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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Os princípios permanentes da Doutrina Social da Igreja

Nome do Estudante: Joana Janeiro chungueture


Codigo: 708215592

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental


Cadeira: Fundamentos de Teologia Católica
Docente: Pe. Gonçalves D. Melo Nova
Ano de Frequência: 2º Ano

Beira, Outubro de 2022


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Estrutura
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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
 Teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
 Rigor e coerência
Normas APA 6ª
das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhorias

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Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Objectivos....................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral....................................................................................................3
1.1.1.1. Objectivos Específicos......................................................................................3
2. Doutrina Social da Igreja......................................................................................................4
3. Os Princípios Permanentes da Doutrina Social da Igreja......................................................4
3.1. Princípio da Dignidade humana....................................................................................6
3.2. Princípio da Solidariedade............................................................................................7
3.3. Princípio da Subsidiariedade........................................................................................7
3.4. Princípio do Bem Comum............................................................................................8
4. Conclusão.............................................................................................................................9
5. Referência bibliográfica.....................................................................................................10
1. Introdução

A doutrina social da igreja se desenvolveu no seculo XIX, quando a sociedade


industrial moderna, as novas as estruturas para a producao de bens de consumo, uma
nova concepcao da sociedade do Estado e da Autoriidade e novas formas de trabalhos e
de propriedade surgiram. A doutrina social da Igreja insentiva a busca pelo sentido da
totalidade das coisas e neste aspecto tem uma importante missao de educacao

O presente trabalho debruça-se em torno dos princípios permanentes da Doutrina


Social da Igreja, no Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental, 2º Ano. Em
concernente a elaboração do mesmo, usaram-se vários artigos publicados na internet,
livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar o impacto dos princípios Permanentes da doutrina Social da
Igreja
1.1.1.1. Objectivos Específicos
 Conceituar a Doutrina Social da Igreja;
 Mencionar os princípios da Doutrina Social da Igreja;
 Descrever o princípio da Dignidade humana
 Descrever o princípio da solidariedade
 Descrever o Princípio da Subsidiariedade;
 Descrever o Princípio do Bem Comum.

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2. Doutrina Social da Igreja

Segundo Avelino (2005), afirma que “A Doutrina Social da Igreja é o conjunto


de escritos, mensagens, cartas, encíclicas, exortações, pronunciamentos e declarações
que compõem o pensamento do magistério católico a respeito da chamada “questão
social”. (p. 45).

A Igreja, desde suas origens, sempre esteve confrontada com essa questão. No
entanto, sua doutrina se convencionou como social somente a partir da Encíclica Rerum
Novarum, do Papa Leão XIII, em 18914.

Avelino (2005), estabelece que “Isto não quer dizer que os problemas sociais
estivessem ausentes dos posicionamentos anteriores da Igreja, muito menos da sua
prática. Aliás, a Doutrina Social da Igreja tem como fonte as Sagradas Escrituras” (p.
47).

Referências à situação dos pobres, sob a ótica da libertação e da justiça social no


Antigo e Novo Testamentos, bem como nos primeiros séculos do cristianismo e em toda
a tradição católica, são abundantes. Aliás, o confronto entre justiça humana e justiça
divina é um dos eixos fundamentais da tradição judaico-cristã.

A fonte inspiradora é a própria identidade de Deus: Trindade, comunidade


perfeita. O ser humano é sua imagem e semelhança; um ser relacional. Daí o
questionamento feito, desde o início das Sagradas Escrituras, em particular no livro do
Gênesis, à autossuficiência humana.

Segundo Avelino (2005), afirma que:

“A existência humana é, na realidade, coexistência. A qualidade de relações


entre os seres humanos e destes com a criação e com Deus, é central na tradição
judaico-cristã. A própria contemplação da Trindade, diz Santo Agostinho,
obtém-se pela caridade, ou seja, pela dimensão de comunhão e solidariedade
entre seres humanos”.

3. Os Princípios Permanentes da Doutrina Social da Igreja

Segundo Ávila (1993), estabelece que “Diante de toda essa riqueza de


pensamento e diálogo, podemos identificar que a proposta social da Igreja gira em torno
de alguns valores e princípios fundamentais e gerais, permanentes e universais, e que
constituem a espinha dorsal da sua proposta” (p. 78).

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Eles valem para todos indiscriminadamente. Há, assim, um modo de entender o
homem, a vida humana e a sociedade, que dá continuidade a todos os documentos. Os
princípios de reflexão permanentes são verdadeiros pontos fixos em torno dos quais gira
todo o pensamento social católico e são guias de ação para os católicos.

Ávila (1993), afirma que “Eles se apresentam na forma de quatro princípios,


bem articulados e interdependentes” (p. 79).

