do título IX denominado ”De computis et
scripturis” (Tratado particular de conta e escrituração). Foi a primeira apresentação escrita do
método das partidas dobradas. O processo de registos contabilísticos que se consagrou por
uma “equação” ou igualdade entre o débito e o crédito de contas, alega o emérito professor
Federigo Melis, haver surgido na Itália, acredita-se, entre os anos de 1250 e 1280. Ninguém
conseguiu, até os nossos dias, identificar o autor das “partidas dobradas” nem apresentar
provas das aplicações destas, tal como fizeram os italianos antes da época referida (embora
existam antiquíssimos documentos que autorizam a crer que a intuição para o processo tenha
nascido no Oriente). Há mais de sete séculos, adopta-se um critério que se tornou insuperável,
e cuja natureza é de evidenciar “causa” e “efeito” de um ou mais fenómenos patrimoniais.
(Sá, 2004)

1.1.2 Importância da Contabilidade na tomada de decisão nas Empresa

A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Ela


coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e
sumarizando-os em forma de relatórios ou comunicados, que contribuem sobremaneira para a
tomada de decisão.
A contabilidade para empresas é um factor primordial para controlar o património, colectar
dados para serem transformados estrategicamente em procedimentos e acções que
direccionam a tomada de decisão do negócio, além de ser extremamente importante o factor
de análise do lucro e prejuízo da empresa.
Para o desenvolvimento da empresa e necessário que haja uma separação eficaz de
departamentos. O departamento contabilístico assim como as demais áreas possui ferramentas
primordiais para o inicio de suas actividades. É notável que para o avanço da empresa a
gestão do apuramento dos lucros e controle dos custos torna-se indispensável, a contabilidade
demonstram conter todas essas características que por sua vez auxilia no diagnóstico e orienta
na tomada das decisões.
A Contabilidade está atribuída a várias técnicas e procedimentos contabilísticos úteis ao
gerenciamento, no qual tem como objectivo facilitar o planeamento, controle e avaliar o
desempenho da organização, para assegurar o uso apropriado dos recursos. De modo geral,
todo o procedimento, técnica e informação realizadas para que a direcção as utilize nas
tomadas de decisões entre alternativas de conflito, recai na contabilidade. A informação

17
contabilística é muito importante para a tomada de decisão nas organizações pós ela
proporciona informações financeiras credível que garantem a transparência e o adequado
conhecimento dos resultados das operações realizadas e da posição econômica, financeira e
patrimonial das organizações.
A informação contabilistica tem um papel importante na tomada decisão, ela ajuda a ter
conhecimento de tudo que se passa na organização. Com as informações corretas, a
contabilidade ajuda a solucionar os problemas administrativos e saber quais as ações que
podem levar a empresa em direção aos seus objetivos.

1.1.3 Objectivo da contabilidade

O principal objectivo da contabilidade é de fornecer informações sólidas e confiáveis do


quadro financeiro da empresa através dos relatórios contabilisticos, tem também como
objectivo os estudos dos patrimônios, dos bens, direitos e obrigações para empresas públicas
ou privadas, pessoas físicas ou jurídicas.
Segundo a doutrina contabilísticas a finalidade da contabilidade é registar, controlar e
demonstrar os fatos que afectam o património, objectivando fornecer informações sobre sua
composição e variações, bem como sobre o resultado económico decorrente da gestão da
riqueza patrimonial. A contabilidade desempenha, em qualquer organismo económico, o
mesmo papel que a História na vida da humanidade. Sem ela não seria possível conhecer o
passado nem o presente da vida económica da entidade, não sendo também possível fazer
previsões para o futuro nem elaborar planos para a orientação administrativa.
Portanto, a finalidade da contabilidade é prover seus utilizadores de informações sobre a
gestão dos negócios. Entre os utilizadores das demonstrações contabilísticos incluem-se
investidores actuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e
outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as
demonstrações contabilísticas para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de
informação.
Conforme podemos averiguar no ponto a seguir:

1.1.4 Utilizadores das informações contabilísticas

Entre os usuários e interessados, podemos citar:


 Fornecedores: estão voltados para a capacidade de pagamento da empresa, ou seja,
sua liquidez, porém buscam ainda dados sobre a rentabilidade e o endividamento além

