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REGIANE APARECIDA DE ALMEIDA

CONTROLADORIA:
APOIO NA GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Campinas
2018
CONTROLADORIA:
APOIO NA GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Anhanguera Educacional, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Ciências Contábeis.
NOME DO AUTOR
Orientador: Marcelo Almeida
(Caixa alta, fonte Arial 14, centralizado)

TÍTULO DO TRABALHO:

SUBTÍTULO DO TRABALHO, SE HOUVER


(Título em caixa alta, fonte Arial 14, em negrito; subtítulo em caixa alta, fonte Arial
16, sem negrito)

Campinas
2018
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade Anhanguera Educacional, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Ivair Teixeira

Prof(a). Mauricio Soares de Carvalho

Prof(a). Leila de Francisco Fernandes

Campinas, 14 de dezembro de 2018.


Dedico este trabalho aos meus pais Luzia
Cecilia Cardoso e José Ricardo de
Almeida em especial meu esposo Valdir
da Silva Fernandes pelo apoio e
conselhos e minha filha Stephany
Caroline de Almeida Fernandes.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a toda minha família pelo apoio, a Deborah Silva Alcântara pela
orientação e apoio, aos amigos de trabalho Edson Colar, Bruno Rodrigues e Helio
Santos (Equipe Fiscal).
ALMEIDA, Regiane Aparecida de. Controladoria: Apoio na Gestão de Micro e
Pequenas Empresas. 2018. 35 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso em Ciências
Contábeis. – Faculdade Anhanguera Educacional, Campinas, 2018.

RESUMO

A controladoria vem ganhando muito importância no cenário empresarial, ajudar na


tomada de decisões é uma das principais funções de um departamento de
controladoria, levando em base sempre os planejamentos elaborados pela empresa,
envolvendo de forma direta todos os colaboradores da entidade, de forma a eliminar
qualquer risco de perda ou excesso em processos, diminuindo assim a perda de
finanças. Um fator de mortalidade muito relevante nas micro e pequenas empresas
envolvem certamente a falta de controles internos, pois com a falta dos mesmos,
dificulta a solução de possíveis problemas nos processos, diminuindo assim a eficácia
da gestão, pois não estará devidamente mapeado os possíveis problemas que
possam ocorrer. A necessidade de manter uma empresa de forma competitiva e
eficaz, demonstra ainda mais a importância desta área em uma organização, fazendo
com que a empresa tenha um maior crescimento de forma a ganhar espaço de
mercado e se preparar para possíveis acontecimentos e ampliar o campo de visão
dos gestores tanto sobre as demonstrações e resultados financeiros da empresa,
quanto na amplitude dos processos e suas consequências.

Palavras-chave: Contabilidade; Controladoria; Microempresas; Planejamento.


ALMEIDA, Regiane Aparecida de. Controllership: Support in Micro and Small
Business Management. 2018. 35 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso em
Ciências Contábeis. – Faculdade Anhanguera Educacional, Campinas, 2018.

ABSTRACT

Controlling has been gaining a lot of importance in the business scenario, helping
decision making is one of the main functions of a controlling department, always taking
into account the plans elaborated by the company, directly involving all employees of
the entity, in order to eliminate any risk of loss or excess in proceedings, thus reducing
the loss of finances. A very important factor of mortality in micro and small enterprises
certainly involves the lack of internal controls, because with the lack of them, it makes
difficult the solution of possible problems in the processes, thus reducing the
effectiveness of the management, because the possible problems will not be properly
mapped that may occur. The need to maintain a company in a competitive and efficient
way, further demonstrates the importance of this area in an organization, causing the
company to grow more in order to gain market space and prepare for possible events
and expand the field of managers' views on both the company's financial statements
and results, and the breadth of processes and their consequences.

Key-words: Accounting; Controllership; Microcompany; Planning.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – A expansão da controladoria .................................................................. 28


Figura 2 – Tipos de Controles Internos.................................................................... 31
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Classificação das empresas segundo o número de funcionários........... 15


Tabela 2 – Classificação das empresas segundo o seu faturamento bruto anual ... 15
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Diferença entre o custeio por absorção e o variável. ............................ 23


Quadro 2 - Valor conforme a concorrência ............................................................... 26
Quadro 3 - O processo de tomada de decisão .........................................................29
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Participação na geração de empregos em 2012................................... 17


Gráfico 2 – Participação na geração de empregos em 2016 ................................... 17
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
13

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO PAÍS ............................................ 15
2.1 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ............................................................... 16
2.1.1 O SEBRAE e o Simples Nacional ...................................................................... 18

3. A CONTROLADORIA E SUAS TÉCNICAS ...................................................... 21


3.1 AUXÍLIO NA DEFINIÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS E CUSTOS ................. 22
3.1.1 Precificação por custo ....................................................................................... 23
3.1.2 Precificação por demanda ................................................................................. 25
3.1.3 Precificação pela concorrência. ......................................................................... 26

4. A CONTROLADORIA E OS CONTROLES INTERNOS ................................... 27


4.1 CONTROLES INTERNOS ................................................................................... 30

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 33


REFERÊNCIAS......................................................................................................... 34
14
1. INTRODUÇÃO

