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FACULDADE ISEAT/IPEMIG

JAQUELINE SILVA GONÇALVES

AVANÇOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL


Expansão da Educação Superior no Brasil: avanços e
retrocessos

BELO HORIZONTE – MG

2018
JAQUELINE SILVA GONÇALVES

AVANÇOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL


Expansão da Educação Superior no Brasil: avanços e retrocessos

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


a Faculdade Nova Ateneu/IPEMIG como pré-
requisito para obtenção do título de especialista
em:Inspeção Escolar....................

BELO HORIZONTE – MG

2018
Gonçalves, Jaqueline Silva. Título. Belo Horizonte: Faculdade Nova
Ateneu/IPEMIG, ano. Especialização em Inspeção. Escolar.....

RESUMO

AVANÇOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL


Expansão da Educação Superior no Brasil: avanços e retrocessos

RESUMO

O presente estudo objetiva compreender quais foram os avanços e retrocessos do


Ensino Superior no Brasil. Aponta-se a hipótese de que houve um avanço nas
oportunidades inerentes ao público, como apresentação de cursos que podem ser
implantados em sistema EaD e mídias sociais. Os cenários para avanços ampliaram-se
no entorno das ofertas e procuras, todavia, entende-se que a formação contemplaria
uma prática de qualidade mais rigorosa. Reconhece-se uma necessidade de avaliar a
qualidade do ensino superior e como ele tem sido uma das preocupações fulcrais do
sistema educativo brasileiro, viabilizando um fenômeno cuja possibilidade de
desenvolvimento deve partir das realidades que se manifestam das diversas
aproximações e interpretações e do tema que aqui internaliza a discussão. O estudo
contemplará os cenários para a implementação de sistemas [possíveis] de avaliação
em avanços e retrocessos vinculados a uma internacionalização do ensino. A influência
e o grau de autonomia das diversas instituições considera a importância da
universidade e o estabelecimento direto com as zonas de influência para a participação
e a implementação de um sistema de avaliação de qualidade. Verificou-se que há uma
lógica e a possibilidade de desenvolver uma política educacional de valia para o
desenvolvimento da autonomia da IES tendo como ponto de partida os contextos
estudados para a avaliação institucional fluir com uma prática confluente às estratégias
políticas direcionadas.

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO SUPERIOR – AVALIAÇÃO – AVANÇOS –


RETROCESSOS
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 04

2 DESENVOLVIMENTO 05

2.1 A finalidade do Ensino Superior 05

2..2 .. O cenário do Ensino Superior 09

3- CONCLUSÃO 14

REFERÊNCIA 15
4

1 INTRODUÇÃO

Esse estudo origina-se na busca da contextualização do conceito de qualidade e


como a questão de autonomia irá culminar com os processos de avaliação dos
sistemas educacionais, a fim de discutir avanços e retrocessos.

Há relações possíveis de complexidade para implementar uma política


satisfatória de avaliação com qualidade. As universidades atuais pautam-se pelas
questões centrais de autonomia e de avaliação e focam os sistemas de avaliação
pressupondo necessário explicar os cenários de um sistema qualitativo.

O objetivos é discutir a avaliação da educação superior sob a ótica da efetivação


da melhoria da qualidade mediante à orientação da expansão da sua oferta, o aumento
permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e,
especialmente, a promoção do aprofundamento dos compromissos e
responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da
valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito
à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional.

A problemática do estudo refere-se à visão do ensino superior representando


por instituições seculares, que surgem desde os tempos medievais e, pelo seu tempo
de sobrevivência, mantém-se com rigidez às profundas alterações sociais as quais
tentam integrar uma perspectiva qualitativa. Logo, como superar séculos de atuação,
atendendo as demandas das políticas educacionais atuais?
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A finalidade do Ensino Superior