18
de outras informações consideradas importantes para a concessão do crédito. Para
Matarazzo (2010, p.16): “A profundidade da análise do fornecedor depende da
importância do cliente.”
 Clientes: geralmente as empresas compradoras analisam seus fornecedores quando
possuem uma forte dependência no fornecimento ou o mercado oferece um número
pequeno de fornecedores. Para Matarazzo (2010, p.17): “Em geral ocorre análise por
parte do comprador quando depende de fornecedores que não possuam o mesmo porte
dele ou que possam de alguma forma oferecer riscos.”
 Bancos: bancos comerciais e de investimento são os principais utilizadores da análise,
segundo Fonte especificada inválida. “ sabe-se que o processo de avaliação de
empresas foi desenvolvido, em grande parte, no sistema bancário americano, o qual
procurava relacionar o risco das diversas empresas com suas solicitações de
empréstimos.” Buscam a posição de curto e longo prazo em relação a endividamento,
solvência, rentabilidade, entre outros. Para Matarazzo (2010, p.18): “Os bancos sabem
que o grau de endividamento é forte indicador de insolvência.”
 Concorrentes: é fundamental comparar a sua situação económico-financeira com a de
seus concorrentes, possibilitando a construção de índices-padrão importantes para a
auto-avaliação da empresa comparando também sua liquidez e rentabilidade.
 Governo: necessidade de conhecer a posição financeira dos diferentes ramos e
sectores de actividades para traçar a situação económica do país. Também é muito
utilizado para concorrência aberta acompanhando as empresas vencedoras ao longo
dos trabalhos desenvolvidos verificando a capacidade em continuar fornecendo os
trabalhos aos quais se candidatou.
 Empregados: segundo o (PGC, 2001) consiste em avaliar a capacidade da entidade
de proporcionar emprego, remuneração e benefícios de reforma.
 Público: segundo o (PGC, 2001) consiste em ajudar a avaliar a utilidade da entidade
em diversos níveis como por exemplo a capacidade de emprego e de desenvolvimento
de negócios como cliente.
 Gestores: é um instrumento complementar, acompanhando e avaliando as decisões
financeiras tomadas pela empresa, conseguindo verificar os resultados obtidos diante
das suas políticas de investimento e financiamento. Para Matarazzo (2010, p.21): “A
Análise das demonstrações financeiras pode servir de guia para os dirigentes”.

19
A análise é valiosa, pois proporciona aos seus utilizadores informações para que possam
avaliar a situação e a solidez das empresas e baseando-se nisso possam tomar as suas
decisões.

1.2 Tomada de decisão

Segundo (Shimizu, 2001), frequentemente uma organização se depara com problemas de


decisão. Poder-se-ia pensar que uma pessoa física poderia analisar o problema e escolher a
melhor alternativa de decisão de modo inteiramente informal; no entanto, em uma
organização, os problemas são amplos e complexos, envolvendo riscos e incertezas e
ocorrendo em diferentes níveis funcionais, com a participação de diversas pessoas. Logo, em
uma empresa, o processo de decisão deve ser estruturado e resolvido de maneira formal,
detalhada, consistente e transparente.
Por sua vez, (Gomes & Gomes, 2012) afirmam que uma decisão deve ser tomada quando se
está diante de um problema que possui mais de uma alternativa para sua solução. Mesmo
quando, para solucionar um problema, exista uma única acção a ser realizada, há as
alternativas de realizar ou não essa acção. Concentrar-se no problema certo possibilita
direccionar correctamente todo o processo. No que tange à acepção de decisão, Abramczuk
(2009, p. 27) define-a como:
“Acto ou efeito de decidir. Decidir significa escolher uma dentre
várias alternativas de acção que se oferecem para alcançar
determinado propósito e renunciar a todas as outras. Toda decisão é,
portanto, um processo que envolve simultaneamente escolha e
renúncia”.

A tomada de decisão, usando parâmetros quantitativos e qualitativos, é utilizada por grupos


empresariais, pequenas e médias empresas, por governos, militares, etc. Nos dias atuais, as
organizações estão presentes em um mercado globalizado cada vez mais competitivo,
buscando reduzir perdas e aumentar ganhos, por meio de tomadas de decisões rápidas,
corretas e abrangentes. O tomador de decisão, como, por exemplo, o gestor de uma área, pode
criar também situações para comparar e analisar o estado da natureza antes e depois, julgando
as vantagens e desvantagens após implementar a decisão.

20
1.2.1 Tomada de decisão através dos sistemas de informação

De acordo com os autores (Cândido, Valentim, & Contani, 2005), existem diversas falhas
informacionais encontradas nas organizações. Dentre as mais comuns, estão fluxos de
informações incorrectos; desconhecimento da informação nas tomadas de decisão rotineiras;
baixa capacidade na utilização das tecnologias de informação; insegurança e imprecisão nas
decisões; e administração inadequada perante um amplo conteúdo informacional quando se
necessita de decisões ágeis, ocasionando estrese e ansiedade no gestor. Os autores
acrescentam ainda que os sistemas de apoio à tomada de decisão são indispensáveis e
essenciais à vida das organizações, visto que as exigências e a competitividade do mercado
global não admitem falta de competência para inventar e reagir rapidamente, nem não saber
usar a informação e o conhecimento visando à inovação.

1.3 Sistemas de Informação

“As organizações necessitam de Tecnologias e Sistemas de Informação para desenvolver sem


as suas funções” (López, 2013, p. 25). Ainda autora afirma que na sociedade da informação
na qual vivemos, é imprescindível que gestores e funcionários usem de forma razoável e
eficiente as tecnologias e sistemas de informação.
A gestão dos sistemas de informação e tecnologia de informação pode ser considerada como
uma importante área funcional para operações das empresas, tornando os SI e Ti componentes
vitais para o sucesso das organizações.
Na actualidade, o mundo vive na era da informação, exigindo das organizações uma gestão
estratégica eficiente, a qual pode ser facilitada pela utilização de recursos inteligentes
oferecidos pela tecnologia de informação e sistemas de informação.
A tecnologia de informação oferece recursos tecnológicos e computacionais para a criação de
informações, e os sistemas de informação estão cada vez mais sofisticados, propondo
mudanças nos processos, estrutura e estratégia de negócios.
Não se admite hoje uma empresa que queira competir com vantagem sem a utilização dessas
ferramentas. Estes factos abrem lacunas para que os novos gestores, com novas visões,
procurem o aperfeiçoamento contínuo para as suas empresas.
O uso intensivo do computador e das TIC´S em todos os processos económicos e
empresariais, juntamente com as características do ambiente actual, deram aos sistemas de
informação e ao seu estudo um papel e uma dimensão nunca antes alcançados.