 O Princípio da Dignidade Humana,


 O Princípio da Solidariedade;
 O Princípio da Subsidiariedade;
 e, por fim, como objetivo final de todos, o Princípio do Bem Comum.

Ávila (1993), estabelece que “Os princípios de reflexão são, de acordo com a
Igreja Católica, expressões da verdade integral do homem conhecida através da
revelação cristã e da razão. Por sua universalidade de significado e permanência no
tempo, eles servem como parâmetros para a interpretação e avaliação dos fenômenos
sociais” (p.82).

Por se referirem aos fundamentos últimos da vida social, possuem um


significado profundamente moral. A partir dos princípios permanentes de reflexão, as
normas ou critérios de juízo permitem fazer uma apreciação das situações, das
estruturas e dos sistemas sociais.

Esses critérios permitem afirmar se esses sistemas sociais, estruturas e situações


estão ou não em conformidade com a dignidade humana. Igualmente inspiram-se nos
princípios fundamentais as diretrizes de ação. Estas diretrizes apontam os meios de ação
mais conformes à dignidade humana e à educação da sua liberdade.

Segundo Ávila (1993), enfatiza que:

“A Doutrina Social da Igreja e os princípios que a estruturam têm um caráter


primordial e genérico, uma vez que se reportam ao conjunto da realidade social,
ou seja, pretendem nortear a totalidade das relações humanas: desde as relações
interpessoais, mais imediatas e marcadas pela proximidade, até às mediadas
pela economia, pela política e pelo direito, seja entre indivíduos, grupos
intermediários ou nações”.

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3.1. Princípio da Dignidade humana

Segundo Bigo (1969), estabelece que “A ideia de que a dignidade da pessoa é o


ponto de apoio necessário para dar sustentação e efetividade aos direitos fundamentais
consagrados nos vários ordenamentos jurídicos de diversos países é compartilhada de
maneira ampla por variadas correntes de pensamento e ideologias” (p. 105).

Com várias facetas, o Renascimento pôs o homem no centro, exaltando sua


beleza, sua força e sua inteligência, afirmando que ele poderia realizar-se a partir de
suas capacidades, construindo um mundo de liberdade e de reconhecimento da
dignidade humana.

Bigo (1969), afirma que:

“O humanismo vindo do Renascimento partia da crença de que o ser humano é


capaz de conhecer a verdade e de organizar racionalmente a sociedade,
construindo o bem comum. Mas essa crença foi sendo corroída ao longo do
tempo. Nos séculos XIX e XX houve a criação de muitos “humanismos”,
muitos diferentes entre si, mas podendo ser reunidos à medida que resgatam o
elemento humano” (p. 107).

A Igreja vê no ser humano a imagem vivente do próprio Deus que se encarnou


em Jesus Cristo para manifestar como o ser humano pode viver a plenitude de sua
humanidade. Referindo-se a Cristo, o teólogo jesuíta João Batista Libânio, dizia, “por
ser tão humano assim, Ele só podia ser Deus”.

Cada indivíduo humano é vocacionado a viver de maneira digna, não como


coisa, mas como alguém.

Segundo Bigo (1969), estabelece que “A pessoa humana, independentemente de


sua etnia, situação econômica, social, cultural, moral, afetiva, sexual e religiosa é a
razão de ser de todas as instituições sociais, políticas, econômicas, culturais e
religiosas” (p. 110)

Na perspectiva do mesmo Autor, enaltece que “Deste modo, uma sociedade só


pode ser justa se respeitar a dignidade da pessoa humana. De igual maneira, a dignidade
da pessoa humana só pode ser alcançada por meio de uma sociedade justa” (Bigo, 1969,
p. 110).

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3.2. Princípio da Solidariedade

Segundo Avelino (2005), estabelece que “É fato que vivemos em uma sociedade
cheia de contradições, afinal, podemos notar como estão inseridos em nossa cultura a
individualização, o relativismo e o ceticismo” (p. 50).

Avelino (1993), afirma que :

“Solidariedade, por sua vez, é o princípio, segundo o qual cada um cresce em


valor e dignidade à medida que investe suas capacidades e seu dinamismo na
promoção do bem comum. Esse princípio vale analogicamente para todas as
relações concretas entre homem e mulher, pais e filhos, grupos sociais, níveis e
setores de poder, capital e trabalho, mundo desenvolvido e subdesenvolvido” (p.
52)

Hoje se pode falar em uma descoberta mais lúcida da relação de solidariedade


entre o ser humano e a natureza: o ser humano se valoriza preservando seu meio
ambiente. Este, protegido, garante melhor qualidade de vida ao ser humano.

