Você está na página 1de 56

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS

REGÊNCIA DO CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA E SUAS IMPLICAÇÕES NO


PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO EM TRÊS
MICROEMPRESAS DO MUNICÍPIO DE MOÇÃMEDES - NAMIBE.

Englet Beatriz Nginga Joaquim

Moçâmedes /2023
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS

REGÊNCIA DO CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA E SUAS IMPLICAÇÕES NO


PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO EM TRÊS
MICROEMPRESAS DO MUNICÍPIO DE MOÇÃMEDES - NAMIBE.

Englet Beatriz Nginga Joaquim

Trabalho de fim de curso elaborado para a obtenção do grau


de Licenciado em contabilidade e Gestão, no Departamento
de Ciências Económicas, sob orientação científica do Docente
Afonso Muinguilo.

Moçâmedes /2023

ii
UNIVERSIDADE DO NAMIBE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADE

Unidade Orgânica____________________________________________________________

Departamento de _____________________________________________________________

Trabalho de fim de curso apresentado à Faculdade de Ciências


Sociais e Humanidades da Universidade do Namibe, como
parte dos requisitos para aquisição do grau de Licenciado em
Contabilidade e Gestão.

(A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA E SUAS IMPLICAÇÕES NO


PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO EM TRÊS
MICROEMPRESAS DO MUNICÍPIO DE MOÇÃMEDES - NAMIBE).

Apresentado por

_______________________________________________________

Nº de estudante_______________________

Nº de registo de trabalho___________________

Orientador por:

___________________________________

Co-orientado por:

___________________________________

Moçâmedes

2023
iii
A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO EM TRÊS
MICROEMPRESAS DO MUNICÍPIO DE MOÇÃMEDES - NAMIBE.

2023
Englet Beatriz Nginga Joaquim

iv
Aos meus Pais. Victória Nginga
Cachenguenga, que sempre orou e torceu por
mim, o mérito é todo seu! Virgílio Joaquim
“em memória”.

v
AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, pelo dom da vida e por ajudar-me a ultrapassar todos os obstáculos
encontrados ao longo do percurso.

Agradecer a minha Mãe Victória Nginga, que de forma incansável e sem apoio de terceiros
lutou e trabalhou, pela minha formação e conquista acadêmica sem medir esforços.

Externar também os meus agradecimentos, aos Professores pelos ensinamentos ao longo da


caminhada acadêmica, isto desde o pré-escolar até ao ensino superior.

Aos meus irmãos, amigos, primos e tios pelo incentivo, apoio emocional e pela compreensão
nas horas de ausência.

Aos meus colegas pelos momentos vividos que não foram só de alegria, mas também de
lágrimas, lamentações, sufocos que apesar de tudo sempre nos mantivemos unidos e focados
nos nossos objectivos.

Em especial ao clero feminino, academia skill, o meu muito obrigado.

vi
“Ao atingir um determinado objectivo mantenha sempre, o
foco e tenha sempre fé, porque Deus sempre ajuda, quem se
ajuda e quer ser ajudado” (Beatriz 2022)
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para
todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3:1

vii
RESUMO

Em um mercado cada vez mais dinâmico onde as micros, pequenas, médias, e grandes
empresas buscam se consolidar, é exigido das organizações uma atenção redobrada com os
riscos aos quais estão expostos. Nesse sentido, muitas adoptaram ferramentas financeiras que
permitiram ao gestor uma visão geral da organização, integrando as informações como base
para tomadas de decisões. Este trabalho tem como objectivo demonstrar a importância das
Demonstrações dos Fluxos de Caixa no processo de tomada de decisão das empresas em
estudos. Particulariza-se o caso das Microempresas EdGabriel & Filhos Lda, Elfar & Filhos
Lda e BR Businesses-Comercial. A pesquisa foi de carácter exploratório e descritivo, de
natureza quantitativa e qualitativa. Na parte empírica deste estudo de caso aplicou-se um
questionário aos gestores, contabilistas e auxiliares administrativos das empresas estudada. Os
resultados revelam de maneira geral que as Demonstrações de Fluxos de Caixa têm um papel
muito importante no direcionamento organizacional, pois foi possível perceber que as suas
implicações são de caráter positivo no processo de tomada de decisão das empresas em
estudo, e também percebeu-se que a primeira e a segunda empresa têm conhecimento da
utilidade desta ferramenta, porém ela precisa ser aprimorada na terceira empresa.

Palavras-chave: Demonstração Financeira; Demonstração de Fluxo de Caixa; Processo de


Tomada de Decisão.
ABSTRACT

In an increasingly dynamic market where micro, small, medium and large companies seek to
consolidate themselves, organizations are required to pay increased attention to the risks to
which they are exposed. In this sense, many adopted financial tools that allowed the manager
an overview of the organization, integrating the information as a basis for decision making.
This work aims to demonstrate the importance of Cash Flow Statements in the decision-
making process of the companies under study. The case of Microenterprises EdGabriel &
Filhos Lda, Elfar & Filhos Lda and BR Businesses-Comercial is particularly noteworthy. The
research was exploratory and descriptive, with a quantitative and qualitative nature. In the
empirical part of this case study, a questionnaire is applied to the manager, accountant and
administrative assistant of the studied companies. The results generally reveal that the Cash
Flow Statements play a very important role in organizational direction, as it was possible to
perceive that their implications are positive in the decision-making process of the companies
under study, and it was also noticed that managers are aware of the usefulness of this tool, but
it needs to be improved by other managers.

Keywords: Financial Statement; Cash Flow Statement; Decision-Making Process.


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Gênero.................................................................................................................26

Gráfico 02 - Faixa Etária..........................................................................................................26

Gráfico 03 - Habilitações Literárias.........................................................................................27

Gráfico 04 - Tempo de Serviço na Função..............................................................................27

Gráfico 05 - Sector de Actividade............................................................................................28

Gráfico 06 - Disposição de uma Contabilidade Organizada....................................................28

Gráfico 07 - Utilização de Ferramenta de Controlo Financeiro...............................................29

Gráfico 08 - Formas de Tomadas de Decisão..........................................................................30

Gráfico 09 - Decisões Tomadas com o auxílio das Demonstrações de Fluxos de Caixa........31

Gráfico 10 - Com a D.F.C é Possível Prever de Algum Dano a S.F da Empresa....................32

Gráfico 11 - Alternativas para Resolução de Possíveis Danos com Auxílio das D.F.C..........33
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Utentes e as Necessidades de Informação................................................................5

Tabela 2 - Componentes da Informação Financeira..................................................................6


Tabela 3 - Posição Financeira....................................................................................................7
Tabela 4 - Componentes de Fluxos de Caixa.............................................................................8
Tabela 5 - Mapa de Fluxo de Caixa pelo Método Directo.......................................................14
Tabela 6 - Mapa de Fluxo de Caixa pelo Método Indirecto....................................................16
Tabela 7 - Caracterização da Empresa EdGabriel & Filhos, Lda............................................24
Tabela 8 - Caracterização da Empresa Elfar & Filhos, Lda.....................................................25
Tabela 9 - Caracterização da Empresa BR BUSINESSS-Comercial......................................25
Tabela 10 - Papel do F.C e a sua Influência nas Decisões Tomadas pelos gestores................31
Tabela 11 - Função da D.F.C e Benefícios proporcionados a empresa...................................32
Tabela 12 - Visão a Respeito da Demonstração de Fluxo de Caixa num Contexto Geral.......34
Tabela 13 - Proposta à Gestão das Empresas Estudadas.........................................................35
Tabela 14 - Ciclos Empresarias...............................................................................................35
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A.I.C.P.A - American Institute of Certified Public Accountants;

A.P.B -- Accounting Principles Board;

D.F.C – Demonstração de Fluxo de Caixa;

F.C – Fluxo de Caixa;

I.A.S.C - International Accounting Standard Comittee;

I.A.S.B – International Accounting Standards Board;

N.I.C -- Norma Internacional Contabilidade;

N.R.F – Norma de Relato Financeiro;

P.G.C – Plano Geral de Contabilidade;

S.F – Saúde Financeira.


ÍNDICE

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1

1. CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................4

1.1. Demonstrações Financeiras …………………………………………………………..4

1.1.1. Conceito e Revisão da Literatura.............................................................................4

1.1.2. Os Utentes e as Necessidades de Informação..........................................................4

1.1.3. Componentes das Demonstrações Financeiras........................................................5

1.1.4. Objectivos das Demonstrações Financeiras.............................................................6

1.2. A Demonstração dos Fluxos de Caixa…………………………………………....…..7

1.2.1. Conceito e Revisão da Literatura.............................................................................7

1.2.2. Gêneses das Demonstrações de Fluxos de Caixa.....................................................8

1.2.3. Objectivos da Demonstração de Fluxos de Caixa..................................................10

1.2.4. Fontes de Informação, Fases e Métodos de Projecção das D.F.C.........................12

1.2.5. Comparação entre o Método Directo e o Indirecto................................................17

1.2.6. Vantagens e Limitações das Demonstrações de Fluxos de Caixa.........................17

1.3. Processo de Tomada de Decisões ..………………………………………..………..18

1.3.1. Tipos de Decisões..................................................................................................19

1.3.2. Níveis de Decisão...................................................................................................20

2. CAPÍTULO II – ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO E RESULTADOS..............21

2.1. Tipos de Pesquisas ………………………………………………………………...21

2.2. Método e Técnicas de Recolhas de Dados …………………………………………22

2.3. População e Amostra ……………. ………………………………………………....23

2.4. Análise e Interpretação dos Resultados ………………………………………….....23

2.4.1. Caracterização das Empresas Estudadas................................................................24

2.4.2. Resultado do Questionário Aplicado.....................................................................25

2.4.3. Proposta à Gestão das Três Microempresas do Município de Moçâmedes...........34


CONCLUSÃO..........................................................................................................................36

SUGESTÕES............................................................................................................................38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................39

APÊNDICE 1............................................................................................................................41
INTRODUÇÃO

O actual contexto económico da globalização dos mercados é de acérrima competitividade,


com o destaque para as economias emergentes em Angola e não só, traz novos desafios à
gestão dos negócios, exigindo das empresas uma maior eficiência na gestão dos seus recursos
financeiros. Esta nova realidade económica, leva a que os responsáveis pela gestão
empresarial procurem informações de qualidade para a gestão e apoiem suas decisões em
informações consistentes, como factores determinantes para a sua sobrevivência e
continuidade no mercado em que actuam.

Segundo Sá (2004), estudar o fluxo de caixa é entender o processo de liquidez na empresa.


Fazendo a demonstração de fluxos de caixa, o empresário poderá analisar quais actividades
estão sendo rentáveis, e quais actividades estão impedindo o caixa a tornar-se líquido.

Para Assaf Neto (1997), o fluxo de caixa é de vital importância para a empresa, pois evidencia
o rumo financeiro da mesma. Para a sobrevivência no mercado a empresa deve liquidar
correctamente suas dívidas sem se tornar insuficiente. Pilão e Hummel (2003) salientam que o
fluxo de caixa é a relação de pagamentos e recebimentos que deverão ser honrados num
determinado período. Ross (2000, p.63), complementou afirmando que é a diferença entre a
quantidade de dinheiro que entrou no caixa daquela que dele saiu, e afirma que o fluxo de
caixa “talvez seja um dos mais importantes tópicos a respeito de informações que podem ser
extraídas de demonstrações financeiras”.

