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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recurso de Maputo

Noções básicas de pessoa, Moral, Ética, sujeito moral, liberdade, Responsabilidade,


Dever, Mérito, justiça, sanção.

Nome: Ralfo Afonso Mimbir (708216244)

Docente: Faria Ranjo Pedro

Curso: Ensino de Matemática


Cadeira: Introdução a Filosofia
Ano de Frequência: 2o ano

Maputo, Agosto de 2022


Categorias Classificação
Nota
Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria:
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Índice
Introdução..........................................................................................................................1
Objetivos............................................................................................................................2
Conceito de Pessoa............................................................................................................3
Ética...................................................................................................................................3
Moral.................................................................................................................................4
Liberdade...........................................................................................................................5
Responsabilidade...............................................................................................................6
Dever.................................................................................................................................7
Mérito................................................................................................................................8
Conclusão..........................................................................................................................9
Referncias bibliográficas.................................................................................................10
Introdução
No dia-a-dia nos deparamos com diversas situações que exigem uma decisão
pessoal. Toda vez que isso ocorre estamos diante de uma decisão que envolve
julgamento moral da realidade e decidimos com base no que consideramos bom, justo
ou moralmente correto. No presente trabalho irei falar de Noções básicas de pessoa,
Moral, Ética, sujeito moral, liberdade, Responsabilidade, Dever, Mérito, justiça, sanção
e irei conceituar segundo vários autores

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Objetivos
Para Marconi & Lakatos (2002, p.24) “toda pesquisa deve ter um objetivo
determinado para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.”

Objetivo Geral

 Conhecer os elementos da ética individual para uma boa convivência na


sociedade

Objetivo Específico

De acordo com Marconi & Lakatos (2003, p. 219) os objetivos específicos “apresentam
caráter mais concreto. [...], permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro,
aplicá-lo a situações particulares”.

 Explicar o conceito pessoa


 Conceituar os elementos da ética individual

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Conceito de Pessoa
Na linguagem do dia-a-dia, a palavra pessoa refere-se a um ser racional e
consciente de si mesmi, com identidade própria.

Kant (1989, A321) define pessoa como “ o que tem consciência da identidade
numérica de si próprio em tempos diferetes”. Para o filósofo, é falacioso inferirda unidade
do sujeito pensante a existência de uma personalidade que perdurapor meio do tempo,
pois a identidade da pessoa encontra-se, infalilivelmente, na minha própria consciência.

Kant, “os seres humanos são chamados pessoas porque a sua natureza os
distingue já como fins em si…o homem e em geral cada ser racional, existe como fim
em si e não como um meio de que esta ou aquela vontade pode servir-se ao seu
belprazer”.

A noção de pessoa tal como compreendemos hoje é uma construção histórica


que permitiu, ao longo de um certo período de tempo, um sistema de ordenamento sobre
a própria noção do eu e sua forma de compor o mundo. O primeiro ponto que
apreendemos é que a noção de pessoa é contextual. Marcel Mauss (2003).

Enquanto que para Scheler, “a pessoa é antes a unidade, imediatamente vivida


pelo vivente espiritual e não uma coisa pensada atrás e fora do imediatamente vivido”.
A pessoa é a unidade essencial concreta do ser de actos de essências diferentes, que em
si mesma precede todas as diferenças de actos.

A noção de pessoa, passa por uma constituição relacional que leva em


consideração não apenas a fabricação de uma noção corporal de pessoa, mas também a
extensão dessa fabricação aos objetos, “aparecendo, pois, como extensões de sua
própria identidade” (Coelho de Souza, 2012).

Ética
A palavra ética vem do grego, ethos, que significa costume. É a ciência que tem
por objecto o fim da vida humana e os meios para alcançá-los. Historicamente, a palavra
ética foi aplicada à moral sob todas as suas formas, quer como ciência do
comportamento efectivo dos homens, quer como arte de guiar o comportamento.
Propriamente a ética deveria ocupar-se do bem como valor primário e ser assumido pela
liberdade como guia das próprias escolhas.

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A ética deve estar relacionada com todas as atitudes de vida do ser humano, seja
no trabalho, na família ou na sociedade.

Sousa (1994, p. 25) diz que “a ética é um conjunto de princípios e valores que
guiam e orientam as relações humanas”.

Sá (2005, p. 16) diz que “em seu sentido de maior amplitude, a Ética tem sido entendida
como a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes”.
Ambos os autores se referem à ética como sendo um conjunto de valores do homem que
são regidas por princípios universais, que regem as relações das pessoas.

A Ética pode ser entendida sobre dois aspectos:


1º Como ciência que estuda a conduta dos seres humanos, analisando os meios que devem
ser empregados para que a referida conduta se reverta sempre em favor do homem. Nesse
aspecto o homem torna-se o centro da observação, em consonância como o meio que lhe
envolve.
2º Como ciência que busca os modelos da conduta conveniente, objetiva, dos seres
humanos. (SÁ, 2005, p. 16).