A controladoria nasceu no início do século XX, por motivos da expansão


mundial das multinacionais dos Estados Unidos, de forma que se conseguisse manter
o controle rígido sobre as operações entre todas as filiais. Para Magalhães (2007), a
controladoria surgiu no Brasil por volta da década de 60, como um auxílio para
contabilidade, de forma a ajudar os gestores da época a manterem uma boa
administração.
A missão principal do projeto é mostrar aos microempreendedores a
aplicabilidade que a controladoria tem para um melhor funcionamento dos processos
financeiros e econômicos da empresa, mesmo se tratando de empresas de menor
porte visando uma evolução financeira cada vez maior e alcançando os objetivos
traçados em relação ao crescimento, com base em todas as três teorias da ferramenta
contábil.
Considerando o crescimento no número de novas micro e pequenas empresas
no Brasil, como a controladoria e a contabilidade podem auxiliar os gestores destas
empresas?
Descrever através da análise do cenário atual das micro e pequenas empresas
no país, a importância da Controladoria na gestão deste tipo empresarial de forma a
levar os microempresários a tomarem decisões mais concisas visando o crescimento
da organização.
Através deste objetivo, foram gerados objetivos específicos a seguir:
Demonstrar a importância das micro e pequenas empresas em relação a economia
brasileira e as dificuldades encontradas no país; Avaliar como os métodos de custeio
podem auxiliar na controladoria; Analisar a aplicabilidade da controladoria tanto na
contabilidade quanto na gestão das micro e pequenas empresas.
A pesquisa a ser realizada neste trabalho deve ser classificada como uma
revisão bibliográfica. Isto porque deve a pesquisa em mãos demonstrar aos micro
empreendedores e aos profissionais contabilistas, a importância da controladoria no
auxílio da gestão de pequenas empresas. Quanto à metodologia o trabalho em mãos
faz a opção pelo método qualitativo. Esta opção se justifica porque o método escolhido
permite levar de forma mais fácil aos empreendedores os métodos utilizados pelos
profissionais de controladoria como apoio. Enquanto procedimento, este trabalho
realizar-se-á por meio de observação direta. A pesquisa utilizar-se-á de uma pesquisa
15

em artigos e livros específicos dos últimos dez anos sobre o assunto. Estas
ferramentas permitiram levar a pesquisa a outro patamar, pois é visto profundamente
o pensamento de especialistas nesta área. O material documentado, bem como, as
respectivas análises serão organizadas em relatório de pesquisa componente do
estudo monográfico que se pretende construir.
16

2. AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO PAÍS

No Brasil há uma grande diversidade de empresas e negócios em uma


infinidade de setores, áreas, serviços e etc. Esse fator fez com que a legislação
dividisse as empresas brasileiras em diversos portes, de forma com que haja
tributação diferente para cada uma delas.
Desde o processo de abertura todas as empresas têm que se submeter a vários
indicadores para se definir o tamanho real delas, os principais pontos são o número
de funcionários e o faturamento anual. Esses indicadores são observados nas tabelas
a seguir:

Tabela 1 - Classificação das empresas segundo o número de funcionários.

Números de Empregados
Porte da Empresa
Comércio e Serviços Indústria
Microempresas Até 9 Até 19
Empresas de Pequeno
10 a 49 20 a 99
Porte
Empresas de Médio
50 a 99 100 a 499
porte
Empresas de Grande
Acima de 99 Acima de 499
Porte

Fonte: SEBRAE (classificação utilizada pela área de Pesquisa do Sebrae).

Tabela 2 - Classificação das empresas segundo o seu faturamento bruto anual.

Porte da Empresa Faturamento Bruto Anual

Microempresas Até R$ 360.000,00


Empresas de Pequeno Porte De R$ 360.000,01 até R$ 3.600.000,00

Empresas de Médio Porte De R$ 3.600.000,01 até R$ 12.000.000,00

Empresas de Grande Porte Acima de R$ 12.000.000,01


Fonte: Lei Federal n°. 9317/96, alterada pela Lei 9732/98.
17

Saber o faturamento de uma empresa se faz necessário para o regime tributário


que afetará a empresa, pois diversos programas foram criados para facilitarem a vida
dos micros empreendedores.

2.1 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Esse tipo de empresa tem características próprias e são conhecidas por sua
vulnerabilidade em relação ao mercado econômico, pois em situações de crise elas
são as primeiras a serem afetadas.
A gestão dessas empresas é geralmente feitas por pessoas com baixo
conhecimento sobre empreendedorismo e sobre um plano de negócios ideal para
cada área.
Segundo Gonçalves (1994) em países como o Brasil onde há alto desequilíbrio
regional, micro e pequenas empresas podem apresentar um importante papel para a
descentralização industrial.
E está sendo esse papel que as micro e pequenas empresas vem
desenvolvendo no cenário atual da economia brasileira, pois com a situação
econômica crítica, muitos brasileiros que estão sendo dispensados de suas funções
em empresas maiores estão se recolocando e levando suas experiências para as
empresas de menor porte.
Há inclusive uma data em comemoração a esse tipo de negócio e foi uma data
instituída no ano de 1999, para ser um marco da elaboração do Estatuto da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei 9.841/99). Essa data é
comemorada no dia 5 de outubro de todo ano, e é geralmente muito celebrada por
todos os empreendedores e instituições de apoio
Segundo um estudo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), do ano de 2017, mostra que as micro e pequenas empresas já
empregam mais da metade dos brasileiros. A pesquisa tem em base a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada no ano de 2016. Este estudo também
revelou a superioridade da geração de empregos em relação a empresas de porte
maior:
18

Gráfico 1: Participação na geração de empregos em 2012.