Desta forma, conhecendo-se as quantidades de entrada e saída de numerários da empresa,


torna-se mais fácil identificar excedente ou escassez de caixa e assim adoptar as medidas
saneadoras mais adequadas à situação. É importante que os profissionais de contabilidade
actuem de forma mais participativa na vida das empresas, dando o apoio necessário nas
decisões administrativas, através da disponibilização de informações contabilísticas e
financeiras de qualidade, contribuindo assim, para o seu bom desempenho e permanência
duradoura no mercado.

Partindo da importância atribuída ao fluxo de caixa, é fundamental que o gestor financeiro ou


até mesmo o contabilista, saiba gerir correctamente os recursos financeiros alocados na massa
patrimonial activa da empresa. Estas preocupações estão presentes em qualquer tipo de
empresas, sejam elas comercias, industriais ou de prestação de serviços, independentemente
do seu porte. E para melhor alinhavar o estudo foi formulada a seguinte pergunta de
investigação:

Quais as percepções que as empresas em estudo têm em relação as Demonstrações de


Fluxos de caixa no processo de Tomada de Decisão?

Para a realização do estudo partiu-se das seguintes hipóteses:

H0: As empresas em estudo têm uma percepção negativa “desconhecimento” sobre a


importância das Demonstrações de Fluxos de Caixa no processo de Tomada de Decisão.

H1: As empresas em estudo têm uma percepção positiva “conhecimento” sobre a importância
das Demonstrações de Fluxos de Caixa no processo de Tomada de Decisão.

Segundo Oliveira (1997), a informação é o produto da análise dos dados existentes na


empresa, devidamente organizados, classificados, registados, relacionados e interpretados
dentro de um contexto para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisões de forma
optimizada.

A escolha do presente tema justifica-se no sentido de que o Fluxo de Caixa representa uma
das ferramentas de gestão que para além de nos dar a conhecer o montante de capital
necessário para fazer face aos compromissos do dia-a-dia, é um precioso auxiliar na afectação
de recursos para suprimento do caixa e/ou investimentos, evitando-se assim, as insuficiências
ou deficit de caixa e os consequentes cortes nos créditos, suspensão de fornecimentos de
materiais e mercadorias, situações que inevitavelmente causam descontinuidade nas
operações da empresa e arrastam as empresas para situações complicadas.

De uma forma geral o estudo aqui apresentado tem o objectivo de demonstrar a importância
das Demonstrações de Fluxos de Caixa no processo de tomadas de decisões das empresas
em estudo.

Para o alcance do objectivo geral acima destacado, o estudo foi realizado considerando os
seguintes objectivos específicos:

1) Definir os conceitos chaves por via de uma revisão bibliográfica sobre o tema;
2) Descrever as vias de utilização dos fluxos de caixas evidenciando a importância da
mesma na obtenção de informações para tomada de decisão das empresas em estudos;
3) Apresentar de forma genérica proposta a gestão das empresas em estudos em relação à
forma como as decisões são tomadas tendo por base as demonstrações de fluxos de caixa.
O objecto considerado na presente pesquisa é “A Demonstração dos Fluxos de Caixa e suas
Implicações no Processo de Tomada de Decisões”.

Para a realização do presente trabalho fez-se recurso a diversos métodos/técnicas de pesquisa


com maior realce a revisão bibliográfica e o questionário como instrumento de colecta de
dados.

O presente trabalho está dividido em dois capítulos, Iº Capítulo que se refere a ao


enquadramento teórica, onde são abordados vários temas, desde as Demonstrações
Financeiras e seus componentes, a Demonstração de Fluxos de Caixa e por fim, o Processo de
Tomada de Decisões.

No IIº Capítulo são abordados, assuntos ligados a metodologia utilizada no trabalho,


tratamento de dados, procedendo assim ao estudo de caso as três microempresas do município
de Moçâmedes onde analisamos as implicações da Demonstrações de Fluxo de Caixa no
processo decisório e posteriormente com as análises e interpretações dos resultados obtidos,
culminando com a conclusão e as sugestões.
1. CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo aborda conceitos sobre Demonstrações Financeiras e a Demonstração de Fluxos


de Caixa na visão de vários autores, enfatizado o Processo de Tomada de Decisão, bem como
os tipos de Decisões que normalmente norteiam a organização.

1.1. Demonstrações Financeiras

1.1.1. Conceito e Revisão da Literatura

Segundo a Norma Internacional de Contabilidade (NIC), entende-se por demonstrações


financeiras a representação estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de
uma determinada entidade.

Demonstrações Financeiras são uma representação financeira esquematizada da


posição financeira e das transições de uma entidade. São, por essa razão, úteis, como
forma de proporcionar informação acerca da posição financeira, desempenho e
alterações na posição financeira de uma entidade a um vasto leque de utentes na
tomada de decisões económicas. (Plano Geral de Contabilidade, 2017, p. 17)

As demonstrações financeiras proporcionam informação acerca dos activos, passivos, capital


próprio, custos e proveitos e outras alterações do capital próprio e ainda acerca dos fluxos de
caixa. Estas informações, contidas em mapas como o balanço, a demonstração de resultados, a
demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa,
juntamente com informação contida nas notas, ajudam os utentes das demonstrações
financeiras a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e a sua tempestividade e o grau de
incerteza.

1.1.2. Os Utentes e as Necessidades de Informação

De acordo com o Plano geral de Contabilidade (2017), existem informações sobre as


entidades que são úteis para determinados utentes por permitirem avaliações e tomada de
decisões importantes.

Na tabela (1) abaixo é possível identificá-las:

Nível Externo

Utente Utilidade da informação

Avaliar o retorno do investimento.


Investidores Auxiliar na tomada de decisão (comprar, deter ou vender).
Determinar a capacidade da empresa de pagar dividendos.
Empregados Avaliar a capacidade da entidade de proporcionar emprego, remuneração e
benefícios de reforma.

Determinar a capacidade da entidade em solver, dentro do prazo, os


Financiadores
compromissos com eles assumidos: empréstimos e juros.

Determinar se as quantias que lhes são devidas serão pagas dentro do prazo.
Fornecedores e outros
credores Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso estejam
dependentes da entidade.

Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso hajam


Clientes assumido compromissos de longo prazo com a entidade ou dela estejam
dependentes.

Avaliar a capacidade de alocação de recursos.


Regulamentar a atividade das entidades.
Governo e seus
departamentos Estabelecer políticas de tributação.
Servir de base ao apuramento do Rendimento Nacional e estatísticas
semelhantes.

Ajudar a avaliar a utilidade da entidade em diversos níveis, como por exemplo


Público
a capacidade de emprego e desenvolvimento de negócio como cliente.
Nível Interno
Utente Utilidade da Informação

Auxiliar o cumprimento das suas responsabilidades de planeamento, tomada de


Gestão
decisões e controlo.

Tabela 1 - Utentes e as Necessidades de Informação


Fonte: Plano geral de Contabilidade (2017)
Segundo Almeida e Barros (2009), as Demonstrações Financeiras devem apresentar
apropriadamente a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa de uma
entidade. Elas retratam os efeitos das transacções e outros acontecimentos ao agrupá-los em
grandes classes de acordo com as suas características.

1.1.3. Componentes das Demonstrações Financeiras

Ainda com base as informações do Plano Geral de Contabilidade (2017), entende-se, assim,
por Demonstrações financeiras, o conjunto das componentes capazes de dar respostas às
necessidades de informação, para efeitos externos, a saber:

Informação Bases essenciais da prestação da informação.

Posição Financeira Balanço

Desempenho Demonstração de Resultados;


Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios;
Demonstrações de Fluxos de Caixa.
Tabela 2 - Componentes da Informação Financeira
Fonte: Plano geral de Contabilidade (2017)
“As componentes das Demonstrações financeiras atrás referidas inter-relacionam-se porque
reflectem diversos aspectos dos mesmos factos, razão pela qual é provável que nenhuma
componente responda por si só, de forma isolada, a cada uma das referidas necessidades,”
(Plano Geral de Contabilidade, 2017, p. 18).

Os elementos directamente relacionados com a mensuração da posição financeira no balanço


são os activos, os passivos e os capitais próprios. Os elementos directamente relacionados
com a mensuração do desempenho na demonstração dos resultados são os custos e proveitos.
A demonstração de alterações na posição financeira reflecte geralmente elementos da
demonstração dos resultados e as alterações de elementos do balanço.

1.1.4. Objectivos das Demonstrações Financeiras

Segundo Almeida e Barros (2009), o objectivo das demonstrações financeiras é o de


proporcionar informações acerca da posição financeira, do desempenho e das alterações na
posição financeira de uma entidade que seja útil a um vasto leque de utentes na tomada de
decisões.

Diante do Exposto, pode-se dizer que as Demonstrações financeiras, tem por objectivo a
disposição de informações a respeito da:

 Posição Financeira;
 Desempenho;
 Alterações na Posição Financeira.
 Posição Financeira

De acordo com o Plano geral de Contabilidade (2017), a Posição Financeira de uma entidade
é afectada pelos seguintes elementos:

Utilidade

Recursos económicos
Predição da capacidade da entidade em gerar caixa e equivalentes de caixa no
controlados e capacidade
futuro.
de modificar estes recursos.

Predição de futuras necessidades de empréstimos.


Predição de como os lucros futuros e fluxos de caixa serão distribuídos entre os
Estrutura financeira
que têm interesses na entidade.
Predizer o sucesso que a entidade terá como a obtenção de fundos adicionais.

Predizer a capacidade da entidade de satisfazer os seus compromissos


Liquidez e solvência
financeiros à medida que se vencem.
Tabela 3 - Posição Financeira
Fonte: Plano geral de Contabilidade (2017)

 Desempenho

Já na questão do desempenho, o Plano Geral de Contabilidade (2017), aponta que o


desempenho e a variabilidade do desempenho de uma entidade é útil para predizer:

 A capacidade da entidade em gerar fluxos de caixa a partir dos recursos básicos


existentes;
 As alterações potenciais nos recursos económicos que seja provável que ela controle
no futuro.
 Alterações na Posição financeira

O mesmo dispositivo legal (PGC, 2017), diz que as alterações na posição financeira de uma
entidade são úteis para:

 Avaliar as suas capacidades de investimentos, financiamento e operacionais durante


um período;
 Determinar a capacidade de uma entidade de gerar dinheiro e equivalentes e as
necessidades de utilização desses fluxos no futuro.

1.2. A Demonstração dos Fluxos de Caixa

1.2.1. Conceito e Revisão da Literatura

Matarazzo (1995), refere que a D.F.C é uma das demonstrações financeiras mais úteis e de
uso imprescindível, pelo facto de que, quase sempre, os problemas de insolvência de uma
empresa ocorrem por falta de uma adequada gestão dos seus fluxos de caixa.

Segundo Borges e Rodrigues (2008), a demonstração de fluxos de caixa é um quadro de


informação histórica detalhada que evidencia os recebimentos e os pagamentos de uma
empresa durante um determinado período de tempo. Trata-se de um quadro que visa
responder a uma questão simples, mas que preocupa muitos empresários que é saber de onde
veio o dinheiro e onde foi aplicado.

De acordo com o Plano Geral de Contabilidade (2017) “A Demonstração de Fluxos de Caixa


é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar como foi gerado e utilizado o
dinheiro no período em análise,” (p. 25).

Matarazzo (1995), defende que muitas empresas vão à falência por não saberem administrar o
seu fluxo de caixa, daí que o sucesso, o crescimento e a sobrevivência de uma entidade
depende da sua capacidade para gerar fluxos de caixa ou obter os recursos financeiros
necessários ao desenvolvimento da sua actividade.

