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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

CURSO: Ciências Biológicas - Bacharelado


DISCIPLINA: Histologia
NOME DO ALUNO: Alessandra de Mizio Pimenta
R.A: 2224391 POLO: Tatuapé
DATA: 16/04/2023 e 29/04/2023

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TÍTULO DO ROTEIRO: Cortes histológicos

INTRODUÇÃO:
Histologia (do grego hystos = tecido + logos = estudo, conhecimento) é também
denominada Anatomia Microscópica [Junqueira & Carneiro - Histologia, 1999] ou Biologia Tecidual
[ABRAHAMSOHN, Paulo - Histologia, 2016]. Estas denominações se referem ao ramo da Biologia que
estuda a estrutura microscópica e as funções das células, tecidos e órgãos que compõem os
organismos animais e vegetais. Um setor da Histologia dedicado especificamente ao estudo das
células, denominado antigamente Citologia, desenvolveu-se em um importante ramo da ciência
denominado Biologia Celular.
Já na área da saúde, a histologia humana permite realizar diagnósticos de diversas doenças a partir
de estudos comparativos entre tecidos saudáveis e doentes.

Método de Estudo
Para estudo dos tecidos são feitos cortes muito finos, que passam por processo de fixação e
coloração. São usados corantes como: eosina, hematoxilina, azul de metileno, entre outros, que
destacam as estruturas celulares.
Depois os cortes são colocados em lâminas de vidro e levados ao microscópio. Um estudo simples
de tecidos animais é feito no microscópio óptico.
Para realizar diagnósticos, por exemplo, a microscopia eletrônica com técnicas mais avançadas
permite detectar alterações nas células.

Objetivo Geral:
Nesta aula prática observamos as estruturas celulares da tireoide, pele (grossa e fina), traqueia,
bexiga, fígado, glândula salivar e tendão, através do microscópio ótico. O importante é entender a
coloração para cada estrutura de Hematoxilina e Eosina, que através destes corantes
identificaremos a verificação de núcleo e citoplasma da célula.

Objetivo:
Visualizar os diferentes tipos de cortes e observar a diferença de visualização nos diferentes
formatos de corte

Aula 1 – Roteiro 1: Cortes Histológicos

1) Preparação de Tecido

Iniciamos o procedimento através da preparação dos tecidos, começando pelo


conhecimento do corte. O corte deve ser sempre na posição anatômica para que seja
delgada na posição delgada para a luz passar pelo tecido e conseguirmos e conseguirmos
enxergar toda a estrutura celular. Esse processo chamamos biopsia.
Após esse processo para um preparo permanente, fragmentos de tecidos, costumam passar
por um processo chamado fixação que é feito através de agentes químicos como por
exemplo formaldeído ou físico, pelo método de congelamento por exemplo.

Os fragmentos são cortados através de um aparelho chamado micrótomo para obtenção


precisa das fatias que podem ser observadas através de um microscópio de luz. Estas fatias
são denominadas cortes histológicos.

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2) Tipos de cortes

• Transversal => Corte horizontal e total. Profundo o suficiente para permitir a observação
dos tecidos internos.

Figura 1 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

• Longitudinal=> Corte vertical e total realizado ao meio da estrutura em direção vertical.


Permite a visualização de tecidos internos.

Figura 2 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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• Longitudinal Excêntrico => Corte vertical e total realizado próximo a lateral (esquerda ou
direita) da estrutura em direção vertical. Permite a visualização de tecidos internos.

Figura 3 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

• Longitudinal Tangencial => Conte horizontal e total realizado próximo ao hemisfério


inferior ou superior da estrutura em direção horizontal. Permite a visualização de tecidos
internos.

Figura 4 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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• Corte Obliquo => Corte Transversal ou axial divide horizontalmente perpendicular aos
planos mediano e frontal, dividindo o corpo em superior e inferior. Há também o corte
oblíquo, um corte de plano angulado não paralelo. Permite a visualização de tecidos
internos.

Figura 5 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

O procedimento para a realização de tais cortes é feito em seis etapas:

• Inicialmente realiza-se o corte => É aconselhado se fazer réplicas e escolher os mais


transparentes
• Depositar o corte em placa de petri com água => Isso perite que o corte não desidrate
• Depositar o corte em hipoclorito por 2 min.= > Assim a limpeza do corte é feita. Após deve-
se retirar o excesso em água.
• Corar o corte por 2 min. => Essa etapa é realizada com corante específico, seja fuxina
(para corar lignina) seja lugol (para corar amido). Após deve-se depositar o corte na água
para tirar o excesso de corante.
• Depositar o corte na lâmina;
• Cobrir o corte com a lamínula => em posição de 45º

Após este procedimento o corte está pronto para ser observado no microscópio óptico.

Figura 6 – Foto retirada site morfoanatomiavegetal.wordpress.com/cortes-histologicos/

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Aula 1 – Roteiro 2: Coloração de Hematoxilina e Eosina (H/E)

Objetivo:
Visualização de lâminas contendo a coloração de rotina utilizada na histologia com os corantes
denominados de hematoxilina e eosina (H/E) para verificação de núcleo e citoplasma da célula.

Tipos de corantes:

A maioria dos cortes histológicos é submetida a uma coloração para permitir seu estudo ao
microscópio de luz.
Para esta finalidade foram desenvolvidos ao longo do tempo inúmeras soluções de corantes e de
misturas corantes. As misturas mais utilizadas são as que melhor distinguem os diversos
componentes das células e da matriz extracelular (MEC) assim como corantes que demonstram
tipos celulares específicos.
Uma das técnicas mais utilizadas é a que reúne dois corantes chamados hematoxilina e eosina e
a coloração é denominada abreviadamente HE ou H&E. Os cortes são habitualmente corados
inicialmente com hematoxilina e em seguida com eosina.

A hematoxilina é um corante básico, que tem atração a substâncias ácidas (lembre-se que os
opostos se atraem). Essas substâncias ácidas, portanto, são coradas pela hematoxilina, e recebem
o nome de basófilas. A solução é um azul – arroxeado e cora em vários componentes da célula e
extracelular.

