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Moçâmedes /2023
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS
Moçâmedes /2023
ii
UNIVERSIDADE DO NAMIBE
Unidade Orgânica____________________________________________________________
Departamento de _____________________________________________________________
Apresentado por
_______________________________________________________
Nº de estudante_______________________
Nº de registo de trabalho___________________
Orientador por:
___________________________________
Co-orientado por:
___________________________________
Moçâmedes
2023
iii
A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO EM TRÊS
MICROEMPRESAS DO MUNICÍPIO DE MOÇÃMEDES - NAMIBE.
2023
Englet Beatriz Nginga Joaquim
iv
Aos meus Pais. Victória Nginga
Cachenguenga, que sempre orou e torceu por
mim, o mérito é todo seu! Virgílio Joaquim
“em memória”.
v
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, pelo dom da vida e por ajudar-me a ultrapassar todos os obstáculos
encontrados ao longo do percurso.
Agradecer a minha Mãe Victória Nginga, que de forma incansável e sem apoio de terceiros
lutou e trabalhou, pela minha formação e conquista acadêmica sem medir esforços.
Aos meus irmãos, amigos, primos e tios pelo incentivo, apoio emocional e pela compreensão
nas horas de ausência.
Aos meus colegas pelos momentos vividos que não foram só de alegria, mas também de
lágrimas, lamentações, sufocos que apesar de tudo sempre nos mantivemos unidos e focados
nos nossos objectivos.
vi
“Ao atingir um determinado objectivo mantenha sempre, o
foco e tenha sempre fé, porque Deus sempre ajuda, quem se
ajuda e quer ser ajudado” (Beatriz 2022)
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para
todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3:1
vii
RESUMO
Em um mercado cada vez mais dinâmico onde as micros, pequenas, médias, e grandes
empresas buscam se consolidar, é exigido das organizações uma atenção redobrada com os
riscos aos quais estão expostos. Nesse sentido, muitas adoptaram ferramentas financeiras que
permitiram ao gestor uma visão geral da organização, integrando as informações como base
para tomadas de decisões. Este trabalho tem como objectivo demonstrar a importância das
Demonstrações dos Fluxos de Caixa no processo de tomada de decisão das empresas em
estudos. Particulariza-se o caso das Microempresas EdGabriel & Filhos Lda, Elfar & Filhos
Lda e BR Businesses-Comercial. A pesquisa foi de carácter exploratório e descritivo, de
natureza quantitativa e qualitativa. Na parte empírica deste estudo de caso aplicou-se um
questionário aos gestores, contabilistas e auxiliares administrativos das empresas estudada. Os
resultados revelam de maneira geral que as Demonstrações de Fluxos de Caixa têm um papel
muito importante no direcionamento organizacional, pois foi possível perceber que as suas
implicações são de caráter positivo no processo de tomada de decisão das empresas em
estudo, e também percebeu-se que a primeira e a segunda empresa têm conhecimento da
utilidade desta ferramenta, porém ela precisa ser aprimorada na terceira empresa.
In an increasingly dynamic market where micro, small, medium and large companies seek to
consolidate themselves, organizations are required to pay increased attention to the risks to
which they are exposed. In this sense, many adopted financial tools that allowed the manager
an overview of the organization, integrating the information as a basis for decision making.
This work aims to demonstrate the importance of Cash Flow Statements in the decision-
making process of the companies under study. The case of Microenterprises EdGabriel &
Filhos Lda, Elfar & Filhos Lda and BR Businesses-Comercial is particularly noteworthy. The
research was exploratory and descriptive, with a quantitative and qualitative nature. In the
empirical part of this case study, a questionnaire is applied to the manager, accountant and
administrative assistant of the studied companies. The results generally reveal that the Cash
Flow Statements play a very important role in organizational direction, as it was possible to
perceive that their implications are positive in the decision-making process of the companies
under study, and it was also noticed that managers are aware of the usefulness of this tool, but
it needs to be improved by other managers.
Gráfico 01 – Gênero.................................................................................................................26
Gráfico 11 - Alternativas para Resolução de Possíveis Danos com Auxílio das D.F.C..........33
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1
SUGESTÕES............................................................................................................................38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................39
APÊNDICE 1............................................................................................................................41
INTRODUÇÃO
Para Assaf Neto (1997), o fluxo de caixa é de vital importância para a empresa, pois evidencia
o rumo financeiro da mesma. Para a sobrevivência no mercado a empresa deve liquidar
correctamente suas dívidas sem se tornar insuficiente. Pilão e Hummel (2003) salientam que o
fluxo de caixa é a relação de pagamentos e recebimentos que deverão ser honrados num
determinado período. Ross (2000, p.63), complementou afirmando que é a diferença entre a
quantidade de dinheiro que entrou no caixa daquela que dele saiu, e afirma que o fluxo de
caixa “talvez seja um dos mais importantes tópicos a respeito de informações que podem ser
extraídas de demonstrações financeiras”.
H1: As empresas em estudo têm uma percepção positiva “conhecimento” sobre a importância
das Demonstrações de Fluxos de Caixa no processo de Tomada de Decisão.
