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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

CURSO DE BACHAREL EM ENFERMAGEM

SIMONE DA COSTA COSTA

"AMAMENTAÇÃO E OS REFLEXOS AO LONGO DA VIDA DO BEBÊ"

SANTANA-
AP 2022
SIMONE DA COSTA COSTA

AMAMENTAÇÃO E OS REFLEXOS AO LONGO DA VIDA DO BEBÊ

A pesquisa apresentada ao Curso de Bacharel


em Enfermagem da Universidade Paulista –
UNIP, em como requisito para obtenção do
nota.

Prof. Esp. Haniel Queiroz

SANTANA-AP
2022
INTRODUÇAO

O leite humano é a alimentação ideal para todas as crianças. Devido a sua


composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para
garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros 2
anos de vida. É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado
pelo organismo infantil. Ele possui componentes e mecanismos capazes de proteger
a criança de várias doenças. Nenhum outro alimento oferece as características
imunológicas do leite humano. A mãe fornece ao filho componentes protetores,
através da placenta e do seu leite, enquanto o sistema de defesa do bebê
amadurece. Além de ser um Momento de afeto entre a mãe e o bebê que os ajuda a
alcançarem a amamentação ótima.
AMAMENTAÇÃO E OS REFLEXOS AO LONGO DA VIDA DO BEBÊ

Amamentação é importante para a saúde da mãe e do bebê. É por meio da


amamentação que o bebê consegue nutrientes e proteção para seu
desenvolvimento. A amamentação é o ato de alimentar o bebê com leite materno
diretamente no seio da mãe. Esse ato é benéfico tanto para a mãe quanto para o
bebê, garantindo, entre outros benefícios, a redução do risco de doenças para a
criança. A amamentação deve ser exclusiva pelos primeiros seis meses de vida da
criança, e é importante deixar claro que o leite contém tudo que o bebê necessita
para essa fase de seu desenvolvimento. Diferentemente do que algumas pessoas
afirmam, não existe leite fraco.
O leite materno é produzido nas glândulas mamárias e é um alimento perfeito
para o bebê. Ele apresenta uma composição nutricional balanceada que não
necessita da complementação de outros alimentos nas fases iniciais de
desenvolvimento. Proteínas, carboidratos e lipídios (gorduras) estão presentes no
leite materno, bem como anticorpos, substâncias antimicrobianas, anti-inflamatórias
e enzimas.
Nos primeiros dias, logo após o parto, a mulher vai produzir o colostro, que
apresenta composição distinta do chamado leite maduro, secretado cerca de duas
semanas após o parto. Nesse sentido, o colostro caracteriza-se por ser mais viscoso
e por apresentar uma concentração mais elevada de proteínas e uma menor
quantidade de gordura.
No colostro destaca-se a grande quantidade de substâncias que atuam na
defesa do corpo, tais como anticorpos, sendo considerado a primeira vacina do
bebê. Vale salientar que, mesmo secretado em pouca quantidade, ele é suficiente
para suprir as necessidades do bebê.
De maneira gradual, a composição do leite modifica-se, e, por volta do sexto
dia após o parto, temos o chamado leite de transição. Nele vemos um aumento da
concentração de gordura e uma redução das proteínas.
O leite maduro é o estágio final do desenvolvimento do leite, e nele temos
uma combinação perfeita de proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais e
vitaminas. A água também está presente, constituindo por 87,5% desse leite. É por
esse motivo que o bebê, nos seus primeiros meses de vida, não necessita ingerir
água.
É importante deixar claro que os nutrientes presentes no leite também variam no
decorrer da mamada. No final dela, temos uma maior concentração de gordura,
sendo fundamental, portanto, que ela não seja interrompida. É esse leite rico em
gordura que vai garantir que o bebê sinta-se saciado e também ganhe peso.
De acordo com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, não existe
tempo exato para cada mamada, sendo ela finalizada quando o bebê solta o seio de
maneira espontânea. Entretanto, é importante que o bebê esvazie uma das mamas
para garantir o leite do final da mamada.