Tendo em atenção o Plano Geral de Contabilidade (2017), por forma a evidenciar como foi
gerado e utilizado o dinheiro no período em análise a Demonstração de fluxos de caixa
mostra, por actividades:

 As fontes de caixa e equivalentes de caixa a que a empresa teve acesso durante um


determinado período de tempo;
 Destinos que foi dado a tais fontes.

Conforme a tabela abaixo, a Demonstração de Fluxos de Caixa tem as seguintes


componentes:

Fluxos resultantes das principais actividades geradoras de


Fluxos resultantes das actividades operacionais; proveitos da entidade e de outras actividades que não
sejam de investimento ou de financiamento.

Fluxos resultantes da aquisição e alienação de activos a


Fluxos resultantes das actividades de
longo prazo e de outros investimentos não incluídos em
investimentos;
equivalentes de caixa.

Fluxos resultantes das actividades que têm como


Fluxos resultantes das actividades de
consequência alterações na dimensão e composição do
financiamento.
capital próprio e nos empréstimos pedidos pela entidade.

Tabela 4 - Componentes de Fluxos de Caixa


Fonte: Plano geral de Contabilidade (2017)
A D.F.C como peça contabilística permite a Administração verificar a consistência dos planos
projectados e estimar as exigências financeiras da entidade. Também em conjunto com as
restantes demonstrações financeiras permite melhorar o conhecimento das variações ocorridas
na estrutura financeira, no que diz respeito a capacidade de gerar meios financeiros para
satisfazer os compromissos em tempo útil (Caiado & Gil, 2004).

Sintetizando as ideias dos autores referenciados, é importante destacar que a Demonstração de


Fluxos de Caixa é de vital importância para a eficácia administrativa das empresas,
independentemente da sua dimensão.

1.2.2. Gêneses das Demonstrações de Fluxos de Caixa

Com o desenvolvimento da contabilidade, operado na segunda metade do século XIX e nas


primeiras décadas do século XX, a 1cash basis veio a ser substituída pela 2accrual basis no
apuramento do resultado. A determinação deste, para além do apuramento das vendas e dos
1
Cash basis: termo inglês que significa óptica de caixa
2
Accrual basis: termo inglês que significa óptica de acréscimo
consumos, suscitava a necessidade de efectuar determinadas periodizações de gastos e
rendimentos (Caiado & Gil, 2004).

O movimento da harmonização contabilística, que, entretanto, ocorreu, muito contribuiu para


a divulgação da perspectiva do acréscimo no cálculo do resultado de cada exercício. Além
disso deve-se salientar que, na referida perspectiva do resultado, o excedente de caixa do
exercício constitui uma grandeza real, mais objectiva e mais facilmente identificável. Por isso,
os gestores são naturalmente mais receptivos e mais sensíveis a um “resultado” que esteja
expresso como excedente líquido, em contraste com o excedente económico que aparece
diluído pelos elementos patrimoniais sem uma identificação definida (Caiado & Gil, 2004).

Por outro lado, os fluxos de caixa constituem grandezas relevantes nos processos de análise
do investimento e do financiamento, bem como na avaliação de empresas.

Até a II Grande Guerra, a demonstração de fluxos de caixa não foi considerada relevante para
os gestores e analistas financeiros (Caiado & Gil, 2004). Nas décadas posteriores, começou a
surgir num número crescente de relatórios anuais das empresas em que se notava falta de
uniformidade na terminologia, no âmbito e no formato. A informação então divulgada cingia-
se a comparação da situação financeira de um balanço para outro, não se explicitando as
divergências entre os resultados constantes dos documentos de prestação de contas e os
fundos disponíveis para a distribuição de dividendos, pagamentos de dívidas e aquisição de
activos fixos.

Considerando a ausência destas informações nas contas, o “American Institute of Certified


Public Accountants (A.I.C.P.A)” publicou, em 1961, um estudo de pesquisa contabilística
intitulado “Análise dos Fluxos de caixa e o Mapa de Origens e Aplicações de Fundos”, da
autoria do “Accounting Principles Board (A.P.B)”, instituição igualmente americana (Caiado
& Gil, 2004). A publicação não obrigatória deste mapa ganhou popularidade até 1971, ano em
que o A.P.B publicou a opinião nº19 em que considerava que um mapa financeiro devia ser
divulgado para preencher as lacunas entre o balanço, a demonstração de resultados e a
aplicação de resultados.

Em 1980, aumentou o interesse do mapa em causa, designadamente na importância em


divulgar os fluxos de caixa aos destinatários dos documentos de prestação de contas face ás
suas expectativas. A clareza e a utilidade desta informação, aliadas à comparabilidade dos
documentos, foram determinantes para que o “Financial Accunting Standar Board (FASB)”
elaborasse um memorando em que resumia a importância dos fluxos e a liquidez financeira
(Caiado & Gil, 2004).
A referida falta de comparabilidade entre os documentos de prestação de contas de várias
empresas, acrescida do reconhecimento da importância das informações referentes aos fluxos
de caixa, levaram FASB a aprovar, em 1987, a norma 95 – “Demonstração de Fluxos de
Caixa” que revogou a citada opinião nº19 (Caiado & Gil, 2004).

Contudo a norma nº 95 exige que uma empresa, para além de elaborar um conjunto de
documentos de prestação de contas em que divulgue não apenas a respectiva situação
financeira, mas também os resultados das suas operações, deve igualmente elaborar uma
demonstração dos fluxos de caixa para cada período em que traduza, em unidades monetárias,
os resultados das operações. Esta exigência aplica-se a todas as empresas, incluindo
instituições financeiras e pequenas empresas. O “International Accounting Standard Comittee
(IASC)” (actualmente substituído pelo IASB – International Accounting Standards Board),
aprovou, entretanto, a Norma Internacional de Contabilidade nº 7, intitulada “Statement of
Changes in Finacial Position”, que foi revista e substituída em outubro de 1992 pela
demonstração dos fluxos de caixa, passando a vigorar a partir de 1 de janeiro de 1994.

Ao nível dos países da União Europeia o interesse por esta demonstração vem aumentando,
havendo vários países membros que desenvolveram estudos neste sentido. No seguimento das
respostas do inquérito distribuído em meados de 1993, o Fórum Consultivo da Contabilidade
decidiu criar um grupo de trabalho com o objectivo de preparar um documento entretanto
aprovado e eventualmente recomendado pela União aos países membros (Caiado & Gil,
2004).

O documento de trabalho elaborado pelo grupo foi intitulado “cash flow statements” e foi
objecto de discussão pelos membros do Fórum nas reuniões, entretanto havidas. Contudo, não
foi fácil obter consensos nesta matéria que fez repensar certas ópticas contabilísticas
amplamente praticadas e divulgadas nos países europeus (Caiado & Gil, 2004).

Por outro lado, a demonstração dos fluxos de caixa veio dar um passo importante na
divulgação objectiva do mapa da demonstração de origem e aplicação de fundos como um
meio de reconciliar as alterações das rubricas do balanço de um momento para outro.

1.2.3. Objectivos da Demonstração de Fluxos de Caixa

Segundo a Norma Internacional Contabilidade (N.I.C nº 07), o objectivo da D.F.C é de


proporcionar aos utentes da informação financeira, uma base para determinar a capacidade da
empresa para gerar dinheiro e equivalentes e determinar as necessidades da empresa de
utilizar esses fluxos, em tempo útil.
De acordo com Almeida e Barros (2009), a D.F.C tem como objectivo relatar os fluxos de
caixa do período, classificando-os quanto ao seu destino ou origem por tipo de actividades:
operacionais, de investimento e de financiamento, proporcionando assim informação que
permite determinar o impacto dessas actividades na posição financeira da entidade e nas
quantidades de caixa e seus equivalentes.

Um outro objectivo importante do mapa de fluxo de caixa é proporcionar aos utentes da


informação financeira uma análise criteriosa do desempenho do fluxo financeiro da empresa,
pois só assim o gestor poderá aferir os resultados, visualizar deficiências e evitar eventuais
desajustes, logo, conduzir a uma melhor tomada de decisão. Por isso, com a utilização da
Demonstração de Fluxos de Caixa, o usuário dessa demonstração tem uma visão de
planeamento, de tomada de decisão e cede ao gestor a capacidade em lidar com muitas acções
respeitantes ao caixa.

A D.F.C tem como finalidade apresentar a informação relativamente as alterações da posição


financeira e do desempenho no que concerne as actividades realizadas pela entidade. A partir
da D.F.C os responsáveis pelo planeamento financeiro poderão obter dados relevantes que
auxiliem a previsão, o controle, o registo de entradas e saídas de recursos financeiros durante
um determinado período, uma vez que contém informações sobre a vida financeira da
empresa. Ainda, esta demonstração tem como finalidade as informações sobre o estado de
liquidez da empresa; a forma como utilizar seus recursos por um determinado período; se há
capacidade da empresa aplicar recursos e/ou se há necessidade de financiamento. (Caiado &
Gil 2004)

Em síntese pode-se dizer que a D.F.C revela as seguintes informações:

 As actividades operacionais, de investimento e de financiamento;


 A capacidade para gerar caixa e equivalentes de caixa;
 A necessidade de utilizar os fluxos de caixa.

Através da D.F.C, e com base em dados históricos a empresa poderá saber antecipadamente
(no início de um período) o que ela terá de necessidade ou de excedentes de recursos
financeiros, podendo assim optar pelas decisões mais adequadas para solucionar seus
impasses. A sua adopção instrumento financeiro, proporciona a empresa:

 Um auto-planeamento com a utilização de dados históricos/estatísticos;


 Uma visão de curto e médio prazo sobre o seu desempenho;
 Um planeamento de investimentos, quando os dados num determinado intervalo de
tempo, apresentarem índices de crescimento acentuado;
 Capacidade de tomada de decisão rápidas, fundamentadas ao deparar com dificuldades
financeiras.

1.2.4. Fontes de Informação, Fases e Métodos de Projecção das D.F.C

Segundo Caiado e Gil (2004), a preparação da Demonstração de Fluxos de Caixa provem de


Três fontes de informação, a saber:

 Balanços comparativos: as informações destes documentos indicam o montante das


variações nas rubricas do activo, do passivo e do capital próprio do início para o final
do período;
 Demonstração dos resultados: as informações deste documento ajudam a determinar
o montante de caixa originado ou a ser utilizado pelas operações durante o período;
 Alguns dados complementares: os dados selecionados são obtidos das contas do
razão e fornecem as informações adicionais detalhadas que são necessárias para
determinar como o caixa e equivalentes foi provisionada ou utilizada durante o
período.

Para os mesmos autores (Caiado & Gil, 2004), a preparação da demonstração de fluxos de
caixa deverá compreender as seguintes fases:

 Determinação da variação de caixa: a diferença entre caixa do balanço inicial e final


pode ser imediatamente calculada a partir da comparação de balanços;
 Determinação dos fluxos de caixa das operações: envolve análise da demonstração
de resultados do período e dos balanços comparativos, bem como a análise de alguns
dados das operações;
 Demonstração dos fluxos de caixa das actividades de investimento e
financiamento: análise de todas as outras variações das contas do Balanço, para
determinar o correspondente efeito em caixa.

De acordo com o Plano Geral de Contabilidade (PGC, 2017), a Demonstração de fluxos de


caixa deve ser elaborado pelo método directo, ou pelo método indirecto.