A escolha do presente tema justifica-se no sentido de que o Fluxo de Caixa representa uma
das ferramentas de gestão que para além de nos dar a conhecer o montante de capital
necessário para fazer face aos compromissos do dia-a-dia, é um precioso auxiliar na afectação
de recursos para suprimento do caixa e/ou investimentos, evitando-se assim, as insuficiências
ou deficit de caixa e os consequentes cortes nos créditos, suspensão de fornecimentos de
materiais e mercadorias, situações que inevitavelmente causam descontinuidade nas
operações da empresa e arrastam as empresas para situações complicadas.
De uma forma geral o estudo aqui apresentado tem o objectivo de demonstrar a importância
das Demonstrações de Fluxos de Caixa no processo de tomadas de decisões das empresas
em estudo.
Para o alcance do objectivo geral acima destacado, o estudo foi realizado considerando os
seguintes objectivos específicos:
1) Definir os conceitos chaves por via de uma revisão bibliográfica sobre o tema;
2) Descrever as vias de utilização dos fluxos de caixas evidenciando a importância da
mesma na obtenção de informações para tomada de decisão das empresas em estudos;
3) Apresentar de forma genérica proposta a gestão das empresas em estudos em relação à
forma como as decisões são tomadas tendo por base as demonstrações de fluxos de caixa.
O objecto considerado na presente pesquisa é “A Demonstração dos Fluxos de Caixa e suas
Implicações no Processo de Tomada de Decisões”.
Nível Externo
Determinar se as quantias que lhes são devidas serão pagas dentro do prazo.
Fornecedores e outros
credores Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso estejam
dependentes da entidade.
Ainda com base as informações do Plano Geral de Contabilidade (2017), entende-se, assim,
por Demonstrações financeiras, o conjunto das componentes capazes de dar respostas às
necessidades de informação, para efeitos externos, a saber:
Diante do Exposto, pode-se dizer que as Demonstrações financeiras, tem por objectivo a
disposição de informações a respeito da:
Posição Financeira;
Desempenho;
Alterações na Posição Financeira.
Posição Financeira
De acordo com o Plano geral de Contabilidade (2017), a Posição Financeira de uma entidade
é afectada pelos seguintes elementos:
Utilidade
Recursos económicos
Predição da capacidade da entidade em gerar caixa e equivalentes de caixa no
controlados e capacidade
futuro.
de modificar estes recursos.
Desempenho
O mesmo dispositivo legal (PGC, 2017), diz que as alterações na posição financeira de uma
entidade são úteis para:
Matarazzo (1995), refere que a D.F.C é uma das demonstrações financeiras mais úteis e de
uso imprescindível, pelo facto de que, quase sempre, os problemas de insolvência de uma
empresa ocorrem por falta de uma adequada gestão dos seus fluxos de caixa.
Matarazzo (1995), defende que muitas empresas vão à falência por não saberem administrar o
seu fluxo de caixa, daí que o sucesso, o crescimento e a sobrevivência de uma entidade
depende da sua capacidade para gerar fluxos de caixa ou obter os recursos financeiros
necessários ao desenvolvimento da sua actividade.
Tendo em atenção o Plano Geral de Contabilidade (2017), por forma a evidenciar como foi
gerado e utilizado o dinheiro no período em análise a Demonstração de fluxos de caixa
mostra, por actividades:
Por outro lado, os fluxos de caixa constituem grandezas relevantes nos processos de análise
do investimento e do financiamento, bem como na avaliação de empresas.
Até a II Grande Guerra, a demonstração de fluxos de caixa não foi considerada relevante para
os gestores e analistas financeiros (Caiado & Gil, 2004). Nas décadas posteriores, começou a
surgir num número crescente de relatórios anuais das empresas em que se notava falta de
uniformidade na terminologia, no âmbito e no formato. A informação então divulgada cingia-
se a comparação da situação financeira de um balanço para outro, não se explicitando as
divergências entre os resultados constantes dos documentos de prestação de contas e os
fundos disponíveis para a distribuição de dividendos, pagamentos de dívidas e aquisição de
activos fixos.
Contudo a norma nº 95 exige que uma empresa, para além de elaborar um conjunto de
documentos de prestação de contas em que divulgue não apenas a respectiva situação
financeira, mas também os resultados das suas operações, deve igualmente elaborar uma
demonstração dos fluxos de caixa para cada período em que traduza, em unidades monetárias,
os resultados das operações. Esta exigência aplica-se a todas as empresas, incluindo
instituições financeiras e pequenas empresas. O “International Accounting Standard Comittee
(IASC)” (actualmente substituído pelo IASB – International Accounting Standards Board),
aprovou, entretanto, a Norma Internacional de Contabilidade nº 7, intitulada “Statement of
Changes in Finacial Position”, que foi revista e substituída em outubro de 1992 pela
demonstração dos fluxos de caixa, passando a vigorar a partir de 1 de janeiro de 1994.
Ao nível dos países da União Europeia o interesse por esta demonstração vem aumentando,
havendo vários países membros que desenvolveram estudos neste sentido. No seguimento das
respostas do inquérito distribuído em meados de 1993, o Fórum Consultivo da Contabilidade
decidiu criar um grupo de trabalho com o objectivo de preparar um documento entretanto
aprovado e eventualmente recomendado pela União aos países membros (Caiado & Gil,
2004).