A eosina é um corante vermelho. Dessa forma, tudo aquilo que você observar na lâmina com essa
cor é uma substância básica, e que foi atraída pela eosina (que é ácida), sendo, então, uma
substância acidófila. A solução é rosada e presente para corar em citoplasma. As fibras do colágeno
do tecido conjuntivo na matriz extracelular, possui proteína de colágeno e se cora pelo rosa pela
eosina, após a coloração hematoxilina.

Pele grossa em corante H&E

Figura 7 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé


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Pele grossa em corante H&E
Figura 8 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 9 - EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO


Fonte - https://mol.icb.usp.br/index.php/2-20-tecido-epitelial-de-revestimento/

Corante Básico Corante Ácido


H Cora Ácido E Cora Base
ACIDOFILIA BASOFILIA / EOSINOFILIA

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Aula 1 – Roteiro 3: Tireoide

Objetivo:
Visualização da lâmina de tireoide para a visualização do epitélio e do folículo tireoidiano.

1) Tecido Epitelial:

1.1) Tecido Epitelial de Revestimento


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO TECIDO EPITELIAL:
• Suas células mantêm muito pouco espaço entre si, portanto, são justapostas, havendo muito
pouco material extracelular entre si.
• Suas células estabelecem muitas junções intercelulares entre si.
• A forma de suas células é bastante diversa, desde achatada até piramidal, passando por
esférica, cúbica e colunar.
• O tecido epitelial não contém vasos sanguíneos, com muitas poucas exceções.
Suas células estão sempre apoiadas sobre tecido conjuntivo no qual existem vasos
sanguíneos e linfáticos que fornecem oxigênio, nutrientes e outras moléculas ao epitélio e
recolhem gás garbônico, líquido, metabólitos e secreções.
• Na interface das células epiteliais com o tecido conjuntivo há uma delgada lâmina de um
complexo de macromoléculas denominada lâmina basal. O conjunto constituído pela lâmina
basal e pelas fibras do tecido conjuntivo adjacentes à lâmina basal pode ser visível ao
microscópio de luz e é denominado membrana basal. As células epiteliais estão, portanto,
sempre apoiadas sobre uma lâmina basal.
• O contacto das células epiteliais com a lâmina basal induz uma organização específica na
grande maioria das células epiteliais, denominada polarização. A polarização significa que
as diferentes regiões das células epiteliais podem ter organizações
características e diferentes conteúdos de organelas resultando em diferentes funções.
• Como resultado da polarização, a porção da célula que se apoia na lâmina basal é
denominada região basal e a porção oposta, frequentemente voltada para uma cavidade, é
denominada região apical.
• As células epiteliais frequentemente têm especializações da sua membrana plasmática, tais
como microvilosidades, cílios, estereocílios, além das junções intercelulares.

Sendo assim o epitélio de revestimento cobre a superfície do corpo, funcionando como barreira
física, mecânica e imunológica. Reveste os tratos digestório, respiratório e urogenital, as cavidades
corporais e os vasos sanguíneos e linfáticos. Formam as unidades funcionais das glândulas de
secreção exócrina e endócrina.

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Figura 10 – EPITÉLIO DE REVISTIMENTO
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-23-tecido-epitelial-de-revestimento-2/

1.2) Tecido epitelial glandular


CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DO EPITÉLIO GLANDULAR
Os epitélios glandulares ou epitélios secretores constituem uma divisão do Tecido Epitelial,
especializados em secreção celular. O termo secreção é aqui usado no seu sentido mais amplo
que inclui:

• síntese de moléculas novas a partir de precursores menores – por exemplo, síntese de


proteínas.
• modificação de moléculas preexistentes – por exemplo, secreção de esteroides.
• transporte de íons – por exemplo, secreção de suor e de parte da saliva.

Sendo uma divisão do Tecido Epitelial, as células glandulares ou secretoras têm todas as
características de células do tecido epitelial, entre as quais se destacam:
• Grande proximidade e adesão entre as células.
• Pequena quantidade de matriz extracelular entre as células.
• Polaridade das células.
• Presença de uma lâmina basal.

Disposição das células secretoras:


Diferente das células dos epitélios de revestimento, as células do epitélio glandular quase sempre
se dispõem em uma só camada. Esta camada, no entanto, não é plana como nos epitélios de
revestimento. As células do epitélio secretor geralmente assumem arranjos
tridimensionais constituindo as glândulas.

Epitélios que secretam:


A divisão do Tecido Epitelial em duas categorias, porém, não significa que um epitélio de
revestimento não possa também secretar. Veja dois exemplos:
No módulo anterior foram mostradas células secretoras inseridas entre as células de um epitélio
de revestimento – as células caliciformes, encontradas no epitélio “respiratório”, intercaladas entre
as células de revestimento. As células caliciformes também estão presentes em grande
quantidade no epitélio da mucosa intestinal.
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Todas as células do epitélio simples prismático que reveste internamente a cavidade do
estômago são secretoras.

Como se organizam as células secretoras:


As células epiteliais secretoras podem, portanto, assumir vários tipos de arranjos:
• Dispor-se individualmente entre outras células (p. ex.: células caliciformes).
• Participar de um epitélio de revestimento que também é secretor (p. ex.: mucosa do
estômago).
• Constituir agrupamentos de dimensões muito variadas chegando a formar órgãos
especializados em secreção, chamados glândulas.

Figura 11 - Tecido epitelial glandular (Tireoide)


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/3-22-tecido-epitelial-glandular/

1.3) Glândulas endócrinas


Tireoide
A glândula tireoide é uma glândula endócrina do tipo folicular ao contrário das outras glândulas
endócrinas, que são do tipo cordonal.
As células secretoras de hormônios da tireoide (também chamadas tirócitos) constituem pequenas
esferas de diâmetros variados de 100 a 800 µm (0,1 a 0,8 mm) denominados folículos tireoidianos.
As células formam a parede dos folículos sob forma de um epitélio simples que geralmente é
cúbico. No entanto, dependendo do estado de atividade do folículo ou de situações patológicas, o
epitélio pode variar de plano a colunar.
O interior do folículo é ocupado por uma substância secretada pelas células foliculares,
denominada coloide.