Cumprindo a função de complementar o ensino público, a universidade é


produzir o conhecimento científico acadêmico, com inovações, diversidades,
expandindo os próprios centros de conhecimento.
A universidade segue o processo de globalização, cujo intento é difundir o
conhecimento tal qual realizou desde os tempos de sua origem. O desenvolvimento
histórico da IES permitiu que o seu curso se laicizasse.
A Universidade tem a finalidade autônoma de sentido racionalizante ao
desenvolver e difundir com a mesma autonomia o conhecimento científico-cultural.
Do latim universum a essência da universidade pressupões a formação plural do
conhecimento para todos. (STEGER: 1992, p.56)
Difundir o conhecimento através da busca incondicional da verdade por
instrumentos racionais e cognitivos é o preceito acadêmico. Weber (1985) diz que a
universidade é a matriz de todo o processo de conhecimento. O movimento
histórico, social e acadêmico de construção e reconstrução da universidade significa
um fenômeno complexo porque se dá em um campo especial, o campo científico-
universitário. Trata-se de um campo provido de capital intelectual e cultural que se
interconecta com processos de reprodução e de transformação, de ajuste e de
resistência, bem como de superação dos atuais conflitos e dilemas, por meio da
inovação e da luta pela liberdade acadêmica e pela autonomia universitária.
O campo universitário, embora apresente especificidades que marcam sua
luta concorrencial, intersecta, interage e, por vezes, está contido em outros campos
mais amplos e mais determinantes da vida social, especialmente no âmbito
econômico, político, cultural e do poder. Segundo Bourdieu (1996, p. 88) o campo
científico:

É tanto um universo social como os outros, onde se trata como alhures, de


poder, de capital, de relações de força, de lutas para preservar ou
transformar essas relações de força, de estratégias de manutenção ou de
subversão, de interesse etc., quanto é um mundo à parte, dotado de suas
leis próprias de funcionamento, que fazem com que não seja nenhum dos
traços designados pelos conceitos utilizados para descrevê-lo o que lhe dá
uma forma específica, irredutível a qualquer outra.
A atividade científica significa, portanto, uma atividade social e a construção é
uma construção social da realidade. O sentido do jogo, especialmente para os
dominantes do campo expressa-se por meio dos julgamentos, das escolhas e das
práticas acadêmicas interessantes na manutenção das estruturas exigentes de
acumulação de prestígio simbólico, vantagens materiais e/ou formas particulares de
poder. As estratégias científicas são, assim, motivadas pelo interesse consciente ou
inconsciente de lucro material e/ou simbólico (Bordieu, 1996, p. 36).
Com efeito, os dominados do campo, como agentes sociais em combate e
com suas práticas, podem desafiar os dominantes que, com suas competências
técnicas e poder social, agem com autoridade, uma espécie de capital, um habitus
científico que pode ser acumulado, transmitido e até removido para outros campos
ou espécies.
Os conflitos no campo universitário são, por outra parte, políticos/ideológicos.
O interesse e a satisfação intrínsecos não se distinguem do interesse e da
satisfação extrínseca (Bourdieu, 1983, p. 125). O que significa dizer, também, que o
mercado dos bens e trocas acadêmicas é um universo social de poder, de capital,
de relações de força, de lutas para preservar ou transformar essas relações de
força, de estratégias de manutenção ou de subversão e de interesse que se vincula
às estruturas objetivas dos diferentes campos sociais, bem como às estruturas
incorporadas como habitus. A interrelação do campo universitário com os diferentes
campos sociais parece implicar permanente no processo de construção e
reconstrução do espaço social e simbólico interno e externo ao campo. Em outras
palavras, a “estrutura do campo científico de define, a cada momento, pelo estado
das relações de força entre os protagonistas em luta” (Bourdieu, 1983, p. 133).
Na atual reforma da educação superior no Brasil, os protagonistas ou as
forças dominantes que definem, em grande parte, a estrutura do campo parecem
ser, no momento, externas ao campo. Essas forças, no entanto, só conseguem
atingir seus objetivos porque o campo universitário constitui um dos espaços de luta,
de relações de força, de estratégias, de interesses, de contradições etc.
A atual reforma da educação superior está conseguindo, assim, desestruturar
certas práticas de solidariedade até então predominantes nas universidades,
organizativas do sistema, com base em mecanismos que suscitam novas culturas e
novos valores. Nesse sentido, a reforma instaura um processo de reorganização do
sistema e de desestruturação do modus operandi, articulando-o a uma perspectiva
de desenvolvimento social que não altera, na essência, o ciclo de reprodução social.
Parece ser uma lógica inerente do campo de reproduzir a si mesmo e a estrutura
social, em que pese seu grau de autonomia e relação à sociedade global.
Todavia segundo Ortiz (1983, 28-29).