O documento de trabalho elaborado pelo grupo foi intitulado “cash flow statements” e foi
objecto de discussão pelos membros do Fórum nas reuniões, entretanto havidas. Contudo, não
foi fácil obter consensos nesta matéria que fez repensar certas ópticas contabilísticas
amplamente praticadas e divulgadas nos países europeus (Caiado & Gil, 2004).
Por outro lado, a demonstração dos fluxos de caixa veio dar um passo importante na
divulgação objectiva do mapa da demonstração de origem e aplicação de fundos como um
meio de reconciliar as alterações das rubricas do balanço de um momento para outro.
Através da D.F.C, e com base em dados históricos a empresa poderá saber antecipadamente
(no início de um período) o que ela terá de necessidade ou de excedentes de recursos
financeiros, podendo assim optar pelas decisões mais adequadas para solucionar seus
impasses. A sua adopção instrumento financeiro, proporciona a empresa:
Para os mesmos autores (Caiado & Gil, 2004), a preparação da demonstração de fluxos de
caixa deverá compreender as seguintes fases:
Método Directo
Segundo Caiado e Gil (2004), o método directo permite a divulgação dos componentes de
fluxos de caixa dos recebimentos e pagamentos em termos brutos.
Na Tabela abaixo é possível encontrar o modelo do mapa de fluxos de caixa pelo método
directo conforme estabelecido no P.G.C.
Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1
Fluxos de caixa das actividades operacionais:
Recebimento (de caixa) de clientes
Pagamentos (de caixa) a fornecedores e empregados
Caixa gerada pelas operações:
Juros pagos:
………………………………………………………………………
Impostos s/os lucros pagos
Fluxos de caixa antes de rubrica extraordinária:
………………………………………………………………………
Caixa líquida provenientes das actividades operacionais
Fluxo de caixa das actividades de investimentos:
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos Financeiros
Subsídios a investimentos
Juros e proveitos similares
Dividendos ou lucros recebidos
………………………………………………………………………
Pagamentos respeitantes a:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos financeiros
………………………………………………………………………
…
Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária:
………………………………………………………………………
Caixa líquida usada nas actividades de investimento
Fluxo de caixa das actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
A. De C. Prest. Supleme. E Vendas da Acç. Ou Quotas Próprias
Cobertura de prejuízos
Empréstimos obtidos
Amortização de contratos de locação financeiras
Juros e custos similares pagos
………………………………………………………………………
…
Fluxo de caixa antes da rubrica extraordinária:
………………………………………………………………………
…
Caixa líquida usada nas actividades de financiamento
Aumento líquido de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
Tabela 5 - Mapa de Fluxo de Caixa pelo Método Directo
Fonte: Plano geral de Contabilidade (2017)
Método Indirecto
Segundo Santos (2004), o método indirecto é aquele em que o resultado líquido é ajustado de
modo a excluírem-se os efeitos de transacções que não sejam dinheiro, acréscimos e
diferimentos relacionados com recebimentos e pagamentos passados ou futuros e contas de
gastos ou rendimentos relacionados com fluxos de caixa respeitantes às actividades de
investimento ou de financiamento.
Neste método, o fluxo de caixa líquido das actividades operacionais é determinado pelo
ajustamento dos resultados relativamente aos efeitos de:
c) Todos os outros itens quando aos efeitos de caixa sejam fluxos de caixa de
investimento ou de financiamento.
Na Tabela abaixo é possível encontrar o modelo do mapa de fluxos de caixa pelo método
indirecto conforme estabelecido no P.G.C. a saber:
Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1
Fluxos de caixa das actividades operacionais:
Resultado Líquido antes dos impostos e das rubricas extraordinárias
Ajustamentos:
Depreciações
Amortizações
Ganhos na alienação de imobilizações
.
.
.
Pagamentos respeitantes a:
Reduções de capital e prest. Suplementar
Compras de acções ou quotas próprias
Dividendos ou lucros pagos
Empréstimos obtidos
Segundo Campos Filho (1997, p.41) “a diferença, na elaboração da DFC, entre método
directo e indirecto encontra-se apenas nos grupos das actividades operacionais”.
A DFC, quando elaborada pelo método directo apresenta dentro do grupo das actividades
operacionais, primeiro o valor referente a receita pela venda de mercadoria e serviços, para,
em seguida subtrair destes os valores equivalentes ao pagamento de fornecedores, salários e
encargos sociais dos funcionários bem como os impostos e outras despesas legais.
Embora a elaboração da D.F.C pelo método directo através do ajustamento de rubricas seja
um pouco mais complexo do que pelo método indirecto, este mostra o montante de fundos
obtidos e utilizados nas actividades operacionais em vez de apresentar os resultados e “itens”
de reconciliação. O método directo divulga apenas itens que afectaram os meios financeiros e
ignora os restantes.
Neste ponto serão enumeradas algumas vantagens e limitações da Demonstração dos Fluxos
de Caixa.