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Figura 12 – Tireoide em coloração H&E
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/14-12-glandulas-endocrinas/

Figura 13 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé


Lâmina de Tireoide em Microscópio com aumento 40x, 100x e 400x

Aula 1 – Roteiro 4: Pele

Objetivo:
Visualização da lâmina de pele grossa e pele fina para a visualização do epitélio e do tecido
conjuntivo propriamente dito.

Tecido epitelial: No nosso corpo, existem muitos tipos de células, com diferentes formas e funções.
As células estão organizadas em grupos, que, “trabalhando” de maneira integrada, desempenham
juntas uma determinada função. Esses grupos de células são os tecidos. As células do tecido
epitelial ficam muito próximas umas das outras e quase não há substâncias preenchendo espaço
entre elas. Esse tipo de tecido tem como principal função revestir e proteger o corpo. Forma a
epiderme, a camada mais externa da pele, e internamente reveste órgãos como a boca e o
estômago. O tecido epitelial também forma as glândulas – estruturas compostas de uma ou mais
células que fabricam, no nosso corpo, certos tipos de substâncias como hormônios, sucos
digestivos, lágrima e suor.

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1) Pele grossa (epitélio/conjuntivo/adiposo)
A pele grossa ou espessa é tipicamente encontrada na sola dos pés, palma das mãos, cotovelos e
joelhos.
Possui uma epiderme grossa ou espessa, formada por muitas camadas de células (epiderme
destacada em verde claro) e um espesso estrato córneo (em verde escuro). Veja a figura superior.
Os vários estratos são geralmente bem definidos e reconhecidos.
A derme também é espessa. É constituída de tecido conjuntivo denso não modelado e apresenta
glândulas sudoríparas (destacadas em azul escuro), porém não apresenta folículos pilosos, pelos
e nem glândulas sebáceas.

Figura 14 - Pele grossa. Coloração: hematoxilina e eosina. Vista panorâmica.


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/15-3-pele/

Figura 15 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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Figura 16 - Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado
Fonte: ROSS; WOJCIECH, 2017 e AARESTRUP, 2012

Figura 17 – Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Tecido adiposo unilocular: Células grandes, globosas e comprimidas entre si, dando um aspecto
angular. O citoplasma é reduzido a uma porção delgada periférica, contendo o núcleo muito
achatado.
O nome unilocular é pelo fato de que cada adipócito se encontra repleto de uma única e grande
gotícula lipídica de gordura neutra. No corpo humano adulto ele existe em maior quantidade que o
multilocular. A cor do tecido unilocular varia entre o branco e o amarelo-escuro, dependendo da
dieta.

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Figura 18: Tecido Adiposo Unilocular 400x
Fonte: https://histoembrio.saomateus.ufes.br/tecido-adiposo-laminas

Tecido adiposo multilocular: Aspecto esponjoso. O citoplasma aparece formando uma rede. O
núcleo é esférico e central com o nucléolo visível.
O tecido adiposo multilocular também é denominado de pardo devido à sua cor, decorrente da
vascularização abundante e da presença de mitocôndrias. Estas são ricas citocromos que lhes
confere cor avermelhada. O tecido multilocular tem distribuição restrita no feto humano e
extremamente reduzida no adulto.

Figura 19: Tecido Adiposo Multilocular 100x


Fonte: https://histoembrio.saomateus.ufes.br/tecido-adiposo-laminas

2) Pele fina
A epiderme é delgada, com poucas camadas de células (destacada em verde claro) e estrato
córneo igualmente delgado – destacado em verde escuro. O estrato espinhoso e principalmente o
estrato granuloso são delgados e às vezes difíceis de serem percebidos.
A derme constituída de tecido conjuntivo denso não modelado é delgada, com glândulas
sudoríparas (em azul escuro), glândulas sebáceas (em azul claro) e folículos pilosos (em bege).
Note que as glândulas sebáceas estão associadas aos folículos pilosos.

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Figura 20: Pele fina. Coloração: hematoxilina e eosina. Vista panorâmica.
Fonte: https://histoembrio.saomateus.ufes.br/tecido-adiposo-laminas

Figura 21: Pele Fina em Lente 40x e 100x


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Aula 2 – Roteiro 1: Traqueia, pulmão e intestino delgado

Objetivo:
Visualização da lâmina de traqueia e de intestino delgado para visualização dos diferentes tipos de
epitélio e das particularidades de cada lâmina.

1) Traqueia
A traqueia é um órgão do sistema respiratório, cilíndrico e tubular, que se localiza entre a laringe e
os brônquios e cuja função é filtrar, umedecer e conduzir o ar aos pulmões.

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Uma das características mais relevantes da traqueia é a existência em sua parede de uma série de
anéis superpostos de cartilagem hialina em forma de uma letra C.
A porção aberta destas peças em C está voltada para a região dorsal do órgão. Veja na imagem
uma destas cartilagens ressaltada em azul claro.
A região aberta dos anéis é “tampada” por feixes de músculo liso que se ancoram nas extremidades
dos anéis cartilaginosos. Observe o músculo liso ressaltado em vermelho.
A parede é internamente revestida por uma mucosa – seu epitélio de revestimento está ressaltado
em cor laranja.
Nesta imagem observa-se músculo esquelético – ressaltado em verde claro. Pertence à parede do
esôfago, órgão adjacente à traqueia.

1.2) EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO


O epitélio pseudoestratificado mostrado na figura é do revestimento de uma traqueia, também
denominado epitélio respiratório. Apesar de sua denominação, não participa da troca de gases
entre o sangue e o ar inspirado.
Observe a presença de núcleos em várias alturas da camada epitelial, porém eles não se distribuem
em camadas distintas, como no caso do epitélio estratificado cúbico-prismático já visto
anteriormente.

Figura 22: Traqueia. Coloração: HE. Aumento: médio.


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-28-tecido-epitelial-de-revestimento/

1.3) CARTILAGEM HIALINA


A cartilagem hialina é uma forma avascular de tecido conjuntivo, composta de células denominadas
condrócitos e de matriz extracelular de aparência homogênea e altamente especializada. A matriz
da cartilagem hialina contém fibras colágenas do tipo II, glicosaminoglicanos (GAG), proteoglicanos
e glicoproteínas multiadesivas.
A cartilagem hialina é encontrada no adulto como arcabouço estrutural para a laringe, a traqueia e
os brônquios; ocorre nas extremidades articulares das costelas e na superfície das articulações
sinoviais. Além disso, a cartilagem hialina constitui grande parte do esqueleto fetal e desempenha
importante papel no crescimento da maioria dos ossos.