21
1.3.1 Sistemas Integrado de Gestão Empresarial (Enterprise Resource Plannnig
– ERP)

Os sistemas ERP (enterprise resource planning) podem ser definidos como sistemas de
informação integrados, adquiridos na forma de um pacote de software comercial, com a
finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma empresa. São geralmente divididos
em módulos que se comunicam e actualizam numa mesma base de dados central, de modo
que informações alimentadas em um módulo são instantaneamente disponibilizadas para os
demais módulos que delas dependem. Os sistemas ERP permitem ainda a utilização de
ferramentas de planeamento que podem analisar o impacto de decisões de manufactura,
suprimentos, finanças ou recursos humanos em toda a empresa.
A (Consulting, 1998) define ERP como “ um pacote de software de negócios que permite a
uma companhia automatizar e integrar a maioria de seus processos de negócio, compartilhar
práticas e dados comuns através de toda a empresa e produzir; permitindo acessar
informações num ambiente em tempo real”. Segundo a (TechEnciclopedya, 1999) o ERP é “
um sistema de informações integrado que serve a todos os departamentos em uma empresa.
Tendo sido desenvolvido a partir de indústrias de manufactura, o ERP implica o uso de
pacotes de software ao invés de sistemas desenvolvidos internamente ou apenas para um
cliente”. Os módulos do ERP podem ser capazes de interagir com outros sistemas da
organização, com o grau de dificuldade variável, e, dependendo do fornecedor, o ERP pode
ser alterado através de programação. A sigla ERP foi criada por uma empresa americana de
pesquisa, o Gartner Group.

1.5.1 Características do Sistema ERP

Os sistemas ERP possuem uma série de características que tomadas em conjunto claramente
os distinguem dos sistemas desenvolvidos internamente nas empresas e de outros tipos de
pacotes comerciais. Essas características, são importantes para a análise dos possíveis
benefícios e dificuldades relacionados com a sua utilização e com os aspectos pertinentes ao
sucesso de sua implementação, são:
 Os sistemas ERP são pacotes comerciais de software;
 Os sistemas ERP são desenvolvidas a partir de modelos-padrão de processos;
 Os sistemas ERP são integrados;
 Os sistemas ERP têm uma grande abrangência funcional;
 Os sistemas ERP utilizam uma base de dados corporativa;

22
 Os sistemas ERP requerem procedimentos de ajuste.

1.4 Demostrações Contabilísticas

Segundo o PGC (2001, p. 17) as demonstrações financeiras são “uma representação


financeira esquematizada da posição financeira e das transacções de uma entidade”. As
demonstrações contabilísticas conduzem a tomada de decisão nas empresas, e orientam o
processo de avaliação do desempenho da mesma. As demonstrações contabilísticas também
chamadas demonstrações financeiras, são relevantes porque entregam indicadores valiosos
capazes de orientar a gestão das empresas. No entanto para que as demonstrações
contabilística sejam capazes de reflectir a realidade corporativa, a contabilidade precisa estar
em dia ou seja sem fraudes, com os lançamentos feitos de forma correcta.

As demonstrações contabilísticas são documentos que apresentam o fluxo contabilístico e


financeiro da empresa em um dado período.
Segundo (Rosíllón & Alejandra, 2009, p. 610) esta análise tem como objectivos: analisar a
tendência das variáveis financeiras e operacionais envolvidas na entidade; avaliar a sua
situação económica e financeira para determinar o nível de cumprimento de metas pré-
determinadas; verificar a consistência das informações financeiras com a realidade da
entidade; identificar os problemas existentes, implementar medidas correctivas adequadas e
servir de guia para um planeamento de gestão financeira eficiente e eficaz.
Pinho e Tavares (2005, p. 51) acrescentam que a mesma análise “permite uma compreensão
simultânea mais rápida e profunda das informações disponíveis, sempre com vista à sua
utilidade percebida pelos utilizadores”.
Schier (2007, p. 57) considera que a “análise das demonstrações financeiras extrai o máximo
possível de informações, através da interpretação dos dados disponibilizados pelas
demonstrações contabilísticas e financeiras, tratadas em conformidade com os princípios da
contabilidade”. Esta análise fornece informações aos investidores e accionistas para a tomada
de decisão. Silva e Souza (2011) acrescentam que é possível realizar a análise de todas as
demonstrações financeiras, no entanto, normalmente as atenções concentram-se, de forma
especial, no balanço e na demonstração dos resultados, pois é através destes que se evidencia
de uma forma objectiva, a situação económico-financeira da entidade, , as demonstrações
devem ser elaboradas segundo a estrutura conceitual.