Geração de empregos em 2012

24%
Pequenas Empresas
46%
Empresas de Médio Porte
Demais Portes
30%

Fonte: IBGE (2012).

Gráfico 2: Participação na geração de empregos em 2016.

Geração de empregos em 2016

24%
Pequenas Empresas
Empresas de Médio Porte
50%
Demais Portes
26%

Fonte: IBGE (2016).

O IBGE, em uma pesquisa mais antiga realizada no ano de 2003, demonstrou


algumas das principais características desse tipo de empresas:

 Taxas elevadas de natalidade e mortalidade (sendo essa mortalidade,


acontecendo de forma muito prematura);
 Alto numero de empresas que são criadas por sócios com laços
familiares;
19

 Baixos índices de registros contábeis ou pouco adequados;


 Alto índice de sonegação de impostos (sendo esse um dos motivos para
que o governo criasse programas de incentivo ao crescimento das
pequenas empresas);
 Não abrangência do regime de competência onde há a distinção das
contas do dono e da empresa;
 Baixo uso de recursos de tecnologia para confecção dos produtos ou
prestação dos serviços;

Estes e outros aspectos levam a cada vez mais as empresas a buscarem


auxílio nos seus primórdios de funcionamento, pois com a crise financeira que assola
o país desde os meados de 2014, manter um negócio sendo autossustentável está a
cada dia mais difícil, principalmente se o estabelecimento não ter sido elaborado
levando em conta um planejamento estratégico.

2.1.1 O SEBRAE e o Simples Nacional

O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) é um


serviço de consultoria voluntário que foi criado em 1972 ainda com o nome de
CEBRAE, e foi em 1992 que ganhou a nomenclatura atual, e tem como sua principal
intenção ajudar os pequenos e novos empreendedores a enfrentarem a concorrência
e aumentar a formalização das empresas evitando fraudes e sonegações.
Outro objetivo do SEBRAE é diminuir o alto nível de mortalidade das novas
empresas, que chegava a ser de 70% já no primeiro ano, segundo estudo do próprio,
e as empresas que entram em contato com o mesmo, tem mais chances para uma
auto sustentabilidade.
Nos últimos anos tem como sua principal vitória a criação do Imposto Simples
Nacional, que foi criado no ano de 2006, e foi criado exclusivamente para as micro e
pequenas empresas. De acordo com a Receita Federal, o programa tem como suas
principais características:

 Não ser obrigatório;


 Ser imutável o ano inteiro;
20

 Levam em conta os seguintes impostos: Imposto de Renda das Pessoa


Jurídicas, Contribuição Social Sobre o Lucro, PIS/Pasep, Contribuição
Social para o financiamento da Seguridade Social, Imposto sobre
Produtos Industrializados, Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual,
Intermunicipal e de Comunicações, Imposto Sobre Serviço e a
Contribuição para a Seguridade Social à Previdência Social a própria
pessoa jurídica;
 Recolhimento dos todos os impostos somente com o DAS que é um
documento que demonstra todos os tributos e suas respectivas alíquotas
coletadas;
 Disponibilizar às ME/EPP um sistema eletrônico para as mesmas
realizarem o cálculo do valor mensalmente devido, parar gerar o DAS e,
a partir de 2012, para constituírem o crédito tributário;
 Estabelecimento de uma data para recolhimento do DAS sendo até o dia
20 do mês seguinte daquele em que tiver ocorrido a descoberta a receita
bruta;
 Tornar possível os Estados imporem limites para uma Empresa de
Pequeno Porte tendo em vista sua respectiva participação no Produto
Interno Bruto. Os negócios que se encontram nesses Estados onde a
receita bruta total ultrapassar o respectivo limite terá que pagar
integralmente o ISS e o ICMS de forma direta ao Município ou ao Estado
em que se localizam.