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Figura 23: Traqueia. Coloração: hematoxilina e eosina.
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/6-3-tecido-cartilaginoso/

Figura 21: epitélio e a cartilagem hialina da traqueia


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

1.4) Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.


É um tipo especial de epitélio, pois na verdade, é um epitélio simples, apenas difere na posição
irregular do núcleo na célula, que podem se localizar em posição apical ou basal. Na superfície do
epitélio encontram-se os cílios e células caliciformes. Este tecido está presente na traqueia, e maior
parte dos órgãos do trato respiratório, tuba auditiva, brônquios primários, saco lacrimal. No
epidídimo é também encontrado, exceto os cílios, pois são na verdade estereocílios (não se
movimentam).

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Figura 22: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.
Fonte: http://image.slidesharecdn.com/epiteliodibujosdeatlas

Figura 23: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

2) Pulmão
O pulmão é um órgão do sistema respiratório formado por milhões de alvéolos pulmonares e
envolto por uma membrana denominada de pleura. Os pulmões são órgãos que fazem parte do
sistema respiratório e exercem um importante papel no processo de trocas gasosas.
A característica histológica mais marcante dos brônquios extra ou intra-pulmonares é a presença
em sua parede de várias pequenas peças de cartilagem hialina.
Neste aspecto se diferenciam da traqueia a qual possui anéis cartilaginosos incompletos com
abertura na porção dorsal do órgão.
Uma camada de músculo liso se situa em toda a volta da parede dos brônquios.

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Figura 24: Pulmão. Coloração: hematoxilina e eosina.
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/18-11-sistema-respiratorio/

2.1) Alvéolo Pulmonar


Sacos alveolares.
A maior parte do parênquima do pulmão é constituído de alvéolos pulmonares.
O lúmen de alvéolos pode se comunicar diretamente com o lúmen de bronquíolos respiratórios e
de dutos alveolares.
Uma estrutura muito comum nos pulmões são os sacos alveolares. São espaços de distribuição de
ar nos quais se abrem alvéolos.

Figura 25: epitélio e alvéolos pulmonares


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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Figura 26: Pulmão. Coloração: hematoxilina e eosina
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/18-23-sistema-respiratorio/

2.2) Epitélio Respiratório

O epitélio respiratório é caracterizado por ser pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células
caliciformes, é um epitélio de revestimento altamente especializado, as células caliciformes e os
cílios são importantes mecanismos de defesa desse epitélio.

Figura 27: organização das células e dos alvéolos


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

3) Intestino delgado
O intestino delgado é o órgão responsável pela absorção dos alimentos, permitindo que os
minerais, as vitaminas e nutrientes sejam aproveitados pelo organismo. Embora o intestino delgado
represente praticamente ¾ do sistema digestivo, é muito raro o desenvolvimento de um câncer
nesse órgão.
A principal característica do intestino delgado é a presença de inúmeras projeções da mucosa em
forma de dedos, denominadas vilosidades intestinais.
Como são projeções da mucosa, as vilosidades são revestidas por epitélio de revestimento que é
apoiado sobre a lâmina própria da mucosa.

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Figura 28: Intestino delgado – jejuno-íleo. Coloração: hematoxilina e eosina
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/16-13-tubo-digestivo/

Figura 28: epitélio cilíndrico simples e a célula caliciforme


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 29: epitélio cilíndrico simples, as células caliciformes e a borda em escova


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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Aula 2 – Roteiro 2: bexiga, fígado e glândula salivar

Objetivo:
Visualização das lâminas de bexiga, fígado e glândula salivar e observação das diferenças das
estruturas.

1) Bexiga
A bexiga é um órgão flexível, de paredes musculares, localizado na pelve. A sua principal função
é armazenar urina antes de ser eliminada do corpo.
Uma mucosa bastante pregueada, que se torna mais lisa à medida que a bexiga é preenchida por
urina. A mucosa é revestida por um epitélio de transição.
O epitélio de transição está apoiado sobre uma lâmina própria constituída por um
característico tecido conjuntivo propriamente dito do tipo frouxo.
Externamente à mucosa há feixes de músculo liso.

Figura 30: Bexiga. Coloração: hematoxilina e eosina


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/19-16-aparelho-urinario/

1.1) EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO – Bexiga


O epitélio denominado de transição reveste internamente a bexiga e outros locais ocos do sistema
urinário.
À primeira vista parece ser um epitélio estratificado formado por várias camadas de células
esféricas ou poliédricas.
Ele tem, no entanto, duas particularidades que o diferenciam de outros epitélios estratificados.
Uma particularidade é a presença de células de dimensões grandes na camada mais superficial do
epitélio. Estas células têm a sua superfície livre em forma de cúpula ou abóboda (destacada em
azul).
A segunda particularidade consiste na mudança da espessura do epitélio e da forma de suas
células em função do preenchimento da bexiga. Quando este órgão está vazio ou pouco cheio o
folheto epitelial é espesso. Quando a bexiga está cheia o epitélio se torna mais delgado e as células
superficiais podem se tornar achatadas. Há uma acomodação das células epiteliais dependendo
da pressão interna na bexiga.

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Figura 31: Bexiga. Coloração: HE
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-25-tecido-epitelial-de-revestimento/

Uma característica muito importante das células do epitélio de transição é sua capacidade de se
rearranjar nos diferentes estados de preenchimento da bexiga.
Quando a bexiga está esvaziada ou com pouca urina o epitélio é mais alto e formado por maior
número de camadas. Quando a bexiga contém muita urina, as células epiteliais se rearranjam, o
número de camadas pode diminuir, o epitélio fica mais delgado e as células superficiais se tornam
mais achatadas.

