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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O Contexto Histórico do Surgimento dos Países não – alinhados.

Líria Gussul Obra–708207369

Nome do Docente: Belito Vasco Franciso

Curso: História
Cadeira: História das Instituições
Políticas Iv
Ano de Frequência: 4o Ano
Turma: Santa Mónica

Quelimane, Abril, 2023


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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
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Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
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tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
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Referências edição em das
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Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice
1. Introdução...........................................................................................................................4

2. Objectivos:..........................................................................................................................5

2.1. Geral:................................................................................................................................5

2.2. Específicos:......................................................................................................................5

3. Metodologia........................................................................................................................5

4. O Contexto Histórico do Surgimento dos Países não-alinhados.........................................5

4.1. Definição..........................................................................................................................5

5. Contexto do surgimento......................................................................................................6

6. Objectivo do movimento dos países não-alinhados............................................................7

7. Características dos países não-alinhados.............................................................................8

8. Países membros do Movimento dos Países Não Alinhados................................................9

9. Impacros da criação do movimento dos países não-alinhados............................................9

10. Conclusão........................................................................................................................10

11. Bibliografia.....................................................................................................................11

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1. Introdução

O Presente trabalho, tem como tema: O Contexto Histórico do Surgimento dos Países não –
alinhados. os países não-alinhados teve como objectivo, impedir que a guerra fria esquente na
região (o que já havia ocorrido, com o confronto entre Estados Unidos e China na guerra da
Coreia) e apoiar as lutas anticoloniais, na perspectiva de criar uma terceira posição,
equidistante das duas superpotências.

A origem do Movimento pode ser encontrada na Conferência Ásia-África realizada em


Bandung, Indonésia, em 1955. A convite dos primeiros-ministros da Birmânia (hoje
Mianmar), do Ceilão (hoje Sri Lanka), da Índia, da Indonésia e do Paquistão, dirigentes de 29
países, quase todos ex-colônias dos dois continentes, reuniram-se para debater preocupações
comuns e coordenar posições no campo das relações internacionais. Assim sendo, tem como:

2. Objectivos:

2.1. Geral:

 Compreender o Contexto Histórico do Surgimento dos Países não-alinhados.

2.2. Específicos:

 Definir os Países não-alinhados;


 Descrever os Objectivo do movimento dos países não-alinhados;
 Identificar os Países membros do Movimento dos Países Não Alinhados.

3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foi graças a alguns artigos, teses e como de algumas
fontes bibliográficas, que consistiu na análise e a retirada dos pressupostos básicos que fazem
menção ao trabalho em destaque.

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4. O Contexto Histórico do Surgimento dos Países não-alinhados.

4.1. Definição

Segundo Gianfranco (1998:15) citado Leandro, G. (2007), o Movimento dos Países Não
Alinhados (MNA) é um fórum político formado por um grupo de países que não se alinham
oficialmente com nenhum grande bloco de poder ou grupo de países.

O não-alinhamento, afirmando-se como uma recusa dos blocos, foi de certa forma uma
afirmação da identidade e da especificidade cultural dos novos Estados recém-
descolonizados: o arabismo, o africanismo e o asiatismo. O movimento inclui dois aspetos,
um de cariz negativo, a recusa de todo e qualquer alinhamento ideológico ou político, e outro
de conteúdo positivo a procura de uma terceira via entre as políticas das grandes potências
baseada no antiimperialismo

5. Contexto do surgimento

De acordo com Jackson e Sorensen (2007). a origem do Movimento pode ser encontrada
na Conferência Ásia-África realizada em Bandung, Indonésia, em 1955. A convite dos
primeiros-ministros da Birmânia (hoje Mianmar), do Ceilão (hoje Sri Lanka), da Índia, da
Indonésia e do Paquistão, dirigentes de 29 países, quase todos ex-colônias dos dois
continentes, reuniram-se para debater preocupações comuns e coordenar posições no campo
das relações internacionais.

O Movimento dos Não-Alinhados remonta ao final da Segunda Guerra Mundial, quando


diversos países da África e da Ásia reuniram-se em Bandung, para impedir que a guerra
afetasse tão diretamente a região, buscando fortalecer lutas anticoloniais e criar um terceiro
grupo, em contraste às duas potências da época.