23
1.4.1 As Demostrações Obrigatórias

De acordo com o PGC (2001) são consideradas como demonstrações obrigatórias: o balanço,
a demonstração de resultado e a demonstração do fluxo de caixa.
a) Balanço: “é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar,
quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma
entidade”. (PGC, 2001, p. 6). Segundo Matarazzo (2010) o balanço patrimonial
apresenta todos os bens e direitos da empresa, denominado como Activo, bem como
suas obrigações, dito Passivo, em um determinado período de tempo, em geral, num
exercício económico, verificando ainda a diferença entre os mesmos, apresentada
como Património Líquido ou capital próprio, remetendo a ideia de quanto capital foi
investido na empresa, seja de um recurso externo ou reflectindo suas operações de
ganho interno. O BP é a mais importante demonstração contabilística onde se visualiza
o equilíbrio do património, a igualdade patrimonial, devendo ser elaborado com
precisão para obter dados que espelham a realidade da empresa obedecendo sempre os
princípios contabilísticos.

O Balanço Patrimonial compreende diversos grupos aonde as contas são agregadas com o
intuito de facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. Conforme
Braga (2009) as contas do Activo são dispostas em ordem decrescente de realização ou
conversibilidade (grau de liquidez) e as contas do Passivo e Património Líquido em ordem
decrescente de exigibilidade.

b) Demonstração de resultado: “é uma demonstração contabilística destinada a


evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações
de uma entidade”. (PGC, 2001, p. 7).

Segundo Iudícibus (2010) a Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado


das receitas e despesas, sendo apresentada de forma dedutiva, apresentando os aumentos e as
reduções causadas no Património Líquido através das operações da empresa em um
determinado período de tempo. Assim, a partir das receitas subtraem-se as despesas para que
se possa assim indicar o resultado; isto é, lucro ou prejuízo.

Por se tratar de uma demonstração que retrata apenas o fluxo económico é uma importante
ferramenta de análise para gerar informações para a tomada de decisões, pois segundo
Matarazzo (2003) todas as receitas (proveitos) e despesas (custos) estarão na DRE ordenadas

24
por sua natureza, o que contribuirá de maneira significativa com informações sobre a
empresa.

Como apresenta os grupos de despesas de maneira evidente, fica fácil identificar em qual
grupo está à maior concentração de despesas e/ou custos. Matarazzo (2010, p.30) frisa que:
“para a Demonstração de Resultado não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em
dinheiro, basta apenas que afecte o Património Líquido.”

c) Demonstração do fluxo de caixa: “é uma demonstração contabilística destinada a


evidenciar como foi gerado e utilizado o dinheiro no período em análise”. (PGC, 2001,
p. 8).

A Demonstração do Fluxo de Caixa segundo Matarazzo (2010, p.33): “ mostra as fontes e


aplicações verificadas durante o exercício e que resultam afinal na variação do saldo de
caixa.” Demonstra os números apresentados no BP e na DRE em termos de movimentação
financeira, representados monetariamente e identificando os recursos adicionais que a
empresa utilizou e onde os aplicou.

1.4.2 Demonstração não Obrigatorias

Para além das demonstrações obrigatórias (exigido por lei), existem também as
demonstrações não obrigatórias (não exigível por lei). Segundo o PGC (2001), contemplam as
seguintes demonstrações não obrigatórias:

 Inventário;
 Diário;
 Demonstração de Resultados por Funções (excepto nas empresas com
actividades industriais);
 Demonstração de Alteração do Capital próprio.

1.5 Necessidade da informação contabilística

Segundo (Sousa, et al, 2008.) a informação contabilística necessita ser transparente e


objectiva, validando assim o processo de gestão administrativa, em prol de seus utilizadores
finais, e atender ás exigências das organizações. Ela passara por apreciação dos dados, ora
registados, coordenados, organizados, catalogados e decifrados dentro de determinada
situação para motivar conhecimento, permitindo a tomada de decisão de maneira concisa.
Assim sendo para que os utilizadores possam ter suas necessidades supridas, também se faz

25
necessário a validade da qualidade da informação e se verificar determinadas características
que a classificam, de acordo com o que é demonstrado

1.5.1 Características da Informação

 Relevância: Quando reduz a incerteza, melhora a habilidade dos administradores em


fazer previsões e permite corrigir ou confirmar suas expectativas.
 Confiabilidade: Quando a informação disponibilizada é actual, correspondendo à
realidade que representa, sem erros.
 Completude: Quando inclui tudo o que o usuário precisa saber, sem omissão de
aspectos importantes ou prolixa sobre a situação em questão.
 Conveniência: Quando é útil e oportuna.
 Apropriada: Quando possui um nível de detalhamento e formato adequado