Vantagens
1. Não aborda aspectos que podem influenciar a vertente financeira, como por exemplo,
as depreciações/amortizações, as provisões, os ajustamentos, as imparidades e os
lucros;
2. Apesar de dar mais informações, não deixam de ser mais limitadas (tal como tipologia
e características dos financiamentos);
3. Omissão de rubricas dificilmente mensuráveis (tais como, activos e passivos
contingentes).
Chiavenato (2003) refere que a decisão é o processo de análise e escolha, entre várias
alternativas disponíveis, do curso de acção que a pessoa deverá seguir, e que existem, no
mínimo, seis elementos comuns a toda decisão:
3. Preferência - são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha;
O processo de selecção pode ser uma acção reflexa condicionada ou produto de raciocínio,
planeamento ou projecção para o futuro. Todo o curso de acção é orientado no sentido de um
objectivo a ser alcançado e segue uma racionalidade. O tomador de decisão escolhe uma
alternativa entre outras. Se escolher os meios apropriados para alcançar um determinado
objectivo, sua decisão é racional (Chiavenato, 2003).
Segundo Schrickel (1997), qualquer que seja a natureza de sua actividade operacional, uma
entidade é avaliada pela tomada de duas grandes decisões:
Estas decisões são tomadas pelas entidades de forma contínua e inevitável. As decisões de
investimento envolvem todo o processo de identificação, avaliação e selecção das alternativas
de aplicações de recursos, conforme identificadas nos activos. As decisões de financiamento,
por seu lado, envolvem a definição da natureza dos fundos aplicados, ou seja, a estrutura das
fontes de capital demandadas pelas decisões de investimento.
Caravantes, Pano e Kloecker (2005), referem que todas as decisões são tomadas sob uma das
três condições:
1. Certeza: a tomada de decisão sob uma condição de certeza ocorre quando o gestor
sabe exactamente quais são as alternativas e que cada alternativa está garantida. Ou
seja, ele sabe que se a alternativa 1 for escolhida, resultará em certos resultados. Na
realidade, é claro que os gestores se deparam com poucas situações dessa natureza;
2. Risco: sob uma condição de risco, o gestor tem um entendimento básico das opções
disponíveis e pode estimar com certo grau de confiança as probabilidades associadas a
cada alternativa. Ou seja, certo elemento de risco é associado a cada resultado. A
tomada de decisões sob condições de risco ocorre frequentemente, e o essencial para
tomar decisões eficazes nessas circunstâncias é estimar correctamente as
probabilidades;
3. Incerteza: a condição mais comum que os gestores devem confrontar é a incerteza.
Nesse caso, não somente as probabilidades são difíceis de avaliar, mas a lista de
alternativas disponíveis também. Ou seja, o gestor provavelmente não será capaz de
identificar todas as alternativas possíveis que devem ser consideradas.
De acordo com Neves (2006), uma decisão económico-financeira baseada numa análise da
D.F.C só se justifica se, ao diagnosticar um ou vários problemas, for possível identificar com
clareza potenciais decisões a serem tomadas, de forma a provocar mudanças, e estas decisões
podem ser tomadas em três níveis:
1. Estratégicos – são decisões normalmente de médio e longo prazo que movem todos
os recursos de uma entidade. Em termos financeiros, corresponde ás decisões de
investimento e de financiamento a médio e longo prazo;
Se por um lado, a análise de fluxos permitir distinguir quais o fluxo resultante das decisões
financeiras, por outro lado, dá uma visão dos sucessivos saldos de caixa ao longo dos diversos
ciclos financeiros, contribuindo para uma informação mais apropriada à gestão e ao seu
controlo (Neves, 2006).
Para a concretização dos objectivos desta investigação científica foram utilizados métodos e
técnicas de pesquisas que são mencionadas ao desenrolar deste trabalho científico.
Para Gil (2009) a Pesquisa é o “procedimento racional e sistemático que tem como objectivo
proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um
processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e
discussão dos resultados,” (p. 17).
Quanto a Natureza, adoptou-se a pesquisa aplicada, pelo facto de tratar-se de uma temática
conjuntural que tem sua aplicabilidade irrefutável. Para Kauark et. al., (2010, p. 26) a
pesquisa aplicada “objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigida à solução de
problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”.
Quanto a abordagem, adoptou-se a pesquisa de modelo misto, que segundo Creswell (2007), é
uma abordagem de investigação que combina ou associa os modelos qualitativos e
quantitativos de pesquisa.
Meyrs (2009), considera que um dos benefícios principais da pesquisa qualitativa é permitir
que se observe e que se compreenda o contexto em que se tomam certas decisões e posições.
“Esta metodologia regista, analisa, classifica, explica, interpreta e descreve os factos.
Descreve as características de determinada população ou fenómeno, estabelecendo relações
entre variáveis,” (Gil, 2008, p. 125).
Quanto aos objectivos, adoptou-se a pesquisa exploratória e descritiva, pois este tipo de
pesquisa permite compreender o objecto em causa no terreno, através do contacto com
situações reais e actuais. Para Gil (1991), a pesquisa exploratória permite criar maior
familiarismo com o problema, tornando-o explícito, ou à construção de hipóteses.
Já para Feixo (2011), a pesquisa descritiva busca identificar quais as situações, eventos,
atitudes ou opiniões que estão manifestos em uma população.