Figura 32: EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-25-tecido-epitelial-de-revestimento/

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Figura 33: estrutura e a organização dos diferentes tecidos
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 34: epitélio transicional e o formato das células que o compõem


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

2) Fígado
O fígado é considerado a maior glândula do corpo humano. Tem coloração vermelho-escuro e pode
ser dividido em dois lobos, sendo o direito bem maior que o esquerdo. Funciona tanto como
glândula exócrina, liberando secreções em uma superfície externa, quanto como glândula
endócrina, já que também libera substâncias no sangue e nos vasos linfáticos. Localiza-se no lado
direito do abdômen, sob o diafragma. Seu peso é de aproximadamente 1,3 a 1,5 kg nos adultos.
O fígado executa muitas funções fundamentais para o organismo, entre elas:
• Secretar a bile: a bile é produzida pelo fígado, armazenada na vesícula biliar e enviada ao
intestino, onde funciona como detergente e ajuda na dissolução e aproveitamento das
gorduras;
• Armazenar glicose: a glicose extraída dos alimentos é armazenada no fígado sob a forma
de glicogênio, que fica à disposição do organismo para quando ele precisar de energia;
• Produzir proteínas nobres, como a albumina, que mantém a água dentro do organismo;
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Como no interior do fígado não há nervos, o órgão não dói e, portanto, apesar da cápsula que o
envolve ser bastante enervada, costuma não apresentar sintomas quando atingido por alguma
doença.

O fígado é constituído principalmente de células hepáticas, ou hepatócitos. Em cortes


histológicamente preparados, pode-se observar unidades estruturais chamadas lóbulos hepáticos.
Em humanos, os lóbulos estão em íntimo contato, o que dificulta a sua observação.

2.1) Estrutura dos tecidos e a organização glandular

O fígado é revestido por uma cápsula delgada de tecido conjuntivo denso não modelado, a cápsula
de Glisson, e é recoberto pelo peritônio. O tecido conjuntivo da cápsula estende-se para o interior
do parênquima hepático, onde se observa unidades estruturais chamadas lóbulos hepáticos.

As células predominantes no fígado são células do tecido epitelial chamadas hepatócitos.

Note que os hepatócitos se organizam em forma de colunas ou cordões. Em cortes estes cordões
aparecem como células enfileiradas, mas na verdade são placas tridimensionais de hepatócitos.
Mais adiante veremos que os cortes muito delgados de estruturas tridimensionais necessitam ser
adequadamente interpretados para se conhecer a verdadeira estruturação das células nos
tecidos e órgãos.
Entre as placas de hepatócitos há espaços por onde passa sangue.
A barra situada na porção inferior direita da figura mede 20 μm.

Figura 35: Fígado. Coloração: HE.


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/1-4-conceitos-basicos/

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Figura 36: estrutura dos tecidos e a organização glandular
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 37: Aumento de 100X e 400X (Fígado)


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

3) Glândula salivar
As glândulas salivares são as responsáveis pela produção da saliva que é encontrada na cavidade
oral.
A saliva é composta por enzimas que iniciam o processo de digestão dos alimentos, essa também
contém anticorpos e outras substâncias que ajudam a evitar infecções.

3.1) A glândula submandibular (azul escuro) e a glândula sublingual (azul claro) são recobertas por
uma cápsula de tecido conjuntivo. São compostas por unidades secretoras que lançam sua
secreção em um sistema de dutos. Estes modificam a secreção e a conduzem para a cavidade
oral. [https://mol.icb.usp.br/index.php/13-2-2-glandulas-salivares-2/]

26
Figura 38: Visão panorâmica – Glândula sublingual
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/13-2-2-glandulas-salivares-2/

3.2) Asporções secretoras das glândulas salivares maiores são agrupadas em grandes conjuntos
denominados lobos. Observe em azul claro e azul escuro os lobos que podem ser distinguidos
nesse corte de glândulas salivares.
Os lobos principais são separados entre si por lâminas de tecido conjuntivo denominadas septos,
que se continuam com o tecido conjuntivo da cápsula. Nos septos se localizam os vasos
sanguíneos, nervos e dutos mais calibrosos das glândulas.
Os lobos, por sua vez, são subdivididos em porções menores denominados lóbulos, que podem
ser vistos na imagem. [https://mol.icb.usp.br/index.php/13-2-3-glandulas-salivares-2/]

Figura 39: Visão panorâmica – Glândula sublingual


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/13-2-3-glandulas-salivares-2/

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Figura 40: Aumento de 40x, 100x, 400x tecidos epitelial e conjuntivo
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Aula 2 – Roteiro 3: Tendão e fibras

Objetivo:
Visualização da lâmina de tendão para visualização da disposição dos feixes de fibras colágenas
do tipo I.

1) Tendão

O tendão é formado por tecido conjuntivo denso modelado e feixes de fibras colágenas do tipo I
dispostas paralelas entre si.

Tendões, estruturas que unem músculos esqueléticos a ossos, realizando, portanto, a inserção dos
músculos nos ossos.
No tendão as fibras colágenas são bastante espessas e muito organizadas, dispostas
paralelamente entre si. Essa disposição resulta na grande resistência do tendão a forças de tração.
Entre as fibras há fibroblastos e fibrócitos bastante alongados, dos quais geralmente o componente
visível são seus núcleos. [https://mol.icb.usp.br/index.php/4-36-tecido-conjuntivo/]

Figura: 41 tendão seccionado longitudinalmente


Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-36-tecido-conjuntivo/

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Figura 42: Tendão de Equino aumento 40X, 100X e 400X
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

1.2) Tecido Conjuntivo


Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão, composto de grande quantidade de matriz extracelular,
células e fibras. Suas principais funções são fornecer sustentação e preencher espaços entre os
tecidos, além de nutri-los. Existem tipos especiais de tecido conjuntivo, cada um com função
específica.

1.3) Tecido conjuntivo denso não modelado


Encontra-se abaixo do revestimento epitelial. Notar a forte coloração devido à grande concentração
de fibras colágenas. Os feixes são entrecruzados, grosseiros e de diversos calibres.