Dessa maneira, é importante que os elementos ofereçam tais características para que sejam
apropriáveis e acreditáveis perante as necessidades dos que a utilizem.
1.6 A Empresa: Propriedade e Gestão
Quando pensamos em negócios, surge logo nas nossas mentes a empresa, mas o que é uma
empresa, que conceitos devem ter dessa palavra? Diversos autores mostram os mais variados
conceitos para definir e conceituar esta palavra, entretanto a mais usual seja a de que:
Empresa é a unidade económica organizada, que combinando capital, produz ou faz circular
bens ou presta serviços com finalidade de lucro. Adquire personalidade jurídica pela inscrição
de seus actos constitutivos nos órgãos de registo próprio, adquirindo dessa forma capacidade
jurídica para assumir direitos e obrigações. De acordo (Fabretti, 2003) a empresa deve ter sua
sede, ou seja, deve ter um domicílio, local onde exercerá seus direitos e responderá por suas
obrigações.
Sendo a empresa uma unidade económica cuja finalidade é o lucro, torna-se necessário a
utilização de ferramentas que optimizem as oportunidades de sucesso da organização e assim
obtenha o lucro esperado, ou o retorno do que foi investido, ou que pelo menos reduza as
possibilidades de fracasso, ou que uma decisão equivocada possa prejudicar a sua
continuidade.
Torna-se então necessária a adopção de estratégias, ou seja, um conjunto de acções articuladas
para que as decisões articuladas sejam seguras e levem o gestor a alcançar os objectivos
previamente estabelecidos.

26
Para que os objectivos sejam alcançados as empresas contam com alguns recursos, de acordo
com Fabretti (2003), a empresa contrata força de trabalho, com ou sem vínculo laboral,
combinando capital e trabalho e adoptando tecnologias e métodos de administração eficientes,
organiza sua actividade económica, objectivando a produção ou circulação de bens ou a
prestação de serviços, visando obter lucro que lhe permite desenvolver-se e remunerar
adequadamente o capital nela investido.
Neste aspecto a empresa surge como a maneira estruturada, organizada e gerida a fim de
atingir um determinado resultado, e isto acontece através da combinação dos diferentes
recursos que integram o processo.
Para Padoveze (2005), as empresas nascem a partir de investimentos nas operações
necessárias para vender os produtos e serviços escolhidos. Nesta nova visão, para que haja os
recursos necessários que façam crescer e desenvolver a empresa, são necessários
investimentos que servirão como parâmetros iniciais da etapa financeira da empresa.
Ainda, segundo Padoveze (2005), a finalidade da empresa é criar valor para seu proprietário.
Este valor é o lucro que o investidor espera, ou ainda o preço pelo risco que este está correndo
ao aplicar seu capital em um determinado investimento.
Portanto; muitas empresas cresceram nos últimos anos, e esse crescimento acarreta mudanças
de muitas coisas no seu ambiente interno. Uma importante mudança pode ser destacada pela
dispersão do controlo dos accionistas, realizada através da subscrição pública de novas
acções. Quando isso acontece a empresa não é mais gerida por seus fundadores e são
contratados executivos próprios para tal função. O poder das companhias modernas é exercido
pelos executivos (gestão) e não pelos proprietários (accionistas), surgindo dessa separação um
conflito, chamado conflito de agentes. Nesse conflito de um lado ficam os agentes executivos,
que, apesar de deterem o poder e representarem os controladores, não possuem os mesmos
interesses dos proprietários, e de outro lado, os agentes controladores, com objectivo e
interesses próprios que nem sempre convergem com os executivos.
De acordo com (Rossetti & Andrade, 2011) vários problemas de conflitos de interesses
passam a ocorrer no ambiente das grandes companhias, como consequência do divórcio
descrito entre propriedade e controlo, dando origem a uma nova forma de organizar
companhias. Os controladores desligam-se das empresas e executivos são contratados para
exercerem sua gestão, não sendo mais a propriedade e controlo exercidos pelas mesmas
pessoas. Segundo (Neto, 2012) os agentes buscam, em essência, os melhores resultados,
porém com objectivos nem sempre simétricos. Fica sempre presente a ideia de que os
executivos priorizam decisões que atendam melhor seus objectivos próprios, procurando

27
maximizar a satisfação de suas preferências. Para a solução desses conflitos surge a gestão
Corporativa, visando aperfeiçoar os mecanismos de controlo e levar os executivos a um
comportamento voltado à maximização da riqueza dos accionistas.
Em um ambiente de separação de propriedade e controlo, os métodos de gestão procuram
criar as melhores condições de relação entre gestores e accionistas, reduzindo os conflitos de
agentes. A gestão Corporativa está preocupada também com a qualidade das informações
contabilísticas, a estrutura de seus demonstrativos financeiros e a interpretação de seus
resultados apurados.
1.7 Processo decisório
O planeamento só fica completo quando for tomada as decisões necessárias à sua
implementação. De acordo com Teixeira ( 2013, p. 99) “o processo de tomada de decisões
consiste precisamente em gerar e avaliar alternativas, cuja escolha conduza a um curso de
acção”. No entanto, a tomada de decisão é uma constante no dia-a-dia dos gestores, os quais
são avaliados fundamentalmente pelos resultados dessas mesmas decisões.
Ainda de acordo com o autor, o processo de tomada de decisões de forma racional envolve
quatro etapas: identificação do problema, desenvolvimento de alternativas de solução,
avaliação das alternativas seleccionando a melhor, e implementação da alternativa escolhida.
Figura 1: 4 etapas do processo de tomada de decisão