O processo de reprodução se encontra relativizado pelo caminhar da


História. As relações entre campo e sociedade global não se reduzem,
necessariamente, à reprodução das condições objetivas.

De um modo geral, no entanto, e Estado e a sociedade de mercado, na


modernidade, sempre exigiram maior adaptação da universidade pública quanto ao
jogo social e à integração do processo produtivo, uma vez que a universidade
nasceu na Idade Média como instituição independente e muito pouco permeável ao
mundo extra universitário. Mais presentemente, as novas tecnologias da informação
e da comunicação, a globalização e a competição produtiva colocam-se como
fatores determinantes do ajuste da universidade (Carnoy, 1999). Ela é considerada
historicamente lenta no processo de adaptação, especialmente em relação às
mudanças no mundo do trabalho e às exigências do mercado.
Atualmente, entende-se com base nas exigências dos organismos
multilaterais, nas políticas de educação superior e nos principais agentes
reformadores, no Brasil, que a pluralidade da sociedade contemporânea, as
múltiplas solicitações, bem como as demandas sociais e culturais determinam maior
permeabilidade e acomodação da universidade ao mundo não universitário. A
diversificação e a flexibilização apresentam-se como pré-condições para maior
eficácia, dinamismo, maleabilidade e adaptabilidade dessas instituições. No centro
dessa mudança e dessa disputa, no caso brasileiro, encontra-se a universidade, em
que se realizam 90% da pesquisa no país e na qual se concentra a quase
totalidade dos programas de pós-graduação stricto sensu.
No caso brasileiro, atualmente, observa-se que os processos de ajudes
prevalecem sobre os de resistência do campo universitário, sobretudo das
universidades, o que ocorre, em grande razão do deliberado processo de desmonte
do modelo único e porque há certo consenso quanto à necessidade de mudança
nos fundamentos e na identidade das IES, diante das novas demandas, exigências
e desafios contemporâneos. Em que pese a crise instalada, á certa concordância no
campo das universidades quanto à necessidade de estabelecer maiores vínculos
com a sociedade, especialmente com o contexto de d6esenvolvimento local e
regional, em que cada instituição se insere. Além disso, reconhece-se a importância
da universidade na produção de conhecimento básico, na formação de profissionais
altamente qualificados na resolução ode problemas e na inovação tecnológica
(Carnoy, 1999). Embora se reconheça a importância da universidade de pesquisa
para o desenvolvimento científico e econômico do país, aplicam-se medidas de
revisão de alguns traços essenciais do modelo de universidade propugnado por
Humboldt, na Alemanha do século XIX. Um dos aspectos fundamentais dessa
revisão é, exatamente, a adoção de visão pragmática e utilitária quanto à formação
profissional e à produção de ciência e tecnológica. De um lado, trata-se de adequar
os perfis profissionais às demandas do mercado de trabalho e do setor produtivo.
De outro, a pesquisa só ganha sentido se contribuir para a formação de profissionais
altamente qualificados, em atendimento às demandas do setor produtivo. Nesse
âmbito, a unidade pesquisa-ensino torna-se necessária ao desenvolvimento do
pensamento científico-tecnológico dos profissionais, uma vez que os recursos
humanos altamente qualificados são considerados fundamentais no processo de
competição das empresas. O crescimento de novas formas e mecanismos de
interação universidade empresa parece indicar o êxito desse processo de revisão. A
autonomia universitária, outro traço do modelo humboldtianos, na reforma atual,
articula-se com uma ampla avaliação do desempenho institucional e docente, de
responsabilidade do Estado Avaliador, e com novos mecanismos de financiamento.
Em que pesem as inúmeras tentações e as expectativas em relação às
universidades, entende-se que estas devam ter autonomia para

Pesquisar, ensinar e formar, contribuir na esfera pública, colocar sua


competência à disposição da economia, acelerar o ritmo das inovações,
liderar o processo econômico, favorecer o aperfeiçoamento das condições
sociais, estimular qualidade de vida, obter fundos externos para o
financiamento da pesquisa. (Casper, 1997, p. 46-47).