Assim, a ética precisa estar ligada às ações praticadas pelas pessoas, de forma que,
tudo o que se aprenda, se viva ou se faça, precisa estar de acordo com os princípios éticos.
A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo
ser humano, por isso, "o agir" da pessoa humana está condicionado a duas premissas
consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive", logo toda
capacitação científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da
Ética. (Motta, 1984, Vieira, 2002 apud Candido, 2009, p. 15).

Para Aristóteles, a ética inicia-se com o estabelecimento da noção de felicidade.


Neste sentido, para o Filósofo, pode ser considerada eudemonista por buscar o que é o
bem agir em escala humana, o agir segundo a virtude – diferentemente de Platão, que
buscava a essência das ideias de felicidade e da ideia do Bem sem relacioná-las
diretamente à prática.

Moral
Moral diz respeito ao mor, moris que traduz o grego tá ethika. O termo Moral
designa, tanto em latim como em grego, aquilo que se refere aos costumes, ao caráter,
às atitudes humanas em geral e, em particular, às regras de conduta.

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Segundo Cotrim (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes
que orientam o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma
dada comunidade ou grupo social.

Cotrim (2002), afirma que a moral é normativa a partir de um conjunto de


regras, valores, proibições e tabus que provêm de fora do ser humano, ou seja, que são
cultivados ou impostos pela política, costumes sociais, religiões ou ideologias.

Como as comunidades ou grupos sociais são distintos entre si, tanto no espaço
(região geográfica) quanto no tempo (época), os valores também podem ser distintos
dando origem a códigos morais diferentes. Assim, a moral é mutável e está diretamente
relacionada com práticas culturais.

Exemplo: o homem ter mais de uma esposa é moral em algumas sociedades, mas
em outras não.

“A moral afirma, pois, que todo homem tem em si tudo o que constitui a
humanidade do homem. Na verdade, é assim que ela define o homem.
O que ela deduz daí resume-se na afirmação de que não devo nunca
considerar um ser humano como objeto, como coisa manipulável e
utilizável; devo respeitar nele a humanidade, tratá-lo como ser razoável.
Mas a regra, na medida em que é negativa no mais alto grau, não indica
nada sobre o que devo fazer positivamente; pois o positivo está
totalmente do lado do empírico: eu não posso deduzir da regra o modo
de agir para respeitar no outro sua liberdade. O homem moral é só, para
si, e tudo que ele sabe de suas obrigações para com o outro é que ele
não tem o direito de impedir o seu próximo de ser para si e igualmente
só, um eu que deve submeter-se à liberdade pela liberdade nele’’ (Weil,
1990, p. 34).

Liberdade
A origem etimológica da palavra liberdade está relacionada à palavra latina
Libertas, empregada pelos romanos para diferenciar os escravos e prisioneiros dos
cidadãos. Já para o dicionário básico de filosofia a liberdade tem o significado de:
“Condição daquele que é livre. Capacidade de agir por si mesmo, autodeterminação,
independência, autonomia”. (Japiassú & Marcondes, 1991, p.163).

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Segundo o Manual Tronco comum, Introdução a Filosofia (UCM), A liberdade
pode ser definida em dois sentidos imediatos: no nosso cotidiano e na linguagem
filosófica.

No nosso cotidiano, invocamos constantemente a palavra liberdade para


reivindicar liberdade de opinião, de reunião, de livre circulação, considerando-se nesse
sentido comum, a liberdade como ausência de constrangimentos externos.

Na linguagem filosófica, referimo-nos à liberdade em termos absolutos e, neste


sentido, à um poder de agir independentemente de quaisquer obstâculos ou
determinismos. Ora, as escolhas do ser humano exercem-se num campo onde há
tendências e limitações de vária ordem (biológica, psicológica e sociológica), e apesar
disso são livres porque conseguem superar racionalmente esses obstâculos que acabam
por se transformar em força impulsionadora.

Sartre (s.d), por sua vez, conceitua a liberdade como uma condição
intransponível do homem, da qual, ele não pode, definitivamente, esquivar-se, isto é, o
ser- humano está condenado a ser livre e é a partir desta condenação à liberdade que o
homem se forma. Não existe nada que obrigue o ser humano agir desse ou daquele
modo.

A liberdade, portanto, é algo que condiciona o homem, independente de sua


vontade, mas isso não significa que não seja possível a concretização da liberdade, isto
é, sua negação, sem importar se esta liberdade se revela por uma criatividade original do
autor instituída ou destituída de intenções falsas.

Responsabilidade
Segundo o Manual Tronco comum, Introdução a Filosofia (UCM), a palavra
responsabilidade, deriva etimologicamente do latim respondere, que significa responder
pelos próprios actos e ter a obrigação de prestar contas pelos actos praticados perante a
nossa consciência e perante outras pessoas e a sociedade.

A pessoa é moralmente responsável quando age livremente, isto é, na ausência


de qualquer forma de constrangimento; quando se está plenamente consciente das
intenções e das consequências de nossa acção, e quando, estando consciente da
intenção, da acção e do seu efeito, se quer a sua realização.