A matriz extracelular do tecido conjuntivo denso não modelado é composta principalmente de


fibras colágenas de diferentes espessuras dispostas em diversas direções.
Devido à orientação diversa de suas fibras colágenas este tecido resiste a pressões mecânicas e
trações originadas de várias direções.
As células residentes são as mesmas encontradas no tecido conjuntivo frouxo, com grande
predomínio de fibroblastos e fibrócitos. [https://mol.icb.usp.br/index.php/4-33-tecido-conjuntivo/]

Figura 43: Tecido conjuntivo não modelado


Fonte: Wheather et al. (2007)

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Figura 44: TECIDO CONJUNTIVO: pele grossa: derme papilar e reticular; coloração H&E; menor aumento
Fonte: https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/livros/atlas-de-histologia

1.4) Tecido conjuntivo denso modelado


O tecido conjuntivo denso modelado é o principal componente de tendões e ligamentos. Nele, o
colágeno está disposto em feixes paralelos entre si e alinhados aos fibroblastos.
[https://www.unioeste.br/portal]

Figura 45: TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO - Fibras colágenas


Lâmina de tendão; coloração H&E; maior aumento
Fonte: https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/livros/atlas-de-histologia/tecido-conjuntivo-propriamente-dito.html#tecido-
conjuntivo-frouxo-denso-n-modelado

Figura 46: TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO - Fibroblasto


Lâmina de tendão; coloração H&E; maior aumento
Fonte: https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/livros/atlas-de-histologia/tecido-conjuntivo-propriamente-dito.html#tecido-
conjuntivo-frouxo-denso-n-modelado

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Figura 47: TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO
Fonte: https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/livros/atlas-de-histologia/tecido-conjuntivo-propriamente-dito.html#tecido-
conjuntivo-frouxo-denso-n-modelado

Aula 3 – Roteiro 1: Cartilagem hialina e cartilagem fibrosa

Objetivo:
Verificar, através das lâminas, a diferença entre cartilagem hialina e cartilagem elástica.

1) Cartilagem Hialina
É a cartilagem mais comum, sua matriz predomina colágeno tipo II. Forma o 1° esqueleto do
embrião e está entre a diáfise e epífise, formando o disco epifisário de cartilagem hialina.
Apresenta o pericôndrio, que tem função de fazer novas células da cartilagem, favorecendo o
crescimento, tem a função de nutrição e oxigenação e eliminação dos resíduos.

Figura 48: Cartilagem Hialina


Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/historep

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1.1) Traqueia
A traqueia é um órgão tubular e cartilaginoso responsável por conduzir o ar que entra no corpo até
os brônquios.

• A traqueia é um tubo oco, formado por cartilagens, que faz parte do sistema respiratório.
• A estrutura é responsável por conduzir o ar do meio externo para os brônquios.
• A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que pode ser realizado de emergência ou de
forma eletiva e consiste na abertura da parede anterior da traqueia, permitindo a
comunicação com o meio externo por meio de uma cânula.

Figura 49: Traqueia em 40x (Cartilagem Hialina)


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Condrocitos

Condroblastos

Figura 50: Traqueia em 100x (Condrocitos e Condroblastos)


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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Pericondrio

Figura 51: Traqueia em 400x (Pericondrio / Tecido conjuntivo fibroso)


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

• Condrocitos e Condroblastos: Na periferia da cartilagem hialina observamos os


condroblastos, são células jovens com alto poder de síntese, apresentam forma alongada
e sintetizam os elementos da cartilagem. Mais profundamente, encontramos os
condrócitos, são arredondados e aparecem em grupos de até oito células, chamados
grupos isógenos, porque suas células são originadas de um único condrócito.

• Pericôndrio: O pericôndrio é formado por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágeno na
parte mais superficial- pericôndrio fibroso, porém gradativamente mais rico em células à
medida que se aproxima da cartilagem- pericôndrio celular.

2) Cartilagem Fibrosa
Essa cartilagem está associada a tecido conjuntivo denso, representa acidofilia pode conter
grande quantidade de fibras colágenas e possuir pouca matriz extracelular. Tem funções de
suporte e resistência.

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Aula 3 – Roteiro 2: Tecido ósseo

Objetivo: Visualização de lâminas de disco vertebral (ossificação endocondral), calota craniana e


do sistema de Harvers.

1) Tecido Ósseo
O tecido ósseo é um tipo especial de tecido conjuntivo. A mineralização da matriz fornece rigidez
ao tecido e a matriz de colágeno fornece alguma flexibilidade.

1.1) Disco Invertebral de Camundongo (Utilizado no lugar da lâmina de joelho)


Os discos intervertebrais funcionam como coxins lubrificados que previnem o desgaste do osso das
vértebras no decorrer dos movimentos da coluna espinal.

• Corte longitudinal da coluna invertebral de calda de camundongo


• Ossificação Endocondral
- Inicia com cartilagem hialina
- Zona de repouso cartilagem
- Cartilagem seriada ou de proliferação
- Cartilagem hipertrófica, calcificada e ossificação

Figura 52: Rabo de camundongo - Cartilagem fibrosa - aumento em 40x


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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Figura 53: Rabo de camundongo – Ossificação Endocondral – aumento em 100x
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 54: Rabo de camundongo - Da esquerda para direita, cartilagem hialina, zona de repouso, cartilagem seriada,
hiperbólica, calcificação e osso – aumento em 400x
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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Figura 55: Ossificação pata de cão de pequeno porte em aumento de 40x
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 56: Ossificação pata de cão de pequeno porte em aumento de 100x e 400x
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

1.2) Osteoblastos, Osteócitos e Osteoclastos

• Osteoblastos: Os osteoblastos são células jovens com intensa atividade metabólica e


responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno tipo
I, glicoproteínas e proteoglicanas.
• Osteócitos: Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz
óssea. Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz
óssea.

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• Osteoclastos: Os osteoclastos são células muito grandes que resultam da fusão de várias
células do sistema fagocitário mononuclear, têm origem em células que se originam na
medula óssea, e estas por sua vez originam os monócitos e os macrófagos. Participam dos
processos de reabsorção e remodelação do tecido ósseo. Nos osteoclastos jovens, o
citoplasma apresenta uma leve basofilia que vai progressivamente diminuindo com o
amadurecimento da célula, até que o citoplasma finalmente se torna acidófilo.

Figura 57: Osteoblastos, Osteócitos, Osteoclastos


Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa

1.3) SISTEMAS DE HAVERS


Sua principal característica é possuir fibras colágenas organizadas em lamelas que ficam paralelas
umas às outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando
os sistemas de Harvers ou ósteon. Estes sistemas têm um vaso no eixo do canal de Havers, com
lamelas concêntricas e fibras à volta.