Quando as conferências de Ialta e Potsdam teriam loteado o mundo em duas grandes áreas de
influência, dos Estados Unidos e da URSS, ao mesmo tempo em que ruíam os impérios coloniais da
França e Grã-Bretanha. O movimento surgirá sob o impacto de distintos factores: a revolução
nacionalista nas antigas colónias, incapaz de ser detida pelas metrópoles europeias, e a guerra
fria, com a ameaça permanente do "conflito final" entre Estados Unidos e URSS; ao que se
acrescenta a reactivação do fluxo de investimentos externos (principalmente norte-americanos) em
direcção aos países subdesenvolvidos.

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O primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru, juntamente com os primeiros-ministros
Sukarno (da Indonésia) e Gamal Abdel Nasser (Egito), presidiu a sessão. No encontro, líderes
do então assim chamado Terceiro Mundo puderam compartilhar as suas dificuldades em
resistir às pressões das grandes potências, em manter a sua independência e em opor-se ao
colonialismo e ao neocolonialismo.

Com relação a este item, observe-se que entre a crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial, a
queda nas importações de manufaturados e bens de capital, ao lado do aumento nos preços e
volumes das exportações de matérias-primas, levaram à formação de estruturas industriais "inde-
pendentes", base de vários regimes nacionalistas em países subdesenvolvidos. Logo, uma nova
fase de expansão capitalista só seria possível pela reversão dessa tendência. A década de 50
oferece vários exemplos militares desse dilema económico, como o ataque dos Estados Unidos à
Guatemala, depondo o nacionalista Jacobo Arbenz (1954), ou a acção anglo-franco-israelense no
Egipto de Nasser (1956).

6. Objectivo do movimento dos países não-alinhados

Para Leandro (2007), os países não-alinhados teve como objectivo, impedir que a guerra fria
esquente na região (o que já havia ocorrido, com o confronto entre Estados Unidos e China na
guerra da Coreia) e apoiar as lutas anticoloniais, na perspectiva de criar uma terceira posição,
equidistante das duas superpotências.

Numa conferência preparatória com lugar no Cairo, em junho de 1962, 19 delegações afro-
asiáticas tentaram definir o nãoalinhamento com base em cinco critérios: seguir uma política
independente baseada na existência pacífica e no não-alinhamento, ou adotar uma atitude
favorável a esta política; apoiar sempre os movimentos de libertação nacional; não pertencer a
nenhuma aliança bilateral com uma grande potência; não aceitar de bom grado o
estabelecimento no seu território de bases militares pertencentes a uma potência estrangeira.

O propósito da organização foi enumerado por Fidel Castro em sua Declaração de Havana de
1979 como garantir "a independência nacional, soberania, integridade territorial e segurança
dos países não alinhados" em sua "luta contra o imperialismo , colonialismo , neocolonialismo
, racismo , e todas as formas de agressão estrangeira, ocupação , dominação, interferência ou
hegemonia , bem como contra as grandes potências e a política do bloco.

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Os países do Movimento Não-Alinhado representam quase dois terços dos membros das
Nações Unidas e contêm 55% da população mundial. Os membros estão particularmente
concentrados em países considerados em desenvolvimento ou parte do Terceiro Mundo ,
embora o Movimento Não-Alinhado também tenha várias nações desenvolvidas .

Os objectivos principais do movimento dos países não alinhados centravam-se em:

 Apoiar a autodeterminação, a independência nacional e a integridade territorial dos


estados;
 Oposição ao apartheid;
 Não adesão à pactos militares multilaterais e manter os países não alinhados
independentes das influências ou rivalidades de grandes potências ou blocos;
 A luta contra o imperialismo em todas as suas formas e manifestações;
 A luta contra o colonialismo, neocolonialismo, racismo, ocupação e dominação
estarangeira;
 Não influência nos assuntos internos dos estados e a coexistência pacífica entre todas
nações;
 Rejeição do uso de ameaça de força nas relações internacionais;
 Fortalecimento da ONU;
 Democratização das relações internacionais;
 Desenvolvimento socio-económico e restruturação do sistema económico
internacional;
 Cooperação internacional em pé de igualdade.