A dispersão é considerada fenômeno universal. Por isso, espera-se que cada


universidade se autodefina, em razão da sua potencialidade. Para tanto, no caso
das universidades, o Estado deve ampliar a autonomia e a flexibilidade
orçamentária, favorecendo o aumento da competição no campo.
A massificação da universidade na sociedade contemporânea é outra área
impactante para as mudanças na educação superior e na universidade pública. A
reforma da educação superior no Brasil está optando pela expansão do sistema por
intermédio da diversificação e da diferenciação institucional, pelo crescimento do
setor privado e pela ampliação das vagas nas universidades, sem gastos adicionais
(Brasil, MEC, 2000). A igualdade de oportunidades, segundo as capacidades
individuais, definem o ingresso e o tipo de instituição em que cada um pode estudar.
As universidades de pesquisa são consideradas onerosas e, por isso, não há como
torná-las instituições de massa. Na verdade, a massificação implica saber quanto
deverá ser pago, quem o pagará e a razão para fazê-lo, uma vez que se procura
demonstrar a incapacidade financeira do Estado para assumir essa expansão do
ensino superior (Durham, 1992)

2.2 O cenário do Ensino Superior

A Carta Magna de 1988 eleva as universidades privadas ao status das IES


públicas quando propaga o Artigo 213, o qual aprova o destino de verbas para as
mesmas:

I – comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes


financeiros em educação
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola similar ao
Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades”

Esse artigo configura a identidade da IESP, vitalizando-a em prol das Unis


públicas e aderindo a uma relação de comprometimentos. As instituições de
educação superior são organizações de sistemas abertos. Morgan (1996, p. 43-45)
usa a analogia com os seres vivos afirmando que essas organizações também
passam por processos de adaptação ao ambiente, por ciclos de vida, por fatores
que influenciam a saúde e o desenvolvimento, apresentam diferentes espécies e s
relacionam entre si e com o ambiente. Nessa interação de ser vivas, as instituições
têm sentido a necessidade de se adaptar às transformações rápidas e intensas dos
campos econômico, político, social, educacional e tecnológico para se manterem
vivas e saudáveis no ambiente.
A tecnologia transformou o mundo em uma aldeia globalizada. A informação
passou a viajar pelo planeta em milésimo de segundo, permitindo a intensificação da
globalização, especialmente da economia, que passou de local a mundial e de física
a virtual, exacerbando a competitividade entre as organizações.
Além disso, o crescimento vertiginoso das matrículas na educação superior,
as dificuldades de financiamento, a acirrada concorrência, a perda da autonomia, o
controle versus a avaliação educativa, também são tendências apontadas
internacionalmente (Dias Sobrinho, 2003, p. 70). Segundo Fachin (1993, p. 28), na
antiguidade já existia a preocupação com uma possível divisão por campos do
saber:

“[...] tal preocupação tem sua origem na necessidade que surgiu em virtude
de os cientistas sentirem dificuldades no domínio de todas as ciências.