Figura 58: Osso desgastado – Sistema de Havers


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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1.4) Função das células ósseas

O tecido ósseo apresenta inúmeras funções, tais como:

• Sustentação das partes moles do corpo;


• Em parceria com os músculos, atuam nos movimentos do corpo;
• Proteção de órgãos vitais;
• Aloja e protege a medula óssea;
• Depósito de íons, como o fosfato e o cálcio.

Aula 3 – Roteiro 3: Lâmina esfregaço sanguíneo e artéria aorta

Objetivo:

Visualização de lâminas de esfregaço sanguíneo para análise morfológica das diferenças entre as
células sanguíneas.

1) Esfregaço Sanguíneo

O esfregaço de sangue permite observar as células do sangue no momento da colheita. Para


preparar um esfregaço, é espalhada uma gota de sangue em uma camada fina sobre uma lâmina
de vidro e corada com corantes especiais. Depois de seca, a lâmina é examinada por um
especialista usando um microscópio.

1.1) CÉLULAS DO SANGUE

O sangue pode ser considerado como um tecido líquido. Muitos autores consideram o sangue como
uma variedade de tecido conjuntivo em que o material intercelular é substituído por um líquido de
composição bastante específica. [https://mol.icb.usp.br/index.php/10-1-sangue-e-hemocitopoese]

As hemácias, ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos são anucleados. São células que perderam os
núcleos durante a sua diferenciação na medula hematogênica. Contêm grande quantidade da
proteína hemoglobina no seu interior. As hemácias medem cerca de 7 μm de diâmetro e são
usadas como padrão de tamanho para diagnosticar as outras células sanguíneas.

Os leucócitos ou glóbulos brancos formam um grupo de vários tipos de células. Leucócitos


granulócitos ou polimorfonucleares. O número de lóbulos é variável e, portanto, os leucócitos desse
grupo também são chamados de polimorfonucleares. O citoplasma das células deste grupo contém
dois tipos de grânulos.

Grânulos específicos são característicos de granulócitos polimorfonucleares. Grânulos


inespecíficos, também chamados de grânulos azurófilos são encontrados em todos os tipos de
leucócitos.

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1.2) Lâmina: Esfregaço sanguíneo

Figura 59: Esfregraço sanguíneo em óleo de emersão – aumento 1000X


Diferença morfológica de hemácias, plaquetas e leucócitos (polimorfonucleares e mononucleares).
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 60: Esfregaço sanguíneo em aumento de 40X, 100X e 400X


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

1.3) Artéria aorta

A aorta é uma artéria elástica típica: possui muitas placas de material elástico. Eles são distribuídos
concentricamente em sua túnica média.
O material elástico geralmente não é visualizado em cortes corados com hematoxilina e eosina e
requer coloração especial para demonstrá-lo.

39
• Lâmina: artéria aorta

Figura 61: Artéria Aorta


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Aula 3 – Roteiro 4: Órgãos linfoides

Objetivo:
Entender e descrever a organização histológica linfoide.

1) Sistema Linfoide

O sistema linfático inclui órgãos linfoides primários e secundários. Os órgãos linfoides primários
produzem os componentes celulares do sistema imunológico. Eles são a medula óssea e o timo.

Órgãos linfoides secundários são onde ocorre a resposta imune. Eles incluem os gânglios linfáticos,
baço, amígdalas e agregados de linfócitos e células apresentadoras de antígenos presentes nos
pulmões (tecido linfático associado aos brônquios) e na mucosa do trato digestivo (tecido linfóide
associado ao intestino), incluindo placas de Peyer.

A principal função dos órgãos linfoides, como componentes do sistema imunológico, é proteger o
corpo de patógenos ou antígenos invasores (bactérias, vírus, parasitas). A base desse mecanismo

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de defesa, ou resposta imune, é a capacidade de distinguir o eu do organismo do não-eu. Como
os patógenos podem entrar no corpo de qualquer lugar, o sistema linfoide é amplamente distribuído.

1.1) Linfonodos

Os vasos linfáticos aferentes possuem válvulas que impedem o refluxo da linfa que entra no
linfonodo. O córtex externo é formado por tecido linfóide frouxo que forma os seios subcapsulares
e peritrabeculares e linfonodos ou folículos ricos em linfócitos B. macrófagos. Os seios têm
aparência esponjosa e recebem a linfa fornecida pelos vasos aferentes e a direcionam para a
medula. Os espaços irregulares dos seios dos gânglios linfáticos são permeados por processos de
células reticulares e macrófagos.

Os linfócitos B ativados migram do córtex como plasmócitos e entram nos seios medulares. Este é
um local estratégico porque os plasmócitos podem secretar imunoglobulinas diretamente nas
cavidades medulares sem deixar os linfonodos. Os cordões medulares separam os seios
medulares, que são espaços revestidos por células endoteliais circundadas por células reticulares
e macrófagos. A linfa entra nas cavidades medulares, que vem do cortical e se comunica com os
vasos linfáticos eferentes, por onde a linfa sai dos gânglios linfáticos.

Figura 62: cápsula, a divisão entre córtex e medula, sua aparência histológica e a distribuição cortical dos nódulos linfoides
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

41
Figura 63: cápsula, a divisão entre córtex e medula, sua aparência histológica e a distribuição cortical dos nódulos linfoides
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 64: Estrutura de um linfonodo


Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-linfoide/

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1.2) Baço

O baço não possui córtex e medula. Em vez disso, o baço tem dois componentes principais com
funções distintas: a medula vermelha e a medula branca. Externamente, é coberto por uma bainha
constituída por tecido conjuntivo denso não modelado e células musculares lisas que emitem
trabéculas que dividem o parênquima esplênico ou a medula em compartimentos incompletos. A
medula branca é representada pelos linfonodos formados pelos linfócitos B, pela artéria central
(também chamada de arteríola central), que se localiza no centro do linfonodo, e pela bainha
periarterial, formada pelos linfócitos T, que por sua vez envolve a artéria central. A medula vermelha
contém uma rede interconectada de sinusóides esplênicos revestidos por células endoteliais
alongadas. Os cordões esplênicos, também chamados de cordões de Billroth, envolvem os
sinusóides esplênicos. Os cordões esplênicos contêm plasmócitos, macrófagos e hemácias, todos
sustentados por um estroma de células reticulares e fibras reticulares. Entre as polpas branca e
vermelha existe uma zona mal definida composta por seios marginais contendo macrófagos,
linfócitos e células dendríticas (células apresentadoras de antígenos), embora não sejam
identificados nesta imagem.