Já a pesquisa documental, para Gil (1991), é aquela elaborada a partir de materiais que não
receberam ainda tratamento analítico. Está pesquisa será utilizada na recolha de informação
contida em diversos documentos cedidos para o efeito.
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 92) “a colecta de dados é a etapa da pesquisa em que se
inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas seleccionadas, a fim de se
efectuar a colecta dos dados previstos”.
Conforme Cervo e Bervian (2003), o questionário é um meio utilizado para colectar dados e
através de sua aplicação é possível extrair informações necessárias. Rapazzo (2005) destaca
que a utilização do questionário, permite que o pesquisador obtenha informações mais
concisas do ambiente estudado, o que torna a análise mais clara e eficiente. Porém, para que
as informações obtidas no questionário não se tornem corrompidas, este deve seguir alguns
passos.
Consta no questionário perguntas fechadas e abertas, o mesmo está dividido por dois grupos,
que são: Iº Grupo relacionado com as Informações socio-demográficas dos inqueridos e o IIº
Grupo que nomenclaturamos por Desenvolvimento, onde foi possível colocar as questões
chaves “para aferir se a empresa dispõe de uma contabilidade organizada; Compreender
qual a opinião dos inqueridos a respeito das Demonstrações de Fluxo de Caixa e quais os
benefícios que a mesma proporciona para a empresa; Perceber de que forma as decisões são
tomadas na empresa e sobre quais bases e por último Entender quais os impactos das
Demonstrações de Fluxos de caixa no processo Decisório”, que tornaram possível está
investigação.
Para Freixo (2011, p. 282) a população é o “conjunto de todos os sujeitos ou outros elementos
de um grupo bem definido tendo em comum uma ou várias características semelhantes e
sobre o qual assenta a investigação”. A amostra é o “conjunto de sujeitos retirados de uma
população,” (Freixo, 2011, p. 269).
O mercado empresarial do Namibe é um mercado ainda por se explorar, sendo certo que cada
vez mais se assiste à entrada de novas empresas na região. Os seguimentos empresariais mais
explorados são os da exploração Mineira, da indústria pesqueira, prestação de serviços bem
como o comércio a Grosso e a retalio de bens diversos por lojas e alguns supermercados.
1º - Empresa - EdGABRIEL & FILHOS, Lda é uma Microempresa com sede em Moçâmedes-
Namibe, que actua em diversas áreas como: Comércio Geral, Promoção de Eventos, Prestação de Serviços
e Hotelaria & Turismo.
Visão: Ser conhecida no mercado pela competência, integridade e valor agregado na entrega dos
serviços contratados e pela confiabilidade das suas acções.
Dentre os valores e princípios que regem, o que mais nos distingue é que nos importamos
Valores: muito em como fazemos negócio, assim, consideramos essenciais o Respeito e a Ética em
cada momento de relacionamento com os nossos clientes, fornecedores, colaboradores e
parceiros.
2ª Empresa - Elfar & Filhos, Lda é uma Microempresa com sede em Moçâmedes-Namibe, que actua
áreas como: Comércio Geral e Prestação de Serviços.
construir uma organização capaz de atrair, desenvolver e reter pessoas excecionais, que
Missão: prestam um serviço de primazia na promoção de saúde, bem-estar e beleza e no combate da
doença.
Proporcionar aos nossos clientes produtos e serviços que superem as suas expectativas e
Missão: necessidades, criando um laço de confiança com a empresa, sem deixar de primar pela
qualidade e elegância.
Visão: Tornar-se referência na comercialização e prestação dos seus serviços na província do Namibe.
A técnica utilizada para tabulação dos dados colectados foi o agrupamento das perguntas em
blocos de acordo com cada dimensão. O índice utilizado como resposta foi a média obtidas
nas questões e o programa utilizado para a compilação e cálculo das médias foi o Excel,
representando os resultados através de gráficos. A saber:
33%
Maculino
67% Feminino
Gráfico 01 – Gênero
Fonte: Resultado do questionário
b) Faixa Etária: Em relação a idade dos respondentes observou-se um total de uma pessoa
com idade superior a 30 anos (33% do total) pertencente a empresa EdGabriel & Filhos Lda,
uma pessoa com idade entre 24 a 26 anos que corresponde a (34% do total) pertencente a
empresa BR Businesses-Comercial e uma pessoa com idade entre os 26 a 30 anos
correspondendo (33% do total) pertencente a empresa Elfar & Filhos Lda. Conforme o
(gráfico 02) abaixo:
Faixa Etária
Licenciado
Mestrado
33%
Mais de um ano
67%
De dois anos em
diante
Indústria
50% 50% Comércio
Prestação de Serviço
Na senda das apresentações dos resultados referente aos questionários, no IIº - Grupo
relacionado ao Desenvolvimento, fez-se uma incorporação das temáticas que se assemelham
as informações colectadas e daí extraiu-se as devidas observações quanto as perguntas feitas.