O sucesso desse programa foi constatado desde seu início, pois diminui
gradativamente os níveis de sonegações e de inadimplência com o governo destas
empresas que são seu público alvo. Desde a sua criação em 2006 até 2016 a
abrangência do programa foi de 2,5 milhões de empresas para cerca de 11,6 milhões,
segundo avaliação do próprio Sebrae.
As micro e pequenas empresas sempre foram de essencial importância para a
economia brasileira, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
em 2011, elas representavam cerca de 25% do PIB e contavam com cerca de 9
milhões de unidades.
21

No período da década de 80, a micros e pequenas Empresas (MPE’s)


ganharam importância econômica e social para os países desenvolvidos e em
desenvolvimento (OLIVEIRA; TERENCE; ESCRIVÃO FILHO, 2010;
ALBUQUERQUE, 2013). A partir dessa informação é visto que essas empresas
ganharam força no Brasil depois da segunda guerra mundial, com a chegada de
grandes indústrias ao país, eram necessárias algumas empresas de menor porte que
podiam ceder produtos e serviços, de forma a manter a operação das maiores
empresas.
Por terem um menor montante, são as primeiras a sofrerem com as crises
financeiras, e algumas optam por adotarem empréstimos bancários como forma de
manter as finanças. Por causa desses elevados índices de inadimplência, o governo
federal adota um sistema de tributação, o chamado Simples Nacional, que cobra
tributos menores dos pequenos empreendedores, ele contempla empresas com
receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões - limite que será de R$ 4,8 milhões em 2018,
sendo que ele foi lançado no dia 30 de junho de 2007.
22

3. A CONTROLADORIA E SUAS TÉCNICAS

A controladoria tem sua participação no processo de gestão marcada pelo


envolvimento na interpretação, informação e na implantação e no controle,
contribuindo com os gestores em suas tomadas de decisão. Para isso é necessário
ter uma integração constante entre a controladoria e todas as áreas envolvidas nas
atividades principais das organizações.
Portanto os métodos de custeio visam em andar de forma conjunta com a
controladoria, pois a mesma se inicia com o entendimento de que todos os recursos
que são mobilizados e utilizados pelas organizações têm um objetivo maior: produzir
valor. A produção de valor, se inicia principalmente pelos eficientes métodos de
custeio e precificação.
A contabilidade de custos envolve várias técnicas da contabilidade geral e
demais técnicas extras contábeis, para a maioria dos registros de uma organização,
permitindo a análise e a interpretação de todos os dados. De acordo com Martins
(2003, p. 22) “o conhecimento de custos é vital para saber se, dado o preço, o produto
é rentável, ou se não rentável seja possível reduzir os mesmos”.
Segundo Salgado (2005), a Controladoria deve definir um modelo que
compreenda:

a) definição dos critérios e procedimentos, levando em consideração


mercado específico e método de custeio adotado;
b) definição de um modelo padrão que dê suporte a decisão e a definição
dos preços a serem praticados;
c) definição de um modelo para acompanhar e monitorar preços listados,
praticados, calculados e da concorrência;
d) análise da lucratividade e rentabilidade dos produtos e serviços, unitário
e global;
e) gestão da listagem dos preços.

Ao se falar de otimização de custos, não estamos relacionando somente ao


corte e à redução do uso de matéria-prima e material humano. Otimizar consiste em
planejar e executar ações para eliminar do processo as atividades que não agregam
valor ao produto final. Para que essa redução de custos seja eficaz, ela tem que ser
23

permanente e generalizada, não podendo ser temporal, e é através da Controladoria


que se deve ter uma política de redução de custos.

3.1 AUXÍLIO NA DEFINIÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS E CUSTOS

Uma estratégia de preços bem elaborada, com uma base de uma controladoria
eficiente dos custos, fornece uma definição sistemática dos elementos da estratégia
de preços que devem ser gerenciados para obter um melhor desempenho, de forma
com que os controles internos façam parte para reduzir e perdas, fazendo com que os
preços levados ao mercado tragam a lucratividade desejada para a organização.
As decisões de preço de uma empresa são influenciadas por fatores
organizacionais, internos, que incluem os objetivos de marketing da organização, os
custos e a organização como um todo, enquanto os fatores ambientais externos
incluem a natureza do mercado e da demanda, a concorrência e outros elementos
ambientais (MARTINS, 2003).
Mesmo com todas as dificuldades para definir preços há uma grande variedade
de estratégias a se seguir para se haver a precificação, sendo que todas elas devem
suprir todos os custos e as despesas que se impõem no produto ou serviço. Entre as
diversas formas para se formar um preço de venda, as mais famosas são:

 Pela avaliação de custos;


 Pela percepção da concorrência;
 Pela descoberta da variável;
 Pela dinâmica da economia, ou seja, pela oferta da oferta e da demanda;
 Pela descoberta do valor gerado pelo cliente;
 De forma colaborativa, escutando também a opinião dos clientes.