Carreira (2017) afirma que:

Metodologicamente, existem duas vertentes da Demonstração de Fluxos de Caixa:


Método directo: que se apoia em registos contabilísticos específicos para cada uma
das transacções de entrada e saída de dinheiro [...];

Método indirecto: onde o apuramento dos fluxos de caixa é efectuado a partir da


Demonstração de Resultados e das diferenças de saldos de determinadas rubricas do
balanço [...]. (p. 17)

 Método Directo

Segundo Caiado e Gil (2004), o método directo permite a divulgação dos componentes de
fluxos de caixa dos recebimentos e pagamentos em termos brutos.

Só é possível apresentar a Demonstração de Fluxos de Caixa por este método tendo em


atenção dois aspectos:

 A partir dos registos contabilísticos da entidade;


 Pelo ajustamento das vendas, custos das vendas e outros itens da demonstração dos
resultados relativamente a:

a) Alterações, durante o período, em inventários e em contas a receber e a pagar,


relacionadas com a actividade operacional;

b) Outros itens que não sejam de caixa;

c) Outros itens pelos quais os efeitos de caixa sejam fluxos de caixa de


investimento ou financiamento.

Na Tabela abaixo é possível encontrar o modelo do mapa de fluxos de caixa pelo método
directo conforme estabelecido no P.G.C.

Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1
Fluxos de caixa das actividades operacionais:
Recebimento (de caixa) de clientes
Pagamentos (de caixa) a fornecedores e empregados
Caixa gerada pelas operações:
Juros pagos:
………………………………………………………………………
Impostos s/os lucros pagos
Fluxos de caixa antes de rubrica extraordinária:
………………………………………………………………………
Caixa líquida provenientes das actividades operacionais
Fluxo de caixa das actividades de investimentos:
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos Financeiros
Subsídios a investimentos
Juros e proveitos similares
Dividendos ou lucros recebidos
………………………………………………………………………
Pagamentos respeitantes a:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos financeiros
………………………………………………………………………

Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária:
………………………………………………………………………
Caixa líquida usada nas actividades de investimento
Fluxo de caixa das actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
A. De C. Prest. Supleme. E Vendas da Acç. Ou Quotas Próprias
Cobertura de prejuízos
Empréstimos obtidos
Amortização de contratos de locação financeiras
Juros e custos similares pagos
………………………………………………………………………

Fluxo de caixa antes da rubrica extraordinária:
………………………………………………………………………

Caixa líquida usada nas actividades de financiamento
Aumento líquido de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
Tabela 5 - Mapa de Fluxo de Caixa pelo Método Directo
Fonte: Plano geral de Contabilidade (2017)

 Método Indirecto

Segundo Santos (2004), o método indirecto é aquele em que o resultado líquido é ajustado de
modo a excluírem-se os efeitos de transacções que não sejam dinheiro, acréscimos e
diferimentos relacionados com recebimentos e pagamentos passados ou futuros e contas de
gastos ou rendimentos relacionados com fluxos de caixa respeitantes às actividades de
investimento ou de financiamento.

Neste método, o fluxo de caixa líquido das actividades operacionais é determinado pelo
ajustamento dos resultados relativamente aos efeitos de:

a) Alterações, durante o período, em inventário e em contas a receber e a pagar,


relacionadas com a actividade operacional;
b) Itens que não sejam de caixa tais como depreciações, ajustamentos, provisões,
impostos diferidos, ganhos não realizados de moeda estrangeira, lucros de associados não
distribuídos e interesses minoritários;

c) Todos os outros itens quando aos efeitos de caixa sejam fluxos de caixa de
investimento ou de financiamento.

Na Tabela abaixo é possível encontrar o modelo do mapa de fluxos de caixa pelo método
indirecto conforme estabelecido no P.G.C. a saber:

Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1
Fluxos de caixa das actividades operacionais:
Resultado Líquido antes dos impostos e das rubricas extraordinárias
Ajustamentos:
Depreciações
Amortizações
Ganhos na alienação de imobilizações
.
.
.

Resultado Operacionais antes das alterações do capital


circulante:
Aumento das existências
Diminuição das existências
Aumento das dívidas de terceiros operacionais
Diminuição das dívidas de terceiros operacionais
.
.
.

Caixa gerada proveniente das operações


Juros Pagos
Impostos s/os lucros pagos
Fluxos de caixa antes dos resultados extraordinários:

Caixa líquida proveniente das actividades operacionais


Fluxo de caixa das actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos Financeiros
Subsídios a investimentos
Juros e proveitos similares
Dividendos ou lucros recebidos
Pagamentos respeitantes a:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos financeiros

Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária:

Caixa líquida usada nas actividades de investimento

Fluxo de caixa das actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:


Aumentos de capital, Prest. Suplem. E próprios de emissão
Vendas de acções ou quotas próprias
Cobertura de prejuízos
Empréstimos obtidos
Subsídios à exploração e doações

Pagamentos respeitantes a:
Reduções de capital e prest. Suplementar
Compras de acções ou quotas próprias
Dividendos ou lucros pagos
Empréstimos obtidos

Fluxos de caixa antes de rubricas extraordinária:

Caixa líquida usada nas actividades de financiamento


Aumento líquido de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
Tabela 6 - Mapa de Fluxo de Caixa pelo Método Indirecto
Fonte: Plano geral de Contabilidade (2017)

Apresentados estes dois métodos de elaboração da demonstração de fluxos de caixa, há que


referir que a informação contabilística deve relatar a D.F.C utilizando apenas um dos dois
métodos citados anteriormente. A N.R.F nº 2 incentivam as entidades a privilegiar o método
directo para o relato dos fluxos de caixa de actividades operacionais, pois este método
proporciona informação que pode ser útil na estimativa de fluxos de caixa futuros e que não é
disponibilizado pelo método indirecto.

1.2.5. Comparação entre o Método Directo e o Indirecto


O formato dos fluxos operacionais diverge tratando-se da aplicação do método directo ou
indirecto. No método directo cada rubrica da demonstração de resultados é ajustada para uma
análise baseada nos fluxos monetários. No método indirecto procede-se a estes ajustamentos
face ao resultado líquido e não por cada item da demonstração dos resultados. Ambos os
métodos eliminam os efeitos de itens que não geram fluxos de caixa, tais como as
amortizações e depreciações bem como as perdas e ganhos em alienação de investimentos
fixos.

Segundo Campos Filho (1997, p.41) “a diferença, na elaboração da DFC, entre método
directo e indirecto encontra-se apenas nos grupos das actividades operacionais”.

A DFC, quando elaborada pelo método directo apresenta dentro do grupo das actividades
operacionais, primeiro o valor referente a receita pela venda de mercadoria e serviços, para,
em seguida subtrair destes os valores equivalentes ao pagamento de fornecedores, salários e
encargos sociais dos funcionários bem como os impostos e outras despesas legais.

O maior inconveniente no método indirecto respeita à dificuldade do utilizador em


compreender a informação apresentada. Este método não apresenta os recebimentos por
origem nem os pagamentos efectuados. Apenas os ajustamentos são indicados e estes podem
ser confusos.

Embora a elaboração da D.F.C pelo método directo através do ajustamento de rubricas seja
um pouco mais complexo do que pelo método indirecto, este mostra o montante de fundos
obtidos e utilizados nas actividades operacionais em vez de apresentar os resultados e “itens”
de reconciliação. O método directo divulga apenas itens que afectaram os meios financeiros e
ignora os restantes.

1.2.6. Vantagens e Limitações das Demonstrações de Fluxos de Caixa

Neste ponto serão enumeradas algumas vantagens e limitações da Demonstração dos Fluxos
de Caixa.

 Vantagens

Segundo Barata (1999), a Demonstração de Fluxos de Caixa apresenta as seguintes vantagens:

1. Neutralidade, pois é indiferente das políticas contabilísticas de qualquer empresa


sendo, por isso, o documento por excelência para comparar com outras empresas;
2. Fornece os elementos de cada um dos ciclos permitindo mais fácil adaptação à
conjuntura;
3. Permite conhecer melhor as variações na estrutura financeira.
 Limitações

Segundo Barata (1999), apesar de as vantagens ultrapassarem os inconvenientes na


Demonstração dos Fluxos de Caixa, tem que ter sempre em consideração as possíveis
limitações desta, referindo alguns aspectos a reter:

1. Não aborda aspectos que podem influenciar a vertente financeira, como por exemplo,
as depreciações/amortizações, as provisões, os ajustamentos, as imparidades e os
lucros;
2. Apesar de dar mais informações, não deixam de ser mais limitadas (tal como tipologia
e características dos financiamentos);
3. Omissão de rubricas dificilmente mensuráveis (tais como, activos e passivos
contingentes).

1.3. Processo de Tomada de Decisões

O processo de tomada de decisões reflecte a essência do conceito de Administração.


Administrar é decidir, pois a continuidade de qualquer negócio depende da qualidade das
decisões tomadas por seus administradores nos vários níveis organizacionais. E estas
decisões, por sua vez, são tomadas com os dados e as informações visualizados pela
contabilidade, levantados pelo comportamento do mercado e desempenho interno da entidade.

Chiavenato (2003) refere que a decisão é o processo de análise e escolha, entre várias
alternativas disponíveis, do curso de acção que a pessoa deverá seguir, e que existem, no
mínimo, seis elementos comuns a toda decisão:

1. Tomador de decisão - é a pessoa que faz a escolha ou opção entre várias


alternativas de acção;

2. Objectivos - são os objectivos que o tomador de decisão pretende alcançar com


suas acções;

3. Preferência - são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha;

4. Estratégia - é o custo de acção que o tomador de decisão escolhe para melhor


atingir os objectivos. Depende dos recursos de que pode dispor;

5. Situação - são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, muitos


dos quais fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afectam sua escolha;

6. Resultado - é a consequência resultante de uma dada estratégia.


Segundo Chiavenato (2003) o tomador de decisão está inserido numa situação, pretende
alcançar objectivos, tem preferências pessoais e segue estratégias (cursos de acção) para
alcançar resultados. A decisão envolve uma opção. Há sempre um processo de selecção, isto
é, de escolha de alternativas.

O processo de selecção pode ser uma acção reflexa condicionada ou produto de raciocínio,
planeamento ou projecção para o futuro. Todo o curso de acção é orientado no sentido de um
objectivo a ser alcançado e segue uma racionalidade. O tomador de decisão escolhe uma
alternativa entre outras. Se escolher os meios apropriados para alcançar um determinado
objectivo, sua decisão é racional (Chiavenato, 2003).

1.3.1. Tipos de Decisões

Segundo Schrickel (1997), qualquer que seja a natureza de sua actividade operacional, uma
entidade é avaliada pela tomada de duas grandes decisões:

1. Decisão de investimento – aplicação de recursos;

2. Decisão de financiamento – captação de recursos.

Estas decisões são tomadas pelas entidades de forma contínua e inevitável. As decisões de
investimento envolvem todo o processo de identificação, avaliação e selecção das alternativas
de aplicações de recursos, conforme identificadas nos activos. As decisões de financiamento,
por seu lado, envolvem a definição da natureza dos fundos aplicados, ou seja, a estrutura das
fontes de capital demandadas pelas decisões de investimento.