A saber:
33% sim
Não
67%
Sobre está questão, 34% dos respondentes pertencentes as empresas Elfar & Filhos Lda, e
EdGabriel & Filhos Lda dizem utilizar um Software de Gestão, 33% pertencente a empresa
BR Businesses-Comercial diz que a sua empresa utiliza Cadernos de registros para o controlo
financeiro e igualmente 33% dos respondentes pertencente a empresa EdGabriel & Filhos
Lda, diz que a sua empresa utiliza Planilha de Excel para o mesmo efeito. Conforme o
(gráfico 07) abaixo:
33%
Quanto a questão acima referenciada, a pesquisa demonstra que 100% dos respondentes diz
que a sua empresa utiliza o método directo para a elaboração das Demonstrações de Fluxos de
Caixa. Pois como fundamenta Carreira (2007) o método directo apoia-se em registos
contabilísticos específicos para cada uma das transacções de entrada e saída de dinheiro, o que
torna a operação mais dinâmica e assertiva.
Foi possível com a pesquisa perceber de que forma são tomadas as decisões nas empresas em
estudo, 50% dos respondentes pertencentes a empresa EdGabriel & Filhos Lda e BR
Businesses-Comercial, diz que as Decisões são tomadas de acordo com a realidade
situacional, 33% pertencente a empresa Elfar & Filhos Lda, as decisões são tomadas com base
nas informações obtidas pelas demonstrações financeiras enquanto que 17% dos respondentes
pertencente a empresa BR Businesses-Comercial diz que as decisões são tomadas com base
aos cadernos de apontamentos dos fluxos e/ou movimentações diárias. Conforme o (gráfico
08) abaixo:
17%
6ª O Fluxo de Caixa tem sido utilizado como ferramenta de auxílio nas tomadas de
Decisões?
Quanto a questão acima referenciada, 100% dos respondentes diz que sim, o fluxo de caixa
tem sido utilizado como ferramenta de auxílio nas decisões tomadas, o que para nós, constitui
um meio abonatório e a certificação da importância da temática em estudo. Pois, as decisões,
por sua vez, são tomadas com os dados e as informações visualizados pela contabilidade,
levantados pelo comportamento do mercado e desempenho interno da entidade.
7ª Quais são os Tipos de decisões tomadas pelos Gestores com o auxílio da ferramenta
financeira em estudo?
Sobre está questão, 33% dos respondentes pertencente a empresa EdGabriel & Filhos Lda diz
que as decisões tomadas pelo gestor com o auxílio das Demonstrações de fluxos de caixa
foram as Decisões de Investimento, enquanto que 67% pertencente as duas empresas Elfar &
Filhos Lda, e EdGabriel & Filhos Lda, partilham as mesmas declarações, ou seja, dizem que
as Decisões tomadas pelos gestores com o auxílio das Demonstrações de fluxos de caixa
foram as Decisões de Financiamento. Conforme o (gráfico 09) abaixo:
67%
8ª Qual é o Papel do Fluxo de Caixa e a sua influência nas decisões tomadas pelos
gestores?
Empresa nº 01 O fluxo de caixa tem o papel de gerar uma visão mais precisa sobre o momento financeiro
de uma empresa. A mesma influência os gestores a tomarem decisões importante a respeito
(EdGabriel & do dinheiro que entra e sai do caixa. Pois, toda empresa tem uma mesma linha de
Filhos Lda). funcionamento: é dinheiro que entra e é dinheiro que sai.
Empresa nº 02 O papel do fluxo de caixa é o de facilitar a compreensão no que a empresa já fez, quais
foram seus períodos de altos e baixos e o que deve vir pela frente. As tomadas de decisões
(Elfar & Filhos são influenciadas gradativamente pois, ele direcciona o gestor em a adiantar ou retardar
Lda,). pagamentos e recebimentos.
Empresa nº 03 O fluxo de caixa revela-se como um instrumento de excelência na tomada de decisões, pois
os gestores são influenciados a tomarem decisões que envolvam aspectos monetários, mas
(BR Businesses- que acabam por reflectir em toda a organização. Desta feita o fluxo de caixa tem um papel
Comercial). importante na saúde financeira da empresa.
Tabela 10 - Papel do F.C e a sua Influência nas Decisões Tomadas pelos gestores
Fonte: Resultado do questionário
9ª Com base ao seu percurso laboral, qual é a função das Demonstrações de fluxos de
Caixa e quais têm sido os benefícios que a mesma proporcionou à vossa empresa?
Foi possível com a pesquisa perceber de acordo com a tabela 11, quais foram as
argumentações dos respondentes representantes, referente a questão colocada.
Empresa nº 03 A função das Demonstrações de Fluxos de Caixa é de ajudar a entender melhor a situação
financeira da empresa e a tomar decisões mais acertadas. Com o mesmo permitiu a
(BR Businesses- empresa Verificar a possibilidade de realizar promoções e também pagamentos das suas
Comercial). responsabilidades.
Sobre está questão, 33% dos respondentes diz que não é possível prever algum dano à saúde
financeira da empresa, enquanto que 67% dos respondentes diz que sim, é possível prever
algum dano à saúde financeira da empresa. Conforme o (gráfico 12) abaixo:
a) Sim
33% b) Não
67%
10.1 E se algum dano acontecer é possível com o uso desta ferramenta prever qual o
melhor caminho a seguir?