7. Características dos países não-alinhados

Na visao de Jackson e Sorensen (2007), a administração não-alinhada é não hierárquica,


rotativa e inclusiva, proporcionando a todos os estados membros, independentemente do
tamanho e importância, a oportunidade de participar na tomada de decisões globais e na
política mundial. A Cúpula é a ocasião em que o Movimento rotaciona formalmente seu
Presidente para o Chefe de Estado do país anfitrião da Cúpula, que então ocupa o cargo até a
próxima Cúpula. Ao mesmo tempo, o Presidente também delega certas responsabilidades para
promover os princípios e atividades do Movimento.

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Ao criar a prática de um presidente rotativo, os países não-alinhados colocam o cargo de uma
estrutura administrativa no país, assumindo a presidência. Quando um país assume a
presidência do Movimento, ele cria ou designa uma seção inteira do Ministério das Relações
Exteriores para lidar especificamente com questões nãoalinhadas. Em segundo lugar, como os
países não alinhados reúnem-se regularmente na ONU e realizam grande parte do seu trabalho
no país, o Embaixador dos Presidentes das Nações Unidas funciona essencialmente como o
“Ministro dos Assuntos Não-Alinhados”.

O trabalho dos não alinhados frequentemente consome as atividades da Missão Permanente


dos Presidentes em Nova York. Para facilitar as responsabilidades dos presidentes, foram
criadas várias estruturas destinadas a melhorar a coordenação e o funcionamento dos Grupos
de Trabalho, Grupos de Contato, Forças-Tarefas e Comissões do MNA existentes. As
estruturas também existem a fim de promover o processo de alcançar uma posição comum e
interesses e fazer com que os países não-alinhados falem em uníssono nas reuniões e
negociações internacionais. (NAM, 2012)

8. Países membros do Movimento dos Países Não Alinhados

Actualmente são 118 os países membros deste movimento a saber: Afeganistão, Argélia,
Angola, Bahamas, Barém, Bangladesh, Barbados, Bielorussia, Belize, Benin, Butão, Bolívia,
Botswana, Brunei, Burkina, Burundi, Cambodja, Camrões, Cabo Verde, Rep. Centro
Africana, Chade, Chile, Colombia, Comores, Cuba, Congo, Costa do Marfim, Chipre, Djibuti,
Rep. Dominicana, Equador, Egipto, Guiné Equatorial, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia,
Ghana, Granada, Guatemala, Guiné, Guiné Bissau, Guyana, Honduras, India, Indonésia, Irão,
Iraque, Jamaica, Jordânia, Quénia, Coreia, Kuwait, Rep. Democrática do Laos, Líbano,
Lesotho, Libéria, Madagáscar, Maui, Malásia, Maldivas, Mali, Malta, Mauritânia, Mongólia,
Marrocos, Moçambique, Namíbia, Nepal, Nicarágua, Níger, Nigéria, Omar, Paquistão,
Palestina, Panamá, Pápua Nova Guiné, Perú, Filipinas, Qatar, Ruanda, Santa Luzia, Arábia
Saudita, S. Tomé e Principe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Singapura, Somália, África do
Sul, Sir Lanka, Sudão, Surinami, Swazilândia, Síria, Tanzania Tunísia, Tailândia,
Turquemenistão, Uganda, Emiratos Arabes Unidos, Uzbequistão, Venezuela, Vietname,
Iemen, Juguslávia, Zâmbia e Zimbabwe.