Há outras formas inovadoras de se formar preços hoje em dia, algumas novas


empresas ousam em vender seus produtos ou serviços através de moedas novas
como os famosos bitcoins.
Só que segundo Kotler (2000, pag. 420) os principais erros de uma empresa
ao apurar seus preços são:
24

 Preços demasiadamente orientados para custos;


 Os preços não sofrem revisão com suficiente frequência para capturar
mudanças praticadas pelo mercado;
 A determinação dos preços independe do restante do composto de
marketing;

3.1.1 Precificação por custo

Apurar os custos de um determinado produto ou serviço sempre foi primordial


para uma boa estabilidade de uma empresa, pois hoje em dia, diversas corporações
já contam em seu plantel com um departamento de custos.
Custos em sua definição propriamente dita são todos os valores que são
incorridos em um produto durante sua fabricação ou em um serviço antes e durante
sua prestação. Consistem basicamente em mão de obra (direta e indireta), matéria
prima, depreciação de máquinas, etc. Enquanto as despesas são os gastos incorridos
no processo de venda de um produto, onde estão incluídos os salários da
administração, materiais de escritório, comissões de vendas, publicidade, etc.
Para Vicencoti e Neves (2010), os custos podem ser apurados de duas formas
eficientes que visam fornecer melhores informações de processos aos gestores:

Quadro 1 - Diferença entre o custeio por absorção e o variável.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO VARIÁVEL


É preciso utilizar métodos de Não se utilizam métodos de
rateio, para atribuir os custos fixos aos rateio, pois os custos fixos são
produtos; considerados como despesa e não como
custo do produto;
É possível encontrar o custo total Há um custo unitário parcial, pois
unitário dos produtos e serviços; considera os custos variáveis e eles
alteram diretamente no valor dos custos;
O resultado varia de acordo com Altera-se diretamente somente
a produção; com o volume de vendas da empresa,
por isso pode ser usado erroneamente
25

para decisões da área de produção;


Consegue determinar os custos Também classifica os custos
em diretos ou indiretos; como diretos e indiretos, mas não o
utilizam totalmente para o cálculo do
custeamento;
É um critério fiscal para se É um critério apenas interno,
apresentar a Receita Federal e demais usado para determinadas ações
órgãos públicos. gerenciais e administrativas.
Não é necessário realizar a É utilizado a classificação direta
classificação dos custos como fixos e entre fixos e variáveis.
variáveis;
Auxilia apenas diretamente para a Auxilia somente para o
determinação da rentabilidade e a planejamento estratégico e na tomada
situação patrimonial da empresa. de decisões futuras.
Não identifica a margem de Identifica uma margem de
contribuição (que é a diferença entre as contribuição unitária e global;
vendas e os respectivos custos e
despesas do período);
Fonte: Adaptado de Vicencoti e Neves (2007).

Para Martins (2003, pag. 15), a Contabilidade de Custos, tem duas funções
relevantes: o auxilio no controle e a ajuda na tomada de decisões. Como antes apurar
custos era somente um método pra avaliar estoques, houve uma grande evolução no
método, pois hoje já se trata de uma das ferramentas mais importantes para os
gestores da empresa.
A vantagem deste tipo de elaboração de preço é que se obtêm todos os custos
e adiciona-se a margem de lucro, com despesas fixas e variáveis, se descobre o valor
de mark-up. No exemplo a seguir, para se obter de mark-up, levam se em base
despesas fixas de 11%, despesas variáveis de 16% e uma margem de lucro de 17%:

Markup= 100 / [100 – (DF + DV + ML)]


Markup= 100 / [100 – (11 + 16 + 17)]
Markup= 100 / [100 – 44]
Markup= 100 / 56
26

Markup= 1,79

Levando em conta o valor de custo de produção do exemplo da página


acima21, com o custo de produção de R$ 56, podemos obter o preço de venda é
necessário apenas multiplicar o valor do custo com o valor do mark-up:

Preço de venda= Custo de produção x Valor do mark-up


Preço de venda= 56 x 1,79
Preço de venda= 100,24

Logo o preço ideal para a venda do produto seria de R$ 100,24, pois iria suprir
a necessidade da margem de lucro da empresa.

3.1.2 Precificação por demanda

É uma lei simples, quando a demanda for alta e a oferta for pouca, os preços
aumentam, se ao contrário, o preço de determinado produto baixa, que também é
conhecida pelo processo de inflação e deflação.
É um sistema de definição de preço que sempre foi muito utilizado nas
empresas alimentícias e agropecuárias. Há exemplos muitos fortes de vários produtos
que já passaram por processo de inflação, pois quando colheitas ou criações
conseguem um número elevado de produção o preço que chega ao consumidor final
costuma ser muito menor.
Esse modo de precificação tem um desafio enorme por levar em conta o
mercado que tem uma instabilidade enorme, então sempre será necessária uma
avaliação para ajuste dos preços e sem deixar de manter a qualidade dos produtos
mesmo em tempos de produção alta.
Muitas vezes, as empresas levam em conta até quanto os próprios
consumidores pagariam em seus produtos através de pesquisas de mercado ou até
ouvindo clientes em seu próprio estabelecimento.
27

3.1.3 Precificação pela concorrência

Um dos mais famosos métodos nas empresas de grande porte, pois as micro
e pequenas empresas têm dificuldades em levar em conta o preço dos seus
concorrentes de maior poder econômico.
É considerado somente um ponto de partida para a definição dos preços, pois
os custos e as despesas podem ser extremamente diferentes em relação à
concorrência.

Quadro 2 - Valor conforme a concorrência.