Desenvolvim
Identificação Escola da Implementação
ento de
do problema melhor da melhor
alternativa
alternativa alternativa

Feedback
Conforme Peleias (2002), ao realizar a gestão eficaz de seus resultados de forma contínua, a
empresa assegura sua sobrevivência como sistema económico, além de garantir sua
Fonte: (Teixeira, 2013, p. 99) “Gestão das organizações”
continuidade e crescimento. Assim, a sobrevivência de uma empresa depende da capacidade
da organização adaptar-se ao meio ambiente em que actua, ao importar energia e transformá-
la em produtos e serviços que proporcionem meios para novas entradas. As necessidades para
que um modelo de gestão seja eficaz se renovam conforme o ambiente em que a empresa está
inserida. Schier (2005, p. 9) cita o desenvolvimento que criou a necessidade dessa adaptação
das empresas:
A necessidade de organização e utilização de modelos de gestão por parte das empresas é decorrente de
alguns fenómenos ocorridos de forma muito dinâmica, aonde como principais podemos elencar: o
advento da globalização, abertura de mercado interno para produtos importados, avanços tecnológicos,

28
diminuição da margem de lucro e fim da ciranda financeira. Todos esses fenómenos em conjunto com
uma administração de negócios, às vezes familiar e não tão profissional quanto deveria ser, evidenciam
a necessidade de adaptação das médias e pequenas empresas a nova realidade mercadológica, sob pena
de que, se não forem tomadas medidas correctivas e preventivas por parte destas, haverá fatalmente
perda de competitividade e tendências de desaparecimento do mercado para quem não adequar as tais
exigências.

Visando atingir esses objectivos segundo Schmidt (2002) devem reconhecer que a
Contabilidade é um instrumento gerencial importante diante da gestão eficaz de uma empresa.
O processo de gestão visa garantir que as decisões dos gestores contribuam para aperfeiçoar o
desempenho da organização. Aqui são contempladas as etapas de planeamento estratégico e
operacional, execução e controlo, desenvolvidos de acordo com o modelo de gestão da
empresa. Actualmente as necessidades em relação a gestão empresarial, já não se limitam
somente em estar presente dentro da empresa resolvendo pequenos problemas que surgem ao
longo do quotidiano empresarial. O melhor modelo de gestão empresarial exige que o seu
gestor esteja conectado com cada acontecimento da empresa, tendo uma visão generalizada da
mesma, aonde as decisões tomadas conduzam a empresa aos resultados efectivamente
planeados, assegurando assim a continuidade da organização. Para Sá (1981, p.18): “as
responsabilidades são muito grandes, exigindo bases concretas para que se tomem directrizes
seguras, a análise de balanços, demonstrações e peças contabilísticas são decisivas para
efeitos gerenciais e amplo é o seu uso.” Para se ter um bom processo de gestão aonde se possa
proporcionar à empresa a eficácia organizacional é necessário que se tenha informações
oportunas, correctas e confiáveis, com periodicidade necessária ao auxílio da tomada de
decisão por parte dos gestores da empresa. A partir dos resultados da análise das
demonstrações contabilísticas de uma empresa, pode-se diante dos dados colectados e dos
índices calculados, interpretá-los e revertê-los em prol de melhorias da empresa. Aonde Silva
(2008, p. 225) diz que “os índices financeiros são relações entre contas ou grupos de contas
das demonstrações contabilísticas, que têm por objectivo fornecer-nos informações que não
são fáceis de serem visualizadas de forma directa nas demonstrações contabilísticas”.
Porém, para que se possam converter esses dados em informações é necessário interpretá-los
de maneira correcta transformando números em demonstrativos fáceis de ser interpretados
pelos utilizadores. Conforme Franco (1992, p.94): “analisar, portanto, não é suficiente, sem
que a análise seja completada com a precisa interpretação dos elementos analisados. Essa
interpretação decorre da comparação entre os componentes de que fazem parte.”
Portanto para que os números se tornem informações, é necessário que se comece a avaliar os
índices provenientes da análise das demonstrações contabilísticas, destacando os principais e
o que cada um remeterá de fonte válida dentro da organização.

29
Conforme define Ludícibus (2010, p. 93):
Como todos os quocientes ou grupos de quocientes, perdem em significação se não
forem analisados em conjunto com outros grupos. No caso específico, os quocientes de
rentabilidade e de actividade têm, ao longo dos anos, um efeito muito grande sobre os
de liquidez. Já no que se refere à posição de endividamento, muitas vezes ela é o foco
inicial de uma boa ou má situação de rentabilidade futura. Na verdade, liquidez e
rentabilidade integram uma sobre a outra, levando a uma determinada configuração
empresarial.

Para Silva (2008) um administrador precisa avaliar os resultados da sua gestão, portanto a
análise financeira é uma ferramenta que possibilita uma visão abrangente e detalhada dos
resultados alcançados, proporcionando internamente o controlo dos resultados e se caso
necessário modificar tendências na vida da empresa, caso esses administradores sejam os
proprietários da empresa eles podem efectuar uma auto-avaliação.
A gestão e o controlo estratégico da empresa podem combinar os indicadores financeiros com

outros indicadores. A análise com base nas demonstrações contabilísticas avalia o passado.