Figura 65: Baço – aumento 40X


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

43
Figura 66: Baço – aumento 100X, 400X, 1000X
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 67: Baço em coloração H&E

Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/baco/

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Figura 68: Baço – Aumento 100X coloração H&E
Fonte: http://histologiaufgd.blogspot.com/2010/03/im29-baco-100x.html

Aula 4 – Roteiro 1: Órgãos linfoides

Objetivo:

Visualização das lâminas de língua, coração e musculatura do intestino delgado para análise
morfológica das diferenças entre músculo estriado esquelético, músculo estriado cardíaco e
músculo liso.

1) Língua – músculo estriado esquelético


A superfície dorsal da língua é recoberta por epitélio escamoso estratificado queratinizado,
repousando sobre uma lâmina própria altamente vascularizada, formada por um tecido conjuntivo
denso. Logo abaixo da lâmina própria, observam-se feixes estriados de músculo esquelético
dissecados em todas as direções, entremeados por várias quantidades de tecido adiposo e tecido
conjuntivo, onde se observa grande número de mastócitos, que são células esféricas, com
citoplasma repleto de grânulos e um núcleo central esférico. A superfície ventral da língua é
caracterizada por um epitélio escamoso estratificado não queratinizado sustentado por uma lâmina
própria conjuntival rica em vasos sanguíneos de maior calibre. A superfície ventral (inferior) da
língua é lisa, enquanto a superfície dorsal é irregular e apresenta projeções mucosas denominadas
papilas linguais.

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Figura 69: Língua corte longitudinal, observe a presença de estriações transversais e a célula multinucleada do músculo
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

2) Coração – músculo estriado cardíaco


Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas têm
formato de cilindros curtos, cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares ao
eixo da fibra.
Quando visto em cortes longitudinais, seu citoplasma mostra estriações transversais (bandas)
semelhantes às do músculo esquelético, mas as estriações nem sempre são tão facilmente
observadas quanto no músculo esquelético.
Cada fibra possui um ou possivelmente dois núcleos localizados no centro da fibra, ao contrário
das células musculares esqueléticas, cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos é melhor vista
nas seções transversais das fibras.
A estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de listras escuras através
das células. Eles são mais grossos e mais coloridos do que as listras normais. São complexos
juncionais localizados nas membranas celulares que marcam os limites das fibras. Eles consistem
em juntas adesivas e juntas comuns. Estes são chamados de discos intercalados. Infelizmente,
eles não são facilmente vistos em seções coradas com hematoxilina e eosina, mas são bastante
visíveis com alguns outros corantes.
No coração, as fibras estão dispostas em feixes de diferentes direções. Na figura inferior, feixes de
fibras musculares cardíacas são divididos longitudinalmente.

46
Figura 70: Coração Presença das estriações transversais e dos discos intercalares.
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

3) Intestino delgado – músculo liso


O músculo liso é formado pela fusão de células fusiformes, ou seja, mais espessas no meio e mais
finas nas extremidades, com um único núcleo central, sem a presença de sulcos em seu
citoplasma.
O intestino delgado tem uma camada muscular bem desenvolvida, consistindo de duas camadas
de músculo liso, uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa. Em corte
transversal, pode-se observar que as células musculares lisas da camada interna estão dispostas
longitudinalmente, enquanto as células da camada externa estão dispostas transversalmente.

Figura 71: Intestino Delgado Musculo Liso


Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

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Aula 4 – Roteiro 2: Tecido nervoso

Objetivo:

Visualização das lâminas de medula e cerebelo diferenciando os componentes da substância


branca e cinzenta.

1) Medula

Na menor ampliação de um corte histológico transversal da medula espinhal, duas áreas distintas
podem ser observadas, a substância branca localizada fora e a substância cinzenta dentro, na
forma da letra H. Os principais componentes da substância branca são cortados transversalmente
axônios mielinizados, cuja bainha de mielina foi parcialmente dissolvida por processamento
histológico, e células gliais representaram astrócitos, oligodendrócitos e microglia. A substância
branca não contém corpos de neurônios (pericário). A substância cinzenta é formada
principalmente pelos corpos dos neurônios (pericarion), axônios não mielinizados e células gliais.
Os corpos celulares são a parte de um neurônio que contém o núcleo e o citoplasma que o envolve.
Tem formato piramidal com núcleo grande e arredondado e nucléolo evidente, exceto pelos
corpúsculos de Nissl (ribossomos livres ou associados ao retículo endoplasmático rugoso). No
centro da substância cinzenta existe um canal ependimário, revestido por células cilíndricas
dispostas em uma camada, células ependimárias.

Figura 72: Medula diferença entre a substância branca e cinzenta. Note a presença dos corpos celulares na substância cinzenta.
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

2) Cerebelo

Estruturalmente, o cerebelo é constituído por tecidos nervosos dispostos em lâminas com


substância branca e cinzenta. Em cada folha, a substância cinzenta está localizada nas áreas
periféricas e forma o chamado córtex cerebelar, enquanto a substância branca ocupa a parte
central, assim como suas ramificações.

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Figura 73: camadas moleculares, a camada dos neurônios de Purkinjie e a camada granulosa.
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

Figura 74: Cerebelo Axônio –


Os axônios são sempre envolvidos por outras células do tecido nervoso. Ao conjunto de axônio + célula de revestimento se dá o
nome de fibra nervosa.
Fonte: Foto de arquivo pessoal feita no laboratório UNIP Tatuapé

________________________________________________________________________________________________________
Biografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Histologia
https://www.todamateria.com.br/histologia/https://mohttps://morfoanatomiavegetal.wordpress.com/cortes-histologicos/
https://mol.icb.usp.br/index.php
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-adiposo
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/figado/
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