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO

A amamentação é importante tanto para o bebê quanto para a mãe,


apresentando benefícios que vão muito além da simples nutrição. Veja, a seguir,
alguns deles:

 De acordo com o Ministério da Saúde, a amamentação reduz em até 13% a


mortalidade por causas evitáveis de crianças com até cinco anos de idade.

 O aleitamento materno reduz os casos de diarreia, infecções respiratórias,


alergias, diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade.

 A amamentação promove um melhor desenvolvimento da cavidade bucal do


bebê.

 Estudos demonstram que crianças que foram amamentadas apresentam


melhor desenvolvimento cognitivo.

 Amamentar reduz o risco de câncer de mama nas mulheres.

 A amamentação acelera a perda de peso pela mãe.

 Estudos indicam que a amamentação reduz os riscos de fraturas ósseas por


osteoporose.

 O aleitamento materno permite que o útero volte ao tamanho normal mais


rapidamente.

 A amamentação funciona como um importante método contraceptivo nos


primeiros seis meses, entretanto, a mulher deve estar amamentando
exclusivamente ou predominantemente e não pode ter tido menstruação.

 A amamentação reforça os laços entre a mãe e a criança.


A amamentação é recomendada até o segundo ano de vida da criança,
sendo indicado o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, ou seja,
primeiros meses, apenas o leite deve ser oferecido. Muitas pessoas, no entanto,
acreditam que ele não será capaz de garantir todos os nutrientes adequados para o
bebê e acabam fornecendo outros alimentos, o que aumenta, por exemplo, o risco
do bebê desenvolver diarreia.Nos primeiros seis meses de vida, não é necessário
nem mesmo oferecer água ao bebê, pois ela está presente em quantidade suficiente
no leite. A partir dos seis meses de vida, a criança deve ter sua alimentação
complementada, porém o leite deve ainda ser oferecido até o segundo ano de vida.
Apesar de parecer uma capacidade inata do indivíduo, esse ato nem sempre é fácil. Muitas
mães não sabem como colocar a criança para a amamentar ou se ela está alimentando-se
da forma correta. Isso é muito normal, e a mãe pode conseguir orientação na própria
maternidade.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia destaca que, para
conseguir uma mamada adequada, o pescoço do bebê deve está ereto ou um pouco
curvado para trás, sem estar distendido. Além disso, a boca da criança deve estar
bem aberta, seu corpo deve estar voltado para o da mãe, e sua barriga deve está
encostada no tórax da mãe, com todo o corpo do bebê recebendo sustentação.
Ainda de acordo com a sociedade, o queixo do bebê deve tocar o seio da
mãe, seu lábio inferior deve estar virado para fora, e deve-se observar mais aréola
acima da boca do que abaixo. A dor ao amamentar-se pode indicar que a pega do
bebê está incorreta.É importante que as mães estejam atentas à criança no
momento da amamentação e saibam identificar problemas nas mamadas. Caso
suspeite que a mamada não está adequada, é fundamental que a mãe busque ajuda
de um profissional.
Os recém-nascidos possuem instintos logo que nascem que os tornam
capazes de responder às suas necessidades mais básicas, mas também de
aprenderem rapidamente as técnicas e informações que precisam para se
desenvolverem.
Os reflexos são respostas involuntárias e imediatas de estruturas como os músculos
ou as glândulas, a um estímulo de um determinado receptor. Os recém-nascidos já
possuem vários reflexos que lhes orientam os primeiros movimentos. Embora muitas
pessoas pensem que os bebês, nos seus primeiros dias de vida, não têm muitos
movimentos, e se limitam a comer, dormir e chorar, essa ideia é errada, na medida
em que eles dispõem de um vasto conjunto de movimentos, a maior parte dos quais
reflexivos.
A origem e utilidade desses reflexos, que são inatos, foi longamente discutida
e, embora alguns sejam claramente associados a instintos de sobrevivência, outros
têm talvez objetivos de exploração ou aprendizagem. O certo é que os reflexos são
uma forma do bebê se movimentar e de contactar com o novo mundo que o rodeia
obtendo dele a proteção, o alimento e as informações de que necessita para um