Internamente, a empresa precisa também (e principalmente) estar voltada para o futuro.

(SILVA, 2008, p. 27).

Assim, os dados contabilísticos são transformados em valiosas informações, apontando aos


gestores os pontos fortes e fracos da organização. E com base nesses dados, o administrador
tem mais segurança no momento da tomada de decisões, considerando que elas sempre
provocam mudanças, sejam elas positivas ou negativas

30
CAPÍTULO 2: ENQUADRAMENTO TÉCNICO - METODOLOGIA
E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo, faz-se um enquadramento metodológico associado a análise reflexiva dos


resultados obtidos mediante o instrumento de investigação, por formas a apresentar em termos
práticos a utilidade das Contabilidade no sistema organizacional e funcional de empresas

1.1 Tipo de Investigação

Em relação aos seus objectivos, trata-se de uma pesquisa descritiva. À pesquisa descritiva visa
descrever as características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados:
questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento.
Segundo os autores (Moreira & Caleffe, 208) em seu livro Metodologia da pesquisa para o
professor pesquisador a pesquisa descritiva é um estudo de status que é amplamente usado na
educação e nas ciências comportamentais. O seu valor baseia-se na premissa de que os
problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por meio da observação objectiva e
minuciosa, da análise e da descrição.

2.2 METODOLOGIA

Usa-se método dedutivo, por existir uma cadeia de raciocínio que caminha do geral para o
particular; observação directa não participativa, visando colher informações detalhadas sem
ter que participar directamente nas actividades da empresa. De acordo com a abordagem do
problema, no estudo realizado utilizou-se a metodologia qualitativa.
(LAVILLE & Dionne, 1999), discorrendo sobre o tema, dizem, que a abordagem qualitativa
permite apanhar uma parte da significação de um conteúdo através das frequências e outros
índices da importância relativa de seus elementos, daí o interesse de abordagens mais
qualitativas que conservam a forma literal dos dados.

2.2.1 Instrumento de recolha de dados

Para recolha de dados será usado o inquérito por questionário de perguntas fechadas, com
vista a alcançar uma maior profundidade nos dados colectados, bem como nos resultados
obtidos, busca por via do confronto dessas respostas uma melhor compreensão do
denominado estudo científico.

31
Para o desenvolvimento do trabalho, será utilizado pesquisa bibliográfica, que buscará
informações em livros, artigos científicos e na internet;
Segundo Gil (1999,p.128), questionário pode ser definido “como a técnica de investigação
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito as
pessoas, tendo por objectivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas etc.”

2.3 Caracterização Geral da Empresa (Hospital Centro Materno Infantil-NAMIBE-


Moçâmedes

32
2.4 Análise de Dados

A análise e interpretação dos dados desenvolveu-se a partir das evidências observadas de


acordo com a metodologia, com relações realizadas por meio do referencial teórico, sem
deixar de observar o posicionamento do pesquisador. A etapa de análise de dados da pesquisa
antecede a fase final de apresentação das considerações finais. Após a etapa de colecta de
dados, o pesquisador dispõe de todas as informações necessárias à conclusão de seu trabalho.
Significa que, nessa etapa, as hipóteses já terão sido verificadas e a resposta ao problema de
pesquisa foi obtida.

2.5 População e Amostra

A População na sua acepção mais comum, representa o conjunto de habitantes de uma dada
região em determinado período, segundo (Graça, 2013). População é uma colecção de
unidades observacionais, que podem ser pessoas, animais, objectos ou resultados
experimentais, com uma ou mais características em comum que se pretendem analisar. Neste
caso a nossa população são todos funcionários do Centro Materno Infantil-Namibe.
A amostra é um subconjunto representativo ou não da população em estudo, neste caso a
nossa amostra são os 5 funcionários do departamento de Contabilidade

2.5.1 Apresentação e Análise dos Resultados

A apresentação e análise de resultados são seguidos da lógica da cadeia de relações de causa e


efeito, para analisar o contributo da contabilidade no processo decisório das empresas. Os
resultados foram por intermédio de gráficos e tabelas.
Em seguida, vamos apresentar e analisar os resultados das pessoas inqueridas
Figura 2: Sexo e/ou Género

33%

Masculino
Femenino
67%

33
Fonte: Elaborado pelo autor

No que diz respeito ao género, a amostra é constituída por 2 elementos do género masculino e
4 do género feminino, o que conclui, 33,3% do género masculino e o género feminino com
66,7%. Podemos afirmar que no departamento de Contabilidade do Centro Materno Infantil-
Namibe tem mais funcionários do género feminino em relação ao género masculino.