Caravantes, Pano e Kloecker (2005), referem que todas as decisões são tomadas sob uma das
três condições:

1. Certeza: a tomada de decisão sob uma condição de certeza ocorre quando o gestor
sabe exactamente quais são as alternativas e que cada alternativa está garantida. Ou
seja, ele sabe que se a alternativa 1 for escolhida, resultará em certos resultados. Na
realidade, é claro que os gestores se deparam com poucas situações dessa natureza;

2. Risco: sob uma condição de risco, o gestor tem um entendimento básico das opções
disponíveis e pode estimar com certo grau de confiança as probabilidades associadas a
cada alternativa. Ou seja, certo elemento de risco é associado a cada resultado. A
tomada de decisões sob condições de risco ocorre frequentemente, e o essencial para
tomar decisões eficazes nessas circunstâncias é estimar correctamente as
probabilidades;
3. Incerteza: a condição mais comum que os gestores devem confrontar é a incerteza.
Nesse caso, não somente as probabilidades são difíceis de avaliar, mas a lista de
alternativas disponíveis também. Ou seja, o gestor provavelmente não será capaz de
identificar todas as alternativas possíveis que devem ser consideradas.

1.3.2. Níveis de Decisão

De acordo com Neves (2006), uma decisão económico-financeira baseada numa análise da
D.F.C só se justifica se, ao diagnosticar um ou vários problemas, for possível identificar com
clareza potenciais decisões a serem tomadas, de forma a provocar mudanças, e estas decisões
podem ser tomadas em três níveis:

1. Estratégicos – são decisões normalmente de médio e longo prazo que movem todos
os recursos de uma entidade. Em termos financeiros, corresponde ás decisões de
investimento e de financiamento a médio e longo prazo;

2. Operacionais – dizem respeito a actividade corrente, tais como o aprovisionamento,


fabricação e a comercialização, correspondendo ao volume de clientes, existências e
fornecedores;

3. Decisões de tesouraria – correspondem, ás decisões de financiamento de curto prazo,


de forma a que a entidade mantenha a curto prazo um nível mínimo de liquidez.

Se por um lado, a análise de fluxos permitir distinguir quais o fluxo resultante das decisões
financeiras, por outro lado, dá uma visão dos sucessivos saldos de caixa ao longo dos diversos
ciclos financeiros, contribuindo para uma informação mais apropriada à gestão e ao seu
controlo (Neves, 2006).

2. CAPÍTULO II – ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO E RESULTADOS

Para a concretização dos objectivos desta investigação científica foram utilizados métodos e
técnicas de pesquisas que são mencionadas ao desenrolar deste trabalho científico.

Para Gil (2009) a Pesquisa é o “procedimento racional e sistemático que tem como objectivo
proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um
processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e
discussão dos resultados,” (p. 17).

Minayo (2007) define metodologia de forma abrangente:

a) - Como a discussão epistemológica sobre o “caminho do pensamento” que o tema


ou o objecto de investigação requer; b) como a apresentação adequada e justificada
dos métodos, técnicas e dos instrumentos operativos que devem ser utilizados para as
buscas relativas às indagações da investigação; c) e como a “criatividade do
pesquisador”, ou seja, a sua marca pessoal e específica na forma de articular teoria,
métodos, achados experimentais, observacionais ou de qualquer outro tipo específico
de resposta às indagações específicas. (p. 44)

2.1. Tipos de Pesquisas

Quanto a Natureza, adoptou-se a pesquisa aplicada, pelo facto de tratar-se de uma temática
conjuntural que tem sua aplicabilidade irrefutável. Para Kauark et. al., (2010, p. 26) a
pesquisa aplicada “objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigida à solução de
problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”.

Quanto a abordagem, adoptou-se a pesquisa de modelo misto, que segundo Creswell (2007), é
uma abordagem de investigação que combina ou associa os modelos qualitativos e
quantitativos de pesquisa.

Fonseca (2002) afirma que:

a pesquisa qualitativa e quantitativa se definem a partir da abordagem do problema


formulado, visando à checagem das causas atribuidas a ele. A pesquisa qualitativa é
traduzida por aquilo que não pode ser mensurável, pois a realidade e o sujeito são
elementos indissociáveis. Assim sendo, quando se trata do sujeito, levam-se em
consideração seus traços subjectivos e suas particularidades. Tais pormenores não
podem ser traduzidos em números quantificáveis. A pesquisa quantitativa é
comummente utilizada na colecta de grandes quantidades de dados, extraídos de um
grande número de pessoas, sejam colectadas e analisadas. Então ela é uma boa opção
quando se busca trabalhar com pesquisa de grande escala. (p. 45)

Meyrs (2009), considera que um dos benefícios principais da pesquisa qualitativa é permitir
que se observe e que se compreenda o contexto em que se tomam certas decisões e posições.
“Esta metodologia regista, analisa, classifica, explica, interpreta e descreve os factos.
Descreve as características de determinada população ou fenómeno, estabelecendo relações
entre variáveis,” (Gil, 2008, p. 125).

Quanto aos objectivos, adoptou-se a pesquisa exploratória e descritiva, pois este tipo de
pesquisa permite compreender o objecto em causa no terreno, através do contacto com
situações reais e actuais. Para Gil (1991), a pesquisa exploratória permite criar maior
familiarismo com o problema, tornando-o explícito, ou à construção de hipóteses.

Já para Feixo (2011), a pesquisa descritiva busca identificar quais as situações, eventos,
atitudes ou opiniões que estão manifestos em uma população.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, adoptou-se a pesquisa bibliográfica e


documental, tendo em atenção que a pesquisa bibliográfica permitirá comparar conhecimentos
de diversos autores para obtenção de uma visão mais arrojada sobre a temática em estudo.
Segundo Gil (1991), é aquela pesquisa elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos periódicos e, actualmente, material disponibilizado na
Internet.

Já a pesquisa documental, para Gil (1991), é aquela elaborada a partir de materiais que não
receberam ainda tratamento analítico. Está pesquisa será utilizada na recolha de informação
contida em diversos documentos cedidos para o efeito.

2.2. Método e Técnicas de Recolhas de Dados

Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 92) “a colecta de dados é a etapa da pesquisa em que se
inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas seleccionadas, a fim de se
efectuar a colecta dos dados previstos”.

Com o intuito de analisar as Demonstrações de Fluxos de Caixa e suas Implicações no


Processo de Tomada de Decisões, foi feito um inquérito a três Microempresas, a saber:
EdGABRIEL & FILHOS, Lda, Elfar & Filhos, Lda e BR BUSINESS-Comercial, todas
pertencentes a província do Namibe município de Moçâmedes. Os dados foram colectados
através de um questionário estruturado composto por 20 questões.

Conforme Cervo e Bervian (2003), o questionário é um meio utilizado para colectar dados e
através de sua aplicação é possível extrair informações necessárias. Rapazzo (2005) destaca
que a utilização do questionário, permite que o pesquisador obtenha informações mais
concisas do ambiente estudado, o que torna a análise mais clara e eficiente. Porém, para que
as informações obtidas no questionário não se tornem corrompidas, este deve seguir alguns
passos.

Consta no questionário perguntas fechadas e abertas, o mesmo está dividido por dois grupos,
que são: Iº Grupo relacionado com as Informações socio-demográficas dos inqueridos e o IIº
Grupo que nomenclaturamos por Desenvolvimento, onde foi possível colocar as questões
chaves “para aferir se a empresa dispõe de uma contabilidade organizada; Compreender
qual a opinião dos inqueridos a respeito das Demonstrações de Fluxo de Caixa e quais os
benefícios que a mesma proporciona para a empresa; Perceber de que forma as decisões são
tomadas na empresa e sobre quais bases e por último Entender quais os impactos das
Demonstrações de Fluxos de caixa no processo Decisório”, que tornaram possível está
investigação.

No Apêndice (1) é possível encontrar o modelo de questionário por nós utilizado.

2.3. População e Amostra

Para Freixo (2011, p. 282) a população é o “conjunto de todos os sujeitos ou outros elementos
de um grupo bem definido tendo em comum uma ou várias características semelhantes e
sobre o qual assenta a investigação”. A amostra é o “conjunto de sujeitos retirados de uma
população,” (Freixo, 2011, p. 269).

A população do estudo corresponde a três (3) Microempresas de Comércio Geral e Prestação


de Serviços do município de Moçâmedes-Namibe. A amostra baseou-se na forma em que para
cada Empresa seleccionou-se um (1) indivíduo de acordo com a necessidade de informação
pretendida, ou seja, seleccionou-se funcionários que têm ligações directas com a contabilidade
empresarial e/ou os utentes da gestão, isto é, os que tomam as decisões na empresa. Para
presente investigação os respondentes foram, um (1) Gestor, (1) Contabilista e um Auxiliar
Administrativo.

2.4. Análise e Interpretação dos Resultados

O mercado empresarial do Namibe é um mercado ainda por se explorar, sendo certo que cada
vez mais se assiste à entrada de novas empresas na região. Os seguimentos empresariais mais
explorados são os da exploração Mineira, da indústria pesqueira, prestação de serviços bem
como o comércio a Grosso e a retalio de bens diversos por lojas e alguns supermercados.

A presente investigação foi feita em três Microempresas do município de Moçâmedes –


Namibe, que actuam nas áreas de comércio e prestação de serviços. Com maior interesse de
aprofundar o conhecimento a respeito das Demonstrações de Fluxos de Caixa e suas
Implicações no processo de Tomada de Decisões, segue-se a caracterização das empresas
estudadas.

2.4.1. Caracterização das Empresas Estudadas

1º - Empresa - EdGABRIEL & FILHOS, Lda é uma Microempresa com sede em Moçâmedes-
Namibe, que actua em diversas áreas como: Comércio Geral, Promoção de Eventos, Prestação de Serviços
e Hotelaria & Turismo.

Oferecer as melhores soluções na prestação dos diversos serviços, com excelência na


Missão: qualidade e no padrão de atendimento, garantindo a solidez nos negócios e a necessária
segurança par clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros.

Visão: Ser conhecida no mercado pela competência, integridade e valor agregado na entrega dos
serviços contratados e pela confiabilidade das suas acções.

Dentre os valores e princípios que regem, o que mais nos distingue é que nos importamos
Valores: muito em como fazemos negócio, assim, consideramos essenciais o Respeito e a Ética em
cada momento de relacionamento com os nossos clientes, fornecedores, colaboradores e
parceiros.

Tabela 7 - Caracterização da Empresa EdGabriel & Filhos, Lda.


Fonte: Resultado Atrelado ao Material Cedido
A seguir, é possível observar e ter uma noção média referente a caracterização da 2ª Empresa
conforme a tabela 08, abaixo:

2ª Empresa - Elfar & Filhos, Lda é uma Microempresa com sede em Moçâmedes-Namibe, que actua
áreas como: Comércio Geral e Prestação de Serviços.

construir uma organização capaz de atrair, desenvolver e reter pessoas excecionais, que
Missão: prestam um serviço de primazia na promoção de saúde, bem-estar e beleza e no combate da
doença.

Ser referência de excelência em medicamentos não sujeitos a receita médica, produtos de


Visão: saúde e bem-estar e dermocosmética. Criar valor e marcar a diferença de forma positiva na
vida das pessoas

Valores: Valorização e Respeito, Responsabilidade Social, Honestidade e Transparência

Tabela 8 - Caracterização da Empresa Elfar & Filhos, Lda.


Fonte: Resultado Atrelado ao Material Cedido
Por fim, é possível também observar e ter uma noção média referente a caracterização da 3ª
Empresa conforme a tabela 09, abaixo:
3ª Empresa - BR BUSINESS-Comercial é uma Microempresa com sede em Moçâmedes-Namibe, que
actua em áreas como: Comércio e Prestação de Serviços. Trata-se de uma empresa jovem que demonstrou
ter grande preocupação com a qualidade de seus produtos e serviços e vem evoluindo desde sua
inauguração, investindo constantemente em máquinas e equipamentos de ponta e alta tecnologia.