Na mesma senda da questão, 25% dos respondentes diz que não é possível com o uso desta
ferramenta prever qual o melhor caminho a seguir, enquanto que 75% dos respondentes diz
que sim, é possível com o uso desta ferramenta prever qual o melhor caminho a seguir.
Conforme o (gráfico 12) abaixo:
25%
a) Sim
b) Não
75%
Gráfico 11 - Alternativas para Resolução de Possíveis Danos com Auxílio das D.F.C
De uma forma geral cada entrevistado apresentou o seu ponto de vista referente a questão
acima referenciada. Conforme a tabela 10 abaixo:
Empresa nº 03 Com a Demonstração de Fluxo de Caixa, a gestão financeira se torna mais profissional e
será possível verificar quaisquer erros ou tropeços. Se tratando de aspectos financeiros, os
(BR Businesses- erros e tropeços muitas vezes podem custar meses de trabalho ou até a vida de uma
Comercial). empresa, o fluxo de caixa é a base para termos uma organização de sucesso.
Segundo Oliveira (2001), A gestão empresarial pode ser considerada um processo pelo qual
se leva a empresa de uma situação actual para uma situação futura desejada. Gerir um negócio
é fazer as coisas acontecerem. Gerir com eficiência proporciona o desenvolvimento e a
melhoria das actividades da empresa, ocasionando melhores resultados. Assim, para que a
empresa possa desenvolver suas actividades de gestão de melhor forma, é importante a
interacção sinérgica, que é extremamente necessária para atingir a eficiência.
De uma forma geral, a decisão sempre ocorre quando se depara com cursos alternativos de
comportamento, ou seja, quando pode-se fazer algo de duas ou mais formas diferentes.
Individualmente, todas as pessoas estão continuamente deparando-se e analisando contextos e
tomando decisões a seu respeito. No nível empresarial, o contexto torna-se mais complexo,
pois os gestores financeiros (como outros gestores e executivos) estão tomando decisões nos
três níveis: Estratégico, Táctico e Operacional.
Nesta senda, propomos que as decisões nas empresas em estudos sejam tomadas, tendo em
atenção os três níveis de gestão, a saber:
Para melhor entender o processo decisório com base na Demonstrações de Fluxos de Caixa, é
importante compreender os ciclos empresariais e suas reais correspondência.
Conforme Das Neves (2007), as decisões nas empresas deverão atentar a estes ciclos, na
medida em que cada um terá o seu horizonte temporal, pelo que o conhecimento destes ciclos
na realidade de cada organização é de importância vital, a saber:
Com base as informações colectadas dos questionários aplicados aos representantes de cada
empresa e após a análise dos mesmos, foi possível avaliar que de maneira geral, a pesquisa
mostrou que o uso das D.F.C como ferramenta para as organizações ainda é importante, visto
que todos os respondentes, quando questionados a respeito de uma forma de controle
financeiro foram unânimes ao relatar sua utilização como forma de controlo. Também foi
possível perceber que o conhecimento dos respondentes a respeito da ferramenta em estudo,
mesmo sendo descrita por boa parte dos participantes como um óptimo meio de auxílio a
saúde financeira da empresa, precisa ser melhorado. Uma vez que foi possível notar certa
dificuldade na empresa BR Business-Comercial, onde o gestor não conhece bem suas
funções, vendo-a como uma ferramenta estática, optando por não a utilizar como rotina para
empresa, por não compreender bem todos seus recursos.
Com relação às decisões tomadas pelos gestores de acordo com as informações geradas pelo
fluxo de caixa, a pesquisa apontou que todos os gestores concordam que sua utilização auxilia
a organização, entretanto quando questionados sobre funções mais específicas como, tipos de
decisões, sua utilização na prevenção e busca por possíveis caminhos através de seu uso, a
pesquisa aponta ainda gestores com dúvidas sobre a sua eficiência como é o caso da empresa
BR Business-Comercial. De acordo com as respostas obtidas foi possível visualizar um
crescente domínio dos gestores tanto na tomada de decisões quanto no controle das
informações.
Com os resultados aqui discutidos é possível afirmar que a D.F.C, ainda é uma ferramenta de
grande importância para a gestão financeira das empresas. Pois, foi possível perceber que as
suas implicações são de carácter positivo no processo de tomada de decisão das empresas em
estudo, com especial realce as empresas EdGabriel & Filhos Lda, e Ellfar & Filhos Lda, e
também percebeu-se que os gestores têm conhecimento da utilidade desta ferramenta, porém
ela precisa ser aprimorada por parte de outros gestores não apenas do seu uso superficial, mas
o conhecimento específico de suas funções, pois só conhecendo a fundo todas as suas
atribuições e possibilidades, será possível extrair dele os melhores resultados e
consequentemente aumentar o nível de confiança para decisões importantes.
Quanto ao objectivo geral, foi possível o alcançar. Para os objectivos específicos, o 1º foi
devidamente alcançado, pois existem informações suficientes e credíveis referentes a temática
em estudo. Para o 2º aferiu-se que as empresas devem possuir demonstrações de fácil
entendimento e principalmente com informações rápidas e úteis, para que quando o gestor se
deparar com uma tomada de decisão ele possa tomá-la de forma segura. Ingressando assim o
fluxo de caixa como uma ferramenta de fácil acesso, onde a demonstração poderá ser
efectuada de acordo com o conhecimento do gestor, sem seguir nenhum modelo, tendo o
poder de ser actualizado momentaneamente, e até mesmo ser projectado, para analisar a curto
e a longo prazo.