crescimento saudável.
Alguns dos reflexos que são observados ao nascimento vão desaparecendo
com a evolução do bebê e da criança, que encontra outras formas de preencher as
suas necessidades mais básicas.
Tipo de reflexos
Existem 6 tipos de reflexos num recém-nascido:
O reflexo de alimentação – os bebês sentem a necessidade de se alimentarem e
por isso tendem a mover a boca no sentido da fonte de alimentação, ficando de boca
aberta e pronto a mamar; este reflexo geralmente dura apenas alguns meses até
que o bebê aprende de onde vem a comida que ingere e já sabe antecipar a sua
hora.
O reflexo de sucção – quando um objeto é colocado na boca do bebê, este tende
imediatamente a chupar nele. Isto acontece mesmo que não tenha fome pois é um
reflexo que poderá durar também alguns meses até que o bebê consiga associar a
mamada à satisfação da fome.
O reflexo de preensão – os bebês tendem a agarrar tudo aquilo que lhes é
colocado próximo da mão ou na sola do pé. A firmeza com que o bebê pode agarrar
o dedo da mãe poderá ser de tal ordem que possa suportar o peso do seu corpo.
Este reflexo também tende a desaparecer ao longo do primeiro ano de vida.
O reflexo lateral – se a cabeça do bebê for virada para um lado, o corpo do bebê
desse lado, principalmente o braço e a perna, têm a tendência para se endireitar
enquanto a outra metade do corpo se encurva. O objetivo deste reflexo é pouco
óbvio, sendo algumas vezes atribuído aos movimentos voluntários associados à virar
de lado que o bebê poderá executar mais tarde, tendendo a desaparecer no sexto
mês de vida.
O reflexo da marcha – ao colocar um bebê de pé em cima de uma mesa ou no
chão, logo a partir do quarto dia, ele tem tendência para se tentar firmar nas pernas
e dar alguns passos. Este reflexo desaparece depois de alguns meses e só volta no
final do primeiro ano quando o bebê começa a tentar dar os primeiros passos.
O reflexo de susto – este reflexo surge quando o bebê se assusta ou quando pensa
que vai cair ou for largado e surge muitas vezes quando os pais colocam o bebê no
berço muito depressa. O recém-nascido tem tendência para levantar os braços e
pernas, arqueando as costas e voltando a enrolar-se novamente, com os dedos
esticados como que procurando agarrar-se e geralmente emitindo um pequeno grito;
este reflexo também tende a desaparecer no terceiro mês de vida.
Teste dos reflexos do bebê
Dada a importância dos reflexos para o desenvolvimento das crianças, este
é um dos primeiros aspectos que os médicos testam após o nascimento de um
bebê.
O reflexo de Susto é testado para verificar se o bebê reage adequadamente a uma
situação em que é assustado. Um teste positivo é um bom indicador da saúde do
bebê e das suas respostas futuras ao seu crescimento e desenvolvimento.
Outros reflexos são verificados durante o exame médico a que o bebê é submetido
nas primeiras horas de vida, mas a maior parte dos reflexos observados servem
apenas para a primeira fase da vida, tendendo a desaparecer muito rapidamente e a
serem substituídos por movimentos voluntários do mesmo gênero.
CONCLUSÃO

Aleitamento Materno sobre as demais formas de alimentar a criança


durante seus primeiros dois anos de vida. Sendo este ainda fundamental para
redução da mortalidade infantil, o que permite analisar como necessária a
implementação de ações que promovam, incentivem e apóiem o aleitamento
materno O presente estudo evidenciou ainda que mesmo de acordo com as
recomendações da Organização Mundial de Saúde as prevalências de aleitamento
materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão bastante
aquém das recomendadas. A partir dos seis meses de idade, a alimentação tem a
função de complementar a energia e outros nutrientes necessários para o
crescimento saudável e pleno desenvolvimento das crianças
REFERÊNCIA

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Amamentação"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/amamentacao.htm. Acesso em 25
de outubro de 2022.

https://maternidadesantamaria.com.br/amamentacao/

http://www.materlife.com.br/materlife/2010/09/reflexos-e-instintos-de-
sobrevivencia/
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