Proporcionar aos nossos clientes produtos e serviços que superem as suas expectativas e
Missão: necessidades, criando um laço de confiança com a empresa, sem deixar de primar pela
qualidade e elegância.

Visão: Tornar-se referência na comercialização e prestação dos seus serviços na província do Namibe.

Valores: Os nossos valores assentam no Respeito, Integridade, Ética, Transparência, Responsabilidade,


Inovação, Honestidade e Satisfação dos seus Clientes.

Tabela 9 - Caracterização da Empresa BR BUSINESSS-Comercial


Fonte: Resultado Atrelado ao Material Cedido

2.4.2. Resultado do Questionário Aplicado

A técnica utilizada para tabulação dos dados colectados foi o agrupamento das perguntas em
blocos de acordo com cada dimensão. O índice utilizado como resposta foi a média obtidas
nas questões e o programa utilizado para a compilação e cálculo das médias foi o Excel,
representando os resultados através de gráficos. A saber:

a) Gênero: Conforme já ressaltado, o questionário foi aplicado a três pessoas, todos


pertencentes a empresa de comércio geral e prestação de serviços localizada na cidade de
Moçâmedes. Dentre os respondentes, dois participantes, funcionários das empresas EdGabriel
& Filhos Lda, e BR Businesses-Comercial, eram do gênero masculino representando assim
(67% do total), enquanto apenas um respondente, funcionário da empresa Elfar & Filhos Lda,
era do gênero feminino representando assim (33% do total). Tendo em atenção os cargos de
destaques e a realidade em que vivemos é notório o sangue feminino nos cargos de direcção
das empresas o que para nós sustenta significativamente nos objectivos em que nos
propusemos. No (gráfico 01) abaixo é possível ter uma ideia geral:
Gênero

33%
Maculino
67% Feminino

Gráfico 01 – Gênero
Fonte: Resultado do questionário

b) Faixa Etária: Em relação a idade dos respondentes observou-se um total de uma pessoa
com idade superior a 30 anos (33% do total) pertencente a empresa EdGabriel & Filhos Lda,
uma pessoa com idade entre 24 a 26 anos que corresponde a (34% do total) pertencente a
empresa BR Businesses-Comercial e uma pessoa com idade entre os 26 a 30 anos
correspondendo (33% do total) pertencente a empresa Elfar & Filhos Lda. Conforme o
(gráfico 02) abaixo:

Faixa Etária

33% 33% Entre os 24 a 26 anos


Entre os 26 a 30 anos
Ecima dos 30 anos
33%

Gráfico 02 - Faixa Etária


Fonte: Resultado do questionário

d) Habilitações Literária: Em relação à escolaridade, a pesquisa demonstra que uma pessoa


é Técnica Média que corresponde a (34% do total) pertencente a empresa Elfar & Filhos Lda,
outro tem a Licenciatura correspondendo (33% do total) pertencente a BR Businesses-
Comercial e o outro tem o mestrado que corresponde (33% do total) pertencente a empresa
EdGabriel & Filhos Lda. Conforme o (gráfico 03) abaixo:
Habilitações Literárias

33% 33% Técnico Médio

Licenciado

Mestrado
33%

Gráfico 03 - Habilitações Literárias


Fonte: Resultado do questionário

e) Tempo de Serviço: normalmente os funcionários com mais tempo de serviço acabam


tendo maior flexibilidade quanto as ferramentas de apoio a gestão financeira. Para a empresa
BR Businesses-Comercial, 33% dos respondentes tem menos de um ano na empresa e 67%
afectando as empresas Elfar & Filhos Lda, e EdGabriel & Filhos Lda, tem mais de dois anos
de experiência na função que desempenha na empresa conforme o (gráfico 04) abaixo:

Tempo de Serviço na Função

33% Menos de um ano

Mais de um ano
67%
De dois anos em
diante

Gráfico 04 - Tempo de Serviço na Função


Fonte: Resultado do questionário

d) – Sector de Actividade: A análise do gráfico 05, aponta o sector da actividade das


empresas em estudos o que conseguiu-se aferir, que o resultado da amostra é equitativo na
medida em que 50% das empresas em estudo funcionam no sector de comércio e prestação de
serviços a nível do município de Moçâmedes Província do Namibe. Conforme o (gráfico 05)
abaixo:
Sector de Actividade

Indústria
50% 50% Comércio
Prestação de Serviço

Gráfico 05 - Sector de Actividade


Fonte: Resultado do questionário

Na senda das apresentações dos resultados referente aos questionários, no IIº - Grupo
relacionado ao Desenvolvimento, fez-se uma incorporação das temáticas que se assemelham
as informações colectadas e daí extraiu-se as devidas observações quanto as perguntas feitas.
A saber:

1ª A empresa dispõe de uma Contabilidade organizada que permite a elaboração das


Demonstrações de Fluxos de Caixa?

Quanto a questão acima referenciada, 33% dos respondentes pertencente a empresa BR


Businesses-Comercial diz que a sua empresa não dispõe de uma contabilidade organizada,
porém recorre a serviços de terceiros para a elaboração das diversas demonstrações
financeiras, enquanto que 67% diz que sim, a sua empresa dispõe de uma contabilidade
organizada. Conforme o (gráfico 06) abaixo:

A Empresa Dispõe de uma Contabilidade


Organizada?

33% sim
Não
67%

Gráfico 06 - Disposição de uma Contabilidade Organizada


Fonte: Resultado do questionário
2ª A empresa utiliza alguma ferramenta de Controlo Financeiro?

Sobre está questão, 34% dos respondentes pertencentes as empresas Elfar & Filhos Lda, e
EdGabriel & Filhos Lda dizem utilizar um Software de Gestão, 33% pertencente a empresa
BR Businesses-Comercial diz que a sua empresa utiliza Cadernos de registros para o controlo
financeiro e igualmente 33% dos respondentes pertencente a empresa EdGabriel & Filhos
Lda, diz que a sua empresa utiliza Planilha de Excel para o mesmo efeito. Conforme o
(gráfico 07) abaixo:

Qual tipo de ferramenta de controlo


financeiro a empresa Utiliza?
a) Software de Gestão
b) Planilha de Excel
c) Livro de Caixa
33% 33%
d) Cadernos de registros
e) Nenhuma

33%

Gráfico 07 - Utilização de Ferramenta de Controlo Financeiro


Fonte: Resultado do questionário

3ª Qual é o método de elaboração das Demonstrações de Fluxos de Caixa que a empresa


utiliza?

Quanto a questão acima referenciada, a pesquisa demonstra que 100% dos respondentes diz
que a sua empresa utiliza o método directo para a elaboração das Demonstrações de Fluxos de
Caixa. Pois como fundamenta Carreira (2007) o método directo apoia-se em registos
contabilísticos específicos para cada uma das transacções de entrada e saída de dinheiro, o que
torna a operação mais dinâmica e assertiva.

4ª Se a empresa não utilizasse o fluxo de caixa, vocês a implementariam?

Os respondentes foram unânimes quanto a questão acima referenciada, enfatizando a


importância do fluxo do caixa na empresa, pois 100% dos respondentes dizem que se a
empresa não utilizasse o fluxo de caixa os mesmos a implementariam. Pois com a
implementação das Demonstrações de Fluxos de Caixa, achar-se-á confirmada a abordagem
de Barata (1999) onde o mesmo faz referência das vantagens que as D.F.C acarretam para a
empresa.
5ª De que forma as Decisões são tomadas na sua Empresa?

Foi possível com a pesquisa perceber de que forma são tomadas as decisões nas empresas em
estudo, 50% dos respondentes pertencentes a empresa EdGabriel & Filhos Lda e BR
Businesses-Comercial, diz que as Decisões são tomadas de acordo com a realidade
situacional, 33% pertencente a empresa Elfar & Filhos Lda, as decisões são tomadas com base
nas informações obtidas pelas demonstrações financeiras enquanto que 17% dos respondentes
pertencente a empresa BR Businesses-Comercial diz que as decisões são tomadas com base
aos cadernos de apontamentos dos fluxos e/ou movimentações diárias. Conforme o (gráfico
08) abaixo:

De que Forma as Decisões são


Tomadas na sua Empresa?
a) Demonstrações financeiras
b) Cadernos de Apontamen-
33% tos
c) Realiadade situacional
50%

17%

Gráfico 8 - Formas de Tomadas de Decisão

Fonte: Resultado do questionário

6ª O Fluxo de Caixa tem sido utilizado como ferramenta de auxílio nas tomadas de
Decisões?

Quanto a questão acima referenciada, 100% dos respondentes diz que sim, o fluxo de caixa
tem sido utilizado como ferramenta de auxílio nas decisões tomadas, o que para nós, constitui
um meio abonatório e a certificação da importância da temática em estudo. Pois, as decisões,
por sua vez, são tomadas com os dados e as informações visualizados pela contabilidade,
levantados pelo comportamento do mercado e desempenho interno da entidade.

7ª Quais são os Tipos de decisões tomadas pelos Gestores com o auxílio da ferramenta
financeira em estudo?

Sobre está questão, 33% dos respondentes pertencente a empresa EdGabriel & Filhos Lda diz
que as decisões tomadas pelo gestor com o auxílio das Demonstrações de fluxos de caixa
foram as Decisões de Investimento, enquanto que 67% pertencente as duas empresas Elfar &
Filhos Lda, e EdGabriel & Filhos Lda, partilham as mesmas declarações, ou seja, dizem que
as Decisões tomadas pelos gestores com o auxílio das Demonstrações de fluxos de caixa
foram as Decisões de Financiamento. Conforme o (gráfico 09) abaixo:

Quais os tipos de Decisões tomadas


pelos Gestores com o auxílio da
D.F.C a) Decisão de Investimento.
b) Decisão de Financiamento.
c)  Decisão de Dividendos.
33%

67%

Gráfico 9 - Decisões Tomadas com o auxílio das Demonstrações de Fluxos de Caixa

Fonte: Resultado do questionário

8ª Qual é o Papel do Fluxo de Caixa e a sua influência nas decisões tomadas pelos
gestores?

Quanto a questão acima referenciada, elaborou-se a tabela 10, de forma a verificarmos o


ponto de vista de cada um dos respondentes representantes.

Designação Ponto de Vistas

Empresa nº 01 O fluxo de caixa tem o papel de gerar uma visão mais precisa sobre o momento financeiro
de uma empresa. A mesma influência os gestores a tomarem decisões importante a respeito
(EdGabriel & do dinheiro que entra e sai do caixa. Pois, toda empresa tem uma mesma linha de
Filhos Lda). funcionamento: é dinheiro que entra e é dinheiro que sai.

Empresa nº 02 O papel do fluxo de caixa é o de facilitar a compreensão no que a empresa já fez, quais
foram seus períodos de altos e baixos e o que deve vir pela frente. As tomadas de decisões
(Elfar & Filhos são influenciadas gradativamente pois, ele direcciona o gestor em a adiantar ou retardar
Lda,). pagamentos e recebimentos.

Empresa nº 03 O fluxo de caixa revela-se como um instrumento de excelência na tomada de decisões, pois
os gestores são influenciados a tomarem decisões que envolvam aspectos monetários, mas
(BR Businesses- que acabam por reflectir em toda a organização. Desta feita o fluxo de caixa tem um papel
Comercial). importante na saúde financeira da empresa.