Para o 3º objectivo específico, o gestor que não tem conhecimento de contabilidade, poderá se
surpreender com o mercado, podendo ser tarde de mais para buscar outros meios que tragam
informações confiáveis. As decisões empresarias não devem ser tomadas de forma empírica,
toda via para auxiliar estes gestores/empresários propomos o sistema de fluxo de caixa, onde
os mesmos podem avaliar o desenvolvimento das actividades e analisar as informações
geradas para posteriormente tomar decisões, quanto a actividade operacional, de
financiamento e de investimento. Está ferramenta esclarece como foi gerado o caixa e como
foi utilizado durante um período. Toda via a D.F.C é utilizado como uma ferramenta para
averiguar as finanças das organizações.
Finalmente, este trabalho foi de vital importância para ressaltar a valor da D.F.C na gestão
empresarial, mesmo que não muito utilizada e conhecida pelos empresários das
microempresas. Acredita-se que se todos os gestores dessem a devida atenção a gestão de seus
fluxos de caixa, boa parte dos problemas existentes nas organizações não existiriam.
SUGESTÕES
Para as Três empresas em Estudo (EdGabriel & Filhos Lda, e Ellfar & Filhos Lda, BR
Business-Comercial):
Aos gestores de forma geral que passem a tomar decisões tendo em atenção sempre as
Demonstrações de Fluxos de Caixa, pois é de extrema importância;
Aprimoramento profissional contínuo (investimento em conhecimento) de forma a
descodificar as informações que esta importante ferramenta transmite.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Lisboa: Áreas Editora.
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Lisboa: Áreas Editora.
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Áreas Editora, SA.
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Chiavenato, I. (2003). Introdução á Teoria Geral da Administração (7ª ed.). Rio Janeiro:
Elsevier Editora Ltda.
Das Neves, João Carvalho. (2007). Análise Financeira. Técnicas Fundamentais. Lisboa,
Texto Editores, Lda.
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Matarazzo, D. C. (1995). Análise financeira de balanços (3ª ed.). São Paulo: Atlas
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Lidel- Edições Técnicas, Lda.
Nabais, C., & Nabais, F. (2011) – Prática Financeira II: Gestão Financeira. Manual Prático
Leal. (4ª Ed.) Lisboa: Edições Técnicas, Lda.
Oliveira, Ricardo Daher (2001). Uma Contribuição para a gestão financeira de curto prazo
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Florianópolis, UFSC.
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graduação (3ª ed.). São Paulo: Edições Loyola.
Silva, E. S. (2010). Gestão financeira- Análise de Fluxos Financeiros (4ª ed.). Vida
Económica. Editorial, S.A.
APÊNDICE 1
QUESTIONÁRIO
O questionário que se segue, tem por objectivo a realização de um estudo para a minha
licenciatura na Universidade do Namibe, subordinada ao tema: A Demonstração de Fluxos
de Caixa e suas Implicações no processo de tomada de decisão. Um estudo de caso em Três
Microempresas no Município de Moçâmedes - Namibe.
Obs: Este questionário tem fins académicos pelo que é totalmente anónimo (não será
divulgado o seu nome apenas o da empresa). Peço-lhe atenciosamente que responda as
questões e, desde já, agradeço a sua disponibilidade e colaboração neste estudo.
3 Qual é o método de elaboração das Demostrações de Fluxos de Caixa que a empresa utiliza?
a) – Método Directo ( )
b) – Método Indirecto ( )
4 Se a empresa não utilizasse o fluxo de caixa, vocês a implementariam?
a) – Sim ( ) Por quais razões?_______________________________________________
b) – Não ( ) Por que não?__________________________________________________
6 O Fluxo de Caixa tem sido utilizado como ferramenta de auxílio nas tomadas de Decisões?
a) – Sim ( )
b) – Não ( )
7 Quais são os Tipos de decisões tomadas pelos Gestores com o auxílio da ferramenta
financeira em estudo?
a) Decisão de Investimento. ( )
b) Decisão de Financiamento. ( )
c) Decisão de Dividendos. ( )
d) Outros. Qual?____________________________________________________________
8 Qual é o Papel das Demonstrações de fluxos de Caixa e a sua influência nas decisões tomadas
pelos gestores?
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9 Com base ao seu percurso laboral, qual é a função das Demonstrações de fluxos de Caixa e
quais têm sido os benefícios que a mesma proporcionou à vossa empresa?
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10 Com a Demonstração de Fluxo de Caixa, é possível prever algum dano à saúde financeira da
empresa?
a) – Sim ( )
b) – Não ( )
10.1 E se algum dano acontecer é possível com o uso desta ferramenta prever qual o melhor
caminho a seguir?
a) – Sim ( )
b) – Não ( )
11ª Qual é a sua Visão a respeito da Demonstração de Fluxos de Caixa num Contexto geral?
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