Valor do Intensidade da concorrência


Produto Fraca Elevada
Monopólio ou
Concorrência
Elevado Oligopólio
Monopolística
Diferenciado
Oligopólio
Fraco Concorrência Pura
Indiferenciado
Fonte: KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. (pag. 236, 2012)

Esse método ainda segundo os autores influência bastante nos monopólios


industriais em determinados locais, onde somente uma empresa oferece os produtos
em questão, além disso muitas vezes adquirindo ações ou adquirindo inteiramente os
seus concorrentes, eliminando assim, qualquer tipo de concorrência.
28

4. A CONTROLADORIA E OS CONTROLES INTERNOS

A controladoria nasceu no início do século XX, por motivos da expansão


mundial das multinacionais dos Estados Unidos, de forma que se conseguisse manter
o controle rígido sobre as operações entre todas as filiais (MAGALHÃES, 2007). Ainda
para Magalhães (2007), a controladoria surgiu no Brasil por volta da década de 60,
como um auxílio para contabilidade, de forma a ajudar os gestores da época a
manterem uma boa administração.
No entanto, Padoveze (2007), cita que o conceito de controladoria no Brasil se
expandiu com a instalação das multinacionais no país, assim os profissionais locais
eram capacitados pelos estrangeiros, para prestar suporte informacional à matriz
destas organizações, com base nas técnicas contábeis utilizadas no país de origem
das corporações internacionais.
A controladoria, enquanto ramo do conhecimento, estabelece a base teórica
necessária para modelar um sistema de informações que condiz com as necessidades
informacionais dos gestores. Já como unidade administrativa é responsável pela
coordenação e disseminação do conhecimento, por meio da implantação do sistema
de informações, que possibilite os administradores tomarem as decisões que
traduzam-se na otimização dos resultados da organização.
Sob esse enfoque, a Controladoria pode ser conceituada como o conjunto de
princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração,
Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da
gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a eficácia
(MOSIMANN, 1999, p. 85).
Schier (2011, p.44) afirma que a controladoria está completamente
comprometida com a procura incessante da eficácia da entidade organizacional, e
para que se obtenha sucesso no que tange a alcançar esse objetivo, ela dispõe de
alguns modelos de sistema de gestão.
Segundo Oliveira (1998, p. 21 e 22), a controladoria é mais comum nas
empresas de grande e médio porte, por compreender quatro principais áreas que são:
contabilidade financeira, contabilidade gerencial, custos de produção de bens e
serviços e a contabilidade fiscal ou tributária. E é a responsável pelo projeto,
elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações
operacionais, financeiras e contábeis.
29

Já nas empresas de pequeno porte este setor específico de controladoria


costumava não existir, o que vem mudando nos últimos anos, mas neste tipo de
entidades o papel do controller é mais abrangente, assumindo mais funções como o
setor de informática, finanças, departamento pessoal.
Segundo Padoveze (2011), a controladoria abrange diversas áreas do
planejamento e dos controles internos, sendo uma ferramenta de fundamental
importância para uma evolução na gestão das organizações atuais.

Figura 1 – A expansão da controladoria

Orçamento e
projeções

Contabilidade
Gerencial
Planejamento e
Controle
Acompanhamento
dos negócios

Planejamento
tributário
Controladoria
Contabilidade
Financeira

Contabilidade de
Custos
Escrita Contábil
e Fiscal
Contabilidade
tributária

Contabilidade
Patrimonial

Fonte: Adaptado de Padoveze (2011).

Portanto a controladoria funciona como parte essencial do processo de gestão,


pois abrange diversas áreas da administração até as áreas contábeis como a de
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custos e tributária, mas essencialmente a gerencial. O setor de controladoria deve se


preocupar com a análise do ambiente, pois é nele que estão as bases estratégicas as
quais correspondem aos planos de ação e disposição dos recursos. A controladoria
também é importante para os processos de tomadas de decisão, pois alinha
integralmente todos os planejamentos com as ações das empresas:

Quadro 3 – O processo de tomada de decisão

Fases do processo Finalidade Produto


Planejamento estratégico Garantir a missão e Diretrizes e Políticas
continuidade da empresa. Estratégicas.
Planejamento operacional Otimizar o resultado à Plano Operacional.
médio prazo.
Programação Otimizar o resultado a Programa Operacional.
curto prazo.
Execução Otimizar o resultado de Transação.
toda transação.
Controle Corrigir e ajustar para Ações Corretivas.
garantir a otimização.
Fonte: Adaptado de Padoveze (2011).

Todo processo de tomada de gestão é caracterizado pela necessidade de


tomada de decisões, que também é um processo, pois consiste em uma serie de
vários procedimentos quem irão culminar com a tomada de decisão no final do
processo, tendo como objetivo um resultado abrangente que envolva todos os
colaboradores e que todos sintam efeitos do sucesso das ações realizadas.
Ainda sim, é importante ressaltar que a Controladoria não é apenas um método
contábil, ela envolve todo o sistema de gestão organizacional, desde o planejamento
ao controle efetivo. Ela integra todas as áreas de uma organização. Por meio da
elaboração de relatórios é possível o acompanhamento gerencial, econômico e
financeiro, possibilitando aos gestores uma confiabilidade na hora da tomada de
decisão.
31