A responsabilidade pode assumir diferentes formas, que são:

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Responsabilidade civil: refere-se ao compromisso de ter de responder perante a
autoridade social e a lei jurídica pelas consequências e implicações de nossos actos em
relação à terceiros;

Responsabilidade moral: refere-se à obrigação de responder perante nós


mesmos, perante a nossa consciência, pela intenção dos nossos actos.

A Filosofia do Direito vê o conteúdo da responsabilidade como algo amoral, ou,


pelo menos, isento da esfera da moral, logo que vale para a imputabilidade de um ato os
critérios fixados em lei para tal e não as intenções do agente.

Jonas afirma que o poder causal, o poder de iniciar ou continuar uma ação, como
condição da responsabilidade, deve ser entendido do ponto de vista legal e não moral,
pois o possível dano de uma ação deve ser reparado independente de sua consequência
ter sido calculada ou não pelo agente. O autor aponta para a consequente relação entre
punição e compensação associada à causalidade legal ou moral dos atos de certo agente.
A punição passa a ter uma carga moral na medida em que igualamos os enunciados
“Deve-se uma compensação.” e “Culpado!”.

Dever
 Segundo Kant (2010) dever é a ação à qual alguém está obrigado, apesar de
podermos estar a ele obrigados de maneiras diferentes.

Para Kant, o dever estende-se também ao universo da felicidade dos outros,


quando pondera sobre a razão da prática do bem. Diante de nossa própria necessidade
de também sermos amados ou ajudados pelos outros, a única forma de fazer com que
essa máxima seja obrigatória é considerá-la como lei universal. Tornamo-nos a nós
mesmos um fim para eles e os tornamos nossos fins, quando praticamos a beneficência.
A felicidade dos outros é, portanto, um fim que é também um dever (KANT, 2010, p.
162).

Segundo Kant, a acção praticada precisamente por dever tem o seu valor não no
propósito que com a ação se quer a atingir (alcançar), mas o valor de uma ação
praticada por dever centra-se na máxima que determina (move) a ação: [...] uma ação
praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito com que ela se quer atingir,
mas na máxima que a determina” (Kant, 1980, p. 114).

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Segundo o Manual Tronco comum, Introdução a Filosofia (UCM), o dever pode
ser entendido como um imperativo, isto é, como uma ordem a que o indivíduo se terá de
submeter e que assume duas dimensões, que são as seguintes:

Dimensão subjectiva: que traduz o sentimento de respeito devido à lei imposta


pela consciência moral;

Dimensão objectiva: que traduz uma obrigação de submissão e acatamento


dessa lei.

Assim, podemos concluir que a consciência moral é uma instância dinâmica na


qual se interrelacionam factores de diversa ordem, como: sociais, individuais, racionais
e afectivos.

Mérito
O termo “mérito” vem do verbo “merecer” e indica a situação em que algo ou
alguém merece algo. Usado no contexto moral, “mérito” geralmente indica a situação
em que algo ou alguém merece louvor, destaque, reconhecimento ou gratidão. “ ter
mérito” significa, portanto, merecer ou ser digno de louvor e reconhecimento.

É conhecido como mérito atitude ou ação que torna o homem digno de recompensa ou


punição.

Em princípio, o mérito está ligado ao resultado de boas ações que tornam o


homem digno de apreço. No entanto, pode ser visto de uma forma positiva ou negativa.

Do lado positivo, o mérito é atribuído à pessoa cujo esforço, trabalho, ação ou


compromisso foram reconhecidos, por meio de promoção no emprego, ou entrega de
medalha, diploma, ou outro item que destaque os atos reconhecidos.

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Conclusão

Terminado o presente trabalho, concluí que moral é o conjunto de normas,


princípios e costumes que orientam o comportamento humano tendo como base os
valores próprios a uma dada comunidade ou grupo social. Conluí tambem que o homem
é naturalmente um ser sociável. Não pode ser plenamente homem, não pode exercer
todas as suas funções, que constituem sua natureza essencial, senão no meio social. Ele
não pode realizar a virtude e a felicidade em ato senão na vida social.

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Referncias bibliográficas
Kant, I (1986), Fundamentação da metafísica dos costumes4. P lisboa, edicoes 70.
Mauss, M (2003) “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a noção do
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Coelho de Souza; Marcela Stockler (2012) “A pintura esquecida e o desenho roubado:
contrato, troca e criatividade entre os Kisêdjê”. Revista de Antropologia, v. 55, n. 1, p.
209-253.
Aristóteles (1985), Ética a Nicômacos. (Trad. do grego: Mário da Gama Kury). Brasília,
Editora da Universidade de Brasília.
Weil, E (2011) Filosofia Moral. São Paulo: Érealizações.
Bornheim, G. Sartre (1971), metafísica e existencialismo. São Paulo: Perspectiva, p.
319.

Japiassú, Hilton; Marcondes, Danilo (1991), Dicionário Básico de Filosofia. 3ª. ed. Rio
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Jonas, H (2006), O Princípio Responsabilidade. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-
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Kant, Immanuel (2010) A metafísica dos costumes. In: Livros que mudaram o mundo. 
São Paulo: Folha de São Paulo, v. 8.

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