Figura 7: Idade e/ou Estrutura Etária

20%

18-30
30-40
42-56
60% 20% 56 ou +

Fonte: Elaborado pelos autores


Quanto a idade, dos 18-30 anos de idade representam 20%% dos funcionários, dos 30-40 anos
de idade representam 20% dos funcionários, dos 42-56 anos de idade representam 60% dos
funcionários, dos 35-40 anos de idade representam 23% dos funcionários e acima dos 40 anos
de idade representam 6% dos funcionários
Figura 4: Estado Civil

20%

Solteiro
Casado
Outros

80%

34
Quanto ao estado civil, 80% dos funcionários são solteiros, e 20% dos funcionários são
casados.

Figura 7: Grau Académico

20%

Técnico Médio
Técnico Superior e/ou
Bacharel
60% 20% Licenciado

Fonte: Elaborado pelos autores


Ainda dentro da caracterização dos Funcionários inqueridos, 20% dos inqueridos têm o ensino
médio feito, 20% dos mesmos têm o grau de técnico superior e/ou bacharel, e por fim 60%
dos inqueridos possuem o grau de licenciatura feito.
Figura 6: A Contabilidade tem contribuido no processo de tomada de decisão?

Sim
Não
Talvez

100%

Fonte: Elaborado pelos autores


A figura 6 ilustra-nos que 100% dos funcionários inqueridos responderam que sim

35
Figura 7: A contabilidade é indispensável para o crescimento de uma organização?

20%

Sim
Não
Abstenção

80%

Fonte: Elaborado pelos autores


A figura 77 ilustra-nos que 40% dos funcionários inqueridos responderam que sim. Ao passo
que 60% dos funcionários inqueridos responderam que não e 0% dos funcionários se absterão.

Figura 8: Como tem sido os principais fundamentos que norteiam o tratamento da


informação contabilistica?

40%

Bom
Mal
60% Normal

Fonte: Elaborado pelos autores


Diante da exposta e questão efectuada, podemos afirmar que, 40% dos funcionários
inqueridos responderam ser bom, 60% dos funcionários inqueridos responderam ser normal,
e por final 0% dos funcionários inqueridos respondem mal.

36
Figura 9: Como tem sido as informações contabilisticas?
20%

Bom
Mal
Normal

80%

Fonte: Elaborado pelos autores


Dianta da exposta e questão efectuada, podemos afirmar que, 54% dos funcionários
inqueridos responderam ser muito bom, 33% dos funcionários inqueridos responderam ser
bom, 13% dos funcionários inqueridos responderam ser razoável, e por final 0% dos
funcionários inqueridos respondem mal.

Figura 10: A contabilidade permite analisar e avaliar o desenvolvimento ecónomico da


organização?

Sim
Não
Abstenção

100%

37
Conclusões

38
Sugestões

39
Bibliografia
Assaf, N. A. (2012). Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro (10
ed.). São Paulo: Atlas.
Ávila, C. A. (2006). Gestão Contábil para contadores e não contadores. Curitiba: Ibpex.
Cândido, C. A., Valentim, M. L., & Contani, M. (2005). Gestão estratégica da informação:
semiótica aplicada ao processo de tomada. Revista de Ciência da Informação.
Consulting, D. (1998). ERP´S Second Wave: Maximizing the Value of ERP-Enabled
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Fabretti, L. C. (2003). São Paulo: Atlas.
Fabretti, L. C. (2003). Fabretti, Láudio Camargo. São Paulo: Atlas.
Gomes, L. F., & Gomes, C. F. (2012). Tomada (4º ed.). São Paulo: Atlas.
Graça, M. M. (2013)). População (Estatística), (Vol. 1). (J. F. Gomes, Ed.) Lisboa: Rev.
Ciência Elem.
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41
APÊNDICE
Inquérito-Questionário

O questionário de inquérito que ora se apresenta, enquadra-se no âmbito da realização do


trabalhar do fim do curso para obtenção de título de Técnico Médio em Contabilidade pelo
Instituto Médio Politécnico de Administração e Gestão do Namibe. Tem como objectivo
recolher informações relativas ao tema: A Contabilidade no Processo de Tomada de
Decisão. Agradecemos sua colaboração e gostaríamos de efectivar que a sua participação é
muito importante para o desenvolvimento desta pesquisa que ainda apresenta-se carente em
nossa área de estudo bem como pela preservativa e relevância da actuação.

Aborda-se exclusivamente um trabalho de final de curso e destina-se a fins científicos, o


sucesso deste trabalho depende da sua cooperação.

ASSINALE A SUA RESPOSTA COM UM X


1- Género:
Masculino
Feminino

2- Idades:
18------------30
30------------42
42------------56
56 ou +

3- Qual é o seu estado civil?


Solteiro
Casado
Outros

42
4- Grau académico ?
Técnico Médio
Técnico Superior e/ou Bacharel
Licenciada

5- A contabilidade tem contribuído no processo de tomada de decisão?

Sim
Não
Abstenção

6- A contabilidade é indispensável para o crescimento de uma organização?


Sim
Não
Abstenção

7- Como tem sido os principais fundamentos que norteiam o tratamento da informação


contabilística?
Bom
Mal
Normal

8- Como tem sido as informações contabilísticas?


Bom
Mal
Normal

43
9- A contabilidade permite analisar e avaliar o desenvolvimento económico da
organização?
Sim
Não
Abstenção

10- Que opinião tens a dar quando o processo da contabilidade?

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MUITO OBRIGADO!

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