4.1 CONTROLES INTERNOS

O Controle Interno é conhecido como a base de qualquer trabalho de


controladoria, pois é através dele que o Controller pode avaliar o processo de gestão,
bem como verificar se os erros e irregularidades estão sendo reduzidos. O controller
é um membro estratégico dentro das organizações. Neste contexto, Padoveze (2011)
sintetizam que este profissional é o detentor das informações e sua principal atribuição
é transmiti-la com excelência aos usuários. Assim, por ser o profissional que gera a
informação, outras funções atribuem-se diretamente ao seu perfil, que são a
coordenação, avaliação, planejamento e controle.
No entendimento de Crepaldi (2007, p. 472) o controle interno pode ser definido
como: ”o sistema de uma empresa, que compreende o plano de organização, os
deveres e responsabilidades e todos os métodos e medidas adotados na empresa
para salvaguardar seus ativos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados contábeis,
desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas
administrativas prescritas”.
Attie (2007, p.117) evidencia quatro objetivos básicos do Controle Interno:

 a salvaguarda, dos interesses da empresa;


 a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis,
financeiros e operacionais;
 o estímulo à eficiência operacional; e
 a aderência às políticas existentes.

Para o exercício do controle interno dentro das empresas funcionar, seus


responsáveis devem se utilizar de um conjunto de instrumentos que viabilizem a
efetivação de seus objetivos, destacando-se a missão, visão, política, e supervisão
dos colaboradores a que estão subordinados os controles, com a vantagem de
possibilitar ações que visem corrigir eventuais práticas, dando novos rumos aos
controles, evitando assim as repetições ou a continuidade de falhas indesejáveis.
Na fase de controle são definidos dois aspectos importantes que serão
utilizados na avaliação do desempenho: identificação das áreas sobre as quais os
gestores exercem controle e o estabelecimento dos padrões usados na avaliação.
Segundo Catelli (2001), as bases informativas para avaliação de desempenho
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referem-se aos resultados obtidos (realizados) e aos desejados (planejados). Os


resultados desejados expressam-se pelos orçamentos, com os quais são comparados
os resultados obtidos, a fim de concluir pela adequação ou não desses resultados.
Existem vários métodos de controle interno, toda organização com sua
particularidade deve buscar o que melhor irá se enquadrar para seu âmbito de
atividade, proporção, custo/benefício. Os mais utilizados são os controles contábeis e
os administrativos:

Figura 2 – Tipos de Controles Internos

Controles Estes controles são os pertinentes com a suporte dos ativos


Contábeis e a veracidade das demonstrações contábeis. Abrangem o
sistema de permissão e assentimento e a separação das
funções de registro daquelas efetuadas pelo departamento
que gera as transações objeto de seu registro ou das
relativas à custódia dos ativos.

Controles Estes controles geralmente se relacionam de modo indireto


Administrativos aos controles internos contábeis. Eles compreendem o
plano de organização e todos os métodos e procedimentos
relacionados com a eficiência operacional, bem como o
acatamento e cumprimento às políticas administrativas.
Incluem também controles estatísticos, programas de
treinamento de pessoal e controles de qualidade, entre
outros.

Fonte: Adaptado de CRC-SP 2012.

Segundo Souza (2010, p. 45), um departamento de Controladoria só existiria


em uma pequena empresa se ela estivesse em um processo de desenvolvimento,
porém a mesma pode ser exercida independente do estágio em que ela se encontre.
Assim conclui-se que o ideal para as pequenas empresas é que sejam assessoradas
por uma empresa especializada e terceirizada.
A contratação de uma Controladoria terceirizada pode ocorrer por um certo
prazo e momentos determinados, de forma que possa direcionar os executivos e o
seus negócios, apoiando-os desde ao levantamento de dados até a elaboração da
estratégia, levantamento de inconsistências e correções procedimentais, e ainda
tomadas de decisão direcionada. Garcia (2010, p. 4) reforça que, “em muitas das
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vezes as empresas de menor porte não têm condições estruturais de manter um setor
específico de controladoria”.
Ao implantar uma área de Controladoria os empresários necessitam entender
os benefícios trazidos por ela e qual a sua contribuição na melhoria dos negócios.
Assim, Souza (2010, p. 46) cita, que os principais benefícios trazidos pela
Controladoria em uma organização de pequeno porte são:

 elevação dos lucros;


 melhoramento nos processos de controle de custos e despesas;
 geração de valor;
 elevação de receitas;
 ampliação de novos negócios;
 fidelização de novos clientes; e
 desenvolvimento de funcionários, ampliação da visão estratégica dos
gestores, entre outras.