Tabela 10 - Papel do F.C e a sua Influência nas Decisões Tomadas pelos gestores
Fonte: Resultado do questionário
9ª Com base ao seu percurso laboral, qual é a função das Demonstrações de fluxos de
Caixa e quais têm sido os benefícios que a mesma proporcionou à vossa empresa?

Foi possível com a pesquisa perceber de acordo com a tabela 11, quais foram as
argumentações dos respondentes representantes, referente a questão colocada.

Designação Ponto de Vistas

A Demonstração de Fluxos de Caixa tem a função de auxiliar na gestão financeira da


Empresa nº 01 empresa de forma clara e objectiva. Esse é mais um documento financeiro que possibilita
uma visão panorâmica de como os recursos da empresa estão sendo empregados e quanto
(EdGabriel & tem entrado e saído de dinheiro na empresa. Os benefícios são visíveis, pois com a mesma
Filhos Lda). demonstração a empresa tem conseguido prever, planear e controlar entradas e saídas em
um período determinado

A demonstração de Fluxo de Caixa é uma ferramenta de contabilidade que tem a função


Empresa nº 02 de mostrar as entradas e saídas de dinheiro do caixa de uma empresa, tendo em atenção
nas suas actividade operacionais, financeiras e de investimentos. A D.F.C proporcionou
(Elfar & Filhos uma capacidade visionária a respeito dos recursos financeiros de forma a saber se serão
Lda,). suficientes para tocar no negócio ou se há necessidade de buscar uma renda estra para
investimentos posteriores.

Empresa nº 03 A função das Demonstrações de Fluxos de Caixa é de ajudar a entender melhor a situação
financeira da empresa e a tomar decisões mais acertadas. Com o mesmo permitiu a
(BR Businesses- empresa Verificar a possibilidade de realizar promoções e também pagamentos das suas
Comercial). responsabilidades.

Tabela 11 - Função da D.F.C e Benefícios proporcionados a empresa


Fonte: Resultado do questionário
10ª Com a Demonstração de Fluxo de Caixa, é possível prever algum dano à saúde
financeira da empresa?

Sobre está questão, 33% dos respondentes diz que não é possível prever algum dano à saúde
financeira da empresa, enquanto que 67% dos respondentes diz que sim, é possível prever
algum dano à saúde financeira da empresa. Conforme o (gráfico 12) abaixo:

Com D.F.C é possível prever algum dano à


saúde finaceira da empresa?

a) Sim
33% b) Não

67%

Gráfico 10 - Com a D.F.C é Possível Prever de Algum Dano a S.F da Empresa


Fonte: Resultado do questionário

10.1 E se algum dano acontecer é possível com o uso desta ferramenta prever qual o
melhor caminho a seguir?

Na mesma senda da questão, 25% dos respondentes diz que não é possível com o uso desta
ferramenta prever qual o melhor caminho a seguir, enquanto que 75% dos respondentes diz
que sim, é possível com o uso desta ferramenta prever qual o melhor caminho a seguir.
Conforme o (gráfico 12) abaixo:

Se algum dano acontecer é possível com o uso desta


ferramenta prever qual o melhor caminho a seguir?

25%

a) Sim
b) Não
75%

Gráfico 11 - Alternativas para Resolução de Possíveis Danos com Auxílio das D.F.C

Fonte: Resultado do questionário


11ª Qual é a sua Visão a respeito da Demonstração de Fluxos de Caixa num Contexto
geral?

De uma forma geral cada entrevistado apresentou o seu ponto de vista referente a questão
acima referenciada. Conforme a tabela 10 abaixo:

Designação Ponto de Vistas


Uma empresa em seu dia a dia, precisa de organização, não só na forma de trabalho, como
também para manter seus rendimentos, investimentos e finanças em dia. Assim, a
Empresa nº 01 Demonstração de Fluxo de Caixa basicamente analisa o saldo disponível de
um empreendimento, para que se faça um balanço correcto de quanto capital a empresa
(EdGabriel &
tem, onde foram gastos os recursos e para qual finalidade. Neste sentido, A Demonstração
Filhos Lda).
de Fluxo de Caixa nada mais é do que uma ferramenta fundamental de controle. Sem ele
nenhuma empresa sobrevive por muito tempo.

Na Demonstração de Fluxo de Caixa, todas as movimentações ficam registradas, bem


como a razão pela qual elas ocorreram. Desde os recebimentos de clientes, juros de
Empresa nº 02
investimentos ou qualquer entrada de capital, bem como pagamentos, compras e despesas
(Elfar & Filhos que a empresa tenha tido. Desta maneira, independentemente do tamanho da empresa, o
Lda,). empresário ou mesmo um Gestor financeiro, tem um cenário completo da saúde financeira
da empresa.

Empresa nº 03 Com a Demonstração de Fluxo de Caixa, a gestão financeira se torna mais profissional e
será possível verificar quaisquer erros ou tropeços. Se tratando de aspectos financeiros, os
(BR Businesses- erros e tropeços muitas vezes podem custar meses de trabalho ou até a vida de uma
Comercial). empresa, o fluxo de caixa é a base para termos uma organização de sucesso.

Tabela 12 - Visão a Respeito da Demonstração de Fluxo de Caixa num Contexto Geral


Fonte: Resultado do questionário

2.4.3. Proposta à Gestão das Três Microempresas do Município de Moçâmedes

Segundo Oliveira (2001), A gestão empresarial pode ser considerada um processo pelo qual
se leva a empresa de uma situação actual para uma situação futura desejada. Gerir um negócio
é fazer as coisas acontecerem. Gerir com eficiência proporciona o desenvolvimento e a
melhoria das actividades da empresa, ocasionando melhores resultados. Assim, para que a
empresa possa desenvolver suas actividades de gestão de melhor forma, é importante a
interacção sinérgica, que é extremamente necessária para atingir a eficiência.

De uma forma geral, a decisão sempre ocorre quando se depara com cursos alternativos de
comportamento, ou seja, quando pode-se fazer algo de duas ou mais formas diferentes.
Individualmente, todas as pessoas estão continuamente deparando-se e analisando contextos e
tomando decisões a seu respeito. No nível empresarial, o contexto torna-se mais complexo,
pois os gestores financeiros (como outros gestores e executivos) estão tomando decisões nos
três níveis: Estratégico, Táctico e Operacional.

Uma decisão económico-financeira baseada numa análise das Demonstrações de Fluxos de


Caixa só tem mais-valia se, ao diagnosticar um ou vários problemas, for possível identificar
com clareza potenciais decisões a serem tomadas, redireccionando a empresa aos seus
objectivos.

Nesta senda, propomos que as decisões nas empresas em estudos sejam tomadas, tendo em
atenção os três níveis de gestão, a saber:

DESTINATÁRIOS NÍVEL DE GESTÃO FINALIDADE


Três Microempresas Devem ser Tomadas decisões
empresas do Município de normalmente de longo prazo que
movem todos os recursos da
Moçâmedes:  Estratégico entidade, em termos financeiros e
(EdGabriel & Filhos Lda, que corresponde as decisões nas
BR Business-Comercial e actividades de financiamento de
Ellfar & Filhos Lda.) longo prazo e investimento;
 Táctico Devem ser Tomadas decisões
normalmente de médio prazo que
movem todos os recursos da
entidade, em termos financeiros e
que corresponde as decisões nas
actividades de financiamento de
médio prazo e investimento;
Devem ser Tomadas decisões
normalmente de curto prazo a
respeito das actividade correntes e
executáveis, como o
 Operacional
aprovisionamento,
fabricação/comercialização,
conduzindo posteriormente as
vendas e gastos de exploração.
Tabela 13 - Proposta à Gestão das Empresas Estudadas
Fonte: Elaborado a partir do questionário, criação própria.

Para melhor entender o processo decisório com base na Demonstrações de Fluxos de Caixa, é
importante compreender os ciclos empresariais e suas reais correspondência.

Conforme Das Neves (2007), as decisões nas empresas deverão atentar a estes ciclos, na
medida em que cada um terá o seu horizonte temporal, pelo que o conhecimento destes ciclos
na realidade de cada organização é de importância vital, a saber:

DESTINATÁRIOS CICLOS EMPRESARIAS CORRESPONDÊNCIA


Corresponde às actividades de
obtenção de fundos adequados aos
 Ciclo das Operações
investimentos e às necessidades de
Financeiras
financiamento do ciclo de
exploração.
Engloba o conjunto de actividades
Três Microempresas e decisões respeitantes à análise e
empresas do Município de  Ciclo de Investimentos
selecção de investimentos ou
Moçâmedes: desinvestimentos.
(EdGabriel & Filhos Lda, Corresponde às actividades e
BR Business-Comercial e decisões no âmbito do
aprovisionamento, produção e
Ellfar & Filhos Lda.) comercialização. As operações
 Ciclo de Exploração efectuadas neste ciclo conduzem ao
consumo e obtenção de recursos da
empresa a que vão corresponder os
gastos e rendimentos na
demonstração de resultados.
Tabela 14 - Ciclos Empresarias
Fonte: Adaptado de Das Neves (2007).

Se, por um lado, a estrutura da Demonstrações de Fluxos de Caixa possibilita informação


sobre os sucessivos saldos de caixa ao longo dos diversos ciclos, por outro lado, permite
analisar e fazer distinção das decisões financeiras, contribuindo para uma informação mais
apropriada à gestão e ao seu controlo.
CONCLUSÃO

A análise sistemática do referencial teórico, permitiu evidenciar a importância do estudo


referente as Demonstrações de Fluxo de Caixa, pois com a realização desta pesquisa concluiu-
se que a Demonstração de Fluxo de Caixa é um importante instrumento de planeamento
financeiro e de tomada de decisão, conjugado com as restantes demonstrações financeiras. Ela
fornece informações relevantes, uma vez que permite a administração verificar a consistência
dos planos projectados, estimar as exigências e necessidades financeiras da empresa,
possibilitando também aos utentes da informação conhecer a real situação financeira da
empresa, ou seja, o que ela tem disponível e se tem capacidade de honrar os seus
compromissos de curto, médio e longo prazo.

Com base as informações colectadas dos questionários aplicados aos representantes de cada
empresa e após a análise dos mesmos, foi possível avaliar que de maneira geral, a pesquisa
mostrou que o uso das D.F.C como ferramenta para as organizações ainda é importante, visto
que todos os respondentes, quando questionados a respeito de uma forma de controle
financeiro foram unânimes ao relatar sua utilização como forma de controlo. Também foi
possível perceber que o conhecimento dos respondentes a respeito da ferramenta em estudo,
mesmo sendo descrita por boa parte dos participantes como um óptimo meio de auxílio a
saúde financeira da empresa, precisa ser melhorado. Uma vez que foi possível notar certa
dificuldade na empresa BR Business-Comercial, onde o gestor não conhece bem suas
funções, vendo-a como uma ferramenta estática, optando por não a utilizar como rotina para
empresa, por não compreender bem todos seus recursos.

Com relação às decisões tomadas pelos gestores de acordo com as informações geradas pelo
fluxo de caixa, a pesquisa apontou que todos os gestores concordam que sua utilização auxilia
a organização, entretanto quando questionados sobre funções mais específicas como, tipos de
decisões, sua utilização na prevenção e busca por possíveis caminhos através de seu uso, a
pesquisa aponta ainda gestores com dúvidas sobre a sua eficiência como é o caso da empresa
BR Business-Comercial. De acordo com as respostas obtidas foi possível visualizar um
crescente domínio dos gestores tanto na tomada de decisões quanto no controle das
informações.