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9. Impacros da criação do movimento dos países não-alinhados

Para França, (2004), Apesar do movimento dos países não-alinhados não tenha conseguido
se desenvolver muito devido à alta diversidade entre os países do Terceiro Mundo, o mesmo
contribuiu para contínuas conferências e movimentos que surgiram ao longo dos anos,
inspirados na Conferência de Bandung. O Grupo 77 ou G-77, e a United Nations Conference
on trade and development (UNCTAD, 1964) foram duas ações promovidas em meio a ONU
após o MNAL de 1961, e são exemplos de que os países do Terceiro Mundo estavam
conquistando seu espaço internacionalmente. O grupo surgiu com principal intenção de
debater a economia do Terceiro Mundo, pressionando um entendimento mundial do caráter
agroexportador destes países para que houvesse um auxílio maior vindo dos países
desenvolvido. Outra Conferência marcante foi a de Havana, em 1966, que reuniu além dos
países africanos, asiáticos e do oriente médio, os países da América Latina. Foi o início de
uma luta maior em busca de apoio e solidariedade entre estas regiões.

Na década de 1970 o movimento vai entrar numa fase de crise ligada à diversidade cada vez
maior dos regimes e das políticas seguidas pelos Estados do Terceiro Mundo. O grau de
unidade registado no interior do movimento era cimentado pela luta anticolonial, que deu
lugar a interesses divergentes a partir do momento em que os Estados do Terceiro Mundo
desenvolveram progressivamente estratégias nacionais. Isto explica-se pelo facto destes países
não terem identidade comum em matéria de história, de cultura e de desenvolvimento
económico, e por existirem numerosas rivalidades de interesse político a dividi-los.

Embora muitos dos membros do Movimento dos Não-Alinhados estivessem realmente


alinhados com a China ou a União Soviética, o movimento ainda persistiu durante a Guerra
Fria, mesmo apesar de vários conflitos entre os membros que também ameaçaram o
movimento. Nos anos desde o fim da Guerra Fria em 1991, ela se concentrou no
desenvolvimento de laços e conexões multilaterais, bem como na unidade entre as nações em
desenvolvimento do mundo, especialmente as do Sul Global, (Jackson e Sorensen: 2007). .

No seu berço, o Movimento dos Não-Alinhados já vivia graves contradições, uma vez que
entre seus fundadores figuravam regimes tão heterogêneos como a Turquia, membro da
OTAN, e a China, então bem próxima à URSS, além, é claro, da Índia de Pandit Nehru, bastião
mais sólido da equidistância, até por razões geográficas. Restava saber se tais contradições
eram maiores do que os pontos em comum, a rigor, o subdesenvolvimento.

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10. Conclusão

Dado o trabalho, conclui-se que o Apesar do movimento dos países não-alinhados não tenha
conseguido se desenvolver muito devido à alta diversidade entre os países do Terceiro
Mundo, o mesmo contribuiu para contínuas conferências e movimentos que surgiram ao
longo dos anos, inspirados na Conferência de Bandung.

Numa conferência preparatória com lugar no Cairo, em junho de 1962, 19 delegações afro-
asiáticas tentaram definir o nãoalinhamento com base em cinco critérios: seguir uma política
independente baseada na existência pacífica e no não-alinhamento, ou adotar uma atitude
favorável a esta política; apoiar sempre os movimentos de libertação nacional; não pertencer a
nenhuma aliança bilateral com uma grande potência; não aceitar de bom grado o
estabelecimento no seu território de bases militares pertencentes a uma potência estrangeira.

Embora muitos dos membros do Movimento dos Não-Alinhados estivessem realmente


alinhados com a China ou a União Soviética, o movimento ainda persistiu durante a Guerra
Fria, mesmo apesar de vários conflitos entre os membros que também ameaçaram o
movimento. Nos anos desde o fim da Guerra Fria em 1991, ela se concentrou no
desenvolvimento de laços e conexões multilaterais, bem como na unidade entre as nações em
desenvolvimento do mundo, especialmente as do Sul Global

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11. Bibliografia

França, P. R. C. de C. (2004). A Guerra do Kosovo, a OTAN e o conceito de “Intervenção


Humanitária”. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Gianfranco. (1998). Dicionário de Política. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

Jackson, R. e Sorensen, G. (2007). Introdução às relações internacionais. Rio de Janeiro:


Zahar,.

Leandro, G. (2007). Nova Ordem Internacional: Vinte Sinais Premonitórios de uma Nova
Era.

Ramonet, I. (2014). Guerras do Século XXI: Novos medos, novas ameaça. Brasil.

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