No entanto, não basta ter somente as ferramentas de Controladoria, é


necessário o profissional que faça a análise, que interprete os números e que sugira
alternativas de condução do negócio e as respectivas melhorias de resultado, este sim
é o verdadeiro processo de Controladoria. A importância da implantação/estruturação
de um departamento de controladoria em uma pequena empresa está na possibilidade
de obter um sistema de informação eficiente para a gestão da organização. Durante o
processo de implantação se algo não ocorrer como o esperado, a empresa ainda
poderá se redirecionar as ações antes que as tendências negativas se concretizem, ou
seja, no transcorrer do período em questão, conforme a sinalização dada pelo
acompanhamento dos indicadores, pode-se verificar as razões que levam ao não
alcance dos objetivos esperados.
34

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A controladoria exerce um papel essencial no que se trata da nova fase da


indústria e do mercado como um todo, principalmente com os avanços tecnológicos
que a cada dia revolucionam processos o tempo todo, é importante que os gestores
estejam preparados para possíveis oscilações tanto no ambiente interno como no
ambiente externo que ode afetar as operações da empresa.
No que se trata da definição de portes das empresas, o país tem leis e sistemas
de tributação específicos para cada tipo de empresa. Para especificar o tipo e tamanho
de uma corporação pode se utilizar tanto a quantidade de funcionários quanto o lucro
líquido final. A maior parte das empresas no país são as de pequeno porte e as
microempresas que contam com a assessoria do SEBRAE para se desenvolverem e
ganhar poder de mercado.
A controladoria ainda enfrenta diversas barreiras para se consolidar como uma
ferramenta de auxilio também nas pequenas empresas, porém diversas técnicas
tentam moldar o método para demonstrar que a técnica pode ser um investimento
para haver um lucro maior no futuro, principalmente a longo prazo, abrir uma área de
controladoria pode ser caro no início, porém depois irá trazer controles internos
eficazes visando trazer até diminuição de custos.
Tendo em base os objetivos propostos para essa fundamentação teórica, é
afirmativo que ambos foram cumpridos, o presente trabalho provou a necessidade de
implementar um sistema de Controladoria em uma pequena empresa, podendo até
ser um departamento terceirizado, trazendo com as técnicas contábeis uma melhor
forma de manter uma operação eficiente na organização.
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REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Alexandre. Fatores de mortalidade de pequenas empresas. São


Carlos: 2013.

ATTIE, William. Auditoria interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

CATELLI, Armando. Controladoria: Uma abordagem na gestão econômica. São


Paulo: Atlas, 2001.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2007.

GARCIA, Editinete André da Rocha. Modelo de controladoria para empresas do


ramo de construção civil, subsetor edificações sob a ótica da gestão econômica.
2003. 178f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis). Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. São Paulo. 2003.

GONÇALVES, M.F. A pequena empresa e expansão industrial. Lisboa: Associação


Industrial Portuguesa, 1994.

HOOG, Wilson Alberto Zappa. Tricotomia Contábil e Sociedades Empresárias. 1


ed. Curitiba: Juruá, 2005. 142 p.

KOTLER, P.; KELLER,K.L. Administração de Marketing.14. ed. São Paulo: Pearson


Education do Brasil, 2012.

LIMA, Eugeneze. Contabilidade de Custos. Disponível em:


<http://webserver.crcrj.org.br/APOSTILAS/a0084p0449.pdf>. Acesso em 12 de
outubro de 2018.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos: O uso da contabilidade de custos


como instrumento gerencial para planejamento e controle. 9.ed.São Paulo:
Editora Atlas, 2003.

Normas CRC-SP. Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo. São Paulo,


2012.

OLIVEIRA, J.; TERENCE, A. C. F.; ESCRIVÃO FILHO, E. Planejamento Estratégico


e Operacional na Pequena Empresa: Impactos da formalização no desempenho e
diferenças setoriais. Revista Gestão Organizacional –RGO. v 3, n. 1,jan/jun, 2010.

Portal IBGE. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/>. Acesso em 01 de set de


2018.

Portal SEBRAE. Disponível em: <www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae>. Acesso


em 12 de ago. de 2018.

Receita Federal. O que é o Simples Nacional?. Disponível em:


<http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Documentos/Pagina.aspx?id=
3>. Acesso em 11 de set. de 2018.
36

SALGADO, Ana Paula Pinheiro et al. Controladoria hospitalar: uma comparação


entre entidade pública e privada na cidade de Salvador. 2005. 92 f. Monografia
(MBA em Controladoria) - Programa de Pós-Graduação Lato Sensu, Universidade
Salvador, Salvador, 2005.

SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Controladoria como instrumento de gestão.


Curitiba: Juruá, 2011.

SOUZA, L.C. Controladoria aplicada aos pequenos negócios. 1. ed. (2008),


2.reimpr. Curitiba: Juruá, 2010.

Seguem abaixo os critérios de avaliação com suas notas correspondentes.

ETAPA NOTA (min. – máx.) SUA NOTA


Elementos Pré e Pós –Textuais 0 - 2 2
Introdução clara e coerente com o trabalho 0 - 4 4
Considerações Finais coerentes com os 0 - 4 4
objetivos propostos.
Desenvolvimento (Capítulos 1, 2 e 3) de forma 0 - 20 20
clara e estruturada ao longo de todo o trabalho
Apresenta coerência, linguagem formal e 0 - 6 6
impessoal, respeita as regras ortogramaticais.
Referências contempla todas as obras e autores 0 - 4 4
que foram citados no trabalho, atendendo à
formatação correta de acordo com a ABNT.
TOTAL 0 - 40 40

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