Foram diversas as divisões, iniciando-se com a de Aristóteles, que s agrupou


conforme o critério ou finalidade de cada uma das ciências da época.
Atualmente não existe ma classificação propriamente dita, mas uma das
divisões mais utilizadas nos meios universitários é a de Lakatos ( Fachin, 1993, p
32), que afirma que os campos do saber estão dividido em formais, compostos pela
lógica e pela matemática e factuais, subdividida em naturais e sociais.
Historicamente falando, é difícil traçar a evolução da educação superior
brasileira. Mendonça (2000, p. 1) afirma que traçar uma linha histórica do ensino
superior no Brasil, com um mínimo de consistência e organicidade, exige que se
estabeleça um recorte na dita abordagem. Tal recorte foi feito a partir da chegada da
família real portuguesa ao Brasil, que entendeu necessário elevar os padrões de
qualificação da elite, criando, para isso, escolas superiores e instituições de
pesquisas no país. Podem-se citar os colégios médico-cirúrgicos da Bahia e do Rio
de Janeiro (PAIM, 1976, p. 1)
Pelo Censo de Educação Superior 1 de 1988 a 2008 há um aumento e
desaceleração de criação de IES em 2007. As faculdades federais entraram em
fusão e/ compra nos últimos anos. Expandiram-se os Centros Federais de Educação
Tecnológica. Nesse intervalo, há o quântico de 10% de instituições públicas
distribuídas nas federais (4,1%), estaduais (3,6%) e municipais (2,7%). (CENSO-
INEP, 2008).
Nas universidades públicas, a maioria dos cursos ofertados são na
modalidade presencial, voltados para bacharéis, tecnólogos e licenciados. Nessa
modalidade são 24.719 cursos em todas as faculdades públicas do país, com um
aumento considerável em 2007 de 5,2%.

1 www.inep.gov.br
Na modalidade a distância, os cursos ofertados somam-se a 650 novos
cursos em Educação Tecnológica o que representa a realidade da modalidade
dessa modalidade de ensino nos pareceres legislativos em prol do advento
tecnológico e do aumento dos acessos da população às ferramentas tecnológicas.
(CENSO/INEP, 2008)
Em 2008 foram calculados os alunos concluintes da graduação presencial.
67% se formaram nas federais; 64, 3% nas estaduais e 61,2% nas federais. Já o
ingresso de novos alunos ficou computada nesse intervalo de 12,7% a 2,8% entre
as federais e municipais respectivamente. As IES públicas registraram uma redução
de inscritos na graduação tecnológica reduzindo a concorrência por vaga. Enquanto
que as federais formaram uma média de 3.000 alunos ingressantes por ano, as
privadas formaram uma média de 50.000 alunos ingressantes nos cursos
tecnológicos.
De acordo com o Censo do INEP (2008) as universidades privadas foram
responsáveis por 90% das matrículas em curso de Educação Tecnológica,
registrando um acrescimento de 17,9% de ingressantes no ensino superior. Além da
formação de alunos concluintes, o ensino superior privado registrou uma
percentagem de 83,3% do total de todas as universidades.
De acordo com as pesquisas do INEP nos Censos Estatísticos, as instituições
privadas são pequenas, porém concentram 5% da matrícula do ensino
superior, considerando todas as modalidades.
As IESP matriculam 62,2% de alunos que optam pelo estudo noturno e
57,4% das matrículas da rede privadas são mulheres. Das mulheres 80,8%
escolhem cursos na área de Educação e 81,4% escolhem estudar à noite.
De 1994 a 2000 o setor de ensino privado cresceu em 86% em alunos
matriculados. Em 2002, o MEC registrou cerca de 1.500 pedidos de novos cursos
protocolados em vários centros universitários do país. No mesmo ano, foram
abertas 970 mil vagas no setor privado e a queda do valor das mensalidades.
De acordo com o gráfico 1, a IES privada tem abarcado maior quantidade de
alunos o que contempla a função do ensino superior privado como agente de
inclusão social, uma vez as IES públicas não têm retido essas matriculas.

Gráfico 2 – Matrícula em IES provada por região


3 CONCLUSÃO

Os dados importantes, concluindo o presente capítulo, acerca do cenário das


IES públicas e privadas respectivamente, consideram que, de acordo com a
organização acadêmica, as faculdades que representam a maior parte da IES são 93%
do setor privado. De 463.969 vagas em cursos de Educação Tecnológica as IES são
responsáveis por 94% dessas ofertas.
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