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Nome: LUIS FELIPE S. TRINDADE TURNO: NOITE Nº.

USP: 11893731
PROFESSOR (A): DRA. MARILIA BUENO DE ARAUJO ARIZA

RECUPERAÇÃO

TEXTO: CAPELATO, Maria Helena. Estado novo, o que trouxe de novo? In:
FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (org). O Brasil
republicano, v. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, pp. 109-143.

Maria Helena discorre sobre as conjunturas que levam à crise do liberalismo que
muni posteriormente os estados a se levantarem e se posicionarem nas questões
sociais e políticas com mais vigor e presença. Conquanto, a autora consegue nos
mostrar como estas mesmas conjunturas trouxeram palcos de discordâncias,
inimizades – como para com o comunismo – e consegue contextualizar a Era
Vargas e suas transformações e como o estudo dessa época discorre sobre as
estruturas que divide tal momento histórico e suas características político-sociais.

Assim buscando uma forma um pouco canônica sobre o Varguismo no Brasil,


Capelato argumenta sobre como a segunda guerra mundial e a crise da bolsa de
1929 de Nova York movimentaram um nascer de levantes ideológicos mais
centralizadores pelo globo, principalmente na Europa e na América do sul com seus
golpes de estado, como ocorrera na Alemanha, na Espanha, Portugal, Brasil e
Argentina, por exemplo, e como esses novos cenários foram se constituindo e se
legalizando a medida que novas ações integralistas e posicionarias foram se
formando nos novos regimes. O texto cita o fantasma da revolução russa presente
na década de 20 que assombraram as elites brasileiras que, por sua vez, muniram
os levantes e movimentos sociais inclusive sobre a constituição de 1891, a primeira
da era republicana, e como o liberalismo nela fomentava as divergências e os
problemas que passavam, como movimentos de cunho socialistas e o crash de 29
ou, ainda, o federalismo que fortalecia estados em detrimentos de outros na divisão
do poder.
Ao passo que a argumentação da Maria Helena passa pelos estudos sobre a época
e como eles se encontram e são importante nas conjunturas do pós-
redemocratização e são usados para entender a gama de pensamentos da época e
qual ótica se viam o passado autoritário do Brasil, a autora discorre e nos pontua as
principais características que dividem a Era Vargas com seu governo provisório,
caracterizado pelas incertezas, ambiguidades, florescer de ideias e medidas ao
passo que, unindo-se ao povo trabalhador e definindo um inimigo comum da nação,
o comunismo, Vargas foi capaz de unir a nação em prol único e, garantido maior
poder, conseguir deflagrar um golpe de estado em 1937 que constituiu o Estado
Novo e como, ainda numa mesma conjuntura, as estruturas e moldes da mesma
podem dividi-la em caráter das análises feitas, com os 3 primeiros anos marcados
por medidas de legitimação do novo regime e por suas reformas, inclusive no próprio
ministério do trabalho; e por outro lado, nos 3 últimos anos, com a entrada do país
na Segunda Guerra Mundial, mostrou as contradições do regime, ao passo que
lutavam ao lado de comunistas (URSS) contra um estado autoritário (German), fez o
governo voltar-se aos trabalhadores em busca de apoio, porém em um novo cenário,
em um novo acordo bilateral, diferente do antes feito pelo governo provisório do
ideário “if friends make gifts, gifts make friends”.

Portanto, Maria Helena discorre no texto sobre, ainda que a Era Vargas seja
estudada como uma só, suas características e moldes formam frente à diversos
estudos que dividem e configuram a época com diferentes palcos. Porém, mostra-
nos as características unanimes em ambos os casos, como o autoritarismo, o
controle do Estado sobre a cultura política e social do povo, a tortura, centralização
do poder e entre outros que criam um elo nas subdivisões estudadas.

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