Com os resultados aqui discutidos é possível afirmar que a D.F.C, ainda é uma ferramenta de
grande importância para a gestão financeira das empresas. Pois, foi possível perceber que as
suas implicações são de carácter positivo no processo de tomada de decisão das empresas em
estudo, com especial realce as empresas EdGabriel & Filhos Lda, e Ellfar & Filhos Lda, e
também percebeu-se que os gestores têm conhecimento da utilidade desta ferramenta, porém
ela precisa ser aprimorada por parte de outros gestores não apenas do seu uso superficial, mas
o conhecimento específico de suas funções, pois só conhecendo a fundo todas as suas
atribuições e possibilidades, será possível extrair dele os melhores resultados e
consequentemente aumentar o nível de confiança para decisões importantes.

Feita a investigação, com base na pergunta relacionada ao problema: Quais as percepções


que as empresas em estudo têm em relação as Demonstrações de Fluxos de caixa no
processo de Tomada de Decisão? Com base as informações obtidas pelo questionário, foi
possível clarificar a hipótese apresentada, pois, as empresas em estudo têm de facto uma
Percepção Positiva e/ou Conhecimento sobre a importância das Demonstrações de Fluxos de
Caixa no processo de Tomada de Decisão.

Quanto ao objectivo geral, foi possível o alcançar. Para os objectivos específicos, o 1º foi
devidamente alcançado, pois existem informações suficientes e credíveis referentes a temática
em estudo. Para o 2º aferiu-se que as empresas devem possuir demonstrações de fácil
entendimento e principalmente com informações rápidas e úteis, para que quando o gestor se
deparar com uma tomada de decisão ele possa tomá-la de forma segura. Ingressando assim o
fluxo de caixa como uma ferramenta de fácil acesso, onde a demonstração poderá ser
efectuada de acordo com o conhecimento do gestor, sem seguir nenhum modelo, tendo o
poder de ser actualizado momentaneamente, e até mesmo ser projectado, para analisar a curto
e a longo prazo.

Para o 3º objectivo específico, o gestor que não tem conhecimento de contabilidade, poderá se
surpreender com o mercado, podendo ser tarde de mais para buscar outros meios que tragam
informações confiáveis. As decisões empresarias não devem ser tomadas de forma empírica,
toda via para auxiliar estes gestores/empresários propomos o sistema de fluxo de caixa, onde
os mesmos podem avaliar o desenvolvimento das actividades e analisar as informações
geradas para posteriormente tomar decisões, quanto a actividade operacional, de
financiamento e de investimento. Está ferramenta esclarece como foi gerado o caixa e como
foi utilizado durante um período. Toda via a D.F.C é utilizado como uma ferramenta para
averiguar as finanças das organizações.

Finalmente, este trabalho foi de vital importância para ressaltar a valor da D.F.C na gestão
empresarial, mesmo que não muito utilizada e conhecida pelos empresários das
microempresas. Acredita-se que se todos os gestores dessem a devida atenção a gestão de seus
fluxos de caixa, boa parte dos problemas existentes nas organizações não existiriam.
SUGESTÕES

A Demonstração de Fluxo de Caixa é uma peça indispensável de sinalização dos rumos


financeiros de uma organização, ela oferece informações fundamentais para as empresas, pois
por meio desta é possível evitar faltas de recursos e consequentemente crise de liquidez, uma
vez que seu conhecimento de forma antecipada pode minimizar efeitos negativos para
qualquer que seja a instituição.

Feita a pesquisa e apesar de poucos, os pontos negativos encontrados nas empresas em


estudos, apresentam-se as seguintes sugestões:

Para a empresa BR Business-Comercial.

 Implementar um sistema de fluxo de caixa na empresa e o seu controlo;


 Adaptar um ambiente estrutural organizado, isto é, existências de materiais que
servem de apoio a elaboração e controlo dos fluxos de caixa;
 Desenvolver uma visão estratégica, de modo que consigam enxergar meios que
possibilitam a execução de um sistema de fluxo de caixa.

Para as Três empresas em Estudo (EdGabriel & Filhos Lda, e Ellfar & Filhos Lda, BR
Business-Comercial):

 Aos gestores de forma geral que passem a tomar decisões tendo em atenção sempre as
Demonstrações de Fluxos de Caixa, pois é de extrema importância;
 Aprimoramento profissional contínuo (investimento em conhecimento) de forma a
descodificar as informações que esta importante ferramenta transmite.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, R. M. P., & Barros, A. F. L. (2009). O Sistema de Normalização Contabilística e de


Relato Financeiro – SNCRF – Cabo Verde: Edições Técnicas.

Assaf Neto, A., & Silva, C. A. T. (2012). Administração do capital de giro (4ª ed.). São
Paulo: Atlas,

Borges, A., & Rodrigues, A. (2008). Contabilidade e Financias para a Gestão (4ª ed.).
Lisboa: Áreas Editora.

Caiado, A. C. P., & GIL, P. M. D. (2004). Metodologias de Elaboração dos Fluxos de Caixa.
Lisboa: Áreas Editora.

Caiado, A. C., & Gil, P. M. (2014). A Demonstração dos Fluxos de Caixa (2ª ed.). Lisboa:
Áreas Editora, SA.

Campos, Filho (1997). Metodologias de Elaboração dos Fluxos de Caixa. Lisboa, Áreas
Editora, SA,

Chiavenato, I. (2003). Introdução á Teoria Geral da Administração (7ª ed.). Rio Janeiro:
Elsevier Editora Ltda.

Costa, J. (2010). Óptica do Acréscimo versus Óptica do Caixa. Centro de Formação da


Associação de Escolas Maia Trofa. Fórum da Maia.

Decreto-lei nº 5/2008 de 4 Fevreiro III Suplemento, de Dezembro de 2008, Sistema de


Normalização Contabilística e de Relato Financeiro para Cabo Verde.

Das Neves, João Carvalho. (2007). Análise Financeira. Técnicas Fundamentais. Lisboa,
Texto Editores, Lda.

Gitman, L. J. (2001). Princípios da Administração Financeira. Essencial; Tradução Jorge


ritter, (2ª ed.). Porto Alegre: Bookman.

Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2005). Fundamentos de metodologia científica (6ª ed.).
São Paulo: Atlas,

Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2006). – Técnicas de Pesquiza (6ª ed.). São Paulo:Atlas,
SA.

Matarazzo, D. C. (1995). Análise financeira de balanços (3ª ed.). São Paulo: Atlas

Matarazzo, D. C. (2010). Análise financeira de balanços: Abordagem gerencial (7ª. ed.). São
Paulo: Atlas,
Nabais, C., & Nabais, F. (2004). Prática Financeira- Análise Económica & Financeira.
Lidel- Edições Técnicas, Lda.

Nabais, C., & Nabais, F. (2011) – Prática Financeira II: Gestão Financeira. Manual Prático
Leal. (4ª Ed.) Lisboa: Edições Técnicas, Lda.

Oliveira, Ricardo Daher (2001). Uma Contribuição para a gestão financeira de curto prazo
nas empresas de extração de mármores e granitos do Estado do Espírito Santo.
Florianópolis, UFSC.

Padoveze, C. L. (2012). Contabilidade gerencial. Curitiba. IESDE Brasil S.A.

Rapazzo, L. (2005). Metodologia científica: Para alunos dos cursos de graduação e pós-
graduação (3ª ed.). São Paulo: Edições Loyola.

Silva, E. S. (2004). Normas Internacionais de Contabilidade: abordagem teórica e pratica.


Editorial, S.A.

Silva, E. S. (2010). Gestão financeira- Análise de Fluxos Financeiros (4ª ed.). Vida
Económica. Editorial, S.A.
APÊNDICE 1
QUESTIONÁRIO

O questionário que se segue, tem por objectivo a realização de um estudo para a minha
licenciatura na Universidade do Namibe, subordinada ao tema: A Demonstração de Fluxos
de Caixa e suas Implicações no processo de tomada de decisão. Um estudo de caso em Três
Microempresas no Município de Moçâmedes - Namibe.
Obs: Este questionário tem fins académicos pelo que é totalmente anónimo (não será
divulgado o seu nome apenas o da empresa). Peço-lhe atenciosamente que responda as
questões e, desde já, agradeço a sua disponibilidade e colaboração neste estudo.

Atenção! Assinale com (X) no quadrante correspondente!

Iº Grupo - Informações socio-demográficas dos inqueridos

1 Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) 4 Habilitações Literária


2 Idade: Ensino Médio. ( )
18 à 24 ( ) Ensino Superior. ( )
24 à 26 ( ) Mestrado. ( )
26 à 30 ( ) Outro: ( ) Qual? ___________
Outro. ( )

3 Estado Civil 5 Ramo de Actividade:


Solteiro ( ) Indústria ( )
Casado ( ) Comércio ( )
Divorciado ( ) Prestação de Serviços ( )
Viúvo ( )

6 Qual é o cargo que exerces? ________________________________________


7 Tempo de serviço na Empresa? _______________________________(meses/anos)

Atenção! Assinale com (X) no quadrante correspondente e preencha as lacunas a seguir.


IIº Grupo - Desenvolvimento
1 A empresa dispõe de uma Contabilidade organizada que permite a elaboração das
Demonstrações de Fluxos de Caixa?
a) – Sim ( )
b) – Não ( )

2 A empresa utiliza alguma ferramenta de Controlo Financeiro?


a) Softwares de Gestão ( )
b) Planilhas de Excel ( )
c) Livro de caixa ( )
d) Cadernos de Apontamentos ( )
e) Nenhuma ( )
f) Outros. Qual?_________________________________________________________

3 Qual é o método de elaboração das Demostrações de Fluxos de Caixa que a empresa utiliza?
a) – Método Directo ( )
b) – Método Indirecto ( )
4 Se a empresa não utilizasse o fluxo de caixa, vocês a implementariam?
a) – Sim ( ) Por quais razões?_______________________________________________
b) – Não ( ) Por que não?__________________________________________________

5 De que forma as Decisões são tomadas na sua Empresa?


a) Com base nas informações obtidas pelas Demonstrações financeiras ( )
b) Cadernos de Apontamentos do fluxo da empresa ( )
c) Com base a Realidade situacional do ambiente organizacional ( )
d) Outros. Qual?___________________________________________________________

6 O Fluxo de Caixa tem sido utilizado como ferramenta de auxílio nas tomadas de Decisões?
a) – Sim ( )
b) – Não ( )

7 Quais são os Tipos de decisões tomadas pelos Gestores com o auxílio da ferramenta
financeira em estudo?
a) Decisão de Investimento. ( )
b) Decisão de Financiamento. ( )
c) Decisão de Dividendos. ( )
d) Outros. Qual?____________________________________________________________

8 Qual é o Papel das Demonstrações de fluxos de Caixa e a sua influência nas decisões tomadas
pelos gestores?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
9 Com base ao seu percurso laboral, qual é a função das Demonstrações de fluxos de Caixa e
quais têm sido os benefícios que a mesma proporcionou à vossa empresa?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
10 Com a Demonstração de Fluxo de Caixa, é possível prever algum dano à saúde financeira da
empresa?
a) – Sim ( )
b) – Não ( )

10.1 E se algum dano acontecer é possível com o uso desta ferramenta prever qual o melhor
caminho a seguir?
a) – Sim ( )
b) – Não ( )

11ª Qual é a sua Visão a respeito da Demonstração de Fluxos de Caixa num Contexto geral?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Grato pela sua Colaboração, tenha um Óptimo dia!

Você também pode gostar