3.3. Princípio da Subsidiariedade

Segundo Camacho (1995), afirma que:

“O Princípio de Subsidiariedade busca a valorização da sociedade e tem como


pressupostos a liberdade, a iniciativa e a responsabilidade dos indivíduos e dos
grupos no exercício de seus direitos e obrigações. Esse princípio tenta
estabelecer uma relação equilibrada entre o Estado e as pessoas, visando ao
atendimento das demandas sociais de modo mais eficiente, observando sempre
os valores e vontades da sociedade” (p. 245)

O Princípio de Subsidiariedade parte de uma ideia simples: não se deve


transferir a uma sociedade maior aquilo que pode ser realizado por uma sociedade
menor.

Camacho (1995), enfatiza que:

“Cabe primeiro aos indivíduos, com seus próprios meios, decidirem e atuarem
para satisfazer seus interesses individuais; aos grupos sociais, decidirem e
atuarem para satisfação de seus interesses coletivos; e à sociedade, decidir e
atuar para a realização de interesses gerais. Somente as demandas que não

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puderem ser atendidas pela própria sociedade deverão ser cometidas ao Estado”
(p. 246).

O mesmo Papa João Paulo II diz que as instâncias superiores de poder não se
devem atribuir o desempenho daquilo que as instâncias inferiores podem melhor
realizar. O dever das instâncias superiores é supletivo, de coordenação e promoção da
iniciativa e da criatividade das instâncias inferiores.

Segundo Camacho (1995), afirma que:

“Este princípio pode ser considerado fonte de vitalidade de um número imenso


de instituições, movimentos e iniciativas que são a expressão da maturidade
democrática, liberta do paternalismo estatal. É também um princípio que
oferece critérios para discernir, na variedade das conjunturas, a solução de
problemas, tais como centralização e descentralização, nacionalização e
privatização” (p. 247).

3.4. Princípio do Bem Comum

Segundo Camacho (1995), afirma que:

“Da dignidade e da igualdade de todas as pessoas deriva o conceito de primazia


do bem comum que é o segundo princípio da Doutrina Social Católica. Por bem
comum entende-se condições de vida compartilhadas; coexistência, cujos
recursos, mesmo particulares, têm como finalidade o bem de todos, ou seja,
tudo se destina ao bem de todos, sem distinção” (p. 405).

“Por isso, tudo e todos devem ter uma função social. Todos devem estar a
serviço da coletividade. Ninguém está isento de colaborar para o bem comum, muito ao
contrário, somos todos corresponsáveis pela vida e pelo destino da humanidade.
Portanto, o bem comum tem primazia” (Camacho, p. 405).

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4. Conclusão

Em concernente ao término do trabalho, conclui-se que Os principais princípios


permanentes da doutrina social da Igreja são quatro. O primeiro e mais importante deles
é o princípio da dignidade da pessoa humana,, e no qual os demais princípios ou
conteúdos da doutrina social da Igreja têm fundamento. Os outros três princípios são: o
do bem comum, o da subsidiariedade e o da solidariedade. Todos eles se referem à
sociedade em seus relacionamentos entre as pessoas ou grupos e entre os povos e as
nações, sendo sempre referência para interpretar e examinar os fenômenos sociais na
vida das pessoas e na sociedade.

Estes eixos fundamentais da Doutrina Social da Igreja são essenciais na


mensagem cristã, "pois indicam todos os caminhos possíveis para edificar uma vida
social verdadeira, boa, autenticamente renovada

Bem comum é o conjunto "daquelas condições da vida social que permitem aos
grupos e a cada um de seus membros atingirem de maneira mais completa e
desembaraçadamente a própria perfeição. O princípio de subsidiariedade é aquele que
"protege as pessoas dos abusos das instâncias sociais superiores e solicita estas últimas a
ajudarem os indivíduos e os corpos intermédios a desempenhar as próprias funções.

O princípio de solidariedade possibilita diminuir as desigualdades entre países


desenvolvidos e países em desenvolvimento, começando entre pessoas de cada grupo ou
associação, pois a "solidariedade confere particular relevo à intrínseca sociabilidade da
pessoa humana, à igualdade de todos em dignidade e direitos, ao caminho comum dos
homens e dos povos para uma unidade cada vez mais convicta.

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5. Referência bibliográfica
1. Avelino, P. (2005).. Princípios da solidariedade: São Paulo
2. Ávila, F. B. (1993). Pequena enciclopédia de Doutrina Social da Igreja.
São Paulo.
3. Bigo, P. (1969). A Doutrina Social da Igreja. São Paulo:
4. Camacho, I. (1995). Doutrina Social da Igreja. São Paulo

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